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EME 802

Elementos de Máquinas

Dimensionamento
de Eng.Cilíndricas
de Dentes Retos

Prof.Marcos Moura Galvão


IEM - Instituto de Engenharia Mecânica
1.1 Introdução

o As engrenagens cilíndricas transmitem potência entre árvores paralelas,


com uma relação de transmissão constante.
o A relação de transmissão é a mesma que seria obtida por dois cilindros de
fricção comprimidos entre si e girando sem deslizamento em sua linha de
contato
o Os diâmetros externos dos cilindros (ou rodas de fricção) correspondem às
circunferências primitivas das engrenagens.

Figura 1.1a b – pg 1.1 – Rodas de Fricção e Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos.


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1.1 Introdução

o A circunferência primitiva de uma engrenagem é uma circunferência


imaginária localizada pouco acima da altura média dos dentes:

Figura 1.1c – pg 1.1 – Circunferência Primitiva.

Pinhão Coroa
ou ou
Motora Movida

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1.2 Relação de Transmissão

È a relação entre as velocidades de rotação do pinhão e da coroa, sendo


também igual à relação entre os diâmetros primitivos (ou número de dentes, ou
torques) da coroa e do pinhão.

Mt2
=
Mt1
Figura 1.2a – pg 1.2 – Relação de Transmissão.

i = relação de transmissão;
d1 = dp1 = diâmetro primitivo do pinhão;
d2 = dp2 = diâmetro primitivo da coroa;
Z1 = Z2 = número de dentes do pinhão e da coroa;
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Itajubá Mt1 = Mt2 = torques no pinhão e na coroa.
1.2 Relação de Transmissão

Figura 1.2b – pg 1.3 – Relação de Transmissão.

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1.2 Relação de Transmissão

Mt2
=
Mt1

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Itajubá Figura 1.2c – pg 1.3 – Relação de Transmissão.
1.2 Relação de Transmissão

Figura 1.2d – pg 1.4 – Redutor Planetário ou Epicicloidal. Figura 1.2e – pg 1.4 – Engr. Internas.

Relações de transmissão de até 6:1 são comuns em engrenagens cilíndricas de


dentes retos. No caso de caixas de engrenagens (redutores de velocidade) a relação
máxima recomendada é de 4:1
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1.3 Nomenclatura Básica

1. Circunferência Primitiva;
2. Circunferência de Base;
3. Folga no Fundo do Dente;
4. Folga no Vão do Dente;
5. Módulo;
6. Passo Circular;
7. Ponto Principal;
8. Linha de Ação;
9. Ângulo de Pressão (φ).

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1.3 Nomenclatura Básica

Desenvolvimento de uma curva Observação: A evolvente também pode ser chamada de


evolvente. involuta

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1.3 Nomenclatura Básica

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1.3 Nomenclatura Básica

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1.3 Nomenclatura Básica
Tabela 1.1 – pg 1.8 – Módulos normalizados – Norma DIN 780 – Proporções dos Dentes.

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1.4 Relações Importantes para a Fabricação de Engr.

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1.4 Relações Importantes para a Fabricação de Engr.

Figura 1.5 – pg 1.9 – Proporções dos Dentes.

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1.5 Processos de Fabricação

Figura 1.6 – pg 1.10 – Processos de Fabricação – Dentes Cortados.


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1.5 Processos de Fabricação

Figura 1.6 – pg 1.11 – Processos de Fabricação – Dentes Gerados.

Figura 1.6 – pg 1.11 – Processos de Fabricação – Dentes Retificados.


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1.6 Caminho de Contato e Linhas de Contato

Ponto 1 – 1° ponto de contato;


Ponto 2 – aproximação;
Ponto 3 – aproximação;
Ponto 4 – Ponto principal;
Ponto 5 – afastamento;
Ponto 6 – afastamento;
Ponto 7 – último ponto de contato.

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Figura 1.7 – pg 1.12 – Caminho de Contato e Linhas de Contato.
1.7 Carac.Sequen.do Contato de um Par de Dentes

As superfícies evolventais de trabalho de um par de dentes de engrenagens


apresentam a seguinte sequência de movimentos relativos:
- Deslizamento e rolamento simultâneos;
- Rolamento puro;
- Deslizamento e rolamento simultâneos;

Com base na figura 1.7, somente o ponto 4 apresenta rolamento puro e nos pontos 1
e 7 apresentam velocidade de deslizamento máxima, pois isto depende da velocidade
na circunferência primitiva e da distância entre o ponto de contato e a linha primitiva.

As engrenagens são projetadas para minimizar o contato de deslizamento


(menor grau de deslizamento e desgaste).

ENGRENAGENS P/ MÁQUINAS DE BAIXA VELOCIDADE:


-menos números de dentes;
-maior tamanho de dente.
ENGRENAGENS P/ MÁQUINAS DE ALTA VELOCIDADE:
-maior números de dentes;
-menor tamanho de dente.

