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Controle Automático II (CTR 03)

Unidade 02:

“Métodos de Resposta
Em Frequência”

Professor: Accacio F. dos Santos


1º Semestre/ 2017
E-mail: accacio@leopoldina.cefetmg.br
Sumário da Unidade 02

1.1 Introdução
1.2 Conceito e aplicabilidade
1.3 Esboço do Diagrama de Bode
1.4 Análise da Estabilidade e dinâmica de um
sistema (Bode)
1.5 Estudo de Casos
1.6 Diagrama e Critério de Nyquist
1.7 Estudo de Casos

Exercícios
Leitura Complementar

Aula 07
2
Introdução
Unidade 02

• As técnicas de Resposta em Frequência foram desenvolvidas nos anos 30 por


Nyquist, Bode e Nichols, consistindo em técnicas anteriores à técnica do Lugar das
Raízes desenvolvida por Evans em 1948.

3
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

Mas o que é a Resposta em Frequência?

X(s) Y(s)
Sistema
G(s)

4
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

Mas o que é a Resposta em Frequência?

“Resposta de um sistema com entrada senoidal, cuja


frequência é variada dentro de uma faixa pré-estabelecida.”

X(s) Y(s)
Sistema
G(s)

5
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

Exemplo 1: Considerando o sistema abaixo obtenha a resposta em regime


permanente Y(s) e a resposta em frequência para uma entrada do tipo: X sen(t )

X(s) Y(s)
K
G (s) 
 s 1

6
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

[Exemplo 1] Resolvendo por frações parciais...

K X a b b
Y (s)    
 s  1 s²   ²  s 1 s  j s  j
Re sposta transitória Re sposta em Re gime permanente

KX 
a
 1 
  ²  ²
 
K X X
b  G ( j )
 ( j )  1  j 2 2 j
X
b  G ( j )
2j

7
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

[Exemplo 1] Sabendo que a Resposta em Regime Permanente depende apenas de:

X X
G (  j ) G ( j )
2 j 2j
Yss ( s )  
s  j s  j
Onde:
G ( j )  G ( j ) e j
  G ( j )

8
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

[Exemplo 1] Logo,

X G ( j ) e  j X G ( j ) e j
2 j 2j
Yss ( s)  
s  j s  j

Lembrando que:
b b
Yss ( s)    y(t )  be jt  be jt ,
s  j s  j

9
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

[Exemplo 1] Enfim,

X G ( j ) e j (t  )  X G ( j ) e  j (t  )
Yss (t )  , ou
2j
Yss (t )  X G ( j ) sin(t   )
1 4 4 4 44 2 4 4 4 4 43
Re sposta em Re gime Permanente

Resposta em Frequência?

10
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

[Exemplo 1] Enfim,

X G ( j ) e j (t  )  X G ( j ) e  j (t  )
Yss (t )  , ou
2j
Yss (t )  X G ( j ) sin(t   )
1 4 4 4 44 2 4 4 4 4 43
Re sposta em Re gime Permanente

Resposta em Frequência?
Magnitude da Resposta
em Frequência
Y ( j )
G( j )  e
X ( j )
G( j )  Y ( j )  X ( j ) Fase da Resposta
em Frequência 11
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

• Aplicabilidade do Método (Motivação):

✓ Levantamento de Funções de Transferências de sistemas complexos através


de resultados experimentais da resposta em frequência.

✓ Facilidade do estudo da estabilidade de um sistema (Critério de Estabilidade


de Nyquist – não necessita da determinação das raízes da equação
característica do sistema);

✓ Simplicidade dos testes de resposta em freqüência (Por exemplo: os testes


podem ser realizados com geradores de sinal senoidal);

12
Conceito e Aplicabilidade do Método
Unidade 02

• Aplicabilidade do Método (Motivação):

✓ Permite desenvolver projetos que considerem os efeitos indesejáveis dos


ruídos com maior facilidade;

✓ Permite analisar e projetar alguns sistemas de controle não linear.

✓ Permite projetar sistemas de Malha Fechada ajustando as características da


resposta em freqüência da FT de malha aberta através de certos critérios
(Próximo Conteúdo!)

13
Sugestão de Exercício: Considerando G(s) obtenha a resposta em
regime permanente e a resposta em frequência Y(s) para uma entrada
do tipo: 0,1 sen(t )

X(s) Y(s)
10
G (s) 
s  10

a) Varie a freqüência e observe o que ocorre com a resposta do sistema


(módulo e fase)
b) Indique e diferencie, no gráfico, a Resposta Transitória da Resposta
Permanente (Dica: Utilize o Matlab)

14
Sumário da Unidade 02

1.1 Introdução
1.2 Conceito e aplicabilidade
1.3 Esboço do Diagrama de Bode
1.4 Análise da Estabilidade e dinâmica de um
sistema (Bode)
1.5 Estudo de Casos
1.6 Diagrama e Critério de Nyquist
1.7 Estudo de Casos

Exercícios
Leitura Complementar

Aula 08
15
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

• A Resposta em Frequência pode ser representada graficamente de diversas


formas, onde duas delas são:

1. Diagramas de Bode - Com gráficos


separados em Logaritmo do Módulo e
Fase;

2. Diagramas Polares - onde o


comprimento do fasor é a magnitude e o
ângulo do fasor é fase.

http://www.lee.eng.uerj.br/~jpaulo/Contri/
Ogata-1997/diagrama-de-bode.jpg

http://www.atp.ruhr-uni-bochum.de/rt1/syscontrol/node22.html 16
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

• Uma das maneiras de esboçar o diagrama de Bode é através das Aproximações


Assintóticas que simplifica o diagrama por uma sequência de segmentos de retas.

• K(s  z1)(s  z2)...(s  zk)


Considere a seguinte FT: G(s)  m
s (s  p1)(s  p2)...(s  pn)

• Relembrando a definição da Resposta em Freqüência...

