Poético: .............................................................................................................. 2
Expositivo: .......................................................................................................... 2
Observativo: ....................................................................................................... 3
Participativo: ....................................................................................................... 3
Reflexivo:............................................................................................................ 3
Performático: ...................................................................................................... 3
Ordem do dia...................................................................................................... 6
Câmera .............................................................................................................. 7
Decupagem ...................................................................................................... 15
1
Entendendo a função dos rebatedores ............................................................ 32
Lentes macro.................................................................................................... 36
Anexos ............................................................................................................. 37
O Que é Documentário?
O documentário é o gênero do cinema que mais se aproxima do jornalismo
eletrônico. Embora tenha como característica transformar o banal em espetáculo
cinematográfico, não deixa de ser poético e subjetivo, carregando a marca de seu
autor. Em outras palavras, apesar de ser uma produção em equipe, o
documentário é de autoria do diretor do filme.
Documentário é um género cinematográfico e se caracteriza pelo compromisso
com a exploração da realidade. Mas dessa afirmação não se deve deduzir que
ele represente a realidade tal como ela é. O documentário, assim como o cinema
de ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade.
Tipos de documentário
A produção de documentários se desenvolveu de acordo com os avanços
tecnológicos e o momento histórico no qual o filme está inserido. NICHOLS (2005)
apresenta seis modos ou tipos de documentário. Esta divisão serve para perceber as
diferentes formas de construção do documentário, mas não são excludentes: elas podem
aparecer no mesmo filme de acordo com o estilo do cineasta.
Poético:
Segue os ideais modernistas de representação da realidade através da
fragmentação. Assim, não há preocupação com montagem linear, argumentação,
localização no tempo e espaço ou apresentação aprofundada de atores sociais. Esta
forma utiliza o mundo histórico como matéria prima para dar “[...] integridade formal e
estética ao filme”. (NICHOLS: 2005, 141)
Expositivo:
2
É um dos mais difundidos e o que o público mais reconhece como
documentário devido ao uso constante de seus elementos em noticiários de TV. Neste
modo, os fragmentos do mundo histórico são concatenados numa estrutura mais
retórica
e argumentativa. A perspectiva do filme é dada pelo comentário feito em voz ‘off’ e as
imagens limitam-se a confirmar a argumentação narrada.
Observativo:
Ganha força com câmeras portáteis e propõe mostrar, parafraseando
Nelson Rodrigues, “a vida como ela é”. Em outras palavras, o cineasta busca captar os
acontecimentos sem interferir no seu processo. A falta de legendas e de narrador
justifica-se para que o público veja o que está acontecendo, e não a interpretação do
cineasta sobre o fato.
Participativo:
‘Coloca’ o cineasta no filme, ou seja, sua participação e
conscientização de sua interferência na realidade dos atores sociais – pois também se
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de
setembro de 2007 torna um ator social – ficam evidentes para o público. Com isto, o
ponto de vista do cineasta fica mais evidente. O uso de entrevistas dá variedade aos
assuntos.
Reflexivo:
Preocupa-se com o processo de negociação entre cineasta e
espectador, indagando as responsabilidades e consequências da produção do
documentário para cineasta, atores sociais e público. Desta forma, “O lema segundo o
qual um documentário só é bom quando é convincente é o que o modo reflexivo do
documentário questiona.” (NICHOLS, 2005: 163)
Performático:
Também levanta questões sobre o que é conhecimento, porém a
subjetividade tem peso maior do que a construção de argumento lógico e linear. A
combinação do real com o imaginário de acordo com a complexidade emocional do
cineasta torna muitas vezes o documentário autobiográfico e paradoxal, visto que “os
documentários recentes tentam representar uma subjetividade social que une o geral ao
particular, o individual ao coletivo e o político ao pessoal” (Idem, ibidem: 171) Na
fronteira dessa indefinição, definindo um género híbrido, surge no início do século o
termo docuficção. A etnoficção é umas das práticas nobres deste género.
3
Volta do trabalho
Pretende se documentar o ritual e o trajeto de volta para casa que Yara realiza diariamente.
Início
Parte final
Ela abre o portão, as crianças brincam ela abraça os carinhosamente. Durante a recepção o
portão fica aberto. Ela toma o menor em seu colo e fecha o portão. O fechar o portão é o
ponto final do filme.
