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CAMPUS ARAPIRACA
CURSO DE ENFERMAGEM
GABRIELA DA SILVA
ARAPIRACA
2019
GABRIELA DA SILVA
Arapiraca
2019
AGRADECIMENTOS
Gabriela da Silva
Graduanda em enfermagem pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
email: gabykaos@hotmail.com
RESUMO
ABSTRACT
Acquired Immunodeficiency Syndrome is a serious disease that affects the immune system of
the affected individual. It is caused by the Human Immunodeficiency Virus (HIV) and ranges
from an acute early stage to the final stage characterized by AIDS itself. This is a study by
integrative review of the literature with a systematic approach, based on the scientific articles
found in the Virtual Health Library (VHL) and Scientific Electronic Library Online
(SCIELO), whose objectives are to identify studies on nursing care to the elderly with the
HIV / AIDS virus, Describe the role of the nurse in the care of the elderly patient and to know
their limitations in this pathology, thus contributing to deepen the knowledge of the subject
under investigation. Inclusion criteria were publications that were available in full during the
periods 2012 to 2018 and that answered the guiding question of the study.And the exclusion
criteria was due to incompatibility of the topic and did not provide for free. From the analysis
and complexity of the scientific articles, two categories of results originated, allowing a better
presentation of the scientific evidence on nursing care for the elderly with HIV; experiences
of elderly people with the virus and nursing care in front of the elderly with the same.
INTRODUÇÃO
A AIDS é conceituada por Seffner (1998), como uma síndrome, ou seja, um conjunto
de doenças derivadas da infecção e manifestações do vírus HIV nas células do sistema
imunológico, sendo considerada, também, um fenômeno social de amplas proporções que
suscita questões polêmicas entre os mais diversos grupos sociais, pois engloba temas como a
sexualidade, o uso de drogas injetáveis, as questões éticas de investigações científicas, as lutas
em favor dos direitos à medicamentos e contra a discriminação, entre outras questões.
(DINIZ, 2008).
O avanço da epidemia da Aids continua trazendo desafios para os mais variados
segmentos científicos, políticos e sociais, além de caracterizar-se de forma multifacetada e de
difícil controle. Um desses desafios abrange as mudanças nas práticas e nos hábitos da
população com 60 anos ou mais, uma vez que tal grupo tem despertado preocupações na
evolução do perfil epidemiológico da infecção. (BARROS, 2016).
Desde o início da epidemia, na década de 1980, com o aparecimento dos primeiros
casos identificados do vírus da imunodeficiência humana (HIV), a Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) tem-se colocado como um amplo problema de saúde
pública mundial, tendo como fator determinante, mediante a disseminação do agravo, o
comportamento humano individual e coletivo. Com a evolução da epidemia da AIDS,
percebeu-se uma mudança no curso da doença, tornando-se frequente a incidência de casos na
faixa etária acima dos 50 anos. A descoberta da soropositividade para o HIV ocorre, na
maioria das vezes, pelo surgimento de manifestações clínicas crônicas evidentes, como o
próprio adoecimento; entre os idosos, a procura da testagem para o HIV não surge de uma
maneira espontânea. (SANTANA, 2015). No entanto, o Brasil passa por uma considerável
transição do perfil demográfico, com um aumento progressivo e acelerado, refletindo
preocupações em torno do processo de envelhecimento de sua população. Dados do censo
realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 evidência que
11% dos brasileiros têm acima de 60 anos de idade. Desta forma, obtemos dados que refletem
um contingente que ultrapassa 20 milhões de pessoas idosas. (ALVES, 2017).
Falando sobre a sintomatologia na fase inicial da infecção do vírus, faz lembrar os
primeiros sintomas de uma gripe, podendo apresentar a febre e mal-estar geral, passando,
portanto, muitas vezes despercebida. A próxima fase já é assintomática, marcado pela forte
interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus, entretanto,
não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, podendo durar muitos
anos. Por fim, tem-se o período sintomático, em que o organismo fica cada vez mais
debilitado e vulnerável a infecções oportunistas, tendo como principais sintomas: febre,
diarreia, suores noturnos e emagrecimento. (SOUZA, 2013).
