Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IJUÍ (RS)
2013
1
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
À Deus, aquele que guia meu caminho, e que permite que oportunidades surgem em
minha vida;
Um agradecimento especial à orientadora, professora Eusélia Pavéglio Vieira, que com
dedicação e sabedoria, conduziu-me nesta caminhada;
Aos professores do Curso de Pós- Graduação Lato Sensu em Controladoria e Gestão
Tributária, pela dedicação em nossa formação;
À minha família, minha razão de ser e meu porto seguro, pessoas que fazem parte de mim e
sempre torcem por minhas vitórias e conquistas.
Ao meu marido Felipe, por todo o incentivo, compreensão e amor incondicional.
E a todos muito obrigada. Peço que Deus transforme em bênçãos todo o bem que me fizeram.
4
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 8
CONCLUSÃO......................................................................................................................... 60
INTRODUÇÃO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
Por meio deste trabalho de pesquisa, foi possível elaborar um Plano de Negócios a fim
de verificar a viabilidade e as condições de abertura de um escritório de contabilidade na
cidade de Ijuí – RS.
Este escritório proposto vai prestar serviços na área contábil, fiscal e departamento
pessoal, além da prestação de serviços em consultoria, onde serão transformado dados
contábeis em informações gerenciais, para auxilio dos clientes na administração de seus
negócios.
A empresa se esquadra na forma de Microempresa, optante pelo Simples Nacional,
constituído por dois sócios, um funcionário na área fiscal, um funcionário na área pessoal,
dois funcionários na área de contábil e um funcionário para atendimento.
vezes, quando não for bem planejada, encontram dificuldades que poderiam ter sido previstas
antecipadamente.
Uma das soluções para este profissional seria elaborar um plano de negócio para
implantação do escritório de contabilidade, desenvolvendo diferentes estratégias para seu
empreendimento e oferecendo serviços diferenciados, além da previsão financeira de sua
manutenção.
O plano de Negócios é um instrumento de planejamento utilizado pelo empresário ou
profissional que pretende abrir um novo negócio, descrever quais são os objetivos de um
negócio e quais os passos que devem ser dados para alcançá-los, ajudando a concluir se o
negócio é viável economicamente. Além disso, busca informações mais detalhadas sobre o
seu ramo, os produtos e serviços que o negócio pretende oferecer, seus clientes, concorrentes,
fornecedores. E é um documento escrito, o qual deve ser colocado em prática, auxiliando na
tomada de decisão para implantação dos negócios.
Assim sendo, o escritório que se planeja neste plano de negócios, precisou ser feito de
forma bastante minuciosa, fazendo-se necessário primeiramente um levantamento de tudo que
é importante para sua implantação. Para isto, o estudo busca apresentar as condições
necessárias para a implantação de um escritório, alertando as pessoas de que não basta
somente querer montá-lo, mas principalmente de como fazê-lo.
Torna-se necessário que se faça um bom planejamento antes de se tomar qualquer
decisão a respeito de um investimento, para que se possa detectar o que seria viável ou não,
impedindo com isso, que se corra o risco de que se perca tempo, dinheiro e que veja o
fracasso de sua empresa, antes mesmo de seu funcionamento.
Baseado no exposto questiona-se: De que forma a elaboração de um plano de negócios
pode contribuir na decisão de implantação ou não de um escritório de Contabilidade em Ijuí-
RS?
1.4 Objetivos
1.5 Justificativa
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Controladoria
A contabilidade atualmente praticada será cada vez mais influenciada pelas normas
vigentes em outros países, em decorrência da globalização e abertura da economia
brasileira. Afinal, para entender aos usuários da Contabilidade nesse novo ambiente,
há necessidade de adaptar os atuais procedimentos e praticas contábeis aos padrões
internacionais, conforme Oliveira, Perez Jr & Silva (2005, p.22).
Assim sendo, o plano de negócios é uma ferramenta indispensável para quem deseja
planejar e antecipar situações, fazendo como previsão do que poderá encontrar no mercado.
conciliada com tudo que ocorre em seus setores, para que, de forma concisa esses objetivos
sejam alcançados. Portanto, a contabilidade sempre representará para uma empresa uma fonte
de informações a fim de auxiliar os gestores.
