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Universidade Federal do ABC

Circuitos Elétricos II

Aula 1: Redes Trifásicas

Prof. Ricardo Caneloi dos Santos


ricardo.santos@ufabc.edu.br
1
Plano de Ensino

• Objetivos Gerais da Disciplina


 Este curso tem o objetivo apresentar as propriedades das redes trifásicas
e suas aplicações na geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica. Além disso, o curso também visa aprofundar os conhecimentos na
análise de circuitos elétricos lineares, através da aplicação da
transformada de Laplace. As indutâncias mútuas e os
transformadores são incluídos nos circuitos analisados.

• Recomendação
 Circuitos Elétricos I

• Ementa Resumida
 1- Redes Polifásicas;
 2- Aplicações da Transformada de Laplace;
 3- Indutâncias Mútuas e Transformadores;
 4- Filtros (ativos e passivos);
 5- Quadripolos;
2
Plano de Ensino
Aprendizagem.
 O aluno deverá adquirir familiaridade com as redes trifásicas e suas as
técnicas de resolução.
 Deverá aprender o uso da transformada de Laplace, suas propriedades e
teoremas na análise de circuitos lineares com excitações genéricas.
 Deverá entender o conceito de estabilidade de circuitos e aprender a
calcular a resposta de circuitos com indutâncias mútuas.
 Técnicas mais avançadas de instrumentação, montagem e caracterização
de circuitos deverão ser assimiladas no laboratório.

Parte Prática
 A parte prática da disciplina será composta por exercícios resolvidos em
sala de aula e experimentos realizados em laboratório.

 Os exercícios visam ressaltar aos alunos a aplicação prática dos conceitos


apresentados e auxiliá-los nas técnicas de resolução.

 Listas de exercícios serão disponibilizadas, e recomenda-se fortemente que


os alunos dediquem-se à sua resolução ao longo do quadrimestre, conforme os
tópicos forem sendo apresentados. 3
Plano de Ensino

• Horários Diurno – Turma A (Prof. Ricardo Caneloi dos Santos)

Segunda-feira: 18h00 às 21h00 (sala A-114-0 / 403-1 e 405-1)


Quarta-feira: 21h00 às 23h00 (sala 302-2)

Bloco B – Sala 906 (9 andar)


Plantão de dúvidas: Segunda-Feira das 14h00 às 16h00.

• Aulas Práticas

 Os experimentos serão realizados nos laboratórios 403-1 e 410 -1.

 As datas para a realização das aulas práticas e os roteiros ficarão


disponíveis no site da disciplina “programação da disciplina”.

 Serão realizados de 4 a 5 experimentos, contemplando os tópicos do


programa descrito na ementa. Os alunos deverão trabalhar em equipe
de 3 ou 4 alunos.

http://sites.google.com/site/ufabccircuitoseletricos2 4
Plano de Ensino
• Avaliação
Uma prova Exame com conteúdo de toda a disciplina será aplicada para os alunos
com conceito final D ou F.
FL Nº
1  M final  0,4  P1  0,6  P2   FL 1 4 ou 5
0,9 3
0,8 2
 P  P  2  PExame 
2  M final  1 2   FL 0,7 1
 4  0,5 0

• Caso o aluno não compareça em uma das avaliações, uma prova substitutiva poderá
ser aplicada, mediante a apresentação de atestado médico. Essa prova substituirá a
prova perdida pelo aluno.
Conceito Descrição
A Aproveitamento acima de 85% (desempenho excepcional)

B Aproveitamento entre 65% e 85% (bom desempenho)

C Aproveitamento entre 50% e 65% (desempenho adequado)

D Aproveitamento entre 40% e 50% (desempenho mínimo)