Note que no exemplo você tem todo o trajeto de Yara e pode, mesmo que
resumidamente visualizar toda história, feito isso, você pode passar para o roteiro.
O roteiro de um documentário se difere de um roteiro de ficção, pois você decide
o que quer no seu documentário, determina os assuntos das entrevistas, quais atividades
você quer filmar e na maioria das vezes não é possível controlar a fala, a luz, os
imprevistos e
o cenário. No entanto é fundamental que você conheça a locação, o espaço em
que toda história acontece.
Portanto, O roteiro de um documentário consiste basicamente em um
planejamento de imagens e a seleção dos pontos que sejam capazes de contar sua
história da melhor maneira possível, fazer com que que assista entenda de modo
objetivo o que você está dizendo. Exemplo de roteiro de documentário
4
Plano detalhe – Ela limpando uma das ferramentas
Plano detalhe – Ela segurando todas as ferramentas após serem limpas
Plano médio – Ela tirando o avental
Cena 2 – DIA/EXT/TARDE
Plano Médio – Ela de costas começa a andar e se distancia até ficar totalmente em quadro.
.......................
Cena 75 – DIA/EXT/FIM DE TARDE
Plano aberto – ela com o filho no colo fecha o portão
5
4 – Assistente de direção – O mais próximo do Diretor, ele é uma espécie de segundo
diretor, conhece a fundo as intenções do Diretor e é com ele que o diretor discute as
dificuldades relacionadas ao roteiro.
5 - Diretor de arte – Responsável pela arte do filme (ele elabora um projeto de arte e
cores de acordo com as características do filme, considerando a luz, os espaços,
características dos personagens etc)
6 – Diretor de Elenco – Responsável pela seleção e preparação do elenco
7 – Fotografo – O profissional mais próximo do diretor e do 1º assistente de direção,
este conhece a fundo o que o diretor quer realizar e deve fazer tudo o possível para
conseguir a fotografia que o diretor deseja.
8 – Operador de som – Responsável pela operação de som
9 – Microfonista – esse cuida de captar o som
10 – Loger – Profissional que recebe e armazena as imagens e som ainda em set
11 – Maquiador – cuida da maquiagem de todo o elenco
12 – Figurinista – Cuida do figurino
13 – Maquinista – Responsável por montar quais quer equipamentos no set (exceto
câmeras e lentes)
14 – Motorista – Dirige
Essas são as funções mais importante para se produzir um filme, porém existem
tantas outras quanto necessário for, mas o mais importante é que toda a equipe,
independentemente do tamanho, trabalhe junta e de modo harmônico para a realização
do filme que é o objetivo comum.
Para as produções de baixo orçamento, na maioria das vezes dispensamos todos
esses profissionais e acumulamos funções, pode se realizar filmes grandiosos com uma
equipe muito reduzida e que não obedecem ao modelo apresentado acima, tudo é uma
questão de planejamento, necessidade e disponibilidade de recursos.
Ordem do dia
A ORDEM DO DIA é um documento que contém o planejamento do dia de
trabalho, além de outras informações contém os planos a serem filmados, horário das
pausas, hora e local, quais profissionais devem estar presentes etc.
Esse planejamento é feito no dia anterior e deve ser distribuído para toda a
equipe, assim todos ficam sabendo o que será feito, onde, quem e a hora.
Veja exemplo: Anexo 01
Evite:
6
Deixar as lentes sem as suas respectivas tampas, a câmera sem a tampa de
proteção do espelho, certifique se de que a correia de segurança está bem colocada, não
guarde com baterias ou pilhas, limpe sempre depois de encerrar o trabalho do dia, não
deixe expostos ao sol ou chuva, evite poeira, manter as mãos sempre limpas.
Certificar sempre se estão devidamente fixados em tripés, gruas e outros. Ao
enrolar os cabos retire e limpe com um pano úmido toda a cola deixada por fita crepe,
evite bater as pontas dos cabos, onde estão os plugs. Limpe tripés e outros
equipamentos retirando todo o pó.
Ao montar o tripé, escolha um terreno plano e sem riscos de queda, confira se as
travas de segurança estão devidamente fechadas.
Em hipótese alguma coloque o dedo na lente ou no espelho da câmera, limpe
sempre com material adequado para não provocar ranhuras.
