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TERMODINÂMICA
DO GAS IDEAL 14
14.1 Introdução
Consideremos um gás ideal contido num cilindro com pistão como
mostrado na Fig. 14.1. Mediante a movimentação de êmbolo, é possível
comprimir ou expandir tal gás e neste processo haverá variação de pressão
e/ou temperatura já que estas variáveis estão vinculadas pela equação do gás
ideal (PV = NKT).
Imaginemos que a pressão P do gás é maior que a pressão atmosférica.
Neste caso, a tendência do gás é empurrar o pistão para fora do cilindro. Se o
pistão desloca-se lentamente uma distância dx, o trabalho realizado pelo gás
será:
∆W = Fdx = P Adx = PdV
onde A é a área do pistão expansão e dV = Adx corresponde à variação de
volume durante a expansão.
P Pa
V2
W=∫ PdV
V1
V
V1 V2
2
V
termômetro
dT p dT
( )
dT p dT p
( )
(ii) à pressão constante: C p = dQ = dU + dW = C V + dW . Para um
gás ideal, PV = nRT e, portanto, PdV + VdP = nRdT. Como estamos tratando
de um processo onde a pressão é constante, dP = 0. Logo, dW = PdV = nRdT
e consequentemente,
Cp = CV + nR
P
(P1,V1)
Pα1/V (isoterma)
(P2,V2)
v
Fig. 14.6 – Expansão isotérmica.
Na isoterma de um gás ideal (PV = nRT) temos: PdV + VdP = nRdT
= 0 ⇒ dW = PdV = - VdP. Entretanto,
(P1,V1)
expansão adiabática
(P2,V2)
v
Fig. 14.7 - Expansão adiabática.
Queremos calcular qual é a relação entre P e V durante o processo
TVγ-1 = constante
Para o gás ideal U = 32 nRT ⇒ dU = 32 nRdT e dV = C V dT, logo
C V = 32 nR. Por outro lado C p = C V + nR ⇒ C p = 52 nR e, portanto,
CP 5
γ= = para o gás ideal.
CV 3
y>0
y=0
y<0
V
A
mg
P = P0 +
A
V
movimento:
d 2 y γPA 2
m + y=0
dt 2 V
que é a equação diferencial de um movimento harmônico simples de
frequência:
γPA 2
ω02 =
mV
e período:
τ = 2π mV
γPA 2
A Pτ 2
Exercícios
1- Um gás ideal, inicialmente com pressão P1 e volume V1, expande-se
adiabaticamente até a pressão P2 e volume V2. Mostre que o trabalho
realizado é W = (P1V1 – P2V2)/(γ - 1) onde γ = Cp/Cv
2- Calcule o rendimento ( η = W/Q1 , Q1 = calor recebido pelo sistema) do
ciclo do Otto (Fig. 14.9).
3- Calcule o rendimento do ciclo de Carnot (Fig. 14.10).
4- isoterma
P
P
adiabáticas
adiabática
T1
T2
V1 V2 V
V
Fig. 14.9 Fig. 14.10
5- Explique porque o calor específico a volume constante é menor que o calor
específico a pressão constante.
6- Calcule o coeficiente de dilatação volumétrica de um gás ideal à pressão
constante.
P2 isotrma
(isoterma)
P1
v
V1 V2
Fig. 14.11