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A palavra tem origem no vocábulo francês fauves que significa feras. Este movimento seguiu muitas
características expressionistas.
Conceito
Fauvismo é o nome dado à tendência estética na pintura, iniciou na França em 1904, e que buscou explorar
ao máximo a expressividade das cores na representação pictórica. O termo “fauvismo”, na verdade, teve
origem a partir das observações corrosivas do crítico de arte Louis Vauxcelles após ter visitado uma mostra
de pinturas de vários artistas, entre eles Henry Matisse. Vauxcelles utilizou a expressão “Les Fauves” ao se
referir aos artistas. O uso pejorativo da expressão, que pode significar “os animais selvagens”, prevaleceu
nas críticas imediatamente posteriores só foi denominado e reconhecido como um movimento artístico em
1905.
Principais características
- Ausência de ar livre;
- Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva;
- Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;
- A simplificação das formas e utilização maciça de cores puras;
- As pinceladas, largas e definitivas, que continham espontânea gestualidade;
- A escolha dos matizes sem relação com a realidade;
Principais características
“O Porto de Londres” 1906 é uma das obras mais famosas do pintor francês André Derain. Neste quadro, as cores
vivas movimentam-se e cintilam num embarcadouro do rio Tamisa. Ao longe a inconfundível silhueta da Tower Bridge.
O artista transformou a cena num arco-íris de cores primárias nitidamente aplicadas em blocos. O seu uso da cor
distorce e a perspectiva e confere a superfície do quadro uma unidade vibrante. A pincelada espontânea revela que
Derain conhecia as técnicas do impressionismo assim, fez da cor o tema de sua pintura, torna o cenário quase
irrelevante.
Georges Rouault - Barcos de pescadores ao sol poente 1939
Não, ele não era pescador. Sempre que podia, porém, embarcava com os homens do mar para ver chegar a noite.
Enquanto os homens se entregavam à faina, ele contemplava o sol. Sentia uma vertigem quando o astro começava
desaparecer na linha do horizonte. A noite aproximava-se, mas uma estranha luz, a luz do crepúsculo, permanecia
viva. Ele olhava para ela e sentia-a, naquela hora, como uma promessa. Também ele era um homem crepuscular.
Acreditava secretamente, contudo, na promessa. A noite viria, mas a luz triunfaria e ele descobria a verdade que se
ocultava no crepúsculo que o habitava, no crepúsculo que ele próprio sentia ser.