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Mariza Correa - Dona Heloisa e A Pesquisa e Campo PDF
Mariza Correa - Dona Heloisa e A Pesquisa e Campo PDF
Mariza Corrêa
Unicamp
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REVISTA DE ANTROPOLOGIA, SÃO PAULO, USP, 1997, V. 40 nº 1.
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samento que existe e que eu conheço num assunto marcado, muito bem.
(..) Eu acho que há bastante trabalho para todos nós, dentro do tempo
indicado, concentrar completamente no assunto da economia. Isso não
quer dizer que a gente vai negligenciando o resto, pois segundo o pon-
to de vista funcionalista, qualquer parte se liga com o resto da cultura,
numa maneira ou outra. (..) O que eu quero aprender, então, é se a Se-
nhora quer uma direção unificada, um ‘emphasis’ particular, um fim, que
toca primeiramente os problemas da organização econômica, que foi
meu plano original, mas com observações bastante amplas sobre outros
aspectos da cultura, indicando porém que estes outros aspectos da cul-
tura não foram o maior fim desta ‘field trip’. Parece que há bastante
precedência para este tipo de estudo, aliás, que isso talvez representa
uma das maiores tendências da antropologia atual. Mas, enfim, estou de
vontade fazer só o que a Senhora quiser neste respeito.”12
O português arrevesado de Watson não esconde que ele tinha um
projeto bem definido, mas que estava disposto a ajudar os jovens bra-
sileiros em sua aprendizagem, como Heloisa queria. O que ela confir-
ma em outra carta:
“Gostei de duas notícias: de que o Watson se presta com satisfação
a ensinar e que a saúde é muito boa. Os outros pequenos detalhes são
poeira de estrada; o importante é chegar ao fim.”13
Alguns desses jovens foram até o fim; outros ficaram pelo caminho.
Depois de alguns anos dessa aprendizagem, Eduardo Galvão estava
pronto para obter seu doutorado em Columbia, onde foi o primeiro
PhD formado sob a orientação de Charles Wagley e provavelmente o
primeiro brasileiro a obter este título em antropologia14. Seus dois com-
panheiros de pesquisa tomaram outros rumos, apesar de terem parti-
cipado de pelo menos uma terceira experiência de campo, entre os
Tenetehara. No prefácio à edição brasileira de seu livro sobre este gru-
po indígena, Wagley e Galvão os mencionam pela última vez: “Nel-
son Teixeira e Rubens Meanda não puderam participar da preparação
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1940, diz que “os mostruários enviados por Dona Heloisa a Lisboa,
chegaram a ser arrumados no pavilhão brasileiro mas não foram exi-
bidos ao público porque a Comissão julgou deprimente apresentar o
Brasil como um país de negros e macumbas”, citando os membros da
comissão organizadora nominalmente (Augusto de Lima Junior,
Gustavo Barrozo, Guy de Hollanda e Ernesto Street) como fontes de
confirmação. A resposta de Heloisa foi incisiva:
“Há um ponto que merece réplica, acima de todos: O Museu Na-
cional, solicitado a apresentar aspectos etnográficos da população
brasileira, não poderia, a bem da verdade científica, esconder o ele-
mento negro da nossa população, elemento a que tanto deve o país.
O conceito de superioridade de raça – que tal omissão denunciaria
– é anticientífico e... para os grandes apregoadores de doutrinas li-
berais (o que o senhor Othon Leonardos afeta de ser) é antidemo-
crático. O negro existe, tem sido explorado, trabalha, contribuindo
de modo decisivo para o progresso do país e tem que aparecer em
qualquer certame que envolva aspecto científico antropológico onde
quer que o Brasil se faça representar.”25
Esgotadas as críticas à administração de Heloisa, seus opositores
começam a expor seus preconceitos de raça e de gênero. O documento
produzido para a reunião do Conselho Universitário na qual a ques-
tão seria decidida é onde finalmente o conflito entre diretor e diretora
se manifesta26. Pedindo ao Conselho “a graça” de um interventor no
Museu, os signatários acusam Heloisa de “asfixiar a ciência”, “mane-
jar como fantoches os cientistas” e abrir caminho “para a peor e mais
intolerável das prepotências: a prepotência feminina, instaurando um
regimem de matriarcado e perseguição aos que lhe caem no desagra-
do.”27 E, mais adiante, apelam para a hombridade do Conselho: “A
situação não é mais para contemporizações ou afetividades. É muito
tarde para assim pensar. O caso atual do Museu está acima das ami-
zades e dos pontos de vista pessoais. O Egrégio Conselho Universi-
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pai deixa de ser mencionado e ela será um dos nomes sugeridos, para
o Ministério de Educação, num projeto de governo “feminista” do
jornalista Mozart Lobo, cujos ministérios seriam todos ocupados por
mulheres (Berta Lutz, Alzira Vargas do Amaral Peixoto, Carmen
Portinho, Carlota Pereira de Queiroz eram outras) e por Carlos
Drummond de Andrade na crônica “Oitenta mulheres na Academia”,
onde ridiculariza a proibição da entrada de mulheres na Academia
Brasileira de Letras, e apresenta os nomes de mulheres que lhe pa-
recem merecer tal honra; será entrevistada, com Rachel de Queiroz
e Lucia Benedetti, a propósito de uma pesquisa que teria demons-
trado ser a mulher o “sexo forte”; entrevistada por Eneida sobre sua
carreira, e freqüentemente citada por Drummond em suas crônicas
– até se transformar em exemplo na coluna “Mulheres de ontem e
de hoje”, aos sessenta anos49. De senhorinha, passando a senhorita,
ou mademoiselle, como a chamava Dina Lévi-Strauss nas duas car-
tas que lhe escreveu, a dona (doña, como grifava Métraux), Heloisa
Alberto Torres foi uma presença constante no noticiário carioca dos
anos 20 aos anos 50 e terá sido um modelo importante para muitas
jovens nesse período em que as mulheres começavam a freqüentar a
universidade em nosso país. No âmbito da sua disciplina, nenhum an-
tropólogo brasileiro de sua geração se empenhou tanto em assentar
os alicerces da pesquisa de campo entre nós. Seu empenho não foi
em vão: quando Roberto Cardoso de Oliveira retomou as expedições
de campo com jovens candidatos a antropólogos na década de 60,
no mesmo Museu Nacional, e estabeleceu uma parceria com outro
jovem antropólogo que vinha dos Estados Unidos, David Maybury -
Lewis, iniciativas que dariam origem ao Programa de Pós Graduação em
Antropologia Social, retomava também uma tradição da casa.
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Notas
1 A genealogia da família, provavelmente feita por Marieta, encontra-se
numa das gavetas dos sete arquivos de aço onde está reunida a documen-
tação das duas irmãs. O pai de Alberto Torres, Antonio Martins Torres,
chegou ao Brasil por volta de 1815 e casou-se com Carlota Ferreira de
Seixas. Alberto Torres casou-se com a paulista Maria José Xavier da
Silveira e o casal teve três filhos: Maria, Alberto e Heloisa. As duas irmãs
nunca casaram; Alberto casou-se com Regina Moura e teve dois filhos:
Rosa Maria, que se casou com o paulista Helio Moniz de Souza e Anto-
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3 Ver também a breve nota biográfica de Maria Julia Pourchet (1977) sobre
Heloisa. Maria Julia, que era sua amiga, foi também sua assistente na UERJ
e conselheira suplente dela no CNPI. Os dois autores listam outros cargos e
encargos assumidos por ela ao longo de sua vida. A participação dela no
Conselho Nacional de Proteção aos Índios está documentada e é analisada
por Freire (1990); sobre sua atuação no Conselho de Fiscalização das Ex-
pedições Artísticas e Científicas, ver Grupioni (1996).
4 A única referência que encontrei sobre a primeira viagem está numa nota
de um trabalho publicado em 1937 na Revista do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, re-editado na Revista do Arquivo Municipal do De-
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15 Segundo Castro Faria, Pedro Lima, outro dos jovens que circulava pelo
Museu na época e fez algumas excursões com Galvão, formou-se em
Odontologia e veio a ocupar uma cátedra na Faculdade de Medicina mais
tarde; Rubens Meanda, que como vários de seus companheiros da época,
tirara o brevê na esperança de participar da Segunda Guerra, tornou-se
piloto, e Nelson Teixeira suicidou-se (Castro Faria, entrevista em 17 de
fevereiro de 1995).
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18 Este trecho está apoiado na leitura das cópias desses documentos existen-
tes no Arquivo Heloisa Alberto Torres no Museu Nacional, cuja consulta
foi grandemente facilitada pela organização prévia feita por Maria An-
gélica Pinto de Paula. Agradeço a Antonio Carlos de Souza Lima, que ori-
entou o trabalho de Maria Angélica, pela gentileza de me passar cópia des-
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23 Métraux registrava em seu diário em 1939 que dona Heloisa “se plaint
néanmoins du régime et des lois qui combattent le cumul des salaires. Tous
les employés ont déserté le musée pour s’adonner à l’enseignement.” So-
bre a importância da criação das faculdades de filosofia para a institu-
cionalização da ciência no Brasil, ver Schwartzman (1979).
