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CURVAS CLC

Dispositivos da máquina:

CLP para aquisição de dados – permite a obtenção da curva de deslocamento vs. força do
punção.
Aços Avançados para Indústria Automotiva

Produção do Aço (siderurgia) e Laminação – definem as propriedades da chapa metálica e,


consequentemente, o seu comportamento durante a estampagem;

Estrutura veicular (carroceria) – composta principalmente por chapas metálicas


estampadas. Influencia:

Massa do veículo;

Desempenho (potência do motor / consumo de combustível);

Design (Estética / aerodinâmica);

Segurança;

Conforto;

Fabricação.

Melhora na Conformabilidade das Chapas: torna-se possível atingir maiores níveis de


deformação a partir de chapas mais finas.
Classificação:

Aços baixo carbono convencionais para estampagem (NBR 5915)

QC – qualidade comercial

EM – estampabilidade média

EP – estampabilidade profunda

EEP – estampabilidade extra-profunda

EEP - PC – estamp. extra-profunda de peças críticas

EEP - IF – estamp. extra-profunda com aço IF


Aço doce (Mild Steel) – microestrutura essencialmente ferrítica.

Aplicações:

Baixa tensão de escoamento

Alta ductilidade

Baixo custo

Ideais para componentes complexos que incorporam vários tipos de deformação.

IF – Intersticial Free (Livre de intersticial)

Aumento de resistência pela adição de P, Si e Mn em solução sólida substitucional.

Características:

Baixíssimo percentual de C garante LE baixo e alto (n) e (r).

Maior estiramento que os aços Doce

Algumas grades são fortalecidas por uma combinação de solução sólida, precipitação e
refinamento de grão
Aço BH (Bake Hardening): O aço BH tem uma microestrutura com base ferrítica e são
reforçados principalmente por solução sólida.

Durante a fase siderúrgica o aço mantém carbono em solução para que esse carbono seja
liberado da solução durante a cura da pintura.

O ganho de resistência por meio do efeito BH oferece duas vantagens quando comparados
aos aços convencionais de qualidade de estampagem:

Aumentam a resistência à amassamento em todos os componentes acabados levemente


deformados, tais como capô, portas, teto e para-lama;

Substancial redução de peso (a diminuição da espessura é compensada pelo aumento da


tensão de escoamento após o tratamento térmico).

HSLA – High Strenght Low Alloy:

São reforçados principalmente por meio de elementos micro-ligados que contribuem para a
precipitação de finos carbonetos e refino de grão.

Isto realça a soldabilidade e a escolha do revestimento.

HSLA são desejaveis para componentes estruturais como sistema de suspensão e chassi, e
reforço de componentes.

Exibem excelente conformação a frio e resistência a fratura frágil em baixa temperatura.

Oferece boa resistência a fadiga (braço da suspensão) e impacto (longarinas, barras


transversais e reforços em geral).

Aço DP (Dual Phase): O uso na industria automotiva tem crescido rapidamente:

Atualmente de 0 a ~25% do peso dos componentes estruturais

Perspectiva de cresciemento até ~75%.

Aplicações:

Alta capacidade de encruamento e alta resistência mecânica garante a esses aços


excelente capacidade de absorção de impacto.

Ideais para componentes estruturais e componentes de segurança, tais como barras de


impacto da porta, longarinas, pilar B, soleira da porta e pára-choque.
Aço TRIP (Transformation Induced Plasticity):

Microstrutura de ferrita, austenita transformada (bainita e martensita), e austenita retida

Apresenta menor encruamento inicial do que o DP, porém maior alongamento e o


encruamento continua até maiores valores de deformação

É um aço com alta capacidade de absorção de impacto e resistência a fadiga. São ideais
para componentes estruturais e de segurança nos automóveis, tais como barras
transversais, longarinas, pilar-B, soleira da porta e para-choque.

Aços Complex Phase (CP):

Microestrutura extremamente refinada;

Tensão de resistência acima de 800 Mpa;

Ductilidade de 10 à 15 %;

Tensão de escoamento muito alta e baixo encruamento (baixa conformabilidade).

Microestrutura: Pequenas quantidades de martensita, austenita retida e perlita em uma


matriz ferrita/bainita

Aços Martensíticos (MS): Produzidos a partir de uma fase austenítica que durante a
laminação a quente ou tratamento térmico é transformada em Martensita durante o
resfriamento.