Guarde cada um dos equipamentos em seus devidos lugares (bolsas e caixas
especificas) e não esqueça de retirar baterias, pilhas, cartões etc.
Conhecendo os equipamentos
É fundamental que antes de operar qualquer equipamento tenha se o
conhecimento mínimo de como ele funciona, suas funções e especificidades.
Câmera
Cada modelo tem suas especificações, porém algumas funções são comuns à
todas
PARTE FRONTAL
7
Gire este anel no sentido horário para diminuir o zoom numa visão grande-angular.
Gire-o anti-horário para aumentar o zoom, para um close-up em seu assunto (apenas em
lentes zoom, obviamente).
4. Botão Flash
Ao fotografar usando o Creative Zone ou modos manuais, você pode usar o flash
incorporado que se abre pressionando aqui.
5. Mudança de modo de foco
Deixe em AF (Foco Automático) se você quer a câmera faça o foco automático, feito
com uma leve pressão no botão de disparo. Acione o interruptor para MF (Foco
Manual) quando você quiser controlar o foco. No modo MF, você ainda pode usar os
pontos AF no visor para informá-lo quando o assunto está em foco.
6. Estabilizador de Imagem
As lentes com IS (Estabilizador de Imagem) são projetadas para parar o desfoque
causado pela trepidação da câmera (o que é especialmente perceptível quando você está
dando zoom em um assunto distante). As lentes Nikon têm um interruptor semelhante
chamado VR (Redução da Vibração).
7. Microfone embutido
A maioria das câmeras como a Canon 500D (da foto acima) podem gravar vídeo. O som
é gravado através de um microfone como este (embora ele também vá gravar ruídos de
manuseio da câmera, como o anel de zoom sendo rodado).
8. Preview de Profundidade de Campo
Pressionando aqui, você pode reduzir a abertura atual da lente. É possível, então,
visualizar o quanto da imagem vai estar em foco olhando através do visor ou
verificando o modo Live View.
PARTE TRASEIRA
8
Este botão permite bloquear a exposição da câmera, uma vez que você tenha feito a
leitura de iluminação da cena. Você também pode usá-lo para reduzir o zoom de uma
imagem quando é visualizada no LCD, no modo de reprodução. Ele também permite
que você foque ao usar o Live View.
4. Live View
Pressione aqui para exibir o que a câmera vai capturar na tela LCD. A maioria das
novas câmeras têm uma função LCD ao vivo, o que evita que você tenha que olhar pelo
visor.
5. Teclas em cruz
Estes botões principais cruzados permitem que você navegue pelos menus da câmera e
sub-menus. Você pode, em seguida, pressionar o botão “Set” para selecionar uma
configuração específica no menu. A Nikon chama esses botões de multi-seletor. Cada
botão também funciona como um atalho para funções populares como WB (Balanço de
Branco) ou AF (foco automático).
6. Auto-temporizador
Este botão permite que você altere de disparo único para o modo de disparo contínuo
(ou alterar as definições de auto-temporizador).
7. Botão de reprodução
O botão de reprodução permite que você revise as fotos que você capturou e que estão
no cartão de memória da câmera.
8. Apagar
O símbolo da lata de lixo é universal; ele permite que você exclua o arquivo que está
atualmente visualizando na tela LCD da câmera.
9. Botão de Menu
Clique aqui para acessar uma vasta gama de menus e sub-menus, para que você possa
alterar as configurações de acordo com suas necessidades. Este botão permite acessar e
alterar as configurações de qualidade da imagem, por exemplo.
PARTE SUPERIOR
1. Flash embutido
Quando não há luz o suficiente disponível para capturar uma exposição decente, a sua
DSLR permite abrir um flash embutido pop-up para iluminar algumas situações. Se não
há luz suficiente para o foco automático, a unidade de flash também pode fazer
um disparo de luz para ajudar, chamado de luz auxiliar AF.
2. Botão do obturador
9
Pressione este botão até o fim para fazer a foto. Pressione-o de leve, a meio caminho,
para fazer o foco e a leitura de iluminação da cena. Também pressione aqui para tirar a
câmera do modo de espera.
3. Dial Principal
Girar esse dial permite configurar manualmente a abertura ou a velocidade do obturador
da câmera. É chamado de seletor de comando em uma Nikon.