Compreendendo a convivência dos idosos junto com a doença HIV/AIDS é também
descobrir como a vida deverá ser lidada todos os dias frente a esta doença sem que perca as
esperanças e sobretudo saber como se cuidar e poder encarar a família e a sociedade em si.
Nesse cenário, o idoso que recebe o diagnóstico positivo da doença opta por não revelar sua
sorologia, tendo medo de perder o convívio com seus familiares, ser esquecido e visto como
um sujeito que deve ficar à margem da sociedade. Entretanto, ao longo do processo de saúde/
doença, com orientações e acompanhamento adequados nos serviços de saúde, os idosos
poderão passar à fase de aceitação do diagnóstico e enfrentar de forma positiva as mudanças
necessárias para a melhoria da sua qualidade de vida e saúde. (SANTANA, 2015).
As pessoas idosas soropositivas apresentam demandas de cuidado diferenciadas,
necessitando de maior atenção em saúde, pois, além da infecção pelo HIV, alguns apresentam
idade avançada e aspectos singulares. Desse modo, as enfermeiras devem assegurar um
cuidado para além da doença, sobretudo no que concerne às informações sobre a prática
sexual segura. (SANTANA, 2015).
Quando se trata de doenças sexualmente transmissível muitas dúvidas ainda persistem
entre a população e é neste sentido que o enfermeiro como ator no processo de orientação
desses pacientes deve saber esclarecê-los a respeito do desenvolver da doença bem como
sobre o tratamento, além de solucionar todas as dúvidas que possam surgir durante o
atendimento.
É neste sentido, que as ações de orientação que o enfermeiro realiza podem acontecer
em diversos momentos como, sala de espera, durante a consulta de enfermagem, durante a
visita domiciliar e durante as atividades em grupo; quando se fizer abordagem individual do
idoso, diagnósticos de enfermagem podem ser elencados com vistas a estabelecer um plano de
cuidado individualizado e resolutivo. (RIBEIRO, 2016). Percebe-se a cada ano a
necessidade da disponibilização de serviços de saúde mais resolutivos e contributivos no que
diz respeito ao cuidado na fase da velhice (MOUSINHO, 2018). No idoso, a vida sexual ativa
é influenciada pelos avanços da indústria farmacêutica mediante o uso de medicação para
disfunção erétil, concomitantemente com a desmistificação do sexo, ocasionando, nessa faixa
etária, mais vulnerabilidades às infecções sexualmente transmissíveis, como a do vírus da
imunodeficiência humana (HIV). (ALVES, 2017).
Quanto a transmissão do HIV/AIDS em idosos, muitas vezes é ocasionada pela prática
sexual desprotegida, muitos acreditam que o uso do preservativo é desnecessário, pois não
contraíra doenças. Se o grau for menor de instrução, menor o percentual de acerto referente o
conhecimento e ás formas de transmissão do HIV/Aids.
A vulnerabilidade à infecção pelo HIV configura um panorama de saúde que gera
desafios aos profissionais durante o planejamento da assistência à saúde ao idoso. Para a
enfermagem, a identificação de diagnósticos possibilita o levantamento de problemas comuns
e necessidades de saúde desse grupo populacional. Assim, a discussão de conhecimentos e
comportamentos de idosos frente ao HIV/ Aids, com base nos diagnósticos de enfermagem,
gera uma avaliação de necessidades de saúde e fatores que vulnerabilizam o idoso ao
HIV/Aids, visando subsidiar o planejamento de ações nos serviços de saúde. (NÓBREGA,
2015).
