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Manufatura de Chapas

Metálicas

Dobramento

Prof. Paulo Marcondes, PhD.


DEMEC / UFPR
O que é dobramento ?

 Dobramento é usualmente definido como “a


deformação plástica de uma chapa metálica ao
longo de uma linha reta".
Dobramento (Bending)

Na maioria dos casos, tem-se uma


deformação plana localizada na
linha da dobra.

Alguns exemplos das peças


manufaturadas por dobramento.
Dobramento

Variáveis de dobramento

• Estiramento (alongamento trativo na superfície externa)


• Compressão paralela (superfície interna)
• Linha neutra (comprimento original)
Símbolos e terminologia do dobramento

Ri : Raio interno de dobramento Wd: Abertura meia matriz


Ro: Raio externo de dobramento Rn: Raio neutro de dobramento circular
Rm: Raio de meia superfície T: Espessura da chapa
Rp: Raio de punção : Ângulo de dobramento
Rd: Raio de matriz s: Ângulo de ‘Springback’
C: Folga H: Altura da matriz
Dobramento reto

A deformação é confinada na região de dobramento


Variáveis:
Espessura da chapa
Raio e ângulo de dobramento
Módulo elástico
Fratura por deformação do material

Considerações de processo:
‘Springback’
Fissura ou rachamento
Dobramento reto

Matriz de deslizamento (Flanging):


Frequentemente usado com estampagem.
Comum na indústria automotiva.
Dobramento reto

Dobramento plano: Dobramento em


prensa e matriz tipo V:
A folha desliza na
A beirada da chapa é matriz e o atrito pode
presa e dobrada para influenciar o
cima. processo.
DOBRAMENTO CURVO
DOBRAMENTO CURVO

CURVATURA –
CALANDRAS

A curvatura cilíndrica ou
cônica é obtida por meio de
calandras.
Outras variedades de dobramento

Outras variedades de dobramento:

• Enrolamento (curling)
• Recravamento e agrafamento (hemming)
• Flangeamento (flanging)
•Repuxamento (spinning)
Dobramento por enrolamento
Dobramento

Princípio de design de matriz para enrolamento interno


Dobramento

Design de matriz para enrolamento


Dobramento (recravamento / agrafamento)
Dobramento

Matriz de agrafamento (hemming die)


Dobramento

Tipos de agrafamento
Dobramento por flangeamento
Dobramento por repuxamento
Processo de repuxo de chapas
DISCO PRODUTO
MATRIZ

BASTÃO
Dobramento em rolos

Dobramento em rolos (‘Roll Forming’):


Processo contínuo para produzir, calhas, tubos,
perfis.
Pode apresentar rachadura, ondulamento
e ‘springback’.
Dobramento

Dobramento em rolos: vários estágios


Dobramento em Canal (Channel Bending)

Deformação ocorre nas flanges.

Superfície pode rachar

Superfície pode ondular


Dobramento curvo

Com excessão de casos especiais, a deformação se estende além da


linha de dobramento.

Encolhimento da flange:
Superfície pode se curvar. Estiramento da flange:
A superfície pode separar.

Caso especial: superfícies de


curvatura iguais ou opostas.
Dobramento

Passo a passo da fabricação de


uma peça usando 20 rolos
(diagrama em flor).
Nervuramento

Aumentar a rigidez de chapas finas através de nervuramento.


Dobramento

Elementos de chapa dobrada têm amplas aplicações nas construções


mecânicas, em especial, onde o fator leveza é primordial.

Os perfis laminados são substituídos, quando necessário e


possível, por elementos de chapa dobrada.

A execução destes perfis em geral é feita nas dobradeiras, porém,


quando os elementos forem relativamente curtos ou com
conformação especial, são executados vantajosamente por meio de
matrizes e prensas.
Dobramento em
Dobradeiras
Dobramento em dobradeira (por giro)

Dobramento por giro


DOBRAMENTO PROGRESSIVO
DOBRAMENTO PROGRESSIVO
DOBRAMENTO PROGRESSIVO

Matriz de enrolamento

Matriz de dobramento de caixa

Matriz de selamento e entrosamento


Dobramento
Em matriz
Dobramento livre (air bending)

No dobramento livre (air bending), não há nenhuma


necessidade mudar nenhum equipamento ou ferramenta para
obter ângulos de dobra diferentes porque os ângulos da
curvatura são determinados pelo curso do punção.
Dobramento livre (air bending)

As forças requeridas para dar forma


às peças são relativamente
pequenas, mas o controle exato do
curso do punção é necessário
para obter o ângulo desejado da
curvatura.
Dobramento em V (V bending)

No dobramento em V( V-bending), a folga entre o


punção e a matriz é constante (igual à espessura da
chapa).

A espessura da chapa varia de aproximadamente


0.5 a 25 milímetros.
Dobramento em matriz tipo U (U-die bending)

Dobramento em matriz tipo U (U-die bending) é feito em dois


eixos paralelos de dobramento na mesma operação.
Uma almofada é usada para forçar o contato da chapa com
o fundo do punção.
Para a almofada pressionar a chapa se requer
aproximadamente 30% da força de dobra.
Dobramento em matriz de deslizamento
(Wiping die bending)
Dobramento em matriz de deslizamento (Wiping die bending) é
conhecido também como flangeamento (Flanging).

Uma borda da chapa é dobrada a 90 graus enquanto a


outra extremidade é contida pelo próprio material e pela
força do prensa chapas/almofada (blankholder/pad).
Dobramento em matriz de deslizamento
(Wiping die bending)

O comprimento da flange pode facilmente ser mudado e o


ângulo da curvatura pode ser controlado pela posição
do curso do punção.
Dobramento com ressalto na ponta do punção
para deformação plástica (Coining)

No dobramento com deformação plástica (Coining), a tensão


compressiva é aplicada à região de dobra para aumentar a
quantidade de deformação plástica.
Isto reduz a quantidade de springback.
Dobramento de fundo (Bottom bending)

No dobramento de fundo (Bottom bending), o springback é


reduzido ajustando a posição final do punção tal que a folga entre
o punção e a superfície da matriz é menor do que a espessura
da chapa.

Em conseqüência, o escoamento do material é ligeiramente


menor e se reduz o springback.
Dobramento de fundo (Bottom bending)

Na dobra de fundo se requer consideravelmente uma maior força


(aproximadamente 50%~60% a mais) do que no dobramento
livre.
Dobramento em ferramenta dupla
(Double die bending)
A dobra em matriz dupla (Double die bending) pode ser vista
como duas operações de deslizamento (wiping operation) que
agem na chapa uma após a outra.

A dobra em matriz dupla pode aumentar o


endurecimento por deformação reduzindo o springback.
Dobramento giratório
(Rotary bending)

Dobramento giratório (Rotary bending) é o processo de


dobramento usando um balancim ao invéz de um punção.

As vantagens são:

a) Não necessita de blankholder


b) Há uma compensação do springback pelo sobredobramento
c) Requer uma força menor
d) Pode dobrar com mais de 90 graus
Dobramento giratório
(Rotary bending)
Para aplicações industriais, as seguintes predições
são cruciais durante o projeto

• Controle da forma e da qualidade da parte curvada – molejo de retorno


(springback), tensões residuais (residual stresses), enrugamento (wrinkling) e/ou
rachamento (splitting)

• Avaliação da capacidade de dobramento (Bendability) (que determina o raio


mínimo de curvatura sem fratura)

• A predição de forças de dobra


Springback (Retorno Elástico, Molejo
de Retorno)

Springback é definido como a recuperação elástica do


material após descarregar as ferramentas.

Springback resulta em uma mudança dimensional na


peça curvada.
Dobramento

Limites elásticos no dobramento simples


Dobramento

Tensões residuais
na chapa metálica
Capacidade de dobramento (Bendability)

Bendability é o menor raio de curvatura alcançado sem falha


pode ser melhorada aquecendo-se ou por
aplicação da pressão hidrostática.

As rachaduras podem também ser eliminadas induzindo


uma tensão de compressão no sentido de dobra.

A capacidade de dobramento em chapas finas é mais


elevado do que em chapas grossas.

As chapas finas estão sujeitas a rachar geralmente


nas bordas, quando as chapas grossas tenderem a
rachar no centro.
Capacidade de dobramento (Bendability)
Diagrama do raio mínimo
Dobramento

Raio de
dobramento
mínimo (ri
min) para
dobramentos
em ângulos
menores que
120°
Dobramento

Raio de dobramento mínimo para aço baixo carbono


e aço baixa liga (in. e mm)
Dobramento

Raio de dobramento
mínimo para aço
inóx austenítico
Dobramento

Raio para dobramento a frio


de alumínio em 90 graus
Dobramento

Raio mínimo para dobramento


de ligas de cobre
Dobramento

Raio para dobramento de ligas de magnésio em várias temperaturas


Dobramento

Raio mínimo de dobramento para tubos de magnésio


Dobramento

Efeito da espessura da chapa no raio mínimo de


dobramento para ligas de alumínio tratadas termicamente
Dobramento

Efeito do comprimento de dobramento na ductilidade


Dobramento

Diminuição na espessura com o aumento na curvatura


(L/T é a relação de comprimento por espessura)
Dobramento

Efeito da condição da superfície de corte no


raio mínimo de dobramento para ligas de alumínio
Dobramento

Efeito da altura da rebarba na conformabilidade


Dobramento

Nas operações de dobra deverão ser evitados os cantos vivos, pois é


imprudente executar raios de curvatura internos inferiores à
espessura da chapa;
as fibras externas seriam tracionadas e o material acabaria rasgando.

O raio mínimo de dobra depende do material e da espessura da chapa,


em que:

Em geral aconselha-se fazer:


Raio mínimo de dobramento

Onde
t: espessura da chapa
Rmin: raio mínimo de dobramento
r: redução em área (%) para um dado material em teste de tração.
Propriedades mecânicas

Na zona de deformação a mecânica da deformação da chapa


metálica deve ser considerada.

Fatores de influência:

1. Deformação
2. Tensão
3. Momento de dobramento
4. Descarregamento e springback
5. Avaliação do springback e carregamento de conformação
Propriedades mecânicas

Modos de deformação em uma operação típica de


dobramento livre em chapa metálica.
Efeito da tensão

Distribuição de tensão para um material elástico, perfeitamente plástico a


medida que a tensão é aplicada. S S S

1 1 1
1

Bending Tension increases, Elastic- Fully plastic,


only strip elastic plastic no moment
Dobramento e envelhecimento de chapas

• Controle do ponto de escoamento

• Endireitamento por deformação em rolos

• Efeito do momento de tensão e ‘springback’


Controle do ponto de escoamento

O ponto de escoamento superior e alongamento no


ponto de escoamento pode ser controlada por:
• Laminação de encruamento
• Aplicação de tensão para
endireitamento
YPE
• Endireitamento em rolos
Stress
Esses processos podem diminuir
a tensão de escoamento.
Strain
Controle do ponto de escoamento
Laminação de encruamento :

• Leve laminação a frio pode causar 1% de


deformação e modificar a rugosidade da superfície.
• Envelhecimento natural para ocorrer
subsequentemente.

Tensão para endireitamento:

• Cria uma estrutura heterogênea de células no


material deformado e não deformado.
• Torma resitente ao envelhecimento natural.
• A superfície tende a se tornar mais rugosa.
Controle do ponto de escoamento

Endireitamento em rolos:

• Causa deformações por dobramento cíclicas na chapa


criando uma distribuição mais uniforme das discordâncias não
barradas e algum encruamento na chapa.
• A rugosidade da superfície é levemente alterada e o
endireitamento da chapa é melhorado.
• O material pode re-envelhecer com o tempo.
• O processo é frequentemente combinado com lubrificação.
Dobramento

Endireitador de rolos com 13 rolos


Dobramento

Dobramento alternado
Controle do ponto de escoamento

Deformação no
endireitamento em rolos:

• A chapa não se conforma junto aos rolos, então que o raio de


dobramento, R, é maior que o raio dos rolos.
• O raio de dobramento dependerá do sistema.
• A deformação de dobramento dependerá inversamente do raio de
dobramento, i.e. de t/R.
• A quantia de encruamento dependerá da deformação por ciclo e do
número de rolos.
Dobramento e o Retorno Elástico

Em general, os fabricantes estão interessados


nas dimensões finais dos produtos;
conseqüentemente,

 o ângulo após descarregar é o parâmetro


principal a controlar no dobramento.