F Aproveitamento abaixo de 40% - reprovado


O Reprovado por falta – reprovado
5
Plano de Ensino
• Bibliografia Básica
• ORSINI, L.Q.; CONSONNI, D. “Curso de Circuitos Elétricos”, Vol. 1 ( 2ª Ed.–2002 ),
Ed. Blücher, São Paulo.
• ORSINI, L.Q.; CONSONNI, D. “Curso de Circuitos Elétricos”, Vol. 2 ( 2ª Ed.–2002 ),
Ed. Blücher, São Paulo.
• NILSSON, J.W., RIEDEL, S. A. “Circuitos Elétricos”, 8th Ed., Pearson, 2008.
 STEVEN M. DURBIN, JACK E. KEMMERLY, WILLIAM H. HAYT JR, “Análise de
Circuitos de Engenharia”, 7ª ed., McGraw Hill, 2008.
 SADIKU, MATTHEW N. O./ ALEXANDER, CHARLES K, “Fundamentos de
Circuitos Elétricos”, 3ª ed., McGraw Hill, 2008.

• Bibliografia Complementar
• IRWIN, J. D.; Análise Básica de Circuitos para Engenharia, Ed. LTC, 9ª Ed. 2010..
• JOHNSON, D. E.; HILBURN J. L.; JOHNSON, J. R., Fundamentos de Análise de
Circuitos Elétricos, 4th, Prentice Hall, 2000
• NAHVI, M.; EDMINISTER, J., Circuitos Elétricos, Schaum, Bookman, 2a. Edição, 2005.
• BURIAN Jr., Y., LYRA, A.C.C. “Circuitos Elétricos”, Pearson, Prentice Hall, São
Paulo, 2006.
• MARIOTTO, P.A., “Análise de Circuitos Elétricos”, Prentice-Hall, 2003. 6
Plano de Ensino

Ferramenta de Simulação de Circuitos


..

LTspice

Disponível em:
http://www.linear.com/designtools/software/

7
8
Projeto
ProjetoItaipu
Itaipu
Brasil/ Paraguai
Rio Paraná

9
Projeto
ProjetoItaipu
Itaipu

10
Projeto
ProjetoItaipu
Itaipu

11
Sistemas Elétricos de Potência

12
Projeto Itaipu – Dados Técnicos

Unidades geradoras
Quantidade: 20
Potência: 700 MW Total: 14.000 MW
Tensão: 18 kV
Frequência: 50 e 60 Hz
Queda: 118,4 m
Vazão Nominal: 690 m³/s
Peso: 6.600 t

10 geradores 60Hz
10 geradores 50Hz
103 milhões MWh/ano (2016)
13
Sistemas Elétricos de Potência

14
Sistemas Elétricos de Potência

http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialbpl1/pagina_2.asp
15
Sistemas Elétricos de Potência

Interfaces entre os subsistemas de geração,


transmissão e distribuição de energia

16
Sistemas Elétricos de Potência

TRANSMISSÃO
GERAÇÃO
SUBESTAÇÃO
SUB- DE
TRANSMISSÃO

REDE PRIMÁRIA
REDE PRIMARIA

SUBESTAÇÃO DE
DISTRIBUIÇÃO

REDE SECUNDÁRIA

17
Sistemas Polifásicos
 Um sistema com n > 2 grandezas alternadas (V ou I)
constitui um sistema polifásico simétrico com n fases, se
estas grandezas tem a mesma amplitude e estão
defasadas, sucessivamente, de 2/n rad.
 Genericamente:

f1 (t )  2 A cos t    F̂1  A

 2  2
f 2 (t )  2 A cos  t     fasores F̂2  A 
 n  n

 n 1  ˆ n 1
f n (t )  2 A cos  t    2  Fn  A  2
 n  n
18
Sistemas Polifásicos

Ex.: n = 6, sistema hexafásico simétrico

Fˆ3  A120º Fˆ2  A60º F̂4

F̂5 F̂3

Fˆ4  A180º Fˆ1  A0º n

 n 0

i 1

F̂6 F̂2

Fˆ5  A240º Fˆ6  A300º F̂1


Diagrama Fasorial
Sistemas Trifásicos

 n=3
 Universalmente usados nos Sistemas Elétricos de
Potência

 Mesmas técnicas de circuitos

 Simetria Ternária  Simplificações nos cálculos

 Vantagens  Importância operacional e econômica

 Eficiência de Transmissão de Potência

 Eficiência, Custo e Construção de geradores e motores


Sistemas Trifásicos
 A pesar da possibilidade de utilização de vários sistemas polifásicos, o
sistema trifásico é o de maior importância.

