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Centro Universitário de Brasília

Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento - ICPD

MARCUS VINICIUS BERNO NUNES DE OLIVEIRA

FLUXO DO SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL NO TRÁFICO DE DROGAS

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro


Universitário de Brasília (UniCEUB) como
requisito parcial para aprovação no processo
seletivo do programa de Mestrado em Direito,
Linha 2 – Políticas Públicas, Processo e
Controle Penal, para o segundo período letivo
de 2016.

Brasília
2016
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DELIMITAÇÃO DO TEMA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Alinhando-se ao programa de Mestrado em Direito do UniCEUB, esse projeto de


pesquisa tem como tema maior as políticas públicas voltadas para a área de segurança pública,
assim entendidas como o conjunto articulado de diretrizes, metas e procedimentos que visam o
controle da ordem pública com base nas competências definidas, em último grau, na
Constituição do Brasil (ADORNO, 2008).
Nesse segmento, é possível identificar a interação de organizações como as Polícias,
o Ministério Público, o Poder Judiciário e os Departamentos Penitenciários visando concretizar
o processamento de demandas (crimes que chegam ao seu conhecimento), ao que se pode
chamar, genericamente, de sistema de justiça criminal (SJC) (ADORNO, 2002; RIBEIRO;
SILVA, 2010).
Com isso pretende-se investigar o tratamento que o SJC tem dado às suas demandas,
voltando-se para o estudo do fluxo dos processos decisórios em matéria penal, objetivando
apontar os filtros por que passam as demandas até a eventual sentença condenatória (COSTA;
ZACKSESKI; MACIEL, 2016), bem como as causas da sua (in)eficiência em dar uma resposta
estatal ao crime (COSTA, 2015). Esse tipo de estudo é uma forma de se investigar o SJC a
partir das práticas e decisões tomadas nos órgãos que o compõem ao reconstruírem o fenômeno
criminal por meio da investigação e do processo penal (VARGAS, 2014).
Cumpre observar que o meio jurídico acadêmico tem se deparado, já há alguns anos,
com uma mudança no foco das pesquisas jurídicas, antes muito mais voltadas para discussões
teóricas, que têm se direcionado para o estudo do meio social no qual serão aplicadas as normas,
bem como a forma como essas normas são aplicadas e sobre quem (ou quais grupos) incidem
(FONTAINHA; GERALDO, 2015).
Na esfera criminal, essa necessidade de conhecer a realidade é ainda mais evidente.
Pesquisas indicam a disseminação da ideia de que a impunidade dos crimes é uma das principais
razões para o crescimento da violência, e que os trâmites processuais necessários à efetiva
punição dos criminosos, tido como morosos e ineficientes, contribuem para esse sentimento de
impunidade (ADORNO; PASINATO, 2007; COSTA, 2015).
Por esse motivo, é importante reconstituir o fluxo do processo de punição de condutas
criminosas, visando identificar a sua trajetória nas diversas etapas do processamento judicial, o
que permite verificar, em um primeiro plano, o percentual de casos que perpassam todas as
fases do processo e os determinantes dessa sobrevivência até a sua fase final. Com isso, é
possível verificar, por exemplo, a probabilidade de casos registrados na Polícia serem
formalizados em denúncias e, posteriormente, alcançarem uma sentença no Judiciário em um
dado intervalo de tempo (RIBEIRO; SILVA, 2010; RUSCHEL, 2008).
Vale observar, também, que muitas pesquisas sobre a criminalidade brasileira têm
estudado o tráfico de drogas (definido no artigo 33 da Lei 11.343 de 2006) (BOITEUX, 2009;
REZENDE, 2011; TAFFARELLO, 2009), que, atualmente, é um dos tipos penais mais
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recorrentes e mais encarceradores do país (DEPEN, 2015; IPEA, 2015). Dessa forma, ainda
mais importante se torna o estudo do processamento desse crime, razão pela qual o presente
projeto de pesquisa se volta inteiramente para a investigação e processamento do crime de
tráfico de drogas.
Por fim, cabe ressaltar que, não obstante existirem estudos de fluxo do SJC em algumas
capitais e áreas metropolitanas do Brasil (ADORNO; PASINATO, 2007; COSTA;
ZACKSESKI; MACIEL, 2016; MACHADO; PORTO, 2015; PORTO, 2015; RIFIOTIS;
VENTURA, 2007; SILVA, 2010; VARGAS, 2004), ainda há grande carência de pesquisas
dessa natureza nas comarcas localizadas no interior, como é o caso da Comarca de Unaí-MG,
localizada na região noroeste do Estado, a aproximadamente 150 km de Brasília-DF, onde se
propõe realizar este estudo, conforme explicado abaixo.

