Você está na página 1de 16

Era Vargas e a Educação: um estudo do contexto histórico e político dos

avanços educacionais da época

Aline Lima de Oliveira1


Danielle Rose Souza Cruz Melo2
Fábio Souza Correa Lima3
Rakel Fabianne Cantanhede da Silva4
Syangue Bardales Alves5

Resumo

A Era Vargas foi marcada por uma sequência de progressos que modernizaram os contextos
sociais, econômicos e educacionais do Brasil a partir do movimento revolucionário de 1930.
Baseando-se nesta revolução, o trabalho tem como objetivo avaliar quais foram os principais
resultados advindos desse movimento no âmbito educacional. Também abordaremos o
cenário histórico e político da época e suas principais questões, tais como a criação do
Ministério da Educação e Saúde Pública; a Reforma Francisco Campos e o Manifesto dos
Pioneiros. Diante da importância desses eventos para a história da educação, decidimos como
recorte cronológico o período que se estende até o ano de 1945, quando termina o período
conhecido na historiografia como Era Vargas A metodologia utilizada para este estudo
consiste em uma revisão bibliográfica de caráter qualitativo com base em livros e artigos
acadêmicos.

Palavras-chave: Política educacional. Era Vargas. História da Educação. Educação no


Brasil.

INTRODUÇÃO

O presente Artigo visa aprofundar os estudos sobre a gestão de Getúlio Dornelles


Vargas como Presidente do Brasil (1930 – 1945), período também conhecido como Era
Vargas. Trataremos aqui dos principais eventos políticos, econômicos e, especialmente, dos

1
Graduanda do curso de Pedagogia pela UFAM. Email: alineloliveira2402@gmail.com
2
Graduanda do curso de Pedagogia pela UFAM. Email:daniellerose.vencer@gmail.com
3
Docente da UFAM. fabiosouzaclima@ufam.edu.br
4
Graduanda do curso de Pedagogia pela UFAM. Email: rakelfabianne2@gmail.com
5
Graduanda do curso de Pedagogia pela UFAM. Email: syanguealves19@gmail.com

1
principais impactos educacionais ocorridos nessas décadas. Para tanto, foi realizado um
estudo bibliográfico com embasamentos sólidos que sustentam a pesquisa em questão.

A importância desse tema se justifica na busca de compreender o período histórico e


as mudanças que ocorreram na época, tais como: o Pós–Revolução de 1930; as políticas
educacionais adotadas no governo Vargas; e a criação de instituições que transformaram a
educação brasileira. São eventos que ocorreram em diferentes contextos, devido ao seu longo
processo de transformação. Cumpre dizer, portanto, que a Era Vargas compreende a três
períodos, a saber: o Governo Provisório (1930-1934), o Governo Constitucional (1934-1937)
e o Estado Novo (1937-1945). Assim, mesmo se não considerarmos os anos de 1951 a 1954,
anos em que Vargas foi eleito democraticamente, os quinze anos em governou após a
Revolução de 1930 já o tornam o presidente que mais tempo esteve no poder em todo período
republicano brasileiro. Para o historiador Francisco Teixeira (2000, p. 260), contudo: “A
influência da Era Vargas [...] foi muito além desses quinze anos. Prolongou-se, na verdade,
até bem depois do último mandato [...], que terminou com sua trágica morte pelo suicídio”.

Segundo Cotrim (2005), o Brasil, assim como outros países que dependiam das
exportações, enfrentava um período de grave crise econômica no final dos anos 1920. O
principal motivo dessa dificuldade foi a superprodução da indústria norte-americana, a queda
das ações da Bolsa de Nova York e a falência de empresas e vários bancos; eventos que
levaram milhões de trabalhadores norte-americanos ao desemprego, impactando fortemente a
cafeicultura e diversos setores da economia brasileira. Com isso, Vargas implementou
transformações significativas, através de políticas públicas, que visavam atender a nova
configuração do país e do ser social brasileiro. O eixo político deveria sair do rural para o
urbano, enquanto o eixo econômico deveria sair do agropecuário para o industrial.

Tantas e tão profundas mudanças enfrentariam muitas resistências. Ao assumir a


presidência da República, Vargas tomou medidas para concentrar em suas mãos o controle
político do país. Consequentemente, aos poucos, seu o governo revelou a sombra de uma
política autoritária com a centralização administrativa do país. Por outro lado, reconstruiu os
sistemas políticos, sociais e econômicos do Brasil mediante a inclusão de demandas
direcionadas às políticas públicas de direitos trabalhistas que progrediram gradativamente,
impulsionadas pelo aumento da oferta de vagas escolares e de um pensamento científico que
florescia no âmbito urbano.