 Os principais métodos para reduzir o springback


ou controlar o ângulo descarregado da curvatura
pode ser:
Dobramento

a,b,e: Sobredobramento para compensação (Over bending)


c: Ressalto na ponta do punção deformação plástica
(Coining after bending)
d: Dobramento de fundo (Bottoming)
Dobramento / retorno elástico
Dobramento
Retorno Elástico

Devido a todos os materiais terem um modulo de


elasticidade finito, a deformação plástica é seguida pela
recuperação elástica após a remoção da carga.
Retorno Elástico

No dobramento, a recuperação elástica é o springback.


Retorno Elástico
Cálculo do ‘springback’

Depois do dobramento, teremos um retorno elástico em algum


grau, dependendo das propriedades da geometria e do material.

A equação do springback é:

Onde
Rf: Raio de dobramento após o springback
RI: Raio de dobramento antes do springback
Sy: Tensão de escoamento do material
E: Módulo de elasticidade do material
T: Espessura do material
Dobramento
As variáveis do ângulo de Springback são:
Onde
D = f(Rp, Rd, W, q, T, E, K, n, eo, Rm)
D : ângulo de Springback
Rp: raio de punção
Rd: raio de matriz
W: largura da matriz
: ângulo de dobramento
T: espessura
E: Modulo de Young's
e0: coeficiente de Pre-deformação
K: coeficiente de resistência
n: coeficiente de encruamento
Rm: raio de meia superfície
Dobramento e distribuição da tensão
Tensão residual

Distribuição da tensão

t
2 y b

t a

2
Fator de
‘springback’
kR

Com:
a1: ângulo da matriz (ângulo de dobramento requerido) [°],
a2 : ângulo desejado na peça (depois do ‘springback’) [°],
s: espessura da chapa[mm],
ri1 : raio interno da matriz [mm],
ri2 : raio interno da peça[mm].
Dobramento

Springback para dobramento reto (90 graus) para aço baixo carbono
acalmado ao alumínio com folga zero de deslizamento (wiping)
Dobramento
Dados de springback para ligas de alumínio e aço austenítico
Dobramento
Dados de springback para aços austeníticos tratados termicamente
Dobramento

Springback em graus permitido para dobramentos em 90 graus


em alumínio 2024-O e 7075-O.
Dobramento

Springback para dobramento de alumínio em


outros ângulos que não 90 graus
Dobramento

Springback permitido para dobramentos


de aluminio em 90 graus
Dobramento

Deformação da chapa metálica


e springback durante o
dobramento por flangeamento
Equipamentos

Algumas das operações de dobramento e flangeamento


são conduzidas em prensa mecânica ou hidráulica.

Por exemplo, quando se usa matrizes progressivas ou em


operações de estampagem, a ação de dobra é integrada no
trabalho feito com as ferramentas que atuaram pela ação
do pistão da prensa.
Entretanto, no general, o dobramento livre é feito
em uma prensa especial, chamada de prensa de
dobramento (press brake).
Equipamentos

Geralmente três tipos de equipamentos são usados:

• Prensa mecânica de dobramento


(Mechanical Press brake )
• Prensa hidráulica de dobramento
(Hydraulic press brake )
• Prensa hidráulica-mecânica de dobramento
(Hydro-Mechanical press brake )
Equipamentos

Cada tipo tem suas próprias características especiais e uso.

As capacidades das prensas são estabelecidas pela tonelagem


requerida para dobramento livre a 90 graus para aço de médio
carbono (413 MPa de tensão de resistência) sobre uma
ferramenta fêmea que tem uma abertura de aproximadamente
oito vezes a espessura da chapa.

No dobramento de materiais como alumínio e o bronze macio,


as exigências de tonelagem são muito mais baixas do que
aquela para o aço desde que a carga requerida da prensa é uma
função da tensão de resistência do material.
Equipamentos

Um prensa mecânica usa um motor, um volante e


excêntrico para converter o movimento giratório do
motor e do volante em um movimento vertical para o
punção/cilindro da prensa.
Equipamentos

Vantagem: A alta velocidade de rotação do volante permite um


grande número ciclos por o minuto. Quando o volante se
aproxima do fim de curso, tem freqüentemente força o suficiente
para deslocar as ferramentas com a força além da capacidade
especificada da prensa.

