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Bursite é o termo que designa a inflamação de uma bursa, espécie de bolsa com pequena

quantidade de líquido encontrada em regiões de atrito do corpo, como a área


entre tendões e ossos.
Na região lateral do quadril, próxima a uma proeminência óssea denominada trocanter
maior do fêmur, encontra-se a bursa trocantérica, que pode inflamar em corredores. A
bursite trocantérica gera dor durante a corrida, ao subir escadas e à palpação da lateral do
quadril, podendo gerar também um incômodo ao dormir de lado.
A inflamação dessa bursa é, em geral, acompanhada de inflamação também em outras
estruturas próximas, como tendões, músculos e fáscias. Por isso, atualmente ela está sendo
chamada de síndrome da dor trocantérica, que é mais frequente em mulheres de meia
idade.
A bursite trocantérica em corredores é causada principalmente pelo atrito da banda
iliotibial (faixa fibrosa, como um grande tendão) na região lateral do quadril, gerando
pequenos traumas na bursa. Este atrito exagerado ocorre devido
ao desalinhamento da coxa durante a corrida, que é causado por fraqueza muscular ou
falta de controle do músculo glúteo médio (lateral do quadril).
O tratamento fisioterapêutico envolve, inicialmente, o controle da inflamação da bursa
com repouso, aplicação de gelo e laser de baixa potência. Após a melhora da inflamação, é
preciso fortalecer a musculatura e corrigir o padrão de corrida, a fim de amenizar o atrito
na região do quadril.
O fortalecimento do músculo glúteo médio (abdutor do quadril) pode ser feito na posição
deitada, elevando-se a perna esticada para cima. Além do fortalecimento, este
também músculo deve ser treinado para contrair-se no momento correto durante
a corrida, mantendo a pelve e a coxa alinhadas. Isso pode ser feito através
de exercícios de afundo e pequenos saltos para frente, mimetizando o movimento da
corrida, sempre buscando a manutenção do alinhamento corporal.

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