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GESTÃO ORGANIZACIONAL
Conselho Regional do SENAI - CE
Presidente
Jorge Alberto Vieira Studart Gomes
Suplentes
Márcia Oliveira Pinheiro
Marcos Augusto Nogueira de Albuquerque
André de Freitas Siqueira
Ricardo Pereira Sales
Suplente
Samuel Brasileiro Filho
Suplente
Eduardo Camarço Filho
Suplente
Francisco Wellington da Silva
Suplente
Francisco Teônio da Silva
Gestão Organizacional
Fortaleza – Ceará
2016
© 2013. SENAI – Departamento Regional do Ceará
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
SENAI/CE
Departamento Regional do Ceará
Este projeto foi elaborado por colaboradores das Unidades de Negócios cujos nomes estão
relacionados na folha de créditos.
Ficha Catalográfica
CDD 658
∙∙ Ética e Moral
∙∙ Cidadania
∙∙ Relacionamento Interpessoal
∙∙ Atendimento ao cliente
∙∙ Pesquisa de satisfação
∙∙ A empresa
∙∙ Organização de espaços
∙∙ Ferramentas da qualidade
∙∙ Preservação Ambiental
1 ÉTICA E MORAL.................................................................................................................... 9
2 CIDADANIA......................................................................................................................... 14
3 ÉTICA PROFISSIONAL.......................................................................................................... 18
4 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL...................................................................................... 19
5 ATENDIMENTO AO CLIENTE................................................................................................. 24
6 PESQUISA DE SATISFAÇÃO.................................................................................................. 35
7 TRABALHO......................................................................................................................... 39
9 A EMPRESA....................................................................................................................... 49
10 ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇOS.............................................................................................. 59
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 135
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APRESENTAÇÃO
A atividade de gerir empresas envolve um sem número de providências e ações a serem im-
plementadas pelos líderes. E sabemos que para alcançarmos o desenvolvimento de hoje, a civiliza-
ção passou por imensas mudanças em todos os níveis, principalmente no empresarial, em que as
instituições, em todas as suas formas, contribuíram para a formação e a adequação da realidade.
Questões como desenvolvimento econômico, tecnologia e inovação passaram a reagir e interagir no
processo de formação do conhecimento.
Estamos na era do conhecimento. Isto nos dá a consciência de que não basta apenas sermos
eficientes e eficazes no desempenho dessa importante missão integradora.
∙∙ Perceber a sua atuação como futuro(a) administrador(a), por meio da necessidade de apli-
cação dos princípios e componentes administrativos durante as etapas da atividade de
assistir as empresas;
Bons Estudos!
1 ÉTICA E MORAL
Para facilitar nosso estudo, veremos os conceitos separadamente.
Ética vem do vocábulo grego ethos, que significa costume. Originalmente, significou toca ou
esconderijo de um animal e também a moradia humana. Depois passou a designar o modo como
o homem vivia em seus “esconderijos”, os hábitos e costumes dentro do lar e da família. No grego
posterior, ganha o significado de “comportamento - padrão pessoal” ou até mesmo de “caráter
pessoal” e, assim, em Aristóteles, forneceu a base para o termo ética.
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Ética é a ciência da conduta humana, segundo o bem e o mal, com vista à felicidade. Estuda
a vida do ser humano sob o ponto de vista da qualidade da sua conduta. Disto precisamente trata
a Ética: da boa e da má conduta e da correlação entre boa conduta e felicidade, na interioridade do
ser humano. A Ética não é uma ciência teórica ou especulativa, mas uma prática, no sentido de que
se preocupa com a ação, com o ato humano.
A figura 1 leva-nos a refletir: quem nunca esteve em uma situação em que, na procura de uma
solução, ficou entre dois caminhos diferentes entre si, seja no valor seja na consequência que a
opção da escolha de um dos caminhos possa levar?
Por isso, é importante termos clareza quanto aos valores que constituem ou condicionam o
comportamento ético. Falar de valores construtivos como sendo éticos e destrutivos ou como sen-
do antiéticos consiste em tomar partido pela vida contra a morte.
Podemos inferir ainda que há uma diferença muito grande entre aceitar a morte e a destrutivi-
dade como fazendo parte da vida e provocar esta destruição e morte diretamente por assassinato,
ou por guerra de um lado, ou, por outro lado, indiretamente, pelo uso de tecnologias destrutivas, a
curto, médio ou longo prazo.
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A ética não é algo superposto à conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem
uma carga moral. Ideias sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o permitido e o proibido definem
a nossa realidade.
∙∙ · Existe alguma ocasião em que seria correto atravessar um sinal de trânsito vermelho?
∙∙ · Os soldados que matam numa guerra podem ser moralmente condenados por seus cri-
mes ou estão apenas cumprindo ordens?
Essas perguntas nos colocam diante de problemas práticos, que aparecem nas relações
reais, efetivas entre indivíduos. São problemas cujas soluções, via de regra, não envolvem apenas
a pessoa que os propõe, mas também a outra ou outras pessoas que poderão sofrer as consequ-
ências das decisões e ações, consequências que poderão muitas vezes afetar uma comunidade
inteira.
No âmbito familiar, essas mudanças têm impactado nos valores básicos norteadores da boa
convivência em sociedade, como respeito ao próximo e ànatureza, valorização/defesa da verdade
e da vida humana, etc. É bom lembrar ainda que a família é a base da sociedade, nela o individuo
aprende regras básicas de convívio.
Para exemplificar o impacto que a família provoca em uma pessoa, vamos imaginar a seguinte
situação: Os pais chamam a atenção do filho quando ele conta alguma mentira –“Mentir é feio e
errado!”, porém, em outro momento, a criança presencia os pais mentindo: “chega alguém na porta
perguntando sobre o pai e a mãe respondeu que ele não está. Detalhe: ele está”.
Vamos pensar...
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É bom lembrar, ainda, que vamos encontrar situações no mundo do trabalho em que são colo-
cados em prova nossos valores e ações orientadas no que acreditamos ser ético e moral. Quantas
vezes não nos deparamos com o desejo de agir indo contra nossos conceitos de moralidade, contra
injustiças provocadas por colegas que trabalham de forma individual, que acreditam “os fins justi-
ficam os meios”.