K (s  z1) (s  z2) ... (s  zk)


G(s  j ) 
s m (s  p1) (s  p2) ... (s  pn)

G( j )  K  ( j  z1)  ...  ( j  zk) 


...  ( j m )  ( j  p1)  ...  ( j  pn)

17
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

• De outro modo....

G(s  j ) dB  20 log K  20 log (s  z1)  20 log (s  z2)  ...


...  20 log s m  20log (s  p1) ...  20 log (s  pn)

G( j )  K  ( j  z1)  ...  ( j  zk) 


...  ( j m )  ( j  p1)  ...  ( j  pn)

18
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

• Para traçarmos as curvas de resposta em freqüência com maior facilidade é


necessário familiarizar com fatores básico que freqüentemente ocorrem em uma
função de transferência:

1. Ganho: K

2. Fatores integral e derivativo: ( j )


N

3. Fatores de primeira-ordem: (1  jT)


1

1
  j   j 
2

4. Fatores quadráticos: 1  2  s    
 
 n  n  
 

19
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1. Fator Básico: Ganho

G( j ) dB  20 log K :

K  1  20 log K  0
K  1  20 log1  0
0  K  1  20 log K  0

G( j )  K

K  1  K  0
K  0  K  180

20
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

2. Fatores Básicos: integral e derivativo

Integral

 1   1 
   20.N.log    20.N.log  
  j  N   j N 
  dB  
 1 
    N.90
 j  

21
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

2. Fatores Básicos: integral e derivativo

Derivativo

 j   20.N.log  
N

dB

( j )  N.90

22
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

Baixas Freqüências (ω<< 1/T):


3. Fator Básicos: primeira-ordem (zero)
G  j  dB  0
G  j   0

G( j )  (1  jT) Assíntota de Baixa freqüência

Altas Freqüências(ω>>1/T):

G  j  dB  20 log  1  (T)²  G  j  dB  20log(T)

 T  G  j deAlta
Assíntota 90ºfreqüência
G( j )  tan 
1

 1 
Freqüência (ω=1/T):

G  j  dB  20 log  
1  1²  3dB
G  j   45º
Encontro entre as
duas assíntotas! 23
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

3. Fator Básicos: primeira-ordem (zero)

24
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

Baixas Freqüências (ω<<1/T):


3. Fator Básicos: primeira-ordem (pólo)
G  j  dB  0
G  j   0
1
G( j )  Assíntota de Baixa freqüência
(1  jT)
Altas Freqüências(ω>>1/T):

G  j  dB  20log(T)
G  j  dB  20 log  1  (T)²  G  j   90º
 T 
G( j )   tan 1   Assíntota de Alta freqüência
 1 
Freqüência (ω=1/T):

G  j  dB  20 log  
1  1²  3dB
G  j    tan 1 (1)  45
Encontro entre as
duas assíntotas! 25
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

3. Fator Básicos: primeira-ordem (pólo)

Observe que o polo


de 1ª ordem é um
filtro PASSA-BAIXO

26
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1
  s   j  
2

4. Fator Básicos: quadráticos G(s)  1  2    


  
 n  n 

Para este fator limitaremos nossa análise para ζ entre 0 e 1 (Sistemas


subamortecidos). Ressalta-se que para ζ > 1 (Sistema superamortecido) temos 2
raízes reais, o que ainda não abordamos.

27
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1
  s   j  
2

4. Fator Básicos: quadráticos G(s)  1  2    


  
 n  n 

Para este fator limitaremos nossa análise para ζ entre 0 e 1 (Sistemas


subamortecidos). Ressalta-se que para ζ > 1 (Sistema superamortecido) temos 2
raízes reais, o que ainda não abordamos.

1
n ²   s   j  
2

G( j )   1  2    
n ²  2n  j    j    
2
  n  n 
1
     
2

G( j )  1  j2      
  n   n  

2
    2   2  2  2 ( / n ) 
G  j  dB  20 log 1        e G( j )   tan 1  2 
  n    n   1  ( /  ) 
  n

28
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1
  s   j  
2

4. Fator Básicos: quadráticos G(s)  1  2    


  
 n  n 

Análise Modular (Assíntotas):

i)   n : G  j  dB  20 log(1)  0 dB
ii)   n : G  j  dB  20 log( ²)  40 log( ) dB

Análise Angular (Assíntotas):

i)   n : G  j    tan 1 (0)  0 2
    2   2  2
G  j  dB  20 log 1      
  n    n 
 2   
ii)   n : G  j    tan 1    180   2  
      
1    n  
G( j )   tan  2 
 1    
   
  n 
29
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1
  s   j  
2

4. Fator Básicos: quadráticos G(s)  1  2    


  
 n  n 

Encontro das assíntotas, Frequência de ressonância e Pico de Ressonância:

• Sabe-se que o encontro das assíntotas (alta e baixa freq.) ocorre na frequência
natural do sistema.
• A denominada freqüência de ressonância, normalmente, ocorre próxima da
freqüência natural do sistema.

Exemplos de aplicações ou problemas correlatos


à frequência ressonante de um sistema?

30
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1
  s   j  
2

4. Fator Básicos: quadráticos G(s)  1  2    


  
 n  n 

Encontro das assíntotas, Frequência de ressonância e Pico de Ressonância:

• Para determiná-la analiticamente basta analisar quando o módulo de G(jω) é


máximo:
1
G  j  dB  20 log
2
   2   2 2
1      
  n    n 
 

31
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1
  s   j  
2

4. Fator Básicos: quadráticos G(s)  1  2    


  
 n  n 

Encontro das assíntotas, Frequência de ressonância e Pico de Ressonância:

• Sabendo que o módulo é máximo quando o denominador é mínimo, então:


2
   2   2  2
g( )  1      
  n    n 
 
d
 g( )   0
d
d
• Realizando algumas manipulações:  g( )   2 n   ²  (2 )  2  2  2  0...
d
  n 1  2 2 rad / s

32
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1
  s   j  
2

4. Fator Básicos: quadráticos G(s)  1  2    


  
 n  n 

Encontro das assíntotas, Frequência de


ressonância e Pico de Ressonância:

• Observe que a frequência de ressonância


(ωr) depende da taxa de amortecimento do
sistema!

r  n 1  2 2 rad / s
• Observe que:

• ζ > 0,707  “Não há pico de ressonância!”


