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9. Juros simples 47
9.1. Juro 47
9.2. Regimes de Capitalização 47
9.3. Cálculo do juro simples 47
9.3.1. Taxas proporcionais 49
9.3.1.1. Cálculo de taxa proporcional 49
9.3.2. Taxas equivalentes 51
9.3.3. Juro comercial e juro exato 52
9.3.3.1. Determinação do número exato de dias entre duas datas 53
9.3.4. Montante de juros simples 58
10. Juros compostos 59
10.1. Cálculo do montante 59
10.2. Cálculo dos juros 59
10.3. Cálculo do fator de capitalização 59
10.4. Cálculo do capital 60
10.5. Cálculo da taxa de juros (i) - IRR 61
10.6. Cálculo do número de períodos (n) 61
10.7. Taxas proporcionais 62
10.8. Taxas equivalentes 63
10.9. Cálculo de taxas equivalentes 64
10.10. Montante para períodos não-inteiros 65
10.10.1. Convenção Linear 65
10.10.2. Convenção Exponencial 65
10.11. Taxa nominal 66
10.12. Taxa efetiva 67
10.13. Taxa aparente, taxa real e taxa de inflação 68
11. Desconto simples 72
11.1. Títulos de créditos 72
11.2. Dados das operações de descontos 72
11.3. Desconto comercial, bancário ou “por fora” 73
11.3.1. Fórmula do desconto comercial 73
11.3.2. Fórmula do valor atual comercial 73
11.3.3. Taxa efetiva do desconto comercial 75
11.4. Desconto racional ou “por dentro” 76
11.4.1. Valor do desconto racional 76
11.4.2. Valor do desconto racional em função de valor nominal 76
11.5. Equivalência de capitais no desconto comercial 77
12. Desconto composto 80
12.1. Desconto composto Comercial 80
12.2. Desconto composto racional 80
13. Capitalização e amortização composta 83
13.1. Introdução 83
13.2. Rendas 83
13.3. Capitalização composta 85
13.3.1. Renda imediata 85
13.3.2. Renda antecipada 87
13.4. Amortização composta 90
13.4.1. Renda imediata 90
13.4.2. Renda antecipada 91
13.4.3. Renda Diferida 92
Referências bibliográficas
47
9. JURO SIMPLES
9.1. Juro
C ⇒ Capital
J ⇒ Juros
Fórmula: J = C⋅i⋅n Variáveis:
n ⇒ Número de períodos
i ⇒ Taxa (Unitária )
Abreviaturas de Taxas:
a.a. → ao ano a.s. → ao semestre a.b. → ao bimestre
a.m. → ao mês a.t. → ao trimestre
a.d. → ao dia a.q. → ao quadrimestre
Exemplos:
Duas taxas são proporcionais quando seus valores formam uma proporção com os
tempos a elas referidos, reduzidos à mesma unidade.
Dadas duas taxas i e i’ (percentuais ou unitárias), relativo, respectivamente, a n e
n’ (tempos) referidos à mesma unidade, temos:
i n
,
= ,
i n
Exemplo:
Para calcular uma taxa proporcional a outra dada, basta multiplicar ou dividir pelo
número de períodos que a unidade maior possui em relação à unidade menor.
i ⇒ taxa dada
Variáveis ip ⇒ taxa proporcion al procurada
k ⇒ número de períodos entre as unidades
i
Ip = (da maior para a menor) → Ordem decrescente
k
Assim
Ip = i × k (da menor para a maior) → Ordem crescente
De uma taxa:
Anual “para” uma mensal: → dividir por 12
Mensal “para” uma diária: → dividir por 30 (para taxa comercial)
Anual “para” uma diária: → dividir por 360 (para taxa comercial)
Anual “para” uma semestral: → dividir por 2
Anual “para” uma quadrimestral: → dividir por 3
Anual “para” uma trimestral: → dividir por 4
De uma taxa:
Mensal “para” uma anual: → multiplica-se por 12
Diária “para” uma mensal: → multiplica-se por 30 (taxa comercial)
Diária “para” uma anual: → multiplica-se por 360 (taxa comercial)
Semestral “para” uma anual: → multiplica-se por 2
Quadrimestral “para” uma anual: → multiplica-se por 3
Trimestral “para” uma anual: → multiplica-se por 4
Etc.
Exemplos:
Exercícios
Exemplos:
Vamos calcular o juro produzido pelo capital de R$ 2.000,00:
1º) à taxa de 4% ao mês, durante 6 meses;
2º) à taxa de 12% ao trimestre, durante 2 trimestres.
