1) O documento descreve a teoria do ciclo de aprendizagem de David Kolb, que propõe quatro estágios no processo de aprendizagem: experiência concreta, observação reflexiva, conceituação abstrata e experimentação ativa.
2) Kolb também define quatro estilos de aprendizagem com base na combinação de dois estágios preferidos: divergente, assimilador, convergente e acomodador.
3) O ideal do ciclo de aprendizagem é que o aluno passe por todos os estágios de forma sequencial
1) O documento descreve a teoria do ciclo de aprendizagem de David Kolb, que propõe quatro estágios no processo de aprendizagem: experiência concreta, observação reflexiva, conceituação abstrata e experimentação ativa.
2) Kolb também define quatro estilos de aprendizagem com base na combinação de dois estágios preferidos: divergente, assimilador, convergente e acomodador.
3) O ideal do ciclo de aprendizagem é que o aluno passe por todos os estágios de forma sequencial
1) O documento descreve a teoria do ciclo de aprendizagem de David Kolb, que propõe quatro estágios no processo de aprendizagem: experiência concreta, observação reflexiva, conceituação abstrata e experimentação ativa.
2) Kolb também define quatro estilos de aprendizagem com base na combinação de dois estágios preferidos: divergente, assimilador, convergente e acomodador.
3) O ideal do ciclo de aprendizagem é que o aluno passe por todos os estágios de forma sequencial
Conforme Kuri e Giorgetti (1993), Kolb desenvolveu um
estudo na Brigham Young University em Utah, Estados Unidos, que deu origem ao conhecido Ciclo de Aprendizagem ou Modelo Experimental de Kolb. Este estudo propõe o desenvolvimento do processo de aprendizado em quatro etapas, cada uma com características próprias imprescindíveis à aquisição de competências pelos alunos. Como as pessoas processam as informações de formas e em tempos diferentes, Kolb apresenta quatro etapas que considera básicas para o aprendizado, que também caracterizam perfis de diferentes alunos: a. sentir: é a maneira como o aluno percebe uma nova informação, inclui um bom relacionamento entre o professor e o aluno e enfatiza os seus valores pessoais – é a denominada experiência concreta; b. observar: é a forma como o aluno processa a informação, o momento em que ele separa a experiência e observa o evento novo a partir de diversos pontos de vista – é chamada de observação reflexiva; c. pensar: é a organização das informações por meio de conceitos, teorias e princípios transmitidos pelo professor – também denominada de conceitualização abstrata; d. fazer: é nesta fase que o aluno efetua os testes para a obtenção de respostas, trabalhando com o real para receber resultados práticos – chamada experimentação ativa. Os quatro eixos são agrupados por Kolb na forma de quadrantes que caracterizam o perfil dos alunos, conforme ilustra a figura 1. No primeiro quadrante, que relaciona “sentir” e “observar”, enquadram-se os alunos divergentes, que se destacam na integração de experiências e valores, preferem ouvir e partilhar novas idéias e são considerados criativos e inovadores. Já no segundo quadrante, que relaciona “observar” e “pensar”, estão os (2002), a metacognição está pautada em constante revisão das alunos assimiladores, cujas características são a integração da atividades de aprendizado, cabendo ao professor orientar os experiência e do conhecimento, sendo mais contextualistas e alunos, apresentando os gabaritos, e promovendo revisões das apresentando visão e organização lógica. O terceiro quadrante atividades e reflexões acerca dos erros. Deve-se, ainda, propor combina “pensar” e “fazer” e envolve os alunos convergentes, que debate com os alunos a respeito das atividades desenvolvidas e são aqueles que integram a teoria e a prática, procuram soluções apresentar um quadro evolutivo de desempenho ao longo da ótimas para casos práticos. No último quadrante, envolvendo disciplina por meio de gráficos, seja por rendimento, nota, “fazer” e “sentir”, estão os alunos adaptadores, os quais integram trabalho entregue com menor índice de erros ou qualquer outro novas experiências de forma imediata, aprendem por tentativa e