2.3 Empreendedorismo
Conforme descrita na Figura 01, o autor explica que no processo empreendedor inicia-
se quando fatores externos, ambientais e sociais aliados às aptidões pessoais do empreendedor
surgem, possibilitando o início de um novo negócio, sendo que as fases do processo
empreendedor, cabendo salientar que apesar de as mesmas serem apresentadas de forma
sequencial, nenhuma delas precisa ser totalmente concluída para que se inicie a seguinte.
Para início de toda empresa é necessário que a mesma seja planejada. O planejamento
implica em definir o Plano de Negócio. Este plano permite identificar e reduzir seus erros no
papel ao invés de cometê-los durante o funcionamento da empresa. Este será a base de estudo
para determinar quais passos que a empresa deve seguir para que os objetivos desejados sejam
alcançados diminuindo riscos e incertezas.
1. Capa - A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do
Plano de Negócios, pois é a primeira parte visualizada por quem lê, devendo,
portanto, ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes.
2. Sumário - O Sumário deve conter o título de cada seção do Plano de Negócios e a
página respectiva onde se encontra, bem como os principais assuntos relacionados
em cada seção. Isto facilita ao leitor de textos permite a confecção automática de
sumários e tabelas de conteúdos bastante apresentáveis.
3. Sumário Executivo - O Sumário Executivo é a principal seção do seu Plano de
Negócios. O Sumário Executivo fará o leitor decidir se continuará ou não a ler o
Plano de Negócios. Portanto, deve ser escrito com muita atenção, revisado várias
vezes e conter uma síntese das principais informações que constam em seu Plano de
Negócios. Deve ainda ser dirigido ao público alvo do seu Plano de Negócios e
explicitar qual o objetivo do Plano de Negócios em relação ao Leitor (ex.: requisição
de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para
potenciais parceiros ou clientes etc.). O Sumário Executivo deve ser a última seção a
ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para ser elaborada.
17
4. Análise Estratégica - Nessa seção são definidos os rumos da empresa, sua visão
e missão, sua situação atual, as potencialidades e ameaças externas, suas forças e
fraquezas, seus objetivos e metas de negócios a. Esta seção é na verdade a base para
o desenvolvimento e implantação das demais ações de sua empresa.
5. Descrição da Empresa - Nesta seção você deve-se descrever sua empresa, seu
histórico, crescimento, faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos,
estrutura organizacional, localização, parcerias, certificações de qualidade, serviços
terceirizados etc.
6. Produtos e Serviços - Essa seção do Plano de Negócios é destinada aos produtos
e serviços da empresa: como são produzidos, quais os recursos utilizados, o ciclo de
vida, fatores tecnológicos envolvidos, o processo de pesquisa e desenvolvimento,
principais clientes atuais, se a empresa detém marca e/ ou patente de algum produto
etc. Nessa seção pode ser incluída, quando esta informação encontra-se disponível,
uma visão do nível de satisfação dos clientes com os produtos e serviços da
empresa. Esse feedback é bastante importante, porque costuma oferecer não apenas
uma visão do nível de qualidade percebida nos produtos e serviços, mas também
guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de
produção.
7. Plano Operacional – Essa seção deve apresentar as ações que a empresa esta
planejando em seu sistema produtivo e o processo de produção, indicando o impacto
que essas ações terão em seus parâmetros de avaliação de produção. Deve conter
informações operacionais atuais e prevista de fatores como: lead time do produto ou
serviço, percentual de entregas a tempo (on time delivery), rotatividade do
inventário, índice de refugo, lead time de desenvolvimento de produto ou serviço
etc.
8. Plano de Recursos Humanos – Aqui devem ser apresentados os planos de
desenvolvimento e treinamento de pessoal da empresa. Essas informações estão
diretamente relacionadas com a capacidade de crescimento da empresa,
especialmente quando esta atua em um mercado onde a detenção de tecnologia é
considerada um fator estratégico de competitividade. Devem ser indicadas as metas
de treinamento associadas às ações do Plano Operacional, as metas de treinamento
estratégico, de longo a prazo e não associadas diretamente às ações. Aqui também
devem ser apresentados o nível educacional e a experiência dos executivos, gerentes
e funcionários operacionais, indicando-se os esforços da empresa na formação de
seu pessoal.