• 0 < ζ < 0,707  “Há picos de ressonância...”

http://www.lee.eng.uerj.br/~jpaulo/Contri/
Ogata-1997/diagrama-de-bode.jpg 33
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

1
  s   j  
2

4. Fator Básicos: quadráticos G(s)  1  2    


  
 n  n 

Encontro das assíntotas, Frequência de ressonância e Pico de Ressonância:

• Sabendo do valor da frequência de ressonância é possível determinar o módulo


de pico e a fase correspondente:

1
G  j r  
2 1   ²
 1  2 ² 
G( jr )   tan  1

 
 

34
Sumário da Unidade 02

1.1 Introdução
1.2 Conceito e aplicabilidade
1.3 Esboço do Diagrama de Bode
1.4 Análise da Estabilidade e dinâmica de um
sistema (Bode)
1.5 Estudo de Casos
1.6 Diagrama e Critério de Nyquist
1.7 Estudo de Casos

Exercícios
Leitura Complementar

Aula 09
35
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

Procedimento geral para a construção do diagrama de bode:

1. Transforme a FT em produto de fatores

2. Normalize as magnitudes (Objetivo: evitar quaisquer erros possíveis na


construção da curva do LOG-MÓDULO)

3. Identifique: os fatores básicos, as frequências de corte (ou de canto) e as


correspondentes assíntotas de baixa/alta freqüências

4. Para cada fator básico: desenhe as assíntotas iniciando uma década abaixo da
menor frequência de corte (quebra) e se estendendo até uma década acima da
maior frequência de quebra.

5. Calcule para cada freqüência de corte: o módulo e a fase (Pontos de correção)

6. Faça o esboço das curvas para encontrar a aproximação do Diagrama de Bode


36
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

[Exemplo 2] Esboce o Diagrama de Bode através do Método das Aproximações


assintóticas da seguinte função de transferência:

1
G(s) 
(s  2)

37
Esboço do Diagrama de Bode
Unidade 02

[Solução - Exemplo 2] Esboço do Diagrama

Linha Azul:
Curva real!!

38
[Exercícios sugeridos 02] Esboce o Diagrama de Bode das seguintes Funções de
Transferência:

5 1
a) G(s)  d) G(s) 
s (s²  0.2s  10)
5(s  1) 10
b) G(s)  e) G(s) 
s (s²  0.2s  10)
5(s  1) 10(s  10)
c) G(s)  f ) G(s) 
(s  10) (s²  0.2s  10)

39
[Exercício sugerido 03 - MATLAB] Considerando que o sistema abaixo está exposto a
uma entrada do tipo senoidal, responda as seguintes questões:

X(s) Y(s)
10
G (s) 
s  10

a) Varie a freqüência (ω =1, 50, 100 rad/s) e observe no domínio do tempo o que ocorre
com a resposta do sistema, admita que: X(t) = 1,0sen(ωt). Indique no gráfico a
amplitude correspondente de cada freqüência

b) Indique e diferencie, no gráfico do domínio do tempo, a Resposta Transitória da


Resposta Permanente para X(t) = 1,0sen(5t)

c) Explique e indique no diagrama de Bode o que ocorre com a Resposta de cada parcela
do sinal de entrada: 1.0 sen(t) + 1.0 sen(1000t) + 1.0 sen(2000t)

d) Calcule para a Letra C a amplitude da resposta para componente do sinal de entrada

e) Explique novamente a letra c admitindo que G(s)=s+10 40


[Exercício sugerido 04] Esboce o Diagrama de Bode das seguintes Funções de
Transferência:

100
a) G(s) 
s  30 s  10
e) G(s)  30
(s  1) s²  3s  50
b) G(s)  100
(s  10)(s  100) s²  s  25
f ) G(s)  4
s  10 s³  100s²
c) G(s)  10
s²  3s
s
d) G(s)  100
s³  12s²  21s  10

41
Sumário da Unidade 02

1.1 Introdução
1.2 Conceito e aplicabilidade
1.3 Esboço do Diagrama de Bode
1.4 Análise da Estabilidade e dinâmica de
um sistema (Bode)
1.5 Estudo de Casos
1.6 Diagrama e Critério de Nyquist
1.7 Estudo de Casos

Exercícios
Leitura Complementar

Aula 10
42
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Análise de Estabilidade?

43
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Análise de Estabilidade?

• Após termos estudado os Diagramas de Bode iremos discutir conceitos que


irão permitir mensurar quantitativamente a estabilidade de um sistema.

• Para esse intuito duas medidas são utilizadas:

✓ Margem de Ganho
✓ Margem de Fase

Os sistemas de Margem de Ganho e de Fase


maiores podem suportar maiores variações de
seus parâmetros antes de se tornarem instáveis.

44
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Recapitulação....

X(s) Y(s)
G(s)
Y( j )
“Resposta em Regime Permanente de G( j ) 
X( j )
um sistema com entrada senoidal.”
G( j )  Y( j )  X( j )

45
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Recapitulação....

Y( j ) dB
G( j ) dB 
Bode Diagram
0
X( j ) dB
Magnitude (dB)

Y( j )   X( j )
-10
System: untitled1
Frequency (rad/sec): 30.3
-20 G( j ) dB
Magnitude (dB): -10.1
   10 20
-30

-40
0
Phase (deg)

System: untitled1
-45
Frequency (rad/sec): 31.3
Phase (deg): -72.2

-90
10
-1 0
10 10
1
10
2 3
10
G( j )  Y( j )  X( j )
Frequency (rad/sec)

46
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Recapitulação....