Na perspectiva social, a possibilidade de uma pessoa idosa ser infectada pelo HIV
parece ser pouco provável, visto que a atividade sexual é prerrogativa da juventude. Contudo,
deve-se levar em conta que os idosos podem ser sexualmente ativos, considerando a
possibilidade de doenças sexualmente transmissíveis. Desse modo, são necessários estudos
que abordem aspectos comportamentais, opiniões e conhecimentos do ponto de vista dos
idosos principalmente, pela situação de vulnerabilidade ao HIV/Aids, para o planejamento de
ações preventivas dessa infecção. (NÓBREGA, 2015).
Sob essa perspectiva, as intervenções devem ser planejadas exigindo dos profissionais
capacitados sobre a complexidade do vírus e da doença por ele provocada. Esses profissionais
necessitam ter a capacidade de questionar e analisar, sendo necessária a implementação de
estratégias de cuidados e suporte que venham a abranger a população idosa, familiares e
comunidades afetadas. (NÓBREGA, 2015). Para os idosos, quando se pensa em HIV/Aids,
associa-se a doença grave e incurável. Nesse caso, não se faz diferença entre ser portador do
vírus HIV e apresentar a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida).
Num estudo com pessoas acima de 60 anos, questionou-se se o portador do vírus da
Aids sempre apresenta os sintomas da doença. Quase metade dos participantes considerou que
a pessoa infectada pelo HIV sempre apresentará os sintomas da Aids. (NÓBREGA, 2015). E
nesse mesmo estudo sobre conhecimento de HIV/Aids, na terceira idade, enfatizam que os
idosos não se veem vulneráveis à infecção pelo HIV e atribuem essa possibilidade aos jovens,
aos usuários de drogas, aos homossexuais e aos profissionais do sexo. Essa postura perpetua a
concepção de grupo de risco à infecção pelo HIV. (NÓBREGA, 2015).
Até mesmo os profissionais de saúde não reconhecem os idosos como vulneráveis às
doenças sexualmente transmissíveis. Estes profissionais, muitas vezes, não percebem o idoso
como sujeito sexualmente ativo, acreditam que os idosos não pensam em sexo e que não
despertam desejo sexual. Assim, a abordagem ao paciente é prejudicada o diagnóstico e o
tratamento tornam-se tardios, ou até mesmo inexistentes, o que colabora para o agravamento
da doença e até mesmo para a morte (BARROS, 2016).
Sabe-se que, é de suma relevância a assistência de enfermagem frente ao idoso
soropositivo, no tocante das ações preventivas/educativas e da suspeição da doença. O fato de
o enfermeiro ser o profissional que está a maior parte do tempo em contato com o paciente,
traz aberturas quanto à inserção e utilização da Sistematização da Assistência de enfermagem
(SAE), sendo crucial consultar, diagnosticar, planejar, executar e avaliar, para tal, o
enfermeiro é amparado pela Resolução COFEN nº 358/2009, que constitui a base para a
escolha e determinação de ações ou intervenções no intuito de promover um determinado
resultado, como a promoção da qualidade de vida. (MOUSINHO, 2018).
A assistência de enfermagem é apresentada como medida ímpar de cuidado ao idoso
portador do HIV, já que esta contempla questões envolvidas na educação em saúde (no que
diz respeito à orientação e esclarecimento), além das condutas terapêuticas aplicadas em
diferentes perspectivas, quer no contexto hospitalar, na atenção básica, no ambiente escolar ou
empresarial. (NÓBREGA, 2015). Quanto ao desenvolvimento de grupos de acolhimento pelo
enfermeiro, mostra-se como medida plausível ao amparo do idoso com HIV, desde a
confirmação diagnóstica até a fase terminal. A assistência é ofertada sob uma perspectiva
coletiva, possibilitando um melhor acolhimento do idoso, num espaço de identificação mútua
e trocas de experiências, construindo uma concepção mais saudável acerca do que representa
possuir HIV em idades avançadas. (MOUSINHO, 2018). Faz-se necessário o
desenvolvimento de pesquisas neste tema que abordem melhor ao diagnóstico e as suas
intervenções em relação ao idoso portador de HIV/AIDS, promovendo um cuidado
humanizado, pautado em pesquisas que tenham aplicabilidade de suas conclusões e
implicações para esta população especificamente. Portanto, diante da explanação deste
assunto, objetiva-se identificar estudos sobre a assistência de enfermagem ao idoso portador
do vírus HIV/AIDS, descrever a atuação do enfermeiro ao cuidado do idoso portador do
mesmo e conhecer as suas limitações frente a essa patologia, assim contribuindo para o
aprofundamento do conhecimento do tema investigado, ficando a pergunta, Como deverá a
enfermagem assistir esses idosos diante desta doença tão desafiadora?