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1.8 Lei Fundamental do Engrenamento

Para que um par de dentes que se engrenam transmita uma razão de


velocidades constante, as curvas dos perfis dos dentes devem ser tais que
“as perpendiculares comuns aos perfis no ponto de contato passem
sempre pelo ponto principal”

A lei do engrenamento não se refere a razão de velocidades total, mas sim a variações por ocasião
do engrenamento de um par de dente. Estas variações momentâneas na razão de velocidade dão
lugar a acelerações e desacelerações que se manifestam por vibrações e ruídos.
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1.9 Interferência de Dentes Evolventes

Figura 1.9 – pg 1.15 – Engrenamento com Interferência.


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1.9 Interferência de Dentes Evolventes

Figura extra - Interferência e adelgaçamento dos dentes abaixo da circunferência de base

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1.9 Interferência de Dentes Evolventes

A “interferência no engrenamento” pode ser evitada se o raio externo da coroa


obedecer à seguinte relação:

Tabela 1.2 – pg 1.16 – Número mínimo de dentes do pinhão para evitar a interferência em dentes
normais (sem rebaixamento)

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Exemplo 1.1

Em um redutor de velocidades, conforme figura abaixo, existe um par de


engrenagens cilíndricas de dentes retos, de perfil evolvental, com módulo igual
a 10 mm e o ângulo de pressão 20°. O diâmetro primitivo do pinhão é de 20 cm.
Sendo de 2:1 a relação de transmissão, calcular:
a. Número de dentes de cada
engrenagem;
b. Altura da cabeça;
c. Altura do dente;
d. Folga do fundo;
e. Diâmetros externos;
f. Diâmetros dos círculos das
raízes;
g. Altura dos pés;
h. Diâmetro dos círculos base
i. Verificar a interferência.

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1.10 Força nas Engrenagens Cilin.de Dentes Retos

A determinação das componentes das forças que atuam no dente da


engrenagem é da maior importância, pois essas forças serão transmitidas para
o eixo e os mancais.

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1.10 Força nas Engrenagens Cilin.de Dentes Retos

Figura 1.11 – pg 1.21 – Forças no dente da engrenagem.

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Exemplo 1.2

O momento aplicado a um pinhão cilíndrico de dentes retos de 10 cm de


diâmetro primitivo, de uma máquina de picar cana é de 3000 kgf.cm. O
diâmetro primitivo da coroa é de 25 cm. O ângulo de pressão é de 20°.
a). Calcule a força tangencial Ft e a força radial Fr.
b). Calcule também as forças nos rolamentos de apoio, considerando as
dimensões proporcionalmente à figura do exemplo 1.1.

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Exemplo 1.3

Uma engrenagem cilíndrica de dentes retos A recebe 10 CV e 1000 rpm


através de uma árvore que gira no sentido horário. Acoplada a essa
engrenagem existe uma engrenagem B, acionada. Dados que o módulo do
sistema é de 10 mm, Za = 40 dentes e Zb = 80 dentes, determine:
1 – O momento que cada árvore deve transmitir;
2 – O esforço nos dentes para o qual as engrenagens devem ser
dimensionadas, se φ = 20°;
3 – A força aplicada ao eixo da engrenagem A, proveniente das forças
atuantes nos dentes.

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1.11 Projeto de Engrenagens Cilin.de Dentes Retos

1.11.1 – Objetivos do Projeto: o projeto de uma engrenagem envolve


inicialmente a determinação do módulo m e da largura b das engrenagens, de
tal modo que satisfaçam a resistência e que se obtenha um baixo custo de
produção.

1.11.2 – Resistência dos Dentes – Equação de Lewis:


No momento do 1° contato do par de
engrenagens temos:
- Fn atuando perpendicular ao perfil;
- Somente um dente suportando a carga;
- Carga uniformemente distribuída ao
longo do comprimento do dente;
- Ft causa flexão no dente;
- Fr é desprezado;
- Perfil de uma viga de resistência const.
- A seção A-A, onde a parábola é tangente
ao perfil do dente, é a mais solicitada.
Figura 1.12 – pg 1.24 – Viga Parabólica Interna ao dente.
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1.11 Projeto de Engrenagens Cilin.de Dentes Retos

A tensão de flexão desenvolvida na seção A-A é da por:

Multiplicando e dividindo expressão anterior pelo passo circular p, resulta:

O fator de forma (y) é função da forma do dente, que depende do sistema segundo o
qual os dentes foram usinados e do número de dentes (Tabela 1.3).
A equação de Lewis, após pequeno ajuste, será apresentado na seguinte forma:

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Tabela 1.3 – pg 1.26 – Fator de forma y .

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1.11.3 – Tensão Desenvolvida ou Induzida na Raiz do Dente: Em condições


normais de serviço a largura do dente não ultrapassará de 4 vezes o passo circular.
Fazendo b = kb.p, onde kb <= 4 na equação 1.12, tem-se:

kb é chamado de fator de largura e depende da qualidade de fabricação dos dentes, bem


como dos objetivos do projeto (pg 1.10 – largura do dente).
Existem 2 formas de se iniciar um projeto:
1° FORMA: Se o diâmetro primitivo for conhecido ou fixado inicialmente, a equação
de Lewis será:

2° FORMA: Se o número de dentes são fixados, a equação de Lewis será:

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1.11 Projeto de Engrenagens Cilin.de Dentes Retos

1.11.4 – Tensões Admissíveis nos Dentes: Para engrenagens cilíndricas de dentes


retos, as seguintes relações podem ser usadas para obter a tensão admissível:

Alguns valores de tensão a fadiga são usados:


Ferro Fundido qualquer = 560 kgf/cm2
Bronze = 840 kgf/cm2
Regra Geral: para materiais metálicos, exceto o bronze, pode-se tomar a tensão de
fadiga do material como aproximadamente 1/3 da tensão de ruptura do material.
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1.11 Projeto de Engrenagens Cilin.de Dentes Retos

Figura Extra – Diagrama S-N para ligas de aço e alumínio, S ou σo


(o eixo N tem escala logarítmica).

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1.11.5 – Dimensionamento Baseado na Engrenagem mais Fraca: A força que


pode ser transmitida por um dente de engrenagens é função do produto (σo y),
como mostra a equação de Lewis. Para um par de engrenagens, a mais fraca
será a que tiver o menor valor do produto (σo y). Quando duas engrenagens são
do mesmo material, a menor delas (pinhão) será a mais fraca e controlará o
projeto.

1.11.6 – Critério Básico de Dimensionamento pela Resistência: Numa primeira


etapa de cálculo, será aplicado o critério de segurança de projeto que a tensão
real desenvolvida na raiz do dente, σ, deverá ser menor ou igual a tensão
adimissível, σa .
σ <= σa

Após esta análise inicial (cálculo baseado na resistência) será necessário


avaliar se as engrenagens resistiram às cargas dinâmicas e ao desgaste.

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Exemplo 1.4

Um pinhão de bronze com σo = 850 kgf/cm2 que faz parte de um sistema de


tração para empilhadeira, gira a 800 rpm e aciona uma engrenagem de aço
fundido σo = 1050 kgf/cm2, com uma relação de transmissão de 5:1. São
conhecidos os seguintes elementos do pinhão:
Zp = 16 φ = 20° m = 10 mm e perfil evolvental
A largura das engrenagens é de 10 cm. Qual a potência máxima que pode ser
transmitida, admitindo-se que o projeto é baseado apenas na resistência dos
dentes?

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Exemplo 1.5

A figura seguinte mostra uma caixa de câmbio de caminhão. O pinhão A de


aço fundido ASTM A27-46T Recozido, σo = 1400 kgf/cm2, deve acionar a
coroa B, de ferro fundido ASTM 20, com σo = 560 kgf/cm2. A relação de
transmissão é 2:1. O pinhão de 20 cm deve transmitir 50 CV a 1000 rpm. O
ângulo de pressão é de 20° e o perfil é evolvental, normal. Determine o
módulo e a largura dos dentes, admitindo que o conjunto seja dimensionado
apenas à resistência.

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Exemplo 1.6

Um redutor de velocidades para elevadores é constituído de dois pares de


engrenagens cilíndricas de dentes retos, com ângulo de pressão de 14°30’.
Deseja-se dimensionar um dos pares, levando-se em conta que a coroa é de
bronze com σo = 840 kgf/cm2, acionada por um pinhão de aço doce com σo =
1050 kgf/cm2. A relação de transmissão é 3:1. Determine o menor diâmetro
das engrenagens que podem ser usadas e a largura do dente necessária a
transmitir 10 CV a 1800 rpm do pinhão. Considerar no projeto apenas a
resistência do conjunto, não usando menos de 15 dentes em qualquer das
engrenagens.

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1.11 Projeto de Engrenagens Cilin.de Dentes Retos

1.11.7 – Carga Admissível de Resistência à Fadiga: A carga limite de resistência à


fadiga Fo, é dada pela equação de Lewis, sem o fator de velocidade.

𝐹𝑜 = σ𝑜 𝑏 𝑝 𝑦

1.11.8 – Carga de Desgaste nos Dentes – Equação de Buckingham: Para


garantir a durabilidade de um par de engrenagens, os perfis dos dentes não devem estar
sujeitos a tensões de contato excessivas; assim, a carga admissível ao desgaste
superficial é dada por.