2
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICO-POLÍTICO E SOCIAL

A chamada Era Vargas foi um marco na história brasileira por ocasião das diversas
alterações e modernizações realizadas no período. Os anos de rompimento com estruturas
consideradas atrasadas e a visão de um país industrializado e moderno impactaram no campo
social, político e econômico.

Entre a Proclamação da República e o ano de 1930, mantinha-se no país um


verdadeiro revezamento entre presidentes que representavam ora as oligarquias paulistas, ora
as oligarquias mineiras. O Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano
Mineiro (PRM), acordados por uma aliança política denominada "café-com-leite", basearam a
economia brasileira no agrário-exportador, sem pretensões de modernização ou
industrialização.

Em um ano de desequilíbrio dessas relações, durante as eleições realizadas em março


de 1930, o candidato Júlio Prestes, representando as oligarquias paulistas, venceu o pleito
para presidente da República. A eleição, no entanto, foi contestada pelo grupo opositor, que
havia formado a Aliança Liberal. Mineiros, gaúchos e paraibanos, alegaram fraude e não
reconheceram a vitória de Júlio Prestes. A consequência dessa insatisfação foi o planejamento
de uma revolta armada que ganhou ainda mais força com assassinato do candidato a vice de
Getúlio Vargas, o paraibano João Pessoa.

A crise econômica mundial causada pela quebra da Bolsa de Valores de New York,
em 1929, a insatisfação militar com os sucessivos governos civis e a morte de João Pessoa,
serviram como estopim para a formação de uma junta governamental que desconsiderou as
eleições e formou um novo governo. Esse movimento se efetivou em novembro de 1930,
quando Júlio Prestes foi deposto, sendo o poder passado à Getúlio, o que pós fim a chamada
República Velha e iniciou a Era Vargas.

Reorganizar a vida política e econômica do país, era o objetivo do Governo


Provisório. A Constituição de 1891, que até então vigorava, foi anulada, o fechamento do
Congresso Nacional e a extinção dos partidos políticos foram medidas tomadas por Vargas
que passaria a governar por meio de decretos-lei, iniciando-se, assim, um processo de
centralização de poder.

3
[...] Vargas projeta-se como líder de uma revolução vitoriosa, a qual, a
despeito de sua heterogeneidade ideológica e política, tinha uma bandeira
reformista. Essa bandeira estava relacionada com a temática da justiça
social, com a questão da igualdade e das liberdades políticas, com o desafio
de suprimir as grandes disparidades sociais que marcavam a sociedade
brasileira e eliminar as barreiras sociais que tolhiam o desenvolvimento da
cidadania política. Tratava-se, enfim, de instaurar um novo padrão de
relacionamento entre classes possuidoras e classes subalternas, de forma a
atenuar a opressão excessiva então exercida pelas elites dominantes,
impondo limites institucionais ao seu poder e expandindo os direitos civis e
políticos para novos segmentos da sociedade [...] (DINIZ, 1999, p. 22).

Em 1930 o governo Vargas criou o Ministério da Educação e Saúde Pública. No ano


seguinte foi implantada a Reforma de Francisco Campos, que organizou o ensino secundário
e superior no Brasil. Vale ressaltar também, o Manifesto Brasileiro de 1932, considerado um
fato histórico importante da Educação como um dos principais instrumentos difusores do
movimento da Escola Nova no país (RIBEIRO, 2011).

A escola renovada pretendia a incorporação de toda população infantil.


Serviria de base à disseminação de valores e normas sociais em sintonia
com os apelos da nova sociedade moderna, a partir dos preceitos do trabalho
produtivo e eficiente, da velocidade das transformações, da interiorização
das normas de comportamentos otimizados em termos de tempos e
movimentos e da valorização da perspectiva da psicologia experimental na
compreensão “científica” do humano, tomado na dimensão individual
(VIDAL, 2000, p. 498).

Nesse sentido, uma nova fase, revelava as “mudanças” no dinamismo escolar. O aluno
antes passivo, assumia o centro do processo educativo. Dessa forma, a Psicologia
Experimental ganha força, dando suporte científico da Pedagogia que produzia o falso
discurso da escolarização das massas populares. No entanto, “Estender para todo o território
nacional as condições materiais e técnicas da escola das massas era o grande desafio que
associava as largas dimensões do Brasil a sua diversidade cultural e populacional” (VIDAL,
2000, p. 514).

Nesse período, foram criados alguns outros ministérios, como por exemplo, o do
Trabalho, da Indústria e Comércio. Os investimentos em industrialização incentivaram o
surgimento de uma nova classe social: o proletariado brasileiro. Assim, a imagem de Vargas
passou a estar ligada ao trabalhismo, porque vários direitos foram concedidos aos
trabalhadores, como férias, descanso remunerado entre outros. Ao mesmo tempo em que
Vargas concedia esses direitos, obrigava os trabalhadores a se filiar a sindicatos reconhecidos

4
pelo estado brasileiro Isso fez com que os sindicatos perdessem sua autonomia, uma vez que
o estado era quem, em última instância, decidia sobre greves, por exemplo. Contudo, para
nós, o interessante é entender que essa nova classe social, moradora das cidades, necessitava
cada vez mais de uma educação afinada com novo trabalho na indústria. Crescia, assim as
propostas de construção de mais escolas e melhoria na formação de professores, conforme
veremos mais adiante.