critério, estabelecido pelo professor, que demonstre o erro e são altamente criativos, independentes e líderes naturais. monitoramento dos alunos. Kolb propõe, então, um “Ciclo de Aprendizagem” que Modelo da teoria de aprendizagem experiencial abranja todos os perfis de alunos, com o desenvolvimento de de Kolb (estilos de aprendizagem) atividades para cada perfil caracterizado no ciclo. O objetivo desta metodologia é auxiliar os alunos a se tornarem independentes, estimular o raciocínio e promover o desenvolvimento de suas habilidades. O ideal é que o aluno passe por todos os quadrantes propostos, para fechar o ciclo de aprendizado. Para que isso ocorra, é relevante o desempenho do professor, que deve planejar quatro tipos de atividades: a. questionamento: deve ser desenvolvido com uma boa pergunta para ativar a mente dos alunos, pois o objetivo é despertar a reflexão; b. exposição: transmissão do conhecimento de forma clara pelo professor; c. tutoria: o professor interage com os alunos apontando e corrigindo erros e falhas, orientando-os e provocando a modificação das atitudes; d. simulação: caso real para o aluno entrar em contato com a realidade, incentivando a apresentação de soluções criativas e inovadoras. Esta metodologia pode ser aplicada em conjunto com os princípios de metacognição (Gandolfo, 2001), que é o ato de refletir sobre o aprendizado. De acordo com Baumeister e Starke A teoria de aprendizagem de Kolb salienta quatro 1. Experiência Concreta distintos estilos de aprendizagem (ou preferências), os quais 2. Observação Reflexiva são baseados em um círculo de aprendizagem de quatros 3. Conceituação Abstrata estágios, (o que poderia também ser interpretado como um 4. Experimentação Ativa ‘círculo de treinamento’). A tal respeito o modelo de Kolb é e uma definição de quatro tipos de estilos de particularmente elegante, desde que ele oferece duplamente um aprendizagem (cada um representando a combinação de dois caminho para entender os estilos individuais de estilos preferidos, ou melhor, uma matriz dois por dois dos estilos aprendizagem diferente das pesssoas e também uma de círculo de quatro estágios, como ilustrado abaixo), para os explanação de um círculo de aprendizagem experiencial quais Kolb usa os termos: que se aplica a todos nós. 1. Divergência Kolb inclui esse ‘círculo de aprendizagem’ como um 2. Assimilação princípio central de sua teoria de aprendizagem experiencial, 3. Convergência tipicamente expressa como círculo de aprendizagem de 4. Acomodação quatro estágios, em que ‘experiências imediatas ou concretas’ fornece uma base para ‘observações e reflexões’. CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL Tais ‘observações e reflexões’ são assimiladas e destiladas em Como funciona na prática? ‘conceitos abstratos’, produzindo novas implicações para a ação que pode ser ‘ativamente testada’, a qual, por sua vez, A Aprendizagem Vivencial ocorre quando uma pessoa se cria novas experiências. envolve numa atividade, analisa a atividade criticamente, extrai Kolb diz que idealmente (e por inferência nem sempre) algum “insight” útil dessa análise e aplica seus resultados. este processe representa um círculo de aprendizagem ou espiral Certamente, este processo é vivenciado espontaneamente na vida onde o aprendiz ‘toca todas as bases’, isto é, um círculo de normal de qualquer pessoa. Nós o chamamos de “processo experiência, reflexão, pensamento e atividade. Experiências indutivo”, porque parte da simples observação, mais do que de concretas ou imediatas conduzem a observações e reflexões. Essas uma “verdade” estabelecida, como seria, no “processo dedutivo”. reflexões são então assimiladas (absorvidas e traduzidas) em A aprendizagem pode ser definida como uma mudança conceitos abstratos com implicações para a ação, que a pessoa relativamente estável do comportamento e este é o objetivo típico pode ativamente testar e com as quais experimentar o que, por da educação formal ou informal. sua vez, habilita a criação de novas experiências. O modelo de Kolb, portanto, trabalha em dois níveis – um círculo de quatro estágios: 1 – Vivência (O Fazer) Estas atividades podem ser levadas