9. Análise de Mercado - Na seção de Análise de Mercado, você deverá mostrar que
conhece muito bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (por meio de
pesquisas de mercado): como estão segmentado, o crescimento desse mercado, as
características do consumidor e sua localização, se há sazonalidade e como agir
nesse caso, análise da concorrência, a sua participação de mercado e a dos principais
concorrentes etc.
10. Estratégias de Marketing – Deve-se mostrar como a empresa pretende vender
seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos
aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais
do produto/serviço para o cliente, política de preços, principais clientes, canais de
distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade, bem como
projeções de vendas.
11. Plano Financeiro - A seção de finanças deve apresentar em números todas as
ações planejadas para a empresa e as comprovações, por meio de projeções futuras
(quanto precisa de capital, quando e com que propósito), de sucesso do negócio.
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de três anos, balanço
patrimonial, análise ponto de equilíbrio, necessidades de investimento,
demonstrativos de resultados; analise de indicadores financeiros do negócio como
faturamento previsto, margem prevista, prazo de retorno sobre investimentos inicial
(payback), taxa interna de retorno (TIR) etc.
12. Anexos - Esta seção deve conter todas as informações que você julgar relevantes
para o melhor entendimento do Plano de Negócios. Por isso, não tem um limite de
páginas ou exigências a serem seguidas. A única informação que você não pode
esquecer-se de incluir é a relação dos curriculum vitae dos sócios da empresa. Você
poderá anexar ainda informações como fotos de produtos, plantas de localização,
18
roteiro e resultados completos das pesquisas de mercado que você realizou material
de divulgação de seu negócio, folders, catálogos, estatutos, contrato social da
empresa, planilhas financeiras detalhadas etc. (DORNELAS, 2012, p. 104-105).
Segundo o Dornelas (2012, p. 110), não existe um tamanho ideal ou quantidade exta
de páginas de um plano de negócios, o que recomenda é escrever o plano de negócios de
acordo com as necessidades do público-alvo.
Neste sentido, de acordo com Jian apud Dornelas (2012, p.111) existem basicamente
três tipos de plano de negócios:
Segundo Dornelas (2012, p.116), para que o “Plano de Negócios possa se torna um
instrumento eficaz de gerenciamento é importante que as informações nele existentes possam
ser divulgadas à empresa internamente de forma satisfatória”.
Serviços são como toda atividade mercantil, que atenda a uma série de necessidades
específicas de determinado grupo de clientes. São ações, processos e atuações, que podem ser
produzidos por qualquer empresa, e não só pelas empresas de serviços, caracterizando-se pela
combinação de aspectos tangíveis e intangíveis de um produto, buscando garantir a satisfação
dos consumidores.
Segundo Lovelock (2001, p.11), a tecnologia faz mais do que possibilitar a criação de
serviços novos ou melhores. Ela também pode facilitar a reengenharia de atividades como
prestação de informações, tomada de pedidos e pagamentos; aumentar a capacidade de uma
empresa de manter padrões de serviço mais consistentes; permitir a criação de departamentos
centralizados de atendimento ao consumidor; possibilitar a substituição de pessoas por
máquinas para tarefas repetitivas; e propiciar maior envolvimento dos clientes nas operações
por meio da tecnologia do auto-atendimento.
Para Welsch apud Lunkes (2003, p. 38), “define o orçamento como um plano
administrativo que abrange todas as fases as operações para um período futuro definido”.
21
Para Brookson apud Lunkes (2003, p.41), os seis objetivos principais do orçamento
conforme quadro 02:
Segundo mesmo autor, é ordenado de forma diferente os objetivos quando afirma que
os orçamentos são essenciais para o planejamento e o controle da empresa. Ajuda a coordenar
22
vendidas no ponto de equilíbrio é o suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e
variáveis, sem gerar lucro.
E a Margem de Segurança, conforme Wernke (2008, p.62), “é o volume de vendas que
supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa o quanto as vendas
podem cair sem que haja prejuízo para empresa”.
Para Bruni e Famá (2004, p. 262), “a margem de segurança consiste na quantia ou
índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as
vendas podem cair sem que a empresa incorra prejuízos”.
A Margem de segurança pode ser expressa quantitativamente, em unidades físicas ou
monetárias, ou sob a forma percentual. Para obtenção da margem de segurança pode ser
utilizadas as seguintes fórmulas:
Margem de segurança em valor (R$) = vendas efetivas (R$) – Vendas no ponto de
equilíbrio (R$)
Margem de segurança em unidades = vendas efetivas – Vendas no ponto de
equilíbrio
Margem de segurança em percentual (%) = margem de segurança (R$) / Vendas
Totais (R$)
A Margem de Segurança Operacional corresponde à quantidade de produtos ou valor
de receita em que se opera acima do Ponto de Equilíbrio.
Pode ser representada pela seguinte fórmula:
MSO = Volume de Unidades Vendidas (-) Quantidade no Ponto de Equilíbrio
Quanto maior for a MSO, maior a capacidade de geração de lucro e também, maior a
segurança de que a empresa não incorrerá em prejuízos.
Segundo Santos (2001, p.150), “Tempo de Retorno estima-se quando tempo ocorrerá a
recuperação do capital investido em função do luxo de caixa gerado”. São usados para avaliar
quanto tempo o valor investido inicialmente será recuperado pela empresa. É usado na tomada
de decisões da empresa. Quanto menor for o período de playback, menor o tempo que a
empresa precisa esperar para obter lucro.
O Valor presente Líquido (VPL) de um investimento é igual ao valor presente do fluxo
de caixa líquido, sendo, portanto, um valor monetário que representa a diferença entre as
entradas e saídas de caixas trazidas a valor presente (SANTOS, 2001, p.151).
A fórmula:
𝑛
Onde,
i é a taxa de desconto;
j é o período genérico (j = 0 a j = n), percorrendo todo o fluxo de caixa;
FCj é um fluxo genérico para t = (0 ... n) que pode ser positivo ( receita) ou negativo (custos);
VPL (i) é o valor presente líquido descontado a uma dada taxa i; e n é o número de períodos.
Segundo Souza (2003, p.74), “o VPL corresponde à diferença entre o valor presente
das entradas líquidas de caixa associadas o projeto e o investimento inicial necessário. Traz o
fluxo de entradas e saídas de caixa para o momento 0 (zero)”. Se o valor presente dos futuros
fluxos de caixa projetados for maior que o investimento inicial feito pela mesma, o VPL será
26
positivo, viabilizando o projeto, caso contrário, ela não deve aceitar o projeto, pois não irá
obter lucro.
E a Taxa Interna de Retorno (TIR) é o percentual de retorno obtido sobre o saldo do
capital investido e ainda não recuperado. Matematicamente, a taxa interna de retorno é a taxa
de juros que iguala o valor presente das entradas de caixa ao valor presente das saídas de
caixa (SANTOS, 2001, p. 151).
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa que iguala as entradas de caixa ao valor a ser
investido em um projeto, ou seja, que iguala o VPL à zero. Conforme Souza (2003, p.75),
representa a taxa que torna o valor presente das entradas de caixa associadas ao projeto inicia.
A fórmula matemática:
Onde,
I é a taxa de retorno, ou TIR
FCj é um fluxo de caixa qualquer, genérico, para j = ( 0; n )
Unidade é dada em % ao ano, ou % ao mês.
Quando a Taxa Interna de Retorno de um projeto de investimento for maior que sua
Taxa Mínima de Atratividade (TMA), este investimento pode ser considerado lucrativo.
Contudo se ocorrer o inverso, ou seja, se a TIR for menor que a TMA, este investimento não é
lucrativo, pois não compensará o custo de oportunidade da empresa. É uma possibilidade para
o empresário ter noção da taxa necessária para se chegar a um paralelo entre o investimento, e
o retorno futuro.
O Fluxo de Caixa é a demostração das entradas e das saídas de caixa de uma entidade
em um determinado período estabelecido.
Segundo Assaf e Silva (2002, p.39), “o Fluxo de caixa é como instrumento que
possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiro de uma empresa. Geralmente,
é dispensável ainda em todo o processo de tomada de decisão”.
Para Zdanowicz (1995, p. 35), o fluxo de caixa:
27
Assaf e Silva (2002) apontam como principais finalidades do fluxo de caixa informar a
capacidade da entidade para liquidar seus compromissos perante terceiros, bem como permitir
o planejamento de contratações de financiamentos, maximização dos rendimentos das
aplicações das sobras de caixa, além de permitir a avaliação do impacto financeiro tanto das
variações nos custos quanto das vendas.
28
O Fluxo de caixa é uma visão geral sobre todas as funções da empresa, como:
pagamento, recebimentos, compra de matéria-prima, compra de materiais secundários,
salários e outros, pois permite a ela acompanhar as entradas e os desembolso fornecendo
subsídios para o seu planejamento financeiro, e também prevê o que se poderá gastar no
futuro dependendo do que se consome hoje.
29
3 METODOLOGIA DO TRABALHO
Gerência Geral
A gerência geral é a instância máxima de decisão e será composta pelos dois sócios
gerentes, o que são os gestores responsáveis pelas funções administrativas (planejamento,
execução e controle) e operacionais. Os quatros departamentos responsáveis pela
operacionalização da prestação de serviços estará subordinado ao gestor operacional que
assim como o gestor administrativo terá que prestar contas ao final de cada mês à gerência
geral da empresa.
Em relação à estrutura funcional da empresa, composta pelos dois sócios proprietários,
um colaborador no setor fiscal, um colaborador no setor pessoal, dois no setor contábil e um
colaborador no setor atendimento.
O escritório de contabilidade funcionará normalmente das segundas às sextas-feiras,
das 8 horas às 18 horas. Ele deve ter organização e administração adequadas à atividade.
As principais ferramentas de trabalho dos contadores são o Código de Ética do Contabilista,
os Comitês de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as Normas Brasileiras de Contabilidade e a
legislação tributária e fiscal vigente.
4.2.2.1 Missão
4.2.2.2 Visão
4.2.2.3 Valores
4.3.1.1 Clientela
Devido à baixa qualidade dos produtos ou serviços que estão sendo oferecidos, é
importante ter qualidade, pois os clientes estão se tornando exigentes a cada dia e este é um
ponto em que se pode sobressair sobre as demais empresas. Oferecer também um bom serviço
é uma boa estratégia para vencer a concorrência.
O empreendimento prestará serviço nas seguintes áreas:
1) Área Contábil:
- Classificação de documentos de acordo com a natureza das origens de capital e suas
respectivas aplicações sejam despesas, custos, investimentos etc.
- Balancetes mensais para análise das evoluções das contas.
- Apuração de impostos e preparação de informações para recuperações tributárias.
- Planejamento tributário.
- Encerramento de balanço anual.
- Apresentação de declarações do âmbito federal, como DCTF, DACON, DIPJetc.
2) Área Fiscal:
- Lançamento de notas fiscais de entrada e saída de mercadorias.
- Fechamento dos livros auxiliares de escrituração.
- Apresentação de informativos fiscais.
- Apuração de impostos (Federais, Municipais e Estaduais)
- Apuração e verificação de impostos sobre compra de ativos e materiais de consumo,
traçando um comparativo entre valores cobrados com os efetivamente devidos.
- Verificação do desempenho da sua empresa.
3) Departamento pessoal:
- Elaboração de folha de pagamento mensal.
- Registro de admissão, anotações de salários, recolhimentos de contribuições sindicais e
referentes a demissões.
- Controle de férias e demais direitos trabalhistas.
- Apresentação de CAGED, RAIS e relação de contribuição sindical.
- Consultoria para melhor aplicação das regras trabalhistas, como advertências, suspensões e
demissões por justa causa, com o devido processo administrativo.
- Trabalho voltado pra resolver problemas burocráticos da empresa, como INSS, SET, SRF,
PGFN, PMN e outros.
- Preenchimento de cadastros financeiros de bancos, financeiras e outras entidades que
venham a negociar com sua empresa.
- Atualização de cadastros junto aos órgãos fiscalizadores da atividade mercantil.