Uma das promessas feitas por Vargas ao assumir o Governo Provisório, foi a
convocação de uma Constituinte para a elaboração de uma nova Constituição para o país,
além de uma eleição geral. Porém, essa promessa não foi cumprida, proporcionando a
Revolução Constitucionalista de 1932, com suas bases em São Paulo. Os revoltosos
acusavam Vargas de ser um ditador, de descumprir a promessa de criação de uma
constituição. Apesar de perderem a “guerra” contra o governo, os paulistas acabaram
alcançando o que queriam, pois o Congresso foi reaberto para que uma nova Constituição
fosse elaborada.

Conforme apontamos, em 1930 foi criado o ministério da Educação e Saúde Pública


como uma das primeiras ações do governo Vargas na área da educação. A ação demonstrava
uma postura de quem entendia o papel da educação nas transformações que estavam por vir.

O primeiro ministro da educação foi Francisco Campos, um educador experiente, que


já havia participado dos debates da época do movimento do otimismo pedagógico 6. Campos
foi estrategicamente encarregado de estruturar a educação e executar os projetos que traziam
como fim a modernização do país.

Em 1931, realizou uma série de mudanças que ficaram conhecidas como Reforma
Francisco Campos. Criou o Conselho Nacional de Educação e estruturou o sistema
educacional nacional, que determinou o currículo em séries e estabeleceu a obrigatoriedade
da frequência. Regularizou também o ensino superior com o regime universitário, organizou
o ensino secundário e o comercial, além de reconhecer a profissão de Contador no Brasil.

Graças a reforma de Francisco Campos a educação finalmente se tornou questão


nacional. A reforma proporcionou que o Ministério da Educação pudesse realizar
direcionamentos e orientações aos estados, para esses pudessem organizar suas redes de
6
O movimento do otimismo pedagógico surgiu nos anos 20 e trouxe transformações ao campo pedagógico
através de propostas que se atentavam as melhorias e a qualidade do ensino que antes priorizava somente o
avolumamento da rede educacional.

5
acordo com as novas diretrizes. O ensino secundário, por exemplo, que trata da escolaridade
entre o ensino primário e o ensino superior, passou a ter um período de sete anos e dois
ciclos.

[...] intenta-se compreender a escolha e a disposição dos saberes e das


habilidades fixadas pelos decretos elaborados pelo Ministério da Educação e
Saúde Pública e oficializados pelo Governo provisório. Numa perspectiva
histórica, considera-se que se trata de um conjunto de normas que
procuraram modernizar o ensino secundário brasileiro (DALLABRIDA,
2008, p. 186).

O ensino secundário foi dividido em duas fases, a primeira era oferecida a todos os
estudantes secundaristas, ofertando uma formação geral em um curso com duração de cinco
anos chamado “fundamental”. A segunda fase constituía-se por uma introdução preparatória
para o ensino superior com duração de dois anos chamada de “fase complementar”. Esta
mudança trouxe por consequência uma estrutura mais complexa para o ensino secundário,
aproximando o Brasil de experiências bem sucedidas em outros países mais desenvolvidos.

Por outro lado, o aumento do número de anos no ensino secundário trouxe uma
ideologia elitista que acabou se ajustando e privilegiando as famílias que podiam manter os
seus filhos na escola por mais tempo. O fato é que nem todos naquela conjuntura de vida
podiam sustentar um estudo longo e teórico que se diferenciava do curto e prático oferecido
pelo ensino normal ou técnico-profissional. Outra determinação importante da Reforma de
Francisco Campos a imposição por meio de decreto da obrigatoriedade da presença dos
alunos em no mínimo três quartos das aulas. Caso essa regra não fosse cumprida, o mesmo
seria impedido de fazer os exames para sua aprovação.

Durante o ano letivo, os estudantes deveriam realizar “quatro provas escritas


parciais” em cada disciplina e os exames finais – uma prova oral em cada
disciplina, prestada perante uma banca examinadora constituída por dois
professores do colégio e presidida pelo inspetor federal. Para os alunos que
não conseguiam atingir a média estipulada, a Reforma Francisco Campos
previa a realização de uma “segunda época de exames finais”. Desta forma,
os estudantes secundaristas eram submetidos a uma engrenagem
examinatória em diferentes tempos ao longo do ano letivo, que os incitava
ao trabalho regular e progressivo. Esse sistema de avaliação permanente é
diametralmente oposto ao regime de cursos preparatórios e de exames
parcelados, pois, neste último sistema de ensino, o aluno apenas realizava
um único exame terminal em cada disciplina (DALLABRIDA, 2008, p.
187).

6
A mudança que trouxe a criação de dois ciclos, a frequência obrigatória e o sistema
avaliativo estava vinculada à seriação anual das disciplinas que seriam proporcionadas nesses
dois ciclos do ensino secundário. Para os cinco anos do fundamental eram oferecidas as
disciplinas de matemática, português, geografia, história da civilização e desenho, além de
Ciências Físicas e Naturais que eram ministradas na 1ª e 2ª séries, e História Natural,
Química e Física que eram ministradas nas três últimas séries.

Entre as línguas estrangeiras, havia ainda destaque para o Francês, previsto


nas quatro primeiras séries, diferente de Inglês, Alemão e Latim,
estabelecidas em menos séries. A disciplina “Música (canto orfeônico)” era
obrigatória nas três primeiras séries do curso fundamental (DALLABRIDA,
2008, p. 188).

Os cursos complementares ofereciam disciplinas específicas em suas duas séries,


como Latim e Literatura, que preparavam o aluno para o ingresso no ensino superior em seus
determinados cursos. Para Campos, o ensino secundário deveria ser, acima de tudo, de cunho
formador, pois ele acreditava que só se aprende o que se pratica. Apesar de ser influenciado
pelo manifesto, era verdadeiramente católico e antiliberal. Assim, apesar dos avanços, ele
colaborou para a reintrodução do ensino religioso nos currículos escolares.

A Reforma Francisco Campos estabeleceu um conjunto de mecanismos


disciplinares, entre os quais o controle do tempo, o seqüestro dos alunos no
interior dos ginásios por meio da presença obrigatória, a seriação do
conhecimento escolar em ciclos e séries anuais, um sistema detalhado e
regular de avaliação discente e a reestruturação da inspeção federal, que
procurava construir uma normalização nacionalizada do ensino secundário –
como foi analisado acima. Essa cultura escolar tinha como escopo maior a
produção da autorregulação entre os alunos, que deveria concorrer para a
construção da sociedade capitalista e disciplinar que se consolidava, no
Brasil, nos anos de 1930 (DALLABRIDA, 2008, p. 189).

A remodelação feita pelo Ministério da Educação e Saúde pública quebrou o modelo


de sistema de cursos preparatórios e de exames parcelados. O novo modelo procurou dominar
a estrutura escolar, aplicando e colocando em prática a cultura de ensino secundário
centralizada e nacionalizada. “Ela enfatizou a educação integral e a cultura disciplinar, que
concorriam para a produção de um habitus burguês nos alunos de ensino secundário”
(DALLABRIDA, 2008, p. 190). A Reforma Francisco Campos tinha o objetivo de reconstruir

7
o ensino secundário e ajustá-lo ao novo modelo nacional que permaneceu em vigor até o ano
1960.

Em 1934, foi promulgada uma nova Constituição, na qual trazia: o voto secreto, o
voto feminino, os direitos trabalhistas para os trabalhadores da indústria, além da criação da
Justiça Eleitoral. A educação ganhou um capítulo próprio, considerando um processo de
organização nunca antes realizado, onde podemos destacar:

Art 149 - A educação é direito de todos e deve ser ministrada, pela família e
pelos Poderes Públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e a
estrangeiros domiciliados no País, de modo que possibilite eficientes fatores
da vida moral e econômica da Nação, e desenvolva num espírito brasileiro a
consciência da solidariedade humana (BRASIL, 1934).

O Governo Constitucional de Vargas foi o período no qual Getúlio Vargas foi eleito
indiretamente para cumprir um mandato de 4 anos. Depois de quatro anos no poder ele
assumia uma mandato sem direito à reeleição, segundo preconizava a nova Constituição de
1934. Nessa fase, a expectativa das pessoas era a de que Vargas caminhasse para uma linha
mais democrática. Segundo Diniz (1999, p. 23):

[...] Nesse momento, vem à tona a figura do chefe de um governo


comprometido com um projeto liberal-democrático, respaldado pela
Constituição de 1934, que, apesar de conter um capítulo de teor claramente
intervencionista sobre a ordem econômica e social, consagrava os princípios
liberais embutidos no movimento de 1930.

Na realidade, o que se viu foi exatamente o contrário e a política brasileira acabou


ficando marcada por uma gradativa radicalização. Nesse momento, dois ideais primordiais se
evidenciam, de um lado o fascismo, com preceitos político-sociais totalitários introduzidos
por Mussolini e representado pela Ação Integralista Brasileira (AIB) e o democrático, ideal
difundido pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), favorável à Reforma Agrária, além da
revolução pela luta de classes.

A ANL, sob as orientações do seu presidente de honra, Luiz Carlos Prestes, promoveu
uma tentativa de golpe contra o governo de Getúlio Vargas em 1935, que ficou conhecida
como Intentona Comunista. No entanto, devido as falhas nas articulações e adesão de outros
estados, o movimento fracassou totalmente, sendo facilmente controlada pelo governo. O
evento, no entanto, foi usado como pretexto de que o governo deveria agir para evitar uma

8
nova tentativa de golpe comunista (Plano Cohen). Assim, em 1937, Getúlio Vargas promoveu
um autogolpe, iniciando a ditadura do Estado Novo.

Em cadeia de rádio nacional, Getúlio Vargas anunciou o Estado Novo. Uma ditadura
(1937–1945) criada para manter afastada a ‘ameaça’ comunista. Vargas impôs também uma
nova Constituição, conhecida como “Polaca” por ter sido inspirada na Constituição da
Polônia, de tendência marcadamente fascista. Iniciava-se assim um período de ditadura no
Estado Brasileiro no qual de acordo com Diniz (1999, p. 23):

[...] domina a cena o Vargas identificado com o ideário autoritário. Cabe


ressaltar, aliás, que os grandes ideólogos do autoritarismo tiveram o seu
apogeu nessa fase. Lembremos Oliveira Viana, Francisco Campos e
Azevedo Amaral, expoentes do pensamento autoritário, cujas idéias
lançaram os fundamentos de uma série de mudanças político-institucionais
que viriam a concretizar-se plenamente com o Vargas do período estado-
novista [...].

Além do apoio dos militares, Getúlio Vargas também contou com o apoio de grande
parte da sociedade, justificando suas ações com propagandas anticomunistas. A partir de
1937, novos alvos foram atingidos pelo governo, entre eles os meios de comunicação - com a
censura -, reprimindo também as atividades políticas, perseguindo e prendendo inimigos.

No entanto, com o intuito de assumir uma postura mais “amistosa”, Vargas deu
continuidade às políticas trabalhistas criando a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
publicação do Código Penal e do Código de Processo Penal. Também foi responsável pela
concepção da Carteira de Trabalho, da Justiça do Trabalho, do Salário Mínimo e pelo
descanso semanal remunerado.

Na política externa, o principal acontecimento foi a participação do Brasil na Segunda


Guerra Mundial (1939 – 1945). Ainda que Vargas “flertasse” com o fascismo, a postura do
Brasil era a de neutralidade até 1942. Porém, após a pressão do governo norte-americano e
um acordo que deu acesso ao Brasil a tecnologia nuclear, o Brasil cedeu e acabou declarando
guerra à Alemanha e à Itália em 1942.

É possível dizer que “A nova constituição se dedicou bem menos espaço na educação
do que anterior, mas o suficiente para incluí-la em seu quadro estratégico com vistas a
equacionar a “questão social” e combater a subversão ideológica” (SHIROMA; MORAES;
EVANGELISTA, 2011, p. 22, grifos dos autores). Foram geradas várias discussões sobre um

9
ensino para as classes mais desfavorecidas, incluindo o modelo que visava descobrir uma
tendência vocacional e profissional dessas classes, com apoio de sindicatos.

Os anos iniciais do novo formato de governo autoritário, declarado como Estado


Novo, trouxe consigo limitações da liberdade civil, o que ocasionou a redução das discussões
de concepções educacionais. Com efeito, as propostas educacionais de modernização
estancaram, embora a indústria crescente ainda precisasse de mão de obra qualificada.
Somente em 1942 foi anunciada uma nova reformulação da política educacional durante o
Estado Novo.

Da parte do governo nenhuma movimentação significativa na definição de


políticas para a educação se anunciou até 1942, quando o então ministro da
Educação e Saúde Pública, Gustavo Capanema, implementou uma série de
reformas que tomaram o nome de leis orgânicas do ensino que
flexibilizaram e ampliaram as reformas de Campos as leis orgânicas foram
complementadas por Raul leitão da Cunha que sucedeu no ministério após o
término do estado novo em 1945. (SHIROMA; MORAES;
EVANGELISTA, 2011, p. 23).

Possivelmente, a lei que mais evidenciou a alta necessidade de pessoas no sistema


industrial foi o decreto n.º 4.073, de 30 de janeiro de 1942, criou o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai) [3] (SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2011, p. 23).
Essa lei tinha como objetivo de capacitar e introduzir jovens aos princípios industriais, para
sua formação para indústria, desse modo esse ensino industrial seria organizado para todo o
Brasil.