𝐹𝑤 = 𝑑𝑝 𝑏 𝐾 𝑄

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1.11 Projeto de Engrenagens Cilin.de Dentes Retos

1 1
σ𝑓𝑠 2 sin ∅ 𝐸 + 𝐸
𝑝 𝑐
𝐾=
1,4

Onde BHN é a dureza Brinell média para a coroa e pinhão, desde que não ultrapasse
350, para o aço.
σ𝑓𝑠 = 28. 𝐵𝐻𝑁 − 700 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2

Observação: Os valores de K apresentados na tabela 1.4 são baseados em superfícies


lisas e levam em consideração o trabalho a frio efetuado pelo material mais duro sobre
o material mais plástico.
É desejável que os dentes do pinhão sejam um pouco mais duros que os da coroa, por
causa dos efeitos benéficos do trabalho a frio efetuado sobre os dentes mais macios,
pelos mais duros.
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1.11 Projeto de Engrenagens Cilin.de Dentes Retos
Tabela 1.4 – pg 1.31 – Valores de σfs e K para uso na equação de desgaste do dente .

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Figura 1.13 – pg 1.33 – Concentração de tensões em Figura Extra – Perfil do dente evolvental
dentes de engrenagens. com tratamento superficial

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1.11.9 – Carga Dinâmica nos Dentes – Equação de Buckingham: Imperfeições


nos perfis dos dentes, folgas, desalinhamentos de montagem e deflexão nos dentes sob
a ação de cargas, são os fatores mais importantes que influem na variação momentânea
de velocidade. É esta variação que dá origem a cargas dinâmicas nos dentes, com
intensidades maiores do que a força Ft a transmitir.

𝑏𝑐
𝑉 + 𝐹𝑡
5,61
𝐹𝑑 = + 𝐹𝑡
𝑏𝑐
𝑉 + 9,04 + 𝐹𝑡
5,61

Observação: 1). A equação acima foi obtida a partir de resultados experimentais, para
cargas médias e pesadas; no entanto, para cargas leves a aplicação dessa equação pode
resultar em valores de Fd >= 5. Ft, devendo-se nesse caso usar Fd = 5. Ft .
2). No sistema SI, a constante 9,04 deve ser substituida por 2,86 e ainda, a largura b
deve ser colocada em mm e a força tangencial Ft em Newton.
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Figura 1.14 – pg 1.34 – Erro Permissível

Figura 1.15 – pg 1.34 – Erro Esperado


de Fabricação.

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Tabela 1.9 – pg 1.35 – Valores de c para correção da carga dinâmica

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1.11.10 – Erros Permitidos e Esperados: Quanto maior a velocidade na


circunferência primitiva das engrenagens, maiores as reações dinâmicas
provenientes do erro composto do dente. Em geral, quanto mais forte o ruído
para uma velocidade e um passo particular, maior o erro. Assim, quanto maior
a velocidade, maior a precisão necessária para um funcionamento satisfatório.

1. Curva “Engrenagens Comerciais de Boa Qualidade”:

2. Curva “Engrenagens Usinadas Cuidadosamente”:

3. Curva “Engrenagens Acabadas com Precisão”:

1.11.11 – Critério de Segurança de Projeto com Respeito a Fw, Fo e Fd: Fw e Fo


são valores permissíveis e portanto limites de dimensionamento, então, devem
ser iguais e maiores que Fd .
𝐹𝑜 ≥ 𝐹𝑑
𝐹𝑤 ≥ 𝐹𝑑
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1.12 Causas de Desgaste em Dentes de Engr.

Quando duas engrenagens são feitas e montadas com precisão e quando o


lubrificante é limpo e adequado, a razão mais provável para que as
engrenagens, submetidas a serviço pesado e contínuo, se “desgastem” é uma
falha por fadiga do material da superfície.
Quando dentes novos estão se momento juntos, com baixas tensões de
contato, as superfícies ficam “amaciadas”, tornando-se lisas, polidas e capazes
de vida indefinida se não ocorresse a fadiga.
Os principais tipos de desgaste são:

a). Escavação da superfície do dente ou “Pitting”;

b). Abrasão;

c). Riscamento;

d). Roçadura.

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Exemplo 1.7

No moto-redutor mostrado na figura abaixo, um pinhão de aço fundido,


σo = 1050 kgf/cm2, com rotação de 1800 rpm, aciona uma coroa de ferro
fundido com σo = 570 kgf/cm2, que gira a razão de 300 rpm. Os dentes têm
ângulo de pressão 20°, são rebaixados e de perfil evolvental. A potência a ser
transmitida é de 35 CV. Dimensionar o conjunto levando em conta a
resistência, a carga dinâmica e o desgaste. A dureza superficial do pinhão é de
250 Brinell.

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