Você está na página 1de 46

Fabricação Mecânica

Aula 6
Ementa

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (aula 6)


Fundamentos sobre o processos de fabricação por
conformação. Classificação dos processos de conformação
mecânica dos metais.
Processos de Fabricação

Mecânicos (emprego de Metalúrgicos(emprego de


tensão e metal estado Temperatura e metal no
sólido) estado líquido)
aplicada < ruptura aplicada > ruptura Taplicada < Tfusão Taplicada > Tfusão

Usinagem Forjamento Metalurgia do Lingotamento



Laminação Fundição

Trefilação Trat. Térmico Soldagem

Extrusão
Processos de Fabricação

 FUNDIÇÃO
PODE SER UTILIZADA NA PRODUÇÃO DE PEÇAS
COMPLEXAS, MAS PODE GERAR PRODUTOS COM
POROSIDADES E VAZIOS.

DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
PODE EXIBIR ALTAS TAXAS DE PRODUÇÃO, MAS
REQUER USO DE EQUIPAMENTOS PESADOS E CAROS E
FERRAMENTAL DEDICADO.
Processos de Fabricação

CONSOLIDAÇÃO
PERMITE A MONTAGEM DE PEÇAS COMPLEXAS, MAS OS
PONTOS DE UNIÃO EXIBEM CARACTERÍSTICAS
DISTINTAS E NÃO DESEJADAS

REMOÇÃO DE MATERIAL
PERMITE ELEVADA PRECISÃO DIMENSIONAL, MAS A
PERDA DE MATERIAL É ELEVADA
Processos de Conformação

Ao analisar a curva de deformação de um metal,


obtemos o seguinte gráfico com as regiões
elásticas, plásticas e seus vários limites de
resistência.
Processos de Conformação

O processo de conformação plástica ocorrerá na


região plástica do material, ou seja, onde ocorrerão
deformações permanentes.
São exemplos de processos de conformação:
– Laminação
– Forjamento
– Extrusão
– Trefilação
– Estampagem
Processos de Conformação

Influenciam os processos de conformação:


– Temperatura
– A ferramenta de conformação
– A rigidez dos dispositivos.
– Equipamentos de conformação
– Qualidade das ferramentas utilizadas
Exemplos de produtos obtidos por conformação:
latas de cerveja, rodas de automóveis, caixas de
relógios, fios elétricos, trilhos de trem, etc.
Fabricação Mecânica
Aula 7
Ementa

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (aula 7)


Processos de conformação mecânica
Laminação
LAMINAÇÃO
Laminação

É processo de conformação no qual ocorre a redução de


espessura (ou modificação da seção transversal) de um
corpo sólido, pela passagem entre dois cilindros
(ferramentas) que giram à mesma velocidade periférica,
mas em sentidos contrários. A deformação plástica ocorre
por forças compressivas aplicadas através dos cilindros.
Objetivos

O primeiro objetivo do processo é conformar as peças


mas, como objetivo adicional romper e refinar as
estruturas internas dos metais e ligas fundidas
melhorando as propriedades mecânicas.
A laminação é considerada laminação a frio (“cold
forming”) abaixo da temperatura de recristalização e à
quente (“hot-forming”) acima dessa temperatura.
Características

A Laminação pode ser:


Processo mecânico primário realizados em lingotes para
produzir barras, tarugos, etc
Processo mecânico secundário realizados em tarugos para
produzir produtos finais
Produtos
blocos laminação de trilhos
não planos

perfis
estruturais
placas laminação
de planos chapas

tiras
laminação de
tarugos não planos barras

vergalhões
Metalurgia da laminação

Temperatura de recristalização: um valor para cada


material (influem microestrutura e tratamento mecânico)
↑Trecrist: modificações estruturais (recristalização com ou
sem transformação de fase) melhor conformabilidade.
↓ Trecrist: encruamento.

Pouco abaixo de Trecrist: denominação de trabalho morno (“warm


forming”) a temperatura é próxima da recristalização reúne as
características vantajosas dos outros tipos de processo.
Metalurgia da laminação

à quente = menor esforço mecânico (maior deformação)


= melhoria da tenacidade (menor porosidade)
= melhor ferramental e formação de óxidos

à frio = maior esforço mecânico


= melhoria da dureza e da resistência mecânica
= melhoria dimensional e de acabamento
Mecânica da laminação

Esforço: compressão direta  Arco de contato


Ponto neutro: pressão máxima dos cilindros sobre a peça
Forças de atrito: no sentido da laminação até o ponto
neutro e contrário a partir dele tendência de movimento
para trás e para frente da peça a laminar
Carga de laminação: força de separação dividida pela área
de contato  tensão de laminação
Mecânica da laminação