Vale tudo, até agir de forma desonesta? Para 28% dos americanos sim. É o que revela um
estudo da consultoria Adecco, com 1.200 pessoas, conduzido pelo instituto de pesquisas Harris
Interactive, recém-divulgado. O mais surpreendente é que entre os jovens, de 18 a 34 anos, esse
número chega a 40%. Atitudes como mentir (leia quadro abaixo) são consideradas meios de garantir
espaço. A princípio, pode até dar certo, diz a psicanalista Léa Michaan (ISTOÉ, São Paulo, n. 2054,
25 mar. 2009), “porém enganam-se poucos por pouco tempo”. Segundo ela, mesmo aqueles que
sempre demonstraram um comportamento íntegro podem se desesperar diante do risco de perder o
trabalho. “A personalidade humana é dinâmica, muda de acordo com experiências. E crises podem
despertar o lado primitivo da sobrevivência”, diz.
Fonte: FRUTUOSO, Suzane. Vale tudo para salvar o emprego?Isto é,São Paulo, n. 2054, 25 mar. 2009.
Disponível em:<http://www.istoe.com.br/reportagens/10133_VALE+TUDO+PARA+SALVAR+O+EM PRE-
GO+>. Acesso em: 16 mar. 2011.
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b) Os valores são as razões que justificam ou motivam as nossas ações, tornando-as prefe-
ríveis a outras.
2 CIDADANIA
2.1 Leis e direitos humanos
No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa
cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita na cidade.
A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de uma pessoa
e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Na Idade Média (2ª era – Séc. V até XV d.C.),
surgiram na Europa, os feudos (ou fortalezas particulares). A ideia de cidadania se acaba, pois os
proprietários dos feudos passaram a mandar em tudo e os servos que habitavam os feudos não
podiam participar de nada.
Após a Idade Média, terminaram as invasões bárbaras, acabando também os feudos, entran-
do, assim, em uma grande crise. Os feudos se decompõem, formando cidades e depois países (Os
Estados Nacionais).
Entra a 3ª era (Idade Moderna - séc. XV ao XVIII D.C). Os países formados após o desapareci-
mento dos feudos foram em consequência da união de dois grupos: o rei e a burguesia.
O rei mandava em tudo e tinha um grande poder graças aos impostos que recebia. Com todo
esse dinheiro nas mãos, o rei construía exércitos cada vez mais fortes, além de dar apoio político
à burguesia.
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Em consequência dessa união, a burguesia ficava cada vez mais rica e era ela e dava apoio
econômico aos reis (por meio dos impostos).
Com o tempo, o rei começou a atrapalhar a burguesia, pois ele usava o poder para dominá-
-la. Porém, a burguesia ficava cada vez mais rica e independente, vendo o rei como um perigo e um
obstáculo ao seu progresso. Para acabar com o absolutismo (poder total do Rei), foram realizadas
cinco grandes revoluções burguesas:
∙∙ Revolução Industrial;
∙∙ Revolução Inglesa.
Todas essas cinco revoluções tinham o mesmo objetivo: tirar o Rei do poder.Com o fim do
absolutismo, entra a Idade Contemporânea (séc. XVIII até os dias de hoje), surgindo um novo tipo
de Estado, o Estado de Direito, que é uma grande característica do modelo atual. A principal ca-
racterística do Estado de Direito é: “Todos têm direitos iguais perante a constituição”, percebendo
assim uma grande mudança no conceito de cidadania.
Por um lado, trata-se do mais avançado processo que a humanidade já conheceu, por outro
lado, porém, surge o processo de exploração e dominação do capital.
A burguesia precisava do povo e o convencia de que todos estavam contra o Rei e lutando
pela igualdade, surgindo, assim, as primeiras constituições (Estado feito a serviço da burguesia).
Ainda predomina uma visão reducionista da cidadania (votar, e de forma obrigatória, pagar os
impostos... ou seja, fazer coisas que nos são impostas) e encontramos muitas barreiras culturais
e históricas para a vivência da cidadania.
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Somos filhos e filhas de uma nação nascida sob o signo da cruz e da espada, acostumados
a apanhar calados, a dizer sempre “sim senhor”, a “engolir sapos”, a achar “normal” as injustiças,
a termos um “jeitinho” para tudo, a não levar a sério a coisa pública, a pensar que direitos são pri-
vilégios e exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas estão como
estão é por vontade Dele.
Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas conquistados. Muitas vezes compre-
endemos os direitos como uma concessão, um favor de quem está em cima para os que estão
em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é construída e conquistada a partir da nossa
capacidade de organização, participação e intervenção social.
A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a simples conquis-
ta legal de alguns direitos significa a realização destes direitos.
A cidadania é tarefa que não termina. Não é como um dever de casa, em que faço a minha
parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacabados que somos, sempre estaremos
buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos direitos.
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4 - Lutar contra toda sorte de violência e manifestação de preconceito contra os direitos cultu-
rais e de identidade étnica do povo. Sobretudo da parte de elites colonizadas que pregam e incen-
tivam, sobre qualquer forma que seja, o sentimento de inferioridade e a baixa autoestima do povo.
5 - Buscar soluções coletivas para combater toda forma de violência, apoiando aqueles que
procuram meios eficientes de assegurar a segurança pública sem desrespeitar os direitos humanos
fundamentais, como a garantia à vida, à liberdade individual e de expressão, à igualdade, à dignida-
de, à segurança e à propriedade.
6 - Combater toda forma de discriminação de origem, raça, sexo, cor, idade, especialmente
os preconceitos contra mulheres, negros, homossexuais, deficientes físicos e pobres, apoiando
entidades não governamentais que lutam pelos direitos de cidadania dos discriminados.
8 - Lutar pela concretização de uma ordem econômica democrática e justa, exigindo a aplica-
ção dos princípios universais da liberdade de iniciativa, do respeito aos contratos, da propriedade,
da livre concorrência contra monopólios e cartéis, da defesa do consumidor por meio do cumprimen-
to do Código de Defesa do Consumidor, e da proteção ao meio ambiente, acionando o Ministério
Público toda vez que tais princípios forem violados.
9 - Pautar a liberdade pela justiça, cumprindo e fazendo cumprir os códigos civis coletivos e
servindo de exemplo de conduta pacífica, cobrando a cooperação de todos.
1 - Não basta ao cidadão atuante se recusar a subornar um agente da lei. Tem de denunciar
na corregedoria policial para que este mal não se prolifere.
2 - Não basta exigir notas fiscais. Tem de colaborar com o combate à pirataria e ao contraban-
do denunciando lotes de mercadorias suspeitas à polícia federal.
