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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO


JEQUITINHONHA E MUCURI
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

DIAMANTINA – MG

www.ufvjm.edu.br

Disciplina: Sociologia da Educação

Curso: Licenciatura em História Professor responsável: Marcos Lobato

Atividade: Resenha do artigo: “Educação e movimento sociais: avanços e recuos


entre o século XX e XI” da autora Maria de Fátima Félix Rosar

Nome: Paulo Henrique de Lacerda Matrícula: 20192030019


Cardoso

No artigo: “Educação e movimento sociais: avanços e recuos entre o século XX


e XI” da autora Maria de Fátima Félix Rosar pode-se destacar a pretensão da realização
de um balanço à respeito da atuação dos movimentos sociais e de educadores a partir da
década de 1970 até os anos de 2010. Com base nisso, destaca-se os avanços e recuos das
políticas liberais e neoliberais protagonizadas por regimes ditatoriais e democráticos e
seus desdobramentos no cotidiano de trabalhadores comuns. Esses grupos
conservadores tinham por objetivos o processo de hegemonização do Estado, de modo
que, garantisse o prevalecimento de interesse de classe mais ricas que confrontavam
diretamente com os ideais políticos de determinadas organizações sociais progressistas
que defendiam propostas políticas e educacionais mais inclusivas.

Para iniciar o assunto a autora recorre ao fato das ações políticas e sociais que
permitiram a criação e o fortalecimento de organizações sindicais, partidos políticos ,
centrais sindicais, o movimento de trabalhadores do campo, entidades classistas,
científicas e culturais que atuaram em diversos setores da sociedade brasileira.
Historicamente esses movimentos surgiram a partir de uma séria de estratégias políticas
ideológicas que lutavam pela promulgação da Constituição de 1988, da LDB e do
Primeiro Plano Nacional de Educação. Para Maria de Fátima, houve um processo de
questionamento sobre as políticas liberais devido a questões de endividamento imposto
por organizações multilaterais de política econômica como o FMI e Banco Mundial
(ROSAR, 2010). Essa reviravolta permitiu que os intelectuais avançassem, juntamente
com políticos marxistas que também trouxe forças para o campo científico. Pode-se
dizer que a partir de 1980 houve um crescimento quantitativo e qualitativo do
pensamento pedagógico crítico, corroborando para a difusão de pesquisas nas
Universidades que também articulou um maior envolvimento e participação dos
movimentos sociais nesses trabalhos.
Nos anos seguintes constatou-se na política a ascendência de governos
neoliberais que impuseram medidas conservadoras no setor da educação, apoiando
reformas trabalhistas, educacionais, econômicas, políticas e previdenciárias que
atendiam aos interesses da burguesia dominante no Brasil. A política econômica
realizada entre os anos de 1995 a 2002, pode ser sintetizada com uma base de medidas
governamentais que tiveram o objetivo de: realizar a privatização de setores estratégicos
da economia nacional e de serviços públicos, como educação e saúde; induzir a
desindustrialização do país, operando uma política cambial favorável à importação de
produtos, desde os mais supérfluos até aqueles que garantiram a quebra de cadeias
produtivas, como foi o caso da indústria têxtil e de calçados; a ampliação da grande
produção agrícola voltada para a exportação em detrimento da agricultura de base
familiar. Esse conjunto de propostas pontudas pela autora tem como intenção expor os
interesses de uma elite empresarial que projetava o fortalecimento de uma base
econômica privatizada, fazendo com que grandes empresas estatais fossem desmontadas
ao longo do tempo. Esse processo de fortalecimento do Estado Neoliberal culminou em
um enfretamento às medidas que criminalizavam os movimentos sociais que acontecia
juntamente com a elevação da inflação o que gerava uma pressão da classe trabalhadora
sobre as medidas tomadas.
Essa situação de um agravamento de uma crise econômica e social é apontado
pelo artigo como momento que culminaria em uma reação por parte dos movimentos
sociais frente às políticas neoliberais. No entanto, a autora insinua um sentimento de
conformidade com esses problemas não demonstrando reação com relação as reformas
educativas que obrigou os educadores a se adaptarem a novas normas elaboradas e
impostas pelo Ministério da Educação.

Referência bibliográfica:

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