PROBLEMA DE PESQUISA

O estudo aprofundado sobre o fluxo do sistema de justiça criminal para o crime de


tráfico demanda o delineamento de questões-problema para guiar, de maneira objetiva, o
trabalho de pesquisa, evitando que erros sejam cometidos e etapas desnecessárias sejam
realizadas (MINAYO; DESLANDES; GOMES, 2015).
Por essa razão, com relação à delimitação espacial, este projeto de pesquisa se dirige
ao estudo do sistema de justiça criminal que opera na Comarca de Unaí-MG. A escolha se
justifica tanto pela ausência de pesquisas direcionadas para essa região, conforme exposto
acima, bem como por ser onde reside o pesquisador, o que facilita o acesso e a coleta dos dados.
No que tange ao limite temporal, objetiva-se explorar os casos de tráfico de drogas
noticiados nessa região entre os anos de 2013 e 2015. A delimitação desse período visa, ao
mesmo tempo, permitir a observação em um período de tempo relevante e que espelha a
realidade atual, mas também limitar a um volume de casos compatível com a duração do curso
de Mestrado.
Por conseguinte, a presente pesquisa será norteada pelos seguintes problemas: Como
ocorreu o fluxo do crime de tráfico no sistema de justiça criminal da Comarca de Unaí no
período de 2013 a 2015? Quais foram as principais determinantes nas tomadas de decisão pelos
diversos atores jurídicos do sistema? Qual o perfil do agente selecionado e processado pelo
crime de tráfico no sistema de justiça criminal de Unaí? Qual o perfil da ocorrência que perpassa
por todas as etapas do processo penal até a sentença?
Para tentar responder a essas indagações será empreendida uma pesquisa de cunho
quantitativo e qualitativo, conforme descrito abaixo na metodologia.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
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Analisar o fluxo do sistema de justiça criminal na Comarca de Unaí/MG para o crime


de tráfico no período de 2013 a 2015.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Definir o número de ocorrências registradas na polícia, de inquéritos policiais


encerrados, de processos iniciados, de sentenças e de condenações dos crimes de tráfico
no período pesquisado na Comarca de Unaí/MG;
2. Conhecer a taxa de esclarecimento, processamento, sentenciamento e condenação do
sistema de justiça criminal dos crimes de tráfico no período pesquisado na Comarca de
Unaí/MG;
3. Analisar casos encerrados no período definido para pesquisa, no intuito de viabilizar o
monitoramento de fluxo até chegar ao estágio inicial de cada caso;
4. Identificar as causas determinantes de cada fase decisória e o seu reflexo na próxima
fase, a fim de observar a interação entre os órgãos que compõem o SJC;
5. Construir o perfil dos agentes selecionados e dos casos que chegam até a sentença,
distinguindo os processos de seleção e filtragem que incidem nos acusados e nas
ocorrências.

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

A presente investigação, de ordem empírica documental, com o suporte da abordagem


quantitativa e qualitativa (LÜDKE, 2012), será realizada a partir de uma análise de informações
constantes dos bancos de dados da Polícia Civil, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça
de Minas Gerais sobre os casos de tráfico de drogas que ocorreram na Comarca de Unaí no
período de 2013 a 2015. Buscará, ainda, analisar qualitativamente uma amostra aleatória de
processos já definitivamente julgados nesse período, a ser escolhida de acordo com métodos
estatísticos.
No que se refere a metodologia da coleta e análise de dados sobre o processamento
dos crimes de tráfico na Comarca de Unaí/MG, serão utilizados os métodos transversal e
longitudinal retrospectivo (RIBEIRO; SILVA, 2010).
A coleta transversal dos dados referentes a atuação do SJC em uma determinada
localidade permite trabalhar com o conjunto total de casos para uma série temporal, ao invés de
apenas uma amostra. Assim, é possível estabelecer as taxas de esclarecimento, processamento,
sentenciamento e condenação referentes àquela localidade, o que é imprescindível para a
avaliação e compreensão do exercício do poder de punir do estado (VARGAS; RIBEIRO,
2008).
A taxa de esclarecimento pode ser entendida como o percentual de investigações
esclarecidas, levando-se em consideração o total de ocorrências registradas. Já a taxa de
processamento significa o percentual de processos judiciais iniciados, levando-se em conta o
número de ocorrências registradas ou o total de inquéritos em que houve esclarecimento da
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autoria do crime. Por sua vez, a taxa de sentenciamento representa o percentual de processos
que chegaram na fase de sentença, levando-se em consideração o número de ocorrências
registradas ou o total de processos iniciados. Por fim, a taxa de condenação traz o percentual de
condenações, levando-se em consideração o número de ocorrências registradas ou o total de
sentenças proferidas (RIBEIRO; SILVA, 2010).
Para a pesquisa transversal será utilizado um formulário a ser preenchido com o
número de ocorrências registradas nas polícias, número de inquéritos policiais encerrados,
número de processos iniciados, número de sentenças e número de condenações segundo a
natureza do delito, bem como o ano de produção de cada uma dessas peças (RIFIOTIS;
VENTURA; CARDOSO, 2010).
Já o desenho longitudinal retrospectivo contribuirá para a análise em profundidade dos
casos encerrados no período pesquisado, reconstruindo o fluxo retrospectivamente do
encerramento até o estágio inicial (RIBEIRO; SILVA, 2010). Propõe-se que essa análise
também seja feita por meio do preenchimento de formulário de registro com as informações
obtidas dos processos, a serem escolhidos utilizando uma amostra aleatória de casos em que já
ocorreu a condenação definitiva no período pesquisado (RIFIOTIS; VENTURA, 2007).