5) Consultoria e assessoria:
Este serviço é um grande diferencial do escritório de contabilidade. O objetivo é traçar
junto com nosso cliente, metas e formatos para uma melhor postura frente à legislação
previdenciária e tributária, criando um planejamento capaz de reduzir, diferir ou mesmo
isentar o pagamento dos tributos, guias e outros. E claro, sempre seguindo a legislação, que
muda cada vez mais rápido.
4.3.3.2 Preços
A relação entre escritório e clientes tem de ser regida por contrato para estabelecer de
forma clara os deveres e obrigações das partes envolvidas. Existe atualmente grande
concorrência no mercado, incentivada pelo processo de terceirização desses serviços. Uma
40
A despesa com pessoal é composta pelo montante de dispêndios que a empresa tem
com seus funcionários, incluindo os valores que devem ser pagos diretamente aos
colaboradores, bem como os encargos sociais e as provisões. Inicialmente serão contratados
apenas cinco colaboradores, estimando-se uma despesa mensal com pessoal no valor de R$
7.414,22, conforme quadro 07.
Agregam esta despesa os encargos sociais, ou seja, salário bruto, sobre o qual são
apropriados de 8,33% a título de 13º salário, bem como 8,33% e 2,78% referente férias e 1/3
de férias, respectivamente. No que se refere aos encargos trabalhistas, estima-se uma despesa
de 8% de FTGS, além de 7% de previsões referente às faltas remuneradas e licenças que os
trabalhadores têm direito, como por motivo de falecimento de familiar, casamento e
nascimento de filho, além da multa rescisória do FGTS. Cabe salientar que quanto ao INSS,
por se tratar de empresa optante pelo Simples Nacional, o pagamento do referido encargo é
embutido na alíquota do Simples.
A remuneração dos sócios Contadores estima-se um pró-labore de R$ 2.500,00 para
cada um. Com relação ao INSS e Imposto de Renda Retido na Fonte, a cargo das funcionárias
e dos sócios, referente ao salário e pró-labore, respectivamente, a empresa somente irá reter o
valor e repassá-lo ao órgão competente, não impactando em despesa para a empresa.
A depreciação é caracterizada como uma despesa fixa, representando a perda de valor
do bem em função do uso ou obsolescência, não sofrendo alteração em função do volume de
vendas. O valor da depreciação tem por base o custo de aquisição subtraído o valor residual,
que poderá ser recuperado ao fim de sua vida útil. O quadro 08 apresenta de forma
individualizada o cálculo da depreciação das máquinas, equipamentos, móveis e utensílios do
escritório de contabilidade, de acordo com a estimativa de vida útil dos referidos bens e do
valor a ser depreciado.
Móveis e Utensílios
Mesa Formato L 1.845,00 184,50 1.660,50 10% 166,05 13,84
Escrivaninha 598,00 59,80 538,20 10% 53,82 4,49
Cadeiras giratórias 678,30 67,83 610,47 10% 61,05 5,09
Jogo de estofados 699,00 69,90 629,10 10% 62,91 5,24
Arquivo de aço 998,00 99,80 898,20 10% 89,82 7,49
Armário 1.197,00 119,70 1.077,30 10% 107,73 8,98
Mesa Pequena 240,00 24,00 216,00 10% 21,60 1,80
Estantes 324,00 32,40 291,60 10% 29,16 2,43
Cadeiras 267,00 26,70 240,30 10% 24,03 2,00
Conj. de Pia,
Fogão e Frigobar 1.299,00 129,90 1.169,10 10% 116,91 9,74
Total 8.145,30 814,53 7.330,77 733,08 61,09
Total de Depreciação 29.993,70 378,32
Quadro 8: Estimativa do Custo de Depreciação
Fonte: Dados conforme pesquisa
O item mais representativo é composto pela despesa com pessoal, seguido pela
retirada de pró-labore e pelo aluguel do prédio, que respectivamente, representam 46,57%,
31,39% e 7,53% do total das despesas fixas, de modo que as demais despesas somadas
totalizam 14,51%. Para facilitar a visualização da composição do custo fixo do escritório,
apresenta-se na sequência a figura 03, apresenta os percentuais das despesas projetadas para o
desempenho da empresa.