MÉTODOS
RESULTADOS
Após revisão de 10 artigos encontrados para esse estudo, foi evidenciado 2 categorias,
uma delas falando sobre a vivência dos idosos portadores do vírus HIV/AIDS e a segunda
categoria fala sobre a assistência de enfermagem frente ao idoso portador do vírus HIV/AIDS.
Na categoria vivência dos idosos portadores do vírus HIV/AIDS, primeiramente traz à tona o
sentimento de tristeza e desespero que culmina com o isolamento social, pois após o seu
diagnóstico, a vivência começa a ser um pouco dolorosa no início por não aceitar ser portador
do vírus, em seguida, o enfrentamento desta doença ainda é de muita dificuldade, contudo,
quando recebem o diagnóstico, a maioria deles deixa em sigilo o resultado, apenas expondo a
situação para a esposa e os filhos. No aspecto social e na comunidade, o idoso tem medo de
revelar, por conta da discriminação das pessoas. No entanto, para alguns deles, parece não ter
havido mudanças drásticas no estilo de vida, porque a condição de soropositivo é incorporada
como mais um aspecto a ser vivenciado, não interferindo no modo de vida anterior.
Viver com HIV/AIDS e manifestar a doença continuam sendo condições estressantes e
que exigem muito do doente nos aspectos: psicológico, físico, social e ambiental. Há
evidências de que o estresse pode acelerar a progressão do HIV/AIDS, aumentando a
replicação viral e suprimindo a resposta do sistema imunológico. Além disso, os soropositivos
também podem enfrentar problemas como depressão, estigmatização, acompanhada de
acusação, rejeição e a adoção de medidas punitivas e corretivas, tanto por parte dos sujeitos
ditos “normais”, quanto por parte dos próprios sujeitos estigmatizados que podem levar a
eventos traumáticos de vida e causar impacto negativo e progressivo no curso da doença.
Enfrentar esse problema, associado às dificuldades que a condição sorológica impõe
em relação à qualidade de vida, tem sido um dos desafios enfrentados pelos idosos que vivem
com HIV/AIDS, sem cura e que exige suportes social, familiar e profissional para ser
enfrentada e vivida. Além disso, a realidade de ser idoso e viver com o HIV/aids se coloca
como uma realidade muitas vezes surpreendente, impensada e de difícil aceitação, uma vez
que contraria os estereótipos especificamente vinculados aos idosos, principalmente
relacionados às concepções de assexualidade nesse momento da vida. Já na categoria
assistência de enfermagem frente ao idoso portador do vírus HIV/AIDS, a atuação dos
profissionais no atendimento aos idosos que vivem com HIV/AIDS deve-se estruturar
considerando a necessidade de oferecer suporte e transmitir informações. Cuidar de idosos
que possuem HIV/AIDS é uma tarefa árdua, exigindo das profissionais competências
técnico/científicas para proporcionarem uma avaliação mais ampla, sistematizada e contínua,
com enfoque na capacidade funcional, ressaltando que nessa a idade é um fator importante a
ser considerado nesse público, pois exige atenção e cuidados maiores. No momento do
acolhimento e aconselhamento, o profissional tem a oportunidade de estabelecer uma relação
terapêutica com a pessoa idosa, desenvolvendo um estreito relacionamento de interação e
confiança para conseguir sucesso no tratamento para o mesmo.
Não podemos esquecer que os profissionais de enfermagem devem ter um olhar mais
ampliado para possibilitar a implementação de ações que ultrapassem a terapêutica
medicamentosa, envolvendo ferramentas transdisciplinares e intersetoriais que sejam exitosas
no combate à problemática vivenciada pelas pessoas idosas soropositivas e seus entes mais
próximos, resultando, consequentemente, em hábitos de vida mais saudáveis e na diminuição
da propagação da doença.
É fundamental, a prática de uma educação em saúde que possibilite o entendimento da
pessoa idosa sobre o seu tratamento. A equipe de enfermagem deve se comprometer com a
criação de objetos/atividades inerentes ao seu cliente que o faça entender a necessidade do uso
dos antirretrovirais. É importante criar recursos informativos que alcancem as pessoas idosas
ou em processo de envelhecimento, favorecendo a mudança do comportamento de risco entre
eles.
Portanto, a equipe de enfermagem em seu cotidiano de cuidado, deverá proporcionar à
pessoa idosa um olhar individualizado, integral, oferecendo suporte digno e reforçar os pactos
por uma saúde mais humanizada, inspirando assim o idoso no autocuidado.
Os resultados evidenciados nos artigos pesquisados foram sumariamente incorporados
nos quadros, como demonstrativo que se apresenta a seguir:
No comparativo dos artigos, pôde-se observar que todos eles falam das mesmas
características do idoso portador do vírus HIV/AIDS, no sentido do diagnóstico até a sua
aceitação, diante de tantos fatores que para o idoso é contra, como: a sociedade discriminar do
saber que o indivíduo esta com esse vírus, a estigmatização e também as mudanças drásticas
que o mesmo terá no estilo de vida. Também aborda-se que a assistência de enfermagem é
apresentada nos artigos como medida ímpar de cuidado ao idoso portador do HIV/AIDS, além
das condutas terapêuticas aplicadas em diferentes perspectivas. É explanado também nos
artigos, o acolhimento da equipe de enfermagem ao idoso como medida plausível,
possibilitando trocas de experiências, construindo concepções mais saudáveis acerca do que
representa possuir HIV/AIDS em idade mais avançada.
Já nas diferenças entre os artigos, foi a questão que alguns profissionais de
enfermagem tinha a dificuldade de aceitar que o idoso também tem uma vida sexualmente
ativa e que não poderia ter essa vulnerabilidade do vírus HIV/AIDS, assim não respeitando o
espaço do idoso, retardando e impedindo o diagnóstico e identificação imediata. Para poder
comparar e diferenciar todos esses artigos que estão citados a seguir, foi preciso conhecer
todos os textos e poder retirar de cada um deles o sinônimo e a diferença, ou seja, o que era
mais comum entre eles e o que menos abordava.
DISCUSSÃO
Como podemos observar na tabela acima, os dados dos referidos temas encontrados,
revelam que diante dos 10 artigos falando sobre epidemia do vírus HIV/AIDS, infecção do
idoso, transmissão na vida sexual, cuidados do profissional de enfermagem, diagnóstico do
paciente e vulnerabilidade, está entre os 70% dos estudos e os outros 30% está distribuído por
temas como: a idade que é considerado um idoso, a terapia antirretroviral e o impacto do
isolamento social.
Ainda de acordo com a tabela mostrada, observa-se que a concentração desse tema foi
nos anos de 2008 a 2018, com um recorte temporal de 10 anos. O que pode ser identificado
aqui, é que ainda falta mais pesquisa nessa área no sentido que os profissionais de
enfermagem devem obter mais conhecimento no sentido que nessa idade pode sim um idoso
ser o portador do vírus por questões de descuidado ou por achar que não ia acontecer com o
mesmo. A verificação do nível de conhecimento entre os idosos evidência lacunas em relação
aos fatores de risco que podem contribuir para o aumento da infecção pelo HIV nessa faixa
etária. Outro ponto que merece destaque são as dúvidas sobre os meios de transmissão do
vírus da AIDS, acreditando que a contaminação possa ser através de compartilhamento de
sabonetes, toalhas, assentos sanitários, por picada de mosquito e na contaminação por
aproximação de indivíduo infectado pelo HIV. Considerando conceitos envolvidos por
crenças e mitos, tornam-se necessárias medidas de elucidação das principais formas de
transmissão do HIV/AIDS. (BORGES, 2010)
Os indivíduos com HIV/AIDS apresentam uma série de dificuldades relacionadas ao
curso clínico da infecção, ficando a cargo do enfermeiro evocar através da anamnese e exame
físico os principais problemas de enfermagem e traçar um plano assistencial que venha a
contemplar as necessidades individuais desde o âmbito físico até no psicológico e social, uma
vez que as IST’s e em especial o HIV/AIDS são agravos que são estereotipados pela
sociedade causando isolamento social, familiar dos pacientes infectados. Logo, o enfermeiro
no uso da sua principal ferramenta de trabalho que é a sistematização da assistência de
enfermagem (SAE) deverá abordar os aspectos evidenciados e garantir a estabilidade
emocional do paciente para a aceitação da nova condição, com suas limitações e
especificidades bem como a ressocialização. Caso contrário haverá além da piora da condição
clínica o abandono do tratamento. (RIBEIRO, 2016).
Frente o aumento da população idosa no Brasil e o número elevado de notificações de
novos casos de contaminação pelo HIV na terceira idade, torna-se importante aprofundar o
conhecimento acerca desta temática. E ainda faz-se necessário conscientizar os profissionais
da saúde de que os idosos também fazem sexo, e igualmente as outras faixas etárias estão
vulneráveis às infecções por DST. Embora seja evidente o aumento do número de casos de
HIV/AIDS na população idosa, ainda são poucas as informações sobre o conhecimento desses
indivíduos a respeito dos aspectos relacionados à infecção, prevenção e tratamento. Isso
provavelmente contribui para o reduzido investimento em estratégias de prevenção nesta faixa
de população em franco crescimento. (DINIZ, 2008).
As estratégias de prevenção contra o HIV no Brasil têm sido desenvolvidas desde
1986, quando foi criado o Programa Nacional de DST/Aids, no entanto, pouco tem sido feito
em relação à população idosa. O escasso número de estudos epidemiológicos e de campanhas
de prevenção, junto ao aumento do período sexualmente ativo e aos processos fisiológicos e
comportamentais, têm contribuído para o aumento da incidência de Aids e demais DSTs nessa
população. (BARROS, 2016).
Em se tratando de envelhecimento e AIDS, o aumento da frequência de práticas
sexuais entre pessoas idosas tem levado à preocupação com o trabalho de prevenção e
orientação direcionada, cabendo aos profissionais de saúde monitorar e acompanhar o
aumento destas práticas por via dos serviços de Atenção Básica e dos serviços especializados.
As pessoas que vivem com HIV/AIDS também têm demandas específicas que devem ser
consideradas, entre as quais se ressalte a importância de melhor compreender os efeitos
colaterais do tratamento sobre a sexualidade e de se prover os insumos necessários para
adoção de práticas sexuais seguras. (DINIZ, 2008).
No entanto, é indispensável que os profissionais de saúde estejam preparados para
atender a população idosa, utilizando-se de estratégias educativas que possam abranger a real
necessidade dos mesmos e promover a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e a
melhoria da qualidade de vida. É imprescindível a compreensão da importância de questões
não apenas biológicas, mas, também, subjetivas quanto à sexualidade nessa fase da vida,
assim sobre o envelhecer. (BARROS, 2016).
Os assuntos sobre sexualidade para a população idosa, que já não têm preocupação
com anticoncepção, são tratados pela literatura com maior ênfase nos aspectos relativos ao
desempenho ou às disfunções sexuais e suas relações com qualidade de vida, e menor ênfase à
promoção da saúde sexual e prevenção de DST/AIDS. (BORGES, 2010). Lembrando que há
necessidade de investimentos públicos na educação para a saúde, uma vez que, apesar das
conquistas legislativas alcançadas pelos idosos, como Estatuto dos Idosos, esse segmento
ainda não é priorizado. É necessário criar recursos informativos que alcancem as pessoas com
idade superior a 50 anos, envolvendo esses indivíduos no processo de conhecimento e
mudança de comportamento. Também deverá ter interação dos profissionais de saúde, na
compreensão do processo de expansão da AIDS nessa faixa etária, compreendendo o idoso
como ser sexualmente ativo, exposto a riscos, a fim de executar ações para o desenvolvendo
de condutas preventivas. (BORGES, 2010)
Contudo, é importante que os serviços de saúde acolham a terceira idade e
desenvolvam ações voltadas para o HIV/AIDS, pois é sabido que muitos idosos deixam de
buscar apoio nesses serviços por vergonha de serem vistos recebendo orientações sexuais ou
preservativos, ou, quando já infectados, de serem descobertos por conhecidos e,
consequentemente, estigmatizados e discriminados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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DINIZ, Farias Raquel; SALDANHA, Werba Alayde Ana. AIDS e Velhice: crenças e atitudes
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D2183_10102016234451.pdf. Acesso em: 05 dez. 2018.
ANEXO A - Normas da Revista Brasileira de Enfermagem
Aspectos gerais
- Com até três linhas, usar aspas e inseri-las na sequência normal do texto;
- Naquelas com mais de três linhas, destacá-las em novo parágrafo, sem aspas, fonte Times
New Roman tamanho 11, espaçamento simples entre linhas e recuo de 3 cm da margem
esquerda.
- Devem ser utilizados números arábicos, entre parênteses e sobrescritos, sem espaço entre o
número da citação e a palavra anterior, e antecedendo a pontuação da frase ou parágrafo
[Exemplo: cuidado(5),].
Não devem ser usadas abreviaturas no título e subtítulos do manuscrito, no resumo, tabelas e
figuras.
Estrutura do texto
Documento principal
Ilustrações (tabelas, quadros e figuras, como fotografias, desenhos, gráficos, etc.) serão
numeradas, consecutivamente, com algarismos arábicos, na ordem em que forem inseridas
no texto, não podendo ultrapassar o número de cinco.
Qualquer que seja o tipo de ilustração, sua identi?cação aparece na parte superior, precedida
da palavra designativa (tabela, figura, quadro) seguida do número de ordem de sua
ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e do respectivo título (Ex.: Tabela 1 -
título). Após a ilustração, na parte inferior, inserir a legenda, notas e outras informações
necessárias à sua compreensão, se houver (ver: ABNT NBR 14724 / 2011 - Informação e
documentação - Trabalhos acadêmicos - Apresentação). A fonte consultada deverá ser
incluída abaixo das imagens somente se for de dados secundários.
As ilustrações devem estar em boa qualidade de leitura em alta resolução. Tabelas, gráficos
e quadros devem ser apresentados de forma editável no corpo no manuscrito.
4) Fomento: antes da lista de referências, é obrigatório citar fonte de fomento à pesquisa (se
houver).
No mínimo, 50% das referências devem ser preferencialmente produções publicadas nos
últimos 5 anos e destas, 20% nos últimos 2 anos.
Para os artigos disponibilizados em português e inglês, deve ser citada a versão em inglês,
com a paginação correspondente. Sempre que disponível, indicar a versão eletrônica dos
artigos citados, facilitando a sua localização. Dar preferência para o endereço do artigo em
formato pdf