Com o fim da guerra, as lutas pela redemocratização ganharam força. Vargas obrigado
a dar indulto aos presos políticos e a constituir eleições gerais. Ainda em 1945, o palácio
presidencial foi cercado pelos militares que intimaram Vargas a renunciar. Assim, a Era
Vargas chegava ao seu fim, dando espaço para a chamada Quarta República, também
conhecido como Intervalo Democrático (1946 – 1964). Vale ressaltar, porém, que esse não
foi o “fim” de Getúlio Vargas que, além de eleger o candidato que apoiou em 1946 (Eurico
Gaspar Dutra), ainda retornou à Presidência do Brasil por meio do voto popular em 1951.

A ESCOLA NOVA

10
O movimento escolanovista surgiu na Europa, e se expandiu para outros continentes,
através de educadores que questionavam os modelos do ensino tradicional, considerando-o
não funcional para os novos tempos de modernidade. Por isso mesmo, a escola nova surgiu
com novos formatos educacionais que abordavam um ensino democrático, colocando as
crianças no centro do processo de aprendizagem. Para isso, foram usadas novas práticas
pedagógicas, que atribuíam uma dinâmica que incentiva as relações escolares entre os alunos
e professores, incentivando o aluno à pesquisa e integrando-o ao meio social.

No Brasil, o movimento escolanovista ganhou força durante os anos 1920 e 1930,


apesar da resistência do grupo de educadores tradicionalistas, identificados com o
catolicismo. Com um discurso transformador e modernizador, buscando reformular as escolas
e seus métodos, aos poucos, os escolanovistas se aproximaram do governo Vargas e
conseguiram a hegemonia necessária para implementar seu projeto a partir do início dos anos
1930.

No ano de 1932, um grupo de 26 educadores propuseram em um documento com o


título “A Reconstrução Educacional no Brasil: ao povo e ao governo”, diretrizes para uma
política de educação baseada em princípios que fariam uma reforma no sistema educacional
brasileiro. Esse manifesto teve origem no início do governo provisório de Vargas. Vendo a
oportunidade de mudanças no ensino nacional, a Associação Brasileira de Educação (ABE)
tratou sobre possíveis mudanças que deveriam ser consideradas pelo novo governo em um
Congresso em Niterói. Foi a partir desse evento que nasceu a ideia de criar um manifesto que
expusesse suas opiniões e propostas voltadas. Redigido por Fernando de Azevedo e assinado
membros como Anísio Teixeira, Cecília Meireles, Lourenço Filho, Heitor Lira, Carneiro
Leão, Almeida Júnior entre outros, o manifesto dirigia-se ao governo e ao povo brasileiro
com propostas para direcionadas a educação. Um trecho do texto diz:

[...] se depois de 43 anos de regime republicano, se der um balanço ao


estado atual da educação pública, no Brasil, se verificará que, dissociadas
sempre as reformas econômicas e educacionais, que era indispensável
entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido, todos os nossos
esforços, sem unidade de plano e sem espírito de continuidade, não lograram
ainda criar um sistema de organização escolar, à altura das necessidades
modernas e das necessidades do país (INEP, 1984, p. 407).

O objetivo era organizar o sistema educacional para que acompanhasse a


modernização que acontecia no país. Eles almejam um ensino gratuito, misto, laico e

11
obrigatório em escolas públicas que oferecessem e garantisse educação comum para todos
sem privilégios e de forma igualitária.

A defesa da laicidade está relacionada à uma luta travada contra o ensino


religioso, predominante no Brasil em boa parte das escolas existentes, pelo
respeito à personalidade que se forma dentro da escola, longe de confrontos
religiosos e desrespeito pela presença ou não de crenças. Segundo o
Manifesto, a gratuidade é dependente da obrigatoriedade, pois, o Estado não
pode tornar o ensino obrigatório e igual para todos se este não for gratuito e
atender a todos os níveis econômicos e sociais presentes na nação
(MARINHO, 2006, s.p.).

Segundo os pioneiros, a organização traria o domínio da evolução social mudando


toda a circunstância a qual a educação se encontrava, e traria uma nova percepção a respeito
das competências burocráticas atribuídas ao educador. A causa principal dos problemas na
educação, segundo os educadores (1984 p. 407) está “na falta, em quase todos os planos e
iniciativas, da determinação dos fins de educação (aspecto filosófico e social) e da aplicação
(aspecto técnico) dos métodos científicos aos problemas de educação”.

O discurso de modernização do movimento da escola nova, portanto, vinha ao encontro


com a proposta de Vargas de mudanças sociais, políticas e econômicas para o país. Era,
contudo, uma mudança geral do ser social brasileiro.

A escola renovada pretendia a incorporação de toda a população infantil.


Serviria de base a disseminação de valores e normas sociais em sintonia
com os apelos da nova sociedade moderna constituída a partir dos preceitos
do trabalho produtivo e eficiente, da velocidade de transformações
interiorização de normas de comportamento otimizados em termos de
tempos e movimentos e da valorização da perspectiva da psicologia
experimental na compreensão “científica” do humano na dimensão
individual (VIDAL, 2003, p. 498).