Primeiro:
C = 2.000,00
t = 6 meses
i1 = 4% a.m. = 0,04 a.m.
Segundo:
C = 2.000,00
t = 2 trimestres
i2 = 12% a.t. = 0,12 a.t.
Exemplos:
Exercícios
1 mês = 30 dias
Convenção: Tempo aproximado
1 ano = 360 dias
Exemplos:
Na contagem do tempo entre duas datas, consideramos apenas uma das datas
extremas.
Além da contagem direta dos dias em um calendário, podemos usar uma tabela
para a contagem de dias, que contém o número de dias do ano, numerados de 1
a 365, tendo na 1ª coluna, o maior número de dias de um mês e na 1ª linha, os
meses do ano.
Caso queiramos usar o juro exato, devemos dividir a taxa anual por 365 dias ou
366 dias (em caso de ano bissexto) e, neste caso, encontraremos uma taxa
proporcional menor que a anterior e, conseqüentemente, encontraremos também
um juro menor.
Desta maneira, acha-se a taxa proporcional ao dia (dividindo a taxa anual por 360
e a mensal por 30), aplicando-a no número exato de dias.
Exemplos:
1) Um empréstimo de R$ 8.500,00 foi realizado em 20/07 e pago em 25/11 do
mesmo ano. Sabendo que a taxa foi de 45¨% ao ano, qual o juro total a ser pago ?
Consulte a tabela.
Exercícios
1) Que quantia deve ser aplicada durante 3 meses, à taxa de 1,5% ao mês, para
obtermos R$ 441,00 de juro ?
5) A que taxa mensal deve estar aplicada a quantia de R$ 66.000,00 para que,
em 3 meses e 10 dias, renda um juro de R$ 11.000,00 ?
10) Uma pessoa aplica R$ 4.800,00 a 24% ao ano. Após algum tempo, a taxa é
aumentada para 3% ao mês. Determine o prazo em que vigorou a taxa de 3% ao
mês, sabendo que em 8 meses os juros totalizaram R$ 912,00.
Exercícios
4) Por quanto tempo deve ser aplicado o capital de R$ 8.000,00, à taxa de juro de
16% ao ano, para obtermos um montante de R$ 8.320,00.
Com Taxas Variáveis: M = C⋅(1 + i1)⋅(1 + i2)⋅(1 + i3)⋅ ... ⋅(1 + in).
Exemplos:
Exercícios
Exemplos:
Exemplos:
1) Uma loja financia um bem de consumo durável, no valor de R$ 3.200,00, sem
entrada, para pagamento em uma única prestação de R$ 4.049,00 no final de 6
meses. Qual a taxa mensal cobrada pela loja?
Exemplos:
1) Determine em que prazo um empréstimo de R$ 11.000,00 pode ser quitado em
um único pagamento de R$ 22.125,00, sabendo que a taxa contratada é de
15% ao semestre em regime de juro composto.
Duas taxas são proporcionais quando seus valores formam uma proporção com os
tempos a elas referidos, reduzidos à mesma unidade, ou seja, como definimos em
juros simples.
A partir de uma taxa anual, ia, podemos calcular as taxas: is, iq, it, ib, im e id
(semestral, quadrimestral, trimestral, bimestral, mensal e diária, respectivamente):
i i i i ia ia
is = a , iq = a , it = a , ib = a , im = e id =
2 3 4 6 12 360
Exemplos:
Resolução:
As taxas empregadas (2% a.m. e 24% a.a.) são proporcionais, mas como M1 ≠ M12,
as mesmas não são equivalentes.
Conclusão:
• “Em juro composto, taxas proporcionais não são equivalentes”.
Exemplos:
Exercícios
p
Fórmula: M = C(1 + i)n ⋅
1 + i ⋅ q
p
n+
Fórmula: M = C(1 + i) q
Exemplos:
A taxa nominal é, geralmente, uma taxa anual. Para resolvermos problemas que
trazem em seu enunciado uma taxa nominal, adotamos, por convenção, que a
taxa por período de capitalização seja proporcional à taxa nominal.
Exemplo:
i ⇒ a taxa nominal
if ⇒ a taxa efetiva
Assim, sendo: k ⇒ o número de períodos de capitalização para uma taxa
nominal
i
IP ⇒ a taxa por período de capitalização (iP = )
k
Logo: if = (1 + ip)k – 1
Exemplos:
C – o capital inicial
Considerando: ir – a taxa real
In – a taxa nominal
iin – a taxa de inflação
Para uma taxa de inflação igual a iin e uma taxa de juro real igual a zero, o
capital inicial se transformará, ao final de um período, em: C (1 + iin)
Para uma taxa de juro real igual a ir e uma taxa de inflação igual a iin,
simultaneamente, o capital inicial equivalerá: C (1 + ir) (1 + iin)
Para uma taxa nominal igual a in, o capital inicial se transformará, ao final de
um período, em: C (1 + in)
Conclusão:
A taxa de juro real é livre dos efeitos inflacionários, enquanto que a taxa de juro
nominal leva em consideração os efeitos inflacionários do período. Para Assaf
Neto (2003, p. 131):
Exemplos:
1) Qual deve ser a taxa aparente correspondente a uma taxa real de 0,8% a.m. e
a uma inflação de 20% no período?
3) Um empréstimo foi feito a uma taxa de 32% ao ano. Sabendo que a inflação
nesse ano foi de 21%, calcule a taxa real anual.
4) Uma financeira cobra uma taxa aparente de 22% ao ano, com a intenção de
ter um retorno real correspondente a uma taxa de 9% ao ano. Qual é a taxa de
inflação?
Lista de Exercícios
Taxa Equivalente; Taxa Nominal; Taxa Efetiva e Taxa Aparente de Juros Compostos.
2) Duplicata: Título emitido por pessoa jurídica contra seu cliente (pessoa física ou
jurídica) para o qual ele vendeu mercadoria ou prestou serviços, a serem pagos no
futuro, segundo um contrato.
4) Cheques Pré-Datados
d → desconto
N → valor Nominal
Variáveis A → valor Atual
n → tempo
i → taxa de desconto
d = N⋅i⋅n
Exemplos:
1) Um título de R$ 6.000,00 vai ser descontado à taxa de 2,1% ao mês. Faltando 45
dias para o vencimento do título, determine:
a) o valor do desconto comercial;
b) o valor do atual comercial.
Exercícios
1) Uma duplicata, cujo valor nominal é de R$ 2.000,00 foi resgatada 2 anos antes
do vencimento, à taxa de 30% ao ano. Qual o desconto comercial?
Exemplos:
2) Uma duplicata de R$ 23.000,00 foi resgatada 112 dias antes de seu vencimento
por R$ 21.068,00. Determinar a taxa de desconto e a taxa efetiva.
Exemplos:
1) Um título de R$ 6.000,00 vai ser descontado à taxa de 2,1% ao mês. Faltando 45
dias para o vencimento, determine:
a) o valor do desconto racional.
b) o valor atual racional.
“Dizemos que dois ou mais capitais diferidos são equivalentes, em certa época,
quando seus valores atuais, nessa época, são iguais”.
No regime de juro simples, essa data de comparação deve ser a data zero, isto é,
a data em que a dívida foi contraída.
Exemplos:
1) Quero substituir um título de R$ 5.000,00, vencível em 3 meses, por outro com
vencimento em 5 meses. Sabendo que esses títulos podem ser descontados à taxa
de 3,5% ao mês, qual o valor nominal comercial do novo título?
Resolução:
O princípio da equivalência é:
N= 5.000,00 A = A’
i = i’ = 3,5% a.m. = 0,035 a.m.
n = 3 meses
n’ = 5 meses
Exercícios
1) Um título de valor nominal igual a R$ 6.300,00 para 90 dias deverá ser
substituído por outro para 150 dias. Calcule o valor nominal do novo título, à
taxa de 2,5% ao mês.
N = Ar⋅(1 + i)n
N
Ar = ou Ar = N ⋅ (1+i )−n
(1 + i)n
Exemplos:
1) Determine o valor atual (comercial e racional) composto de um título de R$
800,00, resgatado 4 meses antes de seu vencimento, à taxa de 2% ao mês.
2) Calcule o valor atual (por fora e por dentro) composto, de um título de valor
nominal de R$ 1.120,00, com vencimento para 2 anos e 6 meses, à taxa de 36% ao
ano, capitalizado semestralmente.
Lista de Exercícios
Descontos
13.1. INTRODUÇÃO
1. Construir um capital - Temos uma Capitalização
2. Resgatar uma dívida - Temos uma Amortização
13.2. RENDAS
A sucessão de depósitos ou prestações, em épocas distintas, destinadas a formar
um capital ou pagar uma dívida é denominada renda.
Quando o período da renda é sempre o mesmo, diz-se que ela é periódica, caso
contrário, é não-periódica.
variável.
Exemplo:
Exemplo:
Depósito mensal de uma mesma quantia em caderneta de poupança, durante
um prazo determinado.
Exemplo:
Compra de um bem a prazo, em prestações mensais, pagando a primeira
prestação no fim de um determinado número de meses.
Resumo:
Número de termos
Certas ou anuidades ( deve ter ) Data de vencimento
Valor do termo .
•Rendas
Número de termos , ou
Aleatórias
( quando falta ) Data de vencimento , ou
Valor do termo .
Situação problema:
♦ Uma pessoa deposita em uma financeira, no fim de cada mês, durante 5
meses, a quantia de R$ 100,00. Calcule o montante da renda, sabendo que
essa financeira paga juros compostos de 2% ao mês, capitalizados
mensalmente.
Temos: C = 100,00
i = 2% a.m. = 0,02 a.m.
n=5m
Fórmula do montante:
0 1 2 3 4 5 Mn = C(1 + i)n
O montante de uma renda é dado pela soma dos valores dos montantes de seus
termos, denotada por ( S n ¬ i - lê-se: S , cantoneira i ou, simplesmente S, n, i).
n
Assim, S 5¬ 0, 02 = M 1 + M2 + M3 + M4 + M5
S n ¬ i = T × (1 + (1 + i) + (1 + i) 2
+ (1 + i)3 + (1 + i)4 )
an ⋅ q − a1
Aplicando a soma dos termos de uma PG no parêntese, temos: Sn =
q −1
a1 = 1
an = (1 + i)4
q = (1 + i)
an × q − a1 (1 + i) 4 ×(1 + i) −1 (1 + i)5 −1 (1 + i)5 −1
Como sn = = = =
q −1 (1 + i) −1 1 + i −1 i
Logo,
(1 + i)5 −1
S 5¬ i =T×
i
para s5¬ i =
(1 +i)5 −1
i
(fator de
capitalização)
sn ¬ i =
(1 +i)n −1
i
(fator de capitalização)
Assim,
S5¬ 0,02 = 100 × s5¬0,02 = 100×5,20404 = 520,40
Exercícios
1) Deposito em uma instituição financeira, no fim de cada mês, a importância
de R$ 800,00 a 0,5% ao mês. Quanto terei no fim de 1 ano ?
2) Uma pessoa deposita R$ 680,00 no final de cada mês. Sabendo que seu
ganho é de 1,5% ao mês, quanto possuirá em 2 anos e meio?
Situação-problema:
♦ Uma pessoa deposita numa poupança, no início de cada mês, durante 5
meses, a quantia de R$ 100,00. Calcule o montante da renda, sabendo que
a instituição paga juros compostos de 2% ao mês, capitalizados
mensalmente.
Temos: C = 100,00
i = 2% a.m. = 0,02 a.m.
Apostila de Matemática Comercial & Financeira 2ª Unidade Prof. Adeval
88
n=5m
0 1 2 3 4 5
Fórmula Geral:
(1 + i) 6 −1
S 5¬i =T×
i
- T para s6¬ i =
(1 + i) 6 −1
i
(fator de capitalização)
Então,
capitalização)
(1 +i)n +1 −1
Sn¬ i =T×(
i
- 1)
s n + 1¬ i → Fator de Capitalização.
Exercícios
1) Qual o montante de uma renda antecipada de 10 termos mensais de R$
500,00, à taxa de 1,5% ao mês ?
(1 + i)n −1
An¬ i =T× a n¬ i para a n¬ i =
i(1 + i)n
(Fator de Amortização)
(1 +i)n −1
An¬ i =T×
i(1 +i)n
Exercícios
2) Que dívida pode ser amortizada por 15 prestações de R$ 8.000,00 cada uma,
sendo de 2% ao mês a taxa de juro ?
(1 + i) n −1 −1
A n¬ , i = T × + 1
i(1 + i ) n −1
Exercícios
(1 + i)m + n −1
m/An = T ⋅ ( ai − ai ) onde ai = e ai =
i(1 + i)
m +n m m +n m+ n m
(1 + i)m −1
i(1 + i)
m
m é o período de carência;
n é o número de prestações;
T é o valor da prestação;
An é o valor do financiamento ou atual;
( ai m +n − ai m ) é o fator de amortização.
Exercícios
1) Qual o valor atual de uma renda de 15 termos mensais de R$ 700,00, com 3
meses de carência, a taxa de 1,5% ao mês?
2) Calcule o valor atual de uma dívida que pode ser amortizada com 10
prestações mensais de R$ 500,00, sendo de 2% a taxa de juro e devendo a
primeira prestação ser paga 3 meses depois de realizado o empréstimo?
(m = 3 -1 = 2 meses)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CRESPO, A. Arnot. Matemática comercial e financeira fácil. 13 ed. São Paulo:
Saraiva, 1999, 5ª tiragem, 2003.
ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 7 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.