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28 O único ponto da entrevista de Newton Dias dos Santos que Heloisa deixou
sem resposta parece ser justamente uma tentativa dele de arejar rumores.
Comentando a decisão dela de fechar o Museu às 17 horas, contra o que
também se insurgiam os naturalistas, acrescenta que Heloisa “declarou que
havia razões muito sérias para não conceder o pretendido, e que não podia
declarar quais eram estas razões, deixando entrever a existência de fatos
graves, com ofensa para a nossa própria reputação.” Durante os trabalhos
da comissão nomeada pela Universidade, o mesmo naturalista circulou um
manifesto em que pedia o desmentido de colegas a uma declaração que te-
ria sido feita à comissão por José Cândido de Carvalho, de que ele ameaça-
ra “com fatos da vida íntima”, os que “não votassem contra a diretora”. As-
sinam todos os opositores de Heloisa. Rumores à parte, é interessante o modo
como a votação em Othon Leonardos é expressa no documento.
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36 Esta história bem poderia ser ilustrada por uma foto do arquivo de Helo-
isa na qual ela aparece com uma tora sobre o ombro e com um sorriso
maroto no rosto.
37 Castro Faria defende aqui a mesma posição que expressou em outro tex-
to, de 1942, onde afirmava: “O Museu Nacional, entretanto, continua a
ser o único instituto de pesquisa onde a antropologia é cultivada em todos
os setores de seu amplo domínio...” (citado por Azeredo).
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42 Heloisa cita as “quatro moças” que foram “instruídas” por Roquette-Pinto para
fazerem a pesquisa: Emilie Saldanha da Gama, Laura da Fonseca e Silva
Brandão e Noemia Alvares Salles, além dela. Numa entrevista de 1952, dada
a Eneida, Heloisa lembra que, logo que saiu do Colégio Sion, onde estudava,
um grupo de moças – duas filhas de João Baptista de Lacerda, uma sobrinha
de Pacheco Leão, Marieta e ela – pediram a Roquette Pinto que organizasse
um curso para elas. A menção sugere que outras moças da sociedade carioca
(filhas ou sobrinhas de), como Heloisa, faziam estágios não remunerados no
Museu. Numa outra entrevista, Heloisa cita também as traduções para o francês
que fazia de textos de Roquette Pinto. Numa entrevista em 1988, a propósito
de Emilia Snethlage, Maria Luisa Hussak van Velthen , que também traba-
lhou no Museu na década de vinte, lembrava das traduções que fazia, do ale-
mão, para Roquette Pinto. A pesquisa de Roquette Pinto foi apresentada ao I
Congresso Brasileiro de Eugenia, em 1929 e publicada em 1978. Sobre a tra-
jetória de Roquette Pinto, ver Ribas (1990).
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47 Numa carta de Carl Withers, de outubro de 1956, ele diz: “Estou extre-
mamente interessado em ajudá-la a treinar essa mocinha (Geraldo diz que
ela é muito talentosa), e o jovem, e quem mais você tiver disponível para
o trabalho de campo.” Comparar com a ênfase anterior de Heloisa, na carta
a Ramos, sobre o treinamento oferecido a rapazes. O filme é Arraial do
Cabo, dirigido por Paulo Cesar Saraceni. Ver as lembranças do diretor a
respeito da pesquisa em Saraceni (1993).
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seis mulheres como funcionárias: “hoje tem 38 e isso se fez por minha
direta iniciativa. A secção de administração e a biblioteca são chefiadas
por mulheres.” Depois diz que as razões que expõe na carta “revestem-se
de caráter confidencial. Nunca argüiria, de público, tais razões, nem mes-
mo para justificar a atitude que assumi. Sofrerei, sem protesto, a injusti-
ça.” Lembrando o exemplo de Emilia Snethlage, diz que das três natura-
listas auxiliares que o Museu tem, duas não se recusavam a fazer excursões
(“parte integrante das funções do naturalista”), quanto à outra, recusara
porque “o marido não lho permitiria” e dos 365 dias de trabalho, compa-
receu 265, por ter tido filhos e doenças. Explica que três mulheres tinham
se inscrito no concurso, duas não compareceram à defesa de tese e a ter-
ceira, que concorria à vaga em Antropologia Física, apresentara um tra-
balho sobre música indígena. Agradece a elas a oportunidade de deixar
registradas para a história as suas razões e conclui: “As condições, no
futuro serão outras, pelo menos eu o espero.” Pasta de Heloisa, na CCHAT.
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