A constituição do saber infantil se formou por meio da base de atividades individuais.


A escola passou a ser responsável por ofertar, por meio da observação e experimentação, a
possibilidade do aluno construir o seu próprio conhecimento (VIDAL, 2003). Dessa maneira,
o aluno se tornaria o centro da aprendizagem, com auxílio da psicologia experimental à
pedagogia. Tal auxílio também proporcionou a abordagem em debates de temas como a
escolarização das massas populares e a individualidade da criança nos processos educativos,
sempre com foco na eficiência na construção do saber.

12
Para o mundo industrializado, dentro da visão modernizadora do governo, a escrita
passou a ser fundamental para os indivíduos. O raciocínio daquele que escreve deveria ser
acompanhado por sua escrita. Dessa maneira, houve um processo de transformação da escrita
de maneira a deixá-la menos desenhada, menos rebuscada. Tratava-se de uma escrita que
pudesse ser mais prática, rápida e de fácil leitura.

Uma das técnicas propostas foi a caligrafia muscular, que se baseia na concentração e
controle da escrita. Nos anos de 1928 e 1929, foi desenvolvido o teste do ABC, para auxiliar
na pesquisa a respeito da aprendizagem da escrita. Dessa maneira, a escrita começou a
abranger também o campo da economia, se tornando algo ainda mais necessário ao indivíduo:

[...] essa preocupação econômica com a escrita se pretendia atender as


necessidades da sociedade moderna respaldou-se no discurso da psicologia
experimental, propondo o uso racional das capacidades do corpo, evitando o
que Ferriere denominou de "fadiga inútil" (VIDAL, 2003, p. 502, grifos do
autor).

Além disso, a economia também se preocupava com a forma de ler dos indivíduos.

[...] com o ler harmonizava- se as exigências da nova sociedade, uma vez


que lê rápido e eficazmente, decifrando com velocidade de signos escritos
era, e continua sendo, uma das necessidades da sociedade moderna em que a
apreensão pelagem da mensagem escrito torna-se a única maneira de lidar
com a profusão de impressos em circulação e com a proliferação de escritas
de demarcavam os usos nos universos sociais Urbano e do trabalho construir
leitores, assim, para a escola das décadas de 20 e 30, produzir decifradores
de uma cultura urbana cada vez mais associada às seguintes inscritos; de
uma cultura do trabalho relacionada à informes e manuais e de cultura social
caracterizada pela profusão de informações por jornais e rádios e pela
exposição de imagens permitidas pelo cinema (VIDAL, 2003, p. 502).

Com isso, não apenas a escrita, mas também as novas práticas de leitura se tornam
eficientes para suprir as necessidades da sociedade perante a sua modernização. A criação de
grupos de leitura dentro das escolas primárias acabou servindo de ferramenta de transmissão
pelos educadores escolanovistas, visando agregar novos hábitos de eficiência na leitura na
vida dos alunos. As mudanças foram tão profundas que reformularam a relações temporais,
espaciais, materiais e sociais (VIDAL, 2003).

As ciências naturais se tornam disciplina do ensino primário e tomam parte das


práticas sociais dos brasileiros a partir dos anos 1920. Era uma “nova percepção entre ciência
natural e educação. A construção de uma nação, amálgama de brancos, negros imigrantes

13
colocava como desafio a regeneração social, que para os educadores de escolanovistas só
poderia ser atingida pela educação das massas” (VIDAL, 2003, p. 512). Desse modo, as
propostas da escola nova foram transformando o ensino-aprendizagem por meio das
disciplinas escolares, que, por sua vez, tentavam segui as transformações que aconteciam no
mundo e na sociedade brasileira. No desenvolvimento da criança, nos meios econômicos,
políticos e sociais, novas teorias e práticas que abordavam a centralidade do aluno no
processo educacional, tendo o professor como mediador.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisarmos o período histórico proposto, podemos concluir que o Brasil em 1930,


mesmo depois de mais de quatro décadas de regime republicano, ainda era uma realidade
abstrata para a maioria dos brasileiros. “O império ao se desmoronar, deixou insolúveis os
dois maiores problemas nacionais: a organização do trabalho livre e o da educação”
(RIBEIRO, 2001, p. 89) e a chamada República Velha (1889 – 1930) não conseguiu mudar
essa situação.