4. Botão ISO
Clique aqui para escolher uma velocidade ISO. Você pode, por exemplo, usar o dial
principal para selecionar uma velocidade ISO mais sensível à pouca luz. Você também
pode definir a velocidade ISO manualmente passando pelo sistema de menu na maioria
das SLRs digitais e câmeras compactas.
5. Botão liga/desliga
Desligue a câmera quando não estiver em uso (embora ela caia em modo de espera
automaticamente para economizar energia depois de 30 segundos).
6. Modo
Gire este dial para escolher um modo de disparo. A câmera irá definir o ajuste de
abertura e velocidade do obturador apropriados (assim como a cor de processamento em
diferentes maneiras, dependendo do modo). Existem modos de fotografia básica para
cada tipo de assunto (como retrato e paisagem).
7. Sapata de Flash
Você possa montar um flash dedicado no topo da câmera, para iluminar objetos um
pouco mais distantes – e realizar disparos de flash mais criativos e eficazes.
Cartão de memória
Este item é de extrema importância, sem ele não será possível gravar e por isso
deve ser cuidado com o mesmo zelo que os demais equipamentos e acessórios, vejamos
alguns cuidados e especificações.
Evite deixar exposto ao sol, altas temperatura, umidade, quedas e não o coloque no
bolso sem a devida proteção (Nunca coloque no bolso traseiro da calça)
A velocidade de gravação está marcada no seu cartão Ex. 32mb/s, 90mb/s A
classe também Ex. Class 10. Essa sinalização indica informações necessárias de
compatibilidade como seu equipamento.
Lembre-se, seu cartão possui uma trava de segurança sempre sinalizada com a
figura de um cadeado ou com a palavra LOCK, para gravar, posicione a chave acima
dessa sinalização. Para identificar a chave, segure o cartão com a face que contém
informações voltadas para você e observe a lateral esquerda, na parte superior e
encontrará a chave de segurança.
Lembre se, sua câmera grava direto 12 minutos, a gravação é interrompida
automaticamente e precisará ser reiniciada. A cada 12 minutos de gravação são gerados
4.7 Gb de arquivos, portanto esteja atento à capacidade de armazenamento do seu cartão
e mantenha outros sempre a mão ou um computador onde você possa armazenar seus
arquivos, caso o cartão fique cheio.
Para retirar os arquivos do seu cartão você tem algumas opções
1) Usando um cabo microUSB/USB – que vem junto com sua câmera e
permite que você a conecte com um computador
2) Usando um Leitor de Cartões (Adaptador USB). Retire o da câmera,
coloque no adaptador e conecte o na porta USB do computador
3) Direto no leitor de cartão do Computador. Retire o cartão e o insira no
leitor de cartão do seu computador
10
4) Acesse os arquivos do cartão e coloque os no local desejado.
Importante: Para evitar perder seus arquivos, copie e cole, nunca recorte e cole.
A descrição de uso anotadas acima é para os cartões SDHC e provavelmente o
que o que você esta usando, ele é pequeno e frágil, portanto fácil de perder ou de
quebrar, então, muito cuidado com este.
12
Procure a função GRAVAÇÃO DE SOM, Selecione a opção AUTO. Você vai
precisar do som que é captado pela câmera para sincronizar com o que é captado pelo
gravador.
Procure a função SISTEMA DE VÍDEO, Selecione a opção NTSC, esta opção é
o sistema de cores mais usados e que mais se adequa aos aparelhos de exibição que
temos disponíveis.
Usando o tripé.
É importante lembrar que o tripé é um equipamento de extrema importância, ele
permite que a câmera fique estacionada em um ponto completamente sem movimento
ou que você realize tomadas panorâmicas com estabilidade e segurança. Saiba como
usar.
Retire a sapata, sempre localizada na parte superior do seu tripé. Note que a
sapata contém um parafuso, esse parafuso é universal e pode ser encaixado em todas as
câmeras e na maioria dos equipamentos de vídeo, foto e som.
Coloque o parafuso no encaixe da sua câmera (Parte de baixo) ou no
equipamento que pretende deixar no tripé. Enrosque até que fique firme. Em muitas
sapatas há uma sinalização com uma SETA e a inscrição LENS, a seta indica para que
direção a lente de sua câmera deverá ficar
Escolha o local onde colocar seu tripé. (o tripé pode ser colocado nos mais
diversos terrenos e relevos, o desenho e a estrutura de suas hastes “Pernas” permite que
você o coloque numa escadaria, terrenos acidentados etc. mas cuidado, certifique
sempre a estabilidade antes de colocar seu equipamento e se há espaço suficiente para
você operar com tranquilidade e segurança.)
Evite acidentes, sempre atento ao que está a sua volta. Monte o seu tripé
soltando as presilhas ou anéis contidos nas sequencias das pernas ou hastes, atarraxe
novamente até que estejam firmes, coloque no local escolhido.
Para nivelar seu tripé, observe o nível de bolha presente na maioria dos tripés,
procurando manter a centralizada nas marcas indicadas.
Para ajustar a altura, coloque sua câmera no tripé, coloque a sapata já presa com
a câmera no local indicado (Encaixe da sapata na parte superior do tripé) verifique de
que encaixou corretamente e que está segura. Soltando e atarraxando as presilhas ou
anéis em suas pernas você pode ajustar a altura.
Certifique novamente o nível de bolha e se preciso reajuste novamente.
Ligue sua câmera e faça seu enquadramento, ajuste sua câmera às condições do
local e bom trabalho.
Ao seguir estas orientações você e seu equipamento estarão seguros e livres de
acidentes.
13
Anote tudo o que julgar importante e preserve suas anotações originais numa pasta, elas
poderão ser uteis no futuro.
Com essas informações ficará muito fácil editar seu filme.
Exemplo:
Pasta - Vida na aldeia
Documento Word (com informações)
Subpasta 1 – 23/07/2025_tarde_pessoas_voltando_do_trabalho_entrevista_com_Yara
Subpasta 2 – Takes_válidos
.MVI 3456 – yara_fala_da_colheita
.WAV 1778 -Yara_fala_da_colheita
Subpasta 3 – Imagens_de_preenchimento
14
Decupagem
Antes de qualquer coisa: o que é produção de vídeo e por onde começar?
Para facilitar o entendimento dos temas que serão abordados cabe um resumo da
visão geral gráfica de como podem ser organizadas as etapas de filmagens: Preparação,
Pré-produção, Produção de vídeo e Pós-produção
15
ele também é o principal componente do enquadramento. Basicamente, poderíamos
dizer que escolher o plano é determinar qual é distância entre a câmera e o objeto que
está sendo filmado, levando em consideração o tipo de lente que está sendo usado. Mas,
em vez de explicar com conceitos, é bem mais fácil explicar como as coisas funcionam
na prática.
No começo do cinema, os americanos criaram três tipos básicos de planos, que
ainda hoje resolvem, embora de modo tosco, a maioria dos nossos problemas de
enquadramento. Para simplificar, vamos considerar que a câmera está utilizando uma
objetiva normal, que “vê” as coisas do mesmo modo que um olho humano (ângulo
visual de mais ou menos 90%).
(
a) PLANO ABERTO (“LONG SHOT”) – a câmera está distante do objeto, de modo que ele ocupa uma
parte pequena do cenário. É um plano de AMBIENTAÇÃO.
(b) PLANO MÉDIO (“MEDIUM SHOT”) – a câmera está a uma distância média do objeto, de
modo que ele ocupa uma parte considerável do ambiente, mas ainda tem espaço à sua volta. É
um plano de POSICIONAMENTO e MOVIMENTAÇÃO.
16
(c) PLANO FECHADO (“CLOSE-UP) – a câmera está bem próxima do objeto, de modo que ele
ocupa quase todo o cenário, sem deixar grandes espaços à sua volta. É um plano de
INTIMIDADE e EXPRESSÃO.
Determinar qual é o plano (noção principal de enquadramento) em cada plano
(noção de estrutura do filme) que será rodado é responsabilidade do diretor, que
normalmente ouve o diretor de fotografia. Os dois têm que falar a mesma linguagem. Se
eles se entenderem bem com esses três conceitos (“aberto”, “médio” e “fechado”) nada
mais é necessário. Ajustes finos podem ser feitos com variantes (“um pouco mais
aberto”, “um pouco mais fechado”, etc.).
Na hora de analisar um filme, contudo, ou de planejá-lo com um nível maior de
detalhamento, os planos podem ser classificados de uma forma mais complexa. As
gramáticas da linguagem cinematográfica variam bastante, de modo que a lista a seguir
é apenas uma das possibilidades. De qualquer modo, é a primeira que aprendi (nas aulas
do prof. Aníbal Damasceno), e sempre se revelou útil.
(a) PLANO GERAL (PG) – Com um ângulo visual bem aberto, a câmera revela o cenário à sua
frente. A figura humana ocupa espaço muito reduzido na tela. Plano para exteriores ou
interiores de grandes proporções. Também chamado, na intimidade, de “Geralzão”.
17
(b) PLANO DE CONJUNTO (PC) – Com um ângulo visual aberto, a câmera revela uma parte
significativa do cenário à sua frente. A figura humana ocupa um espaço relativamente maior na
tela. É possível reconhecer os rostos das pessoas mais próximas à câmera. Também
poderíamos chamá-lo de “Geralzinho”.
(c) PLANO MÉDIO (PM) – A figura humana é enquadrada por inteiro, com um pouco de “ar”
sobre a cabeça e um pouco de “chão” sob os pés.
18
(d) PLANO AMERICANO (PA) – A figura humana é enquadrada do joelho para cima.
(e) MEIO PRIMEIRO PLANO (MPP) – A figura humana é enquadrada da cintura para cima.
19
(f) PRIMEIRO PLANO (PP) – A figura humana é enquadrada do peito para cima. Também
chamado de “CLOSE-UP, ou “CLOSE”.
(g) PRIMEIRÍSSIMO PLANO (PPP) – A figura humana é enquadrada dos ombros para cima.
Também chamado de “BIG CLOSE-UP” ou “BIG-CLOSE”.
20
(h) PLANO DETALHE (PD) – A câmera enquadra uma parte do rosto ou do corpo (um olho, uma
mão, um pé, etc.). Também usado para objetos pequenos, como uma caneta sobre a mesa, um
copo, uma caixa de fósforos, etc.
(a) ÂNGULO NORMAL – quando ela está no nível dos olhos da pessoa que está sendo filmada.
21
(
b) PLONGÉE (palavra francesa que significa “mergulho”) – quando a câmera está acima do
nível dos olhos, voltada para baixo. Também chamada de “câmera alta”.
22
(a) FRONTAL – a câmera está em linha reta com o nariz da pessoa filmada.
(b) 3/4 – a câmera forma um ângulo de aproximadamente 45 graus com o nariz da pessoa
filmada. Essa posição pode ser realizada com muitas variantes.
23
(c) PERFIL – a câmera forma um ângulo de aproximadamente 90 graus com o nariz da pessoa
filmada. O perfil pode ser feito à esquerda ou à direita.
(d) DE NUCA – a câmera está em linha reta com a nuca da pessoa filmada. É um dos ângulos
preferidos do cineasta Gus Van Sant, usado até à exaustão em “Elefante” (2003).
É claro que, mais uma vez, o conceito não serve só para filmar pessoas. Basta
você encontrar o que o prof. Aníbal chama de “nariz metafísico” num carro, navio ou
casa.
A combinação do PLANO, da ALTURA DO ÂNGULO e do LADO DO
ÂNGULO determinará o seu enquadramento. Vamos dar alguns exemplos completos:
24
Plano americano, contra-plongée, quase perfil
25
Primeiro plano, contra-plongée, 3/4
26
Meio primeiro plano, plongée, perfil
Uma outra noção importante é o EXTRA-QUADRO, aquilo que não está sendo
mostrado pela câmera, mas que pode ser imaginado pelo espectador, ou registrado pelo
som. Dizemos que alguém ou alguma coisa está FORA DE QUADRO (FQ), ou OFF,
quando não está visível naquele enquadramento, mas faz parte da história. Em livros
sobre linguagem de cinema, as expressões FORA DE QUADRO e OFF assumem
significados distintos, mas não vale a pena perder tempo com isso.
28
Fazendo uma panorâmica
29
Portanto, passar de um nível de linguagem para outro é relativamente simples. O
espectador acha que, a princípio, está vendo o filme em câmera objetiva. Para fazê-lo
compreender que a tomada é em câmera subjetiva, você deve informá-lo. A maneira
mais simples e segura de fazer isso é primeiro mostrar o personagem que vai “assumir”
a câmera, num enquadramento bem fechado, em câmera objetiva, e no plano seguinte
posicionar a câmera exatamente onde estariam seus olhos, mostrando as coisas sob seu
ponto de vista. O plano que informa o espectador sobre quem é o “dono dos olhos”
chama-se de DETERMINANTE (DET).
Você pode combinar (ou até confundir intencionalmente) os dois níveis de
linguagem numa cena. Por exemplo:
(1) PM – um HOMEM e uma MULHER LOURA, de perfil, olham um para o outro. É um plano de
câmera objetiva, usado para posicionar os personagens.
(2) PP – A Mulher Loura caminha olhando para o Homem. Travelling para trás. Mais um plano de
câmera objetiva.
30
(3) MPP – a Mulher Loura entra em quadro pela direita e coloca a mão no ombro do Homem.
Câmera objetiva.
(4) PP – uma MULHER MORENA observa os dois, que estão em primeiro plano, fora de foco.
Contra-plongée. Sem dúvida, câmera objetiva. Funciona como DETERMINANTE do próximo plano
e, quem sabe, também do anterior.
31
(5) MPP (mais fechado que o 4) – Homem e Mulher Loura estão ainda mais próximos. Plongée. É
um PV (Ponto de vista) da Mulher Morena. É câmera subjetiva.
(6) PP – do casal. Contra-plongée. Mulher Morena está ao fundo, em P). O beijo vai acontecer. É
novamente câmera objetiva.
32
Tela prata: aumenta os reflexos especulares e produz uma imagem de alto
contraste. É perfeita para vídeo, fotos de produtos, e P&B fotografia.
Tela prata/ouro: mesclada em ouro e prata para um efeito intermediário.
Tela branca: ressalta as cores neutras, funciona como um preenchimento da
fonte de luz para fotos de produto e indoor / outdoor retratos.
O formato mais comum utilizado é o oval dobrável, ideal para diversos
momentos onde é necessário iluminar uma cena. Dependendo do modo utilizado ele
pode suavizar, rebater a luz com intensidade, rebater a luz suavemente, rebater a luz
esquentando a cor e cortar a luz em determinado ponto.
Uma das grandes vantagens do rebatedor oval é que quando dobrado fica com
tamanho reduzido podendo ser transportado de forma prática e rápida.
Fonte: https://www.socameradigital.com.br/blog/funcao-dos-rebatedores/
Conhecendo as lentes
33
Fotografia com lente prime tem abertura que varia entre: f1 e 4
Lentes zoom
Como o próprio nome diz, as lentes zoom são indicadas para aqueles que não
querem (ou não conseguem) chegar tão perto do conteúdo central da fotografia.
Usadas para fotografar vida animal, esportes ou paparazzi, as lentes zoom são
pesadas e muitas vezes exigem o uso de um monopé como suporte.
Outro fator que deve ser observados nas fotografias com lente zoom é a
velocidade do obturador. Por serem compridas, estas lentes exigem uma velocidade
elevada ou suas fotos sairão tremidas.
Apesar de mais serem mais caras, quando optar pela compra de uma lente deste
modelo, vale considerar aquelas que possuem estabilizador interno.
34
Lente zoom da Nikon varia entre 18 e 200mm (Foto: Victor Vasques).
Olho de peixe
Outra lente bem específica e de grande ângulo é a olho de peixe (fisheye),
indicada para situações determinadas em que se quer um toque mais artístico.
35
Nikon AF DX Fisheye-Nikkor 10.5mm f/2.8G ED (Foto: Divulgação)
Lentes macro
Existem diversas formas de produzir uma macro fotografia, entre elas diversos
suportes e funcionalidades integradas em outros tipos de lentes, mas apenas aquelas
com formato macro “legítimas”(ou seja, com proporção 1:1) podem criar closes com
qualidade e nitidez de um trabalho profissional.
36
Canon EF-S 60mm f/2.8 Macro USM Digital (Foto: Divulgação)
Indicadas para fotografar objetos pequenos, as lentes macro são de foco fixo e
variam entre 40mm e 200mm, dependendo da marca fabricante.
Se o objetivo é produzir fotos ou filmes como a da imagem abaixo, vale a pena
investir em um lente macro de qualidade, como a Canon EF-S 60mm Macro ou a Nikon
55mm.
Imagem com lente macro, específica para capturar motivos a 1cm de distância (Foto: Victor Vasques)
Fonte: http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/04/conheca-os-tipos-de-lentes-
para-cameras-dslr.html
Anexos
01 – Ordem do dia.
37