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CONCEITO DE GLOBALIZAÇÃO SEGUNDO CANCLINI

Pág 11 ... a globalização não é um simples processo de homogeneização, mas de


reordenamento das diferenças e desigualdades, sem suprimi-las: portanto, a multiculturalidade
é um tema indissociável dos movimentos globalizadores

CONCEITO DE CONSUMO SEGUNDO CANCLINI

Pag 14... consumo não é como simples cenário de gastos inúteis e impulsos irracionais, mas
como espaço que serve para pensar, e no qual se organiza grande parte da racionalidade
econômica, sociopolítica e psicológica nas sociedades.

Pag 30...Vamos afastando-nos da época em que as identidades se definiam por essências a-


históricas: atualmente configuram-se no consumo, dependem daquilo que se possui, ou
daquilo que se pode chegar a possuir.

Pag 32... o que diferencia a internacionalização da globalização é que no tempo da


internacionalização da globalização é que no tempo da internacionalização das culturas
nacionais era possível não se estar satisfeito com o que se possuía e procurá-lo em outro lugar.
Mas a maioria das mensagens e dos bens que consumíamos era gerada na própria sociedade, e
havia alfândegas estritas, leis que protegiam o que se produzia em cada país. Agora o que se
produz no mundo todo está aqui e é difícil saber o que é próprio. A internacionalização foi uma
abertura das fronteiras geográficas da cada sociedade para incorporar bens materiais e
simbólicos das outras. A globalização supõe uma interação funcional de atividades econômicas
e culturais dispersas, bens e serviços gerados por um sistema com muitos centros, no qual é
mais importante a velocidade com que se percorre o mundo do que as posições geográficas a
partir das quais se está agindo.

Pag 35... com efeito costuma-se imaginar o consumo como o lugar do suntuosos e do
supérfluo, no qual os impulsos primários dos indivíduos poderiam alinhar-se com estudos de
mercado e táticas publicitárias.

Pag 41 ... a distribuição global dos bens e da informação permite que o consumo dos países
centrais e periféricos se aproximem...

Pag 42... Pela imposição da concepção neoliberal de globalização, na qual os direitos são
desiguais, as novidades modernas aparecem para maioria apenas como objetos de consumo, e
para muitos apenas como espetáculos. O direito de ser cidadão, ou seja, de decidir como são
produzidos, distribuídos e utilizados esses bens, se restringe novamente às elites.

No entanto, quando se reconhece que ao consumir também se pensa, se escolhe e reelabora o


sentido social, é preciso se analisar como esta área de apropriação de bens e signos intervém
em formas mais ativas de participação do que aquelas que habitualmente recebem o rótulo de
consumo. Em outros termos, devemos nos perguntar se ao consumir não estamos fazendo algo
que sustenta, nutre e até certo ponto, constitui uma nova maneira de ser cidadãos.

Pag 45... A aproximação à cidadania, à comunicação de massa e ao consumo, entre outros fins,
tem de reconhecer estes novos cenários de constituição do público e mostrar que , para se
viver em sociedades democráticas, é indispensável admitir que o mercado de opiniões cidadãs
inclui tanta variedade e dissonância quanto o mercado da moda e o do entretenimentos.
Lembrar que nós cidadãos também somos consumidores leva a descobrir na diversificação dos
gostos uma das bases estéticas que justificam a concepção democrática da cidadania.

Pag 46... NESSA PÁGINA TEM UMA PASSAGEM IMPORTANTE SOBRE GLOBALIZAÇÃO REVISITAR
O TRECHO QUANDO FOR ESCREVER O ASSUNTO GLOBALIZAÇÃO DENTRO DA DISSERTAÇÃO

Pag 47... como podem julgar-se cidadãos de um só país? Em contraste com a noção jurídica de
cidadania, que os estados tentam delimitar sobre a base de uma ‘mesmice’, desenvolvem-se
formas heterogêneas de pertencimento, cujas redes se entrelaçam com as do consumo: “ um
espaço de lutas, um terreno de memórias diferentes e um encontro de vozes desiguais.”

Pag 59... Na linguagem corriqueira, consumir costuma ser associado a gastos inúteis e
compulsões irracionais. Esta desqualificação moral e intelectual se apoia em outros lugares-
comuns sobre a onipotência dos meios de massa, que incitariam as massas a se lançarem
irrefletidamente sobre os bens.

Pag 60... consumo é o conjunto de processos socioculturais em que se realizam a apropriação


e os usos dos produtos. Esta caracterização ajuda a enxergar os atos pelos quais consumimos
como algo mais do que simples exercícios de gostos, caprichos e compras irrefletidas, segundo
os julgamentos moralistas, ou atitudes individuais, tal como costumam ser explorados pelas
pesquisas de mercado

Pag 61... no entanto a racionalidade de tipo macrossocial, definida pelos grandes agentes
econômicos, não é a única que modela o consumo... Uma teoria mais complexa sobre a
interação entre produtores e consumidores, entre emissores e receptores, tal como a
desenvolvem algumas correntes da antropologia e da sociologia urbana, revela que no
consumo se manifesta também uma racionalidade sociopolítica interativa.

Pag 62...” o consumo” diz Castells “ é um lugar onde os conflitos entre classes originados pela
desigual participação na estrutura produtiva, ganham continuidade em relação à distribuição e
à apropriação dos bens”PAREI DE FICHAR NO SEGUNDO PARÁGRAFO DESSA PÁGINA

DEPOIS TENTAR COLOCAR A IDEIA DESSE AUTOR DENTRO DO PRIMEIRO CAPÍTULO APÓS ESSA
ETAPA PASSA PARA LEITURA DA OBRA

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