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SUMÁRIO
5Convenções ................................................................................................................................ 19
6MATERIAIS UTILIZADOS NA SOLDAGEM DE PVC, EXECUÇÃO DE JUNTA ELÁSTICA E NA VEDAÇÃO DAS ROSCAS
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2
6.3.3 Emprego ....................................................................................................................................... 20
11.1 Vantagens.............................................................................................................................................. 31
11.1.1Execução de reparos.............................................................................................................................. 31
12.3.1 Apresentação................................................................................................................................ 34
12.3.2 Limpeza......................................................................................................................................... 37
3
12.3.3 INSTALAR TORNEIRA DE BÓIA ...................................................................................................... 37
14 .................................................................................................................................... REGISTROS 40
17 ............................................................................................................................... HIDRÔMETRO 42
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27 .............................................................................................................. DISPOSITIVOS SANITÁRIOS 51
1 HISTÓRIA DO PVC
A história do PVC iniciou-se em 1835, quando Regnault descobriu o cloreto de vinila, monômero do
qual o PVC é produzido. A primeira menção ao PVC foi feita em 1872 por Baumann, quando ele descreveu a
formação de um pó branco resultante da ação da luz solar sobre uma ampola de cloreto de vinila (em estado
gasoso) -a reação de polimerização do cloreto de vinila. Entretanto, excetuando-se estas duas referências,
não houve, até o final do século XIX, interesse pelo cloreto de vinila ou pelo PVC.
Em 1912, Klatte patenteou a obtenção do cloreto de vinila a partir da reação entre acetileno (C2H2) e ácido
clorídrico (HCl) na presença de catalisador de cloreto de mercúrio.
A produção industrial foi iniciada na Alemanha em 1931 e no fim da década de 30 nos Estados Unidos, pela
Union Carbide e pela Bf Goodrich.
TUBOS DE PVC
1.1 APRESENTAÇÃO
Os tubos e conexões de PVC rígido para instalações prediais de água fria são produzidos de acordo com a
NBR 5648 (Norma Brasileira).
Os tubos e conexões de PVC rígido para instalações prediais de esgoto são produzidos de acordo com a
NBR 5688 (Norma Brasileira).
O PVC ou cloreto de polivinila é uma resina sintética que se apresenta sobre forma de pó branco, fino,
transformado, nas máquinas de extrusão em tubos e nas de injeção em conexões.
Nas linhas hidráulicas e sanitárias existe uma gama completa de tubos e conexões que permite executar
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instalações de água pluviais e esgoto. Os tubos de PVC são leves (peso específico 1,4g/cm ) o que permite
facilidades no transporte e manuseio.
Devido as suas paredes espelhadas e livres de corrosão, o PVC proporciona maior vazão e menor perda de
carga.
-Conexões azuis com bucha de latão (saídas de 1/2" e 3/4") para pontos de consumo onde pretende-se
instalar peças metálicas.
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1.2.2 Características (roscável)
-Cor branca (tubos e conexões).
-Diâmetros (bitolas) de ½´´, ¾´´, 1´´, 1 ¼´´, 1 ½´´ , 2´´, 2 ½´´, 3´´ e 4´´ (polegada).
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-Pressão máxima de serviço é de 7,5 kgf/cm (75 m.c.a. /metros de coluna d’água ou 750 kPa).
-Conexões azuis com bucha de latão (saídas de 1/2" e 3/4") para pontos de consumo onde pretende-se
instalar peças metálicas.
Fig. 01 Fig. 02
Características
-Cor branca.
-Diâmetros (bitolas) 40, 50, 75, 100 e 150mm (milímetros).
-Diâmetro DN40 – junta soldável.
-Diâmetro DN50 a DN150 – junta soldável ou elástica (com anel de borracha).
-Tubos (barras de 3 e 6 metros).
-Projetados para trabalhar como conduto livre (sem pressão).
Fig. 03
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1.4.1 DESCARREGAMENTO
O baixo peso dos tubos facilita seu descarregamento e manuseio. Não use métodos violentos no
descarregamento, como, por exemplo, o lançamento dos tubos ao solo.
Fig. 09 Fig. 10
1.4.2 ESTOCAGEM
Os tubos devem ser estocados o mais próximo possível do ponto da utilização.
O local destinado ao armazenamento deve ser plano e bem nivelado, para evitar
deformação permanente nos tubos.
Fig. 11 Fig. 12
Os tubos e as conexões estocados deverão ficar protegidos do sol. Deve-se evitar a formação de pilhas
altas, que ocasionam ovulação nos tubos da camada inferior.
Fig. 13 Fig. 14
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TUBOS
TUBOS ROSQUEÁVEIS
SOLDÁVEIS
mm mm polegada mm mm
32 2,1 1” 33 3,2
Para fazer uma instalação hidráulica, você precisa primeiro conhecer os cincos importantes “fenômenos” que
ocorrem com a água, que são: Pressão, Vazão, Velocidade, Perda de carga e Golpe de aríete.
2.1 PRESSÃO
Pressão é uma força aplicada sobre uma área. Em outras palavras, a pressão numa tubulação é a altura da
coluna de água aplicada num determinado ponto.
Fig.15
Pressão estática: é a pressão medida quando a água está parada, sem movimentar nas tubulações.
Pressão dinâmica: é a pressão medida quando a água está em movimento nas tubulações.
A Rede de Distribuição de Água Fria deve ter em qualquer dos seus pontos:
Pressão estática máxima: 400 kPa (40 mca) Pressão dinâmica mínima: 5 kPa (0,5 mca)
O valor mínimo de 5 kPa (0,5mca) da pressão dinâmica tem por objetivo fazer que o ponto crítico da rede de
distribuição (em geral, o ponto de ligação do barrilete com a coluna) tenha sempre uma pressão positiva.
Quanto à pressão estática, não pode ser superior a 400 kPa (40 mca) em nenhum ponto da rede. Essa
precaução é tomada visando limitar a pressão e a velocidade da água em função de: ruído, golpe da aríete,
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manutenção e limite de pressão nas tubulações e nos aparelhos de consumo. Dessa maneira, não se deve
ter mais de treze pavimentos convencionais (pé-direito de 3 m x 13 = 39m), abastecidos diretamente pelo
reservatório superior, sem a devida proteção do sistema.
A NBR 5626/98 preconiza: “A abertura de qualquer peça de utilização não pode provocar queda de pressão
(subpressão) tal que a pressão instantânea no ponto crítico da instalação fique inferior a 5 kPa (0,5 mca).
Eventuais sobrepressões, devidas, por exemplo ao fechamento de válvula de descarga, podem ser
admitidas desde que se limitem ao máximo de 200 kPa (20 m.c.a).
Por conseguinte, admitindo uma situação limite, com pressão dinâmica máxima de 400 kPa (40 mca),
havendo a sobrepressão de fechamento de válvula de descarga, também em seu limite máximo, 200 kPa
(20 mca), teremos um total máximo de 600 kPa (60 mca), inferior ao valor máximo da pressão para
tubulações prediais de água fria exigida pela NBR 5678/77, igual a 750 kPa (75 mca).
Nota: Este conceito de pressão máxima é de suma importância para o correto dimensionamento das
tubulações. Nota-se que a utilização de tubulações fora de norma e/ou de fornecedores desconhecidos
coloca em risco a sua instalação. Observe-se, também, que o conceito de pressão máxima independe do
tipo de tubulação a ser empregado. A utilização de tubos galvanizados ou de cobre, sob a premissa de
serem “mais fortes” e, portanto, “resistente a maiores pressões”, não tem sentido prático, pois todas as
tubulações independentemente do seu material, devem obedecer ao mesmo limite máximo de pressão.
Pa 4. Pascal
atm 7. atmosfera
Equivalências Aproximadas
2
1Kgf/cm =1 atm
2
1Kgf/cm =10 m.c.a
2 2
1Kgf/cm =14,2 Lbf/pol (psi)
2
1Kgf/cm = 98.100 Pa = 0,1 Mpa (Megapascal)
Fig.16
10
Fig.17
Você pode observar que pressão hidráulica é uma determinada força (altura do ponto até a caixa d’água)
exercida sobre uma área (largura do tubo).
Fig. 20 Fig. 21
2.2 VAZÃO
É o volume de água que passa no diâmetro de um tubo em um determinado tempo. As unidades de vazão
mais utilizadas são:
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• m /s Metro cúbico por segundo
2.3 VELOCIDADE
É o tempo gasto para a água passar pelo tubo. Ela depende do diâmetro do tubo e
da pressão da água, que promovem maior ou menor vazão num determinado
intervalo de tempo.
Logo, num mesmo intervalo de tempo a caixa da situação 2 ficou mais cheia.
Unidade velocidade:
Utilizar tubos de menos rugosidade interna. Evitar muitos desvios nas tubulações.
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Maior perda de carga Menor perda de carga
Existe um fenômeno em hidráulica conhecido por “golpe de aríete”. Antes de falarmos, porém, sobre este
assunto, convêm que saibamos sobre a origem desse nome.
O nome “golpe de aríete” provém de uma antiga arma de guerra, formada por um tronco, com uma peça de
bronze semelhante a uma cabeça de carneiro numa das extremidades, que era usada para golpear portas e
muralhas, arrombando-as.
Nas instalações hidráulicas ocorre um fenômeno semelhante quando a água, ao descer com velocidade
elevada pela tubulação, é bruscamente interrompida, ficando os equipamentos das instalações sujeitas a
golpes de grande intensidade (elevação de pressão).
Explicando: se um líquido, ao passar por uma calha, tiver sua corrente bruscamente interrompida, seu nível
subirá rapidamente, passando a escorrer pelos lados. Se tal fenômeno for observado dentro de um tubo, o
líquido, não tendo por onde sair, provocará um aumento de pressão contra as paredes do tubo, causando
sérias consequências na instalação.
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2-Uma vez aberta a válvula, a água
se reduzem ao mínimo.
3-Com o rápido fechamento da válvula ocorre a interrupção brusca do fluxo. Tal procedimento provoca
violento impacto sobre a válvula e outros acessórios, bem como vibrações e fortes pressões que tendem a
dilatar o tubo.
SEM ESCALA
ISOMÉTRICO: WC SOCIAL
ISOMÉTRICO: COZINHA
3 TIPOS DE CONEXÕES
São peças de dimensões variadas que servem para emendar tubos em seguimento, para tirar derivações,
para mudar a direção das instalações e para aumentar ou reduzir os diâmetros das mesmas.
São fabricadas de diferentes materiais, como sejam:
-de plástico PVC (rosqueáveis e soldáveis) e CPVC;
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-de ferro galvanizado;
-de ferro fundido;
-de cobre (ou latão).
São grandemente empregadas nas instalações das construções civis, industriais,
navais, etc.
As conexões de plástico são fabricadas de material rígido. Tanto estas quanto os tubos rígidos são muitos
empregados na construção civil.
Chama-se pescoço de uma conexão à parte da mesma onde se encaixa ou se atarraxa um tubo ou uma
outra conexão (niple geralmente).
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Bucha de redução soldável Braçadeira de encaixe Adaptador soldável
longa para tubo soldável Jet 30
Joelho 45º
Joelho 90º Joelho de redução soldável
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Luva soldável Luva de correr Luva de redução para tubo
soldável
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Solução limpadora frasco
plástico
Adaptador auto-ajustável
soldável para
Caixa d’água com borracha
de vedação
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4 Convenções
LR – Conexões com uma bolsa lisa e outra rosqueada.
Observação
A solda rápida deve ser usada em tubos com diâmetros de até 50mm. Para tubos com
diâmetros acima de 50mm, deve-se usar a solda lente.
Observações
As tubulações feitas com solda plástica devem ser colocadas em serviço apenas após 12
horas.
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4.3 LIXA
A lixa é constituída de material abrasivo, granulado, aglutinado sobre papel ou tecido. Serve
para o polimento de peças. Apresenta-se para o uso em forma de fitas, folhas retangulares ou
discos.
O aglomerante, ao qual é aplicada a granulação abrasiva, é uma cola animal ou vegetal, que
liga os grãos uns aos outros e os mesmos à base.
A base, que constitui o suporte comum da granulação abrasiva, pode ser de papel (lixas para
madeira) ou de pano (lixas para metais).
4.3.2 Dimensões
As dimensões comuns das folhas retangulares são: 230 x 280mm, aproximadamente.
4.3.3 Emprego
Os números das lixas mais usadas em trabalho de metal são: nº 60 (meio-grossa); nº 100 e
120 (média); 150 e 180 (final). Em PVC e cobre utiliza-se a nº 320.
4.3.4 Observação
A lixa deve ser conservada em lugar seco, pois a umidade ataca o aglomerante, desagregando
o abrasivo e amolecendo a base.
5 FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS
METRO ARTICULADO
morsa de corrente
Para fixar o tubo gira-se a alavanca de manejo que movimenta os mordentes móveis
comprimindo-o contra os mordentes fixos.
A articulação do tripé, torna-o portátil e seu manejo é muito fácil: ao se fechar uma das pernas,
estará pronto para o transporte.
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5.2 SERRA MANUAL
É uma ferramenta manual composta de um arco de aço ao carbono, onde deve ser montada
uma lâmina de aço rápido ou de aço-carbono, dentada e temperada. A lâmina possui furos em
seus extremos para ser fixada ao arco através de pinos situados nos suportes. O arco tem um
suporte fixo e um suporte móvel, com um corpo cilíndrico e roscado que serve para esticar a
lâmina através de uma porca borboleta.
Fig. 52
A serra manual é usada para cortar materiais, abrir fendas e iniciar ou abrir rasgos.
É provido de um esticador com uma porca borboleta que permite dar tensão à lâmina. Para seu
acionamento, o arco possui um cabo de madeira, plástico ou fibra.
A lâmina de serra é caracterizada: pelo comprimento que é de 10” ou 12”, de centro a centro
dos furos; pela largura da lâmina, que geralmente é de ½”; pelo número de dentes por
polegada (d/1”) que em geral é de 18, 24 e 32d/1”.
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Os dentes das serras possuem travas, que são deslocamentos laterais dados aos dentes em
forma alternada. A tensão da lâmina de serra deve ser dada apenas com as mãos sem
emprego de chaves. Ao terminar o trabalho, deve-se afrouxar a lâmina.
Fig. 54
Existem no comércio chaves nas medidas de 6”, 8”, 10”, 12”, 13”,18”. 24”, 36”, 48” e 60”, cujos
mordentes móveis são graduados em
polegadas, determinando a capacidade de
uso.
6” ¾”
8” 1“
10” 1 ½”
12” 2“
14” 2“
18” 2 ½’”
24” 3”
36” 5”
48” e 60’’ 6”
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6.2 Alicate gasista
É uma ferramenta fabricada de aços especiais. Devido ao sistema de articulação facilita o
trabalho do encanador, com a vantagem de adaptar-se facilmente ao tubo ou à conexão a ser
trabalhada.
• LÁPIS DE CARPINTEIRO
• RÉGUA DE ALUMÍNIO
• ESQUADRO
• TALHADEIRA
• PONTEIRO
• NÍVEL DE BOLHA
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6.5 ROSQUEADEIRAS E TARRAXAS PARA TUBOS
Rosqueadeiras e tarraxas para tubos são ferramentas destinadas a fazer roscas nos tubos
metálicos e plásticos.
Fig. 78
Fig. 79
SERRAR TUBOS
É uma operação que permite cortar tubos utilizando-se a serra. Emprega-se para obter a
medida necessária em instalações elétricas prediais, industriais, hidráulicas e pneumáticas.
Fig. 80
Processo de Execução
Observação
25
Fig. 82
2) O topejamento permite o assentamento correto das conexões.
Observação
Observação
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Verifique se o gancho de segurança se prendeu no corpo da morsa e coloque o pino de
segurança.
b) Gire a alavanca do fuso no sentido horário, abaixando os mordentes superiores, até fixar o
tubo.
Observação
Verifique se o tubo está fixo, segurando-o com uma das mãos e tentando girá-lo.
Observação
NOTA
1) A pressão da serra sobre o material é feita apenas durante o avanço não deve ser
excessiva. No retorno a serra deve correr livremente sobre o material.
2) A serra deve ser usada em todo o seu comprimento e o movimento deve ser feito apenas
com os braços.
Precaução
Fig. 90
b) Observar que o encaixe deve ser bastante justo, quase impraticável sem o adesivo, pois
sem pressão não se estabelece a soldagem.
Fig. 91
Observações
1) Logo após o uso deve-se fechar o recipiente de solução limpadora para evitar a evaporação
do líquido.
2) A solução limpadora remove a gordura deixada pelas mãos e as impurezas deixadas pela
lixa. Tais elementos impedem a ação da solda.
Precaução
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Fig. 92 d) Aplique a solda plástica na bolsa da conexão e na extremidade do tubo.
Fig. 93
NOTA
a) Fixar o tubo, evitando que ele seja ovalizado pela morsa, o que resultaria numa rosca
imperfeita.
Fig. 94
Fig. 95
c) Encaixar o tubo na tarraxa pelo lado da guia, girando 1 volta para a direita e ¼ de volta para
a esquerda, repetindo a operação até obter a rosca no comprimento desejado.