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3 - Não basta não consumir drogas. Tem de denunciar os pontos e os agentes do tráfico que
aliciam menores para o consumo.
4 - Não basta não negociar ou fazer vista grossa a enriquecidos ilícitos e repentinos. Tem de
denunciar aos órgãos de combate aos crimes financeiros do Ministério da Justiça.
5 - Não basta não dar esmolas. Tem de controlar a boa aplicação dos orçamentos públicos da
educação e da assistência social dos governos federal, estadual e municipal.
6 - Não basta não jogar lixo nas ruas. Tem de reclamar com quem joga e propor a implantação
de coletas seletivas e de reciclagem em seu condomínio.
8 - Não basta conduzir seu veículo dentro das regras do trânsito. Tem de colaborar com os
agentes de trânsito e reclamar com os que assim não o fazem.
9 - Não basta não corromper fiscais. Tem de denunciar ao Ministério Público e à mídia que é
a única maneira de se livrar em definitivo da chantagem deles.
10 – Não basta não votar e divulgar os nomes dos políticos que traíram a sua confiança, mas
ajudar todos aqueles que foram enganados a exercer maior controle sobre os mandatos e o desem-
penho de todos os políticos.
3 ÉTICA PROFISSIONAL
Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento que significa sua ade-
são e comprometimento com a categoria profissional em que formalmente ingressa. Isto caracteriza
o aspecto moral da chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras es-
tabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício. Aí temos os Conselhos das cate-
gorias que regulamentam as atividades profissionais, como CRM, CREA, CRC, CRA, e tantos outros.
O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não escolheu livremente, o fato de “pegar
o que apareceu” como emprego por precisar trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada na
área que não pretende seguir carreira não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que
temporariamente, a uma classe, e há deveres a cumprir.
Ter ética profissional é executar com responsabilidade o trabalho assumido. É como está
cumprindo suas responsabilidades, é o que ela deve fazer e como deve fazer, mesmo quando não
há outra pessoa olhando ou conferindo.
Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente?
Realizo corretamente minha atividade?
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É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas
nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa
pode exercer.
Ter postura proativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a você,
mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.
4 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
4.1 Marketing pessoal
Recriar-se a cada instante, colocando excelência em tudo o que realiza. A pessoa deve escul-
pir-se para ser (um produto de qualidade), ter (habilidades e conhecimentos) para depois mostrar-
-se, vender-se.
O fato de o mundo ter mudado muito nos últimos anos não quer dizer que as boas maneiras
e as regras de etiqueta caíram em desuso. Ao contrário, essas regras continuam mais vivas do que
nunca, e ainda hoje são capazes de construir uma imagem pessoal altamente positiva, principal-
mente no mundo dos negócios.
Elas são imprescindíveis para qualquer profissional que quer deslanchar no marketing pes-
soal. Há uma propriedade natural do cérebro humano que nos cobra uma explicação para todas as
coisas que percebemos. Como é praticamente impossível ter explicação para todas as coisas, cos-
tumamos nos socorrer de determinados “conceitos” que a sociedade admite como sendo verdade.
São as chamadas “convenções”.
Veja um exemplo: ninguém vai a uma missa ou a uma solenidade importante trajando roupa
de banho, não é mesmo? Se as pessoas agem assim é porque há uma convenção que estabelece
regras a respeito de roupas adequadas para determinadas situações. São essas convenções que
compõem a escala de valores das pessoas, grupos e sociedades.
É bom lembrar que cada um de nós se vê de acordo com a própria consciência, segundo a
nossa ótica e os nossos próprios interesses. Só que os outros nos veem por outras óticas, por
outros ângulos e, não raro, veem detalhes que nós sequer percebemos.
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Assim sendo, o grande segredo para um bom marketing pessoal é projetar a sua imagem por
meio de símbolos já convencionados e que são característicos de cada grupo social.
É por isso que cultivar boas maneiras, seguindo cuidadosamente o protocolo social, é o gran-
de segredo para ter um marketing sólido e eficiente. No quadro abaixo veremos esta associação:
O resultado de tudo o que fazemos depende da maneira como nos relacionamos com outras
pessoas, de como nos apresentamos e como elas nos interpretam. Isso também vale na hora de
procurar emprego ou fazer uma negociação. Afinal, não negociamos com máquinas, e sim com ou-
tras pessoas.
Assim, um simples aperto de mão ou até o modo de tomar um cafezinho, pode dizer muita
coisa a seu respeito. Tudo isso é parte integrante de um conjunto visual/comportamental que pas-
sa informações de como você é, de quem você é.
É preciso ter em mente, porém, que para causar uma boa impressão você deve evitar atitudes
artificiais que traem a si próprio e depõem contra sua integridade. Falsidade e arrogância são um
exemplo; outra bem diferente é observar certas regras de comportamento e que servem ao bem
comum.
Na verdade, a maioria de nós faz, mesmo sem querer, pré-julgamentos baseados em apa-
rência física, vestuário, origem social, local de moradia e origem cultural. Em parte, isso acontece
porque somos muito influenciados pela mídia, que é um grande disseminador de estereótipos em
novelas, comerciais e mesmo em matérias jornalísticas. Um possível motivo para isso é o fato de o
nosso cérebro possuir uma tendência natural a usar simplificações e atalhos no processo de julga-
mento e tomada de decisão. Estudiosos indicam que há algumas armadilhas que afetam todos nós:
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∙∙ Precipitação: tirar conclusões apressadas sobre uma situação sem ter colhido fatos e infor-
mações detalhadas. A precipitação nos impede de obter uma visão mais realista e de ado-
tar novas perspectivas para avaliação de um determinado assunto: “Eu acho que é assim”.
∙∙ Excesso de confiança: deixar de colher informações factuais importantes por estar dema-
siado seguro de hipóteses e opiniões prévias: “Eu trabalhei anos com isso”.
Vamos pensar...
2. Dedicar algum tempo para conhecer melhor outras culturas e classes sociais – viajar, ler
livros, ouvir músicas, conversar com pessoas diversas.
3. Ser sensível e respeitar os costumes de diferentes locais, mesmo que, a princípio, pare-
çam-lhe estranhos.
4. Para conhecer melhor um grupo social ou uma cultura, procure ouvir relatos daqueles que
fazem parte desta, tentando adotar uma perspectiva interna para compreender a lógica de cada cos-
tume particular. Relatos de pessoas de fora podem estar repletos de simplificações e preconceitos.
