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Métodos de Avaliação
de aprendizagem,
memória, linguagem e
comando motor
Roberta de A. M. P. F. D. Mattar 2
Neuropsicóloga
Curso de Pós graduação em Neuropsicologia da FMU
Aula 3:
Discalculia, Dispraxia e
Disgnosia
Roberta de A. M. P. F. D. Mattar 3
Neuropsicóloga
Curso de Pós graduação em Neuropsicologia da FMU
Discalculia – Conceito
• Trata-se de uma alteração específica em aritmética, não
atribuível exclusivamente a um retardo mental global ou à
escolarização inadequada.
• Bases cerebrais;
• Ensino inadequado;
• Privações ambientais.
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Bases Neuropsicológicas do
Cálculo
• Cálculo é uma função cerebral complexa.
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• A partir dos 3 anos pode-se aplicar testes verbais.
Conceito numérico
A sua formação, obedece às seguintes etapas:
• Então aprende a usar a ordem estável (ex: o dois vem depois do um e o três
depois do dois).
• Dislexia;
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• Dificuldades no Hemisfério Esquerdo: atividades com reforço verbal, incluindo a
ajuda de softwares que promovam a intervenção no processo verbal.
Quadros clínicos associados
com discalculia
• Epilepsia: pela lesão nos hemisférios;
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• Essas etapas são interdependentes e nelas se observam a interferência da
cognição e do afeto, este representando a motivação da atividade a ser
realizada.
Desenvolvimento
A aquisição das capacidades gestuais é progressiva, e,
na criança, evolui ao mesmo tempo que o
desenvolvimento da inteligência.
• Rebollo:
• Período pré-práxico – denominado período sensório motor.
Inicia-se ao nascimento e termina entre 18 e 24 meses;
• Período práxico – inicia-se com o aparecimento da função
simbólica.
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Desenvolvimento
Piaget:
• Período pré-práxico – se subdivide em cinco sub períodos:
1. O primeiro sub período ocorre no primeiro mês de vida e se
caracteriza pela presença dos reflexos próprios do recém-nascido;
2. O segundo sub período se estende até o quarto mês de vida, surgindo
as reações circulares primárias: sucção, visão, audição, movimento
manual e preparação fonatória;
3. O terceiro subperíodo se estende até em torno dos nove meses,
surgindo as reações circulares secundárias
4. O quarto sub período se caracteriza pela coordenação das reações
circulares secundárias derivadas, o que vai até os doze meses;
5. O quinto sub período é marcado pela ocorrência das reações
circulares terciárias, o que perdura até os dezoito meses de idade.
• Dispraxia sesório-cinética.
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Critérios diagnósticos da Dispraxia no DSM-5
Estão previstas no rol dos transtornos do desenvolvimento CID F82 e considera as
denominações dispraxia da infância, transtorno do desenvolvimento e específico da
função motora e síndrome da criança desajeitada.
Os critérios são:
A. Aquisição e a execução das habilidades motoras coordenadas estão
substancialmente abaixo do esperado para idade cronológica e a oportunidade de
aprender e a usar habilidade. As dificuldades se manifestam por falta de jeito (ex.
derrubar ou bater em objetos), bem como por lentidão e imprecisão no
desempenho de habilidades motoras (ex. apanhar um objeto, usar tesouras ou
facas, escrever a mão, andar de biscleta ou praticar esportes);
B. O déficit nas habilidades motoras do critério A interfere significativa e
persistentemente nas atividades cotidianas apropriadas para a idade (ex.
autocuidado e automanutenção), causando impacto na atividade
acadêmica/escolar em atividades pré-profissionais, profissionais, no lazer e nas
brincadeiras;
C. O inicio das sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento;
D. O déficit nas habilidades motoras não são mais explicados por deficiência 38
intelectual ou por deficiência visual e não são atribuíveis a alguma condição
neurológica que afete os movimentos (Exemplo: paralisia cerebral, distrofia
muscular ou doença degenerativa).
Desenvolvimento
• Nos dois primeiros anos de vida, é difícil fazer o diagnóstico, uma vez que, na
maioria dos casos, observa-se somente certo retardo no desenvolvimento
neuro psicomotor, que suporta muitas causas.
