Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cezar Taurion
Outro dia, em uma animada discussão sobre Cloud Computing, surgiu a questão: em tempos de
cloud, modelos de gestão de TI como ITIL ainda tem validade?
Antes de mais nada, vamos lembrar que Cloud Computing é o resultado prático de aplicação da
fórmula virtualização + padronização + automação. Virtualização é o primeiro passo. A
padronização permite criar templates de serviços que podem ser solicitados pelos usuários via um
portal, e a automatização cria o ambiente self-service, dinâmico e elástico como proposto pela
computação em nuvem.
Com o modelo de computação em nuvem o usuário não precisa ser um expert para requisitar um
serviço, podendo fazer isso via um portal. Mas os serviços prestados pela nuvem precisam ser
medidos e avaliados, de modo que seja possivel definir-se e monitorar-se os SLA (Service Level
Agreements). É absolutamente necessário, para uma operação eficiente da empresa, que os
serviços de TI (em nuvem ou on-premise) sejam gerenciados, em todo o seu ciclo de vida,
passando-se pelos conhecidos processos de change management, incident management,
performance management, etc.
A facilidade com que se obtém acesso a nuvens públicas aumenta a prossibilidade de gestores
das linhas de negócio contratarem diretamente serviços em nuvem (Iaas ou SaaS, por exemplo). O
resultado do crescimento desordenado de serviços em nuvem pode levar a problemas de
fragmentação de sistemas, falta de integração entre aplicações e é claro, ineficiência e aumento de
custos.
Assim, as empresas que estão adotando cloud devem colocar a gestão de seu ambiente de TI
(interno ou terceirizado) como pré-requisito. Frameworks como o ITIL colocam a empresa em um
nível de maturidade suficiente que as permita obter os benefícios da computação em nuvem.