Tensão de escoamento em torno de 1000 MPa

Tensão de resistência acima de 1500 MPa

Ductilidade de 4 à 7 %

Conformação é difícil devido à alta tensão de escoamento

Forjamento

Forjamento é o nome genérico para operações de conformação mecânica efetuadas com


esforço de compressão sobre um material dúctil, de tal modo que ele tende a assumir o
contorno ou perfil da ferramenta de trabalho.”

Tipos básicos:

Conformação a quente;

Conformação a frio.
Classificação;

Forjamento livre ou em matriz aberta (ferramentas côncavas ou planas);

Forjamento em matriz fechada;

Etapas do forjamento;

Corte –> aquecimento –> pré-conformação –> forjamento -> rebarbação

Materiais utilizados:

Aços (comuns, ligados, ferramenta, estruturais e inoxidáveis);

Ligas (Cu, Al, Mg, Ni e Ti).

Operações simples de conformação por forjamento;

Matrizes abertas ou ferramentas especiais;

Produzir peças acabadas e simples;

Redistribuir a massa de uma peça bruta para posterior forjamento em matriz.

Recalque, estiramento, laminação, alargamento, fendilhamento, extrusão, etc.

Recalque ou recalcamento;

Compressão direta do material entre um par de ferramentas de face plana ou côncava,


visando primariamente reduzir a altura da peça e aumentar a sua secção transversal.

Estiramento

Se a redução na espessura a ser efetuada é grande:

Recobrimento as mordidas.

Visa aumentar o comprimento de uma peça às custas da sua espessura.

Encalcamento;

Redução da secção de uma porção intermediária da peça, por meio de uma ferramenta ou
impressão adequada.

Rolamento;

Operação de distribuição de massa ao longo do comprimento da peça, mantendo-se a


secção transversal redonda enquanto a peça é girada em torno do seu próprio eixo.
Alargamento;

Aumenta a largura de uma peça reduzindo sua espessura.

Furação;

Abertura de um furo em uma peça, geralmente por meio de um punção de formato


apropriado.

Aplicação de punção ou mandril sobre a peça.

Extrusão;

O material é forçado a passar através de um orifício de secção transversal menor que a da


peça.

Laminação de forja;

Redução e da secção transversal de uma barra passando-a entre dois rolos que giram em
sentidos opostos, tendo cada rolo um ou mais sulcos de perfil adequado, que se combina
com o sulco correspondente do outro rolo.

Caldeamento;

Visa produzir a soldagem de duas superfícies metálicas limpas, postas em contato,


aquecidas e submetidas à compressão.

Cunhagem;

Geralmente realizada a frio, empregando matriz fechada ou aberta, visa produzir uma
impressão bem definida na superfície de uma peça, sendo usada para fabricar moedas,
medalhas, talheres e outras peças pequenas, bem como para gravar detalhes de diversos
tipos em peças maiores.
Fendilhamento;

Consiste em separar o material, geralmente aquecido, por meio de um mandril de furação


provido de gume; depois que a ferramenta foi introduzida até a metade da peça, esta é
virada para ser fendilhada do lado oposto.

Recalque de peças cilíndricas;

- Deformação homogênea e heterogênea;

- Aumento da pressão na interface;

- Zona de fluxo restringido;

Barrilamento;

Para h/D<1,4 – um bojo;

Para h/D=1,4 e 1,6 – dois bojos;

Para h/d >1,6 ?? e h/d > 3 ???

Tensões residuais (secundárias);

Trativas, compressivas e circunferênciais;

FORJAMENTO EM MATRIZ ABERTA / FECHADA

Operações intermediárias;

Distribuição de massa;

Dobramento;

Formação as secção transversal;

OPERAÇÕES SECUNDÁRIAS

Rebarbação;

Prensa de excêntrica;

Furação;

Desempeno;

Calibragem.
Acabamento superficial;

Tamboreamento (tambor vibratório cheio de chips de porcelana) que tem por objetivo polir e
tirar as rebarbas do produto;

Jateamento;

Decapagem química;

Neutralização.

REBARBAÇÃO

Funções da rebarba;

Válvula de segurança;

Regular o escapamento do metal em excesso.

Deve-se dimensionar a rebarba de modo que a extrusão do metal através da garganta seja
mais difícil do que o preenchimento do mais intrincado detalhe das matrizes;

Um dimensão excessiva da rebarba, pode criar cargas de forjamento intensas demais,


resultando em problemas de desgaste ou quebra das matrizes.

