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Imagens primordiais

Para Jung, arqu�tipo � uma esp�cie de imagem aprior�stica incrustada profundamente


no inconsciente coletivo da humanidade, refletindo-se (projetando-se) em diversos
aspectos da vida humana, como sonhos e at� mesmo narrativas. Ele explica que "no
concernente aos conte�dos do inconsciente coletivo, estamos tratando de tipos
arcaicos - ou melhor - primordiais, isto �, de imagens universais que existiram
desde os tempos mais remotos" [4]

Jung deduz que as "imagens primordiais" - outro nome para arqu�tipos - se originam
de uma constante repeti��o de uma mesma experi�ncia, durante muitas gera��es. Eles
s�o as tend�ncias estruturantes e invis�veis dos s�mbolos. Por serem anteriores e
mais abrangentes que a consci�ncia do ego, os arqu�tipos criam imagens ou vis�es
que balanceiam alguns aspectos da atitude consciente do sujeito. Funcionam como
centros aut�nomos que tendem a produzir, em cada gera��o, a repeti��o e a
elabora��o dessas mesmas experi�ncias. Eles se encontram entrela�ados na psique,
sendo praticamente imposs�vel isol�-los, bem como a seus sentidos. Por�m, apesar
desta mistura, cada arqu�tipo constitui uma unidade que pode ser apreendida
intuitivamente.[5]

� importante ressaltar, todavia, que os arqu�tipos n�o possuem formas fixas ou pr�-
definidas. Segundo Jung:[5]

� Nenhum arqu�tipo pode ser reduzido a uma simples f�rmula. Trata-se de um


recipiente que nunca podemos esvaziar, nem encher. Ele existe em si apenas
potencialmente e quando toma forma em alguma mat�ria, j� n�o � mais o que era
antes. Persiste atrav�s dos mil�nios e sempre exige novas interpreta��es. Os
arqu�tipos s�o os elementos inabal�veis do inconsciente, mas mudam constantemente
de forma.

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