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Fig. 96
d) Fazer a limpeza do tubo e aplicar fita teflon (veda rosca) sobre os filetes, em favor da rosca,
de tal modo que cada volta trespasse a outra em ½ cm, num total de 3 a 4 voltas.
Fig. 97
9 Execução de reparos
a) Para resolver os problemas que ocorrem em pontos localizados nos tubos em instalações já
concluídas, em conseqüência de pequenos acidentes (furos por pregos ou furadeiras), ou
vazamentos em juntas mal executadas, existem no mercado uma conexão chamada luva de
correr que oferecem aos bombeiros hidráulicos facilidade de manutenção.
Fig. 98
30
d) Além disso, a luva de correr pode ser também utilizada em tubulações expostas, que
possuam grandes trechos retos, para corrigir ou prevenir problemas resultantes dos efeitos de
dilatação e contração térmica. Neste caso, devem ser tomadas certas precauções para evitar o
seu deslocamento. A Luva de Correr deve ser fixada para que somente o tubo se movimente.
9.1 Vantagens
-Facilidade de instalação, pois as juntas são soldadas a frio por meio do adesivo
próprio.
-Economia de mão-de-obra, dispensando o uso de ferramentas e equipamentos
sofisticados.
-Resistente a produtos químicos, não sofrendo corrosão.
Fig. 102
Fig. 103
c) A solução de problema com Luvas de Correr dispensa o uso de adesivo, roscas, pois as
luvas possuem anéis de borracha para vedação. O trecho danificado deve ser substituído por
um novo segmento do mesmo tipo de tubo. Use duas Luvas de Correr, uma em cada
extremidade.
Fig.104
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d) Além disso, a luva de correr pode ser também utilizada em tubulações expostas, que
possuam grandes trechos retos, para corrigir ou prevenir problemas resultantes dos efeitos de
dilatação e contração térmica. Neste caso, devem ser tomadas certas precauções para evitar o
seu deslocamento. A Luva de Correr deve ser fixada para que somente o tubo se movimente.
Fig. 105
Vantagens
-Estanqueidade total das juntas tanto soldável quanto elástica (com anel de borracha).
Quando se executa uma instalação hidráulica, elétrica ou pneumática, tem-se que transportar,
do desenho para o local real, as medidas determinadas no projeto.
Processo de Execução
Observação
2) Abra os rasgos.
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a) Inicie os rasgos cortando com martelo e talhadeira, junto às linhas traçadas.
Fig 106
Fig 107
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10.3.1 Apresentação
As caixas d’água de polietileno são produzidas com moderna tecnologia para aplicação como
reservatório de água potável.
Características
-Cor cinza.
-Capacidade de 500 e de 1.000 litros.
Observações
-Toda a sua base deve ser apoiada em superfície plana, rígida e isenta de
irregularidades.
Litros mm mm mm kg
1348 / 670 /
500 / 580 6 7,70 / 16,10 / 23,80 / 603,80
1013 590
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Volumes Larguras Comprimentos Alturas Espessura Pesos
Litros mm mm mm mm kg
Processo de execução
a) Montagem do tirante
É importante que a montagem do tirante que acompanha a Caixa de 1.000 litros seja realizada
antes de enchê-la com água: fixe primeiro uma das extremidades do tirante num dos furos,
indicados por setas, localizados na borda do produto. Com uma pequena pressão, estreite a
borda para que a outra extremidade do tirante se aloje perfeitamente no furo do lado oposto.
Faça uma ligeira pressão na borda para que o tirante alcance o furo do lado oposto e se
encaixe perfeitamente.
b)Assentamento
A Caixa d’Água de polietileno deverá ter toda a área de sua base assentada em superfície
horizontal plana, isenta de qualquer irregularidade. Tenha o cuidado de não colocá-la sobre
pedras, pedaços de madeira, ferro etc., para não danificar o fundo da Caixa. Esta deverá ser
apoiada conforme as ilustrações.
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Importante: Assegure-se de que a superfície de sustentação seja maior do que a base da
Caixa, de modo que esta fique perfeitamente apoiada em toda a sua extensão.
Precaução
d)Tubulação As tubulações de entrada e saída de água deverão estar localizadas nos rebaixos
planos da Caixa d’Água. Segue sugestão de instalação.
Fixação
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a)Tampa
b)Corpo
Se a caixa d’água de polietileno for instalada ao ar livre, em regiões de fortes ventos, perfure
suas aletas laterais de acordo com o desenho, e fixe-a por meio de cabos à base de
assentamento. Faça orifícios de 2 a 6mm de diâmetro e utilize no mínimo 4 cabos.
10.3.2 Limpeza
A caixa d’água possui superfície interna lisa, o que facilita a limpeza, bastando o auxílio de um
pano úmido. Para conservar a qualidade da água, recomenda-se a limpeza a cada 6 meses.
Vantagens
-Leves.
-Fáceis de limpar.
-Fácil de instalação
-Não geram sobrecargas para as lajes.
-Atóxicas.
Processo de Execução
a) Atarraxe-a manualmente a um ponto de água para este fim, controlado por um registro.
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Observação
b ) Movimente a haste várias vezes, para cima e para baixo, conservando aberto o registro de
água.
Observações
1 – Deve-se verificar se o êmbolo veda totalmente a passagem da água quando a haste está
suspensa. 2 – Precisa-se constatar se a lingueta da haste se prende na fenda do corpo.
Observação
Observação
É preciso que o corpo fique na posição correta, isto é, com a haste voltada para baixo.
O nível da água, ao fechar-se a torneira de bóia, deverá ficar sempre abaixo do extravasor
(ladrão).
11 DISPOSITIVOS HIDRÁULICOS
11.1 TORNEIRAS
São dispositivos hidráulicos, construídos de latão, utilizados para controlar o fluxo de água em
determinados aparelhos sanitários.
Há uma variedade muito grande de modelos e diâmetros e têm várias aplicações, tanto nas
indústrias quanto nas residências.
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11.1.1 Torneiras de pressão para jardim
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11.1.5 Torneiras de pressão para lavatório
São encontradas no comércio com diâmetro de ½”. Diferem das demais no formato e também
por possuírem porca de fixação, e hoje já existem elas de acionamento automático e com
sensor de presença.
12 REGISTROS
Registros são dispositivos utilizados em instalações hidráulicas com o objetivo de abrir e fechar
o fluxo de água.
São fabricados de latão, bronze e ferro fundido, e dependendo da finalidade deve-se escolher o
registro adequado, conforme discriminamos a seguir:
Registro de pressão
Usado em chuveiros, filtros e banheiras, pela facilidade de manuseio (com apenas uma volta
consegue-se abrir ou fechar o registro) pelo sistema de vedação, e por ser de fácil substituição.
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Geralmente, depois de colocado é pouco usado, pois raramente há necessidade de fechar um
ramal ou uma coluna de água para reparação. Por esse motivo é fabricado com material de
boa qualidade, como o latão ou similar, que não se oxida facilmente. Geralmente, após
instalado, permanece aberto.
13 VÁLVULA DE DESCARGA
São válvulas instaladas nos sub-ramais de alimentação dos vasos sanitários ou mictórios,
destinadas a promover a limpeza destas peças de utilização. Ao especificar uma válvula de
descarga deve-se observar a pressão que garanta seu bom funcionamento.
As válvulas devem fornecer um volume útil de descarga compatível com o tipo de aparelho
sanitário escolhido. São fabricados segundo a NBR 7252. Algumas válvulas de descarga são
fabricadas de forma a ter um fechamento lento para controlar o golpe de aríete.
14 CHUVEIRO OU DUCHA
Os chuveiros ou duchas podem ser instalados sobre as banheiras ou em recinto separado,
denominado box.
O abastecimento de água poderá ser somente com água fria ou com água fria e água quente.
O ponto de abastecimento de água do chuveiro deve ficar entre 2,00 m á 2,20 m do piso
acabado, enquanto que os registros de comando devem se localizar entre 1,15 m á 1,35 m do
piso acabado. Normalmente em caso de água fria e água quente o registro de pressão fica à
esquerda e comanda a água quente, enquanto que o registro à direita comanda a água fria.
No caso do chuveiro ser instalado no box, o esgotamento é feito a partir de um ralo seco ou
sifonado, ligado a uma caixa sifonada.
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15 HIDRÔMETRO
Também conhecido como medidores de água, são aparelhos destinados a medir o consumo de
água.
São instalados em todas as ligações de água potável fornecida pelo órgão competente.
São aparelhos constituídos de um mecanismo em que, ao passar pela câmara, a água gira
uma turbina que transmite o movimento a uma série de engrenagens dispostas de modo a
registrar no mostrador a quantidade em m³ ou litros de água consumida.
Para evitar entrada de corpúsculos estranhos, como areia, por exemplo, os hidrômetros são
providos de filtros, colocados na entrada.
Existem hidrômetros de vários diâmetros, sendo mais comum o de 19 mm (3/4”) com vazão de
3m³/h (três metros cúbicos por hora) e o de 25mm (1”) cuja vazão é de 7m³/h.
O sistema de acoplamento dos hidrômetros nos cavaletes pode ser por uniões ou por flanges.
Observação
No projeto de instalação hidráulica deve-se ter presente que a água, passando através do
hidrômetro, perde uma parte da pressão de entrada.
16 VÁLVULA DE RETENÇÃO
É um acessório colocado na tubulação, que permite a passagem de água em um só sentido.
Funcionamento
Possui um êmbolo ou uma válvula que se articula com um eixo, o qual permite que a válvula de
retenção abra ou feche com a passagem da própria água.
o peso da coluna de água recaia sobre a gaxeta da bomba, diminuindo sua vida.
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16.1 Manutenção
A válvula de retenção que possui visita, pode ser inspecionada através desta. Aquela que não
possui visita, quando apresenta defeito é retirada e substituída por outra nova. Para isto deve
ser instalada uma união universal entre ela e o registro que veda a coluna ou tubulação.
17 TORNEIRA DE BÓIA
São registros de metal ou plástico acoplados diretamente ao tubo de alimentação, instalados
no interior dos reservatórios. Sua função é a de vedar a passagem dos líquidos para os
reservatórios, evitando que haja um extravasamento.
17.1 Funcionamento
O pistão ou válvula é comandado pela lingüeta, cuja articulação obedece ao movimento da
haste que está acoplada ao flutuador. O flutuador acompanha o nível do reservatório, abrindo
ou fechando a válvula quando necessário.
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corpo e das peças, após a desmontagem do registro. É operação de uso freqüente nas
instalações hidráulica da construção civil.
Processo de Execução
2. Remova o volante.
Observações
2) Deve-se desatarraxar com chave própria (chave inglesa ou de boca), no caso de peça
sextavada, protegendo o cromado com um pano.
4. Retire o castelo.
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b) Remova a válvula ou êmbolo.
NOTAS
PROBLEMA LOCALIZAÇÃO
Disparo 3
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Acionamento duro 5
Observações :
1) O alinhamento da tubulação deve ser observado tanto no sentido horizontal, para facilidade
de localização na eventualidade de um reparo, bem como para propiciar a montagem de modo
mais simples. Verticalmente, para evitar a formação de pontos altos onde se reteria o ar,
prejudicando o funcionamento da tubulação. Devido a este problema, nem sempre se
recomenda acompanhar o perfil do terreno, com a tubulação correndo a uma determinada
altura em relação a superfície. A melhor solução seria levá-la o mais reto possível, mesmo com
pequenas variações de profundidade no assentamento. O alinhamento também deve ser
observado para que a tubulação fique sujeita a mínimos esforços laterais.
2) Uma tubulação que esteja perfeitamente alinhada fará com que as solicitações aos
acoplamentos sejam mais uniformes e melhor distribuídas, diminuindo a possibilidade de
infiltrações pelas juntas, garantindo então a estanqueidade do conjunto. Normalmente as
roscas, tanto de tubos como de conexões, são fornecidas dentro dos padrões que garantem a
vedação do acoplamento, sendo o alinhamento um dos pontos de real importância para o bom
desempenho do conjunto.
3) Mesmo para tubulações situadas fora das zonas de tráfego, recomenda-se uma
profundidade mínima de 50cm para a vala, obtendo-se uma melhor distribuição de sobrecarga
e maior uniformidade de temperatura do solo. Com altura (h) da vala, deve-se considerar a
distância entre a geratriz superior do tubo e a superfície do terreno.
4) O assentamento dos tubos deve ser feito sobre uma base que permita o apoio integral em
toda a extensão da canalização, sendo necessário que não existam pedras ou saliências que
possam provocar condições de apoio localizado. Estes apoios dão origem a tensões na
tubulação que levam à deficiência da estanqueidade ou mesmo à deformação dos tubos.
46
5) A flecha máxima pode ser 25mm. Para tubulações longas pode ser admitida uma flecha
máxima de 35mm. Um dos pontos de real importância numa instalação aérea é a flecha
ocasionada pela distância excessiva entre os suportes. A flecha em demasia acarreta
problemas de ordem técnica e econômica, pois além de forçar os pontos de união entre os
tubos, sejam estes roscados, flangeados ou soldados, provoca vazamento, interrupções e
reparos dispendiosos, fazendo com que surjam bolsas de líquido impossíveis de drenar, dando
origem a vibrações na linha, além de proporcionar mal aspecto ao conjunto.
3) Pressão externa, como no caso de ambientes sob pressão e tubos com vácuo.
5) Vibrações
11) Aperto excessivo, desalinhamentos em geral, erros de ajuste e outros fatores que possam
deixar a tubulação sob tensão de montagem.
21 TESTE DA TUBULAÇÃO
Consiste em colocar pressão na parte interna da tubulação,
utilizando-se de uma bomba ou compressor, para verificar
se existe vazamento.
D) Injetar ar na tubulação
47
Observação
Observação
Sem escala
48
Esquema Isométrico banheiro
Sem escala
49
CATÁLOGO DAS PRINCIPAIS CONEXÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
23 NOÇÕES DE DECLIVIDADE
Entende-se por declividade a inclinação existente numa instalação ou numa superfície, fazendo
com que seus extremos estejam fora do nível.
Aplica-se, na construção civil, nas tubulações de água, de gás, de água pluviais etc., com o
objetivo de facilitar o escoamento dos fluídos (líquidos ou gases).
50
Dizemos que uma tubulação ou uma superfície está com 2% (dois por cento) de declividade
quando, num comprimento de 1,00m (100 centímetros), há desnível de
Nas instalações de esgotos, em geral, a inclinação (ou declividade) é no mínimo de 2%, porém
não deve ser muito maior, pois correria o risco da água escoar-se e os detritos sólidos ficarem
obstruindo o tubo sem serem carregados.
Nas calhas semicirculares para condução das águas pluviais dos telhados, para os condutores,
a declividade (inclinação é geralmente de 1/2 % (0,5%) ou seja 0,5 cm em cada metro de
comprimento. Nas instalações de água potável, as tubulações devem apresentar-se
geralmente niveladas, em virtude do aspecto do acabamento das obras. Quando apresentam
inclinação, esta deve ser sempre com declive no sentido do escoamento da água, a fim de
evitar que a entrada de ar prejudique o funcionamento da instalação.
Nas instalações de gás, onde a declividade se faz mais necessária, a inclinação é no sentido
contrário ao do escoamento do gás.
Em linguagem prática, diz-se que há inclinação negativa. Tal procedimento é necessário a fim
de que o vapor de água existente no gás, ao condensar-se nas paredes do tubo, não atinja os
aparelhos de consumo, porém seja dirigido no sentido contrário, para pontos mais baixos, onde
existem visitas chamadas bifão ou saifo, de onde são extraídas. A declividade está geralmente
indicada e sujeita a condições do projeto.
24 DISPOSITIVOS SANITÁRIOS
São ligados a ralos sifonados, a fim de evitar que o mau cheiro do esgoto primário contamine o
ambiente.
São fechados por grelha, na altura do piso pronto, que pode ser quadrada, de 10x10cm, ou
circular, com 10cm de diâmetro.
Da mesma forma que os ralos sifonados, devem ficar na parte mais baixa do piso, isto é, os
pisos devem ter caimento para o ralo.
É um dispositivo hidráulico utilizado para unir o esgoto secundário ao primário e também como
desconector do esgoto primário, que ligado ao mesmo evita a passagem de gases do coletor
aos aparelhos sanitários.
Constitui-se de uma caixa redonda ou quadrada, com fundo, tendo na sua parte interna uma
chapa divisória que recobre a saída da caixa, formando assim um fecho hídrico.
A chapa divisória é dotada de um furo com rosca, o qual tem a finalidade de permitir o acesso à
tubulação, para o caso de entupimento. Quando não está em uso o furo é plugado.
53
de lado, no mínimo:
formação de depósitos:
Em prédios de mais de cinco pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a
menos de 2,00 m de distância dos tubos de queda que contribuam para as mesmas. A
distância entre a ligação do coletor predial com o coletor público e a caixa de inspeção, poço
de visita ou peça de inspeção mais próxima, não deve ser superior a 15,00 metros.
As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e boas condições de
ventilação. Com tampa hermética e de fácil remoção. Devem ser divididas em duas câmaras
uma receptora e outra vertedora. As pias de cozinha superpostas em vários pavimentos devem
ser esgotadas por tubo de queda ou tubo de gordura que conduzem os esgotos para a caixa
retentora de gordura coletiva, sendo vetado o uso de caixas retentoras de gordura individuais
nos andares.
54
A caixa de gordura executa dois trabalhos principais:
Impede a passagem dos gases do esgoto primário para o prédio, porque é uma caixa sifonada;
Serve como local de saponificação das gorduras levadas pelas águas de lavagem. É nas
paredes da câmara de entrada que a gordura fica aderida, evitando assim que o coletor ou
ramal primário fique obstruído pela gordura.
É necessário, portanto, atenção especial às instalações de esgoto que servem às pias, porque
as águas de lavagem carregam grande quantidade de gordura proveniente da limpeza dos
utensílios. Se não for garantido um diâmetro folgado e se não for provocada a separação das
gorduras, em pouco tempo a tubulação estará completamente obstruída. Por isso é que as
canalizações que recebem água das pias só devem ser ligadas aos ramais primários após
passarem por uma caixa de gordura.
As caixas de gordura são encontradas no comércio em várias medidas. Podem também ser
construídas em alvenaria de tijolos revestida com argamassa de cimento e areia (traço 1:2:3).
Os revestimentos devem ser alisados com colher. Os septos geralmente são de ferro fundido
ou outro material resistente à corrosão.
Tal resíduo deveria ser enterrado ou colocado em um recipiente (saco plástico, por exemplo) e
jogado no lixo.
55
É um dispositivo projetado e instalado com a
finalidade de captar as águas provenientes das
chuvas e drenagem de pisos, reter os sedimentos
56
25.2 LAVABOS OU LAVATÓRIOS
Entende-se por lavabo um aparelho sanitário que serve para a limpeza pessoal.
Os lavabos podem ser de tipo comum para
residências, ou múltiplo para
estabelecimentos públicos. São construídos,
geralmente, de aço inoxidável, porcelana ou
mármore. Podem ser do tipo para usar
suspensos, fixados na parede ou com
suportes metálicos ou apoiados no piso por
meio de colunas.
25.3 BANHEIRA
É um aparelho sanitário que serve para a limpeza pessoal, com possibilidade de imersão total
ou parcial do corpo.
BIDÊ
57
25.5 MICTÓRIOS
São aparelhos sanitários adequados à expulsão da urina, sendo mais usados em locais
públicos.
Os materiais de que são construídos são do tipo cerâmico ou de aço inoxidável. A água de
lavagem entra por uma espécie de esguichador colocado na parte alta, ou furos nas bordas.
b – vedar a passagem de gases e animais das canalizações para o interior dos edifícios;
Adotam-se para os ramais de descarga os diâmetros de 40, 50, 75, 100mm e 2% a declividade
mínima dos respectivos trechos horizontais.
58
Nos pontos principais dos esgotos deve-se sempre colocar bocais de inspeção . Antes de sair
de casa, o esgoto deve ter as seguintes peças especiais, sifão, inspeção e caixa de
decantação.
26.3 VENTILAÇÃO
É a tubulação obrigatória em toda instalação predial de esgoto primário, por duas razões
principais:
Para que os gases existentes sejam convenientemente conduzidos para a atmosfera, acima
das coberturas, evitando que os mesmos penetrem nos ambientes internos dos edifícios;
O tubo ventilador individual deve ser sempre ligado entre a caixa sifonada e a bacia sanitária
(ou a sua tubulação correspondente), quando a caixa estiver ligada à canalização primária.
Desta maneira, evita-se a ruptura do fecho hídrico da caixa e a conseqüente entrada de gases
de esgoto no interior do banheiro. Exemplo em um edifício:
As dimensões dos diferentes tubos ventiladores são indicadas nos projetos pelo engenheiro ou
arquiteto, bem como os materiais de que são feitos.
De modo geral as colunas de ventilação são feitas nos diâmetros de 50 e 75 mm. Podem ser
executadas em PVC e ferro fundido.
É muito importante o instalador saber que uma coluna de ventilação deve ser feita de maneira
tal que, qualquer água nela penetrando, seja conduzida para a rede de esgotos que ventila
num ponto sempre abaixo da primeira peça sanitária instalada.
59
É importante saber que todo o desconector deve ser ventilado, a fim de garantir seu
funcionamento como fecho hídrico.
Definições e fórmulas:
Considere um hotel com 100 hóspedes. Analisando a tabela abaixo, temos um consumo de
250 litros por hóspede, então:
Adotado V= 0,6m/s
Dmím=√4xQmin/πxV
60
Os pesos das peças e os diâmetros são obtidos pelas tabelas abaixo.
O somatório dos pesos acumulados deve ser comparado ao nomograma de pesos, vazões e
diâmetros .
61
Nomograma de pesos, vazões e diâmetros:
62
26.5 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE BARRILETE
26.5.1 Solução:
63
Esse método associa, a cada aparelho sanitário, um peso, sendo a vazão máxima provável função da
somatória de pesos de todos os aparelhos alimentados pela canalização.
1. CÁLCULO DE VAZÕES
Uma vez determinadas as vazões dos trechos do barrilete, deve-se determinar o diâmetro de cada
trecho pelo nomograma acima.
Em residências térreas, sobrados e até pequenos edifícios, apresentam situações nas quais não há
necessidade de se verificar a pressão máxima. Portanto deve-se observar a pressão mínima ≥ 0,5m.c.a
27 FOSSA SÉPTICA
Quando não há disponibilidade de uma rede de esgoto pública, torna-se obrigatório o uso de
instalações necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas residuárias.
A obrigatoriedade do uso dessas instalações está fundamentada no REGULAMENTO DO
DEPARTAMENTO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA-Decreto nº 16.300 de 31/12/1932.
Os despejos lançados sem tratamento propiciam a proliferação de inúmeras doenças.Cerca de 50 tipos
de infecções podem ser transmitidas diretamente via excretas humanas(Ex.: febre tifóide, cólera,
disenteria, hepatite infecciosa, dentre outras )
64
As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas servidas. Existem
vários tipos de de fossas, alguns já patenteados. Fisicamente consistem basicamente em uma caixa
impermeável onde os esgotos domésticos se depositam. As fossas sépticas têm a função de separar e
transformar a matéria sólida contida nas águas de esgoto, descarregando-a no terreno, onde o se
completará o tratamento. A altura mínima do líquido no interior da fossa para garantir a ação
neutralizante das bactérias é de cerca de 1,20 m.
Nas fossas, as águas servidas sofrem a ação de bactérias anaeróbicas, ou seja, microorganismos que só
atuam sem a presença de oxigênio. Durante a ação desses microorganismos (em grande parte presentes
nos próprios resíduos lançados), parte da matéria orgânica sólida é convertida em gases ou em
substâncias solúveis, que dissolvidas no líquido contido na fossa, são esgotadas e lançadas no
terreno.Ao longo do processo, depositam-se no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (lodo) e
forma-se na superfície do líquido uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias
insolúveis e mais leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a ação das bactérias.
Como resultado há a destruição total ou parcial de organismos patogênicos
65
27.1.1 Restrições ao Uso ; Localização e Distâncias Mínimas
-O sistema de fossas sépticas deve preservar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
-É vedado o encaminhamento ao tanque séptico de: águas pluviais e despejos capazes de causar
interferência negativa na fase do processo de tratamento ou elevação excessiva da vazão de esgoto
afluente, como os provenientes de piscinas e lavagem de reservatórios de água..
As fossas sépticas devem ser localizadas o mais próximo possível do banheiro,com tubulação o mais reta
possível e distanciadas no mínimo a 15m abaixo de qualquer manancial de água (poço, cisterna, etc).
As fossas sépticas devem observar as seguintes distâncias horizontais mínimas:
a)1,50m de construções, limites de terreno, sumidouro, valas de infiltração e ramal predial de água;
b)3,0m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
c)15,0m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer nature
Esquema de fossa com especificação das espessuras das paredes e ferragem da laje de cobertura
Para estipular as dimensões da fossa, é necessário o cálculo do volume útil total ( que será
apresentando nos itens seguintes).
Entretanto, para um pré-dimensionamento, pode-se utilizar uma tabela de dimensionamento prático.
Entrando com o número de pessoas, têm-se as dimensões e a capacidade da fossa, em litros,
equivalente ao volume útil.
Tabela de Pré-dimensionamento
66
27.1.2 Considerações de Uso:
São encaminhados às fossas todos os despejos domésticos Oriundos de cozinhas, lavanderias
domiciliares, chuveiros,lavatórios, Bacias sanitárias, bidês, banheiras, mictórios e ralos de piso.
-Os despejos da cozinha devem passar por caixas de gordura antes de serem lançados às fossas sépticas.
-Águas pluviais não devem ser lançadas
-No cálculo de contribuição dos despejos, devem ser observados o número de pessoas a serem
atendidas, não inferior a cinco;
Volume útil total do tanque séptico: Consiste no espaço interno mínimo necessário ao correto
funcionamento do tanque séptico, correspondente à somatória dos volumes destinados à digestão,
decantação e armazenamento da escuma. É dado pela expressão:
Em que:
V=Volume útil, em litros.
N=número de pessoas ou unidades de contribuição.
C=Contribuição de despejos, em litros/ pessoa. (ver tabela 1)
T=Período de detenção, em dias. (ver Tabela 2 )
K= taxa de acumulação de lodo digerido em dias equivalente ao tempo
de acumulação de lodo fresco (ver Tabela 3)
Lf= contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia
(ver tabela 1
Lodo: Material acumulado na zona de digestão do tanque séptico, por sedimentação de partículas sólidas
suspensas no esgoto.
TABELA 3: Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias por intervalo entre limpezas e temperatura
do mês mais frio
68
Taxa de acumulação de lodo: Número de dias de acumulação de lodo fresco equivalente ao volume
de lodo digerido a ser armazenado no tanque, considerando redução de volume de quatro vezes para o
lodo digerido.
a)todo tanque deve ter pelo menos uma abertura com a menor dimensão igual ou superior a 0,60m, que
permita acesso direto ao dispositivo de entrada do tanque.
27.1.4 Identificação:
Os tanques devem conter uma placa de identificação com as seguintes informações, gravadas de forma
indelével, em lugar visível (ver modelo a seguir):
a) identificação: nome do fabricante ou construtor e data fabricação;
b) Tanque dimensionado conforme a NBR 7229;
c) Temperatura de referência: conforme o critério de dimensionamento adotado; indicação da faixa de
temperatura ambiente. Para tanques dimensionados para condições mais rigorosas (T<=10ºC)
d) Condições de utilização: tabela associando números de usuários e Intervalos de limpeza permissíveis
(conforme modelo abaixo)
69
27.1.5 Figura: Placa de Identificação Conforme
Verificação de Estanqueidade:
-Antes de entrar em funcionamento, o tanque séptico deve ser submetido ao ensaio de estanqueidade,
realizado após ele ter sido saturado por no mínimo 24 h.
A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, após preenchimento, até a altura da geratriz
inferior do tubo de saída, decorridas 12 h. Se a variação for superior a 3% da altura útil, a estanqueidade é
insuficiente, devendo-se proceder à correção de trincas, fissuras e juntas. Após a correção, novo ensaio
deve ser realizado.
Exemplo: Dimensionar uma fossa séptica para uma residência com cinco quartos, sendo um deles de
serviço.
Solução:
1º Passo: Determinação do número de contribuintes (N)
-Admitindo-se 1 pessoa por cada quarto, têm-se N=5
Tomando 650 litros/dia como a contribuição diária consulta-se a tabela 2 da norma obtendo-se: T= 1dia
4ºPasso: Determinação da taxa de acumulação total de lodo (K), por Intervalo entre
limpezas e temperatura do mês mais frio.
70
-Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano compreendido entre o intervalo
10 ºC e 20º, e um intervalo entre limpezas da fossa de 2 anos, consulta-se a tabela 3 da norma, obtendo-
se: K= 105 dias
V=1000+5(130 x 1+105 x 1)
V= 2175 litros
V=2,1 m³
71
27.1.8 DETALHAMENTO DA FOSSA – PLANTA BAIXA
72
ELETRICIDADE PREDIAL
73
Conteúdo
1. NORMA E SIMBOLOGIA PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................................................................ 80
74
1.1 Introdução ................................................................................................................................................. 80
3. Unidade 3 – Definições................................................................................................................................ 84
1.5.2 NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais ......................................................... 85
75
2.1 Alicates .................................................................................................................................................... 101
76
Cálculo da corrente de projeto ..................................................................................................................... 128
77
5.1.2.5 Proteção complementar por dispositivo de proteção a corrente diferencial residual
(dispositivo DR) ............................................................................................................................................. 148
78
9.2 Tecnologias de automação predial.......................................................................................................... 166
79
27.2 1. NORMA E SIMBOLOGIA PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
80
O CNN tem a função de estruturar todo o sistema de normalização, enquanto que cada ONS tem como
objetivo agilizar a produção de normas específicas de seus setores. Para que os ONS passem a elaborar
normas de âmbito nacional, eles devem se credenciar e ser supervisionados pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos e a ela compete coordenar, orientar e supervisionar
o processo de elaboração de normas brasileiras, bem como elaborar, editar e registrar as referidas normas
(NBR).
Para que os produtos brasileiros sejam aceitos nos mercados internacionais, as normas da ABNT devem
ser elaboradas, de preferência, seguindo diretrizes e instruções de associações internacionais de
normalização como a ISSO (International Standard Organization, com sede em Genebra, na Suíça, e que
significa Organização Internacional de Normas) e a IEC (International Eletrotechnical Commission, que
quer dizer, Comissão Internacional de Eletrotécnica) utilizando a forma e o conteúdo das normas
internacionais, acrescentando-lhes, quando necessário, as particularidades do mercado nacional.
A ABNT é responsável pela elaboração dos seguintes tipos de normas:
• Normas de procedimento que fornecem orientações sobre a maneira correta de empregar materiais e
produtos; executar cálculos e projetos; instalar máquinas e equipamentos; realizar controle de produtos;
• Normas de especificação que fixam padrões mínimos de qualidade para os produtos;
• Normas de padronização que fixam formas, dimensões e tipos de produtos usados na construção de
máquinas, equipamentos e dispositivos mecânicos;
• Normas de terminologia que definem, com precisão, os termos técnicos aplicados a materiais, máquinas,
peças e outros artigos;
• Normas de classificação que ordenam, distribuem ou subdividem conceitos ou objetos, bem como
estabelecem critérios de classificação a serem adotados;
• Normas de métodos de ensaio que determinam a maneira de se verificar a qualidade das matérias-primas
e dos produtos manufaturados.
• Normas de simbologia que estabelecem convenções gráficas para conceitos, grandezas, sistemas ou
partes de sistemas, com a finalidade de representar esquemas de montagem, circuitos, componentes de
circuitos, fluxogramas etc;
Se você tiver curiosidade em saber mais sobre a ABNT, visite o site da organização no endereço
www.abnt.org.br.
O endereço para correspondência é:
Sede:
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar.
Caixa Postal: 1680
Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20003-900
Tel.: (21) 210 3122
Fax: (21) 240 8249
São Paulo:
Avenida Paulista, 726 – 10o andar.
São Paulo – SP CEP 01310-100.
81
Tel.: (11) 289 6966
Figura 1
Se aprovado, o projeto transforma-se em norma ABNT que, em seguida é encaminhada ao INMETRO -
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (órgão federal ligado ao
Ministério da Justiça), onde receberá uma classificação e será registrada.
Esta norma poderá ser uma NBR1, o que a torna obrigatória; uma NBR2, obrigatória para órgãos públicos
e chamada de referendada; ou uma NBR3, chamada de registrada e que pode ou não ser seguida. O
organograma simplificado da ABNT, mostrado a seguir, representa o trajeto seguido por uma norma até
que ela seja aprovada.
Periodicamente, as normas devem ser revistas. Em geral, esse exame deve ocorrer em intervalos de cinco
anos. Todavia, o avanço tecnológico pode determinar que algumas normas sejam revistas em intervalos
menores de tempo.
O Eletricista, o Técnico em Eletricidade, o Engenheiro Elétrico, ou seja, todos os profissionais da área de
Eletricidade devem conhecer e utilizar simbologias de acordo com normas vigentes, já que seu uso
padroniza e facilita a interpretação de um esquema ou circuito elétrico predial e residencial. Isso garante a
qualidade e a segurança do serviço prestado.
82
27.7 1.5 Nomas técnicas para o eletricista predial
As normas que servem de base para as informações deste curso são:
27.9 • ABNT – NBR 5444/1988 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
Esta norma estabelece símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.
83
27.12 1. Unidade 1 – Objetivo
84
27.20 9. Unidade 9 – Requisitos complementares para instalações ou locais específicos
Esta unidade contém prescrições que complementam todo o conteúdo da norma em situações específicas
e fornece informações sobre:
• Locais contendo banheira ou chuveiro;
• Piscinas;
• Compartimentos condutivos;
• Locais contendo aquecedores e sauna;
• Locais de habitação.
