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Uma Visão para a Semana Santa (Amor

ao Extremo 1/9) – por John Piper

Enquanto tentava preparar meu coração para encontrar a Jesus de maneira especial no
Domingo de ramos, na Quinta-feira Santa, na Sexta-feira Santa e no Dia da Ressurreição,
uma série de figuras voltavam constantemente à minha mente. Deixe-me tentar descrever
a história a você.

Um cordeirinho nasceu de lã bem branquinha, com pernas magrelas e nariz molhado,


muito semelhante a todos os outros bebês cordeirinhos. Mas, conforme o cordeiro cresceu
e se tornou um carneiro, os outros carneiros e ovelhas começaram a notar uma diferença.
Este carneiro tinha uma estranha protuberância na testa.

No começo, eles pensaram que ele tinha levado uma pancada, mas a protuberância nunca
descia. Ao invés disso, uma grande almofada de lã profundamente branca cresceu sobre
a protuberância e tornou-a bem macia e firme. A protuberância poderia ter parado de
atrair atenção exceto pelo fato de que esse carneiro começara a usar a protuberância em
sua cabeça de maneiras muito estranhas.

Em primeiro lugar, a protuberância parecia pesar sua cabeça, de maneira que ele sempre
parecia estar se curvando e mostrando reverência a algum rei invisível. Então ele começou
a buscar outras ovelhas que estivessem doentes ou feridos. Ele usava a protuberância
macia e firme em sua testa para ajudar os fracos a ficarem de pé e para secar suas lágrimas.

Rebanhos inteiros de ovelhas começaram a segui-lo, mas os bodes riam dele para
escarnecer. Ovelhas já eram nojentas o suficiente, mas uma ovelha com uma
protuberância esquisita na testa era mais do que eles podiam aguentar. Eles o perturbavam
o tempo todo e inventavam piadas e insultos: “Como você consegue carregar essa cabeça
de lã? Seu caroço é feito de chumbo de lã?” E o que os deixava furiosos é que ele apenas
saía de perto deles e continuava executando suas serenas obras de misericórdia.

Então certo dia os bodes o cercaram e o chifraram até que ele morreu, e deixaram-no
sozinho no campo. Mas enquanto ele estava deitado lá, algo muito estranho aconteceu.
Ele começou a ficar maior. A lã ensanguentada caiu e revelou um pelo liso e branco como
crina de cavalo. A almofada de lã branca caiu de sua testa e da misericordiosa
protuberância cresceu um poderoso chifre de aço carmesim diferente de qualquer chifre
que já existiu ou jamais existirá.

E então, como se por ordem, o enorme Unicórnio deu um salto e ficou de pé. Seu dorso
ficava a dois metros e meio acima do chão. Os músculos em seus ombros e pescoço eram
como mármore. Os tendões de suas pernas eram como cabos de ferro. Sua cabeça não
estava mais curvada, e quando ele olhava para a direita ou para a esquerda, o chifre
carmesim cortava o ar como um sabre banhado em sangue.
Quando as ovelhas o viram, elas caíram e adoraram. Ele se curvou e tocou cada uma na
testa com a ponta de seu chifre, lhes sussurrou algo no ouvido, e elevou-se aos céus. Ele
não foi mais visto desde então.

Esta é a visão em minha mente conforme entro na Semana Santa. É um retrato de Jesus
Cristo pintado por Isaías sob a inspiração de Deus e colocado em exibição por Mateus
12:18-21. Como toda boa obra de arte, esse retrato tem um propósito, e o propósito é fazer
com que nós depositemos nossa esperança em Jesus Cristo. E estou orando para que isso
aconteça em sua vida, porque eu sei que tudo o mais em que você deposita sua confiança
lhe decepcionará no final. Mas se você espera em Jesus Cristo, você será honrado em sua
vida, e nunca se arrependerá.

http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/03/prefacio-do-editor-amor-ao-extremo/

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