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• É fundamental que se faça uma anamnese bem completa para que se
chegue a um diagnóstico, com bastante ênfase na história pregressa e
familiar do paciente.
Tratamento
• A terapêutica somente poderá basear-se no atendimento global da criança,
executado por profissional que estabeleça as linhas básicas de atendimento em cada
caso, a partir de uma visão geral e interligada dos aspectos aferentes e sensitivo-
gnósicos com aspectos eferentes, motores-práxicos, sempre apoiado na noção de
esquema corporal, espaço e tempo, os quais evoluem junto com o desenvolvimento
da inteligência, numa relação de causa e efeito.
• A educação psicomotora é uma forma de educação do ser por meio do seu corpo e,
com ela, visa-se normalizar o comportamento geral da criança, permitindo uma
melhor utilização do corpo e facilitando o desenvolvimento de todos os aspectos de
sua personalidade. Permite, assim, que a criança saia de sua confusão inicial e se
relacione com o mundo externo.
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Gnosias
• As gnosias são as funções corticais ligadas ao conhecimento.
• Aos seis meses há a repetição sistemática dos sons ouvidos, sem significado;
• Os axônios do corpo geniculado lateral formam a radiação óptica que se dirige para o
córtex visual primário, que se localiza na área 17 de Brodmann, na cisura calcarina do
lobo occiptal.
• Os impulsos são transmitidos para área visual secundária (área 18 de Brodmann), seguem
por duas vias, VI e VII, as quais se dirigem para a parte inferior do lobo temporal e a
posterior do lobo parietal, que são as áreas terciárias.
• A percepção visual inicia na retina, e o processamento visual ocorre por vias paralelas,
mas para a integração, existem mecanismos de ligação no córtex.
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• Também é importante a conexão com o sistema límbico (área 46) para explicar a
influência da afetividade nas percepções visuais.
Desenvolvimento da visão
• O desenvolvimento da visão passa por um processo de maturação que se
inicia com a percepção, evoluindo para a gnosia.
• Aos 2 anos consegue comparar por meio da visão, encaixar formas simples,
nomear figuras de contornos simples e identificar objetos familiares.
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• Todavia, no início da alfabetização até mesmo as crianças normais podem
apresentar escrita em espelho troca ou omissões de letras.
Tipos de disgnosias visuais
• Na disgnosia visual para objetos, ocorre dificuldade para reconhecê-los por
meio da visão, podendo fazê-lo por outro sentido.
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• A criança pode confundir letras com formas parecidas com a-e, a-o, ou letras
como b-d, p-q.
Dissomatognosia
• A somatognosia é uma gnosia complexa em que é necessária a integração
das sensibilidades, do movimento, da afetividade e da inteligência.
• As falhas nas noções temporais leva a erros na sequência de letras que formam
as palavras, assim como omissões, inserções, inversões, trocas na ordens das
letras e das palavras.
• Na escrita podem ocorrer erros na separação das palavras e nos casos graves
pode levar a erros na construção gramatical da frase e na redação espontânea.
Manifestações clínicas e
tratamento
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Referências bibliográficas
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• Classificação de Transtornos mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas-Coord. Organiz.
Mundi da Saúde; trad. Dorgival Caetano.-Porto Alegre: Artmed, 1993.
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• Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos transtornos mentais / Paulo Dalgalarrondo – Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
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• DSM-IV-TR tm- Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. trad. Cláudia Dornelles;- 4. ed. rev.-Porto Alegre: Artmed,
2002.
• Junior, joão Francisco Duarte. O que é realidade; ed. Brasiliense 2ª edição, 1985.
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• Papalia, Diane E. Desenvolvimento Humano/Diane e Papalia, Sally Wendkos Olds, Ruth Duskin Feldman;[tradução José Carlos Barbosa,
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• Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar/Organizadores, Newra Tellechea Rotta, Lygia Ohlweiler,
Rudimar dos Santos Riesgo.-2.ed.-Porto Alegre:Aetmed, 2016.
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• Van de Graaff, Kent M.(Kent Marshall),1942. Anatomia humana/Kent M. Van De Graaff;[tradução da 6. Ed. Original e revisão científica
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Muito obrigada!
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