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Transmissão Vertical Dos Vírus Hiv e HTLV Aleimtamento Materno
Transmissão Vertical Dos Vírus Hiv e HTLV Aleimtamento Materno
RESUMO
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e bibliográfica. Teve como objetivo analisar
resumos de estudos científicos sobre a transmissão vertical dos vírus HIV/aids e HTLV através da
amamentação. A fonte de coleta de informações foi a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS –
Aleitamento materno), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Banco de Teses CAPES, com os descritores:
AMAMENTAÇÃO and HIV, AMAMENTAÇÃO and HTLV, e Banco de Teses USP com os
descritores HIV, HTLV, AMAMENTAÇÃO and TRANSMISSÃO VERTICAL. Foram analisados
36 resumos, utilizando-se da estatística simples e da análise de conteúdo temática. Constatou-se que
a maioria dos estudos foi publicada entre 2001 e 2006; tendo sido encontrado igual percentual para
as abordagens quantitativa e qualitativa (50%, respectivamente). Sendo que, os de abordagem
quantitativa eram estudos clínicos e epidemiológicos, especialmente, os referentes ao HTLV. Os
cenários mais utilizados foram os ambulatoriais (33,2%), tendo as mulheres (55,5%) como os
sujeitos predominantes. A temática que mereceu destaque foi a dos sentimentos e significados de
mulheres HIV positivas frente a não amamentação, seguida dos estudos epidemiológicos sobre
HTLV. Conclui-se que a transmissão vertical em decorrência das infecções pelos vírus HIV/aids e
HTLV, através da amamentação, são reais, sendo que a orientação quanto a não amamentação é
uma das medidas preventivas a ser adotada para a prevenção da transmissão vertical.
1
Enfermeira. Professora Assistente do Departamento de Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Especialista em Saúde da Mulher. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina. Doutoranda do
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Bolsista
Capes - Brasil. Membro do Grupo de Estudos sobre a Saúde da Mulher (GEM) e do Núcleo de Pesquisas e Estudos
sobre Enfermagem, Quotidiano, Imaginário e Saúde de Santa Catarina (NUPEQUIS/SC). E-mail:
marizete88@yahoo.com.br
2
Doutora em Enfermagem pela USP. Professora Associada do Departamento de Enfermagem Comunitária da Escola de
Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Pesquisadora do Grupo de Estudos sobre Saúde da Mulher/EEUFBA-
GEM. Orientadora. E-mail: mirian@ufba.br
3
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia.
Bolsista PIBIC/CNPQ. Bolsista do GEM. E-mail: edneiamelo@yahoo.com.br.
4
Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade
Federal da Bahia. Membro do Grupo de Estudos sobre a Saúde da Mulher (GEM). E-mail: dera.bastos@hotmail.com
INTRODUÇÃO
Período f %
1997 – 2000 03 08
2001 – 2003 11 31
2004 – 2006 22 61
Total 36 100
40
36
35
30
25
18 18
20
15
10
0
Quantitativa
Qualitativa
Total
O grande número de estudos (29) que não explicitou o referencial teórico se pautou,
principalmente, na abordagem quantitativa (24 – 66,7%), enquanto que os demais (6 -16,6%) eram
de natureza qualitativa. Vale ressaltar, que os seis resumos (16,6%) que não referiram referencial
teórico eram de natureza qualitativa, sendo um deles proveniente de uma tese de doutorado.
Referencial Teórico f %
Não se aplica * 24 66,7
Não referido 06 16,6
Fenomenologia 04 11,1
Representações Sociais 01 2,8
Interacionismo Simbólico 01 2,8
Total 36 100
* Refere-se à revisão bibliográfica, artigo reflexivo e pesquisa quantitativa
Categorias de Sujeitos f %
Mulheres soropositivas 20 55,5
RN, crianças e adolescentes 04 11,1
Doadores de sangue 01 2,8
Mulheres e crianças 01 2,8
Mulher e criança indígenas 01 2,8
Profissionais de saúde 01 2,8
Dados secundários * 03 8,3
Não se aplica ** 05 13,9
Total 36 100
* Prontuários de RN, de gestantes e crianças e de doadores de sangue;
** Refere-se à pesquisa bibliográfica e análise teórica
Assim, percebe-se que nos estudos as mulheres (55,5%) constituem-se nos sujeitos de maior
interesse, uma vez que não se tem como abordar o fenômeno HIV/aids/HTLV/Amamentação, ou
seja, a transmissão vertical destes vírus pela amamentação, sem ouvir as vozes de quem realmente
pode contribuir para elucidar o que é ser portadora destes vírus, poder ser fonte de contágio e, ainda,
se privar do ato de amamentar o(a) filho(a), numa sociedade, onde a amamentação é definida como
o ato que confere sentido de ser mulher e mãe e, consequentemente reafirma a maternidade.
O quantitativo de recém-nascidos, crianças e adolescentes (11,1%), sugere que esta categoria
de sujeitos pesquisados advém da necessidade da realização de estudos epidemiológicos que
confirmem a transmissão vertical por estes vírus, especialmente, os que foram amamentados.
Ao observarmos a tabela 4, no que se refere à variável campo de estudos, constatamos uma
predominância do cenário em unidades de pré-natal, com 6 (16,7%) resumos destacando tal campo.
Os centros de referência (11%) e as maternidades (11%) aparecem em seguida totalizando juntos
um percentual de (22%), entre os cenários mais utilizados.
Tabela 4 – Distribuição dos campos de estudos citados nos resumos, período 1997-2006
Salvador, 2007.
Campos de estudo f %
Ambulatório de pré-natal 06 16,7
Ambulatório Infantil 02 5,5
Centro de referência do HIV 04 11,0
Gerência de DST/aids 01 2,8
Hospital Universitário 02 5,5
Maternidade Pública 04 11,0
Hemocentro 02 5,5
Instituto Fernandes Figueira 01 2,8
Instituto Evandro Chagas 01 2,8
Aldeia indígena 01 2,8
Rede Municipal de Saúde 01 2,8
Não referido 06 16,7
Não se aplica* 05 14,0
Total 36 100
* Refere-se a pesquisa bibliográfica e análise teórica
Ao se observar esta distribuição e, somar o quantitativo de lócus para pesquisa, nota-se que
a rede ambulatorial merece destaque, totalizando 12 redes ambulatoriais com um percentual de
(33,2%). Este fato foi identificado por Oliveira et al (2006), como uma situação que reflete um
maior interesse dos pesquisadores no que concerne à perspectiva preventiva.
As temáticas abordadas nos estudos qualitativos foram as seguintes: sentimentos e
significados do não amamentar para mulheres HIV positivas 8 (44,5%); prevenção da TV pelo HIV
e HTLV 7 (38,9%); ser mulher e mãe HI positiva 2 (11,1%) e revisão de literatura sobre HTLV 1
(5,5%), Conforme mostra o gráfico 2.
18
16
14 Estudos epidemiológicos
12
10 Estudos avaliativos de
Freq. programas de prevenção e
8
medidas de controle
6
Total
4
2
0
Freq.
Temas
REFERÊNCIAS
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informações, atividades e materiais relativos às mulheres e HIV/AIDS, saúde reprodutiva e relações
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO AIDS Ministério da Saúde, Brasília, ano III nº 01 - 01ª à 26ª
semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2006.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO AIDS Ministério da Saúde, Brasília, ano II nº 01- 01ª à 26ª
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NDUATI, R. W.; JOHN, G. C.; KREISS, J. J. Posnatal transmission of HIV-1 through pooled
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1994.
TEIXEIRA, M. A. Meu neto precisa mamar! E agora? Construindo um cotidiano de cuidado junto
a mulheres-avós e sua família em processo de amamentação: um modelo de cuidar em Enfermagem
fundamentado no Interacionismo Simbólico. 2005. 238 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) –
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis.