O ser humano é eminentemente um cultivador de casos assombrosos, porquanto
contador e criador. Ele tem uma infindável capacidade de imaginar situações que podem tomar contornos fantásticos. Este, por sinal, seria um empecilho recorrente quando a população se depara com acontecimentos fora dos padrões habituais, ou seja, que ultrapassam as raias da racionalidade. Não obstante serem ou não, verdadeiros, a tendência de fantasiar a situação natural torna-se sobrenatural, o crível vira incrível. Dessa forma, surgem os mistérios que passam a fazer parte da história oculta da humanidade. Advêm as lendas e os mitos. O “Projeto Filadélfia” foi um desses casos. O inexplicado o ronda já a muitos decênios. O que intriga, é justamente este detalhe e o assunto perdura sem explicações cabais que o desminta, sequer que o confirme. De acordo com os inúmeros escritos sobre o assunto, tudo começou em outubro de 1943, quando um experimento ultra-secreto, conduzido pela Marinha dos EUA, teve início. O objetivo da experiência seria tentar obter a invisibilidade dos navios aliados quando em águas inimigas, ou seja, imperceptível aos seus radares. O primeiro teste fora realizado tendo como cobaia um destróier americano, USS Eldridge. Esse projeto seria, em tese, uma aplicação da chamada “Teoria de Campo Unificado de Einstein”. Após uma série de tentativas, o navio finalmente desaparecera não somente das telas dos radares, mas do próprio local onde estava, o que não estava previsto. Porém, ao reaparecer do nada não estava totalmente intacto como antes. Acontecera o inacreditável: seus tripulantes que também desmaterializaram, ficaram literalmente “colados” ao barco, ou seja, suas moléculas se fundiram às estruturas físicas do dito navio. Cena típica de filmes de terror. Todos esses infelizes, evidentemente, morreram em pouco tempo. Aqueles que escaparam, sofreram efeitos colaterais no cérebro, que igualmente ficara alterado talvez por causa da mudança repentina de dimensão, algo inusitado e jamais vivenciado por um ser humano. Em conseqüência, ficaram mentalmente transtornados resultando-lhes uma irreversível demência. Diversas tentativas para explicar esse acontecimento sem precedentes então surgiram. Numa delas, asseveraram que o destróier, ao desaparecer, teria sido “lançado” no hiperespaço, retornando abruptamente, o que gerou a sua desconfiguração. Por causa da volta relâmpago, acontecera a falha quântica. Outros, ainda, especularam que o navio teria ido ao futuro. Todavia, seu regresso repentino, causou uma rematerialização incompleta. Analogamente, seria como enviar um fax de um documento corretamente escrito para um determinado destinatário. Mas, ao enviá-lo de volta, este voltou incompleto, tal como acontece com uma cópia feita várias vezes. Caso tudo isso tenha realmente acontecido, só veio comprovar que o homem deve se precaver mais quando “brinca” com a natureza, pois as conseqüências são imprevisíveis e geralmente fatais. Em outras palavras, quando o ser humano se arvora em “mexer numa seara desconhecida”, age tal como a criança que brinca com fogo. O resultado não poderia outro. Se, atualmente, a física quântica - apesar de ser taxada como a maneira de explicar o desconhecido - ainda está longe de ser plenamente desvendada, imagine-se há mais de 60 anos. Assim, temendo que o experimento caísse em mãos erradas e sabedores de seus devastadores efeitos não somente para a integridade humana, mas para os destinos da humanidade, os cientistas da época resolveram cancelar o projeto. A fim de se certificarem que o experimento jamais fosse repetido, eles o fizeram de uma forma ainda mais inusitada: criaram o “Projeto Montauk, cujo propósito seria enviar um voluntário ao passado, precisamente 1943, com a missão de destruir os equipamentos do “Projeto Filadélfia” antes de ser utilizado, evitando que fosse efetivado e as mortes dos tripulantes. Não se sabe até onde tudo isso é verdadeiro. A gama de mistérios da Terra é mais extensa do que pode imaginar a vã e limitada sabedoria de seus habitantes.