5. Evitar conversar sobre temas polêmicos como religião, por exemplo, em especial quando
estiver desinformado sobre o assunto.
Lembre-se de que o respeito é à base da boa convivência. A grande “arma” para combater
possíveis constrangimentos ou preconceitos.
Você já ouviu falar no termo bullying? É uma palavra em inglês que significa intimidação,
ameaça. Recentemente, bullying passou a ser usado para denominar um tipo de problema social
encontrado em escolas e empresas.
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É preciso estar atento ao bullying, pois o que, à primeira vista, parece uma grosseria sem
maiores consequências ou uma brincadeira de mau gosto, pode vir a se transformar numa situação
séria e de difícil controle. É certo que a pessoa que promove o bullying pode ferir e prejudicar muita
gente.
Infelizmente, muitos de nós ficam calados por achar que isto é uma coisa “normal”. Pois não
é! O bullying é um distúrbio social que precisa ser rejeitado e combatido.
∙∙ Mais de 50% dos trabalhadores já sofreram bullying em algum momento das suas carrei-
ras;
∙∙ Há uma série de doenças que podem ser intensificadas ou provocadas pelo bullying como:
estresse, hipertensão, doenças do coração, derrame cerebral, úlceras, problemas de pele,
depressão, ansiedade, estresse pós-traumático.
4.3 Empatia
O termo empatia foi utilizado pela primeira vez pelo psicólogo E.B. Titchener. Origina-se do
termo grego empátheia, que significa “entrar no sentimento”.
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Há muitos estudos que estabelecem relação entre empatia e bons resultados nos negócios:
aumento nas vendas e melhoria no desempenho de equipes em geral.
Algumas pessoas são naturalmente empáticas – fazem com que outros se sintam a vontade
para falar e expressar suas ideias e sentimentos. Mas mesmo aqueles que possuem dificuldades
em “conectar-se” com outros podem desenvolver suas habilidades para a empatia:
∙∙ Ouvir: Ouça verdadeiramente as pessoas com ouvidos, olhos e coração. Preste atenção à
linguagem corporal do seu interlocutor, às emoções que podem estar escondidas, ao tom
da voz e ao contexto.
∙∙ Não interromper: Permita que a pessoa conclua sua linha de raciocínio e evite mudar de
assunto bruscamente.
∙∙ Interessar-se: Mostre que as pessoas são importantes para você. Para isso, não bastam
apenas palavras cordiais. Seus atos são ainda mais importantes.
∙∙ Cuidar da postura corporal: Tome cuidado com sua linguagem corporal. Segundo especia-
listas, nossa postura corporal e nosso tom de voz são os principais responsáveis por uma
interação bem-sucedida com outras pessoas.
∙∙ Chamar as pessoas pelo nome: Todas as pessoas gostam de ser reconhecidas em sua
individualidade. Chamar alguém pelo nome é um gesto de respeito e facilitará o estabele-
cimento de uma conexão pessoal.
∙∙ Mostrar-se atento: Esteja completamente presente quando estiver conversando com al-
guém. Evite checar o e-mail, olhar o relógio ou atender o celular.
Mas para tornar-se um empreendedor de sucesso ou tornar-se parte de uma equipe de traba-
lho, você precisará transpor dificuldades de relacionamento.
É como fazer um time funcionar. Nos esportes, como na vida, encontramos pessoas diferen-
tes que se unem com um objetivo comum. Por mais que todos tenham vontade de chegar ao topo do
pódio, diferenças pessoais, individualismo excessivo, problemas de comunicação e conflitos podem
destruir as melhores chances de um time.
O fato é que a habilidade de construir bons relacionamentos interpessoais, seja você um líder
ou o membro de uma equipe, é cada vez mais valorizada em todos os tipos de organização. Não
basta que você desenvolva uma grande competência técnica, embora isto também seja fundamen-
tal. Você precisa se integrar: aprender a perceber e a respeitar as diferenças.
Bem, lidar com os outros é uma questão muito complexa. Não há como calcular uma fórmula
única que possa resolver todos os problemas. É um pouco como saber cozinhar. Quando se está
preparando uma refeição deliciosa, uma refeição especial há vários estágios no preparo. Pode-se
primeiro ter de ferver os legumes separadamente.Depois se tem de fritá-los, para então combiná-
-los, de um modo especial, adicionando temperos e assim por diante. E, finalmente, o resultado
seria esse prato delicioso. Aqui, da mesma forma, para ter talento para lidar com os outros, mui-
tos fatores são necessários.
Para o Dalai Lama, o relacionamento exige de nós cuidados especiais, como os cuidados
de um chef no preparo de uma refeição primorosa. A combinação de diferentes ingredientes e de
diferentes pessoas é uma arte. O “cozinheiro” de relacionamentos precisa desenvolver uma grande
sensibilidade em relação aos outros.
5 ATENDIMENTO AO CLIENTE
Suponhamos que você queira entrar numa loja, num serviço público ou num departamento
comercial, para pedir uma informação e as pessoas não notam a sua presença, não lhe dão trata-
mento diferenciado, não o tratam com cortesia e consideração, não procuram entrar no mundo de
suas necessidades, enfim, tratam você como se fosse uma peça enferrujada da engrenagem de
um dia rotineiro e difícil. Qual a impressão que você terá dessa empresa? Você gostará deles? Você
voltará? Você recomendará essa organização a seus amigos?
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O pior de tudo é que um cliente mal atendido não fala mal do vendedor, da recepcionista, do
funcionário que o atendeu. Ele NÃO diz: “Puxa, mas que empregado carrancudo, mal-educado e frio
eles foram arrumar, hem?”. Ele fala mal da empresa. Por um único fato: o funcionário que o aten-
deu não está na empresa. Ele é a empresa. O cliente dirá, então: “Nunca mais ponho os pés nesta
empresa. Eles não merecem o meu dinheiro, o meu respeito e interesse”.
Atenção!
Tenha cuidado: o mau atendimento faz o cliente não gostar da empresa; o mau atendimento
faz o cliente não voltar.
Os clientes de uma empresa são todos aqueles (pessoas, segmentos e organização) que
mantêm contato com a empresa ou a quem você direciona seus serviços e/ou produtos. Somente
o cliente pode determinar se a qualidade de um serviço é boa ou não é e dizer-nos o que ou com
quem.
∙∙ externo: também conhecidos como clientes finais, são os que mantêm financeiramente a
organização, adquirindo produtos ou serviços;
∙∙ interno: é o nosso diretor, gerente, chefe ou colega de trabalho. São as pessoas a quem
direcionamos os nossos serviços ou que recebe algum tipo de produto, necessário a rea-
lização do nosso trabalho.
O BRIGUENTO:
Características
É aquele cliente que gosta de brigar por qualquer motivo, está sempre
reclamando de tudo e de todos.
Recomendações
Com este cliente você deverá agir com paciência, mantendo-se calmo
e evitando discussões. Ouça suas críticas, deixe-o desabafar, pois ele está
descontente com a empresa e não com você.
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O IRÔNICO
Características
Recomendações
Para “quebrar” este tipo de relação, você deverá se manter calma, fir-
me e não perder o domínio.
Não entre na dele, isto é, evite ironizar, pois isto só aumentará ainda
mais a reação.
O DE RACIOCÍNIO LENTO
Características
Este é o tipo de pessoa hesitante, não é bem informado, quer sempre por-
menores, é meticuloso; torna moroso o seu trabalho porque tem dificuldade de
acompanhar seu raciocínio.
Recomendações
Não force, aceite seu ritmo; sempre que for explicar algo, use palavras
simples e noções elementares, repetindo quando necessário para facilitar sua
compreensão.
Seja persistente.
Características
Recomendações
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O FALSÁRIO
Características
Recomendações
O TÉCNICO
Características
Recomendações
O PRECAVIDO
Características
Recomendações
Com esse tipo de cliente, use a lógica. Não faça afirmações que não possa
comprovar. Aliás, quase todos os clientes são desconfiados antes de formar uma
opinião. E a opinião se forma por meio da dúvida esclarecida. Tenha o máximo de
cautela com tudo que se relaciona com este cliente, pois qualquer erro ou infor-
mação mal interpretada poderá afastá-lo da empresa. Conquiste sua confiança.
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O INSATISFEITO
Características
Recomendações
Ao lidar com esse tipo de cliente, seja cauteloso nas explicações e versátil
em seus pontos de vista.
O BEM HUMORADO
Características
Recomendações
Trate-o de uma maneira que não impeça suas reações naturais, tentando
sempre atendê-lo rapidamente e com diplomacia, sem que ele perceba que está
dificultando o andamento normal do trabalho. Seja sempre claro nas suas coloca-
ções. Desta forma, estará evitando que o cliente o questione sobre pontos obscuros e se estenda
ainda mais no assunto.
O EXIGENTE
Características
Recomendações
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O INDECISO
Características
Sempre tenta buscar a opinião dos outros, pois tem medo de tomar decisões,
mesmo aquelas mais simples.
Recomendações
Deve ser orientado de maneira clara, objetiva e com paciência. Apenas o orien-
te. Geralmente é de fácil atendimento.
Abraham Maslow sugeriu que muito do comportamento do ser humano pode ser explicado pe-
las suas necessidades e desejos. Quando uma necessidade em particular se torna ativa, ela pode
ser considerada um estímulo à ação e uma impulsionadora das atividades do indivíduo. Essa ne-
cessidade determina o que passa a ser importante para o indivíduo e molda o seu comportamento
como tal. Na teoria de Maslow, portanto, as necessidades se constituem em fontes de motivação.
O comportamento motivado pode ser encarado como uma ação que o indivíduo se obriga a
tomar para aliviar a tensão (agradável ou desagradável) gerada pela presença da necessidade ou
desejo. A ação é intencionalmente voltada para um objeto ou objetivo que aliviará a tensão interior.
Poderíamos dizer que o ato de comprar um produto ou serviço é motivado por uma tensão
interna no nosso cliente, gerada por uma necessidade. Após a compra do produto ou serviço, essa
tensão é aliviada.
É importante lembrar que, embora a necessidade seja o grande motor da decisão racional da
compra, o desejo, de cunho marcadamente emocional, desempenha um papel extraordinariamente
importante no processo de compra. É fácil perceber que podemos deixar de comprar algo que ne-
cessitamos se não o desejarmos no momento.
Também compramos coisas que não necessitamos quando assim o desejamos, veremos que
o comportamento humano é explicado por Maslow por meio de cinco níveis de necessidades. Estas
necessidades são dispostas em ordem hierárquica, desde as mais primárias e imaturas (tendo em
vista o tipo de comportamento que estimulam) até as mais civilizadas e maduras.
30 Gestão Organizacional
A teoria de Maslow sobre o comportamento motivado, por analogia, poderia ser utilizada para
entendermos um pouco melhor os clientes das organizações, como veremos a seguir.
1 – Bocejar – Se o serviço ou produto tiver alguma falha, ele terá motivos de sobra para jus-
tificar sua insatisfação.
3 – Debruçar-se sobre algum móvel ou, o que seria ainda pior, encostar-se numa parede como
se fosse um quadro decorativo.
4 – Ler revistas ou jornais na empresa – Para o cliente, isso é coisa de funcionário que não
tem o que fazer.
5 – Lixar as unhas. Se for absolutamente necessário, faça-o em lugar fechado, longe dos
olhares do público.
6 – Chegar atrasado – Nunca se esqueça de que a pontualidade é uma das melhores demons-
trações de respeito.
7 – Mau humor – Indiscutivelmente, o pior defeito do ser humano e um erro gravíssimo na vida
de um profissional. O mau humor é percebido não só na expressão do contaminado, mas na atitude
negativa, na indisposição, na postura, nos gestos e atitudes.
8 – Poluição verbal – Ocorre quando tratamos os colegas de trabalho por apelidos irônicos ou
pejorativos como “gordo”, “popozuda”, “magrela”, “careca” etc.
Quem trata um colega assim, não terá muito respeito pelo cliente. Afinal, colega de trabalho
também é cliente ... Cliente interno!
10 – Nunca fale mal, nem da empresa em que trabalha, do chefe, dos colegas de trabalho,
nem de outros clientes. Agindo dessa forma, o cliente pensará que você também poderá criticá-lo
assim que ele virar as costas ou sair da loja. Comentários maliciosos ou maldosos sobre alguém
ou alguma coisa estão vetados e não devem ser feitos no ambiente de trabalho.
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12 – Excesso de intimidade – Também deve ser abolido. Nada de chamar o cliente de “fofo”,
“meu amor”, “paixão”, “querido”, “meu bem”, “aí grande”, “tá pronto sim chefia”, “gato”.
Atendimento telefônico
Desde que o telefone foi inventado, 123 anos atrás, em 1876, o mundo mudou muito. A partir
dos anos 90, cada vez mais gente se comunica por e-mail, em vez de esperar alguém tirar o fone do
gancho ou a linha desocupar. Bem, isso é sinal de que o telefone ficou ultrapassado. Certo? Não.
Bem errado. Por ser um meio de comunicação que fica na metade do caminho entre o pessoal e o
impessoal, o telefone continua imprescindível, uma ferramenta de trabalho que deve ser operada
com sabedoria — e para a qual existem, sim, regras de boa educação.
Por mais estranho que pareça, um telefonema requer mais concentração do que uma conver-
sa ao vivo. Por telefone, a expressão facial e a linguagem corporal se perdem. Precisamos, portan-
to, usar nossa sensibilidade para interpretar o tom de voz e as sutilezas do que está sendo dito.
Qualquer ruído estranho na linha (literalmente) pode ser deselegante ou comprometedor. Por isso,
durante uma ligação, jamais aproveite para fazer um lanche, digitar anotações ou assinar documen-
tos. Os aparelhos são sensíveis, o interlocutor percebe qualquer movimento estranho e vai concluir
que você não está dando atenção a ele. Para evitar constrangimentos, concentre-se na conversa,
e apenas nela.
ESTABELEÇA PRIORIDADES
A cena, infelizmente, é comum: você está em reunião na sala de um sujeito e ele atende a
três chamadas “urgentes” em meia hora. Em cada uma gasta “só” 3 ou 4 minutinhos. Ao desli-
gar, se desculpa com ar de chefe super ocupado. Pronto: lá se foram 12 minutos de sua preciosa
meia hora. É um mistério por que isso acontece. Você está lá face a face, marcou a reunião com
antecedência, mas quem telefonaacaba tendo prioridade sobre a sua pessoa. É o cúmulo da falta
de consideração e da inversão de valores, não é mesmo? Por isso, evite o telefone quando estiver
com outra pessoa na sala.
IMAGEM É TUDO
A mensagem gravada na secretária eletrônica diz muito a seu respeito. O tom de voz é tão
importante quanto a mensagem em si. Voz soturna ou festiva passauma imagem ruim. Fundos mu-
sicais e gracinhas não combinam com negócios.
ANOTE RECADOS
Todo mundo já ligou para alguém e ouviu a secretária dizer “Lamento, ele está em reunião”
ou “Está fora da empresa”. Pode até ser verdade, mas o que parece, de acordo com o jeito com
que a pessoa falou, é que ele não quer falar naquele momento. Se o diretor ou o presidente estiver
mesmo ocupado, informe ao menos onde ele está, quando volta e quando vai retornar a ligação.
32 Gestão Organizacional
Atenção!
Mesmo que você não consiga retornar a ligação no mesmo dia, peça que alguém o faça e
marque outra hora conveniente para as duas partes.
ALÔ, SOU EU
Se for você quem atende ao telefone, redobre a atenção. Com a correria do dia a dia a tendên-
cia é atender latindo. Para evitar isso, espere mais um toque para organizar os pensamentos. Se
uma segunda linha toca enquanto está falando, atenda e peça à pessoa da segunda ligação para
esperar um pouco. Se não der para falar naquele momento, diga que voltará a ligar. E ligue mesmo.
Às vezes não tem jeito e temos que atender alguém na frente de terceiros. Tudo bem. No
entanto, procure fazê-lo com discrição. Nada de gestos, caretas ou comentários tapando o bocal.
Isso pega mal. Por outro lado, quem testemunha qualquer conversa ao telefone deve, literalmente,
ficar surdo, e depois mudo. Comentar depois, nem pensar.
DICAS IMPORTANTES:
1. Como a linguagem escrita é fria, não há as expressões faciais, sorrisos, tom de voz, cada
palavra deve ser escolhida cuidadosamente para não gerar um malentendido ou transmitir grosse-
ria. Nesse caso, se for para uma pessoa apenas, é educado citar o nome de quem se endereça e
o cumprimento. Ex: Sr. Pedro, bom dia! Isso faz com que a pessoa que lê sinta a pessoalidade da
mensagem e transmite certa simpatia. Em caso de e-mails enviados para diversas pessoas, o ideal
é generalizar e não citar o nome de todos. Ex: Prezados Colaboradores, bom dia!
2. Evitar o uso de abreviações, muito usadas na Internet, como: vc, tb, pq, e também evitar
palavras com grafia “inventada” no mundo virtual como: naum, aki, etc. para eliminar o risco de não
ser compreendido ou mesmo mal interpretado. Para isso, atente-se às regras de regência verbal,
nominal, concordâncias, regra de acentuação gráfica e a grafia correta das palavras;
3. Não escrever com letras de caixa alta (tudo em letras maiúsculas): tem caráter agressivo,
dá a impressão ao leitor que se está gritando com ele! Usar esse recurso apenas para escrever
siglas. Ex. IBGE, IBAMA, etc. E também não usar apenas letras minúsculas, pois dá a impressão de
descaso ou mesmo de preguiça;
4. Transmitir as ideias de modo simples, claro, objetivo, sem deixar dúvidas quanto ao que
deseja dizer;
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5. Manter a formalidade na escrita, mesmo entre colegas de trabalho mais próximos. Tudo o
que se escreve está sendo registrado, essa mensagem pode ser encaminhada para outras pessoas
e ninguém irá alterar o conteúdo da mensagem. Assim é importante evitar certos constrangimentos
além da desvalorização profissional;
6. Indicar no campo Assunto qual é o tema a ser tratado: uma indicação clara nessa linha
ajuda na recepção da mensagem. Ex: “Pauta Reunião da Diretoria”; “Tema do Treinamento”; “So-
licitação de Visita”. Colocar, por exemplo, apenas a palavra “informações” no campo assunto não
ajuda em nada. Especifique claramente o conteúdo. Por exemplo: “Informações_Novo Curso”. Dê
sempre referências que realmente o leitor entenda o contexto do e-mail, evite portanto: URGENTE!
IMPORTANTE! ou “Um minuto do seu tempo”, que soa muito como propaganda.
Também há como manter alguma referência que identifique os e-mails da mesma pessoa. Ex:
##Contato; GBR_agenda. Essa atitude simples facilitará que o leitor encontre rapidamente os seus
e-mails em sua caixa de entrada, pelo assunto;
8. “Emotion”ou “smiley” (ícones formados por parênteses, pontos, vírgulas e outros símbolos
do teclado, aquelas carinhas engraçadinhas do tipo: ,, ) denotam emoções. Podem ser usados, mas
apenas em e-mails para pessoas amigas, e não exageradamente, do contrário a comunicação não
será atingida. Evite-os em e-mails profissionais;
10. É mais fácil entender uma expressão positiva do que uma negativa. Por exemplo: “Pode
me telefonar qualquer dia, depois das 6 da tarde” funciona melhor do que “Não estou disponível
até depois das 6 da tarde”;
11. Listas por tópicos leem melhor e causam mais impacto do que frases longas. Ao enviar
um e-mail para esboçar conhecimento sobre determinado assunto, é melhor fazer uma lista ao in-
vés de colocar tudo em uma frase ou parágrafo longo.
Uma lista de tópicos é mais fácil de ler e causará um impacto inicial maior;
12. Ao despedir-se é bom que se use o “Respeitosamente”, para alguém com cargo superior
ao da pessoa que enviar a mensagem e “Atenciosamente” se não for para alguém com cargo supe-
rior. Pode-se usar também “Cordialmente” durante os primeiros contatos e “Abraços” já quando a
relação está mais construída e próxima;
13. Conclua o e-mail com a sua assinatura (nome completo, telefone e nome da empresa).
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1. FALE com as pessoas. Nada tão agradável e animador quanto uma palavra de saudação,
particularmente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”;
2. SORRIA para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 (setenta e dois) músculos para
franzir a testa e somente 14 (quatorze) para sorrir;
3. CHAME as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir o próprio
nome;
5. SEJA cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo prazer;
6. INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se de que você sabe o que sabe, porém
não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros;
8. SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o seu,
o do outro e o lado de quem está certo;
10. PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo
que fazemos para os outros.
O que faz uma organização ir para frente não é a capacidade que ela tem de atender a milha-
res de clientes novos que entram e saem num fluxo diário incontrolável. É a capacidade que ela ter
de fazer o cliente voltar; de fazê-lo preferila, ou até levá-lo a dizer: “Não sei ainda a marca do produto
que quero, mas sei que vou comprar naquela empresa que gostei muito.”
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6 PESQUISA DE SATISFAÇÃO
A Pesquisa de Satisfação tem o propósito de avaliar sistematicamente os aspectos do produ-
to ou serviço importantes para a satisfação dos clientes. Seus resultados permitem que a empresa
crie e sustente processos de gestão da qualidade focados no cliente final.
O objetivo da pesquisa não deve ser a obtenção de um retrato do passado, mas ser a alavan-
ca de mudanças para o futuro imediato. Ou isto, ou não deve ser realizada.
Veremos, ao longo desse capítulo, os seis os passos para realização da pesquisa de satis-
fação.
Passo 1 – Enquadramento
a) todos os clientes;
d) clientes da concorrência.
Se, por razões de custo (grande número de clientes), não for possível avaliar todos, a pesqui-
sa deve assegurar a representatividade da amostra escolhida.
Definição da amostra
A = clientes que representam 70% das vendas => pesquisar 100% desses clientes
B = clientes que representam 20% das vendas => pesquisar 50% desses clientes
C = clientes que representam 10% das vendas => pesquisar 20% desses clientes
Definição da periodicidade
Finalmente, devemos definir quando a pesquisa deve ser realizada: periódica, ocasional ou
continuamente.
As primeiras (ou repetitivas) são usadas para avaliar a eficácia de ações empreendidas en-
tre uma pesquisa e outra. As segundas servem para medir a satisfação do cliente em projetos/
serviços especiais. Já as terceiras, acionadas automaticamente para clientes que adquiriram um
produto/ serviço, servem para medir seu nível de satisfação em um aspecto particular.
Atenção!
O mesmo cliente poderá ser interrogado quantas vezes comprar. Mas tenha cuidado: este
modo é útil se a frequência de compra for moderada, caso contrário, certamente o cansará.
∙∙ Se você deseja obter o nível de satisfação do cliente, não lhe faça perguntas focadas em
marketing, mesmo que a tentação seja grande.
∙∙ Não aborde questões sobre as quais a organização não tem qualquer autonomia ou poder
de decisão.
∙∙ Pode incluir uma avaliação de “importância do critério”, que dá mais evidências sobre as
prioridades a aplicar as ações de melhoria a serem realizadas após a análise da pesquisa
(embora uma questão de satisfação geral permita relacionar mais facilmente com respos-
tas dadas anteriormente).
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∙∙ Não deve ser muito longa para evitar o cansaço do entrevistado ou a rejeição (um contrae-
xemplo: pesquisa com oito páginas, integrando questões de marketing que provocam um
sentimento de insegurança e desconfiança, resultando em taxa de retorno muito baixa).
Escalas de atitude
No que diz respeito às escalas de atitudes, as opções que você propõe ao respondente para
indicar o seu nível de satisfação devem concentrar-se em escalas simples, equilibradas, evitando
a possível mudança de escala de uma questão para outra, para não deixar o entrevistado perdido.
Assim, a escolha a ser feita de uma dessas escalas de atitude apenas é muito importante:
∙∙ face a face
∙∙ pesquisa (enviada por via postal, fax, junto com o produto/ serviço por meio de um formu-
lário, web)
38 Gestão Organizacional
É necessário analisar os critérios para cada questão (uma pontuação global dada para cada
pergunta não permite que a empresa se situe de maneira precisa).
Um exemplo para ilustrar: É muito comum que se considere na avaliação final o peso positivo
das respostas, somando-se a pontuação de “Muito satisfeito” e “Satisfeito” para dizer que “65%
dos nossos clientes estão satisfeitos”.
Esta matriz de análise pode ser implantada para priorizar as ações a seremtomadas de acor-
do com a importância dos critérios da pesquisa.
Mas essa comunicação só pode ser realizada se a empresa tiver a certeza de alcançar os
objetivos definidos para o plano de ação resultante da pesquisa (recursos de implementação, moti-
vação e vontade das pessoas).
