Você está na página 1de 28

WORKSHOP NACIONAL DAS ORGANIZAÇÕES DA

SOCIEDADE CIVIL PARA O REFORÇO DO SISTEMA


DE SAÚDE COMUNITÁRIO EM ANGOLA
COMUNICADO FINAL

Decorreu entre os dias 4 e 5 de Outubro de 2017, na sala


de conferências do Hotel Alvalade, Província de Luanda, o
Workshop Nacional das Organizações da Sociedade Civil
para o Reforço do Sistema Comunitário de Saúde em
Angola, sob o lema “Saúde Comunitária Centrada no
Indíviduo”.
O Workshop contou com a participação de uma centena
de participantes provenientes das 18 Províncias de
Angola que trabalham na componente do VIH e SIDA,
Tuberculose e Malária e outras questões de
desenvolvimento comunitário.
A sessão de abertura contou com um presidium integrado
por Sua Excelência Senhor António João em
representação da Ministra da Acção Social, Família e
Promoção da Mulher, o Coordenador do Sistema das
Nações Unidas em Angola, Doutor Paolo Baladelli, a
Representante da World Vision Senhora Maria Carolina, o
Secretário Executivo da ANASO Senhor António Coelho, e
o músico e antigo Embaixador da boa vontade da
ONUSIDA em Angola, C4 Pedro.
O acto contou ainda com a participação de ilustres
Representantes do Governo, Assembleia Nacional,
Serviços de Saúde das FAA, Instituições Públicas e
Privadas,
Sociedade Civil, e das Agências do Sistema das Nações
Unidas.
Os distintos membros do presidium saudaram a
realização do Workshop e as Organizações da Sociedade
Civil pelo trabalho que têm vindo a realizar e desejaram
que os resultados ajudem a melhorar o trabalho nas
comunidades.
O Workshop realizou-se com os seguintes objectivos:
1- Reforçar a capacidade das comunidades para lutar por
melhorias na disponibilidade, acessibilidade e qualidade
de serviços através de acções de advocacia e de
acompanhamento legal das Pessoas Vivendo com VIH,
pacientes com TB, Populações Vulneráveis e Populações
Chaves;
2- Advogar para uma melhor integração dos serviços de
saúde sexual e reprodutiva, promoção do programa
Amigos do Jovens e financiamento das Organizações
Juvenis;
3- Reforçar a coordenação e a organização de todos os
actores da comunidade através do apoio integrado de
prestação de serviços a nível comunitário;
4- Realizar uma avaliação para a resposta do nível
comunitário para identificar, explorar os ganhos e dar
resposta aos desafios identificados;
5- Reforçar os mecanismos de garantia da qualidade de
dados para a Sociedade Civil para reduzir a duplicação
das actividades e revisar o sistema de informação
comunitária.
O Workshop teve a duração de dois dias e durante esse
periodo os participantes partilharam ideias, experiências
e desafios relacionados com o trabalho comunitário em
Angola.
Em relação a situação das principais doenças como a
Malária, a Tuberculose e o VIH/ SIDA, persistem em
afectar as comunidades.
As Organizações da Sociedade Civil têm um importante
papel complementar a acção do Governo, junto às
populações mais vulneráveis. Neste sentido, essas
Organizações têm a responsabilidade de contribuir,
facilitando o acesso das comunidades ao pacote dos
serviços de saúde.
Em relação a Saúde Comunitária, há a necessidade em
contar com os Agentes Sanitários, pela insuficiência de
médicos e enfermeiros em relação a população e ainda
pela insuficiencia de acesso aos serviços de saúde.
O Agente comunitário de saúde fortalece o vínculo entre
a comunidade e o sistema de saúde.
Em relação, a coordenação e a organização de todos os
actores da comunidade através do apoio integrado de
prestação de serviços a nível comunitário, os
participantes discutiram sobre a importância em investir
mais nas redes sociais para alcançar as comunidades
através de mensagens sobre prevenção com a
linguagem adequada. Isso vai aumentar a adesão às
medidas de prevençao e aos tratamentos.
Precisa-se criar mecanismos para alcançar a comunidade
e integrar as estratégias para a melhoria da saúde e o
bem estar das populações.
O acto de encerramento contou com um presidium
integrado pela Sua Excelência Senhor António João em
representação da Ministra da Acção Social, Família e
Promoção da Mulher, o Coordenador do Sistema das
Nações Unidas em Angola, Doutor Paolo Baladelli, o
Doutor Anbrosio Disadidi, em representação do Ministério
da Saúde, o Secretário Executivo da ANASO Senhor
António Coelho que proferiram palavras de
encorajamento e saudaram a realização deste Workshop.
No final do Workshop os participantes chegaram as
seguintes conclusões e recomendações:

Concluiram que:
1. As organizações da sociedade civil tem um papel
importante na luta a TB, VIH e Malaria a nivel
comunitário. Os desafios atuais do sistema de saude
exigem um maior envolvimento da mesma para
conseguir garantir serviços basicos de assistencia e
prevenção;
2. As organizações comunitarias são mais um veiculo
estrategico para a melhoria da saude das tres doenças
na comunidades em parceria com as Administrações
Locais
Recomenda-se:
1. Maior envolvimento no processo de tomada de
decisões da sociedade civil
2. Retomar o processo de passagem das organizações da
sociedade civil para IPSS (Instituiçoes Publicas de
Solidariedade Social) incluindo a ANASO;
3. Evitar duplicação de esforços através duma
planificação conjunta entre a sociedade civil e os
orgaões do estado
4. Mapear a todos os niveis as empresas nacionais e
internacionais para que sejam parte do financiamento
da assistencia comunitaria a nivel dos municipios
aproveitando a legislação vigente;
5. Facilitar o diálogo com o Ministério das Finanças para
garantir benefícios fiscais as empresas que
contribuiem para o fundo social;
6. Valorizar a experiencia piloto dos adecos para que ela
possa ser expandida futuramente utilizando recursos
já treinados existentes a nivel das comunidades que
fazem parte das OSC.
7. Acesso aos exames de rotina, de CD4, da Carga Viral e
aos medicamentos para as infecções oportunistas
assim como dos ART. Ainda, recomenda-se a
regulamentação da Lei 8/04;
8. Planificação conjunta e encontros periodicos de
avaliação entre as OSC e Unidades Sanitarias para
gestão de casos.
9. Inclusão a todos os niveis do grupo alvo (População
Chave – Homens que fazem sexo com outros homens,
Trabalhadoras de sexo, Trans e Pessoas Vivendo.
10. Apoiar as OSC a reforçar os proprios sistemas de
Monitoria e Avaliação para aumentar a capacidade de
advocacia e conseguir mostrar o grande trabalhao que
elas fazem a nivel comunitario
11. Criar um sistema de referencia e contrareferencia
entre Hospitais e OSC baseado numa parceiria
estrategica.

Geração Livre da SIDA, Tuberculose e Malária Até 2030:


Um Compromisso da Nação!
Luanda, 5 de Outubro de 2017.

OS PARTICIPANTES

Você também pode gostar