O consumo ao longo da história teve variações. Inicialmente, era uma relação mágica com objetos ou meio de segurança e status para a nobreza. A partir do século XVI, surgiu o consumo individual e de prestígio na corte real européia. No século XIX, a Revolução Industrial popularizou o consumo através de lojas de departamento, associando-o ao lazer.
O consumo ao longo da história teve variações. Inicialmente, era uma relação mágica com objetos ou meio de segurança e status para a nobreza. A partir do século XVI, surgiu o consumo individual e de prestígio na corte real européia. No século XIX, a Revolução Industrial popularizou o consumo através de lojas de departamento, associando-o ao lazer.
O consumo ao longo da história teve variações. Inicialmente, era uma relação mágica com objetos ou meio de segurança e status para a nobreza. A partir do século XVI, surgiu o consumo individual e de prestígio na corte real européia. No século XIX, a Revolução Industrial popularizou o consumo através de lojas de departamento, associando-o ao lazer.
Do ponto de vista histórico, o consu-mo não é um fenômeno novo ou, ao menos
a relação com os objetos que demarcam aspectos como a constituição dos sujeitos, identidades e coletividades, a dimensão simbólica que extrapola o universo dos bens materiais e imateriais: os valores sociais, vínculos, distinções (BAUMAN, 2008; CANCLINI, 1997). Apesar da antiga relação do ser huma-no com os objetos, o fenômeno do consumo parece ter tido algumas variações ao longo dos tempos. Da relação mágica do antigo talismã, nos últimos séculos o consumo deixou de ser apenas uma relação de posses ou de segurança, para se configurar num meio de distinção ou reconhecimento (BAUMAN, 2009, p. 21), prestígio e hi-erarquização social e mais modernamente em meio de lazer e apropriação cultural. Historicamente, é no período feudal que se inicia o consumo relacionado como meio de aquisição, segurança, manutenção e/ou exibição do status social do clero e da nobreza, tidas como classes ociosas (VEBLEN apud TASCHNER, 2000, p. 40). Nessa primeira fase, o consumo não possui nenhuma relação com o lazer, mas unicamente com os rituais de posse que demarcavam pertença a grupos sociais distintos. A posse de um grande volume de bens também poderia estar relacionada com uma necessidade de segurança, uma vida imune aos caprichos do destino (BAUMAN, 2008, p. 42). A partir do século XVI surgem novas mercadorias no cotidiano das pessoas, em decorrência da expansão do ocidente para o oriente, além do fenômeno da literatura romântica que eclode juntamente com a leitura silenciosa e a expansão da ideologia individualista, fazendo surgir o consumo individual em detrimento do consumo familiar (BARBOSA, 2004, p. 19). A vida na Corte Real da Europa nos séculos XIV a XVII vai evidenciar, conforme a perspectiva de Elias (apud TASCHNER,2000, p. 41), a mudança para um padrão de consumo de prestígio, que advinha do privilégio de participar da vida na corte. Não tardaria então, sobretudo na Inglaterra do século XVI, para surgir o hábito de manter ou adquirir móveis envelhecidos, cujo brilho de pátina demonstrava riqueza antiga e ancestrais prestigiosos (McCRAKEN apud TASCHNER, 2000, p. 42). A popularização e democratização do consumo, que hodiernamente se transformou em uma cultura, teria início a partir do século XIX. Decorrente de maior renda e queda de preços em consequência da Revolução Industrial, surgem lojas de departamentos em Paris e Londres, seguindo-se para as cidades dos EUA e, no início do século XX, nas cidades do Terceiro Mundo (TASCHNER, 2000, p. 43). Lojas como Bon Marché em Paris e Marble Dry Goods em Nova York, foram elementos importantes tanto na disseminação da moda como na democratização do consumo (BARBOSA, 2004, p. 27). Vitrines, cores, luzes, displays, corredores amplos e esca-das rolantes inauguram a relação consumo e lazer, tão arraigada no presente com o fenômeno da publicidade, dos shopping centers e a recente experiência de consumo atrelada ao fenômeno do mundo virtual. Este lazer estaria justamente associado ao consumo realizado no tempo ocioso. Apesar de boa parte do consumo dos dias atuais estar ligado ao lazer e a uma conduta individual, sendo realizado nas horas livres, isso não significa que não deixou de existir nuances de distinção e hierarquização social, tal como ocorria no tempo da corte. Isso evidencia o caráter amplo que o fenômeno do consumo possui, abarcando dimensões econômicas, culturais, simbólicas e sociais....ter e apresentar em público coisas que portam a marca e/ou logo certos e foram obtidas na loja certa é basicamente uma questão de adquirir e manter a posição social que eles detêm ou a que aspiram. A posição social nada significa a menos que tenha sido socialmente reconhecida – ou seja, a menos que a pessoa em questão seja aprovada pelo tipo cer-to de “sociedade” (cada categoria de posição social tem seus próprios códigos jurídicos e seus próprios ju-ízes) como um membro digno e le- gítimo – como “um de nós” (BAU-MAN, 2009, p. 21). Consumo, c
(PDF) Sociedade e cultura de consumo: aspectos históricos, simbólicos e culturais do
consumo moderno. Available from: https://www.researchgate.net/publication/290993267_Sociedade_e_cultura_de_consum o_aspectos_historicos_simbolicos_e_culturais_do_consumo_moderno [accessed Oct 13 2018].
A Confederação Nagô-Macamba-Malunga dos Abolicionistas: O Movimento Social Abolicionista no Rio de Janeiro e as Ações Políticas de Libertos e Intelectuais Negros na Construção de um Projeto de Nação Para o Pós-Abolição no Brasil