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RESUMO
Na década de 1960, o Brasil não conseguia mais importar tudo o que precisava e
teve que produzir mais coisas aqui. Mas para continuar crescendo, era preciso que
mais pessoas tivessem dinheiro para gastar. Então, era necessário criar novas
oportunidades de trabalho e melhorar as condições de vida da população. Isso
poderia ser feito fazendo reformas importantes, como mudanças na agricultura, para
que mais pessoas pudessem ter uma vida melhor e comprar mais coisas. O objetivo
era criar um novo espaço econômico e aumentar a demanda por bens produzidos
no país, para que o processo de acumulação pudesse continuar. Isso poderia ser
alcançado sem mudar o modo de produção capitalista, por meio de reformas
estruturais que permitissem a inclusão das massas populares num padrão de
consumo democratizado.
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exportador, utilizando suas subsidiárias no Brasil e redes internacionais de
comercialização para garantir a venda dos produtos brasileiros no exterior. No
entanto, essas empresas adotaram tecnologias excludentes que poupam mão de
obra, resultando em uma maior concentração de renda e um mercado elitista de
consumo. Esse mercado consumidor exigente reforçou a tendência da
industrialização de se tornar cada
vez mais um processo internacionalizado, “criando um ciclo em que o capital
estrangeiro cria e atende a seu próprio consumidor”.
Para evitar isso, o país precisa aumentar as exportações, o que traz mais dinheiro
para a economia e ajuda a pagar as dívidas. No entanto, esse processo pode
aumentar as desigualdades sociais, já que nem todos os setores da economia se
beneficiam igualmente. Isso se tornou possível depois que houve uma mudança na
aliança política do país, onde a burguesia nacional se aliou ao capital monopolista
internacional.
Para lidar com essa situação, o país precisa reorganizar a produção industrial
usando novas técnicas de produção e garantir a produção dos setores mais
dinâmicos da economia. Isso resulta em uma nova fase de industrialização com a
hegemonia dos consórcios internacionais.
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Essa reorganização do Estado leva a uma mudança na estrutura de classes da
sociedade. A burguesia nacional se une à burguesia internacional para garantir mais
lucros, e alguns setores da classe média são cooptados para
ajudar a implantar e manter o novo modelo econômico. Esses grupos se tornam os
principais consumidores dos bens produzidos, enquanto as classes subalternas são
excluídas da participação política e econômica e têm seus mecanismos
democráticos limitados. Os aparelhos repressivos do Estado assumem o controle
dos meios de comunicação, escolas e sindicatos.
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(trabalhadores). Trata-se no primeiro caso da Lei 4.464, conhecida como Lei Suplicy
de Lacerda, que proíbe a UNE (União Nacional dos Estudantes). No segundo caso,
da Lei 4.440, também de 1964, que institucionaliza o salário-educação. Essa lei fixa
a arrecadação de 2% do salário mínimo da região, a ser pago pelas empresas à
Previdência Social em relação a todos os empregados. 50% ficam à disposição das
unidades da Federação para desenvolver o ensino fundamental e os outros 50%
são controlados pela União através do Fundo Nacional do Desenvolvimento da
Educação, que os aplica em medidas de investimento ao ensino fundamental nas
unidades menos privilegiadas.
BIBLIOGRAFIA
FREITAG, Bárbara. Escola, estado e sociedade. São Paulo, Edart, 7ed., 2005