Desvantagem: no ponto inferior exato, a potência da prensa


alcança grande capacidade e é limitada somente pela capacidade da
estrutura do equipamento. Operações de dobramento com
deformação plástica (coining) com alta tonelagem podem causar
danos na ferramenta e/ou travar a prensa no ponto morto inferior.
Equipamentos

A prensa hidráulica utiliza um motor e uma bomba para


deslocar o óleo hidráulico no alto do cilindro para exercer a
pressão e mover o punção/cilindro da prensa. A tonelagem
da prensa hidráulica é diretamente proporcional à
pressão de óleo e à área do pistão sobre a pressão.
Equipamentos

Vantagem: A velocidade do punção pode ser facilmente


controlada ajustando o fluxo do óleo.

Desvantagem: Comparado com a prensa mecânica, oferece


poucos ciclos por o minuto, e nenhuma potencialidade de
tonelagem adicional.
Equipamentos

Na prensa hidráulica-mecânica um único cilindro hidráulico


aciona um sistema mecânico para dobrar. Este projeto fornece a
tonelagem total em qualquer ponto na mesa, assegura o
movimento paralelo da cilindro não obstante o carregamento
descentralizado e rende +/- 0,025 mm (0.001“) de repetibilidade.
Produtos

Na prática ângulos de dobramento entre 0 e 90 graus podem


ser facilmente obtidos. Para ângulos de dobramentos maiores
ferramentas adicionais incluindo mecanismo de cames
mecânicos podem ser necessários.
Produtos

Dobramento não é somente usado para produzir geometrias


funcionais tais como bordas, flanges, curvas, emendas e
corrugação, mas também para aumentar a rigidez das peças
aumentando o momento secional transversal de inércia.
Aspectos ambientais e de segurança

Idealmente, os lubrificantes usados para dar forma a chapa de


metal devem ser recicláveis e o processo não deve causar ruído
prejudicial aos ouvidos do ser humano.
Lubrificação / Interface
No dobramento de chapas metálicas o atrito não tem muito efeito
no processo.
Geralmente, o coeficiente de atrito é aproximadamente 0.06 a 0.1.

Existem quatro tipos de condições da lubrificação no dobramento


a) filme fluído, b) limite, c) sólida e d) atrito seco
Regras gerais de projeto de peças dobradas
ou enroladas

1- O raio de dobramento ou de enrolamento deve ser apropriado.


Regras gerais de projeto de peças dobradas
ou enroladas
2- Os lados da parte de dobrar devem ser normais à linha de dobramento.

Cuidados para reduzir as solicitações do material e das ferramentas


Regras gerais de projeto de peças dobradas
ou enroladas
3- A altura mínima dos rebordos não deve ser inferior a duas vezes a
espessura da chapa, mais o raio de dobramento.
Regras gerais de projeto de peças dobradas
ou enroladas
4- Furos e entalhes puncionados no recorte devem manter uma distância
apropriada da linha de dobramento.
Regras gerais de projeto de peças dobradas
ou enroladas
5- No enrolamento exige-se que a rebarba fique para o lado interno e que
a peça se prolongue tangencialmente ao olhal.
Regras gerais de projeto de peças dobradas
ou enroladas

6- Aumentar a rigidez de chapas finas através de nervuramento.


Posição da
linha neutra
em peças
dobradas
Desenvolvimento
das peças dobradas
VALORES
PRÁTICOS

Para cálculos menos,


precisos a Uddeholm
sugere:
CONSELHOS E ARTIFÍCIOS

No caso de serem executadas várias dobras numa única operação, o


estampo devera ser confeccionado de forma a executar primeiramente

a dobra central, permitindo o livre escorregamento da


chapa, e depois as dobras laterais, gradativamente.
CONSELHOS E ARTIFÍCIOS

Entalhe para auxiliar no dobramento


CONSELHOS E ARTIFÍCIOS

• As chapas duras deverão ser dobradas com ferramentas de quinas


(r = 0,2e) e à baixa velocidade.
• Os cantos vivos somente poderão ser obtidos com materiais macios.
• A resistência das peças dobradas pode ser aumentada por meio de
nervuras.
CONSELHOS E ARTIFÍCIOS

NERVURAS DE REFORÇO
CONSELHOS E ARTIFÍCIOS

É aconselhável separar as partes


dobradas das partes retas com
pequenos entalhes.
Dobramento

Entalhamento de alívio para dobramento em ângulo reto


CONSELHOS E ARTIFÍCIOS

Se a dobra for em curva, aconselha-se


estampar duas peças juntas por vez e
depois separa-lás por meio de corte.
Assim evitam-se escorregamentos
irregulares.