O estado que emergiu a partir da Revolução de 1930, apesar de não ter organizado
politicamente a sociedade, é possível examinar seus primeiros passos, para que isso se torne
uma realidade. No entanto, se conclui que, embora Vargas mediasse as forças heterogêneas,
possibilitando sua chegada ao poder, não se curva às elites, que se empenham em manifestar
o seu papel repressor, sobretudo das classes operárias, fazendo com que a questão social
continuasse a ser “a relação de explorador e explorado", como nos mostra a mesma dinâmica
no decorrer da história. Reforçando assim, a política de marginalização pura realizada pelas
velhas classes dominantes, que não tinham mais condições de se sustentar, em meio às
turbulências econômicas, advindas da crise do café e os impactos da própria crise mundial de
1929.

Getúlio Vargas chegou à presidência e se tornou uma das personalidades política


nacional de maior expressão, desde a história republicana até os dias de hoje. Suas ações são
referência importantes como estudos científicos e debates das análises políticas, sociais,
econômicas e educacionais. Palavras como, “Nacionalismo, populismo, estatização
econômica, autoritarismo, paternalismo político, legislação trabalhista, controle ou liberdade
sindical, políticas educacionais, são vistas como algumas das características fundamentais
que constituíram a Era Vargas” (COTRIM, 2005).

14
No Manifesto dos Pioneiros (1932) a educação foi apontada como a mais importante
dos problemas nacionais, “é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção,
sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção e a
iniciativa que são os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade”.

São palavras refletidas nas críticas à Pedagogia Tradicional, que chegava ao fim,
conforme escreveu Dermeval Saviani (1999, p.6): “Para superar a situação de opressão,
própria do Antigo Regime”. Dava-se efetivação da teoria da Escola Nova, que, com todos os
seus problemas de ainda ser uma educação elitista, mantinha a crença no poder da escola e
sua função, como possibilidades de equalização social.

Assim, ao terminarmos, vale ressaltar que as teorias educacionais são divididas em


dois grupos, as críticas e não críticas. Com esse entendimento, apesar dos avanços
ocasionados com a escolanova, não podemos deixar de apontar seu caráter de reprodução
social e cultural, estabelecidos no contexto escolar. A filosofia da Escola Nova, portanto,
tinha um caráter democratizador absolutamente limitado, constando como marca registrada
das estratégias educacionais de Vargas, sendo usada por um governo autoritário em prol de se
manter no poder.

Reiteramos, por fim, que a educação deve servir ao estado, e o estado, por sua vez,
deve servir ao povo, preparando-o não apenas para o mundo do trabalho, mas também para
uma vida plena de conhecimentos para a liberdade de viver sem ter que servir a outrem.

REFERÊNCIAS

BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL (DE


16 DE JULHO DE 1934). Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm. Acessado dia 24 de
fev. de 2023.

COTRIM, Gilberto Vieira. História Global, Brasil e Geral - volume único. São Paulo:
Ed.Saraiva, 2005.

DALLABRIDA, Norberto. A Reforma Francisco Campos e a modernização nacionalizada do


ensino secundário. Portal de Revistas PUC-SP, Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 185-191,
maio/ago, 2009.

15
DINIZ, Eli. Engenharia institucional e políticas públicas: dos conselhos técnicos às câmaras
setoriais. In: PANDOLFI, Dulce (Org.). REPENSANDO o Estado Novo. Rio de Janeiro:
Ed. Fundação Getulio Vargas, 1999. 345 p.

SILVA, Daniel Neves. "Era Vargas".  Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/historiab/era-vargas.htm. Acesso em 24 de fevereiro de 2023.

INEP. “Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova”. Revista brasileira de estudos


pedagógicos. – V. 1, n. 1 (jul. 1944). – Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Estudos
Pedagógicos, 1944 – Publicação oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais.

MARCONI, Juliana Guedes dos Santos; NETO, Luiz Bezerra. Modernidade e Sociedade
Brasileira: “Entusiasmo”, “Otimismo” e Iniciativas Libertárias na Educação. Revista
HISTEDBR On-line, Campinas, n.46, p. 213, jun2012.

MARINHO, Iasmin da Costa. Manifesto dos pioneiros da educação nova. Infoescola, 2006.

MENEZES, Ebenezer Takuno de. Verbete Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova.
Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix
Editora, 2001.

RIBEIRO, José Augusto.A Era Vargas. Vols 1 à 3. Rio de Janeiro:Casa Jorge Editorial,
2001

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 32. ed., Campinas, SP: Autores Associados,
1999, 105p.

SHIROMA, Eneida; MORAES, Maria Célia; EVANGELISTA, Maria. Política


Educacional. 2011. Disponível em: https://drive.google.com/open?
id=1Fr0BivjbMz3c2dKLZUWo86xHTOsepzYH Acesso em 01 de agosto de 2022.

TEIXEIRA, Francisco Maria Pires. Brasil História e Sociedade. Ed. Ática, 2000.

VIDAL, Diana. Escola Nova e processo educativo. In: LOPES, Eliane M. Teixeira et alli.
500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte. Ed. Autêntica. 2003.

16

Você também pode gostar