Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

EEE888 - Dinâmica de Motores Elétricos

PRINCÍPIOS DA CONVERSÃO ELETROMECÂNICA

Campos Magnéticos em Máquinas Elétricas

Prof. Victor Flores Mendes

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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

Hg Campo Magnético no
Entreferro
Eixo Magnético

x
Posição

Passo Polar
D

Bg Indução Magnética no
Entreferro
ROTOR

ESTATOR
x
Posição
Linhas de Campo de um Enrolamento Passo Polar
Rotórico Bipolar Concentrado D

Enrolamentos Concentrado

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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

 Máquina CA trifásica de 2 pólos com enrolamentos
distribuídos:

Bobinas com Nb espiras

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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

 As bobinas do enrolamento da fase são conectados em série,
portanto são percorridas pela mesma corrente

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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

 O número de espiras em cada bobina e como elas estarão
distribuídas nas ranhuras pode ser variado pelo projetista
para se ter uma distribuição mais próxima de uma senóide

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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

Enrolamento Distribuído
com Quatro Pólos

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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

 Distribuição espacial da densidade de fluxo em uma máquina
de quatro pólos

 pólos   pólos   pólos 

 ae   a fe    fm e    m
 2   2   2 
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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

Máquinas Elétricas segundo sua Geometria:
• Máquinas com entreferro constante: rotor cilíndrico;

Pólos Lisos
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ASPECTOS CONSTRUTIVOS DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

Máquinas Elétricas segundo sua Geometria:
• Máquinas com pólos salientes.

Pólos Salientes

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CAMPOS MAGNÉTICOS EM MÁQUINAS

• Campos estacionários: bobina

estacionária alimentada em c.c.

• Campos girantes: bobina girante

alimentada em c.c.

• Campos pulsantes: bobina mono-

fásica alimentada em c.a.

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Campos Magnéticos em Máquinas CA

 Consideremos inicialmente uma máquina CA monofásica de
dois pólos
 Aplica-se no enrolamento uma corrente senoidal:
ia (t )  I a cos(et )
 Nesse caso a distribuição da FMM será dada por:

Fg1  Fmax cos(ae ) cos(et )

Dependente Dependente
da posição do tempo

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Campos Magnéticos em Máquinas CA

 Distribuição da FMM no espaço para diferentes tempos para
uma máquina monofásica:

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Campos Magnéticos em Máquinas CA

 Utilizando as identidades trigonométricas pode se reescrever
a distribuição de FMM como sendo:

1 1 
Fg1  Fmax  cos(ae  et )  cos( ae  et ) 
2 2 
Fg1  Fg1 

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Campos Magnéticos em Máquinas CA

 FMM total de uma máquina monofásica decomposta em
duas ondas progressivas:

Vídeo
Matlab
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Campos Magnéticos em Máquinas CA

 Em máquinas monofásicas a onda positiva produz conjugado
útil, enquanto a onda negativa produz conjugado pulsante e
perdas
 Essas máquinas são projetadas para minimizar o efeito da
onda negativa, porém este não pode ser eliminado
 O conceito de ondas progressivas é muito importante para
entendermos as máquinas polifásicas

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Ondas Girantes de FMM em Máquinas CA

 Consideremos agora um enrolamento trifásico de 2 pólos
 Em uma máquina trifásica os enrolamentos estão 120º graus
elétricos defasados entre si:

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Ondas Girantes de FMM em Máquinas CA

 Alimenta-se cada uma das fases com correntes defasadas de
120º graus no tempo:
ia (t )  I a cos(et )
ib (t )  I a cos(et  1200 )
ic (t )  I a cos(et  1200 )
 Para a fase A a FMM é similar ao da máquina monofásica:

1 1 

Fa1  Fa1  Fa1 
 Fmax  cos( ae  et )  cos( ae  et ) 
2 2 

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Ondas Girantes de FMM em Máquinas CA

 Similarmente para as fases B e C:
1 1 0 

Fb1  Fb1  Fb1 
 Fmax  cos(ae  et )  cos(ae  et  120 ) 
2 2 
1 1 0 

Fc1  Fc1  Fc1 
 Fmax  cos(ae  et )  cos(ae  et  120 ) 
2 2 
 A FMM total é a soma da FMM de cada fase:

F (ae , t )  Fa1  Fb1  Fc1

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Ondas Girantes de FMM em Máquinas CA

 As ondas negativas se anulam, enquanto as ondas positivas
se somam:
3 3  pólos  
F ( ae , t )  Fmax cos( ae  et )  Fmax cos   a  et 
2 2  2  
 Diz-se que o enrolamento trifásico produz uma onda de
FMM no entreferro que gira na velocidade síncrona
 2 
s    e
 pólos 
 A iteração entre a onda de fluxo girante produzido pela
armadura e a onda produzida pelo rotor que produz torque
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Ondas Girantes de FMM em Máquinas CA

 A onda girante de fluxo também pode ser interpretada
graficamente

Vídeo Campo Girante

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Conjugado em Máquinas Rotativas

Em Máquinas Elétricas tem-se uma

produção de conjugado em função da
interação entre campos magnéticos
(Conjugado Síncrono).

Condições para existência de conjugado

médio não-nulo:
» campos com mesmo número de
pólos;
» campos estacionários entre si.

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Conjugado em Máquinas Rotativas

 O calculo do conjugado eletromagnético é realizado
utilizando-se conceitos de conversão de energia
 Considera-se uma máquina monofásica elementar de
entreferro uniforme:

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Conjugado em Máquinas Rotativas

 Escreve-se o fluxos concatenados de rotor e estator como
sendo:
e  Leeie  Ler cos(me )ir
r  Ler cos( me )ie  Lrr ir
 As tensões nos terminais dos enrolamentos são:

d e
ve  Reie 
dt
d r
vr  Rr ir 
dt

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Conjugado em Máquinas Rotativas

 Substituindo as primeiras equações nas últimas:
die dir d me
ve  Reie  Lee  Ler cos( me )  Ler ir sen( me )
dt dt dt
dir dir d me
vr  Rr ir  Lrr  Ler cos( me )  Ler ie sen( me )
dt dt dt
Tensões induzidas similar a Tensão de velocidade => Troca
uma bobina estacionária de energia entre sist. elétrico e
mecânico
 Tem-se que:
d me  pólos 
 me    m
dt  2 
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Conjugado em Máquinas Rotativas

 Havíamos calculado que para um sistema multi-excitado o
torque eletromagnético era:

11  
 i2 dL22   dL12  
2 2
i dL
Tcampo  1
  i1i2
2 d 2 d d

 Substituindo os índices:

ee  m 
 ir dLrr m  dLer m 
2 2
i dL
Tcampo  e
  ieir
2 d m 2 d m d m

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Conjugado em Máquinas Rotativas

 Finalmente:
 pólos 
T    Ler ieir sen( me )
 2 
 O sinal negativo indica que o torque tende a alinhar os
campos de estator e rotor
 Através dessa equação e das anteriores descreve-se a iteração
entre sistema elétrico e mecânico
 Elas são não-lineares e de difícil solução, porém são
essenciais na compreensão dos fenômenos envolvidos

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Conjugado em Máquinas Rotativas

 O conjugado eletromagnético também pode ser expresso em
termos dos campos magnéticos:

  pólos 
2

T     er Fr sen( r )
2 2 
 onde:  er é o fluxo por pólo resultante produzido pelas
FMM´s de estator e rotor
Fr é o valor de pico da FMM de rotor
r é o ângulo entre a FMM resultante e a FMM de
rotor

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Conjugado em Máquinas Rotativas

 Os conjugados deduzidos são para uma máquina monofásica
com entreferro constante
 Em máquinas polifásicas os princípios utilizados no cálculo
são os mesmos, porém além das indutâncias próprias de cada
enrolamento (constantes), tem-se as indutâncias mútuas entre
enrolamentos de estator (constante), entre enrolamentos de
rotor (constante) e entre enrolamentos de estator e rotor
(variável)
 O conjugado é produzido pela tendência dos campos
resultantes do estator e do rotor em se alinharem
 Máquinas de pólos salientes tem conjugado também
proveniente da variação na relutância

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