a efeito por indivíduos em tríades, duplas, pequenos grupos, arranjos de grupos ou O primeiro estágio da aprendizagem vivencial é ligado a grandes grupos. Os objetivos das atividades estruturadas são gerais aplicação e participação da dinâmica. Obviamente, se o processo e colocados em termos de “explorar”, “examinar”, “estudar”, pára após este estágio, todo o aprendizado é relegado ao acaso e o “identificar”, “vivenciar”, “analisar” etc. trabalho do facilitador fica incompleto. Quase toda atividade que A aprendizagem indutiva significa aprendizagem através da implica em auto avaliação e interação interpessoal pode ser usada descoberta, onde o que exatamente será aprendido não pode ser como estágio de vivência da Aprendizagem Vivencial. A relação especificado de antemão. abaixo se refere às atividades individuais e grupais mais comuns: Tudo o que se quer neste estágio do ciclo de aprendizagem, • fabricação de produtos; é desenvolver uma base comum de dados para a discussão que se • criação de objetos de arte; fará em seguida. Algumas vezes, o facilitador despende uma quantidade enorme de • elaboração de piadas e anedotas; energia, planejando as atividades, sem, contudo, planejar a fase de • dramatização; análise. • interações; Os próximos quatro estágios do Ciclo de Aprendizagem • solução de problemas; Vivencial são essenciais para que a aplicação da dinâmica tenha • feedback; sentido. Durante a vivência pode ocorrer bastante excitação e • auto-exposição; divertimento, bem como conflitos nas interações humanas. Mas, estes fatores não são sinônimos de aprendizagem. Eles, apenas, • fantasia; fornecem um referencial comum para a investigação. • escolha; • comunicação não-verbal; Principais perguntas a serem realizadas aos participantes: • redação; • Qual o objetivo desta dinâmica??? • análise de estudos de casos; • negociação; 2 - Relato • planejamento; • competição; As pessoas, após vivenciarem uma atividade, estão prontas para compartilhar o que viram e/ou como se sentiram, durante o • confrontação. evento. A intenção, aqui, é tornar disponível, para o grupo, a • Qual o seu sentimento em relação ao seu resultado??? experiência de cada indivíduo. (sempre é individual, nunca coletivo) Este estágio envolve a descoberta do que aconteceu entre • Qual estratégia você utilizou??? os indivíduos, tanto a nível cognitivo quanto afetivo, enquanto a atividade estava se desenvolvendo. 3 - Processamento O relato pode ser facilitado através de: • registro de dados referentes à produtividade do grupo, É a fase do ciclo conhecida como dinâmica de grupo, na satisfação, confiança, liderança, comunicação, decisões, qual os participantes reconstroem os padrões de comportamento, sentimentos etc.; as interações da atividade, a partir de relatos individuais. Esta • registro de rápidas associações de idéias, abrangendo os discussão em profundidade é a parte crítica do ciclo e não pode ser vários tópicos relacionados à atividade; • relatos nos ignorada. O facilitador planeja, cuidadosamente, esta fase e, nela, subgrupos; pode utilizar: • listas afixadas no quadro ou cavalete, contendo dados • roteiro de observação do processo; do grupo; • discussão temática de tópicos decorrentes dos relatórios • giro pelos grupos, com a realização de mini entrevistas individuais; complementação de sentenças, tais como: com os “a liderança foi...”, “a participação nesta atividade levou • participantes, para que relatem suas dificuldades e a...” etc; questionários estruturados, relacionados com facilidades; o tema; • análise do desempenho do grupo quando da • palavras-chave afixadas em local visível, que possam representação de papéis (de coordenador, moderador, orientar as discussões; redator/relator etc.). • feedback interpessoal, relativo ao desempenho dos A fase do relato pode desenvolver-se através de discussões membros do grupo livres, mas isto exige que o facilitador esteja cônscio das diferenças Nesta fase os participantes são levados a observar o que dos diversos estágios do ciclo e intervenha nas horas certas, aconteceu em termos de dinâmica. O facilitador deve clarear para fazendo com que o grupo abstraia-se da atividade e dos papéis, o grupo que o que se passou foi artificialmente planejado pela para que haja a aprendizagem. estrutura da atividade. Aqui, os participantes, geralmente, tendem a antecipar o próximo Principais perguntas a serem realizadas aos participantes: estágio do ciclo e fazem generalizações prematuras. O facilitador precisa certificar-se de que o processamento foi adequado antes de Complementação de sentenças prosseguir para os estágios seguintes. Completar frases, tais como: “a eficiência de um trabalho de grupo depende de...” Principais perguntas a serem realizadas aos participantes: É importante que, nesta fase, as generalizações sejam • Tentar explicar o que aconteceu??? debatidas e apresentadas ao grupo, de forma oral e visual. Esta • Porque do sucesso/ Porque do fracasso??? estratégia ajuda a facilitar a aprendizagem. O facilitador precisa manter uma postura não avaliativa em • Se você tivesse uma outra chance o que você mudaria??? relação ao que é aprendido, buscando do próprio grupo o complemento de idéias e generalizações incompletas. 4 - Generalizações No estágio de generalizações é facultado ao facilitador introduzir conclusões teóricas e resultados de pesquisas, para No estágio da generalização, os participantes inferem enriquecer o aprendizado. princípios que podem ser aplicados em sua realidade, a partir da atividade. Este estágio pode ser aprofundado a partir de algumas Principais perguntas a serem realizadas aos participantes: estratégias: • Como estas situações acontecem na vida real / empresa Fantasia / na sociedade??? Levar os participantes a imaginarem situações realísticas do dia-a-dia e a aplicação de alguns conceitos extraídos da atividade. 5 - Aplicação Ex.: “Há semelhanças entre o trabalho desenvolvido aqui e os trabalhos desenvolvidos nas empresas...” O estágio de aplicação é o propósito para o qual todo o processo é planejado. É o momento em que os participantes Análise individual transferem as generalizações para a situação real, na qual estão Questionar os participantes sobre as habilidades que envolvidos, e planejam comportamentos mais eficazes. Vários adquiriram ou aprenderam, com a atividade. procedimentos podem ser adotados neste estágio: • Consultoria em tríades (os participantes alternam-se e Palavras-chave ajudam uns aos outros, levantando problemas do dia-a- Afixar tópicos que sirvam de subsídios para generalizações. dia e aplicando generalizações). Ex.: “liderança, comunicação, sentimentos...” • Estabelecimento de objetivos (plano de melhoria, baseado nos • Problema do dia-a-dia, a partir de generalizações da tarefa). Contratação (assumir perante o grupo compromissos explícitos no que concerne a aplicações). • Formação de subgrupos de interesses comuns para discutir generalizações concretas, em termos do que pode ser aproveitado mais efetivamente. • Sessão de prática (dramatizar situações do dia-a-dia, para ensaiar novas formas de comportamento).
Os indivíduos estão mais propensos a implementar suas
aplicações planejadas, quando as compartilham com outros. Voluntários podem ser solicitados a relatar o que pretendem fazer com o que aprenderam e, isto, pode encorajar outros a experimentar novos comportamentos. Existem outras maneiras de aprender. Por exemplo, habilidades são mais bem aprendidas através da prática que se aproxima de um modelo ideal, do conhecimento dos resultados e do esforço positivo. As atividades estruturadas não proporcionam, de imediato, desenvolvimento de perspectivas abrangentes. Métodos de preleção são, provavelmente, mais adequados para este propósito. Entretanto, o que a Aprendizagem Vivencial pode conseguir é que as pessoas assumam o que aprenderam. Principais perguntas a serem realizadas aos participantes: • O que de bom ficou desta discussão??? • De que forma podemos aplicar esta atividade no nosso dia a dia??? (sempre focar no positivo) • Listar os novos comportamentos em relação ao tempo (a partir de hj para os próximos quinze dias, mês, trimestre, semestre, etc)
Complexidade, Ecoformacao e Transdisciplinaridade Por Uma Formacao Docente Sem Fronteiras Teoricas - Maria Jose de Pinho e Vania Maria de Araujo Passos