De acordo com a NBR 5410, toda a instalação elétrica nova ou reformada deve ser submetida a uma
verificação final antes de entrar em operação. Este tipo de providência está previsto na NBR 5410, no
capítulo 7. O capítulo 6 exige que o projeto de instalação elétrica de baixa tensão seja constituído, no
mínimo, por:
• Plantas, em escala conveniente, contendo a localização dos quadros de distribuição, o percurso e
características das linhas elétricas de distribuição, bem como a localização dos pontos de luz, tomadas e
equipamentos fixos diretamente alimentados (por ex.: chuveiro);
• Esquemas que devem indicar a quantidade, destino e sessões dos condutores, bem como a corrente
nominal dos dispositivos de proteção;
• Detalhes de montagem, quando necessário, dependendo da complexidade da edificação;
• Memorial descritivo, que deve apresentar uma descrição sucinta da instalação e, se for o caso, das
soluções adotadas, utilizando, sempre que necessário tabelas e desenhos complementares;
• Especificação dos componentes, que deve indicar, para cada componente, uma descrição sucinta, suas
características nominais e as normas a que devem atender.
27.21 1.5.2 NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
Esta norma, por sua vez, rege os símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. Nela, o profissional
da área de Eletricidade encontra toda a simbologia necessária para seu projeto. É imprescindível que ele
conheça os símbolos contidos nessa norma para projetar uma instalação elétrica, para efetuar adequações
em instalações já existentes ou para realizar reparos.
Veja a seguir uma tabela que contém os símbolos mais comumente usados em projetos de instalações
elétricas.
85
É imprescindível que você aprenda a identificar cada um dos símbolos constantes da tabela completa, já
que são constantemente usados em projetos elétricos.
86
7. Trabalhos envolvendo alta tensão (AT);
8. Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores;
9. Proteção contra incêndio e explosão;
10. Sinalização de segurança;
11. Procedimentos de trabalho;
12. Situações de emergência;
13. Responsabilidades;
14. Disposições finais.
Figura 2
Na figura estão identificados os condutores para melhor visualização do funcionamento do circuito.
87
O diagrama funcional é usado quando há a necessidade de demonstrar um circuito com clareza e rapidez
até para fins didáticos. O esquema funcional não se preocupa com a posição física dos componentes da
instalação.
Figura 3
O diagrama de ligação é utilizado para representar como a instalação é executada na prática.
Figura 4
Figura 5
O mesmo circuito elétrico, composto por um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada, é
representado pelos quatro tipos de diagramas para que você observe atentamente a diferença de
representação entre eles.
A utilização do esquema unifilar atende a todas as necessidades do eletricista.
88
Com esse tipo de planta, o profissional tem a possibilidade de identificar todos os componentes, como
devem estar ligados, os tipos de iluminação, a quantidade de condutores e respectivas bitolas etc. Quando
há necessidade de detalhes específicos, o esquema multifilar deverá ser usado.
Veja exemplos a seguir.
Figura 06
Observe que são utilizadas como ponto de iluminação no teto, duas lâmpadas fluorescentes de 40W cada,
alimentadas pelo circuito 1 e comandadas pelo interruptor “a”. A tomada de 300VA é alimentada pelo
circuito 2 composto por condutor fase, neutro e terra.
Na figura 07, além das lâmpadas fluorescentes no teto, há uma arandela de 25W comandada pelo
interruptor “c”. A caixa de telefones está ao lado do quadro geral de força e luz, interligado ao ponto do
telefone interno na parede pelo eletroduto embutido no piso. É importante observar que no projeto
existem duas lâmpadas de 40W no cômodo 1 e uma lâmpada de 40W no cômodo 2.
Figura 07
89
Na figura 08, observe que agora estão indicadas as dimensões dos condutores diferentes de 1,5mm2 e dos
eletrodutos diferentes de 16 mm. A bitola (seção) do condutor pode ser descrita sem a abreviação “mm2”,
bastando apenas colocar um ponto após a dimensão do condutor. Assim, ao invés de 2,5mm2, indicarmos
25.
Figura 08
As lâmpadas são comandadas por interruptor paralelo. As identificações dos condutores não precisam
estar dentro da planta, devido ao pequeno espaço do desenho. Por isso, pode-se traçar uma linha de
indicação para fora da planta e indicar as dimensões dos condutores e eletrodutos.
90
O proprietário da casa explicou ao projetista o que desejava e este o orientou a escolher o quadro geral de
luz e força embutido na parede. A planta contendo a indicação do quadro de luz é a seguinte:
Figura 09
Para a indicação da localização do quadro de luz o projetista levou em consideração alguns cuidados
interpretados da NBR 5410. Eles são:
• O local deve ser de fácil acesso e, no caso de se escolher a cozinha, deve-se observar que o quadro não
atrapalhe a instalação de armários.
• O quadro deverá ser instalado, de preferência, o mais próximo possível do medidor e/ou no local onde
há bastante concentração de componentes com potência elevada.
• Em função da alta umidade o quadro de força nunca deve ser instalado no banheiro.
• Como o acesso ao quadro deve ser facilitado, ele não deve estar localizado em locais fechados, como
porões, sótãos ou depósitos.
91
27.26 1.7.1 Circuito de iluminação
O próximo item que o projetista coloca na planta são os pontos de iluminação. Ao localizá-los na planta
fornecida, ele considera a área do cômodo, o tipo de lâmpada e a posição de instalação. À sua disposição
ele tem a seguinte tabela de símbolos indicada pela NBR 5444.
Ainda de acordo com as exigências do cliente, desses símbolos ele escolhe os que estão na planta a
seguir:
92
Figura 10
Observação
Quando se trata de residência ou prédio residencial, normalmente os projetistas prevêem iluminação com
lâmpadas incandescentes. As lâmpadas fluorescentes geralmente são indicadas em projetos de edifícios
comerciais.
Para os interruptores, a NBR 5444 apresenta a seguinte lista de símbolos:
93
Figura 11
Observe que nesse momento, o profissional tomou o cuidado de colocar os interruptores em locais de
fácil acesso, ou seja, junto à porta, porém não atrás dela.
Uma vez colocados os interruptores, colocam-se os eletrodutos que formam o circuito de iluminação. A
tabela que o projetista consultou foi à seguinte:
94
Figura 12
Observe que a norma exige que os eletrodutos com diâmetro superior a 15 mm devem ter a medida de seu
diâmetro indicada. Isso é comum para os eletrodutos que saem da baixa de distribuição. Isso pode ser
constatado na planta mostrada acima, na qual o eletroduto de diâmetro maior acomodará um número
maior de condutores.
Em relação ao diâmetro do eletroduto, a NBR 5410 exige que haja uma “folga” de espaço para acomodar
os condutores com segurança. Dependendo da quantidade circuitos alimentados, essa folga varia entre
40% e 60%. Ela é chamada de taxa de ocupação.
O simples símbolo do eletroduto apenas indica sua posição na planta. Para sabermos o que vai colocado
dentro dele (quantidade de condutores, sua função e bitola) é necessário usar símbolos específicos. Eles
estão indicados na tabela a seguir:
95
A planta ficou assim:
Figura 13
96
Observe que as saídas para telefone, relógio elétrico, som e campainha fazem parte do mesmo grupo de
símbolos. A planta com a localização das tomadas de uso geral e respectivos condutores ficou assim:
97
Figura 14
Observe que as tomadas do banheiro, cozinha, lavanderia e garagem são de 600VA e as tomadas da sala e
dormitório não possuem identificação de potência, portanto, são de 100VA conforme a NBR 5444. O
porteiro eletrônico em função da sua baixa potência, foi projetado utilizando o circuito 1 como
alimentação.
A NBR 5444 não indica a simbologia do porteiro eletrônico, ficando então, sob responsabilidade do
projetista, criar um símbolo e indicar na legenda do projeto o seu significado.
Vamos imaginar que o proprietário dessa casa, além dos pontos de iluminação e tomadas de uso geral e
específico exigidas pela NBR 5410, explica ao projetista que ele quer instalar os seguintes equipamentos:
• Ar condicionado no quarto;
• Bomba para recalque de água do poço;
• Chuveiro;
• Torneira elétrica.
Em função da sua demanda de potência, todos os aparelhos listados exigem tomadas de uso específico
(TUE). A planta com a localização das tomadas de uso específico ficou assim:
98
Figura 15
Observe que agora, os eletrodutos e condutores possuem as indicações de diâmetro e bitola (seção)
conforme exige a NBR 5444. Essas indicações são fruto de cálculos de dimensionamento que você
estudará nas próximas unidades.
Para acomodar os condutores de alimentação da bomba do poço, foi projetado um eletroduto embutido no
piso. Para o porteiro eletrônico foram projetados dois eletrodutos diferentes entre a parte interna e a parte
externa da casa, para acomodação dos condutores de energia e elétrica e para os condutores de
comunicação separados conforme NBR 5444.
99
Vamos, então, listar os erros mais comuns e às vezes, até graves que os projetistas mais desatentos podem
cometer:
• Troca de símbolos, como, por exemplo, indicar no lugar de uma tomada alta (chuveiro), uma tomada
baixa.
• Localização inadequada dos componentes do circuito, como, por exemplo, indicar a localização do
quadro de distribuição no banheiro, que sendo um local de muita umidade é impróprio para essa
instalação.
• Ausência de indicação das dimensões do eletroduto e respectivos condutores.
• Utilização de símbolos não normalizados sem indicação em legenda apropriada.
• Indicação errada da função do condutor como, por exemplo, indicar dois neutros e um terra para a
tomada do chuveiro.
• Troca de identificação do interruptor em relação à sua respectiva lâmpada.
• Ausência de indicação da alimentação de determinado componente da instalação, por exemplo, o
símbolo da campainha não tem a indicação do circuito ao qual pertence (falta de eletroduto e respectivo
condutor).
• Ausência de indicação junto ao componente do circuito ao qual ele pertence. Essa indicação é feita por
meio de um número entre dois traços.
Assim, se encontrarmos em um projeto de instalação junto a uma lâmpada, a indicação -3-, isso significa
que essa lâmpada pertence ao circuito 3.
• Ausência da indicação da potência dos componentes da instalação.
100
Figura 16
Figura 17
101
Existem vários modelos de alicates, cada um adequado a um tipo de trabalho. Em serviços de eletricidade,
os alicates mais usuais são os seguintes:
• alicate universal;
• alicate de corte diagonal;
• alicate de bico;
• alicate decapador;
• alicate gasista.
O alicate universal é o modelo mais conhecido e usado de toda a família dos alicates. Esse tipo de alicate
é uma das principais ferramentas usadas pelo eletricista, pois serve para prender, cortar ou dobrar
condutores.
Este alicate é composto de dois braços articulados por um pino ou eixo, que permite abri-lo e fechá-lo, e
em uma das extremidades se encontram suas mandíbulas. São encontrados nos comprimentos de 150 mm,
165 mm, 175 mm, 190 mm, 200 mm, 210 mm e 215 mm. (Figura 18)
Figura 18
Os tipos existentes no mercado variam principalmente em relação ao acabamento e ao formato da cabeça.
O alicate de corte diagonal serve para cortar condutores. É encontrado nos comprimentos de 130 mm e
160 mm. (Figura 19).
Figura 19
O alicate de bico redondo é utilizado para fazer olhal em condutores com diâmetros diferentes, de acordo
com o parafuso de fixação. É encontrado nos comprimentos de 130 mm e 160 mm. (Figura 20).
Figura 20
O alicate decapador possui mandíbulas reguláveis para decapar a isolação com rapidez e sem danificar o
condutor. Tem comprimento padronizado conforme o diâmetro do condutor. (Figuras 21).
102
Figura 21
Outro alicate usado pelo eletricista instalador é o alicate gasista, também chamado de alicate bomba
d’água, que possui mandíbulas reguláveis, braços não isolados e não tem corte. Serve para montar rede de
eletrodutos, e especificamente buchas e arruelas. É encontrado nos comprimentos de 160 mm, 200 mm e
250 mm. (Figura 22).
Figura 22
Figura 23
Ela é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço especial, com uma das extremidades forjada em
forma de cunha e outra, em forma de espiga prismática ou cilíndrica estriada, encravada solidamente em
um cabo.
Figura 24
O cabo normalmente é feito de material isolante rígido com ranhuras longitudinais que permitem uma boa
empunhadura do operador e impedem que a ferramenta escorregue da mão.
A região da cunha da chave de fenda é temperada para resistir à ação cortante das ranhuras existentes nas
fendas dos parafusos. O restante da haste deve apresentar uma boa tenacidade para resistir ao esforço de
torção quando a chave de fenda estiver sendo utilizada.
103
Para permitir o correto ajuste na fenda do parafuso, as chaves de fenda comuns de boa qualidade
apresentam as faces esmerilhadas em planos paralelos, próximo ao topo.
Figura 25
A finalidade dessas faces esmerilhadas é dificultar o escorregamento da cunha na fenda do parafuso
quando ele está sendo apertado ou desapertado. Isso evita que a fenda do parafuso fique danificada e
protege o operador de acidentes devidos ao escorregamento da ferramenta.
Além da chave de fenda comum, existem alguns outros modelos indicados para o uso em trabalhos da
área eletroeletrônica. Elas são:
• chave Philips;
• chave tipo canhão.
Figura 26
Figura 27
104
27.36 2.3 Instrumentos de medição de grandezas elétricas
Você já sabe que corrente, tensão e resistência são grandezas elétricas e que, como tal, podem ser
medidas.
Existem vários instrumentos para medição dessas grandezas elétricas, mas, este texto refere-se somente
ao multímetro digital e o volt-amperímetro alicate.
O multímetro digital e o volt-amperímetro alicate são instrumentos dotados de múltiplas funções: com
eles é possível fazer medições de tensão, corrente, resistência.
Com alguns de seus modelos pode-se, também, testar componentes eletrônicos, e até mesmo medir outros
tipos de grandezas.
As figuras que segue, ilustra um modelo de instrumentos.
105
Figura 28
Antes de se efetuar qualquer medição, deve-se ajustar o seletor de funções na função correta, isto é, na
grandeza a ser medida (tensão, ou corrente, ou resistência) e a escala no valor superior ao ponto
observado. Quando não se tem idéia do valor a ser medido, inicia-se pela escala de maior valor, e de
acordo com o valor observado, diminui-se a escala até um valor ideal.
Observação
Nunca se deve mudar de escala ou função quando o instrumento de medição estiver conectado a um
circuito ligado, porque isso poderá causar a queima do instrumento. Para a mudança de escala, deve-se
desligar antes o circuito. Para a mudança de função, deve-se desligar o circuito, desligar as pontas de
prova e selecionar a função e escala apropriadas antes da ligação e conexão das pontas de prova no
circuito.
Para a medição de tensão elétrica as pontas de prova do instrumento devem ser conectadas aos pontos a
serem medidos, ou seja, em paralelo.
Figura 29
Nas medições da corrente elétrica, o circuito deve ser interrompido e o instrumento inserido nesta parte
do circuito, para que os elétrons que estão circulando por ele passem também pelo instrumento e este
possa informar o valor dessa corrente. Desse modo, o instrumento deve ser ligado em série com o
circuito.
Figura 30
Para a medição de resistência elétrica, o resistor desconhecido deve estar desconectado do circuito. Se isto
não for feito, o valor encontrado não será verdadeiro, pois o restante do circuito funcionará como uma
resistência. Além disso, se o circuito estiver energizado poderá ocorrer a queima do instrumento.
106
Figura 31
Figura 32
Figura 33
2 - Com eletroduto aparente em casos em que é mais fácil realizar a instalação aparente dos eletrodutos,
como em uma casa já pronta ou em galpões comerciais ou industriais. Esse método utiliza canaletas,
eletrodutos, perfilados ou eletrocalhas instalado-os diretamente sobre paredes ou pisos de maneira que
não há a necessidade de quebrá-los.
Figura 34
Os dois métodos são possíveis e viáveis quando empregados de acordo com cada necessidade específica.
Não se deve esquecer que, por razões de segurança, é imprescindível utilizar eletrodutos nas instalações
prediais, pois estes facilitam quaisquer manutenções ou acréscimos posteriores que sejam necessários. O
emprego de eletrodutos evita riscos de acidentes ou interrupção do circuito que acontecem quando
alguém tropeça ou se enrosca em cabos largados em pisos ou forros.
108
27.41 3.2 Normalização
Todos os serviços realizados e os projetos criados devem obrigatoriamente estar de acordo com as normas
que se referem aos assuntos correlatos, porque não basta que as instalações funcionem bem. Elas
precisam manter o perfeito funcionamento pelo maior tempo possível, para não correrem risco de ser
danificadas ou ainda pior, de prejudicar a saúde e a vida de clientes e usuários.
Como você já sabe, a entidade brasileira que controla e coordena as normas em nosso país é a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e as principais normas que envolvem as instalações elétricas
são:
• NBR 5410/04 – Instalações elétricas de baixa tensão que abrange as instalações elétricas de baixa tensão
(até 1.000 V) e é voltada basicamente à segurança e à proteção dos usuários e dos equipamentos
instalados.
• NBR 5413 – Iluminância de interiores – procedimento que especifica como deve ser o procedimento
para definir a iluminância de interiores e as cargas de iluminação necessárias.
• NBR 5419/01 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas – que define as maneiras pelas
quais estimamos as instalações adequadas para a proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
Observação
De acordo com a norma NBR 5410/04 “pontos” são as localizações de aparelhos fixos de consumo
destinados à iluminação e tomadas de corrente que são os locais onde são alimentados os aparelhos
eletrodomésticos, eletroindustriais e as máquinas equipamentos de escritórios.
Conforme as recomendações das normas deve-se considerar o seguinte:
• Cada ambiente deve possuir pelo menos um ponto de luz no teto, controlado por um interruptor de
parede.
• Nos banheiros, as arandelas devem ficar a 60 cm, no mínimo, do limite do boxe.
A potência mínima de iluminação deve ser considerada em função da área de cada ambiente, ou seja:
• Para áreas externas em residências não há critérios definidos na NBR 5410, portanto, os pontos de
iluminação vão ser determinados de acordo com as necessidades do cliente que as indica ao projetista.
• Em ambientes com área de até 6 m², o valor mínimo é de 100VA.
• Para ambientes acima de 6m², o valor mínimo de 100VA é válido para os primeiros 6m². A partir daí,
são acrescentados 60VA a cada 4m² inteiros considerados.
Para compreender melhor essa determinação da norma, são apresentados alguns exemplos a seguir.
Exemplo 1
109
Consideremos um quarto com a largura (L) de 2,2m e o comprimento (C) de 3,5m.
A área (A) desse cômodo é obtida multiplicando-se a largura (L) pelo comprimento (C), ou seja:
A=LxC
Substituindo os valores na expressão, tem-se:
A = 2,2 x 3,5
A = 7,7m².
Portanto, a área a ser considerada é de 7,7m2. O problema é que esse valor ultrapassa os 6m2. Como
resolver esse problema?
A NBR 5410 determina que, para os primeiros 6m², são considerados os 100VA.
Mas, restam ainda, 1,7m². Como esse valor não chega a 4m², não são acrescentados os 60 VA, ficando
previsto para a sala apenas 100VA, o que corresponde ao valor mínimo estabelecido pela norma.
É preciso observar que, esse valor estimado de 100VA não é necessariamente o valor total da potência de
uma lâmpada. Para iluminar o ambiente, duas lâmpadas de 50VA podem ser instaladas, ou até mesmo
quatro lâmpadas de 25VA, pois elas estarão perfeitamente dentro do valor mínimo previsto pelas normas.
Exemplo 2
Consideremos, agora, uma sala com a largura (L) de 3,0m e o comprimento (C) de 3,8m. Sua área será:
A = L x C + 3,0 x 3,8 = 11,4m².
A = 11,4m2
Já sabemos que para os primeiros 6m², a potência mínima de 100VA. Como 11,4m2 correspondem a uma
área maior do que 6m2 (valor máximo de área permitido pela norma para estabelecer um ponto de
iluminação com potência de 100VA) é preciso descobrir a área que sobra que é:
11,4m2 – 6m2 = 5,4m2
Como 5,4m² correspondem a um valor superior a 4m², acrescenta-se mais 60VA de potência ao circuito.
O valor restante, ou seja, 1,4m² estão abaixo de 4m² e não é considerado. Por isso, consideram-se como
valor mínimo de potência de iluminação neste ambiente, apenas os dois primeiros valores:
100 + 60 = 160VA
Observações
1 - As indicações da norma referem-se sempre a valores mínimos para cada ambiente. Isso não impede
que sejam acrescentados outros pontos ou maior potência em cada ambiente, dependendo do uso e das
preferências dos moradores da residência ou usuários do prédio comercial ou industrial.
2 - Para o dimensionamento de iluminação em prédios não-residenciais, ou seja, área de trabalho
comercial ou industrial usa-se o método de lumens, descrito em norma própria (NBR 5413 – Iluminação
de interiores – procedimentos).
110
Figura 35
2. Tomada de Uso Específico ou TUE que alimenta os aparelhos estacionários que, embora possam ser
removidos, trabalham sempre em determinado local, como por exemplo, o chuveiro, a máquina de lavar
roupa, o aparelho de ar condicionado etc.
Figura 36
111
• Em copas, cozinhas ou combinação delas, deve-se ter uma tomada de uso geral a cada 3,5m de
perímetro ou fração de perímetro. Acima da bancada da pia devem ser previstas, no mínimo, duas
tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos.
• Nos banheiros deve haver, no mínimo, uma tomada junto ao lavatório a uma distância de 60cm do limite
do boxe.
Observação
Para ambientes tais como banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
locais semelhantes, deve-se atribuir, no mínimo, 600VA por tomada, com limite máximo de até 3
tomadas, adotando-se 100VA para as tomadas excedentes.
Para compreender melhor essas orientações, a seguir são apresentados dois exemplos de
dimensionamento de TUGs.
Exemplo 1
Consideremos, inicialmente, uma sala com a largura (L) de 2,2m e o comprimento (C) de 3,5m. Seu
perímetro será a soma das medidas das quatro paredes do cômodo, ou seja:
P=L+L+C+C
Simplificando a expressão, tem-se:
P = (2 x L) + (2 x C)
P = (2 x 2,2) + ( 2 x 3,5)
P = 4,4 + 7
P = 11,4m
Em seguida, divide-se o valor obtido por 5:
n = 11,4 ÷ 5 = 2
Esse resultado indica que deverão ser instaladas 2 tomadas: uma a cada cinco metros. Porém, como ainda
sobram 1,4m, mais uma tomada deverá ser instalada, totalizando assim três TUGs.
Este valor estimado de 3 tomadas não é necessariamente o valor final, porém é, segundo a NBR 5410, o
número mínimo admissível para esta área. Por conveniência, pode-se estabelecer que o comum seria ter
uma tomada por parede, no mínimo, pois é normal mudar a disposição dos móveis em uma sala.
Por esse motivo, fica bem dimensionado o valor de 4 tomadas de uso geral para esse ambiente.
Exemplo 2
O segundo exemplo considera uma cozinha com a largura (L) de 3,0 m e o comprimento (C) de 3,8 m.
Tem-se, então:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,0) + (2 x 3,8)
P = 6 + 7,6
P = 13,6m
Em relação a cozinhas, a NBR 5410 orienta que as tomadas sejam instaladas a cada 3,5m ou fração de
perímetro. Assim, o valor do perímetro (13,6m) será dividido por 3,5.
n = 13,6 ÷ 3,5.
n = 3,88
Esse resultado indica uma tomada para cada um dos três primeiros 3,5 m do perímetro, o que resultará em
três tomadas e mais uma para os 0,88m (fração) restantes, totalizando assim quatro TUGs na cozinha.
Deve-se considerar 600VA para as três primeiras tomadas e 100VA para cada uma das tomadas
excedentes:
P = (3 x 600) + 100
P = 1.800 + 100
P = 1900VA
Observação
Para cada tomada prevista, a potência deve ser de, no mínimo, 100VA em cada uma. Esta será a carga
mínima de potência nos demais cômodos ou dependências.
Seguindo as normas e a boa prática das instalações elétricas, não se deve esquecer que em todo e qualquer
projeto, o cliente deve ser consultado e, sempre que possível, deverá ser instalada uma quantidade maior
de pontos de tomada de uso geral que o valor mínimo calculado indica. Assim, evita-se a utilização de
extensões e benjamins, reduzindo o desperdício de energia e evitando comprometer a segurança da
instalação.
112
27.46 3.7 Dimensionamento de tomadas de uso específico (TUEs)
A quantidade de aparelhos que utilizam tomadas de uso específico é determinada de acordo com o
número de aparelhos cuja utilização conhecemos, antecipadamente, e que estarão fixos numa determinada
posição no ambiente.
Os aparelhos utilizados nestas tomadas são, em geral, chuveiro, torneira elétrica, secadora e lavadora de
roupas, microondas etc.
O dimensionamento da potência de cada tomada vai depender, então, diretamente da potência nominal do
equipamento a ser alimentado.
Observação
A potência nominal é a potência indicada na identificação do aparelho, ou em sua especificação contida
no manual de instalação.
Veja alguns exemplos:
• Torneira elétrica: 3.000W a 5000W
• Geladeira: 500W a 800W
• Chuveiro: 5.600W a 6.500W
• Máquina de Lavar: 600W a 2.000W
• Secadora de roupas: 2500W a 5000W
• Torradeira: 500W a 1.200W
• Ferro de passar roupa: 400W a 1.600W
• Secador de cabelos: 500W a 1.600W
Como em cada cômodo, estes aparelhos já possuem local pré-determinado, devem-se prever suas tomadas
instaladas a, no máximo, 1,5m de cada equipamento.
Deve-se lembrar, ainda, que para circuitos que contêm chuveiros, torneiras e aquecedores, é conveniente
considerar uma potência maior, pois estes podem ser facilmente trocados pelo usuário da residência.
113
• Serviço 3: Área de serviço.
- Para os circuitos de tomada de uso específico, deve-se ter:
• Uma tomada para o chuveiro elétrico.
• Uma tomada para cada equipamento que possua corrente maior que 10A.
Para resumir, pode-se dizer que haverá um circuito independente para cada carga que possua corrente
nominal superior a 10A, havendo, portanto, apenas uma tomada e um dispositivo de proteção para o
referido circuito.
Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases de
modo que se obtenha o melhor equilíbrio possível.
Para melhor compreender como fazer essa distribuição de circuitos, estude cuidadosamente os exemplos a
seguir.
Exemplo 1
Consideremos uma casa com dois dormitórios, uma sala, uma copa, uma cozinha, uma área de serviço e
um banheiro, cujo proprietário é muito preocupado com segurança e uso responsável de energia. Por isso,
solicitou que o projeto da instalação elétrica seja realizado dentro dos parâmetros da norma, sem
economias “porcas”. Quais cargas de tomada específica são possíveis prever nesta residência e quantos
serão os circuitos correspondentes? Antes do início do projeto, o dono da residência informou ao
projetista a previsão dos seguintes equipamentos que o profissional anotou em sua planilha:
1 - Nos dormitórios haverá um aparelho de ar condicionado em cada um (220V, 5A) e um computador
(127V, 4A) em um deles.
2 - Na sala e na copa e na copa não haverá nenhuma tomada de uso específico.
3 - Na cozinha haverá uma geladeira (127V, 4A), um forno de microondas (127V, 7A) e uma torneira
elétrica (220V, 20A).
Na área de serviço serão instaladas uma lavadora (127V, 6A) e uma secadora (127V, 12A). No banheiro
haverá um aquecedor para a torneira da pia (220V, 20A) e um chuveiro (220V, 32A).
Seguindo as exigências da NBR 5410, o projetista concluiu que haverá um circuito para cada
equipamento que possua corrente acima de 10A, ou seja:
Circuito 1 - Uma torneira elétrica da cozinha (20A);
Circuito 2 - Um chuveiro elétrico no banheiro (32A);
Circuito 3 - Um aquecedor para a torneira da pia do banheiro (20A);
Circuito 6 - uma secadora (12A);
Os circuitos restantes foram assim agrupados:
Circuito 4 – dois aparelhos de ar condicionado para os dormitórios (2 x 5A);
Circuito 5 – uma geladeira (4A) e um forno de microondas (7A) na cozinha.
Circuito 7 - uma lavadora (6A), na lavanderia.
Circuito 8 – Computador (4A) e demais TUGs dos dormitórios;
Circuito 9 – TUGs da sala e copa.
Observe que cada cliente terá gostos e necessidades específicas. Assim, o exemplo dado acima é apenas
uma sugestão. Em uma residência com a mesma quantidade de cômodos, é possível eliminar alguns
circuitos e cargas conforme seja conveniente ou, ainda, acrescentar mais alguns circuitos, de acordo com
as necessidades do cliente.
Exemplo 2
Um banheiro deverá ter um TUE para um chuveiro dos mais modernos e completos que possui um
regulador de temperatura que atinge a potência máxima de 7.500W. Para determinar sua corrente, é
preciso lembrar que todo circuito alimentador para chuveiros tem a tensão de 220V. Assim:
I=P÷V
I = 7.500 ÷ 220
I = 34,0 A
Apenas após calcular a corrente de cada circuito é que é possível especificar os condutores e o disjuntor
adequados.
Observação
Dimensionar a fiação de um circuito é definir a bitola dos cabos alimentadores do circuito de forma que
seja garantido que a corrente que circular por ele, durante um tempo ilimitado, não provocará
superaquecimento.
115
Figura 37
116
Agora, veja o dimensionamento da potência de iluminação dos demais cômodos:
• Dormitório: A = 3,4 x 3 = 10,2m2. A potência de iluminação do dormitório é 160VA.
• Cozinha: A = 4,15 x 3 = 12,45m2. A potência de iluminação do dormitório é 160VA.
• Lavanderia: A = 3,50 x 3 = 10,5m2. A potência de iluminação da lavanderia é 160VA.
• Garagem: A = 1,75 x 2,90 = 5,075m2. Como a área é menor que 6m2, a potência de iluminação a ser
adotada é 100VA.
• Banheiro: A = 2,15 x 2,20 = 4,73m2. Como a área é menor que 6m2, a potência de iluminação a ser
adotada é 100VA.
• Corredor: A = 2,15 x 1 = 2,15m2. Como a área é menor que 6m2, a potência de iluminação a ser
adotada é 100VA.
Agora veja como ficou a tabela:
Veja a planta com os pontos de iluminação identificados e localizados em seus respectivos cômodos.
Figura 38
O próximo passo é dimensionar as tomadas de uso geral de acordo com a NBR 5410. Para melhor
entendimento, vamos analisar cada cômodo separadamente.
Veja como ficou:
Sala: como a área é superior a 6m2, a potência de tomadas deve ser dimensionada através do perímetro:
117
P = 2L + 2C
P = (2 x 4) + (2 x 3,35)
P = 8 + 6,7
P = 14,7m
Em seguida, divide-se o número obtido por 5: 14,7 ÷ 5 = 2,94
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 5m ou fração de perímetro, a
sala deverá possuir no mínimo três tomadas de 100VA.
Veja como ficou a tabela.
118
Figura 39
O próximo passo é dividir todas as cargas em circuitos terminais. Para isso será utilizada uma tabela para
organizar as informações. Veja a tabela:
Para estabelecer o(s) circuito(s) de iluminação é necessário calcular a potência total de iluminação da
casa:
P = 160 + 160 + 160 + 160 + 100 + 100 + 100
P = 940VA
Como a potência não ultrapassou 1270VA, apenas um circuito alimentará toda a iluminação da casa: é o
circuito 1. Veja como ficou a tabela.
119
Agora é a vez das tomadas de uso geral. Como as tomadas da cozinha e da lavanderia não podem estar no
mesmo circuito dos outros cômodos, vamos dividi-las em 3 circuitos:
• No circuito 2 ficarão duas tomadas de 600VA e uma tomada de 100VA da cozinha;
• No circuito 3 ficarão duas tomadas de 600VA e uma de 100VA da lavanderia;
• No circuito 4 ficarão uma tomada de 600VA da lavanderia, uma tomada de 600VA e uma de 100VA da
cozinha.
Veja como ficou a tabela.
O próximo passo é somar a potência dos demais cômodo e verificar se a potência não ultrapassa 1270VA:
P = sala + dormitório + garagem + corredor + banheiro
P = 300 + 300 + 100 + 100 + 600
P = 1400VA
Como a potência ultrapassou 1270VA, faremos a seguinte distribuição:
• No circuito 5 ficarão as tomadas da sala, dormitório, garagem e corredor;
• No circuito 6 ficará a tomada do banheiro.
Veja como ficou a tabela:
120
Agora, basta destinar um circuito para cada tomada de uso específico de acordo com a previsão dos
equipamentos a serem instalados na casa.
Veja como ficou a tabela completa:
Veja como ficou a planta com a divisão de circuitos, mas ainda sem o dimensionamento dos condutores,
pois, esse assunto será estudado na próxima unidade.
121
Figura 40
Neste ponto, vamos interromper o estudo do dimensionamento das instalações elétricas, porque se trata de
um assunto bastante complexo e que, por isso, foi dividido em duas partes. Na próxima unidade, você
estudará o dimensionamento dos condutores, eletro dutos e dispositivos de proteção.
Figura 43 Figura 44
Os interruptores paralelos são aqueles que permitem o comando de uma lâmpada a partir de dois pontos
diferentes. Eles possuem três bornes: um é comum e os outros dois são responsáveis pela comutação do
circuito, o que permite que se ligue ou desligue o circuito a partir de dois pontos diferentes. Trata-se de
um componente muito usado para comandar iluminação de escadarias, corredores e dormitórios.
As figuras que seguem ilustram o sistema de acionamento interno e o esquema elétrico desse interruptor.
Figura 45 Figura 46
As figuras a seguir demonstram um circuito utilizando interruptores paralelos
Figura 47
123
Figura 48
Se os dois interruptores estiverem na mesma posição (posição I ou posição II), a lâmpada estará acesa.
Por outro lado, se os interruptores estiverem em posições diferentes, a lâmpada se apagará. Desta forma,
independentemente da posição de um dos interruptores, é possível comandar a lâmpada a partir de
qualquer um dos pontos.
Quando é necessário comandar uma lâmpada ou um circuito a partir de vários pontos diferentes (três ou
mais pontos), é necessário utilizar dois interruptores paralelos e interruptores intermediários entre eles.
Os interruptores intermediários possuem quatro bornes de ligação, responsáveis pela comutação dos
circuitos.
Através desses interruptores é possível a comutação do circuito em quantos pontos forem necessários,
pois a sua construção permite dois tipos de ligações que possibilitam esta comutação. As figuras a seguir
ilustram as ligações nas posições I e II.
Figura 49 Figura 50
Figura 51
Se for necessário comandar a lâmpada do circuito anterior em sete pontos diferentes, bastaria acrescentar
ao circuito mais três interruptores intermediários, entre os interruptores paralelos.
Estes interruptores são utilizados em corredores longos com várias portas no seu percurso, como por
exemplo, em hospitais, onde é necessário o comando de um circuito em vários pontos diferentes.
O aspecto físico dos interruptores varia de acordo com o fabricante e necessidade do ambiente onde ele
será usado. Os interruptores simples e paralelo são idênticos e o intermediário possui tecla dupla.
A seguir são apresentados alguns modelos como exemplo. É sempre interessante consultar catálogos de
fabricantes para conhecer a diversidade de combinações e tipos de interruptores fabricados, a fim de
escolher o que melhor se adapte ao trabalho a ser realizado.
124
Figura 52
De acordo com o interruptor utilizado, escolhe-se um tipo de placa de proteção.
As figuras que seguem ilustram alguns modelos.
Figura 53
Figura 54
Nesses tipos de dispositivos os valores de tensão de serviço e corrente nominal mais comuns são: 250 V -
6A, 10A, 15A e 30A.
Os plugues e as tomadas são fabricados normalmente de baquelite, porcelana ou náilon. Eles se
diferenciam entre si pelo formato e quantidade de pinos. Os pinos podem ser redondos ou chatos e devem
corresponder ao formato e quantidade dos contatos da tomada.
Quando o plugue possui o pino-terra, este normalmente diferencia-se dos outros pinos pelo seu maior
comprimento.
125
Figura 55
A tomada pode ser simples ou universal. O que diferencia uma da outra é o formato dos pinos do plugue
que podem ser encaixados. A tomada simples só pode receber pinos redondos, enquanto que a tomada
universal aceita pinos redondos e chatos, conforme ilustrações que seguem.
Figura 56
A seguir, são apresentados alguns modelos de tomadas e plugues. Consultando catálogos de fabricantes, é
possível encontrar muitos outros tipos.
Figura 57 Figura 58
A instalação de interruptores e tomadas deve obedecer à norma NBR 5410. Essa norma determina que o
interruptor fique a 1,3 m do piso. Para tomadas existem três alturas padronizadas: a 30 cm (baixa), a 1,3
m (média) e a 2 m (alta) do piso acabado.
Figura 59
É importante lembrar que, para se manter atualizado em relação à tecnologia e aplicação dos diversos
componentes dos circuitos elétricos que compõem uma instalação elétrica predial, o eletricista deve
colecionar catálogos de fabricantes.
Além de fornecer dados técnicos atualizados sobre os componentes, eles o ajudarão a dar orientação mais
correta para auxiliar o cliente na escolha do melhor material para sua instalação.
126
presentes até mesmo nas residências mais simples, resultarão em uma instalação que, geralmente, não
atenderá às necessidades de seus usuários.
Aprendeu, também, a dividir a instalação em circuitos terminais e a calcular a corrente a ser suprida pelos
circuitos. Esse dado auxilia na escolha dos condutores e dispositivos de proteção adequados a cada
circuito.
Nesta unidade, você vai aprender a dimensionar os condutores, eletrodutos e os dispositivos de proteção
para os circuitos de iluminação, os das tomadas de uso geral e os das tomadas de uso específico.
b) Seção mínima
dos condutores neutro e de aterramento para circuitos trifásicos
127
Para o
dimensionamento dos condutores, a NBR 5410/04 estabelece dois critérios. São eles:
· Dimensionamento pelo critério da máxima condução de corrente;
· Dimensionamento pelo critério da queda de tensão admissível nos condutores.
Neste texto, será utilizado o critério da máxima condução de corrente, devido a sua maior utilização em
projetos elétricos prediais e residenciais. Para obter informações sobre o critério da queda de tensão
admissível nos condutores, você deverá consultar os textos complementares.
128
O fator de agrupamento de condutores é o valor utilizado para efetuar a correção da corrente elétrica. O
fator de agrupamento é um valor numérico estabelecido em função do agrupamento de circuitos no pior
trecho do projeto. Observe a tabela a seguir:
Para utilizar a tabela, você deverá identificar o circuito cujo fator de agrupamento deverá ser calculado.
Em seguida, deverá seguir todo o trajeto desse circuito e identificar em qual trecho do percurso há um
maior agrupamento de outros circuitos.
Na tabela, observe que um condutor, com seção de 1,5 mm2, suporta 15,5A e, um condutor, com 4,0
mm2, suporta 28A.
Agora que você já sabe qual é a seção mínima do condutor de cada circuito em função do uso, sabe como
calcular a corrente corrigida de um circuito e também sabe qual a máxima corrente que os condutores
suportam de acordo com a NBR 5410/04. Para escolher a correta seção do condutor a ser utilizado no
projeto, basta seguir a seguinte expressão:
IZ ≥ IC
A expressão significa que o condutor escolhido deve possuir uma capacidade de condução de corrente
maior ou igual é corrente corrigida. Nela, IC é a corrente corrigida e IZ é a capacidade de condução de
corrente.
Veja os exemplos que mostram como definir a capacidade de condução de corrente dos condutores.
Exemplo 1
Qual é a seção do circuito 1 de uma residência que possui as seguintes características:
- Circuito de iluminação;
130
- Potência de 800VA;
- Tensão do circuito igual a 127V;
- 2 circuitos agrupados no interior do eletroduto.
O primeiro passo é calcular a corrente de projeto:
IB = P ÷ V
IB = 800 ÷ 127
IB = 6,29A
Como o circuito 1 está agrupado com mais um circuito no interior do eletroduto, o fator de agrupamento
para 2 circuitos no interior do eletroduto é 0,80. Assim, f = 0,80
Aplicando a fórmula tem-se:
Ic = IB ÷ f
Ic = 6,29 ÷ 0,80
Ic = 7,87A
Para determinar a seção do condutor a ser utilizado, é necessário consultar a tabela referente à capacidade
de condução de corrente dos condutores. Pela NBR 5410/04, não é permitido utilizar um condutor com
seção menor que 1,5mm2, que, pela tabela de capacidade de condução de corrente de condutores, suporta
até 15,5A. Então, o condutor a ser utilizado é o de 1,5 mm2.
Exemplo 2
Quais são as seções dos condutores dos circuitos 1, 2 e 3 da planta mostrada a
seguir, para uma tensão de 127 V (fase-neutro) e 220 V (fase-fase)?
Agora, vamos preencher a tabela com o número de cada circuito, o tipo (iluminação, TUG ou TUE), a
tensão e a potência de cada um. Veja como ficou a tabela:
131
Agora, é preciso calcular a corrente de projeto (IB). Para isso, basta dividir a potência pela tensão de cada
circuito. Veja como ficou a tabela:
Agora, para determinar o fator de agrupamento, deve-se observar a planta, e verificar a pior situação de
cada circuito, ou seja, analisar o caminho que cada circuito percorre na planta para indicar qual o seu
maior agrupamento. Veja como ficou a tabela:
Observe que a pior situação do circuito 1, está no trecho entre o quadro geral e a lâmpada. No trecho,
existem dois circuitos agrupados, o circuito 1 e o circuito 3, como para o circuito 3 também é a pior
situação, ou seja, dois circuitos agrupados no interior do eletroduto, o fator de agrupamento para o
circuito 1 e para o circuito b3 é 0,80.
Observe agora que, para o circuito 2, o fator de agrupamento é 1,00, pois em todo o seu percurso na
planta, ele não divide espaço com nenhum outro circuito.
O próximo passo é calcular a corrente corrigida. Para isso, basta dividir a corrente de projeto (IB) pelo
fator de agrupamento (f). Veja como ficou a tabela:
Note que a corrente do circuito 2 não sofreu alteração. Isso ocorre devido a sua característica de estar
sozinho no interior do eletroduto.
Agora o passo final é definir qual é a seção dos condutores a serem utilizados em cada circuito. Lembre-
se de que para circuitos de iluminação, a seção mínima estabelecida pela NBR 5410/04 é 1,5mm2 e para
circuitos de tomadas, a seção mínima é de 2,5mm2.
Para o circuito 1, a corrente corrigida é 1,96A. Para este valor de corrente, um condutor de seção igual a
0,50mm2 seria suficiente, mas devido à exigência da NBR 5410/04 que também se preocupa com
esforços mecânicos, a seção do condutor a ser utilizada será de 1,5mm2.
Para o circuito 2, também ocorre a mesma situação, já que o circuito possui um valor pequeno de
corrente, mas em função do uso do circuito, a seção a ser utilizada será de 2,5mm2.
Para o circuito 3, é preciso tomar cuidado para determinar a seção do condutor a ser utilizado, pois a NBR
5410/04 estabelece a seção mínima de 2,5mm2, mas este condutor suporta até 21A, inferior à corrente
corrigida. Para solucionar este problema, basta utilizar o condutor com seção de 4mm2, que suporta até
28A.
132
28.3 5.4 Dimensionamento eletrodutos
Para o correto dimensionamento dos eletrodutos de uma instalação elétrica, é necessário definir a taxa de
ocupação do eletroduto a ser utilizado. A taxa de ocupação é o percentual máximo da área do eletroduto
que pode ser ocupada pelos condutores. A taxa de ocupação pode variar entre 40% e 53% em função da
quantidade de condutores que serão instalados.
A taxa de ocupação mais utilizada é a de 40%, pois é utilizada quando serão instalados 3 ou mais
condutores no interior do eletroduto.
Para simplificar o dimensionamento, utiliza-se uma tabela, que a partir do número de condutores e a
seção do maior condutor de cada trecho, fornece o tamanho nominal do eletroduto. Veja a tabela:
133
Exemplo 2
Determinar o diâmetro do eletroduto para os condutores fase e neutro de 1,5mm2, fase, neutro e terra de
2,5mm2 e duas fases e um terra de 4mm2.
Neste trecho de eletroduto passam oito condutores e a seção do maior condutor é 4mm2.
Veja como encontrar o valor na tabela:
Para dimensionar o valor da corrente do disjuntor do circuito 1, deve-se escolher um disjuntor com
corrente superior ou igual a 1,96A (IC) e menor ou igual a 15,5ª (IZ). Veja a definição:
1,69 ≤ In ≤ 15,5
134
Para a escolha do disjuntor existe a opção de 10A ou 15A, porém vamos indicar um disjuntor de 15A para
dar uma “folga” ao circuito e proteger os condutores. O circuito poderá, também, alimentar mais
lâmpadas.
Veja agora a definição para o circuito 2: 2,36 ≤ In ≤ 21
O disjuntor será o de 20A.
Para o circuito 3, veja como fica a definição: 25 ≤ In ≤ 28
O disjuntor será o de 25A, pois não são fabricados disjuntores de 26A, 27A ou 28A. Veja como ficou a
tabela:
Figura 60
O quadro de distribuição deverá:
• conter um dispositivo de proteção Diferencial Residual contra choques elétricos;
• ser instalado em lugar de fácil acesso, com proteção adequada às influências externas e o mais próximo
possível do centro de cargas da residência (local onde haja maior concentração de cargas de potências
elevadas: cozinha, área de serviço, banheiro, etc.);
• possuir identificação dos circuitos.
Em cada quadro de distribuição, deverá ser prevista uma capacidade de reserva que permita ampliações
futuras. Essa capacidade deverá ser compatível com a quantidade e tipo de circuitos efetivamente
previstos inicialmente.
De acordo com a NBR 5410/ 2004, esta previsão de reserva deverá obedecer aos seguintes critérios:
• Quadros com até 6 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 2 circuitos;
• Quadros de 7 a 12 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 3 circuitos;
• Quadros de 13 a 30 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 4 circuitos;
• Quadros acima de 30 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 15% dos circuitos.
135
não possa ser evitado, poderá ser minimizado por meio da escolha correta do tipo de condutor cujo
material de fabricação e bitola devem estar de acordo com as demandas de sua utilização.
De mesma forma, a utilização do eletroduto adequado às necessidades de segurança da instalação, é de
grande importância.
O presente texto contém informações sobre condutores e eletrodutos que são de interesse de todo
eletricista.
Comparando a resistividade do alumínio com a do cobre, verifica-se que a resistividade do alumínio é 1,6
vezes maior que a do cobre. Portanto, para substituir um condutor de alumínio por um de cobre, deve-se
diminuir a seção deste em 1,6 vezes com relação ao condutor de alumínio, para que este conduza a
mesma corrente nas mesmas condições.
Em instalações residenciais, comerciais e industriais, o condutor de cobre é o mais utilizado. O condutor
de alumínio é mais empregado em linhas de transmissão de eletricidade. Esse uso é devido à sua menor
densidade e, conseqüentemente, menor peso. Isso é um fator de economia, pois as torres de sustentação
podem ser menos reforçadas.
Figura 61
O cabo é mais flexível que um fio de mesma seção. Assim, quando se necessita de um condutor com
seção transversal superior a 10 mm2 é quase obrigatório o uso do cabo devido à sua flexibilidade, uma
vez que o fio a partir desta seção é de difícil manuseio.
O cabo pode ser formado por um condutor (cabo simples ou singelo) ou vários condutores (múltiplo).
136
Figura 62
Figura 63
A camada interna é constituída por um composto com propriedades elétricas superiores, sendo que a
externa é constituída por um material com características mecânicas excelentes.
Figura 64
A isolação suporta temperaturas elevadas, de acordo com o material que é utilizado na sua fabricação.
Veja tabela a seguir:
Figura 65
Para se executar este tipo de emenda, os condutores a serem unidos devem ser desencapados com o
auxílio de um canivete em aproximadamente 50 vezes seu diâmetro.
Figura 66
O revestimento isolante deve ser retirado com um canivete usado de forma inclinada como se estivesse
apontando um lápis.
Figura 67
O fio sem isolação deve ser cruzado, e as primeiras espiras enroladas com os dedos:
138
Figuras 68 e 69
Então, prossegue-se com o alicate universal, dando o aperto final com dois alicates.
Figura 70 Figura 71
As emendas de condutores em caixas de ligações são denominadas rabo de rato.
Para esse tipo de emenda, os condutores são desencapados da mesma forma e comprimento do processo
anterior.
Os fios devem estar fora da caixa e a emenda deve ser iniciada torcendo-se os condutores com os dedos.
Figura 72 Figura 73
O aperto final deve ser dado com o alicate.
Figura 74
Dobrando-se a emenda no meio, faz-se o travamento.
Figura 75
139
Quando é necessário derivar um condutor em uma rede elétrica, independentemente do tipo de ligação,
usa-se a derivação.
Figura 76
O condutor a ser derivado deve ser desencapado num comprimento de aproximadamente 50 vezes seu
diâmetro. A região do outro condutor onde se efetuará a emenda deve ser desencapada num comprimento
aproximado de 10 vezes o seu diâmetro.
Figura 77
Deve-se cruzar o condutor em um ângulo de 90° em relação ao condutor principal, segurando-os com o
alicate universal.
Figura 78
O condutor derivado deve ser enrolado com os dedos sobre o principal mantendo-se as espiras uma ao
lado da outra, e um mínimo de 6 espiras.
Figura 79 Figura 80
Utilizando dois alicates, dá-se o aperto final e o arremate.
140
Figura 81
Em virtude da resistência que os condutores oferecem na torção das pontas, em condutores com seção
igual ou superior a 10 mm2 outro processo de emenda é utilizado. Isso exige técnica especial de junções,
a fim de assegurar uma ligação mecânica forte, além do bom contato elétrico.
141
Figura 88
Para executar a emenda por soldagem, o ferro de soldar deve estar com a ponta limpa, quente e com uma
certa quantidade de metal de adição derretido.
O ferro deve ser o apoio da emenda, e o metal de adição deve estar apoiado na parte superior da emenda
até que a solda fundida preencha todos espaços entre as espiras e cubra totalmente a emenda.
Importante!
Durante o processo de soldagem, manter o ambiente ventilado e deve-se evitar a inalação dos vapores
emitidos neste momento, uma vez que prejudicam a saúde.
Figura 92
Figura 96
Comercialmente são adquiridos em barras de 3 metros, cujas extremidades são roscadas e providas de
uma luva.
Figura 97
Os eletrodutos rígidos de aço são especificados de acordo com as normas NBR 5597, 5598, 5624 e
13057. Apresentam variação de diâmetro e espessura de parede conforme a tabela a seguir:
As diferenças entre as normas citadas estão no acabamento, no tipo de rosca (BSP ou NPT) e na presença
ou ausência de costura no eletroduto.
143
Observações
I. A designação do diâmetro do eletroduto deve ser feita pelo diâmetro nominal e não pela designação da
rosca.
II. No comércio são encontrados eletrodutos de má qualidade que não atendem às normas. Os
comerciantes chamam esses materiais de eletrodutos leves, médios ou pesados. Esse material e essas
denominações não devem ser usados.
Para a fixação dos eletrodutos em instalações aparentes são utilizadas braçadeiras apropriadas para cada
ocasião e que são encontradas em catálogos de fabricantes.
Os eletrodutos metálicos não devem ser utilizados em ambientes corrosivos ou com excessiva umidade.
Além disso, eles devem ser curvados a frio, pois o calor destrói sua proteção de esmalte, o que causará a
posterior oxidação do eletroduto.
Figura 98
Para dobrar o eletroduto é necessário que antes se prepare um gabarito de arame de acordo com as curvas
a serem feitas.
Figura 99
As partes que serão curvadas devem ser marcadas no eletroduto.
Para executar o dobramento, apóia-se o eletroduto no chão. O dobra-tubos é então seguro com as mãos, e
o operador prende o eletroduto com os pés. O cabo do dobra- tubos é puxado aos poucos e o eletroduto é
dobrado conforme a inclinação da curva desejada.
Durante essa operação, não se pode esquecer de comparar o eletroduto com o gabarito preparado
anteriormente.
Para executar essa operação, pode-se usar, também, o tripé do tipo dobra-tubos.
Com esse equipamento, porém, o tripé fica fixo e é o eletroduto que é movimentado.
144
Os eletrodutos rígidos de PVC são normalmente utilizados em instalações embutidas ou instalações
externas em ambientes úmidos. Porém, não devem ser utilizados em ambientes onde a temperatura seja
superior a 50ºC.
Para utilização em desvios da instalação são fabricadas curvas de 90º.
Figura 100
Em alguns casos é necessário curvar o eletroduto em ângulos, para adaptá-lo ao traçado de uma
instalação, quando este encontre um obstáculo ou acompanhe uma superfície com uma curvatura especial.
Da mesma forma como com os eletrodutos de aço, em alguns casos, quando se empregam os eletrodutos
rígidos de PVC, é necessário curvá-los em ângulos, para adaptá-los ao traçado da instalação. Para isso, é
necessário ter uma fonte de calor e uma mola de aço com diâmetro compatível com a medida do diâmetro
interno do eletroduto.
Para curvar o eletroduto de PVC, primeiro deve-se marcar a zona a ser curvada com dois traços. Depois
disso, seleciona-se a mola correspondente ao eletroduto, introduzindo-a de maneira que coincida com a
zona a ser curvada.
Figura 103
Quando se percebe que o material está cedendo, começa-se a curvá-lo lentamente. Deve-se evitar queimar
ou amolecer demasiado o plástico.
Continua-se dobrando o eletroduto até obter a forma desejada, controlando com o gabarito
correspondente ou sobrepondo-o ao traçado. Quando o curvamento estiver de acordo com o gabarito, a
zona curvada deve ser imediatamente resfriada com um pano umedecido ou submergindo-a em um
recipiente com água fria.
145
28.21 6.10.4 Eletroduto metálico flexível
Este eletroduto é formado por uma cinta de aço galvanizada, enrolada em espirais meio sobrepostas e
encaixadas de tal forma que o conjunto proporcione boa resistência mecânica e grande flexibilidade. Esse
produto também é fabricado com um revestimento de plástico a fim de proporcionar maior resistência e
durabilidade.
Figura 104
São utilizados em instalações expostas de máquinas e motores elétricos.
Figura 105
Este eletroduto é comercializado em rolos de 100 metros, que contêm a indicação do diâmetro externo.
Figura 106
No comércio, os eletrodutos flexíveis de PVC são adquiridos em rolos de 50 ou 100 metros.
146
Isso garante a segurança contra choques elétricos e incêndios. Apesar de se ter a sensação de choque em
caso de contato da fase com o corpo humano, não há risco de vida, caso o circuito seja protegido por esse
dispositivo.
Figura 112
NOTAS
1 Excluem-se, na alínea a), os circuitos que alimentem aparelhos de iluminação posicionados a uma altura
igual ou superior a 2,50 m.
2 Podem ser excluídas, na alínea d), as tomadas de corrente claramente destinadas a alimentar
refrigeradores e congeladores e que não fiquem diretamente acessíveis.
3 A proteção dos circuitos pode ser realizada individualmente ou por grupos de circuitos.
Figura 115
Os fusíveis são formados por um corpo de material isolante, normalmente fibra prensada ou porcelana no
qual está inserido um fio fusível de chumbo, cobre ou prata, que uma vez fundido por sobrecarga ou
curto-circuito, interrompe a corrente do circuito.
148
O corpo de material isolante serve de proteção contra acidentes pessoais (choques). Os fusíveis são
construídos para várias intensidades de correntes e tensão máxima de serviço até 600 V.
O fio fusível existente no interior do fusível, chamado de elo fusível, ou lâmina fusível, é o condutor que
se funde dentro do fusível e interrompe a corrente do circuito quando há sobrecarga de longa duração ou
curto-circuito.
Figura 116
Quando ocorrer a queima do elo fusível, o dispositivo deverá ser substituído por outro de mesma
característica.
Figura 117
28.32 Construção
Os fusíveis NH são constituídos por duas partes: base e fusível.
A base é fabricada de material isolante como a esteatita, o plástico ou o termofixo.
Nela são fixados os contatos em forma de garras às quais estão acopladas molas que aumentam a pressão
de contato.
149
Figura 118
O fusível possui corpo de porcelana de seção retangular. Dentro desse corpo, está o elo fusível e o elo
indicador de queima, imersos em areia especial.
Nas duas extremidades do corpo de porcelana existem duas facas de metal que se encaixam perfeitamente
nas garras da base.
Figura 119
O elo fusível é feito de cobre em forma de lâminas vazadas em determinados pontos para reduzir a seção
condutora. O elo fusível pode ainda ser fabricado em prata.
28.34 Construção
O fusível DIAZED (ou D) é composto por: base (aberta ou protegida) tampa fusível, parafuso de ajuste e
anel.
A base é feita de porcelana dentro da qual está um elemento metálico roscado internamente e ligado
externamente a um dos bornes. O outro borne está isolado do primeiro e ligado ao parafuso de ajuste,
como mostra afigura a seguir.
Figura 120
A tampa, geralmente de porcelana, fixa o fusível à base e não é inutilizada com a queima do fusível. Ela
permite inspeção visual do indicador do fusível e sua substituição mesmo sob tensão.
150
Figura 121
O parafuso de ajuste tem a função de impedir o uso de fusíveis de capacidade superior à desejada para o
circuito. A montagem do parafuso é feita por meio de uma chave especial.
Figura 122
O anel é um elemento de porcelana com rosca interna, cuja função é proteger a rosca metálica da base
aberta, pois evita a possibilidade de contatos acidentais na troca do fusível.
Figura 123
O fusível é um dispositivo de porcelana em cujas extremidades é fixado um fio de cobre puro ou
recoberto por uma camada de zinco. Ele fica imerso em areia especial cuja função é extinguir o arco
voltaico e evitar o perigo de explosão quando da queima do fusível.
Figura 124
O fusível possui um indicador, visível através da tampa, cuja corrente nominal é identificada por meio de
cores e que se desprende em caso de queima.
Veja na tabela a seguir algumas cores e suas correntes nominais correspondentes:
O elo indicador de queima é constituído de um fio muito fino ligado em paralelo com o elo fusível. Em
caso de queima do elo fusível, o indicador de queima também se funde e provoca o desprendimento da
espoleta.
Figura 125
Figura 126
152
O disjuntor é composto das seguintes partes:
• caixa moldada feita de material isolante na qual são montados os componentes;
• alavanca liga-desliga por meio da qual se liga ou desliga manualmente o disjuntor;
• extintor de arco ou câmara de extinção, que secciona e extingue o arco que se forma entre os contatos
quando acontece sobrecarga ou curtocircuito;
• mecanismo de disparo que desliga automaticamente o disjuntor em caso de anormalidade no circuito;
• relé bimetálico que aciona o mecanismo de disparo quando há sobrecarga de longa duração;
• relé eletromagnético que aciona o mecanismo de disparo quando há um curto-circuito.
Figura 127
O disjuntor inserido no circuito funciona como um interruptor. Como o relé bimetálico e o relé
eletromagnético são ligados em série dentro do disjuntor, ao ser acionada a alavanca ligadesliga, fecha-se
o circuito que é travado pelo mecanismo de disparo e a corrente circula pelos dois relé.
Figura 128
Havendo uma sobrecarga de longa duração no circuito, o relé bimetálico atua sobre o mecanismo de
disparo abrindo o circuito. Da mesma forma, se houver um curto-circuito, o relê eletromagnético é que
atua sobre o mecanismo de disparo abrindo o circuito instantaneamente.
Quando ocorrer o desarme do disjuntor, basta acionar a alavanca de acionamento para que o dispositivo
volte a operar não sendo necessária sua substituição como ocorre com os fusíveis.
Quanto às características elétricas, os disjuntores podem ser unipolar, bipolar e tripolar; normalmente para
correntes de 2 A, 4 A, 6 A, 10 A, 13 A, 16 A, 20 A, 25 A, 32 A, 40 A, 50 A, 63 A, 70 A, 80 A e outras.
Figura 129
Eles possuem disparo livre, ou seja, se a alavanca for acionada para a posição ligada e houver um curto-
circuito ou uma sobrecarga, o disjuntor desarma.
Observação
O disjuntor deve ser colocado em série com o circuito que irá proteger.
O tempo de disparo da proteção térmica (ou contra sobrecarga) torna-se mais curto quando o disjuntor
trabalha em temperatura ambiente elevada. Isso ocorre normalmente dentro do quadro de distribuição. Por
153
isso, é necessário dimensionar a corrente nominal do disjuntor, de acordo com as especificações do
fabricante, e considerando também essa situação.
Figura 130
• Tensão nominal (Un): valor eficaz da tensão pelo qual o disjuntor é designado e no qual são referidos
outros valores nominais. Esse valor deve ser igual ou superior ao valor máximo da tensão do circuito no
qual o disjuntor será instalado.
• Capacidade de interrupção (Icn): valor máximo que o disjuntor deve interromper sob determinadas
tensões e condições de emprego. Esse valor deverá ser igual ou superior à corrente presumida de curto-
circuito no ponto de instalação do disjuntor.
• Curvas de disparo: as curvas de disparo B, C e D correspondem é característica de atuação do
disparador magnético, enquanto que a do disparador térmico permanece a mesma.
B: 3 a 5 x In
C: 5 a 10 x In
Existem ainda as
curvas Z, K, MA.
D: 10 a 14 x In
Figura 131
154
Figura 132
O bimetal é formado pela união de dois metais com coeficientes de dilatação diferentes. Quando esse
bimetal é aquecido, pela elevação da corrente, curva-se acionando o contato fechado, abrindo-o.
Os dispositivos de proteção são representados pelos símbolos gráficos apresentados na tabela a seguir
conforme determina a norma NBR 5444.
Observação
Antes de substituir ou rearmar qualquer dispositivo de proteção, deve-se sanar as causas que provocaram
a interrupção do funcionamento do circuito elétrico.
28.41 8. ATERRAMENTO
Segundo a ABNT, aterrar significa colocar instalações e equipamentos no mesmo potencial de modo que
a diferença de potencial entre a terra e o equipamento seja zero. Isso é feito para que, ao se operar
máquinas e equipamentos elétricos, o operador não receba descargas elétricas do equipamento que ele
está manuseando. A ausência do aterramento é responsável por muitos acidentes, principalmente em
instalações domésticas.
Portanto, o aterramento tem duas finalidades básicas: proteger o funcionamento das instalações elétricas e
garantir a segurança do operador e do equipamento que está sendo usado.
Neste texto são apresentados as técnicas de aterramento e os materiais que são usados para esse fim.
Esses conhecimentos são de fundamental importância para o eletricista e devem ser estudados com
bastante cuidado.
Para aprender com mais facilidade esse assunto, é necessário ter conhecimentos anteriores sobre corrente
e tensão elétrica.
Observação
155
A diferença de potencial zero é chamada de equipotencialidade.
O aterramento está presente em diversos sistemas de proteção dentro de uma instalação elétrica. Ele
fornece proteção:
• contra choques elétricos;
• contra descargas atmosféricas;
• contra sobretensões;
• contra descargas eletrostáticas;
• de linhas de sinais e de equipamentos eletrônicos.
Como, para efeito de compreensão, estudam-se separadamente cada tipo de proteção mencionada na lista
acima, isso dá a entender que são sistemas separados. Todavia, isso não é verdade, pois na execução do
aterramento das instalações elétricas, existe um único aterramento.
A palavra aterramento se refere à terra devido a sua utilização como ponto de referência zero, uma vez
que ela nos circunda em todos os lugares. Quando falamos que algum equipamento ou estrutura está
“aterrada’, queremos dizer então que, pelo menos, um de seus elementos está propositalmente ligado à
terra. Veja as fotos a seguir, que mostram um sistema de aterramento no momento de sua instalação.
A tabela a seguir mostra os elementos que não podem ser considerados como massas e condutores para
fins de aterramento.
156
Assim, em um circuito em que haja um motor, por exemplo, as bobinas de um motor são os elementos
eletrizados. A carcaça (base de ferro do motor) e a estrutura de ferro que fazem parte do conjunto
constituem a massa, formada de material condutor.
Figura 137
Outros equipamentos que devem ser aterrados são:
• máquinas fixas;
• computadores e outros equipamentos eletrônicos;
• grades metálicas de proteção de equipamentos de alta tensão;
• estruturas que sustentam ou servem de base para equipamentos elétricos e eletrodutos rígidos ou
flexíveis.
157
Observações
• Em equipamentos eletrônicos e impressoras gráficas, o aterramento elimina os efeitos da eletricidade
estática.
• O aterramento para computadores deve ser exclusivo para esse tipo de equipamento.
Figura 138
O eletrodo de aterramento não precisa necessariamente ser uma haste de cobre, basicamente, os eletrodos
de aterramento podem ser divididos em alguns tipos, a saber:
• Eletrodos naturais: Esses eletrodos estão em prédios com estruturas metálicas normalmente fixadas por
meio de longos parafusos nas fundações de concreto. Esses parafusos engastados no concreto servem
como eletrodos, enquanto que a estrutura metálica funciona como condutor de aterramento. Este sistema
exige que haja uma perfeita continuidade entre todas as partes metálicas. Por isso, também devem ser
interligadas todas as partes metálicas da estrutura que possam estar desconectadas da estrutura principal.
158
Observação
O ponto de conexão do condutor de proteção com a haste de aterramento deverá estar acessível à inspeção
e protegido mecanicamente.
• Eletrodos encapsulados em concreto: Este tipo de eletrodo é a própria ferragem da estrutura da
edificação, colocada no interior do concreto das fundações. Este tipo de aterramento é muito eficaz e
apresenta bons resultados devido a sua profundidade e área de contato com a terra. Deve-se lembrar que,
qualquer que seja o tipo de fundação, a interligação entre os ferros das sapatas deve ser assegurada
através de cabos de cobre.
Figura 141
O circuito a seguir representa um transformador cujo primário e secundário estão aterrados de modo a
atender aos requisitos de funcionamento, proteção e segurança.
Figura 142
Se, por acidente, o secundário entrar em contato direto com o primário, haverá um curto-circuito através
dos eletrodos de aterramento. Esse curto-circuito fará com que a tensão caia praticamente a zero. Por
outro lado, a corrente de curtocircuito provocará a interrupção do circuito através dos fusíveis.
Neste caso, a corrente elétrica irá fluir pelo solo através das hastes de aterramento. Como a corrente
elétrica proveniente de descargas atmosféricas, curtos-circuitos e outras intempéries fluem pelo solo
através do sistema de aterramento, o solo deve apresentar boas características de condução dessa corrente
elétrica. A NBR 5410 recomenda que a resistência de aterramento medida não seja superior a 10Ω.
159
Figura 143
A corrente passa para a massa e retorna à fonte pela terra, partindo do eletrodo 1 para o eletrodo 2.
Se no sistema o neutro é aterrado, a corrente de fuga (falta) retornará por ele como mostra o diagrama a
seguir:
Figura 144
Qualquer fuga de corrente seja por meio de isolamento defeituoso ou através do corpo de pessoas ou
animais, pode causar incêndios ou acidentes, muitas vezes fatais.
Se ela ultrapassar os 15 mA, pode haver riscos para o circuito, daí a necessidade de se operar com os
dispositivos de segurança.
Figura 145
161
Figura 148 Figura 149
O sistema TN-S é um sistema com condutor neutro e condutor de proteção distintos. Veja a representação
do aterramento pelo sistema TN-S: (figura 151)
Observação
Existem restrições quanto ao uso desse sistema, porque oferece riscos. Em caso de rompimento do
condutor PEN, a massa do equipamento fica ligada ao potencial da linha como mostra a ilustração a
seguir.
Figura 154
162
Além disso, se o sistema de distribuição empregado não é conhecido, o neutro nunca deve ser usado como
terra.
No sistema TNC-S, em parte do qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único
condutor
Veja o sistema de aterramento IT: (figura 156)
Figura 157
Observação
No Brasil, o sistema TN é o mais comum, quando se trata de instalações alimentadas diretamente pela
rede pública de baixa tensão da concessionária de energia elétrica.
163
figura 158
No Brasil, as regiões nordeste e centro-oeste possuem áreas com resistividades maiores devido às
características do solo com presença de areia, calcário e granito. Assim, em virtude da variedade de
constituição do solo, alteração nas condições climáticas e desconhecimento da real situação do solo em
que será instalado o sistema de aterramento, a medição da resistência de aterramento torna-se
imprescindível.
O instrumento usado para medir a resistência de terra é chamado de terramiter, terrômetro ou megger de
terra.
A condição necessária para a medição, é que a resistência de terra de um aterramento seja de, no mínimo,
10 Ω. Para efetuar a medição corretamente, deve ser consultado o manual do fabricante do aparelho de
medição.
164
Para a medição da resistência de terra, utiliza-se o aparelho e seus eletrodos que serão inseridos no solo
em teste. A medição consiste em aplicar uma tensão entre os terminais e o aparelho indicará o valor da
resistência de aterramento. É importante ressaltar que cada aparelho pode possuir particularidades de
utilização devido às diferenças de fabricante para fabricante.
Figura 159
166
fornecimento de gás, geladeira, fogão, microondas, irrigação de jardim, equipamentos de manutenção de
piscina, hidromassagem, sauna e torneiras; abertura e fechamento de cortinas, persianas, fechaduras e
trancas; controle de som ambiente, sistema de alarme, enfim, qualquer aparelho que possua uma chave
liga-desliga.
Veja a figura de uma casa que possui algumas inovações tecnológicas:
Figura 160
167
28.58 9.5 Relés de Impulso
O relé de impulso é um dispositivo auxiliar no comando de sistemas de iluminação e controle automático
da abertura e fechamento de equipamentos. A sua função é mudar a posição do seu contato de saída,
quando recebe um pulso de tensão em sua bobina. Este pulso de tensão pode ser proveniente de um
pulsador ou de um sensor acionado por um controle remoto.
A utilização do relé de impulso proporciona as seguintes vantagens para seus usuários:
• Simplificação da instalação devido ao número reduzido de condutores;
• Economia devido à redução de condutores e diminuição da bitola dos condutores de comando;
• Versatilidade, pois é possível que a tensão seja diferente entre o circuito da carga e o circuito do
comando seja a tensão C.A. ou C.C.
• Flexibilidade em função do acionamento e da quantidade de pontos de controle da iluminação.
Veja um diagrama de ligação de relé de impulso:
Figura 161
Diagrama de ligação do relé tipo 27.01 (cortesia FINDER)
No diagrama acima, o relé está identificado pela linha tracejada e a sua bobina está ligada através dos
bornes A1/1 e A2. O funcionamento deste sistema segue a seguinte seqüência:
• Um dos pulsadores é pressionado e liberado pelo usuário;
• Com o pulso de tensão gerado pelo pulsador, a bobina é alimentada e faz com que o contato de saída
derivado do borne A1/1 feche, alimentando o borne 2 com a tensão proveniente do fio fase;
168
• As duas lâmpadas (carga) acendem e permanecem acesas mesmo que a bobina do relé não tenha mais
energia.
Veja o diagrama com as lâmpadas acesas:
Figura 162
• Agora um outro pulsador é acionado e liberado pelo usuário;
• Com o pulso de tensão gerado pelo pulsador, a bobina é alimentada e faz com que o contato de saída
derivado do borne A1/1 abra, tirando a alimentação do borne 2;
• As duas lâmpadas (carga) apagam e permanecem apagadas até que um
pulsador seja acionado novamente.
Veja o diagrama comparativo para a instalação de uma lâmpada comandada em quatro pontos diferentes
em uma casa. Na primeira figura são utilizados interruptores intermediários e na segunda, é utilizado o
relé de impulso.
Figura 163
Instalação utilizando interruptores intermediários, quando a lâmpada está acesa todos os condutores ficam
energizados.
Figura 164
Em uma instalação utilizando relé de impulso, quando a lâmpada está acesa, somente o circuito entre o
relé e a lâmpada fica energizado. A quantidade de fios é menor.
O relé de impulso pode ser instalado próximo à carga ou na caixa de interligação dos condutores.
Veja a foto do relé instalado.
169
Figura 165
Veja agora a utilização do relé de impulso na automação de uma persiana:
Figura 166
Neste caso, o relé utilizado possui dois contatos de saída que obedecem à seguinte seqüência de pulsos:
Figura 166
• 1º Pulso: Os dois contatos ficam abertos;
• 2º Pulso: Fecha o contato vermelho e a persiana desce;
• 3º Pulso: O contato vermelho abre e a persiana para na posição fechada (embaixo);
• 4º Pulso: Fecha o contato preto e a persiana sobe;
• 5º Pulso: O contato preto abre e a persiana para na posição aberta (em cima).
170
figura 167
Para a instalação de um circuito fechado de televisão, são necessários câmeras e monitores.
• Câmeras: são responsáveis por captar as imagens e convertê-las em sinais elétricos que serão
transportados para o circuito através dos cabos.
As câmeras podem captar as imagens em preto e branco, colorido e até captar o áudio do ambiente
monitorado.
Observação
Atualmente, as câmeras usam sensores de estado sólido, chamados de CCD.
Esses sensores são construídos à base de materiais semicondutores, como o silício, por exemplo. Devido a
este avanço, as câmeras ficaram com tamanho reduzido, custo menor e mais fáceis de instalar.
• Monitores: são responsáveis pelo fornecimento de imagens coloridas ou em preto e branco dependendo
do modelo. É possível utilizar um aparelho de televisão como monitor, bastando utilizar a entrada de
vídeo.
Observação
Existem monitores para circuito fechado de televisão que permitem a ligação de mais de uma câmera e
por meio de botões de seleção, é possível escolher de qual câmera se deseja ver a imagem. Esta função
também pode ser feita automaticamente utilizando um circuito chamado de seqüencial ou seqüenciador.
Com este recurso, a imagem fica mudando seqüencialmente de câmera para câmera.
Figura 168
Também existem monitores que utilizam um equipamento chamado QUAD. Este equipamento permite
que as imagens de até quatro câmeras sejam visualizadas ao mesmo tempo no monitor.
Figura 169
O seqüenciador e o quad possuem a identificação de quantas entradas e quantas saídas eles podem
comandar. Por exemplo, um quad 4x2 trabalha com quatro entradas e duas saídas de vídeo.
Figura 170
171
28.60 9.6.1 Distribuidores/Equalizadores
Os distribuidores e equalizadores são circuitos eletrônicos que permitem distribuir um mesmo sinal de
vídeo para vários monitores ou gravadores de vídeo, além de equalizarem o sinal. Quando se diz que um
circuito equaliza o sinal, queremos dizer que ele está mudando suas características de forma a torná-lo
mais próximo do sinal original, ou seja, melhora a qualidade do sinal.
Figura 171
Figura 172
172
acessórios e carregar a bateria para o caso de faltar energia elétrica fornecida pela concessionária de
energia elétrica.
• Baterias: são os componentes que, por intermédio de processos químicos, armazenam energia elétrica
sob a forma de tensão contínua. As baterias utilizadas em sistemas de alarmes são seladas, ou seja, não
possuem abertura para reposição de água. A bateria possui a função de manter todo o sistema de alarme
funcionando mesmo quando não há energia, sua duração depende do modelo e do fabricante, mas em
geral são utilizadas baterias com autonomia de 12 horas.
• Sensores: são os componentes responsáveis pela detecção das mudanças no ambiente que poderão
acionar o sistema de alarme. Os principais sensores são os infravermelhos e os magnéticos.
Figura 173
Alguns sensores captam a invasão do ambiente e transmitem o sinal para a central através de fios,
enquanto que outros o fazem através de ondas eletromagnéticas, sem a necessidade de fios. Veja a foto de
um sensor que envia o sinal através de fios para a central.
Figura 174
Figura 175
173
Neste caso, quando a porta for aberta, o imã se afastará da chave magnética que “avisará” a central,
disparando o alarme.
Um sistema completo de alarme pode ser assim:
Figura 176
Na figura você pode notar que a central é controlada através de um controle remoto, cuja função é ligar e
desligar a central de alarme. Existem centrais que além de serem desligadas através do controle remoto,
também precisam ser desligadas no interior da casa, pressionando-se um botão desliga ou com a inserção
de uma senha.
Dependendo do modelo e do fabricante da central, para desativá-la completamente é necessário acionar o
controle remoto no comando desligar e inserir a senha de liberação. Caso o alarme seja desativado através
do controle remoto e não for inserida a senha de liberação no tempo pré-determinado, a central irá
disparar sem o acionamento da sirene, ela apenas irá telefonar para os números dos telefones
programados no discador interno.
174
Figura 177 (Cabo categoria 5e)
a) Para telecomunicações: Cabos de par trançado categoria 5e certificados para o uso em redes de 10 e
100 megabits, mas também nas redes Gigabit Ethernet, que transmitem (como o nome sugere) dados a 1
gigabit por segundo. Contendo 4 pares trançados cada um deles, estes cabos podem ser ligados a qualquer
cômodo onde o usuário possa querer um telefone, um fax ou uma conexão banda larga pra acesso à
Internet pela linha telefônica.
b) Para vídeo: Cabos para alimentação em baixa voltagem para as câmeras e cabos coaxiais RG6 para
transporte das imagens, onde a passagem de cabos é difícil, pode-se utilizar o sistema de transmissão
Wireless-Sem Fio, utilizando câmeras e transmissores num único conjunto ou utilizando o transmissor
separado da câmera.
175
Em um futuro não muito distante, com todos os sistemas de comando integrados por programas de
computador conectados à Internet via banda larga, o dono da casa poderá encontrá-la com a temperatura
ideal controlada pelo aparelho de ar condicionado (ou o aquecimento central) ligado, o som ambiente com
seu CD favorito, o jantar quentinho dentro do forno de microondas no momento em que a porta for
aberta, pois tudo isso foi comandado diretamente do computador do escritório.
Um projeto de instalação elétrica que pretenda atender às demandas tecnológicas do século XXI terá que
prever todas essas necessidades. Portanto, como o profissional que atenderá esse tipo de cliente você
deverá estar atento às mudanças, mantendo-se sempre atualizado, como você fez ao participar deste curso.
176
28.71 10.1.1 Inspeção visual
A inspeção visual tem por objetivo confirmar se os componentes elétricos ligados permanentemente à
instalação estão:
• em conformidade com as respectivas normas;
• dimensionados e instalados de acordo com a NBR 5410 e
• sem danos visíveis e capazes de comprometer seu funcionamento e a segurança.
Esse trabalho deve preceder os ensaios iniciando-se com uma análise da documentação “as built” (como
construído) da instalação.
Devem ser verificados, no mínimo, os seguintes pontos:
• medidas de proteção contra choques elétricos;
• medidas de proteção contra efeitos térmicos;
• seleção dos condutores quanto à sua capacidade de condução e queda de tensão;
• escolha, ajuste e localização dos dispositivos de proteção;
• escolha e localização dos dispositivos de seccionamento e comando;
• escolha dos componentes e das medidas de proteção à luz das influências externas pertinentes;
• identificação dos componentes;
• execução das conexões e
• acessibilidade.
177
O equipamento mais utilizado exatamente, sua fonte CC – deve ser capaz de fornecer corrente de 1 mA
ao circuito de carga, apresentando, entre seus terminais, determinados valores de tensão contínua de
ensaio, também indicados na tabela I.
Figura 180
• No caso de circuitos ou partes de circuitos que sejam desligados por dispositivos a subtensão (por
exemplo, contatores) que interrompiam todos os condutores vivos, a resistência de isolamento desses
circuitos ou partes de circuitos deve ser medida separadamente é, tipicamente, o caso de circuitos de
motores;
• Se alguns equipamentos de utilização estiverem ligados, admite-se efetuar a medição entre condutores
vivos e terra; se, no entanto, o valor medido for inferior ao mínimo especificado, tais equipamentos
devem se desligados e a medição repetida.
178
dos trabalhos nas instalações elétricas e manter atenção constante na tarefa que está sendo executada são
atitudes prudentes e que podem fazer a diferença entre a vida e a morte.
Figura 181 Figura 182 Figura 183 Figura 184 Figura 185
Em conseqüência disso, o corpo humano poderá sofrer diversos tipos de lesões a saber:
• Lesões térmicas, que podem ser:
- Queimadura de 1º, 2º e 3° graus nos músculos e pele;
- Aquecimento e dilatação dos vasos sangüíneos;
- Aquecimento/ carbonização de ossos e cartilagens;
- Queima de terminações nervosas e sensoriais;
- Queima das camadas gordurosas abaixo da pele tornando-as gelatinosas.
• Lesões não térmicas, que podem ser:
- Danos celulares;
- Espasmos musculares
- Contração descoordenada do coração (fibrilação);
- Parada respiratória e cardíaca;
- Ferimentos resultantes de quedas e perda do equilíbrio.
• Outros efeitos
- Modificações da personalidade
- Amnésia;
- Inércia mental;
- Doenças circulatórias;
- Destruição dos tecidos pancreáticos;
- Catarata;
- Doenças cardíacas;
- Perda da potência sexual.
Nem todo o choque elétrico causa os efeitos listados acima. Os fatores que determinam a gravidade do
efeito do choque elétrico são:
• Intensidade da corrente;
• Resistência elétrica do corpo humano e estado de saúde da pessoa que sofreu o choque. Uma pessoa
portadora de marca-passo ou de graves problemas cardíacos pode morrer mesmo sofrendo um choque de
uma corrente de baixa intensidade;
• Percurso da corrente elétrica no corpo humano;
• Tempo de exposição à passagem da corrente;
• Ponto de contato do corpo;
• Condições climáticas etc.
Como, geralmente, não há um médico presente quando o choque elétrico acontece, é importante saber que
atitudes tomar nesse momento, já que a rapidez no atendimento é crucial para controlar a gravidade das
conseqüências do choque. Então, o que fazer diante do choque elétrico?
A primeira atitude a ser tomada é desligar o fornecimento da energia ou, se isso não for possível, afastar a
fonte do choque elétrico do acidentado usando um bastão de material que não conduza a corrente elétrica.
179
Figura 186
Em seguida, verifica-se o estado de consciência do acidentado, observando-se, também, se a pessoa
respira e se seu coração está batendo.
Uma providência importante é manter a pessoa respirando e com o coração batendo. Portanto, em caso de
ausência desses sinais vitais, devem-se realizar as manobras de ressuscitarão por meio da respiração
artificial e da realização de massagem cardíaca. Enquanto isso, outra pessoa deverá solicitar socorro
médico de emergência, a fim de que o acidentado seja removido o mais rapidamente possível para um
hospital.
Figura 187
• Óculos de segurança incolor e com proteção contra raios ultravioletas;
• Luvas de borracha isolante;
• Luvas de pelica para proteção das luvas de borracha;
• Luvas de raspa para trabalhos rústicos;
• Capacete de segurança com isolamento para eletricidade;
• Meia-bota isolada;
• Roupas de algodão;
• Cinturão de segurança com talabarte para trabalhos em grandes alturas.
Figura 188
2. Há controvérsias sobre a cidade recordista. Para a Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas
Atmosféricas (RINDAT), é São Caetano do Sul (SP), mas dados de satélites, menos precisos, apontam
Campo Grande (MS). Em ambos, a média anual é de 15 raios por km2.
3. A temperatura de um raio (30.000oC) equivale a cinco vezes a temperatura do sol. O calor faz com que
o ar à volta se expanda, causando um estrondo: o trovão.
4. O brilho de um raio dura, em média, de um décimo de segundo a meio segundo.
5. A distância entre o lugar onde você está e o local onde o rio caiu, está diretamente ligada à duração.
Conte os segundos entre o aparecimento do raio e o barulho do trovão e divida por três: o resultado é a
distância em quiilômetros de onde o raio caiu. FIGURA 188 (Captada na Internet – Fonte: INPE
www.dge.inpe.br)
6. Em novembro de 2005, 68 vacas foram calcinadas por um raio na Austrália. Culpa do dono que reuniu
o rebanho sob uma grande árvore durante a tempestade. As vacas foram atingidas pelas correntes elétricas
que entraram pela copa da árvore e se propagaram no solo.
7. Um guarda florestal nos Estados Unidos foi atingido por raios sete vezes, mas sofreu apenas
queimaduras leves em todas às vezes. Apesar da sorte de ter sobrevivido, ele suicidou-se em 1983.
181