0,56% 2,20%
2,38%
1,88%
0,92%
Água
0,44%
7,53%
Luz
2,20%
Telefone/Internet
2,51%
Aluguel
0,94%
Mensalidade Sistemas
Despesas Financeiras
Mensalidades Legislação
46,57%
Material de Expediente
Material de Higiene e limpeza
0,48%
Como o escritório atua com prestação de serviços da área contábil, fiscal, de pessoal e
principalmente a consultoria, terá condições de atender diversos ramos de negócios, dentre
eles comércio, indústrias e empresas prestadoras de serviços.
46
Mecânica JMF Ltda. 700,00 84,60 42,00 573,40 522,30 51,10 3,28
Auto Mecânica Badke
& Cia Ltda. 860,00 103,93 51,60 704,47 641,68 62,78 4,03
Livraria Mega
Papelaria Ltda. 700,00 84,60 42,00 573,40 522,30 51,10 3,28
PA Comércio de
Livros Ltda. 900,00 108,77 54,00 737,23 671,53 65,70 4,22
Ótica Schuler & Cia
Ltda. 700,00 84,60 42,00 573,40 522,30 51,10 3,28
Transportadora Três
Maiense Ltda. 850,00 102,73 51,00 696,27 634,22 62,05 3,98
Fábrica de Bloco
Sustentável Maia Ltda. 900,00 108,77 54,00 737,23 671,53 65,70 4,22
Madeireira Três
Passos Ltda. 925,00 111,79 55,50 757,71 690,18 67,53 4,33
Agroindústria Rio
Grandense Ltda. 4.743,00 573,21 284,58 3.885,21 3.538,96 346,25 22,22
Supermercado Bom
Gosto Ltda. 1.211,00 146,35 72,66 991,99 903,58 88,41 5,67
Padaria Delicia & Cia 500,00 60,43 30,00 409,57 373,07 36,50 2,34
Arena Bazar Ltda. 660,00 79,76 39,60 540,64 492,45 48,18 3,09
ABC, Publicidade &
Marketing Ltda. 500,00 60,43 30,00 409,57 373,07 36,50 2,34
Igreja Evangélica em
São Pedro 250,00 30,21 15,00 204,79 186,54 18,25 1,17
Igreja Batista Pioneira
em Curitiba 600,00 72,51 36,00 491,49 447,69 43,80 2,81
Associação de
Mulheres de Nazaré 200,00 24,17 12,00 163,83 149,23 14,60 0,94
Clube de Corredores
de Rio Grande 200,00 24,17 12,00 163,83 149,23 14,60 0,94
48
Associação de
Beneficente de Ijuí 200,00 24,17 12,00 163,83 149,23 14,60 0,94
Igreja Católica Santo
Antônio 350,00 42,30 21,00 286,70 261,15 25,55 1,64
Sociedade Ginastica
de Cruz Alta 350,00 42,30 21,00 286,70 261,15 25,55 1,64
Total 21.348,00 2.580,00 1.280,88 17.487,12 15.928,68 1.558,44 100,00
Quadro 11: Estimativa de Margem de Contribuição e de Ponto de Equilíbrio
Fonte: Dados conforme pesquisa
Demonstração do
Resultado do Exercício Mês 01 Mês 02 Mês 03
Discriminação Valor R$ % Valor R$ % Valor R$ %
1. Receita Total 21.348,00 100,00 21.348,00 100,00 21.348,00 100,00
Prestação de Serviços 21.348,00 100,00 21.348,00 100,00 21.348,00 100,00
2. Custos Variáveis 3.860,88 18,09 1.280,88 6,00 1.280,88 6,00
Simples Nacional (6%) 1.280,88 6,00 1.280,88 6,00 1.280,88 6,00
Despesas de Instalação 2.580,00 12,09 0,00 0,00 0,00 0,00
3. Margem de
Contribuição 17.487,12 81,91 20.067,12 94,00 20.067,12 94,00
4. Custos Fixos Totais 15.928,68 100,00 15.928,68 100,00 15.928,68 100,00
Água 89,00 0,56 89,00 0,56 89,00 0,56
Luz 350,00 2,20 350,00 2,20 350,00 2,20
Telefone/Internet 300,00 1,88 300,00 1,88 300,00 1,88
Aluguel 1.200,00 7,53 1.200,00 7,53 1.200,00 7,53
Mensalidade Sistemas 147,00 0,92 147,00 0,92 147,00 0,92
Despesas Financeiras 70,00 0,44 70,00 0,44 70,00 0,44
Mensalidades Legislação 350,00 2,20 350,00 2,20 350,00 2,20
Material de Expediente 400,00 2,51 400,00 2,51 400,00 2,51
Material de Higiene e
Limpeza 150,00 0,94 150,00 0,94 150,00 0,94
Pró – Labore 5.000,00 31,39 5.000,00 31,39 5.000,00 31,39
IPTU 77,14 0,48 77,14 0,48 77,14 0,48
Salários 7.417,22 46,57 7.417,22 46,57 7.417,22 46,57
Depreciação 378,32 2,38 378,32 2,38 378,32 2,38
5. Resultado Operacional
(Lucro/Prejuízo) 1.558,44 7,30 4.138,44 19,39 4.138,44 19,39
Quadro 12: Demonstração do Resultado de Exercício
Fonte: Dados conforme pesquisa
como ideal, pois apesar de as projeções terem sido feitas com base em dados coletados a fim
de que fossem as mais reais possíveis, podem ocorrer variações.
Despesas
Financeiras 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00 70,00
Mensalidades
Legislação 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00
Material de
Expediente 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00
Material de
Higiene e limpeza 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00
Pró – Labore 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00
IPTU 77,14 77,14 77,14 77,14 77,14 7,14
Salários 7.417,22 7.417,22 7.417,22 7.417,22 7.417,22 7.417,22
Depreciação (378,32) (378,32) (378,32) (378,32) (378,32) (378,32)
SALDO
LÍQUIDO MÊS 1.352,99 2.859,68 4.366,36 5.873,05 7.379,74 8.886,43
Quadro 15: Fluxo de Caixa Pessimista
Fonte: Dados conforme pesquisa
Lucratividade
Lucro Líquido x 100 = 1.558,44 x 100 = 7,77%
(%) Mês 01 =
Receita Operacional Líquida 20.067,12
Lucratividade
Lucro Líquido x 100 = 4.138,44 x 100 = 20,62%
(%) Mês 02 =
Receita Operacional Líquida 20.067,12
Quadro 18: Lucratividade
Fonte: Dados conforme pesquisa
O método Valor Presente líquido (VPL) cabe salientar que sempre que for positivo, ou
seja, superior ao valor do investimento, significa que o empreendimento terá um retorno
acima do custo de oportunidade da empresa. O quadro 21, que demonstra o cálculo de análise
de investimento pelo método do valor presente líquido, considerando-se uma taxa mínima de
atratividade – TMA de 20%:
METODO DO VPL
Meses Fluxo de caixa Saldo VP VPL
0 -35.000,00 -35.000,00 -35.000,00 -35.000,00
1 4.363,06 -30.636,94 3.635,88 -31.364,12
2 8.879,81 -21.757,13 6.166,53 -25.197,58
3 13.396,57 -8.360,56 7.752,64 -17.444,94
4 17.913,32 9.552,76 8.638,75 -8.806,18
5 22.430,08 31.982,84 9.014,15 207,96
6 26.946,84 58.929,68 9.024,44 9.232,40
7 31.463,59 90.393,27 8.780,91 18.013,32
58
A Taxa Interna de Retorno (TIR) está intimamente relacionada com o Valor Presente
Líquido, representando a taxa efetiva de juros que iguala o VPL de um determinado projeto à
zero.
No quadro 22, pode-se observar a terceira coluna corresponde ao valor dos fluxos de
caixa gerados pelo empreendimento, a quarta coluna corresponde o saldo de fluxo de caixa,
59
na quinta coluna é valor presente calculado sobre a taxa efetiva de 40,81% ao mês, ou seja, a
TIR deste empreendimento e a na sexta coluna apresenta-se o valor dos fluxos de caixa
trazidos a valor presente, ou seja, considerando o custo do dinheiro no tempo, gerando um
VPL nulo, igual a zero.
4.5.3 Payback
Pode-se observar que a partir do mês 9, a empresa terá recuperado todo seu
investimento, com um valor positivo de caixa de R$ 3.070,80.
60
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS