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PROPOSTA DE REDAÇÃO - 006 – SEMESTRE 02

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O consumismo e a cultura de
ostentação no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Na história da Idade Moderna, até o final do século XVIII o valor do cidadão na sociedade era medido pelos títulos de nobreza que
ele acumulava. Era essa característica que, antes mesmo de um ser humano nascer, determinava qual posição ele ocuparia na
escala social. Com a Revolução Francesa (1789-1799) e o enforcamento — literal — da nobreza, o valor do cidadão na sociedade
ocidental começou a ser medido não mais pelos títulos, mas pelos bens acumulados e poder de consumo, realidade que só foi
potencializada até os dias atuais. Esse breve resumo histórico/sociológico nos ajuda a compreender o comportamento de muitos
jovens nas redes sociais.

A lógica parece simples: quanto mais caro e ostentador, mais audiência e seguidores. Por isso, muitos aspirantes a famosos nas
redes sociais apostam em ostentar um custo de vida elevado na tentativa de alcançar o sucesso. Os seguidores parecem ficar
hipnotizados em acompanhar uma realidade tão distante da sua, principalmente se tratando de um país desigual como o Brasil.

Disponível em: <https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/olhar-strano/influenciadores-e-a-cultura-da-ostentacao/>

TEXTO II

Disponível em: <https://filosofiaprimeira.wordpress.com/2013/10/17/cultura-da-ostentacao/charge-ostentacao/>

TEXTO III
“Nota-se então a busca incessante pela identidade e individualidade em meio a um caos consumista sendo o consumo do luxo um
motor ou veículo para se obter esse desejo. Severiano (2001) relata que existe uma dissolução da individualidade do sujeito de
maneira tão forte que ele só tem o objeto como base de referência e apoio de reconhecimento o que acaba gerando uma relação
com o consumidor onde o produto se torna parte fundamental daquele. “

Disponível em: <https://www.portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-2802-1.pdf>


Consoante o filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau, é no pacto social que os
cidadãos concordam em submeter sua vontade particular à vontade geral a fim de
que todos desfrutem dos direitos essenciais. Porém, infelizmente, em pleno século
XXI, ainda, há desafios para se diminuir o consumismo e a cultura de ostentação
no Brasil, o que explicita carência de engajamento governamental voltado para
manutenção do bem-estar social.
É inegável , de fato, que as autoridades brasileiras já desenvolvem ações para que
a sociedade viva dignamente, sobretudo, no que tange à sustentabilidade. Nessa
perspectiva, pode-se citar, por exemplo, a existência do Projeto Consumo Consciente,
cujo objetivo é instigar a sociedade adotar práticas de consumo mais sustentáveis.
Isso demonstra que há intento dos governantes em cumprir com os direitos inerentes
ao homem. ( 5/6 )
Entretanto, medida como essa não é , suficientemente, capaz de diminuir o
consumismo e a cultura de ostentação no Brasil, pois observa-se, hodiernamente,
um elevado índice de consumo desnecessário. Isso decorre da busca incessante de
uma identidade individual, o que oportuniza o consumo excessivo, e ,
consequentemente, contribui para a degradação dos recursos naturais do planeta.
Tal realidade está associada ao precário sistema educacional básico, ora ofertado
para a maior parcela social, inapto a formar cidadãos para a conquista da cidadania.
O fato é que, enquanto o Estado não pautar a educação de base em Formação
Cidadã, não se vivenciará dignidade no Brasil. Afinal, “Se a educação sozinha não
transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, diz o educador
brasileiro Paulo Freire.
Compreende-se, pois, que há necessidade de maiores investimentos na Educação
Básica, previstos pela Lei de Diretrizes e Bases, LDB, número 9.394/96. Para tanto, é
prudente que o Estado não só modifique sua grade comum curricular – através do
Ministério da Educação - para contemplar, desde a Educação Infantil , aulas de
Formação Cidadã e Sustentabilidade , mas também , no espaço escolar, envolvendo
toda comunidade, promova palestras , sobre danos sociais advindos do consumo
excessivo a fim de construir uma identidade individual, com a finalidade de ratificar
a importância do consumo consciente, e, por consequência, serão reduzidos os
desafios para se diminuir o consumismo e a cultura de ostentação no Brasil . Dessa
forma, será constituída uma sociedade capaz de usufruir, verdadeiramente, dos
preceitos iluministas.
DÚVIDAS:
- Poderia colocar ‘IMPACTOS’ no primeiro parágrafo?
- Poderia ser sustentabilidade no segundo parágrafo
- ‘Provocar é repensar os hábitos de consumo’ segundo parágrafo
- Nota-se então a busca incessante pela identidade e individualidade em
meio a um caos consumista sendo o consumo do luxo um motor ou veículo
para se obter esse desejo – 3° parágrafo
- Oportuniza = favorece

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