HIPÓTESES

A revisão da literatura especializada, conforme suscintamente descrito no referencial


teórico, permite levantar algumas hipóteses que serão testadas por meio da coleta e análise dos
dados empíricos.
Como hipótese básica tem-se que o sistema de justiça criminal da Comarca de Unaí é
ineficiente no tratamento do tráfico de drogas, não conseguindo responder a todos os crimes
que lhe foram noticiados no período e, aos que respondeu, não o fez dentro de um prazo razoável
(Hipótese I).
Acredita-se que uma das razões que contribuem para essa ineficiência é a existência
de diversos gargalos durante o processamento das demandas criminais, razão pela qual nem
todos os casos chegam a uma solução e em um tempo razoável (Hipótese II).
Também se supõe que existe uma predisposição do SJC para selecionar determinado
perfil de agente para ser processado e punido, o que teria relação com as categorias de
estratificação social (classe social, escolaridade, etnia, gênero, idade, origem etc.) (Hipótese
III).
Por fim, acredita-se que a sobrevivência de uma ocorrência até a fase final de
julgamento pelo SJC está relacionada a um determinado perfil, cuja construção depende da
forma como ela foi noticiada, da atuação dos responsáveis pela investigação preliminar, do
perfil do agente, da exposição do caso na mídia entre outros (Hipótese IV).

REFERENCIAL TEÓRICO
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O sistema de justiça criminal, em seu viés repressor, trabalha a partir de demandas que
surgem no momento em que um de seus operadores toma conhecimento de que uma conduta
criminosa foi praticada. Geralmente, esse primeiro contato com a existência do crime ocorre
nas Polícias ou no Ministério Público (MACHADO, 2014), por meio dos canais ordinários de
comunicação ou delação (boletins de ocorrência, “disque-denúncia”, prisão em flagrante etc.)
(MARQUES, 2009).
Dessa forma, essas demandas passam por uma fase preliminar de investigação, que
geralmente ocorre na Polícia Civil (MACHADO, 2014), por meio do inquérito policial (IP), ou
no próprio Ministério Público (procedimento investigatório criminal - PIC), e, caso seja
verificada a existência de elementos mínimos de prova da existência do crime e de sua autoria,
são encaminhadas ao Judiciário por meio da formalização da denúncia, que é atribuição
exclusiva do representante do Ministério Público. Caso não seja verificada, ao menos de
maneira indiciária, a existência ou a autoria do delito, esse procedimento investigatório é
arquivado (MARQUES, 2009).
Quando ingressam no Judiciário, essas denúncias são analisadas pelo Juiz, que
verificará a existência dos pressupostos mínimos para o seu processamento e futura decisão.
Caso entenda que a denúncia não atende a esses requisitos, o Juiz a rejeita e obsta o seu
processamento, arquivando-a. Por outro lado, se o Juiz receber a denúncia, dá-se início ao
processo penal (NORONHA, 1999).
Uma vez iniciado o processo penal, serão produzidas as provas necessárias à
comprovação da existência do crime e da sua autoria pelo réu. Ao final, analisando esse
conjunto de elementos probatórios, o Juiz profere a sentença que condenará ou absolverá o
acusado (NORONHA, 1999).
Dessa sucinta descrição é possível depreender que entre o cometimento de um crime
e a decisão que aplica a sua punição pelo Estado há um caminho a ser percorrido (um processo),
comumente chamado pela literatura processualista de “persecução penal”, o qual é marcado por
uma série de “filtros” que determinam o seguimento ou não do processo decisório (MARQUES,
2009).
Conforme já mencionado acima, o sistema de justiça criminal é formado por diversas
organizações, as quais compõem o aparelho repressor do Estado. Essas organizações são,
basicamente, as Polícias, o Ministério Público, o Poder Judiciário e os Departamentos
Penitenciários. Cada um desses órgãos atua dentro das suas atribuições e, de certa forma,
independentemente da atuação do outro, sem que haja uma evidente coordenação entre eles
(MACHADO, 2014).
Com isso, é importante pontuar que os “filtros” da persecução penal não são operados
pelo mesmo órgão, ou seja, cada órgão controla um determinado filtro seguindo a sua própria
lógica de atuação, que não necessariamente é compartilhada entre os demais (MACHADO,
2014).
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Tendo em vista a existência destes filtros e das interações entre as organizações que
compõem o aparelho repressor do Estado, surge os pontos chaves para a pesquisa que se
apresenta, sendo que para as hipóteses (I, II e III) levantadas neste projeto podem ser testadas
com os seguintes argumentos preliminares:
Para a hipótese I, que aponta para a ineficiência do SJC, algumas pesquisas referem
que a crise nesse sistema tem como uma de suas fazes mais visíveis a impunidade, assim
entendida como a falta de resposta aos crimes noticiados aos órgãos oficiais (ADORNO, 2007;
COSTA, 2015). Utilizando-se de dados referentes ao crime de homicídio, Adorno (2002)
aponta que no início dos anos 90 algo entorno de 92% dos crimes dolosos contra a vida
cometidos no Município do Rio de Janeiro não sofreram nenhuma punição. Mais recentemente,
Costa, Zackseski e Maciel (2016) chegaram a conclusão semelhante ao apontarem que na área
metropolitana de Brasília-DF apenas 10,3% dos homicídios ocorridos em 2010 foram
elucidados.
Quanto à hipótese II, que propõe a existência de filtros no processamento dos crimes
como uma das causas de sua ineficiência (MACHADO, 2014), Sérgio Adorno (2002)
representa o SJC como um “funil”, no qual há uma base larga representando os crimes que são
oficialmente detectados, e um estreito gargalo que representa os crimes em que os autores foram
revelados e punidos.
Já para a hipótese III, que supõe a existência de uma predisposição do SJC para
selecionar determinado perfil de agente criminoso, vasta literatura aponta algum grau de
seletividade no sistema (BARATTA, 2013; PORTO, 2015; SHECAIRA, 2014). Adorno (1995)
também aponta que, embora não haja evidência empírica de que uma determinada etnia
contribua mais para a criminalidade, os negros são os mais selecionados pelas investigações
policiais.
Por fim, para comprovação da hipótese IV, que indica a possível existência de um
perfil de ocorrência que “sobrevive” no SJC, tem-se algumas pesquisas que sinalizam que a
atuação dos órgãos que compõem esse sistema se dá com base em diferentes racionalidades
(MACHADO, 2014; PORTO, MACHADO, 2015), de modo que nem sempre há uma
convergência entre a atuação das Polícias, do Ministério Público e do Judiciário para a apuração
do crime.

POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE MESTRADO EM


DIREITO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (UNICEUB)

Como visto ao longo desta explanação, a proposta tem como tema de pesquisa o
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fluxo do sistema de justiça criminal para o tráfico de drogas, estando diretamente interligado
com as atividades do grupo de pesquisa “Política Criminal”, do Centro Universitário de Brasília
(UniCEUB), coordenado pelo Prof. Dr. Bruno Amaral Machado.
Assim, a pesquisa contribuirá diretamente para o aperfeiçoamento da Linha de
Pesquisa 2, denominada “Políticas Públicas, Processo e Controle Penal”, do Mestrado em
Direito do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), por estar voltada ao estudo empírico
da atuação do SJC frente às condutas enquadradas no crime de tráfico de drogas, possibilitando
definir a realidade da persecução penal em uma Comarca no interior do Estado de Minas, o que
poderá contribuir para definição ou redefinição de estratégias governamentais.
A temática proposta neste projeto de pesquisa possui grande capacidade investigativa,
pois está inserida em um rol de pesquisa em expansão no Brasil (COSTA, 2015), e poderá
contribuir para ampliar o conhecimento sobre os dados da realidade brasileira, pois ainda não
há pesquisas desse tipo na região que ora se propõe investigar.

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