+
G( j )  Y( j )  X( j )
Y( j )  G( j )  X( j )
  G( j )  180º

Quando β=-180°, para fins práticos, o Y (S ) C (S )  G(S )


sistema pode vir a se tornar instável em 
X (S ) 1  C (S )  G(S )  H (S )
Realimentação de Malha Fechada! -
Inversão na polaridade
de realimentação

47
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Logo, perceba que o critério de análise da estabilidade se refere ao


ganho relacionado a 180° de defasagem. Esta conclusão nos leva às
seguintes definições de margem de ganho e de fase:

1. Margem de Ganho (GM): “É a variação no ganho em malha aberta,


expressa em decibéis (dB), requerida a 180° para tornar o sistema em
malha fechada instável”.

 G M G( jM )H( jM )  1


jM  G( jM )H( jM )  180

1
G M  20log
G( jM )H( jM )
48
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

2. Margem de Fase (ФM): “É a variação na defasagem em malha aberta,


requerida no ganho unitário (0dB), para tornar o sistema em malha
fechada instável”.

 K 1
 G( j0dB )H( j0dB )  (  M )  180
 M  180   G( j0dB )H( j0dB )

49
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

1
G M  20log
G( jM )H( jM )
 M  180   G( j0dB )H( j0dB )

50
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

[Exemplo 03] Determine as margens de ganho e de fase do sistema abaixo


para K=6.

K
G(s) 
(s²  2s  2)(s  2)

51
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

[Solução - Exemplo 03]

K 6
G(s)  
(s²  2s  2)(s  2) s³  4s²  6s  4

GM  ?  6 
G M  G M G( jM )H( jM )  1
Im  0
 ( jM )³  4( jM )²  6( jM )  4 
6  6 
GM 1 Im  0
( jM )³  4( jM )²  6( jM )  4  ( 4 M ²  4)  (  M ³  6 M ) j 
M  6 rad / s

52
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

[Solução - Exemplo 03]

 6 
Im 
      0 G M  G M KG( jM )H( jM )  1
 M
( j )³ 4( j M )² 6( j M ) 4 
 6   1 
Im 
       0  G M dB  20log  
 ( 4 ² 4) j( ³ 6 M 
) 6 G( j2.45)
 
M M

M  6 rad / s

G MdB  10.4576 dB

53
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

[Solução - Exemplo 03]

M  ?
6
M  0dB ( 40dB ²  4)  (0dB ³  60dB ) j
1

Solução?

Método Gráfico! (Estimação via gráfico de Bode...)


“No estágio atual este cálculo requer ferramentas
computacionais”.

54
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

[Solução - Exemplo 03]


Bode Diagram
20

0
System: g
Magnitude (dB)

-20 System: g
Frequency (rad/sec): 1.26
-40 Magnitude (dB): -0.052 Frequency (rad/sec): 2.43
Magnitude (dB): -10.3
-60

-80

-100

G M  10.3dB
-120
0

-45

M  180  (113)  67


Phase (deg)

-90

-135 System: g
-180 Frequency (rad/sec): 1.26
Phase (deg): -113
System: g
-225
Frequency (rad/sec): 2.44
-270 Phase (deg): -180
-2 -1 0 1 2
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)

Digite no MATLAB: “bode(tf(6,conv([1 2 2],[1 2]))), grid”


55
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

[Exemplo 04]: Determine para o sistema abaixo em realimentação unitária:

a) O diagrama de Bode
b) A faixa K para a que o sistema seja estável
c) A Margem de Ganho e de Fase (K = 1000) – (“Para refletir em casa!”)

K
G(s) 
(s  5)(s  20)(s  50)

56
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

[Solução - Exemplo 04]

a) O diagrama de Bode

Bode Diagram
-60

-80
Magnitude (dB)

-100

-120

-140

-160

-180
0
-45
Phase (deg)

-90

-135
-180
-225
-270
-1 0 1 2 3
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)

57
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

[Solução - Exemplo 04]

b) A faixa K para a que o sistema seja estável

Bode Diagram System: untitled1


10 Frequency (rad/sec): 7.78
Magnitude (dB): -0.0329
0
Magnitude (dB)

-10

-20
System: untitled1
G M  19.6dB
M  180  87.1  92.9
-30 Frequency (rad/sec): 36.7
Magnitude (dB): -19.6

-40

-50
0
System: untitled1
-45 Frequency (rad/sec): 7.75
Phase (deg): -87.1
-90
Phase (deg)

-135

-180
System: untitled1
-225 Frequency (rad/sec): 36.7
Phase (deg): -180
-270
-3 -2 -1 0 1 2
10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec) 58
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Análise da Dinâmica do Sistema em Malha Fechada?

1. Velocidade de Resposta
2. Erro em Regime

59
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Análise da Dinâmica do Sistema em Malha Fechada?

• Sabe-se que os requisitos temporais são frequentemente utilizados para


a especificação/projeto de um sistema de controle operando em malha
fechada.

• No que tange à Resposta em frequência estudaremos as seguintes


relações:

– Fator de amortecimento e a Margem de Fase


– Velocidade da Reposta do sistema e a Banda de passagem (ωBW)

60
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• A relação analítica entre o fator de amortecimento e o sobressinal


percentual pode ser compreendida analisando o seguinte sistema.

• Primeiramente deve-se descobrir a frequência em que a função de


transferência de malha-aberta apresenta módulo igual a 1,
denominada frequência de 0dB:

n ²
G(s) s  j  1
s(s  2n )
61
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Resolvendo a equação chega-se a:

n ²
G(s) s  j  1
s(s  2n )
n ²
 G( j )   1,
  4 ²n ² ²)
4

cuja solução é obtida elevando ambos os lados da expressão ao quadrado e, logo


em seguida, resolvendo a equação biquadrada resultante...