Redução total: diferença entre a espessura final e a inicial


Alargamento total: diferença entre a largura final e inicial
Alongamento total: diferença do comprimento final e inicial

h = h0-h1 b = b1-b0 l = l1-l0


Forças na laminação

As forças usadas na laminação ocorrem no contato dos


cilindros com o material a ser laminado em um arco
denominado angulo de contato ou ataque.
O volume de material conformado limitado pelo arco,
pelas bordas laterais da placa e pelos planos de entrada é
chamado de zona de deformação.
Forças na laminação

Angulo
de
contato

O angulo de contato pode ser encontrado através do cos α

relacionando a redução (h0–h1) e o Ø dos cilindros (2R)


Forças na laminação
Relações Geométricas e Trigonométricas

O A deformação aplicada é medida

A
 pela redução de espessura
B
h1 h2 Redução (%) = (h / h1) x 100%
h = h1 – h2
D
h1  espessura de entrada
r h2  espessura de saída
AB  arco de contato
D  diâmetro do cilindro   ângulo de contato
r  raio do cilindro
Forças na laminação
FATORES QUE DETERMINAM A GRANDEZA DOS ESFORÇOS

Fat  força de atrito que o cilindro aplica na chapa


R  força de reação que o cilindro aplica à chapa
O componentes horizontais  FatH , RH
 componentes verticais  Fatv , Rv
A FatH
RH
B
R Fat Para ocorrer laminação FatH  RH
RV
FatV 

FatH = Fat . cos 


RH

FatH FatH =  . R . cos  RH = R . sen 

  tg 
R
RV
Fat Condição de “Mordida”
FatV
Forças na laminação

A espessura inicial do material h0 entra em contato com o


cilindro e adquire uma velocidade v0. A diminuição da
espessura acarreta em aumento do comprimento e
conseqüentemente em aumento da velocidade. Como o
volume é o mesmo e b é a largura da chapa, temos:

A região do cilindro onde a velocidade periferica do


cilindro é igual a da placa é chamada de ponto neutro ou
de não deslizamento
Forças na laminação

Existem duas forças principais que atuam no cilindro


uma normal ou radial N e uma tangencial T (força de
atrito). No início a força de atrito arrasta o material e
após a passagem sob o ponto neutro a força é invertida
fazendo oposição à saída da placa entre os cilindros
Forças na laminação
Forças na laminação
Tipos de laminadores

O laminador abrange inúmeros tipos, dependendo do


serviço, do número de cilindros, etc.
É constituído de uma estrutura metálica que suporta os
cilindros com os mancais, montantes e todos os
acessórios chamado cadeira de laminação
Tipos de laminadores

Duo: composto apenas de dois cilindros de mesmo


diâmetro, girando em sentidos opostos, com a mesma
velocidade periférica e colocados um sobre o outro.
Existem duas variedades do duo: o duo com retorno por
cima, em que a peça, depois da passagem é devolvida
para o passe seguinte, passando sobre o cilindro superior.
o duo reversível, em que o sentido de rotação dos
cilindros é invertido e os cilindros aproximados, após
cada passagem da peça através dos mesmos.
Tipos de laminadores
Tipos de laminadores

Trio: em que três cilindros são dispostos um sobre os


outros; a peça é introduzida no laminador, passando entre
o cilindro inferior e o médio e retorna entre o cilindro
superior e o médio. Os modernos laminadores trio são
dotados de mesas elevatórias ou basculantes para passar
as peças de um conjunto de cilindros a outro.
Tipos de laminadores

Quádruo: que compreende quatro cilindros, montados


uns sobre os outros; dois desses cilindros são
denominados de trabalho (os de menor diâmetro) e dois
denominados suporte ou apoio (os de maior diâmetro).
Estes laminadores são empregados na laminação e
relaminação de chapas que, pela ação dos cilindros de
suporte, adquirem uma espessura uniforme em toda a
secção transversal.
Tipos de laminadores
Tipos de laminadores
Tipos de laminadores

Laminador universal: tem uma combinação de cilindros


horizontais e verticais empregado na laminação de
perfilados pesados (duplo T); os cilindros verticais estão
colocados no mesmo plano vertical que os cilindros
horizontais.Os cilindros verticais não são acionados e sua
função é simplesmente garantir uniformidade da secção
do perfilado.
Tipos de laminadores
Tipos de laminadores

Laminador Sendzimir: em que os cilindros de trabalho


são suportados, cada um deles, por dois cilindros de
apoio. Este sistema permite grandes reduções de
espessura em cada passagem através dos cilindros de
trabalho.
Tipos de laminadores
Tipos de laminadores
LAMINADORES

duo trio quádruo

cluster
(Sendzimer) trem de laminadores

Várias configurações dos cilindros usados em laminação


Tipos de laminadores
• O processo geralmente ocorre em várias etapas

• Tipos de laminadores
Laminador
Laminador
Laminador
Sendzimir
Laminador
Laminador
Duo
Trio
Duo
Universal
Quádruo
Reversível
Estágios da laminação
perfis tipo ‘H’
Estágios da laminação
perfis tipo ‘H’
Estágios da laminação
Estágios da laminação
Estágios da laminação
FIM

Você também pode gostar