Você está na página 1de 1

49-MISTÉRIO DA HUMANIDADE (2)-Julho/2005

O ser humano é eminentemente um cultivador de casos assombrosos, porquanto


contador e criador. Ele tem uma infindável capacidade de imaginar situações que podem
tomar contornos fantásticos. Este, por sinal, seria um empecilho recorrente quando a
população se depara com acontecimentos fora dos padrões habituais, ou seja, que
ultrapassam as raias da racionalidade. Não obstante serem ou não, verdadeiros, a
tendência de fantasiar a situação natural torna-se sobrenatural, o crível vira incrível.
Dessa forma, surgem os mistérios que passam a fazer parte da história oculta da
humanidade. Advêm as lendas e os mitos. O “Projeto Filadélfia” foi um desses casos.
O inexplicado o ronda já a muitos decênios. O que intriga, é justamente este detalhe e o
assunto perdura sem explicações cabais que o desminta, sequer que o confirme.
De acordo com os inúmeros escritos sobre o assunto, tudo começou em outubro de
1943, quando um experimento ultra-secreto, conduzido pela Marinha dos EUA, teve
início. O objetivo da experiência seria tentar obter a invisibilidade dos navios aliados
quando em águas inimigas, ou seja, imperceptível aos seus radares. O primeiro teste
fora realizado tendo como cobaia um destróier americano, USS Eldridge. Esse projeto
seria, em tese, uma aplicação da chamada “Teoria de Campo Unificado de Einstein”.
Após uma série de tentativas, o navio finalmente desaparecera não somente das telas
dos radares, mas do próprio local onde estava, o que não estava previsto. Porém, ao
reaparecer do nada não estava totalmente intacto como antes. Acontecera o
inacreditável: seus tripulantes que também desmaterializaram, ficaram literalmente
“colados” ao barco, ou seja, suas moléculas se fundiram às estruturas físicas do dito
navio. Cena típica de filmes de terror. Todos esses infelizes, evidentemente, morreram
em pouco tempo. Aqueles que escaparam, sofreram efeitos colaterais no cérebro, que
igualmente ficara alterado talvez por causa da mudança repentina de dimensão, algo
inusitado e jamais vivenciado por um ser humano. Em conseqüência, ficaram
mentalmente transtornados resultando-lhes uma irreversível demência.
Diversas tentativas para explicar esse acontecimento sem precedentes então surgiram.
Numa delas, asseveraram que o destróier, ao desaparecer, teria sido “lançado” no
hiperespaço, retornando abruptamente, o que gerou a sua desconfiguração. Por causa da
volta relâmpago, acontecera a falha quântica. Outros, ainda, especularam que o navio
teria ido ao futuro. Todavia, seu regresso repentino, causou uma rematerialização
incompleta. Analogamente, seria como enviar um fax de um documento corretamente
escrito para um determinado destinatário. Mas, ao enviá-lo de volta, este voltou
incompleto, tal como acontece com uma cópia feita várias vezes. Caso tudo isso tenha
realmente acontecido, só veio comprovar que o homem deve se precaver mais quando
“brinca” com a natureza, pois as conseqüências são imprevisíveis e geralmente fatais.
Em outras palavras, quando o ser humano se arvora em “mexer numa seara
desconhecida”, age tal como a criança que brinca com fogo. O resultado não poderia
outro. Se, atualmente, a física quântica - apesar de ser taxada como a maneira de
explicar o desconhecido - ainda está longe de ser plenamente desvendada, imagine-se há
mais de 60 anos. Assim, temendo que o experimento caísse em mãos erradas e
sabedores de seus devastadores efeitos não somente para a integridade humana, mas
para os destinos da humanidade, os cientistas da época resolveram cancelar o projeto. A
fim de se certificarem que o experimento jamais fosse repetido, eles o fizeram de uma
forma ainda mais inusitada: criaram o “Projeto Montauk, cujo propósito seria enviar um
voluntário ao passado, precisamente 1943, com a missão de destruir os equipamentos do
“Projeto Filadélfia” antes de ser utilizado, evitando que fosse efetivado e as mortes dos
tripulantes. Não se sabe até onde tudo isso é verdadeiro. A gama de mistérios da Terra é
mais extensa do que pode imaginar a vã e limitada sabedoria de seus habitantes.

Você também pode gostar