0dB  n 2 ²  4 4  1

62
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Determinada a frequência 0dB, emprega-se a definição de margem de fase na


equação encontrada que resulta em:

  2 ²  4 4  1  
M  180   90  tan 1  
  2  
  
 

M  tan 1  
2
 
  2 ²  4 4
 1 

63
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Relação entre o Fator de Amortecimento e a Margem de Fase (Gráfico do Livro:


Nise):

 
  180
M  tan 1 
2
  
 2 ²  4 4
 1 

64
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Outra relação possível de ser estabelecida é a relação entre resposta no tempo e a


faixa de passagem da resposta em freqüência em malha fechada (ωBW).

Faixa de passagem (ωBW): definida


como a freqüência cujo o módulo é
3dB inferior ao seu valor na
freqüência zero.

• A faixa de passagem para um sistema de dois pólos pode ser encontrada da


seguinte maneira:

n ² 1
G( jBW )  
BW 4  4 ²n ²BW ²) 2

65
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Resolvendo a equação chega-se a:

BW  n (1  2 ²)  4 4  4 ²  2

Enfim, para relacionar ωBW com o Tempo de acomodação (Ts) ou de pico (Tp),
basta:
4 4
Ts   n 
n Ts
4
BW  (1  2 ²)  4 4  4 ²  2
Ts
 
Tp   n 
n 1   ² Tp 1   ²

BW  (1  2 ²)  4 4  4 ²  2
Tp 1   ²
66
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Exemplo 07 [Ex. 10.13 - Nise] Dado o sistema abaixo e seus respectivos


Diagramas de Bode, estime o tempo de acomodação e o instante de pico.
Bode Diagram
50

0
Magnitude (dB)

-50

-100

50
-150 G(s) 
-90
s(s  3)(s  6)
-135
Phase (deg)

-180

-225

-270
-1 0 1 2 3
10 10 10 10 10
67
Frequency (rad/sec)
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Exemplo 07 [Ex. 10.13 - Nise]

Bode Diagram
50 System: g
Frequency (rad/sec): 4.25
Magnitude (dB): -10.2
0
Magnitude (dB)

System: g
Frequency (rad/sec): 2.12
-50 Magnitude (dB): 0.0331

-100 Margem de Fase:


-150
-90 System: g
M  35
Frequency (rad/sec): 2.12

-135
Phase (deg): -145 Margem de Ganho:
Phase (deg)

-180 G M  10.2 dB
System: g
-225 Frequency (rad/sec): 4.25
Phase (deg): -180

-270
-1 0 1 2 3
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)
68
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Exemplo 07 [Ex. 10.13 - Nise]

Determinando a frequência de faixa de passagem e recorrendo ao seguinte


gráfico para estimar o Fator de Amortecimento...

TS  5.5s
  0.32
TP  1.29s

69
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Exemplo 08 [Ex. 10.19 - Nise] Utilizando a resposta em freqüência em


malha aberta do sistema abaixo, estime os seguintes itens admitindo:

a) Ultrapassagem percentual
b) Tempo de acomodação 100
G(s) 
c) Instante de Pico s(s  5)

70
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

Análise da Dinâmica do Sistema em Malha Fechada?

1. Velocidade de Resposta
2. Erro em Regime

71
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Finalizando este item apresentaremos como é possível utilizar Diagramas de


Bode para obter os valores das constantes de erro estático para sistemas
equivalentes com realimentação unitária:

1. Kp (Constante de Posição) para um Sistema do tipo 0


2. Kv (Constante de velocidade) para um Sistema do tipo 1
3. Ka (Constante de Aceleração) para um Sistema do tipo 2

K p  lim G(s), K v  limsG(s), K a  lims²G(s)


s 0 s 0 s 0

Análise de Assíntota de
Dica? baixa freqüência...

72
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Considerando um sistema do tipo 0:

n n
(zi ) (zi )
20log G(0 )  20log K i 1
n
K p  K i n1
(pi ) (pi )
i 1 i 1

73
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Considerando um sistema do Tipo 1:

n n n

K  (z i ) K (zi ) (z i )
20 log G(0 )  20 log i 1 i 1
 1    K i n1
0  n
(pi )  (p )
n
(pi )
i
i 1 i 1 i 1

KV  
n
(z i )
 K V  K i n1
(pi )
i 1

74
Análise da Estabilidade e dinâmica de um sistema (Bode)
Unidade 02

• Considerando um sistema do Tipo 2:

n n n

K  (zi ) K  (z i ) (z i )
20 log G(0 )  20 log i 1 i 1
 1   ²  K i n1
0 ²  n
(p )  ² (p )
n
(pi )
i i
i 1 i 1 i 1

Ka   ²
n
(zi )
 K a  K i n1
(pi )
i 1

75
Sumário da Unidade 02

1.1 Introdução
1.2 Conceito e aplicabilidade
1.3 Esboço do Diagrama de Bode
1.4 Análise da Estabilidade e dinâmica de um
sistema (Bode)
1.5 Estudo de Casos
1.6 Diagrama e Critério de Nyquist
1.7 Estudo de Casos

Exercícios
Leitura Complementar

Aula 11
76
Exercícios: Para cada sistema abaixo determine:

1. A faixa de ganho para K cujos sistemas operam na “zona de estabilidade”


utilizando o Diagrama de Bode e o Lugar das Raízes.
2. O Tempo de estabilização (Ts), o Erro em regime para K = 30, Entrada do
tipo Degrau e H(s)=1)

K
G1 (s) 
s2
K
G 2 (s) 
(s  10)(s  20)
K
G 3 (s) 
s(s  10)(s  20)
K
G 4 (s)  Dica: Utilize o Sisotool
s(s²  4s  5)
para conferir
77
Sumário da Unidade 02

1.1 Introdução
1.2 Conceito e aplicabilidade
1.3 Esboço do Diagrama de Bode
1.4 Análise da Estabilidade e dinâmica de
um sistema (Bode)
1.5 Estudo de Casos
1.6 Diagrama e Critério de Nyquist
1.7 Estudo de Casos

Exercícios
Leitura Complementar

Aula 12
78
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Nos slides anteriores discutiu-se a


representação da resposta em
freqüência através dos Diagramas de
Bode.

• No entanto outra maneira de


representação, muito utilizada, é a
representação Polar.

http://www.lee.eng.uerj.br/~jpaulo/Contri/
Ogata-1997/diagrama-de-bode.jpg

79
http://www.atp.ruhr-uni-bochum.de/rt1/syscontrol/node22.html
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Assim, o diagrama Polar (Nyquist) é o lugar dos vetores: G( j ) G( j )


para ω variando de zero a infinito.

A Fase é medida a partir


do eixo real positivo no
sentido anti-horário

http://www.atp.ruhr-uni-bochum.de/rt1/syscontrol/node22.html

80
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Vantagens

✓ Representação da resposta em frequência em um único gráfico


✓ Aplicação na análise de Estabilidade (“Critério de Nyquist”)

• Desvantagem

✓ Não indica claramente as contribuições


de cada fator individual sobre a função
de transferência de malha aberta

http://www.atp.ruhr-uni-bochum.de/rt1/syscontrol/node22.html

81
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Contexto de desenvolvimento

✓ O problema de estabilidade em amplificadores realimentados (1932) já era


objetos de intensos estudos nos laboratórios da Companhia Bell.

✓ Observava-se que, geralmente, o aumento de ganho implicava instabilidade de


amplificadores realimentados. Em outras situações, entretanto, a redução do
ocasionava instabilidade.

✓ O conflito causado pelas observações, aparentemente contrastantes, motivaram


Harry Nyquist a estudar cuidadosamente este fenômeno, desenvolvendo com
base na Teoria de Varáveis Complexas, o critério de estabilidade de Nyquist.

Lugar das Raízes foi desenvolvido


por Evans em 1948
82
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Contexto de desenvolvimento

✓ Os resultados obtidos por Nyquist originam-se do PRINCÍPIO DO ARGUMENTO,


utilizado para estabelecer relações fundamentais entre a resposta em frequência
do sistema em malha-aberta e a estabilidade do sistema em malha-fechada.

• Vantagem do Critério de Estabilidade

✓ Não necessita do conhecimento explicito da função de transferência do sistema


em malha-aberta

✓ Possibilita a obtenção de informações de estabilidade absoluta e relativa do


sistema operando em malha-fechada.

Lugar das Raízes foi desenvolvido Depende do conhecimento


por Evans em 1948 completo da Função de
transferência 83
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Para compreender o Critério de Nyquist é necessário entender o PRINCÍPIO DO


ARGUMENTO, que consiste em:

“estabelecer um caminho fechado no plano s, percorrer este caminho no


sentido horário, e avaliar o mapeamento resultante deste caminho no
plano G(s) .”

• A Figura abaixo apresenta o diagrama de pólos e zeros e estabelece um caminho


a ser percorrido no plano s.

Caminho fechado
adotado

84
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• O Princípio do Argumento ainda nos diz que é necessário avaliar o


mapeamento resultante deste caminho no plano G(s) ”

Do que constitui o
Mapeamento?

“Da substituição de todos os pontos de um


contorno (Contorno A) para a obtenção de
outro (Contorno B) mediante um função
complexa (G(s))”.

Pólos de Malha
aberta de G(s) 85
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Substituindo os pontos do contorno A, no sentido horário, em G(s) ...

• Enfim, a configuração do contorno Mapeado é obtida pela aritmética de


números complexos, que em nosso caso seria:

86
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Substituindo os pontos do contorno A, no sentido horário, em G(s) ...

• Enfim, a configuração do contorno Mapeado é obtida pela aritmética de


números complexos, que em nosso caso seria:

Ponto Q : real(Q)  imag(Q)i


s2
G(s)   Q  2 e j zero
s 1 Ponto Q ' : G(s  Q) e j

Q  1 e j polo
87
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Para definirmos o Princípio do Argumento precisamos analisar basicamente


três situações quanto à contribuição angular:

1ª situação (Caminho fechado não envolve pólos ou zeros)

Mapeamento

Mapeamento

88
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

1ª situação (Caminho fechado não envolve pólos ou zeros)

Características:

1. O zero Mapeia no
sentido anti-horário
(Zeros em excesso de
Pólos);
2. O Pólo tende a Mapeia
no sentido anti-horário
(Pólos em excesso de
zeros);
3. Mapeamento não
envolve a origem quando
o caminho fechado não
envolve o Pólo ou zero.

89
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

2ª situação (Caminho fechado envolve um polo ou zero)

Características:

1. Contribuição Angular do
Zero é de 360°
(Mapeamento no
sentido horário)
2. Contribuição Angular do
Pólos é de 360°
(Mapeamento no
sentido anti-horário)
3. Mapeamento envolve a
origem quando o
caminho fechado
envolve pólos ou zeros

90
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

3ª situação (Caminho fechado envolve um n° de zeros e pólos iguais)

Características Principais:

1. Mapeamento não envolve a origem devido o número igual de pólos e zeros;


2. O sentido do mapeamento depende da posição dos zeros e pólos;

91
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Possível questionamento sobre o Mapeamento:

É possível utilizar o Mapeamento para analisar


um sistema em malha fechada?

92
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Enfim, para a dedução do Critério de Nyquist admita que F(s) seja 1+G(s)H(s)

• Perceba que para gerar o Contorno B é necessário que cada polo e zero de
G(s)H(s) completem uma rotação no Contorno A. Caso movamos no sentido
horário:
• Cada Zero produz: uma rotação no sentido horário
• Cada Pólo produz: uma rotação no sentido anti-horário
93
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Através destas conclusões chegamos à definição do Princípio do Argumento:

“O número de voltas (N) que envolvem a origem do plano F(s) (Contorno B) é


igual ao o número de Zeros de malha aberta (Z) menos número de Pólos de
malha aberta (P), ambos envolvidos pelo contorno A.