Para peças complexas, projetar b/h alto;

Para peças simples, projetar b/h baixo;

EQUIPAMENTOS DE FORJA

Para uma seleção de engenharia, deve-se levar em conta principalmente a energia de


conformação fornecida pela máquina;

Martelos e prensas de fricção são máquinas de capacidade limitada, pois a conformação


cessa quando a quantidade de energia disponível no golpe é entregue à peça, sendo
necessário golpes adicionais se a peça ainda não estiver completamente forjada;

Prensas excêntricas (rebarbação) e de manivela trabalham com um curso fixo, ou seja, a


conformação estará concluída quando o excêntrico atingir o ponto morto inferior;

Prensas hidráulicas são limitadas pela carga máxima fornecida, pois quando a força exigida
se iguala à capacidade do equipamento, o êmbolo deste cessa.
Martelos de forja;

Golpes rápidos e sucessivos;

Deformação superficial.

Pontas de eixo,virabrequins;

Martelos de bigorna:

Queda livre;

Queda acelerada (duplo efeito);

Martelos de contragolpe:

Verticais;

Horizontais;

Prensas;

Compressão em baixa velocidade;

Deformação resultante regular;

Hidráulicas:

Mecânicas:

Verticais:

Excêntrico (rebarbação);

Manivela;

Fricção;

Horizontais:

Recalcadoras horizontais;
MÁQUINAS ESPECIAIS:

Recalcadoras elétricas:

Máquinas de forjamento rotativo;

Máquinas de forjamento de alta energia (HERF);

Trefilação

Processo de conformação plástica indireta para a fabricação de produtos pela passagem do


material através de uma ferramenta que provoca a diminuição do seu diâmetro.

Características do processo:

Forças trativas + compressivas.

Geralmente a simetria é circular.

Processo realizado a frio.

Tipos de produtos produzidos: barras, arames, tubos e condutores elétricos.

Vantagens:

Grandes reduções de seção.

Precisão dimensional.

Acabamento superficial.

Controle de propriedades.

Lubrificação na trefilação:

Por imersão ou por aspersão.

Lubrificantes.

Lubrificação seca: sabões sólidos em pó.

Lubrificação úmida: soluções ou emulsões de óleos em água.

Pastas e graxas.
Equipamentos auxiliares:

Afinadoras de ponta.

Soldadoras topo a topo.

Decapagem.

Fornos para recozimento (contínuo ou estático).

Linhas de revestimento superficial.


Tipos de defeitos

- Diâmetro escalonado (causa: partículas duras que ficam retidas na fieira e que depois se
desprendem).

- Fratura irregular com estrangulamento (causas: esforço excessivo devido a lubrificação


deficiente, excesso de espiras no anel tirante rugoso, anel tirante com diâmetro incorreto ou
devido a redução excessiva).

- Fratura com risco lateral ao redor da marca de inclusão (causa: partícula dura inclusa no
fio inicial proveniente da laminação ou extrusão).

- Fratura com trinca aberta em duas partes (causas: trincas provenientes da laminação).

- Marcas na forma de V ou fratura em ângulo (causas: redução grande e parte cilíndrica


pequena com inclinação do fio na saída, ruptura de parte da fieira com inclusão de partícula
no contato fio-fieira, inclusão de partículas duras estranhas.

- Rupturas taça-cone (causas: redução pequena e ângulo de fieira muito grande com
acentuada deformação na parte central).

Ponta de flecha, marcas de sargento (chevrons) no centro.

Isto deve-se a deformação não homogênea (aparecimento de tensões secundárias trativas


no centro das peças) que surge devido o material do centro ser forçado a se deformar,
porém em menor escala que o material da superfície que sofre a ação direta da fieira.

Diagramas de Avitzur

Correlaciona condições de processamento (semi-ângulo da


fieira e percentual de redução) com o aparecimento de rupturas
centrais.
Extrusão

Processo pelo qual um bloco é reduzido em seção transversal ao ser forçado a escoar
através do orifício de uma matriz sob alta pressão.
Extrusão combinada.

Combinação dos processos de extrusão a frio.

É utilizada quando se devem produzir corpos ocos e maciços que possuam paredes e
fundos de espessuras diferentes, ou que sejam providos de rebordos e rebaixos.

Neste processo o material escoa no sentido e em oposição ao movimento do estampo,


conforme ilustrado na figura.
Lubrificação na extrusão.

Baixa resistência ao cisalhamento.

Bastante estável.

Para extrudar aços e ligas a base de níquel usam-se:

Vidro moído no estado pastoso (Ugine-Sejounet)

Filme fino e contínuo.

No processo de extrusão a frio constuma-se realizar operação de recozimento e


fosfatização prévia com Zn ou Cu para melhorar a aderência do lubrificante.

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