No caso de dobra de
chapa furada, para
que os furos não
fiquem ovalizados,
devemos respeitar o
seguinte:
Dobramento

Entalhes podem previnir a separação do material na


flange estirada durante o dobramento
Dobramento

Efeito das condições de paralelismo


da prensa e matriz para o dobramento
de uma peça em forma de U
Dobramento

Uso de inserto de material de


alta resistência ao desgaste:

A) Reduzir o desgaste do
prensa chapas.

B) Coining a borda da flange


para controlar o springback.
DOBRA E CURVA COM MATRIZES DE BORRACHA

Os sistemas tradicionais de punção e matriz de aço são pesados e caros,


porque requerem precisão e não permitem variação da espessura da
chapa.

Atualmente com a produção de Borrachas Poliuretânicas, que são muito


resistentes; a abrasão, a ruptura por compressão, aos óleos, ácidos, etc.

O punção A é de aço. A matriz B é de borracha.


As matrizes são de borracha uretânica, colocadas na caixa C, com a folga
f, que permite a expansão da borracha.
No fim da operação a borracha volta ao seu estado normal e extrai a peça
dobrada.
DOBRA E CURVA COM MATRIZES DE BORRACHA

SEQUÊNCIA DAS OPERAÇÕES

Estampos de dobrar

Estampos de curva
Os elementos destes estampos são
iguais ao exemplo acima.
Desejando-se uma curvatura exata
colocam-se enxertos de aço D.
DOBRA E CURVA COM MATRIZES DE BORRACHA

Matrizes utilizando poliuretano


como matriz inferior
Dobramento

Matriz de flangeamento com


bloco de poliuretano como
prensa chapas
Dobramento

Conformação de tubos pequenos


Conformação de cilindro Conformação de cilindro
em um estágio em dois estágios
Dobramento de tubos

Achatamento
Dobramento de tubos / endireitamento

1 1

Initial After
Residual Relaxation
Stress

Curvature change
Dobramento de tubos / seção quadrada

Unbend
Bend Residual Stress
Dobramento

Aços para ferramenta


Referências bibliográficas

Altan, T., (1999). Conformação de Metais: Fundamentos e Aplicações, Publicação


EESC-USP, São Carlos/SP.
Altan, T., (1999). OSU/IWSE 894A. Class lecture.
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Bhupatiraju,M. K., Shivpuri,R., Altan, T., (1994). An Investigation of Bending
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Costa, H. B. e Mira, F. M., (1987). Apostila – Processos de Conformação:
Conformação Mecânica dos Metais, Florianópolis/SC.
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Kalpakjian, S., (1997). Manufacturing Processes for Engineering Materials,
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Tufekci, S. S., Wang, C. T., Kinzel, G. L., Altan, T., (1994). Experimental
Determination of Strains and Forces in Stretch and Shrink Flanging Operations,
ERC/NSM, Report No: ERC/NSM-S-94-07.
Paulo Victor Prestes Marcondes - Possui pós-doutorado pela
Universidade de Deakin, em Geelong, na Australia (2007) e Universidades
da California em San Diego (1996) e Pennsylvania (1996) nos EUA.
Obteve seu doutoramento em Engenharia Mecânica pela Universidade
Federal de Santa Catarina e Universidade de Birmingham na Inglaterra
(1995). Obteve o mestrado em Engenharia Mecânica (1991) e a graduação
em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina
(1989). Atualmente é professor associado I da Universidade Federal do
Paraná atuando na graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) do
Departamento de Engenharia Mecânica. Tem experiência na área de
Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Conformação
Mecânica, atuando principalmente nas áreas de conformação de chapas,
ferramentas de conformação (matrizes e moldes) e simulação
computacional.

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