 Um gerador trifásico aproveita melhor o espaço físico, resultando em um


gerador de tamanho reduzido e mais barato, comparado com os
geradores monofásicos de igual potência.

 Um sistema monofásico precisa de dois condutores; e um sistema


trifásico (perfeitamente balanceado) precisa de três condutores, porém
conduz três vezes mais potência. Teoricamente, uma economia de 50%
em condutores, isoladores, etc.

 Na prática, devido a pequenos desequilíbrios inevitáveis, os sistemas


trifásicos contam com um quarto condutor, o neutro.

21
22
Sistema Trifásico

Sistema de tensões trifásicas simétricas

Representação Representação
temporal fasorial
ea (t )  2E cos(t ) Eˆ a  E0
2
eb (t )  2E cos(t  ) ˆ
3 Eb  E  120 o

2 ˆ
ec (t )  2E cos(t  ) E  E120
c
o
3
Êa  Êb  Êc  0
23
Sistema Trifásico Simétrico
Sequência de Fases Êa  Êb  Êc  0
Sequência Positiva (Direta) Sequência Negativa (Indireta)

ea eb ec e ea ec eb

0 t 0 t

abc acb
Eˆ c Eˆ b
ω ω
Eˆ a Eˆ a

Eˆ c
Eˆ b 24
25
26
Ligações dos Geradores Trifásicos

Ligação em Estrela Ligação em Triângulo


(ou Y) (ou delta)

Para um sistema Vˆan  Vˆbn  Vˆcn Vˆab  Vˆbc  Vˆca


trifásico simétrico:
Vˆan  Vˆbn  Vˆcn  0 Vˆab  Vˆbc  Vˆca  0
27
Grandezas de linha e de fase

(módulos dos fasores)

(módulos dos fasores)


28
Grandezas de linha e de fase

Ligação em Estrela
Vˆcn  A120º
a

Vf Vˆan  A0º
Vl 30o
120o
n

c
b
30o Vˆab  A 330º

Vˆbn  A  120º

Aplicando a Lei
dos cossenos: Vl  3 V f (módulos dos fasores)
29
Sequência de fases positiva

30
convenção
do gerador

31
Grandezas de linha e de fase

Supor Î1 , Î2 e Î3 correntes de um trifásico simétrico,


com sequência de fases positiva:

32
Ligação Gerador-Carga

• Nos sistemas trifásicos podem ocorrer dois tipos


de ligações:
• Ligação em estrela (Υ)
• Ligação em triângulo (Δ)
Desequilibrada
Equilibrada
Rede Trifásica
a A Carga Trifásica
Gerador Trifásico
b B - Estrela
- Estrela
c C - Triângulo
- Triângulo
n N

33
Ligação da carga

Ligação em Estrela (Y) Ligação em Triângulo (Δ)

A A
VˆAB
IˆA VˆAB IˆA
VˆAN ZA
IˆAB IˆCA
Z AB
ZB N VˆCN VˆCA
ZCA

IˆB IˆB IˆBC


B VˆBN ZC
VˆBC
B
VˆCA ˆ IˆC IˆC
VBC ZBC
C C

• N é o neutro (centro-estrela) da carga.


ZA  ZB  ZC
• Para uma carga trifásica equilibrada:
ZAB  ZBC  ZCA

34
Transformações Y-Δ e Δ-Y

ZA ZB  ZBZC  ZA ZC Z1Z 2
Z1  ZA 
ZC A Z1  Z 2  Z 3

ZA ZB  ZBZC  ZA ZC Z2 ZA Z1 Z1Z 3
Z2  ZB 
ZB ZC Z1  Z 2  Z 3
ZB
C
ZA ZB  ZBZC  ZA ZC Z3 B Z 2 Z3
Z3  ZC 
ZA Z1  Z 2  Z 3

35
Cargas equivalentes

A
A

ZA
Z AB ZCA
ZB N

B ZC
B
ZBC C
C

Para cargas equilibradas:

Se ZAB  ZBC  ZCA  Z


Z
Então ZA  ZB  ZC 
3
36
Carga Trifásica

• Na carga trifásica medem-se:

• A potência trifásica

• As tensões de linha (entre duas fases) ou


tensões de fases (entre uma fase e o neutro)

• As correntes de linha (percorrendo a linha) ou


correntes de fase (percorrendo cada componente
da carga)

37
Carga em Estrela (Trifásico Simétrico e Equilibrado)
A
IˆA VˆAN Z VˆAB  VˆAN  VˆBN
VˆAB VˆCN
N
Z VˆBC  VˆBN  VˆCN
VˆCA IˆB
Z
B VˆCA  VˆCN  VˆAN
VˆBC VˆBN
IˆC VˆCN
C IˆC
convenção do receptor
 VˆCA
VˆBC
Vl  3 Vf carga e Il  If carga
 VˆAN
IˆB 
Vˆ Vˆ Vˆ IˆA
IˆA  AN , IˆB  BN e IˆC  CN VˆAB
Z Z Z VˆBN
38
Carga em Triângulo (Trifásico Simétrico e Equilibrado)

A
IˆAB IˆA  IˆAB  IˆCA
IˆA
VˆAB Z Z
IˆB  IˆBC  IˆAB
VˆCA IˆB IˆCA
B IˆC  IˆCA  IˆBC
IˆBC Z
VˆBC IˆC IˆCA
C VˆCA
convenção do receptor
 IˆA
Vl  Vf carga e Il  3 I f carga IˆC
VˆAB
 
IˆBC
VˆAB ˆ VˆBC Vˆ
IˆAB  , I BC  e IˆCA  CA IˆB
Z Z Z VˆBC IˆAB
39
Ligações entre Fonte e Carga

Fonte e Carga em Estrela


A
IˆA
VˆAN VˆAB
Z VˆAN
VˆCN IˆN VˆBN
N
Z
VˆCA
B IˆB
C Z
VˆBN VˆCN
IˆC VˆBC
convenção do gerador convenção do receptor

VL  3 Vf fonte  3 Vf carga e IL  If fonte  If carga

40
Ligações entre Fonte e Carga
Fonte em Estrela e Carga em Triângulo
A
IˆA IˆAB
VˆCA carga
VˆAN
VˆCN VˆAB carga
Z Z
N
IˆCA
B IˆB Z
C
VˆBN IˆC IˆBC

convenção do gerador VˆBC carga


convenção do receptor

VL  Vf carga  3Vf fonte e IL  If fonte  3 If carga


41
Ligações entre Fonte e Carga

Fonte em Triângulo e Carga em Estrela


A
IˆBA gerador IˆA
VˆCA Z VˆAN
VˆAB VˆBN
N
IˆAC gerador
Z
B IˆB
C Z
IˆCB gerador IˆC VˆCN
VˆBC
convenção do gerador convenção do receptor

VL  Vf fonte  3 Vf carga e IL  If carga  3If fonte

42
Ligações entre Fonte e Carga
Fonte e Carga em Triângulo
A

IˆBA gerador IˆA IˆAB


VˆCA
VˆAB Z Z

IˆAC gerador IˆCA


B IˆB
C
IˆCB gerador IˆC IˆBC Z

VˆBC convenção do receptor


convenção do gerador

VL  Vf fonte  Vf carga e IL  3 If fonte  3 If carga


43
Potência em Carga Monofásica

v(t)

1
cos( A)cos(B )  cos( A  B)  cos( A  B)
2

44
Potência em Carga Monofásica

Potência instantânea

p(t )  VI cos   VI cos(2t   )

P = potência média
potência flutuante
(ativa ou real) [W,
(oscilante ou pulsante)
kW]

 A potência associada a tensões e correntes senoidais tem um


parcela não constante (potência flutuante) que pode causar
diversos problemas dependendo da aplicação

 Nas máquinas elétricas a potência flutuante pode causar fortes


vibrações mecânicas
Potência em Carga Monofásica

p(t )  VI cos   VI cos(2t   ) Potência Reativa [Var,


kVAr]
Trigonometria:
cos( A  B)  cos A cos B  senAsenB
Q  VIsen

p(t )  VI cos(1 cos2t )  VIsensen2t

valor médio=P potência vai-e-vem


(potência média) (valor médio nulo)

p = P + P.cos(2wt) – Q.sen(2wt)
Potência em Carga Monofásica

v(t)
i(t)
+ + +
p(t)
- - - P

p(t )  VI cos   VI cos(2t   )


Potência em Carga Monofásica

p(t)
+ + + P

- - -

p(t )  VI cos(1 cos2t )  VIsensen2t


Potência em Carga Monofásica

S = P + jQ Q > 0  carga indutiva


Q < 0  carga capacitiva
S = VI =
P 2  Q2 Q = VI sin

 tg  = Q
P
P = VI cos
S  Potência Aparente Complexa [VA, kVA]
Fator de Potência:
P V .I . cos 
F .P.    cos 
S V .I
Potência em Carga Monofásica

S  Vˆ .Iˆ  V .I . cos   jV .I .sen

v(t)
S  P  jQ

^ ^ j
V V = Ve
 ^ ^ 
I
 I = Ie j

 =  –
Potência em Carga Monofásica
S

Generalização da Lei de Joule

Z ( j ) = R (  ) + j X (  )
^ 2 ^ 2
S = R (  ) I  + j X (  ) I 

P Q
Em uma carga trifásica equilibrada ligada em Estrela ou Triângulo, a potência
instantânea recebida pela carga é:

(1) p(t )  v1 (t )  i1 (t )  v2 (t )  i2 (t )  v3 (t )  i3 (t )
Supondo o sistema equilibrado, seqüência positiva e  o ângulo entre V e I:

(2) v1 (t )  Vmax cos( wt ) i1 (t )  I max cos(wt   )


2 2
(3) v2 (t )  Vmax cos( wt  ) i2 (t )  I max cos(wt  )
3 3
2 2
(4) v3 (t )  Vmax cos(wt  ) i3 (t )  I max cos( wt  )
3 3
Substituindo (2), (3) e (4) em (1) e usando algumas identidades trigonométricas

  4   8 
 3 cos   cos2wt     cos 2wt 
Vmax .I max
p(t )      cos 2wt    
2   3   3 
52
Os 3 últimos termos se anulam
Vef  2  I ef  2
p(t )  max max  3 cos  
V .I p(t )   3 cos  
2 2

p(t )  3 Vef  I ef  cos 

Relembrando a expressão da potência monofásica

p(t )  Vmax  I max  cos   Vmax  I max  cos2wt   


1 1
2 2

53
• O torque desenvolvido no eixo de um motor trifásico é constante, o que
significa menos vibração nas máquinas acionadas por motores trifásicos.

54
S

|S|

|S|

55
Potência em Trifásicos Simétricos e Equilibrados

Triângulo de Potências

S [VA] Carga indutiva:


QT  0
QT [VAr]
 Carga capacitiva:

QT  0
PT [W]

56
Potência em Trifásicos Simétricos e Equilibrados
Carga com Ligação em Carga com Ligação em
Estrela Triângulo
Vl Il
Il  If ; Vf  If  ; Vf  Vl
3 3
PSap  3Vf If  3Vl Il PSap  3Vf If  3Vl Il
P  3Vf If cos   3Vl Il cos  P  3Vf If cos   3VABI A cos 
Q  3Vf If sin  3Vl Il sin  Q  3Vf If sin   3Vl Il sin 

 Na prática, normalmente não se dispõe dos valores de tensão e


corrente de fase, e utilizam-se os valores de tensão e corrente de
linha.
 Em um sistema simétrico com carga equilibrada (qualquer que seja o tipo
de ligação) as fórmulas de potência ativa, reativa e aparente são as
mesmas. 57
St = S1 + S2 + S3

St

| St |

58
59
60
61
62
Exemplo de Sistema de Distribuição

Linha B
Linha A VˆAB VˆBC
Linha C VˆCA
Neutro
Iˆb Iˆb IˆC IˆB IˆA IˆC IˆB IˆA
Iˆab
Iˆa Vˆbn Iˆa
IˆAB