N  ZP N≥1: Sentido Horário


N<0: Sentido Antihorário
94
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Qual o significado desta equação analisando a Realimentação fechada?

Sistema de análise

Ng Nh
G(s)  e H(s) 
Dg Dh

95
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Qual o significado desta equação analisando a Realimentação fechada?

Sistema de análise

DgDh  NgNh
1  G(s)H(s) 
Ng Nh DgDh
G(s)  e H(s) 
Dg Dh G(s) NgDh

1  G(s)H(s) DgDh  NgNh

96
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Qual o significado desta equação? N  ZP

“O Significado desta equação deve ser atribuído ao fato que os Zero de 1+G(s)H(s)
são os mesmos pólos de Malha fechada de G(s)/[1+G(s)H(s)].”

“Portanto, a equação também relaciona o número de pólos de malha fechada e


malha aberta de um sistema, sob determinado contorno”.

97
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Então se o número de Polos de malha fechada é o que nos interessa:

N  ZP ZNP

• Enfim, se estendermos o contorno e incluir todo o semiplano direito, então é


possível determinar a estabilidade de um sistema.

Contorno envolvendo todo o


semiplano direto do plano s
(Semiplano infinito!)

98
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• No entanto, para podermos utilizar esta equação será necessário possuir o


Mapeamento e obter o N!

ZNP

• Como todos os pólos e zeros de G(s)H(s) são conhecidos, pensou-se na


possibilidade de, ao invés de 1+G(s)H(s), mapear G(s)H(s). Como o contorno é o
mesmo, a solução é viável e pode ser aplicada lembrando que o contorno apenas
é transladado de uma unidade à esquerda do mapeamento original.

• Deste modo, determina-se N como o número de voltas no em torno de -1, ao


invés da origem (mapeamento anterior: 1+G(s)H(s) )

99
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Deste modo define-se o Critério de Estabilidade de Nyquist:

“Se um contorno A, que envolve todo o semiplano da direita, for mapeado através
de G(s)H(s), então o número de pólos de malha fechada (Z), no semiplano da
direita é igual ao número de pólos de malha aberta (P), que estão no semiplano
da direita, mais o número de voltas (N) do mapeamento no sentido anti-horário
em torno de -1”.

Z PN

100
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

• Exemplo 1: Determine o número de pólos de Malha Fechada no semiplano direito


e a estabilidade do seguinte sistema

Z=
Estabilidade?

101
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 2: O primeiro exemplo a ser apresentado é de um sistema de 1ª ordem

K
G(s)  e H(s)  1
s  10

102
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 2: O primeiro exemplo a ser apresentado é de um sistema de 1ª ordem.

K
G(s)  e H(s)  1
s  10

✓ Como pode-se observar pela equação característica este sistema para K>0 nunca
apresentará pólos de malha fechada no semiplano direito.

✓ Através do Critério de Nyquist podemos chegar a mesma conclusão!

103
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 2:

✓ Observe o comportamento do Sistema para três diferentes valores de ganho:


Nyquist Diagram

K=1
0.5 K=5
K=10
0.4

0.3

0.2

0.1
Imaginary Axis

-0.1

-0.2

-0.3

-0.4

-0.5

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1


Real Axis
104
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 2:

✓ Através do Critério de Nyquist (Z = N+P):

Nyquist Diagram

K=1
0.5 K=5
K=10
0.4

0.3

0.2

0.1

Imaginary Axis
0

-0.1

-0.2

-0.3

-0.4

-0.5

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1


Real Axis

“O número de pólos de MA é zero “Para K>0, o Diagrama nunca


independente de K>0 (P=0)”. envolverá o ponto -1.0+j0.0 (N=0)”.

105
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 2:

✓ Através do Critério de Nyquist (Z = N+P)

Nyquist Diagram

K=1
0.5 K=5
K=10
0.4

Z NP0
0.3

0.2

0.1
Imaginary Axis

-0.1 Portanto, possui a


-0.2 Estabilidade absoluta!
-0.3

-0.4

-0.5

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1


Real Axis

106
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 3: Este exemplo trata de um sistema de 2ª ordem

²
G(s)  e H(s)  1
s(s  2 )

107
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 3: Este exemplo trata de um sistema de 2ª ordem

²
G(s)  e H(s)  1
s(s  2 )

✓ Como é possível observar pela equação característica este sistema é estável em


malha fechada, pois a FT de malha fechada é:
G(s) ²
 T(s) 
1  G(s) s²  2s   ²

✓ Através do Critério de Nyquist podemos chegar a mesma conclusão, no entanto,


neste caso, deve-se realizar uma alteração no caminho fechado em
conseqüência do pólo de MA na origem.
108
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 3:

✓ A alteração deve ser sempre feita, pois, caso contrário,


não será possível calcular a contribuição deste elemento,
logo o esboço de Nyquist não poderia ser feito.

✓ Para contornar essa situação, basta fazer um pequeno


desvio (ε→0) ao redor do pólo, ou zero caso fosse o caso.

✓ Enfim, isto é realizado contornando-se a origem do plano


s por um semicírculo de raio infinitesimal, caracterizado
na Figura ao lado pelos pontos ABC, que deverá ser
adequadamente mapeado no plano G(s)H(s).

109
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 3:

✓ Enfim, feita a correção o mapeamento e a análise serão:

“O número de pólos de MA é zero “Como ζ é um parâmetro positivo,


independente das características então Diagrama nunca envolverá o
do sistema (P=0)”. ponto -1.0+j0.0 (N=0)”. 110
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 3:

✓ Através do Critério de Nyquist (Z = P+N)

²
G(s)  e H(s)  1
s(s  2 )

Z PN 0

Portanto, o sistema é
estável!
111
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 4: Determine a faixa de valores de K para que o sistema de 3ª ordem seja


estável através do Critério de Estabilidade de Nyquist

20K
G(s)  e H(s)  1
(s  1)(s  2)(s  10)

112
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 4: Determine a faixa de valores de K para que o sistema de 3ª ordem seja


estável através do Critério de Estabilidade de Nyquist

20K
G(s)  e H(s)  1
(s  1)(s  2)(s  10)

✓ Sabe-se que os pólos de malha aberta estão localizados no semiplano esquerdo


do plano s. Portanto: P=0.

✓ Para encontrar o número de envolvimentos (N) no ponto crítico será necessário


relembrar algumas questões sobre a estabilidade, pois que o ganho K influenciará
como será visto.

113
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 4:

✓ Deste modo, primeiramente, devemos lembrar que a equação característica do


sistema em malha fechada é:

1  KG(s)H(s)  0

✓ Logo, manipulando é possível observar quando o ponto crítico do sistema


(-1.0+j0.0) será equivalente a G(s)H(s) ou mesmo envolvido:

KG(s)H(s)  1

✓ Para chegarmos a esta conclusão é fundamental lembrar que qualquer ponto do


Diagrama de Nyquist (Diagrama polar) pode ser determinado através de:

G( j )H( j )
   [0, ] 114
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 4:

✓ Como desejamos saber quando o ponto crítico envolvido, então basta determinar
quando a parte imaginária de G(s)H(s) é nula, quer dizer, quando o diagrama irá
interceptar o eixo real:

 20K 
Im[G(s)H(s)]  Im   0
 s³  13s²  32s  20 

✓ Como o Diagrama é obtido em função de jω e parte imaginária da expressão


acima deve ser nula, então:
 20K 
Im[G( j )H( j )]  Im   0
 ( j )³  13( j )²  32( j )  20 

115
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 4:

✓ Manipulando o denominador de G(jω)H(jω)...

 20K 
Im[G( j )H( j )]  Im   0
 (20  13 ²)  j(32   ³) 

✓ Portanto, a parte imaginária é nula quando:

32   ³  0   (32   ²)  0
  0 rad / s
  32  5.66 rad / s

116
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 4:

✓ Analisando os resultados, sabe–se que:

  0 rad / s
 1  KG( j0)H( j0)  0
 1 K  0
Ganho K em que o ponto
 K  1
crítico pertence ao
Diagrama de Nyquist
  32  5.66 rad / s Observe que para
 1  KG( j 32)H( j 32)  0 K>19.8, o ponto crítico
-1.0+j0.0 não pertencerá
 K(0.0505)  1 ao Diagrama de Nyquist,
 K  19.8 mas será envolvido!
117
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 4:

✓ Graficamente observe o que ocorre com o aumento de K:

Nyquist Diagram Nyquist Diagram

k=1 5 k=10
0.5
Imaginary Axis

Imaginary Axis
0 0

-0.5 -5
Observe que para
-1 -0.5 0 0.5 1 0 2 4 6 8 10
K>19.8 o ponto crítico
Real Axis Real Axis -1.0+j0.0 é envolvido!
Nyquist Diagram Nyquist Diagram

k=25 50 k=100
10
Imaginary Axis

Imaginary Axis

0 0

-10
-50

0 5 10 15 20 25 0 20 40 60 80 100
Real Axis Real Axis
118
Diagrama e Critério de Nyquist
Unidade 02

Exemplo 4:
✓ Enfim, utilizando o Critério de Nyquist (Z=P+N):

Faixa de K P N Z Estabilidade em Malha Fechada

0 < K < 19.8 0 0 0 Estável


K = 19.8 0 0 0 Marginalmente Estável
K > 19.8 0 2 2 Instável

119
Problema 01: Para o sistema abaixo analise a estabilidade do sistema utilizando o
Critério de Nyquist

2s³  15s²  19.2s  12


G(s)  K e H(s)  1
s4  30.08s³  2.44s²  1.2s

Problema 02: Considere um sistema com G(s) e H(s), apresentados na figura acima.
Determine a faixa de valores que o controlador poderá assumir e que garantem a
estabilidade absoluta do sistema. 1
G(s)  K e H(s)  1
s(s  1)²

(s  1)
Problema 03: Repita a análise anterior para G(s)  K e H(s)  1
s(0.1s  1)
120
Problema 04: Os controladores de velocidade são amplamente aplicados na
indústria. A Figura abaixo mostra um tipo de aplicação para controladores de
velocidade: controle da freqüência de saída de um gerador elétrico acoplado a uma
turbina a vapor. O objetivo é controlar a velocidade do eixo da turbina de forma que a
freqüência elétrica na saída do gerador mantenha-se dentro de um limite tolerável.

O diagrama esquemático apresentado na próxima figura, após realizada a


modelagem de cada uma das partes que o compõe, pode ser representado por:
121
Problema 04:

Determine a faixa de valores de K > 0 para que o controlador garanta a estabilidade


absoluta do sistema. Empregue o método de Nyquist.

122
Sumário da Unidade 02

1.1 Introdução
1.2 Conceito e aplicabilidade
1.3 Esboço do Diagrama de Bode
1.4 Análise da Estabilidade e dinâmica de um
sistema (Bode)
1.5 Estudo de Casos
1.6 Diagrama e Critério de Nyquist
1.7 Estudo de Casos

Exercícios
Leitura Complementar

Aula 13
123
LISTA DE EXERCÍCIOS...

124
Leitura Complementar

• Engenharia de Sistemas de Controle (Norman S. Nise):


✓ Capítulo 10: Seções 10.1 até 10.11

• Engenharia de Controle Moderno (Katsuhiko Ogata):


✓ Capítulo 8: Seções 8.1 até 8.8

125

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