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Cometti
Fernando F. Castellani
Sumário
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Ética Profissional e Estatuto da OAB
MARCO ANTONIO DE MACEDO JÚNIOR
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Coordenadores: Marcelo T. Cometti
Fernando F. Castellani
CONSELHO
FEDERAL
CAIXAS DE
ASSISTÊNCIA
CONSELHOS
SECCIONAIS
SUBSEÇÕES
Após a Revolução de 1930, durante o Governo Provisório, seria finalmente criada a Ordem
dos Advogados do Brasil. Levi Carneiro foi o primeiro a assumir a presidência da nova
instituição que acabara de nascer dos quadros e pela iniciativa do antigo Instituto dos
Advogados. A sessão do dia 13 de novembro no IAB contou com a presença dos responsáveis
pelo Projeto de Lei que oficializava a entidade: Edmundo de Miranda Jordão, Gualter
Ferreira, Edgard Ribas Carneiro e Ricardo Rego. O conteúdo aprovado demonstrava a grande
preocupação com o caos burocrático e administrativo, herdado do período imperial e não
resolvido pela República Velha. Reproduzir-se-á o artigo 17 do Decreto 19.408 de 18-11-
1930.
“Fica criada a Ordem dos Advogados Brasileiros, órgão de disciplina e seleção de advogados,
que se regerá pelos estatutos que forem votados pelo Instituto dos Advogados Brasileiros,
com a colaboração dos Institutos dos Estados, e aprovados pelo Governo”
2. Conceito de ética
A palavra ética pode ser utilizada em três acepções: de forma genérica, significa a Ciência da
Moral, com relação à profissão exercida (ética profissional), engloba o conjunto de regras
morais que o indivíduo deve observar em sua atividade, para valorizar sua profissão e servir
da melhor forma possível aqueles que dela dependem. Dessa forma, o terceiro significado,
aquele que diz respeito ao advogado, é o conjunto de princípios que regem, em caráter moral,
a conduta do advogado, no exercício de sua profissão.
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3. Legislação
Lei 8.906/94 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil), Código de Ética e Disciplina da
Ordem dos Advogados do Brasil e Regimento Interno da OAB/SP.
4. Estrutura da OAB
Finalidade:
I- defender a CF, a ordem democrática, os direitos humanos, a justiça social e pela boa
aplicação da leis;
II- promover a representação, a seleção, a defesa e a disciplina dos advogados;
A OAB é um órgão autônomo e não mantém nenhum vínculo com qualquer órgão da
administração pública. A sigla “OAB” é de uso privativo;
A OAB goza de imunidade tributária total;
Os atos dos órgãos da OAB devem ser publicados na imprensa oficial;
Compete à OAB fixar e cobrar contribuições, serviços e multas;
O pagamento da contribuição anual isenta os inscritos da contribuição sindical;
Os cargos de Conselheiro ou membro da diretoria são gratuitos e obrigatórios;
Aos servidores da OAB, aplica-se o Regime Trabalhista.
o Conselho Federal;
os Conselhos Seccionais;
as Subseções;
as Caixas de Assistência;
Os Presidentes dos Conselhos e das Subseções tem legitimidade para intervir em processos
que envolvam advogados;
Os Presidentes dos Conselhos e das Subseções, podem requisitar cópias de peças de autos e
documentos a qualquer tribunal, magistrado, cartório e órgão da administração pública direta,
indireta e fundacional, porém o STF na ADin 1.127-8 decidiu que os Presidentes devem
motivar o pedido e se responsabilizam pelos custos da requisição.
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7. Do Conselho Federal
dos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa. Cada
delegação é formada por três (3) conselheiros federais;
dos seus ex-presidentes, membros honorários vitalícios tendo direito apenas a voz nas
sessões;
8. Do Conselho Seccional
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9. Das subseções
A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial e seus
limites de competência e autonomia.
A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte do município,
inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela
profissionalmente domiciliados.
A Subseção é administrada por uma diretoria, com atribuições e composição equivalentes às
da diretoria do Conselho Seccional.
Havendo mais de cem advogados, a Subseção pode ser integrada, também, por um Conselho
em número de membros fixado pelo Conselho Seccional.
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É dotada de personalidade jurídica própria e criada pelo Conselho Seccional, quando estes
contarem com mais de mil e quinhentos inscritos.
Destina-se a prestar assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule.
A Caixa é criada e adquire personalidade jurídica com a aprovação e registro de seu Estatuto
pelo respectivo Conselho Seccional da OAB.
A diretoria da Caixa é composta de cinco membros, com composição idêntica a do Conselho
Seccional.
Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional,
considerado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias.
Em caso de extinção ou desativação da Caixa, seu patrimônio se incorpora ao do Conselho
Seccional respectivo.
A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda quinzena do
mês de novembro, do último ano do mandato, mediante cédula única e votação direta dos
advogados regularmente inscritos.
A eleição é de comparecimento obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB.
O Conselho Seccional, até 60 dias antes do dia 15 de novembro do último ano de mandato,
convocará os advogados inscritos para a votação obrigatória, mediante edital resumido,
publicado na imprensa oficial.
Para candidatar-se o advogado deve comprovar:
a) situação regular na OAB;
b) não ocupar carga exonerável ad nutum;
c) não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação;
d) exercer efetivamente a profissão há mais de 5 anos.
O mandato em qualquer órgão da OAB é de três (3) anos.
O mandato em qualquer órgão da OAB inicia-se em 1º de janeiro do ano seguinte ao da
eleição, salvo o Conselho Federal que se inicia em 1º de fevereiro.
12.1 Composição
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12.2 Competência
14. Recursos
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O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição principal pode
suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia
(crime infamante), depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a
comparecer, salvo se não atender à notificação.
Neste caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo máximo de noventa dias.
Se o representado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção
deve designar-lhe defensor dativo.
O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação de qualquer autoridade
ou pessoa interessada. O processo disciplinar é instaurado após a oitiva do representado em
defesa prévia.
O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas
informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente.
Recebida a representação, o Presidente da Seccional deve designar relator, a quem compete a
instrução do processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido ao Tribunal de
Ética e Disciplina.
Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da representação,
este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu
arquivamento.
Ao representado deve ser assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar o
processo em todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de procurador, oferecendo
defesa prévia após ser notificado, razões finais após a instrução e defesa oral perante o
Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do julgamento.
A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou
contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes.
Aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras da legislação processual penal
comum.
É permitida a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por condenação
baseada em falsa prova.
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São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem
prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
São também nulos os atos praticados por advogado impedido – no âmbito do impedimento –
suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no
prazo de 15 dias, prorrogáveis por igual período.
O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação
da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
Os direitos do advogado encontram-se inscritos nos arts. 6.º e 7.º do EOAB. Seus deveres
encontram-se no Código de Ética, art. 20.
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20. Da inscrição
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a) capacidade civil;
b) diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente
autorizada e credenciada;
c) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
d) aprovação em Exame de Ordem;
e) não exercer atividade incompatível com a advocacia;
f) idoneidade moral;
g) prestar compromisso perante o Conselho.
a) capacidade civil;
b) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
c) não exercer atividade incompatível com a advocacia;
d) idoneidade moral;
e) prestar compromisso perante o Conselho.
A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão
que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do Conselho competente,
em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime
infamante, salvo reabilitação judicial.
O estágio profissional de advocacia tem dois anos e é realizado nos últimos anos do curso
jurídico. A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize
o seu curso jurídico. O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a
advocacia pode freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior,
para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o
advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.
O advogado inscrito de forma definitiva em sua seccional poderá atuar em qualquer seccional
do País caso tenha pelo menos 5 causas por ano, ou caso passe desta quantidade, desde que
tenha sua inscrição suplementar em cada Seccional.
O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar,
ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela
representando ao Conselho Federal
O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer provas do
título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de
atender os demais requisitos do artigo 8º do Estatuto.
a) assim o requerer;
b) sofrer penalidade de exclusão;
c) falecer;
d) passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
e) perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
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23. Da censura
24. Da suspensão
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25. Da exclusão
26. Da multa
27. Observações
A prescrição interrompe-se:
pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao
representado;
pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.
28. Da incompatibilidade
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29. Do impedimento
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Não são admitidas a registro, nem podem funcionar, as sociedades de advogados que
apresentem forma ou características mercantis, que adotem denominação de fantasia, que
realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito como advogado ou
totalmente proibido de advogar.
A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável
pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade
no ato constitutivo.
É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas
comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.
O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter
temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição.
Além da sociedade, o sócio responde subsidiaria e ilimitadamente pelos danos causados aos
clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade
disciplinar em que possa incorrer.
A sociedade de advogados pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para
participação nos resultados e os contratos serão averbados no registro da sociedade de
advogados.
A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a
independência profissional inerentes à advocacia.
O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse
pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego.
O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se
ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder
a duração diária de 4 horas diárias ou 20 horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva
de trabalho ou em caso de dedicação exclusiva.
As horas trabalhadas que excederem a jornada normal deverão ser remuneradas por um
adicional não inferior a 100% sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
As horas trabalhadas no período das 20:00 horas até às 05:00 horas são remuneradas como
noturnas, acrescidos do adicional de 25%.
Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoal por este representada, os honorários de
sucumbência são devidos aos advogados empregados. E os honorários de sucumbência,
percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados, são partilhados entre ele e a
empregadora, na forma estabelecida em acordo.
32. Mandato
O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da
sua profissão, e das conseqüências que poderão advir da demanda.
Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-se o cumprimento e a cessação do
mandato.
O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio
conhecimento deste, salvo por motivo justo, ou para adoção de medidas judiciais urgentes e
inadiáveis.
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A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do pagamento das
verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do advogado de receber o quanto
lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente,
em face do serviço efetivamente prestado.
O mandato judicial ou extrajudicial deve ser outorgado individualmente aos advogados que
integrem sociedade de que façam parte, e será exercido no interesse do cliente, respeitada a
liberdade da defesa.
O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial
ou extrajudicialmente, deve resguardar o segredo profissional e as informações reservadas ou
privilegiadas que lhe tenham sido confiadas.
O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à moral ou à validade de ato
jurídico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma,
deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe
houver revelado segredos ou obtido seu parecer.
É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião
sobre a culpa do acusado.
O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele
atuando outros advogados, nem aceitar a indicação de outro profissional para com ele
trabalhar no processo.
É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e
preposto do empregador ou cliente.
O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da
causa.
O substabelecimento do mandato, sem reserva de poderes, exige o prévio e inequívoco
conhecimento do cliente.
O substabelecimento com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários
com o substabelecente.
A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de
impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos
honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e
pagos pelo Estado.
A prestação de serviços gratuitos é vedada pelo Código de Ética e Disciplina, exceto para a
defesa de colega em processo oriundo de ato ou omissão praticado profissionalmente.
Existe vedação ética as consultas profissionais gratuitas por se tratar de imoderação e uma
forma extravagante de publicidade e até mesmo de captação indireta de clientela.
Não é permitido fixar valores mínimos inferiores aos estipulados na Tabela de Honorários da
Seccional.
Os honorários advocatícios e sua eventual correção, bem como a sua majoração decorrente do
aumento dos atos judiciais que advierem como necessários, devem ser previstos em contrato
escrito, qualquer que seja objeto e o meio da prestação do serviço profissional, contendo todas
as especificações e forma de pagamento, inclusive no caso de acordo.
A forma e condições de resgate dos encargos gerais, judiciais e extrajudiciais, inclusive
eventual remuneração de outro profissional, advogado ou não, para desempenho de serviço
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O sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito, salvo grave ameaça ao
direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em
defesa própria, tenha de revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa.
O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que saiba em razão
de seu ofício, cabendo-lhe recusar-se a depor, como testemunha em processo no qual
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha
sido advogado mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte.
As confidências feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas nos limites da
necessidade da defesa, desde que autorizado aquele pelo constituinte.
Obs: o art. 154 do Código Penal. Revelar alguém, sem justa causa, segredo de que tem
ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir
dano a outrem – pena – detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.
35. Publicidade
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Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando os
esclarecimentos de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar insinuações a
promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista.
Não comete infração ética o advogado que permita, mesmo estando temporariamente
impedido de advogar, por exercer profissão incompatível com a advocacia, que continue o seu
nome constando do timbre da razão social da sociedade de advogados da qual é sócio,
porquanto tal fato não implica alteração de sua constituição e se faz indispensável a menção
de dita sociedade nos instrumentos procuratórios outorgados aos seus componentes.
OBSERVAÇÕES
Quais as formas mais comuns de captação de clientela:
mala direta à coletividade;
cartas digitadas a terceiros;
nome em boletins escolares;
nome nas portas laterais de veículo;
excesso no conteúdo da publicidade;
anúncio de liberação de valores;
fornecimento de textos legais com nome;
carta de imobiliária oferecendo serviço de advogado;
título “advogado da família”;
convênio com prestadora de serviços;
apresentação de folders à coletividade;
linha 900;
convênios jurídicos;
serviço de BIP;
Existe algum repertório de frases usadas em publicidades que são vedadas pela Ética:
resolva a revisão de sua aposentadoria ...;
recupere o compulsório dos combustíveis...;
regularização de imóveis, sem despesas...;
consulta grátis...;
selo comemorativo dos x anos do escritório...;
descontos aos clientes da empresa...;
atendimento sem compromisso...;
respostas às consultas via e-mail...
resolvemos seus problemas com multas de trânsito....
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Art. 1.º O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do
Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da moral
individual, social e profissional.
Art. 2.º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do estado
democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social,
subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce.
Parágrafo único. São deveres do advogado:
I - preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu
caráter de essencialidade e indispensabilidade;
II - atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade
e boa-fé;
III - velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV - empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V - contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI - estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração
de litígios;
VII - aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial;
VIII - abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também
atue;
c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso;
d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da
pessoa humana;
e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o
assentimento deste.
IX - pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus direitos
individuais, coletivos e difusos, no âmbito da comunidade.
Art. 3º. O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as
desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a
igualdade de todos.
Art. 4º. O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou
por contrato de prestação permanente de serviços, integrante de departamento jurídico, ou
órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e
independência.
Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de pretensão concernente a
lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressa orientação sua, manifestada
anteriormente.
Art. 5º. O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de
mercantilização.
Art. 6º. É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente a verdade
ou estribando-se na má-fé.
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Art. 8º. O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais
riscos da sua pretensão, e das conseqüências que poderão advir da demanda.
Art. 9º. A conclusão ou desistência da causa, com ou sem a extinção do mandato, obriga o
advogado à devolução de bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, e à
pormenorizada prestação de contas, não excluindo outras prestações solicitadas, pelo cliente,
a qualquer momento.
Art. 10. Concluída a causa ou arquivado o processo, presumem-se o cumprimento e a
cessação do mandato.
Art. 11. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem
prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais
urgentes e inadiáveis.
Art. 12. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem motivo
justo e comprovada ciência do constituinte.
Art. 13. A renúncia ao patrocínio implica omissão do motivo e a continuidade da
responsabilidade profissional do advogado ou escritório de advocacia, durante o prazo
estabelecido em lei; não exclui, todavia, a responsabilidade pelos danos causados dolosa ou
culposamente aos clientes ou a terceiros.
Art. 14. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do
pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do advogado de
receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada
proporcionalmente, em face do serviço efetivamente prestado.
Art. 15. O mandato judicial ou extrajudicial deve ser outorgado individualmente aos
advogados que integrem sociedade de que façam parte, e será exercido no interesse do cliente,
respeitada a liberdade de defesa.
Art. 16. O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo, desde que
permaneça a confiança recíproca entre o outorgante e o seu patrono no interesse da causa.
Art. 17. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter
permanente para cooperação recíproca, não podem representar em juízo clientes com
interesses opostos.
Art. 18. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes, e não estando acordes os
interessados, com a devida prudência e discernimento, optará o advogado por um dos
mandatos, renunciando aos demais, resguardado o sigilo profissional.
Art. 19. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador,
judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o segredo profissional e as informações
reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas.
Art. 20. O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à moral ou à
validade de ato jurídico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da
mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra
parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.
Art. 21. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria
opinião sobre a culpa do acusado.
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Art. 22. O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com
ele atuando outros advogados, nem aceitar a indicação de outro profissional para com ele
trabalhar no processo.
Art. 23. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono
e preposto do empregador ou cliente.
Art. 24. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado
da causa.
§1º. O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio e inequívoco
conhecimento do cliente.
§2º. O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários
com o substabelecente.
Art. 25. O sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito, salvo grave
ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio
cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da
causa.
Art. 26. O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que saiba
em razão de seu ofício, cabendo-lhe recusar-se a depor como testemunha em processo no qual
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha
sido advogado, mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte.
Art. 27. As confidências feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas nos limites da
necessidade da defesa, desde que autorizado aquele pelo constituinte.
Parágrafo único. Presumem-se confidenciais as comunicações epistolares entre advogado e
cliente, as quais não podem ser reveladas a terceiros.
CAPÍTULO IV - DA PUBLICIDADE
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Art. 35. Os honorários advocatícios e sua eventual correção, bem como sua majoração
decorrente do aumento dos atos judiciais que advierem como necessários, devem ser previstos
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em contrato escrito, qualquer que seja o objeto e o meio da prestação do serviço profissional,
contendo todas as especificações e forma de pagamento, inclusive no caso de acordo.
§1º. Os honorários da sucumbência não excluem os contratados, porém devem ser levados em
conta no acerto final com o cliente ou constituinte, tendo sempre presente o que foi ajustado
na aceitação da causa.
§2º. A compensação ou o desconto dos honorários contratados e de valores que devam ser
entregues ao constituinte ou cliente só podem ocorrer se houver prévia autorização ou
previsão contratual.
§3º. A forma e as condições de resgate dos encargos gerais, judiciais e extrajudiciais,
inclusive eventual remuneração de outro profissional, advogado ou não, para desempenho de
serviço auxiliar ou complementar técnico e especializado, ou com incumbência pertinente
fora da Comarca, devem integrar as condições gerais do contrato.
Art. 36 - Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos os
elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
II - o trabalho e o tempo necessários;
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se
desavir com outros clientes ou terceiros;
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para ele resultante do
serviço profissional;
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente avulso, habitual ou
permanente;
VI - o lugar da prestação dos serviços, fora ou não do domicílio do advogado;
VII - a competência e o renome do profissional;
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
Art. 37. Em face da imprevisibilidade do prazo de tramitação da demanda, devem ser
delimitados os serviços profissionais a se prestarem nos procedimentos preliminares, judiciais
ou conciliatórios, a fim de que outras medidas, solicitadas ou necessárias, incidentais ou não,
diretas ou indiretas, decorrentes da causa, possam ter novos honorários estimados, e da
mesma forma receber do constituinte ou cliente a concordância hábil.
Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser
necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos de honorários da
sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas em favor do constituinte ou do
cliente.
Parágrafo único. A participação do advogado em bens particulares de cliente,
comprovadamente sem condições pecuniárias, só é tolerada em caráter excepcional, e desde
que contratada por escrito.
Art. 39. A celebração de convênios para prestação de serviços jurídicos com redução dos
valores estabelecidos na Tabela de Honorários implica captação de clientes ou causa, salvo se
as condições peculiares da necessidade e dos carentes puderem ser demonstradas com a
devida antecedência ao respectivo Tribunal de Ética e Disciplina, que deve analisar a sua
oportunidade.
Art. 40. Os honorários advocatícios devidos ou fixados em tabelas no regime da assistência
judiciária não podem ser alterados no quantum estabelecido; mas a verba honorária decorrente
da sucumbência pertence ao advogado.
Art. 41. O advogado deve evitar o aviltamento de valores dos serviços profissionais, não os
fixando de forma irrisória ou inferior ao mínimo fixado pela Tabela de Honorários, salvo
motivo plenamente justificável.
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Art. 42. O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo, seja de sociedade
de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro título de crédito de
natureza mercantil, exceto a emissão de fatura, desde que constitua exigência do constituinte
ou assistido, decorrente de contrato escrito, vedada a tiragem de protesto.
Art. 43. Havendo necessidade de arbitramento e cobrança judicial dos honorários
advocatícios, deve o advogado renunciar ao patrocínio da causa, fazendo-se representar por
um colega.
Art. 47. A falta ou inexistência, neste Código, de definição ou orientação sobre questão de
ética profissional, que seja relevante para o exercício da advocacia ou dele advenha, enseja
consulta e manifestação do Tribunal de Ética e Disciplina ou do Conselho Federal.
Art. 48. Sempre que tenha conhecimento de transgressão das normas deste Código, do
Estatuto, do Regulamento Geral e dos Provimentos, o Presidente do Conselho Seccional, da
Subseção, ou do Tribunal de Ética e Disciplina deve chamar a atenção do responsável para o
dispositivo violado, sem prejuízo da instauração do competente procedimento para apuração
das infrações e aplicação das penalidades cominadas.
Art. 49. O Tribunal de Ética e Disciplina é competente para orientar e aconselhar sobre ética
profissional, respondendo às consultas em tese, e julgar os processos disciplinares.
Parágrafo único. O Tribunal reunir-se-á mensalmente ou em menor período, se necessário, e
todas as sessões serão plenárias.
Art. 50. Compete também ao Tribunal de Ética e Disciplina:
I - instaurar, de ofício, processo competente sobre ato ou matéria que considere passível de
configurar, em tese, infração a princípio ou norma de ética profissional;
II - organizar, promover e desenvolver cursos, palestras, seminários e discussões a respeito de
ética profissional, inclusive junto aos Cursos Jurídicos, visando à formação da consciência
dos futuros profissionais para os problemas fundamentais da Ética;
III - expedir provisões ou resoluções sobre o modo de proceder em casos previstos nos
regulamentos e costumes do foro;
IV - mediar e conciliar nas questões que envolvam:
a) dúvidas e pendências entre advogados;
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Art. 56. As consultas formuladas recebem autuação em apartado, e a esse processo são
designados relator e revisor, pelo Presidente.
§1º. O relator e o revisor têm prazo de dez (10) dias, cada um, para elaboração de seus
pareceres, apresentando-os na primeira sessão seguinte, para julgamento.
§2º. Qualquer dos membros pode pedir vista do processo pelo prazo de uma sessão e desde
que a matéria não seja urgente, caso em que o exame deve ser procedido durante a mesma
sessão. Sendo vários os pedidos, a Secretaria providencia a distribuição do prazo,
proporcionalmente, entre os interessados.
§3º. Durante o julgamento e para dirimir dúvidas, o relator e o revisor, nessa ordem, têm
preferência na manifestação.
§4º. O relator permitirá aos interessados produzir provas, alegações e arrazoados, respeitado o
rito sumário atribuído por este Código.
§5º. Após o julgamento, os autos vão ao relator designado ou ao membro que tiver parecer
vencedor para lavratura de acórdão, contendo ementa a ser publicada no órgão oficial do
Conselho Seccional.
Art. 57. Aplica-se ao funcionamento das sessões do Tribunal o procedimento adotado no
Regimento Interno do Conselho Seccional.
Art. 58. Comprovado que os interessados no processo nele tenham intervindo de modo
temerário, com sentido de emulação ou procrastinação, tal fato caracteriza falta de ética
passível de punição.
Art. 59. Considerada a natureza da infração ética cometida, o Tribunal pode suspender
temporariamente a aplicação das penas de advertência e censura impostas, desde que o
infrator primário, dentro do prazo de 120 dias, passe a frequentar e conclua,
comprovadamente, curso, simpósio, seminário ou atividade equivalente, sobre Ética
Profissional do Advogado, realizado por entidade de notória idoneidade.
Art. 60. Os recursos contra decisões do Tribunal de Ética e Disciplina, ao Conselho Seccional,
regem-se pelas disposições do Estatuto, do Regulamento Geral e do Regimento Interno do
Conselho Seccional.
Parágrafo único. O Tribunal dará conhecimento de todas as suas decisões ao Conselho
Seccional, para que determine periodicamente a publicação de seus julgados.
Art. 61. Cabe revisão do processo disciplinar, na forma prescrita no art. 73, inciso 5º, do
Estatuto.
Art. 62. O Conselho Seccional deve oferecer os meios e suporte imprescindíveis para o
desenvolvimento das atividades do Tribunal.
Art. 63. O Tribunal de Ética e Disciplina deve organizar seu Regimento Interno, a ser
submetido ao Conselho Seccional e, após, ao Conselho Federal.
Art. 64. A pauta de julgamentos do Tribunal é publicada em órgão oficial e no quadro de
avisos gerais, na sede do Conselho Seccional, com antecedência de 07 (sete) dias, devendo ser
dada prioridade nos julgamentos para os interessados que estiverem presentes.
Art. 65. As regras deste Código obrigam igualmente as sociedades de advogados e os
estagiários, no que lhes forem aplicáveis.
Art. 66. Este Código entra em vigor, em todo o território nacional, na data de sua publicação,
cabendo aos Conselhos Federal e Seccionais e às Subseções da OAB promover a sua ampla
divulgação, revogadas as disposições em contrário.
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ESTATUTO DO ADVOGADO
TÍTULO I - DA ADVOCACIA
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ADIn n 1.127-8. O STF julgou procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade desse
inciso.
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária,
para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que
influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade,
contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da
Administração Pública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração
Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração,
quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar
apontamentos;
XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e
de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar
peças e tomar apontamentos;
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou
na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão
dela;
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar,
ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando
autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo
profissional;
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta
minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva
presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
§1º - não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1 - aos processos sob regime de segredo de justiça;
2 - quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante
representação ou a requerimento da parte interessada;
3 - até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os
respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
§2º - o advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato
puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora
dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
ADIn n 1.127-8. O STF julgou parcialmente procedente a ação para declarar a
inconstitucionalidade da expressão “ou desacato”.
§3º - o advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da
profissão, em ca1so de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
ADIn n 1.127-8. O STF julgou improcedente a ação para declarar a inconstitucionalidade
desse parágrafo.
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§4º - O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns,
tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados,
com uso e controle assegurados à OAB.
ADIn n 1.127-8. O STF julgou procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade em
relação à expressão “controle”.
§5º - No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função
de órgão da OAB, o Conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido,
sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
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§2º - Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos
Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se
habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
§3º - No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa,
deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional
correspondente.
§4º - O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição
suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela
representando ao Conselho Federal.
Art. 11 - Cancela-se a inscrição do profissional que:
I - assim o requerer;
II - sofrer penalidade de exclusão;
III - falecer;
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
§1º - Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser
promovido, de ofício, pelo Conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer
pessoa.
§2º - Na hipótese de novo pedido de inscrição – que não restaura o número de inscrição
anterior – deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do Art. 8º.
§3º - Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser
acompanhado de provas de reabilitação.
Art. 12 - Licencia-se o profissional que:
I - assim o requerer, por motivo justificado;
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da
advocacia;
III - sofrer doença mental considerada curável.
Art. 13 - O documento de identidade profissional, na forma prevista no Regulamento Geral, é
de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de
identidade civil para todos os fins legais.
Art. 14 - É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os
documentos assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade.
Parágrafo único - É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o
exercício da advocacia ou o uso da expressão "escritório de advocacia", sem indicação
expressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de
registro da sociedade de advogados na OAB.
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§5º - O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado
junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados a inscrição
suplementar.
§6º - Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em
juízo clientes de interesses opostos.
Art. 16 - Não são admitidas a registro, nem podem funcionar, as sociedades de advogados que
apresentem forma ou características mercantis, que adotem denominação de fantasia, que
realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito como advogado ou
totalmente proibido de advogar.
§1º - A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado
responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal
possibilidade no ato constitutivo.
§2º - O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em
caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição.
§3º - É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas
comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.
Art. 17 - Além da sociedade, o sócio responde subsidiária e ilimitadamente pelos danos
causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da
responsabilidade disciplinar em que possa incorrer.
Art. 18 - A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem
reduz a independência profissional inerentes à advocacia.
Parágrafo único - O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços
profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego.
Art. 19 - O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo
se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Art. 20 - A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não
poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo
acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva.
§1º - Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o
advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu
escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com
transporte, hospedagem e alimentação.
§2º - As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional
não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
§3 º - As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia
seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
Art. 21 - Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os
honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.
Parágrafo único - Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de
sociedade de advogados, são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em
acordo.
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Art. 22 - A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos
honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
§1º - O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no
caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito
aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da
OAB, e pagos pelo Estado.
§2 º - Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento
judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, não
podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da
OAB.
§3 º - Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço,
outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final.
§4º - Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o
mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que
já os pagou.
§5º - O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de mandato outorgado por
advogado para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da
profissão.
Art. 23 - Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência,
pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte,
podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.
Art. 24 - A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os
estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência , concordata,
concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
§1º - A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha
atuado o advogado, se assim lhe convier.
§2º - Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de
sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou
representantes legais.
§3 º - É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva
que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência.
§4º - O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo aquiescência do
profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os convencionados, quer os concedidos por
sentença.
Art. 25 - Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o
prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial ;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.
Art. 26 - O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários
sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento.
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Art. 31 - O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que
contribua para o prestígio da classe e da advocacia.
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XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou
destinado a fraudá-la;
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou
desonesta;
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do
mandato, sem expressa autorização do constituinte;
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou
interposta pessoa;
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou
de terceiros por conta dele;
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois
de regularmente notificado a fazê-lo;
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
XXVIII - praticar crime infamante;
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.
Parágrafo único - Inclui-se na conduta incompatível:
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei;
b) incontinência pública e escandalosa;
c) embriaguez ou toxicomania habituais.
Art. 35 - As sanções disciplinares consistem em:
I - censura;
II - suspensão;
III - exclusão;
IV - multa.
Parágrafo único - As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em
julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura.
Art. 36 - A censura é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34;
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina;
III - violação a preceito desta Lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção
mais grave.
Parágrafo único - A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem
registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante.
Art. 37 - A suspensão é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;
II - reincidência em infração disciplinar.
§1º - A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o
território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de
individualização previstos neste capítulo.
§2º - Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça
integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
§3º - Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas
de habilitação.
Art. 38 - A exclusão é aplicável nos casos de:
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Art. 44 - A Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, serviço público, dotada de personalidade
jurídica e forma federativa, tem por finalidade:
I - defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos
humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da
justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;
II - promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos
advogados em toda a República Federativa do Brasil.
§1º - A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional
ou hierárquico.
§2º - O uso da sigla "OAB" é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil.
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defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o prazo que
se fixar.
Art. 55 - A diretoria do Conselho Federal é composta de um Presidente, de um Vice-
Presidente, de um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro.
§1º - O Presidente exerce a representação nacional e internacional da OAB, competindo-lhe
convocar o Conselho Federal, presidi-lo, representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou fora
dele, promover-lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões.
§2º - O Regulamento Geral define as atribuições dos membros da Diretoria e a ordem de
substituição em caso de vacância, licença, falta ou impedimento.
§3º - Nas deliberações do Conselho Federal, os membros da diretoria votam como membros
de suas delegações, cabendo ao Presidente, apenas, o voto de qualidade e o direito de
embargar a decisão, se esta não for unânime.
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CAPÍTULO IV - DA SUBSEÇÃO
Art. 60 - A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial e
seus limites de competência e autonomia.
§1º - A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte de
município, inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados,
nela profissionalmente domiciliados.
§2º - A Subseção é administrada por uma diretoria, com atribuições e composição
equivalentes às da diretoria do Conselho Seccional.
§3º - Havendo mais de cem advogados, a Subseção pode ser integrada, também, por um
Conselho em número de membros fixado pelo Conselho Seccional.
§4º - Os quantitativos referidos nos parágrafos primeiro e terceiro deste artigo podem ser
ampliados, na forma do Regimento Interno do Conselho Seccional.
§5º - Cabe ao Conselho Seccional fixar, em seu orçamento, dotações específicas destinadas à
manutenção das Subseções.
§6º - O Conselho Seccional, mediante o voto de dois terços de seus membros, pode intervir
nas Subseções, onde constatar grave violação desta Lei ou do Regimento Interno daquele.
Art. 61 - Compete à Subseção, no âmbito de seu território:
I - dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II - velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia, e fazer valer as
prerrogativas do advogado;
III - representar a OAB perante os poderes constituídos;
IV - desempenhar as atribuições previstas no Regulamento Geral ou por delegação de
competência do Conselho Seccional.
Parágrafo único - Ao Conselho da Subseção, quando houver, compete exercer as funções e
atribuições do Conselho Seccional, na forma do Regimento Interno deste, e ainda:
a) editar seu Regimento Interno, a ser referendado pelo Conselho Seccional;
b) editar resoluções, no âmbito de sua competência;
c) instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e
Disciplina;
d) receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo
parecer prévio, para decisão do Conselho Seccional.
Art. 62 - A Caixa de Assistência dos Advogados, com personalidade jurídica própria, destina-
se a prestar assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule.
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§1º - A Caixa é criada e adquire personalidade jurídica com a aprovação e registro de seu
Estatuto pelo respectivo Conselho Seccional da OAB, na forma do Regulamento Geral.
§2º - A Caixa pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar.
§3º - Compete ao Conselho Seccional fixar contribuição obrigatória devida por seus inscritos,
destinada à manutenção do disposto no parágrafo anterior, incidente sobre atos decorrentes do
efetivo exercício da advocacia.
§4º - A diretoria da Caixa é composta de cinco membros, com atribuições definidas no seu
Regimento Interno.
§5º - Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional,
considerado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias.
§6º - Em caso de extinção ou desativação da Caixa, seu patrimônio se incorpora ao do
Conselho Seccional respectivo.
§7º - O Conselho Seccional, mediante voto de dois terços de seus membros, pode intervir na
Caixa de Assistência dos Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades,
designando diretoria provisória, enquanto durar a intervenção.
Art. 63 - A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda
quinzena do mês de novembro, do último ano do mandato, mediante
cédula única e votação direta dos advogados regularmente inscritos.
§1º - A eleição, na forma e segundo os critérios e procedimentos estabelecidos no
Regulamento Geral, é de comparecimento obrigatório para todos os advogados inscritos na
OAB.
§2º - O candidato deve comprovar situação regular junto à OAB, não ocupar cargo exonerável
ad nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer
efetivamente a profissão há mais de cinco anos.
Art. 64 - Consideram-se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria dos
votos válidos.
§1º - A chapa para o Conselho Seccional deve ser composta dos candidatos ao Conselho e à
sua Diretoria e, ainda, à delegação ao Conselho, Federal e à Diretoria da Caixa de Assistência
dos Advogados para eleição conjunta.
§2º - A chapa para a Subseção deve ser composta com os candidatos à diretoria, e de seu
Conselho, quando houver.
Art. 65 - O mandato em qualquer órgão da OAB é de três anos, iniciando-se em primeiro de
janeiro do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal.
Parágrafo único - Os conselheiros federais eleitos iniciam seus mandatos em primeiro de
fevereiro do ano seguinte ao da eleição.
Art. 66 - Extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando:
I - ocorrer qualquer hipótese de cancelamento de inscrição ou de licenciamento do
profissional;
II - o titular sofrer condenação disciplinar;
III - o titular faltar, sem motivo justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de cada
órgão deliberativo do Conselho ou da diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos
Advogados, não podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Parágrafo único - Extinto qualquer mandato, nas hipóteses deste artigo, cabe ao Conselho
Seccional escolher o substituto, caso não haja suplente.
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Art. 67 - A eleição da Diretoria do Conselho Federal, que tomará posse no dia 1º de fevereiro,
obedecerá às seguintes regras:
I - será admitido registro, junto ao Conselho Federal, de candidatura à presidência, desde seis
meses até um mês antes da eleição;
II - o requerimento de registro deverá vir acompanhado do apoiamento de, no mínimo, seis
Conselhos Seccionais;
III - até um mês antes das eleições, deverá ser requerido o registro da chapa completa, sob
pena de cancelamento da candidatura respectiva;
IV - no dia 25 de janeiro, proceder-se-á, em todos os Conselhos Seccionais, à eleição da
Diretoria do Conselho Federal, devendo o Presidente do Conselho Seccional comunicar, em
três dias, à Diretoria do Conselho Federal, o resultado do pleito;
V - de posse dos resultados das Seccionais, a Diretoria do Conselho Federal procederá à
contagem dos votos, correspondendo a cada Conselho Seccional um voto, e proclamará o
resultado.
Parágrafo único - Com exceção do candidato a Presidente, os demais integrantes da chapa
deverão ser conselheiros federais eleitos.
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Ética Profissional e Estatuto da OAB
MARCO ANTONIO DE MACEDO JÚNIOR
Art. 71 - A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou
contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes.
Art. 72 - O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação de qualquer
autoridade ou pessoa interessada.
§1º - O Código de Ética e Disciplina estabelece os critérios de admissibilidade da
representação e os procedimentos disciplinares.
§2º - O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas
informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente.
Art. 73 - Recebida a representação, o Presidente deve designar relator, a quem compete a
instrução do processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido ao Tribunal de
Ética e Disciplina.
§1º - Ao representado deve ser assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar o
processo em todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de procurador, oferecendo
defesa prévia após ser notificado, razões finais após a instrução e defesa oral perante o
Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do julgamento.
§2º - Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da
representação, este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar
seu arquivamento.
§3º - O prazo para defesa prévia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juízo do relator.
§4º - Se o representado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da
Subseção deve designar- lhe defensor dativo.
§5º - É também permitida a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por
condenação baseada em falsa prova.
Art. 74 - O Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e judiciais pertinentes,
objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os documentos de
identificação.
Art. 75 - Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decisões definitivas proferidas pelo
Conselho Seccional, quando não tenham sido unânimes ou, sendo unânimes, contrariem esta
Lei, decisão do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o Regulamento
Geral, o Código de Ética e Disciplina e os Provimentos.
Parágrafo único - Além dos interessados, o Presidente do Conselho Seccional é legitimado a
interpor o recurso referido neste artigo.
Art. 76 - Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas por seu
Presidente, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela diretoria da Subseção ou da Caixa de
Assistência dos Advogados.
Art. 77 - Todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleições (arts.
63 e seguintes), de suspensão preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e de
cancelamento da inscrição obtida com falsa prova.
Parágrafo único - O Regulamento Geral disciplina o cabimento de recursos específicos, no
âmbito de cada órgão julgador.
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Art. 78 - Cabe ao Conselho Federal da OAB, por deliberação de dois terços, pelo menos, das
delegações, editar o Regulamento Geral deste Estatuto, no prazo de seis meses, contados da
publicação desta Lei.
Art. 79 - Aos servidores da OAB, aplica-se o regime trabalhista.
§1º - Aos servidores da OAB, sujeitos ao regime da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
é concedido o direito de opção pelo regime trabalhista, no prazo de noventa dias a partir da
vigência desta Lei, sendo assegurado aos optantes o pagamento de indenização, quando da
aposentadoria, correspondente a cinco vezes o valor da última remuneração.
§2º - Os servidores que não optarem pelo regime trabalhista serão posicionados no quadro em
extinção, assegurado o direito adquirido ao regime legal anterior.
Art. 80 - Os Conselhos Federal e Seccionais devem promover trienalmente as respectivas
Conferências, em data não coincidente com o ano eleitoral, e, periodicamente, reunião do
colégio de presidentes a eles vinculados, com finalidade consultiva.
Art. 81 - Não se aplicam aos que tenham assumido originariamente o cargo de Presidente do
Conselho Federal ou dos Conselhos Seccionais, até a data da publicação desta lei, as normas
contidas no Título II, acerca da composição desses Conselhos, ficando assegurado o pleno
direito de voz e voto em suas sessões.
Art. 82 - Aplicam-se as alterações previstas nesta Lei, quanto a mandatos, eleições,
composição e atribuições dos órgãos da OAB, a partir do término do mandato dos atuais
membros, devendo os Conselhos Federal e Seccionais disciplinar os respectivos
procedimentos de adaptação.
Parágrafo único - Os mandatos dos membros dos órgãos da OAB, eleitos na primeira eleição
sob a vigência desta Lei, e na forma do Capítulo VI do Título II, terão início no dia seguinte
ao término dos atuais mandatos, encerrando-se em 31 de dezembro do terceiro ano do
mandato e em 31 de janeiro do terceiro ano do mandato, neste caso com relação ao Conselho
Federal.
Art. 83 - Não se aplica o disposto no artigo 28, inciso II, desta Lei, aos membros do
Ministério Público que, na data de promulgação da Constituição, se incluam na previsão do
artigo 29, § 3º, do seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Art. 84 - O estagiário, inscrito no respectivo quadro, fica dispensado do Exame de Ordem,
desde que comprove, em até 2 (dois) anos da promulgação desta Lei, o exercício e resultado
do estágio profissional ou a conclusão, com aproveitamento, do estágio de "Prática Forense e
Organização Judiciária", realizado junto à respectiva faculdade, na forma da legislação em
vigor.
Art. 85 - O Instituto dos Advogados Brasileiros e as instituições a ele filiadas têm qualidade
para promover perante a OAB o que julgarem do interesse dos advogados em geral ou de
qualquer dos seus membros.
Art. 86 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 87 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 4.215, de 27 de
abril de 1963, a Lei nº 5.390, de 23 de fevereiro de 1968, o Decreto-lei nº 505, de 18 de março
de 1969, a Lei nº 5.681, de 20 de julho de 1971, a Lei nº 5.842, de 6 de dezembro de 1972, a
Lei nº 5.960, de 10 dezembro de 1973, a Lei nº 6.743, de 5 de dezembro de 1979, a Lei nº
6.884, de 9 de dezembro de 1980, a Lei nº 6.994, de 26 de maio de 1982, mantidos os efeitos
da Lei nº 7.346, de 22 de julho de 1985.
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Ética Profissional e Estatuto da OAB
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§ 2º A indicação dos representantes dos advogados nos juizados especiais deverá ser
promovida pela Subseção ou, na sua ausência, pelo Conselho Seccional.
Seção II
Da Advocacia Pública
Art. 9º Exercem a advocacia pública os integrantes da Advocacia-Geral da União, da
Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios, das autarquias e das fundações públicas, estando obrigados à
inscrição na OAB, para o exercício de suas atividades.
Parágrafo único. Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e podem integrar qualquer
órgão da OAB.
Art. 10. Os integrantes da advocacia pública, no exercício de atividade privativa prevista no
Art. 1º do Estatuto, sujeitam-se ao regime do Estatuto, deste Regulamento Geral e do Código
de Ética e Disciplina, inclusive quanto às infrações e sanções disciplinares.
o
Ver art. 4 da Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997 (Nota 13 no CAPÍTULO V do
Estatuto).
1
Ver anotações ao Capítulo V do Estatuto (arts. 18 a 21).
Seção III
Do Advogado Empregado1
Art. 11. Compete a sindicato de advogados e, na sua falta, a federação ou confederação de
advogados, a representação destes nas convenções coletivas celebradas com as entidades
sindicais representativas dos empregadores, nos acordos coletivos celebrados com a empresa
empregadora e nos dissídios coletivos perante a Justiça do Trabalho, aplicáveis às relações de
trabalho.
Art. 12. Para os fins do art. 20 da Lei nº 8.906/94, considera-se dedicação exclusiva o regime
de trabalho que for expressamente previsto em contrato individual de trabalho. (NR)
Parágrafo único. Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as
horas trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias.
Art. 13. (revogado)
Art. 14. Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da
advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a
remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou
previdenciários.
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência dos advogados empregados constituem fundo
comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da
empresa ou por seus representantes.
Ver decisão do STF na ADI nº 1.194-4-DF.
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Ética Profissional e Estatuto da OAB
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Parágrafo único. O Presidente pode designar advogado, investido de poderes bastantes, para
as finalidades deste artigo.
Art. 16. Sem prejuízo da atuação de seu defensor, contará o advogado com a assistência de
representante da OAB nos inquéritos policiais ou nas ações penais em que
figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele imputado decorrer do
exercício da profissão ou a este vincular-se.
Art. 17. Compete ao Presidente do Conselho ou da Subseção representar contra o responsável
por abuso de autoridade, quando configurada hipótese de atentado à garantia legal de
exercício profissional, prevista na Lei nº 4.898, de 09 de dezembro de 1965.
Seção II
Do Desagravo Público
Art. 18. O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercício
profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido pelo
Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa.
§ 1º Compete ao relator, convencendo-se da existência de prova ou indício de ofensa
relacionada ao exercício da profissão ou de cargo da OAB, propor ao Presidente que solicite
informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de quinze dias, salvo em caso de
urgência e notoriedade do fato.
§ 2º O relator pode propor o arquivamento do pedido se a ofensa for pessoal, se não estiver
relacionada com o exercício profissional ou com as prerrogativas gerais do advogado ou se
configurar crítica de caráter doutrinário, político ou religioso.
§ 3º Recebidas ou não as informações e convencendo-se da procedência da ofensa, o relator
emite parecer que é submetido ao Conselho.
§ 4º Em caso de acolhimento do parecer, é designada a sessão de desagravo, amplamente
divulgada.
§ 5º Na sessão de desagravo o Presidente lê a nota a ser publicada na imprensa, encaminhada
ao ofensor e às autoridades e registrada nos assentamentos do inscrito.
§ 6º Ocorrendo a ofensa no território da Subseção a que se vincule o inscrito, a sessão de
desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da Subseção, com representação do
Conselho Seccional.
§ 7º O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da
advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser
promovido a critério do Conselho.
Art. 19. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de Conselheiro Federal
ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das atribuições de
seus cargos e ainda quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às
prerrogativas profissionais, com repercussão nacional.
Parágrafo único. O Conselho Federal, observado o procedimento previsto no art. 18 deste
Regulamento, indica seus representantes para a sessão pública de desagravo, na sede do
Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal.
2
Prazo alterado por decisão do Conselho Pleno do Conselho Federal da OAB, no Processo nº
4393/98/COP, publicada no DJ de 13.11.98, p. 445, Seção 1.
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§ 3º As atividades de estágio ministrado por instituição de ensino, para fins de convênio com
a OAB, são exclusivamente práticas, incluindo a redação de atos processuais e profissionais,
as rotinas processuais, a assistência e a atuação em audiências e sessões, as visitas a órgãos
judiciários, a prestação de serviços jurídicos e as técnicas de negociação coletiva, de
arbitragem e de conciliação.
Art. 28. O estágio realizado na Defensoria Pública da União, do Distrito Federal ou dos
Estados, na forma do artigo 145 da Lei Complementar no 80, de 12 de janeiro de 1994, é
considerado válido para fins de inscrição no quadro de estagiários da OAB.
Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por
estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público.
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a
responsabilidade do advogado:
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos
em curso ou findos;
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
§ 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente,
quando receber autorização ou substabelecimento do advogado.
Art. 30. O estágio profissional de advocacia, realizado integralmente fora da instituição de
ensino, compreende as atividades fixadas em convênio entre o escritório de advocacia ou
entidade que receba o estagiário e a OAB.
Art. 31. Cada Conselho Seccional mantém uma Comissão de Estágio e Exame de Ordem, a
quem incumbe coordenar, fiscalizar e executar as atividades decorrentes.
§ 1º Os convênios e suas alterações, firmados pelo Presidente do Conselho ou da Subseção,
quando esta receber delegação de competência, são previamente elaborados pela Comissão,
que tem poderes para negociá-los com os interessados.
§ 2º A Comissão pode instituir subcomissões nas Subseções.
§ 3º O Presidente da Comissão integra a Coordenação Nacional de Exame de Ordem, do
Conselho Federal da OAB.
Sobre essa Coordenação ver Provimento nº 109/2005 – Normas e diretrizes do Exame de
Ordem.
§ 4º Compete ao Presidente do Conselho Seccional designar a Comissão, que pode ser
composta por advogados não integrantes do Conselho.
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IV – a terceira página é dividida para os espaços de uma foto 3 (três) x 4 (quatro) centímetros,
da impressão digital e da assinatura do portador;
V – as demais páginas, em branco e numeradas, destinam-se ao reconhecimento de firma dos
signatários e às anotações da OAB, firmadas pelo Secretário-Geral ou Adjunto, incluindo as
incompatibilidades e os impedimentos, o exercício de mandatos, as designações para
comissões, as funções na OAB, os serviços relevantes à profissão e os dados da inscrição
suplementar, pelo Conselho que a deferir;
VI – a última página destina-se à transcrição do Art. 7º do Estatuto.
Parágrafo único. O Conselho Seccional pode delegar a competência do Secretário-Geral ao
Presidente da Subseção.
3
Ver também os Provimentos nºs 69/89 – Prática de atos privativos por sociedades não
registradas na OAB, 77/93 – Registro e autenticação de livros e documentos contábeis,
91/2000 – Sociedades de consultores em direito estrangeiro, e 92/2000 – Registro e atos
correlatos das sociedades de advogados.
Art. 34. O cartão de identidade tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identificação
pessoal (registro geral), com as seguintes adaptações, segundo o modelo aprovado pela
Diretoria do Conselho Federal:
I – o fundo é de cor branca e a impressão dos caracteres e armas da República, de cor
vermelha;
II – O anverso contém os seguintes dados, nesta seqüência: Ordem dos Advogados do Brasil,
Conselho Seccional de (...), Identidade de Advogado (em destaque), nº da inscrição, nome,
filiação, naturalidade, data do nascimento e data da expedição, e a assinatura do Presidente,
podendo ser acrescentados os dados de identificação de registro geral, de CPF, eleitoral e
outros;
III – O verso destina-se à fotografia, observações e assinatura do portador. (NR dada pela
Resolução 04/2006. Publicada no DJ 20.11.2006, p. 598, S 1).
§ 1º No caso de inscrição suplementar o cartão é específico, indicando-se: “Nº da Inscrição
Suplementar:” (em negrito ou sublinhado).
§ 2º Os Conselhos Federal e Seccionais podem emitir cartão de identidade para os seus
membros e para os membros das Subseções, acrescentando, abaixo do termo “Identidade de
Advogado”, sua qualificação de conselheiro ou dirigente da OAB e, no verso, o prazo de
validade, coincidente com o mandato.
Art. 35. O cartão de identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de
identidade do advogado, com a indicação de “Identidade de Estagiário”, em destaque, e do
prazo de validade, que não pode ultrapassar três anos nem ser prorrogado.
Parágrafo único. O cartão de identidade do estagiário perde sua validade imediatamente após
a prestação do compromisso como advogado.
Art. 36. O suporte material do cartão de identidade é resistente, devendo conter dispositivo
para armazenamento de certificado digital. (NR. Resolução Nº 2/2007. DJ 19.09.2006, p.
804, S 1)
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Art. 38. O nome completo ou abreviado de, no mínimo, um advogado responsável pela
sociedade consta obrigatoriamente da razão social, podendo permanecer o nome de
sócio falecido se, no ato constitutivo ou na alteração contratual em vigor, essa possibilidade
tiver sido prevista.
Art. 39. A sociedade de advogados pode associar-se com advogados, sem vínculo de
emprego, para participação nos resultados.
Parágrafo único. Os contratos referidos neste artigo são averbados no registro da sociedade de
advogados.
Art. 40. Os advogados sócios e os associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos
danos causados diretamente ao cliente, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão,
no exercício dos atos privativos da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar
em que possam incorrer.
Art. 41. As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma de administração social,
permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos poderes atribuídos.
Art. 42. Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso da razão social, os atos
indispensáveis às suas finalidades, que não sejam privativos de advogado.
Art. 43. O registro da sociedade de advogados observa os requisitos e procedimentos
previstos em Provimento do Conselho Federal.
Art. 44. As finalidades da OAB, previstas no art. 44 do Estatuto, são cumpridas pelos
Conselhos Federal e Seccionais e pelas Subseções, de modo integrado, observadas suas
competências específicas.
Art. 45. A exclusividade da representação dos advogados pela OAB, prevista no art. 44, II, do
Estatuto, não afasta a competência própria dos sindicatos e associações sindicais de
advogados, quanto à defesa dos direitos peculiares da relação de trabalho do profissional
empregado.
Art. 46. Os novos Conselhos Seccionais serão criados mediante Resolução do Conselho
Federal.
Mediante os Provimentos nºs 43/78 e 68/89, foram criados, respectivamente, os Conselhos
Seccionais de Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Art. 47. O patrimônio do Conselho Federal, do Conselho Seccional, da Caixa de Assistência
dos Advogados e da Subseção é constituído de bens móveis e imóveis e outros bens e valores
que tenham adquirido ou venham a adquirir.
Art. 48. A alienação ou oneração de bens imóveis depende de aprovação do Conselho Federal
ou do Conselho Seccional, competindo à Diretoria do órgão decidir pela aquisição de
qualquer bem e dispor sobre os bens móveis.
Parágrafo único. A alienação ou oneração de bens imóveis depende de autorização da maioria
das delegações, no Conselho Federal, e da maioria dos membros efetivos, no Conselho
Seccional.
Art. 49. Os cargos da Diretoria do Conselho Seccional têm as mesmas denominações
atribuídas aos da Diretoria do Conselho Federal.
Parágrafo único. Os cargos da Diretoria da Subseção e da Caixa de Assistência dos
Advogados têm as seguintes denominações: Presidente, Vice-Presidente, Secretário,
Secretário Adjunto e Tesoureiro.
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CAPÍTULO II – DA RECEITA4
Sobre orçamento, balanço e prestação de contas, ver Provimento nº 101/2003, alterado pelo
Provimento nº 104/2004, que substituiu o Provimento nº 44/78 e suas alterações.
Art. 55. Aos inscritos na OAB incumbe o pagamento das anuidades, contribuições, multas e
preços de serviços fixados pelo Conselho Seccional.
§ 1º As anuidades previstas no caput deste artigo serão fixadas pelo Conselho Seccional até a
última sessão ordinária do ano anterior, salvo em ano eleitoral, quando serão determinadas na
primeira sessão ordinária após a posse, podendo ser estabelecidos pagamentos em cotas
periódicas.
§ 2º (Revogado)
Protocolo 0651/2006/COP (DJ. 30.03.2006, p. 816, S. 1).
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Parágrafo único. Para o desempenho de suas atividades, o Conselho conta também com
comissões permanentes, definidas em Provimento, e com comissões temporárias, todas
designadas pelo Presidente, integradas ou não por Conselheiros Federais, submetidas a um
regimento interno único, aprovado pela Diretoria do Conselho Federal, que o levará ao
conhecimento do Conselho Pleno. (NR)
Ver Provimentos nºs 76/92 – Define as Comissões Permanentes e 78/95 – Redefine as
Comissões Permanentes, este alterado pelos de nºs 87/97 – Comissão de Sociedade de
Advogados e 90/99 – Restaura a Comissão de Direitos sociais.
Ver também os Provimentos nºs 79/95 –Composição da Comissão Nacional de Direitos
Humanos, 82/96 - Reinstalação da Comissão de Direito Ambiental, e 93/2000 – Comissão
Nacional de Direitos Sociais.
Art. 65. No exercício do mandato, o Conselheiro Federal atua no interesse da advocacia
nacional e não apenas no de seus representados diretos.
§ 1º O cargo de Conselheiro Federal é incompatível com o de membro de outros órgãos da
OAB, exceto quando se tratar de ex-presidente do Conselho Federal e do Conselho Seccional,
ficando impedido de debater e votar as matérias quando houver participado da deliberação
local.
§ 2º Na apuração da antigüidade do Conselheiro Federal somam-se todos os períodos de
mandato, mesmo que interrompidos.
Art. 66. Considera-se ausente das sessões ordinárias mensais dos órgãos deliberativos do
Conselho Federal o Conselheiro que, sem motivo justificado, faltar a qualquer uma.
Parágrafo único. Compete ao Conselho Federal fornecer ajuda de transporte e hospedagem
aos Conselheiros Federais integrantes das bancadas dos Conselho Seccionais que não tenham
capacidade financeira para suportar a despesa correspondente.
Art. 67. Os Conselheiros Federais, integrantes de cada delegação, após a posse, são
distribuídos pelas três Câmaras especializadas, mediante deliberação da própria delegação,
comunicada ao Secretário-Geral, ou, na falta desta, por decisão do Presidente, dando-se
preferência ao mais antigo no Conselho e, havendo coincidência, ao de inscrição mais antiga.
§ 1º O Conselheiro, na sua delegação, é substituto dos demais, em qualquer órgão do
Conselho, nas faltas ou impedimentos ocasionais ou no caso de licença.
Ver o Provimento nº 89/98 – Normas e critérios para concessão de licença no Conselho
Federal.
§ 2º Quando estiverem presentes dois substitutos, concomitantemente, a preferência é do mais
antigo no Conselho e, em caso de coincidência, do que tiver inscrição mais antiga.
§ 3º A delegação indica seu representante ao Órgão Especial do Conselho Pleno.
Art. 68. O voto em qualquer órgão colegiado do Conselho Federal é tomado por delegação,
em ordem alfabética, seguido dos ex-presidentes presentes, com direito a voto.
§ 1º Os membros da Diretoria votam como integrantes de suas delegações.
§ 2º O Conselheiro Federal opina mas não participa da votação de matéria de interesse
específico da unidade que representa.
§ 3º Na eleição dos membros da Diretoria do Conselho Federal, somente votam os
Conselheiros Federais, individualmente. (NR dada pela Resolução Nº 01/2006, DJ
04.09.2006, p. 775, S 1)
Art. 69. A seleção das decisões dos órgãos deliberativos do Conselho Federal é
periodicamente divulgada em forma de ementário.
Desde a edição do Novo EAOAB (Lei nº 8.906/94), foram editados os Ementários 1994-
1996, 1997-1998, 1999-2000, 2001-2002, 2003-2004 e 2005 contendo os três últimos todas as
decisões dos órgãos julgadores do Conselho Federal.
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Art. 70. Os órgãos deliberativos do Conselho Federal podem cassar ou modificar atos ou
deliberações de órgãos ou autoridades da OAB, ouvidos estes e os interessados previamente,
no prazo de quinze dias, contado do recebimento da notificação, sempre que contrariem o
Estatuto, este Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina e os Provimentos.
Art. 71. Toda matéria pertinente às finalidades da OAB é distribuída pelo Presidente do órgão
colegiado do Conselho Federal a um relator, com inclusão na pauta da sessão seguinte.
§ 1º Se o relator determinar alguma diligência, o processo é retirado da ordem do dia,
figurando em anexo da pauta com indicação da data do despacho.
§ 2º Incumbe ao relator apresentar na sessão seguinte, por escrito, o relatório, o voto e a
proposta de ementa.
§ 3º O relator pode determinar diligências, requisitar informações, instaurar representação
incidental, propor ao Presidente a redistribuição da matéria e o arquivamento, quando for
irrelevante ou impertinente às finalidades da OAB, ou o encaminhamento do processo ao
Conselho Seccional competente, quando for de interesse local.
§ 4º Em caso de inevitável perigo de demora da decisão, pode o relator conceder provimento
cautelar, com recurso de ofício ao órgão colegiado, para apreciação preferencial na sessão
posterior.
§ 5º O relator notifica o Conselho Seccional e os interessados, quando forem necessárias suas
manifestações.
§ 6º Compete ao relator manifestar-se sobre as desistências, prescrições, decadências e
intempestividades dos recursos, para decisão do Presidente do órgão colegiado.
Art. 72. O relator é substituído se não apresentar o processo para julgamento, no período de
três sessões ordinárias sucessivas.
Art. 73. Em caso de matéria complexa, o Presidente designa uma comissão em vez de relator
individual.
Parágrafo único. A comissão escolhe um relator e delibera coletivamente, não sendo
considerados os votos minoritários para fins de relatório e voto.
Seção II
Do Conselho Pleno
Art. 74. O Conselho Pleno é integrado pelos Conselheiros Federais de cada delegação e pelos
ex-presidentes, sendo presidido pelo Presidente do Conselho Federal e secretariado pelo
Secretário-Geral.
Art. 75. Compete ao Conselho Pleno deliberar, em caráter nacional, sobre propostas e
indicações relacionadas às finalidades institucionais da OAB (art. 44, I, do Estatuto) e sobre
as demais atribuições previstas no art. 54 do Estatuto, respeitadas as competências privativas
dos demais órgãos deliberativos do Conselho Federal, fixadas neste Regulamento Geral, e
ainda:
I – eleger o sucessor dos membros da Diretoria do Conselho Federal, em caso de vacância;
II – regular, mediante resolução, matérias de sua competência que não exijam edição de
Provimento;
III – instituir, mediante Provimento, comissões permanentes para assessorar o Conselho
Federal e a Diretoria. (NR)
Ver indicação de provimentos sobre comissões em nota ao art. 64, parágrafo único, deste
Regulamento Geral.
Parágrafo único. O Conselho Pleno pode decidir sobre todas as matérias privativas de seu
órgão Especial, quando o Presidente atribuir-lhes caráter de urgência e grande relevância.
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Art. 76. As indicações ou propostas são oferecidas por escrito, devendo o Presidente designar
relator para apresentar relatório e voto escritos na sessão seguinte, acompanhados, sempre que
necessário, de ementa do acórdão.
§ 1º No Conselho Pleno, o Presidente, em caso de urgência e relevância, pode designar relator
para apresentar relatório e voto orais na mesma sessão.
§ 2º Quando a proposta importar despesas não previstas no orçamento, pode ser apreciada
apenas depois de ouvido o Diretor Tesoureiro quanto às disponibilidades financeiras para sua
execução.
Art. 77. O voto da delegação é o de sua maioria, havendo divergência entre seus membros,
considerando-se invalidado em caso de empate.
§ 1º O Presidente não integra a delegação de sua unidade federativa de origem e não vota,
salvo em caso de empate.
§ 2º Os ex-Presidentes empossados antes de 05 de julho de 1994 têm direito de voto
equivalente ao de uma delegação, em todas as matérias.
§ 2º Os ex-Presidentes empossados antes de 5 de julho de 1994 têm direito de voto
equivalente ao de uma delegação, em todas as matérias, exceto na eleição dos membros da
Diretoria do Conselho Federal. (NR dada pela Resolução Nº 01/2006, DJ 04.09.2006, p.
775, S 1)
Art. 78. Para editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina e os
Provimentos e para intervir nos Conselhos Seccionais é indispensável o quorum de dois terços
das delegações.
Parágrafo único. Para as demais matérias prevalece o quorum de instalação e de votação
estabelecido neste Regulamento Geral.
Art. 79. A proposta que implique baixar normas gerais de competência do Conselho Pleno ou
encaminhar projeto legislativo ou emendas aos Poderes competentes somente pode ser
deliberada se o relator ou a comissão designada elaborar o texto normativo, a ser remetido aos
Conselheiros juntamente com a convocação da sessão.
§ 1º Antes de apreciar proposta de texto normativo, o Conselho Pleno delibera sobre a
admissibilidade da relevância da matéria.
§ 2º Admitida a relevância, o Conselho passa a decidir sobre o conteúdo da proposta do texto
normativo, observados os seguintes critérios:
a) procede-se à leitura de cada dispositivo, considerando-o aprovado se não houver destaque
levantado por qualquer membro ou encaminhado por Conselho Seccional;
b) havendo destaque, sobre ele manifesta-se apenas aquele que o levantou e a comissão
relatora ou o relator, seguindo-se a votação.
§ 3º Se vários membros levantarem destaque sobre o mesmo ponto controvertido, um, dentre
eles, é eleito como porta-voz.
§ 4º Se o texto for totalmente rejeitado ou prejudicado pela rejeição, o Presidente designa
novo relator ou comissão revisora para redigir outro.
Art. 80. A OAB pode participar e colaborar em eventos internacionais, de interesse da
advocacia, mas somente se associa a organismos internacionais que congreguem entidades
congêneres.
Parágrafo único. Os Conselhos Seccionais podem representar a OAB em geral ou os
advogados brasileiros em eventos internacionais ou no exterior, quando autorizados pelo
Presidente Nacional.
Art. 81. Constatando grave violação do Estatuto ou deste Regulamento Geral, a Diretoria do
Conselho Federal notifica o Conselho Seccional para apresentar defesa e, havendo
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Seção III
Do Órgão Especial do Conselho Pleno
Art. 84. O Órgão Especial é composto por um Conselheiro Federal integrante de cada
delegação, sem prejuízo de sua participação no Conselho Pleno, e pelos ex-Presidentes, sendo
presidido pelo Vice-Presidente e secretariado pelo Secretário-Geral Adjunto.
Parágrafo único. O Presidente do Órgão Especial, além de votar por sua delegação, tem o voto
de qualidade, no caso de empate.
Art. 85. Compete ao Órgão Especial deliberar, privativamente e em caráter irrecorrível,
sobre:
I – recurso contra decisões das Câmaras, quando não tenham sido unânimes ou, sendo
unânimes, contrariem o Estatuto, este Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina e os
Provimentos;
II – recurso contra decisões do Presidente ou da Diretoria do Conselho Federal e do
Presidente do Órgão Especial;
III – consultas escritas, formuladas em tese, relativas às matérias de competência das Câmaras
especializadas ou à interpretação do Estatuto, deste Regulamento Geral, do Código de Ética e
Disciplina e dos Provimentos, devendo todos os Conselhos Seccionais ser cientificados do
conteúdo das respostas; (NR)
IV – conflitos ou divergências entre órgãos da OAB;
V – determinação ao Conselho Seccional competente para instaurar processo, quando, em
autos ou peças submetidos ao conhecimento do Conselho Federal, encontrar fato que
constitua infração disciplinar.
§ 1º Os recursos ao Órgão Especial podem ser manifestados pelo Presidente do Conselho
Federal, pelas partes ou pelos recorrentes originários.
§ 2º O relator pode propor ao Presidente do Órgão Especial o arquivamento da consulta,
quando não se revestir de caráter geral ou não tiver pertinência com as finalidades da OAB,
ou o seu encaminhamento ao Conselho Seccional, quando a matéria for de interesse local.
Art. 86. A decisão do Órgão Especial constitui orientação dominante da OAB sobre a
matéria, quando consolidada em súmula publicada na imprensa oficial.
Seção IV
Das Câmaras
Art. 87. As Câmaras são presididas:
I – a Primeira, pelo Secretário-Geral;
II – a Segunda, pelo Secretário-Geral Adjunto;
III – a Terceira, pelo Tesoureiro.
§ 1º Os Secretários das Câmaras são designados, dentre seus integrantes, por seus Presidentes.
§ 2º Nas suas faltas e impedimentos, os Presidentes e Secretários das Câmaras são
substituídos pelos Conselheiros mais antigos e, havendo coincidência, pelos de inscrição mais
antiga.
§ 3º O Presidente da Câmara, além de votar por sua delegação, tem o voto de qualidade, no
caso de empate.
Art. 88. Compete à Primeira Câmara:
I – decidir os recursos sobre:
a) atividade de advocacia e direitos e prerrogativas dos advogados e estagiários;
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Seção V
Das Sessões
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Art. 91. Os órgãos colegiados do Conselho Federal reúnem-se ordinariamente nos meses de
fevereiro a junho e de agosto a dezembro de cada ano, em sua sede no Distrito Federal, nas
datas fixadas pela Diretoria.
§ 1º Em caso de urgência ou nos períodos de recesso (janeiro e julho), o Presidente ou um
terço das delegações do Conselho Federal pode convocar sessão extraordinária.
§ 2º A sessão extraordinária, em caráter excepcional e de grande relevância, pode ser
convocada para local diferente da sede do Conselho Federal.
§ 3º As convocações para as sessões ordinárias são acompanhadas de minuta da ata da sessão
anterior e dos demais documentos necessários.
Art. 92. Para instalação e deliberação dos órgãos colegiados do Conselho Federal da OAB
exige-se a presença de metade das delegações, salvo nos casos de quorum qualificado,
previsto neste Regulamento Geral.
§ 1º A deliberação é tomada pela maioria de votos dos presentes.
§ 2º Comprova-se a presença pela assinatura no documento próprio, sob controle do
Secretário da sessão.
§ 3º Qualquer membro presente pode requerer a verificação do quorum, por chamada.
§ 4º A ausência à sessão, depois da assinatura de presença, não justificada ao Presidente, é
contada para efeito de perda do mandato.
Art. 93. Nas sessões observa-se a seguinte ordem:
I – verificação do quorum e abertura;
II – leitura, discussão e aprovação da ata da sessão anterior;
III – comunicações do Presidente;
IV – ordem do dia;
V – expediente e comunicações dos presentes.
Parágrafo único. A ordem dos trabalhos ou da pauta pode ser alterada pelo Presidente, em
caso de urgência ou de pedido de preferência.
Art. 94. O julgamento de qualquer processo ocorre do seguinte modo:
I – leitura do relatório, do voto e da proposta de ementa do acórdão, todos escritos, pelo
relator;
II – sustentação oral pelo interessado ou seu advogado, no prazo de quinze minutos, tendo o
respectivo processo preferência no julgamento;
III – discussão da matéria, dentro do prazo máximo fixado pelo Presidente, não podendo cada
Conselheiro fazer uso da palavra mais de uma vez nem por mais de três minutos, salvo se lhe
for concedida prorrogação;
IV – votação da matéria, não sendo permitidas questões de ordem ou justificativa oral de voto,
precedendo as questões prejudiciais e preliminares às de mérito;
V – proclamação do resultado pelo Presidente, com leitura da súmula da decisão.
§ 1º Os apartes só serão admitidos quando concedidos pelo orador. Não será admitido aparte:
(NR)
a) à palavra do Presidente;
b) ao Conselheiro que estiver suscitando questão de ordem.
§ 2º Se durante a discussão o Presidente julgar que a matéria é complexa e não se encontra
suficientemente esclarecida, suspende o julgamento, designando revisor para sessão seguinte.
§ 3º A justificação escrita do voto pode ser encaminhada à Secretaria até quinze dias após a
votação da matéria.
§ 4º O Conselheiro pode pedir preferência para antecipar seu voto se necessitar ausentar-se
justificadamente da sessão.
§ 5º O Conselheiro pode eximir-se de votar se não tiver assistido à leitura do relatório.
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Seção VI
Da Diretoria do Conselho Federal
Art. 98. O Presidente é substituído em suas faltas, licenças e impedimentos pelo Vice-
Presidente, pelo Secretário-Geral, pelo Secretário-Geral Adjunto e pelo Tesoureiro,
sucessivamente.
§ 1º O Vice-Presidente, o Secretário-Geral, o Secretário-Geral Adjunto e o Tesoureiro
substituem-se nessa ordem, em suas faltas e impedimentos ocasionais, sendo o último
substituído pelo Conselheiro Federal mais antigo e, havendo coincidência de mandatos, pelo
de inscrição mais antiga.
§ 2º No caso de licença temporária, o Diretor é substituído pelo Conselheiro designado pelo
Presidente.
§ 3º No caso de vacância de cargo da Diretoria, em virtude de perda do mandato, morte ou
renúncia, o sucessor é eleito pelo Conselho Pleno.
Art. 99. Compete à Diretoria, coletivamente:
I – dar execução às deliberações dos órgãos deliberativos do Conselho;
II – elaborar e submeter à Terceira Câmara, na forma e prazo estabelecidos neste
Regulamento Geral, o orçamento anual da receita e da despesa, o relatório anual, o balanço e
as contas;
III – elaborar estatística anual dos trabalhos e julgados do Conselho;
IV – distribuir e redistribuir as atribuições e competências entre os seus membros;
V – elaborar e aprovar o plano de cargos e salários e a política de administração de pessoal do
Conselho, propostos pelo Secretário-Geral;
VI – promover assistência financeira aos órgãos da OAB, em caso de necessidade
comprovada e de acordo com previsão orçamentária;
VII – definir critérios para despesas com transporte e hospedagem dos Conselheiros, membros
das comissões e convidados;
VIII – alienar ou onerar bens móveis;
IX – resolver os casos omissos no Estatuto e no Regulamento Geral, ad referendum do
Conselho Pleno.
Art. 100. Compete ao Presidente:
I – representar a OAB em geral e os advogados brasileiros, no país e no exterior, em juízo ou
fora dele;
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§ 2º A deliberação é tomada pela maioria dos votos dos presentes, incluindo os ex-Presidentes
com direito a voto.
§ 3º Comprova-se a presença pela assinatura no documento próprio, sob controle do
Secretário da sessão.
§ 4º Qualquer membro presente pode requerer a verificação do quorum, por chamada.
§ 5º A ausência à sessão depois da assinatura de presença, não justificada ao Presidente, é
contada para efeito de perda do mandato.
Art. 109. O Conselho Seccional pode dividir-se em órgãos deliberativos e instituir comissões
especializadas, para melhor desempenho de suas atividades.
§ 1º Os órgãos do Conselho podem receber a colaboração gratuita de advogados não
conselheiros, inclusive para instrução processual, considerando-se função relevante em
benefício da advocacia.
§ 2º No Conselho Seccional e na Subseção que disponha de conselho é obrigatória a
instalação e o funcionamento da Comissão de Direitos Humanos, da Comissão de Orçamento
e Contas e da Comissão de Estágio e Exame de Ordem.
Ver Provimento nº 56/85 – Regula a Comissão de Direitos Humanos das Seccionais.
§ 3º Os suplentes podem desempenhar atividades permanentes e temporárias, na forma do
Regimento Interno.
Art. 110. Os relatores dos processos em tramitação no Conselho Seccional têm competência
para instrução, podendo ouvir depoimentos, requisitar documentos, determinar diligências e
propor o arquivamento ou outra providência porventura cabível ao Presidente do órgão
colegiado competente.
Art. 111. O Conselho Seccional fixa tabela de honorários advocatícios, definindo as
referências mínimas e as proporções, quando for o caso.
Parágrafo único. A tabela é amplamente divulgada entre os inscritos e encaminhada ao Poder
Judiciário para os fins do art. 22 do Estatuto.
Art. 112. O Exame de Ordem é organizado pela Comissão de Estágio e Exame de Ordem do
Conselho Seccional, na forma do Provimento e das Resoluções do Conselho Federal, segundo
padrão nacional uniforme de qualidade, critérios e programas.
Ver Provimento nº 109/2005 – Normas e diretrizes do Exame de Ordem.
§ 1º Cabe à Comissão fixar o calendário anual do Exame.
§ 2º O recurso contra decisão da Comissão ao Conselho Seccional observa os critérios
previstos no Provimento do Conselho Federal e no regulamento do Conselho Seccional.
Art. 113. O Regimento Interno do Conselho Seccional define o procedimento de intervenção
total ou parcial nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados, observados os
critérios estabelecidos neste Regulamento Geral para a intervenção no Conselho Seccional.
Art. 114. Os Conselhos Seccionais definem nos seus Regimentos Internos a composição, o
modo de eleição e o funcionamento dos Tribunais de Ética e Disciplina, observados os
procedimentos do Código de Ética e Disciplina.
Ver Código de Ética e Disciplina; Provimento nº 83/96 – Processos éticos de representação
por advogado contra advogado.
§ 1º Os membros dos Tribunais de Ética e Disciplina, inclusive seus Presidentes, são eleitos
na primeira sessão ordinária após a posse dos Conselhos Seccionais, dentre os seus
integrantes ou advogados de notável reputação ético-profissional, observados os mesmos
requisitos para a eleição do Conselho Seccional.
§ 2º O mandato dos membros dos Tribunais de Ética e Disciplina tem a duração de três anos.
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Art. 121. As Caixas de Assistência dos Advogados são criadas mediante aprovação e registro
de seus estatutos pelo Conselho Seccional.
Art. 122. O estatuto da Caixa define as atividades da Diretoria e a sua estrutura
organizacional.
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Art. 128. O Conselho Seccional, até sessenta dias antes do dia 15 de novembro do último ano
do mandato, convocará os advogados inscritos para a votação obrigatória, mediante edital
resumido, publicado na imprensa oficial, do qual constarão, dentre outros, os seguintes itens:
(NR)
I – dia da eleição, na segunda quinzena de novembro, dentro do prazo contínuo de oito horas,
com início fixado pelo Conselho Seccional;
II – prazo para o registro das chapas, na Secretaria do Conselho, até trinta dias antes da
votação;
III – modo de composição da chapa, incluindo o número de membros do Conselho Seccional;
IV – prazo de três dias úteis, tanto para a impugnação das chapas quanto para a defesa, após o
encerramento do prazo do pedido de registro (item II), e de cinco dias úteis para a decisão da
Comissão Eleitoral;
V – nominata dos membros da Comissão Eleitoral escolhida pela Diretoria;
VI – locais de votação;
VII – referência a este capítulo do Regulamento Geral, cujo conteúdo estará à disposição dos
interessados.
§ 1º O edital define se as chapas concorrentes às Subseções são registradas nestas ou na
Secretaria do próprio Conselho.
§ 2º Cabe aos Conselhos Seccionais promover ampla divulgação das eleições, em seus meios
de comunicação, não podendo recusar a publicação, em condições de absoluta igualdade, do
programa de todas as chapas. (NR)
§ 3º Mediante requerimento escrito de candidato devidamente registrado, o Conselho
Seccional ou a Subseção fornecerão, em 72 (setenta e duas) horas, listagem atualizada com
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nome e endereço, inclusive endereço eletrônico, dos advogados. (NR. Parágrafo com
alteração publicada no DJ de 09.12.2005, p. 664, S. 1)
§ 4º A listagem a que se refere o parágrafo 3º será fornecida mediante o pagamento das taxas
fixadas pelo Conselho Seccional, não se admitindo mais de um requerimento por chapa
concorrente.
Art. 129. A Comissão Eleitoral é composta de cinco advogados, sendo um Presidente, que
não integrem qualquer das chapas concorrentes.
§ 1º A Comissão Eleitoral utiliza os serviços das Secretarias do Conselho Seccional e das
subseções, com o apoio necessário de suas Diretorias, convocando ou atribuindo tarefas aos
respectivos servidores.
§ 2º No prazo de cinco dias úteis, após a publicação do edital de convocação das eleições,
qualquer advogado pode argüir a suspeição de membro da Comissão Eleitoral, a ser julgada
pelo Conselho Seccional.
§ 3º A Comissão Eleitoral pode designar Subcomissões para auxiliar suas atividades nas
subseções.
§ 4º As mesas eleitorais são designadas pela Comissão Eleitoral.
§ 5º A Diretoria do Conselho Seccional pode substituir os membros da Comissão Eleitoral
quando, comprovadamente, não estejam cumprindo suas atividades, em prejuízo da
organização e da execução das eleições.
Art. 130. Contra decisão da Comissão Eleitoral cabe recurso ao Conselho Seccional, no prazo
de quinze dias, e deste para o Conselho Federal, no mesmo prazo, ambos sem efeito
suspensivo.
Art. 131. São admitidas a registro apenas chapas completas, com indicação dos candidatos
aos cargos de diretoria do Conselho Seccional, de conselheiros seccionais, de conselheiros
federais, de diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados e de suplentes, se houver, sendo
vedadas candidaturas isoladas ou que integrem mais de uma chapa.
§ 1º O requerimento de inscrição, dirigido ao Presidente da Comissão Eleitoral, é subscrito
pelo candidato a Presidente, contendo nome completo, nº de inscrição na OAB e endereço
profissional de cada candidato, com indicação do cargo a que concorre, acompanhado das
autorizações escritas dos integrantes da chapa.
§ 2º Somente integra chapa o candidato que, cumulativamente:
a) seja advogado regularmente inscrito na respectiva Seccional da OAB, com inscrição
principal ou suplementar;
b) esteja em dia com as anuidades;
c) não ocupe cargos ou funções incompatíveis com a advocacia, referidos no art. 28 do
Estatuto, em caráter permanente ou temporário, ressalvado o disposto no art. 83 da mesma
Lei;
d) não ocupe cargos ou funções dos quais possa ser exonerável ad nutum, mesmo que
compatíveis com a advocacia;
e) não tenha sido condenado por qualquer infração disciplinar, com decisão transitada em
julgado, salvo se reabilitado pela OAB;
f) exerça efetivamente a profissão, há mais de cinco anos, excluído o período de estagiário,
sendo facultado à Comissão Eleitoral exigir a devida comprovação;
g) não esteja em débito com a prestação de contas ao Conselho Federal, no caso de ser
dirigente do Conselho Seccional.
§ 3º A Comissão Eleitoral publica no quadro de avisos das Secretarias do Conselho Seccional
e das subseções a composição das chapas com registro requerido, para fins de impugnação por
qualquer advogado inscrito.
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Art. 137-A. A eleição dos membros da Diretoria do Conselho Federal será realizada às 19
horas do dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da eleição nas Seccionais. (NR. Artigo com
redação dada pela Resolução Nº 01/2006, DJ 04.09.2006, p. 775, S 1)
§ 1º Comporão o colégio eleitoral os Conselheiros Federais eleitos no ano anterior, nas
respectivas Seccionais.
§ 2º O colégio eleitoral será presidido pelo mais antigo dos Conselheiros Federais eleitos, e,
em caso de empate, o de inscrição mais antiga, o qual designará um dos membros como
Secretário.
§ 3º O colégio eleitoral reunir-se-á no Plenário do Conselho Federal, devendo os seus
membros ocupar as bancadas das respectivas Unidades federadas.
§ 4º Instalada a sessão, com a presença da maioria absoluta dos Conselheiros Federais eleitos,
será feita a distribuição da cédula de votação a todos os eleitores, incluído o Presidente.
§ 5º As cédulas serão rubricadas pelo Presidente e pelo Secretário-Geral e distribuídas entre
todos os membros presentes.
§ 6º O colégio eleitoral contará com serviços de apoio de servidores do Conselho Federal,
especificamente designados pela Diretoria.
§ 7º As cédulas deverão ser recolhidas mediante o chamamento dos representantes de cada
uma das Unidades federadas, observada a ordem alfabética, devendo ser depositadas em urna
colocada na parte central e à frente da mesa, após o que o eleitor deverá assinar lista de
freqüência, sob guarda do Secretário-Geral.
§ 8º Imediatamente após a votação, será feita a apuração dos votos por comissão de três
membros, designada pelo Presidente, dela não podendo fazer parte eleitor da mesma Unidade
federada dos integrantes das chapas.
§ 9º Será proclamada eleita a chapa que obtiver a maioria simples do colegiado, presente
metade mais um dos eleitores.
§ 10. No caso de nenhuma das chapas atingir a maioria indicada no § 9º, haverá outra votação,
na qual concorrerão as duas chapas mais votadas, repetindo-se a votação até que a maioria
seja atingida.
§ 11. Proclamada a chapa eleita, será suspensa a reunião para a elaboração da ata, que deverá
ser lida, discutida e votada, considerada aprovada se obtiver a maioria de votos dos presentes.
As impugnações serão apreciadas imediatamente pelo colégio eleitoral. (NR)
Art. 137-B. Os membros do colegiado tomarão posse para o exercício do mandato trienal de
Conselheiro Federal, em reunião realizada no Plenário, presidida pelo Presidente do Conselho
Federal, após prestarem o respectivo compromisso. (NR. Artigo com redação dada pela
Resolução Nº 01/2006, DJ 04.09.2006, p. 775, S 1)
Art.137-C. Na ausência de normas expressas no Estatuto e neste Regulamento, ou em
Provimento, aplica-se, supletivamente, no que couber, a legislação eleitoral. (NR. Artigo com
redação dada pela Resolução Nº 01/2006, DJ 04.09.2006, p. 775, S 1)
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Art. 141. Se o relator da decisão recorrida também integrar o órgão julgador superior, fica
neste impedido de relatar o recurso.
Art. 142. Quando a decisão, inclusive dos Conselhos Seccionais, conflitar com orientação de
órgão colegiado superior, fica sujeita ao duplo grau de jurisdição.
Art. 143. Contra decisão do Presidente ou da Diretoria da Subseção cabe recurso ao Conselho
Seccional, mesmo quando houver conselho na Subseção.
Art. 144. Contra a decisão do Tribunal de Ética e Disciplina cabe recurso ao plenário ou
órgão especial equivalente do Conselho Seccional.
Parágrafo único. O Regimento Interno do Conselho Seccional disciplina o cabimento dos
recursos no âmbito de cada órgão julgador.
Art. 144-A. Para a formação do recurso interposto contra decisão de suspensão preventiva de
advogado (art. 77, Lei nº 8.906/94), dever-se-á juntar cópia integral dos autos da
representação disciplinar, permanecendo o processo na origem para cumprimento da pena
preventiva e tramitação final, nos termos do artigo 70, § 3º, do Estatuto.
Art. 145. A Conferência Nacional dos Advogados é órgão consultivo máximo do Conselho
Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato, tendo por objetivo o estudo e
o debate das questões e problemas que digam respeito às finalidades da OAB e ao
congraçamento dos advogados.
§ 1º As Conferências dos Advogados dos Estados e do Distrito Federal são órgãos consultivos
dos Conselhos Seccionais, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato.
§ 2º No primeiro ano do mandato do Conselho Federal ou do Conselho Seccional, decidem-se
a data, o local e o tema central da Conferência.
§ 3º As conclusões das Conferências têm caráter de recomendação aos Conselhos
correspondentes.
Art. 146. São membros das Conferências:
I – efetivos: os Conselheiros e Presidentes dos órgãos da OAB presentes, os advogados e
estagiários inscritos na Conferência, todos com direito a voto;
II – convidados: as pessoas a quem a Comissão Organizadora conceder tal qualidade, sem
direito a voto, salvo se for advogado.
§ 1º Os convidados, expositores e membros dos órgãos da OAB têm identificação especial
durante a Conferência.
§ 2º Os estudantes de direito, mesmo inscritos como estagiários na OAB, são membros
ouvintes, escolhendo um porta-voz entre os presentes em cada sessão da Conferência.
Art. 147. A Conferência é dirigida por uma Comissão Organizadora, designada pelo
Presidente do Conselho, por ele presidida e integrada pelos membros da Diretoria e outros
convidados.
§ 1º O Presidente pode desdobrar a Comissão Organizadora em comissões específicas,
definindo suas composições e atribuições.
§ 2º Cabe à Comissão Organizadora definir a distribuição do temário, os nomes dos
expositores, a programação dos trabalhos, os serviços de apoio e infra-estrutura e o regimento
interno da Conferência.
Art. 148. Durante o funcionamento da Conferência, a Comissão Organizadora é representada
pelo Presidente, com poderes para cumprir a programação estabelecida e decidir as questões
ocorrentes e os casos omissos.
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Art. 151. Os órgãos da OAB não podem se manifestar sobre questões de natureza pessoal,
exceto em caso de homenagem a quem tenha prestado relevantes serviços à sociedade e à
advocacia.
Parágrafo único. As salas e dependências dos órgãos da OAB não podem receber nomes de
pessoas vivas ou inscrições estranhas às suas finalidades, respeitadas as situações já existentes
na data da publicação deste Regulamento Geral.
Art. 152. A “Medalha Rui Barbosa” é a comenda máxima conferida pelo Conselho Federal às
grandes personalidades da advocacia brasileira.
Parágrafo único. A Medalha só pode ser concedida uma vez, no prazo do mandato do
Conselho, e será entregue ao homenageado em sessão solene.
Art. 153. Os estatutos das Caixas criadas anteriormente ao advento do Estatuto serão a ele
adaptados e submetidos ao Conselho Seccional, no prazo de cento e vinte dias, contado da
publicação deste Regulamento Geral.
Art. 154. Os Provimentos editados pelo Conselho Federal complementam este Regulamento
Geral, no que não sejam com ele incompatíveis.
Ver Provimento nº 26/66 – Obrigatoriedade de publicação local dos provimentos pelas
Seccionais.
Parágrafo único. Todas as matérias relacionadas à Ética do advogado, às infrações e sanções
disciplinares e ao processo disciplinar são regulamentadas pelo Código de Ética e Disciplina.
Art. 155. Os Conselhos Seccionais, até o dia 31 de dezembro de 2007, adotarão os
documentos de identidade profissional na forma prevista nos artigos 32 a 36 deste
Regulamento. (NR. Resolução Nº 2/2007. DJ 19.09.2006, p. 804, S 1)
§ 1º Os advogados inscritos até a data da implementação a que se refere o caput deste artigo
deverão substituir os cartões de identidade até 31 de dezembro de 2007. (NR. Resolução Nº
2/2007. DJ 19.09.2006, p. 804, S 1)
§ 2º Facultar-se-á ao advogado inscrito até 31 de dezembro de 1997 o direito de usar e
permanecer exclusivamente com a carteira de identidade, desde que, até 31 de dezembro de
1999, assim solicite formalmente.
§ 3º O pedido de uso e permanência da carteira de identidade, que impede a concessão de uma
nova, deve ser anotado no documento profissional, como condição de sua validade.
§ 4º Salvo nos casos previstos neste artigo, findos os prazos nele fixados, os atuais
documentos perderão a validade, mesmo que permaneçam em poder de seus portadores.
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Art. 156. Os processos em pauta para julgamento das Câmaras Reunidas serão apreciados
pelo Órgão Especial, a ser instalado na primeira sessão após a publicação deste Regulamento
Geral, mantidos os relatores anteriormente designados, que participarão da respectiva votação.
Art. 157. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente os Provimentos de nºs 1, 2,
3, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24, 25, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33,
34, 35, 36, 38, 39, 40, 41, 46, 50, 51, 52, 54, 57, 59, 60, 63, 64, 65, 67 e 71, e o Regimento
Interno do Conselho Federal, mantidos os efeitos das Resoluções nºs 01/94 e 02/94.
Art. 158. Este Regulamento Geral entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em Brasília, 16 de outubro e 6 de novembro de 1994.
JOSÉ ROBERTO BATOCHIO
Presidente
PAULO LUIZ NETTO LÔBO
Relator
[Comissão Revisora: Conselheiros Paulo Luiz Netto Lôbo (AL) – Presidente; Álvaro Leite
Guimarães (RJ); Luiz Antônio de Souza Basílio (ES); Reginaldo Oscar de Castro (DF);
Urbano Vitalino de Melo Filho (PE)]
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1. Direitos do advogado
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c) O advogado não tem imunidade profissional em razão de manifestação nos autos judiciais
em nome de seu cliente.
d) O desagravo público é instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia e
sua concessão não depende da concordância do advogado ofendido nem pode ser por este
dispensado, devendo ser efetuado a exclusivo critério do conselho.
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8. (OAB/RJ – 28.º) Pedro Ribeiro, advogado com domicílio profissional na cidade do Rio
de Janeiro e inscrito apenas na OAB/RJ, quer propor uma ação cível para seu cliente na
Comarca de Bom Jesus do Norte, Estado do Espírito Santo. O que é necessário para
fazê-lo?
a) Pedro Ribeiro terá que promover uma inscrição suplementar na OAB/ES.
b) Pedro Ribeiro terá que transferir sua inscrição para a OAB/ES.
c) Pedro Ribeiro não fará nenhuma inscrição na OAB/ES, mas fica obrigado a comunicar à
OAB/ES sua intervenção profissional naquele Estado.
d) Pedro Ribeiro pode propor aquela ação no Estado do Espírito Santo, sem necessidade de
inscrição ou comunicação à OAB/ES.
11. (OAB/RJ – 32.º)Um advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ, foi contratado por
uma empresa em São Paulo, para representá-la em diversas ações judiciais em curso
naquele estado.
Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta acerca da situação
daquele advogado junto à OAB-SP e quanto ao exercício da advocacia.
a) O advogado deverá comunicar à OAB-SP sua intervenção profissional naquele estado, não
devendo, entretanto, promover nenhuma inscrição na OAB-SP.
b) O advogado pode representar a empresa no estado de São Paulo, sem necessidade de
promover qualquer inscrição e nem de comunicar a OAB-SP sua intervenção.
c) O advogado deverá promover uma inscrição suplementar na OAB-SP.
d) O advogado deverá transferir sua inscrição para a OAB-SP.
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3. Sociedade de advogados
1. (OAB/RJ – 28.º) Qual dos requisitos abaixo não deve constar do Contrato Social de
uma Sociedade de Advogados?
a) O prazo de duração da sociedade.
b) O valor do capital social da sociedade.
c) A proibição dos sócios de advogarem fora da sociedade (por conta própria).
d) A responsabilidade limitada dos sócios pelos danos causados aos clientes.
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4. Advogado empregado
1. (OAB/MG – 2006.3) Sobre a relação de emprego que tenha por objeto a prestação de
serviços advocatícios, marque a alternativa que esteja INCORRETA:
a) A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a
independência profissional inerentes à advocacia.
b) O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse
pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego.
c) O salário mínimo profissional do advogado poderá ser fixado em sentença normativa, ou
ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
d) As horas extras trabalhadas pelo advogado são remuneradas por um adicional não inferior a
cinqüenta por cento (50%) sobre o valor da hora normal.
3. (OAB/RJ – 32.º) No que diz respeito aos direitos do advogado empregado, assinale a
opção correta.
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a) As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia
seguinte serão remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de 25%.
b) As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional
não superior a 100% sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
c) O advogado empregado está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse
pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego.
d) O salário mínimo profissional do advogado será fixado por lei estadual.
5. Honorários
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5. (OAB/MG – 2006.3) Caius Iulius Caesar, advogado inscrito na Ordem dos Advogados
do Brasil, Seção Minas Gerais, foi eleito para o cargo de Deputado Estadual, razão pela
qual:
a) poderá continuar a exercer normalmente a advocacia, não havendo qualquer impedimento
ou incompatibilidade.
b) poderá continuar a exercer a advocacia, mas estará impedido de litigar contra ou a favor
das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedade de economia mista,
fundações públicas, entidades paraestatais.
c) deverá pedir a licença de sua inscrição durante o exercício do mandato, já que a função de
membro do Poder Legislativo é incompatível com o exercício da advocacia.
d) deverá pedir o cancelamento de sua inscrição, já que a função de membro do Poder
Legislativo é incompatível com o exercício da advocacia.
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7. (OAB/SP – 121º) O advogado que vier a ser declarado por sentença judicial insolvente
e, consequentemente, impedido de administrar os seus bens e dele dispor:
a) estará parcialmente impedido de exercer as atividades da advocacia.
b) estará totalmente impedido de exercer as atividades da advocacia.
c) poderá exercer normalmente as atividades da advocacia.
d) fica incompatibilizado para o exercício da advocacia.
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d)Em caso de lide temerária, o advogado não será solidariamente responsável com seu cliente,
ainda que coligado com este para lesar a parte contrária, o que deve ser apurado em ação
própria.
8. Sanções e infrações
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a) O advogado que incide reiteradamente em erros que evidenciam inépcia profissional estará
sujeito a uma advertência cumulada com a obrigatoriedade de participação em cursos de
aperfeiçoamento nas escolas superiores da advocacia da respectiva Seccional da OAB.
b) O advogado que incide reiteradamente em erros que evidenciam inépcia profissional estará
sujeito a pena de censura cumulada com multa.
c) O advogado que incide reiteradamente em erros que evidenciam inépcia profissional estará
sujeito, além de uma pena de suspensão, a ter que fazer nova prova de habilitação profissional
junto à OAB, para poder voltar ao exercício da advocacia.
d) O advogado que incide reiteradamente em erros que evidenciam inépcia profissional estará
sujeito unicamente a uma pena de suspensão, que pode variar de trinta dias a doze meses,
podendo voltar a advogar ao término da pena.
6. (OAB/RJ – 28.º) Paulo Teixeira, advogado inscrito na OAB/RJ, foi punido com uma
pena de suspensão de 90 (noventa) dias. Durante o período da suspensão foi constituído
pelo autor e ingressou no juízo cível com uma ação possessória, assinando a respectiva
petição inicial. Qual a resposta correta?
a) Por ser advogado, o ato processual praticado por Paulo Teixeira é válido, porém será ele
novamente punido pela OAB/RJ por descumprir a pena de suspensão que lhe fora aplicada.
b) O ato processual praticado por Paulo Teixeira é anulável.
c) O ato processual praticado por Paulo Teixeira é anulável e poderá ele ser novamente
punido pela OAB/RJ, por descumprir a pena de suspensão.
d) O ato processual praticado por Paulo Teixeira é nulo.
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6. (OAB/SP – 114º) O art. 51, incisos I e II e seu §1º, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da
Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil), estabelece a composição do Conselho
Federal. Cada delegação apta a votar nas reuniões ordinária e extraordinária é
formada:
a) por um conselheiro federal.
b) por três conselheiros federais.
c) por dois conselheiros federais.
d) pelo Colégio de Presidente das Seccionais.
7. (OAB/MG – 2005.2) Sobre a Ordem dos Advogados do Brasil, seus fins e sua
organização, marque a alternativa INCORRETA:
a) A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou
hierárquico.
b) A OAB, por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus
bens, rendas e serviços.
c) O Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com sede na capital da
República, é o órgão supremo da OAB.
d) As subseções são diretorias do Conselho Seccional, na forma da Lei n. 8.906/94.
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Ética Profissional e Estatuto da OAB
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9. (OAB/SP – 114º) A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, é serviço público, dotada
de personalidade jurídica e forma federativa (art. 44 do EAOAB). Com relação a seus
bens, rendas e serviços:
a) goza de imunidade tributária em nível federal.
b) tem imunidade tributária dependente do recolhimento em cada Estado onde existir
Seccional.
c) goza de imunidade tributária total.
d) como outras entidades corporativas, recolhe normalmente todos os seus tributos.
11. (OAB/DF – 2006.3) Sobre o Conselho Federal da OAB, é correto afirmar que:
a) é competente para criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados;
b) é competente para decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários
nas Seccionais;
c) é competente para editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e
os Provimentos que julgar necessário;
d) é competente para fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e
multas dos advogados e estagiários.
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15. (OAB/SP – 122º) As questões que envolvam dúvidas e pendências entre advogados
serão mediadas e conciliadas:
a) pela Comissão de Prerrogativas do exercício profissional.
b) pelas Comissões de Ética e Disciplina das Subseções.
c) pelo Tribunal de Ética e Disciplina.
d) pelas Câmaras Recursais de Ética e Disciplina do Conselho Seccional.
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11. (OAB/SP – 123º) O crime infamante, que justifica a exclusão do advogado do quadro
de inscritos na OAB, será assim considerado:
a) em virtude da gravidade da condenação penal.
b) quando se tratar de crimes contra a vida.
c) quando se tratar de crimes hediondos legalmente tipificados.
d) quando acarreta para o seu autor a desonra, a indignidade e a má fama.
15. (OAB/DF – 2006.3) Sobre o processo disciplinar na OAB, é correto afirmar que:
a) o Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição principal pode
suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia,
depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a comparecer, salvo se
não atender à notificação. Nesse caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo
máximo de noventa dias;
b) a decisão condenatória irrecorrível deve ser imediatamente comunicada aos órgãos da OAB
(Conselho Federal, Conselho Seccional, Subseções e Caixa de Assistência) para constar dos
respectivos assentamentos;
c) o poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao
Conselho Federal, salvo se a falta for cometida no âmbito da Subseção, quando, então, esta
poderá punir o advogado inscrito em seus quadros;
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1. (OAB/RJ – 28.º) Qual das hipóteses abaixo fere disposição expressa do Código de
Ética e Disciplina da OAB?
a) No curso de um processo cível, o advogado do autor entra em contato com o advogado do
réu, objetivando um acordo para pôr fim àquele processo.
b) Um Desembargador aposentado voltou a exercer a advocacia e publicou pequeno anúncio
num jornal de grande circulação, no qual incluiu, além de seu nome e número de inscrição na
OAB, a condição de Desembargador aposentado.
c) Um advogado, empregado de uma empresa privada, se recusa a patrocinar uma causa
daquela empresa, por considerar ilícita tal causa.
d) O advogado do autor de uma ação cível em andamento desistiu do patrocínio da mesma e
notificou sua renúncia ao cliente, recusando-se, porém, a revelar o motivo de sua renúncia.
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Ética Profissional e Estatuto da OAB
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c) o advogado pode fazer anúncio dos seus serviços com fotos, ilustrações, cores, figuras,
desenhos, logotipos, marcas e símbolos do seu escritório, inclusive com os símbolos oficiais e
dos que sejam utilizados pela Ordem dos Advogados do Brasil;
d) o advogado poderá, se assim o desejar, fazer referências, na publicidade do seu escritório, a
valores dos serviços, tabelas, gratuidade ou forma de pagamento, termos que possam captar
causas ou clientes.
6. (OAB/CESPE-UnB – 2006.2)De acordo com o Código de Ética da OAB e com a Lei n.º
8.906/1994, assinale a opção correta.
a) O anúncio dos serviços do advogado pode ser feito utilizando-se apenas o apelido pelo qual
ele é conhecido, não sendo exigido que se mencione o nome completo.
b) O anúncio dos serviços do advogado pode ser feito por meio de publicidade ou propaganda
em televisão ou rádio, desde que realizado com discrição e de forma moderada.
c) Presumem-se confidenciais as comunicações epistolares entre advogado e cliente, que não
podem, portanto, ser reveladas a terceiros.
d) A celebração de convênio para prestação de serviços jurídicos com redução dos valores
estabelecidos na tabela de honorários não corresponde a captação de clientes ou causa, salvo
se as condições peculiares da necessidade e dos carentes o exigirem, e não há necessidade de
prévia demonstração perante o Tribunal de Ética e Disciplina.
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13. Gabarito
1. Direitos do advogado
1.b / 2.c / 3.d / 4.b / 5.b / 6.a / 7.b / 8.c / 9.d.
3. Sociedade de advogados
1.d / 2.b / 3.a / 4.d / 5.d / 6.a / 7.d / 8.a / 9.c / 10.d / 11.a.
4. Advogado empregado
1.d / 2.c / 3.a / 4.a.
5. Honorários
1.d / 2.b / 3.c / 4.d / 5.c / 6.b / 7.d.
8. Sanções e infrações
1.b / 2.b / 3.d / 4.c / 5.b / 6.d / 7.c / 8.c / 9.b / 10.d / 11.a.
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