Iˆc Iˆc VˆBN


ZB
VˆAN Z AB
Iˆbc ZBC IˆBC
n N
Vˆcn ZC ZA
ZCA
Vˆan
VˆCN
Iˆca IˆCA

63
Resumo

VˆAB
VˆBC
VˆCA

64
Resumo

65
Resumo

 Os circuitos trifásicos podem ser analisados, usando


fasores e impedâncias, para determinar a resposta
em regime permanente senoidal.
 A forma mais fácil de analisar um circuito trifásico
simétrico e equilibrado é fazer os cálculos do circuito
monofásico correspondente a uma das fases.
 Uma carga em Δ pode ser substituída por uma carga
em Y equivalente usando uma transformação Δ-Y.

66
Resumo

67
Resumo
 Os cálculos de potência em trifásicos (equilibrados ou
desequilibrados) devem levar em conta as três
impedâncias de fase da carga, e são normalmente
realizados a partir das grandezas de linha (tensões e
correntes).
 Para trifásicos simétricos e equilibrados, as expressões
para o cálculo das potências ativa, reativa e aparente
são as mesmas tanto para cargas ligadas em Y como
para cargas ligadas em Δ.
 O fator de potência de um trifásico simétrico e
equilibrado é calculado como cosϕ, sendo ϕ o ângulo
da impedância Z da carga.
68
Exercício

1- Em um gerador trifásico (conectado em estrela) a


tensão Vbc = 220/0 V . Determine as demais tensões de
fase e linha, admitindo sequência de fase positiva.
Construir o diagrama fasorial.

Repetir o exercício, admitindo sequência de fase


negativa.

69
Exercício

2- Em uma carga trifásica equilibrada (conectada em


triângulo) com Z = 5/45 Ω a tensão de linha é 120V.
Adotando sequência de fase positiva e Vbc como
referência, determine as correntes de fase e de linha na
carga.

70
Exercício

3- Uma fonte ligada em estrela, simétrica e equilibrada,


com sequência de fase positiva ABC, com:

VˆAN  10010 Vef


é conectada a uma carga ligada em triângulo
equilibrada com:
Z  8  j4 Ω
por fase. Calcular as correntes de fase e de linha.

71
Exercício

4- Calcular as correntes de linha no sistema trifásico


simétrico e equilibrado mostrado esquematicamente na
figura abaixo.

A
IˆA
110 0 Vef 10  j8 
110   240 Vef

10  j8 
B IˆB
C 10  j8 
110   120 Vef IˆC

72
Exercício
5- Um sistema trifásico Y- simétrico e equilibrado,
com sequência de fase positiva ABC, tem:

VˆAN  1200 Vef

A carga balanceada tem impedâncias de:

Z  10  j 5 
por fase.

Determinar as potências aparente, média e reativa do


sistema, bem como o fator de potência.
73
Exercício
6- Um sistema trifásico com sequência ACB, a quatro fios, 208 Vef,
tem a carga ligada em estrela com:
ZA  60  ZB  630  ZC  545 
a) Determine as correntes de linha IˆA , IˆB , IˆC e a corrente no
neutro ( IˆN ).
b) Calcule as potências ativa, reativa e aparente da carga
desequilibrada.
A
IˆA
120   90 Vef
ZA
120  150 Vef
208 Vef IˆN
N
ZC
B IˆB
C ZB
120  30 Vef
IˆC
74
Autores do Material Didático

•Prof. Ricardo Canelói dos Santos


•Prof. Stilante Koch Manfrin
•Prof. Joel David Melo Trujillo
•Profa. Denise Consonni
•Prof. Luiz Alberto Luz de Almeida
•Profa. Ahda Pionkoski Grilo Pavani
•Prof. Ademir Pelizari

75
Referências Bibliográficas

[1] ORSINI, L.Q.; CONSONNI, D. “Curso de Circuitos Elétricos”, Vol. 2


( 2ª Ed. – 2002 ), Ed. Blücher, São Paulo.

[2] CONSONNI, D. “Transparências de Circuitos Elétricos I”, 1º semestre


de 2007, EPUSP.

Obs: As figuras desse material foram obtidas na referência [2], com a


autorização do autor.

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