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Dado o fato de que clientes insatisfeitos informam dez pessoas ao seu redor, um cliente
satisfeito apenas mantém sua opinião e um cliente muito satisfeito só informa a 3 ou 4 pessoas,
entendemos que a empresa deve “erradicar a insatisfação” e não apenas se contentar com clien-
tes satisfeitos. Contudo, isso requer um grande esforço de escuta e de questionamento, que nem
sempre é fácil de conseguir.
Concluindo, a pesquisa de satisfação bem empregada é uma excelente ferramenta para me-
lhorar a compreensão das necessidades dos clientes e, assim, retê-los.
7 TRABALHO
A maioria das pessoas associa as palavras trabalho e emprego como se fossem a mesma
coisa, mas não são. Apesar de estarem ligadas, essas palavras possuem significados diferentes.
O trabalho é mais antigo que o emprego, existe desde o momento que o homem começou a trans-
formar a natureza e o ambiente ao seu redor, desde o momento que o homem começou a fazer
utensílios e ferramentas.
Por outro lado, o emprego é algo recente na história da humanidade, é uma relação entre
homens que vendem sua força de trabalho por algum valor, alguma remuneração, e homens que
compram essa força de trabalho pagando algo em troca, algo como um salário.
Já emprego é a relação estável, mais ou menos duradoura, que existe entre quem organiza
o trabalho e quem realiza o trabalho. É uma espécie de contrato no qual o possuidor dos meios de
produção paga pelo trabalho de outros, que não são possuidores do meio de produção.
40 Gestão Organizacional
No começo dos tempos, o trabalho era a luta constante para sobreviver (acepção bíblica). A
necessidade de comer de se abrigar, etc. era que determinava a necessidade de trabalhar.
Curiosidade
Nos tempos primitivos, da Babilônia, do Egito, de Israel, etc., havia o trabalho escravo e o
livre; havia até o trabalho de artesãos e o de um rudimento de ciência, mas não havia o emprego,
tal como nós o compreendemos atualmente.
Na Antiguidade, não existia a noção de emprego. A relação trabalhista que existia entre as
pessoas era a relação escravizador e escravo. Podemos tomar as três civilizações mais influentes
de sua época e que influenciaram o Ocidente com sociedades escravistas: a egípcia, a grega e a ro-
mana. Nessa época, todo o trabalho era feito por escravos. Havia artesãos, mas estes não tinham
patrões definidos, tinham clientes que pagavam por seus serviços. Os artesãos poderiam ser com-
parados aos profissionais liberais de hoje, já que trabalhavam por conta própria sem ter patrões.
Para os artesãos, não existe a relação empregador-empregado, portanto não podemos falar que o
artesão tinha um emprego, apesar de ter uma profissão.
Na Idade Média também não havia a noção de emprego. A relação trabalhista da época era
a de senhor-servo. A servidão é diferente da escravidão, já que os servos são ligeiramente mais
livres que os escravos. Um servo podia sair das terras do senhor de terras e ir para onde quisesse,
desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor de terras.
Na servidão, o servo não trabalha para receber uma remuneração, mas para ter o direito de
morar nas terras do seu senhor. Também não existe qualquer vínculo contratual entre os dois, mes-
mo porque senhor e servo eram analfabetos.
Na Idade Moderna as coisas começam a mudar. Nessa época, existiam várias empresas fa-
miliares que vendiam uma pequena produção artesanal. Todos os membros da família trabalhavam
juntos para vender produtos nos mercados. Não podemos falar de emprego nesse caso. Além das
empresas familiares, havia oficinas com muitos aprendizes que recebiam moradia e alimentação
em troca e, ocasionalmente, alguns trocados. É por essa época que começa a se esboçar o con-
ceito de emprego.
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Com o advento da Revolução Industrial, êxodo rural, concentração dos meios de produção, a
maior parte da população não tinha nem ferramentas para trabalhar como artesãos. Sendo assim,
restava às pessoas oferecer seu trabalho como moeda de troca. É nessa época que a noção de
emprego toma sua forma. O conceito de emprego é característico da Idade Contemporânea.
Vamos pensar...
Quando essas condições se alteram, o trabalho também se altera, seja pela forma como se
realiza (manual, mecânico, elétrico, eletrônico, etc.), seja pelos instrumentos-padrão que utiliza e
assim por diante. Da mesma forma, a sociedade e seus agentes também variam na forma como
organizam, interpretam e valorizam o trabalho.
A forma como uma sociedade decide quem vai organizar o trabalho e quem o realizará; e a
forma como o produto, a riqueza, produzida pelo trabalho é distribuída entre os membros da socie-
dade, determina as divisões de classes sociais. O trabalho é, talvez, o principal fator que determina
a sociedade, suas estruturas e funcionamento. O inverso também é verdadeiro. Assim, enquanto
existir uma sociedade, existirá trabalho, pois aquela não pode existir sem esta (o mesmo pode não
ser verdadeiro em relação ao emprego).
Fica claro que compreender o trabalho e o emprego é importante em qualquer ocasião e épo-
ca, mas é mais importante ainda entender o trabalho quando a sociedade está em um processo
de mudança, de revolução, pois este certamente será influenciado e influenciará as mudanças e a
sociedade.
42 Gestão Organizacional
Com essa atitude, tornou-se sedentário, pois o local escolhido para sua permanência não
oferecia mais perigo.
Se, de um lado, isto trouxe esse benefício (segurança), de outro provocou a escassez das
condições de vida, obrigando o homem a suprir essa escassez produzindo meios artificiais para
ocuparem o lugar dos meios naturais. Por exemplo, imagine o homem primitivo perdendo os pelos
que cobriam seu corpo, substituindo-os por pele de urso.
Com a evolução, não havia peles de animais em quantidade suficiente para suprir as ne-
cessidades humanas. Isto fez com que o homem procurasse novos meios transformando o que a
natureza lhe oferecia de forma bruta, em formas trabalhadas: da pedra lascada à pedra polida, em
constante aperfeiçoamento.
Para caminhadas, criou-se proteção para os pés; para agasalho ou proteção contra ferimen-
tos, colocou-se tecido sobre a pele, em constantes modificações.
O artesanato enquanto forma de produção não desapareceu, mas seu significado deixou
de ter o cunho utilitário. Faz-se artesanato para “vender”, quando, originariamente, era feito para
“usar”.
Com o passar do tempo, as pessoas passavam a ter uma certa “especialização” em suas
funções: isto se tornava mais evidente à medida em que ficavam mais velhas (experientes). As mais
idosas constituíam-se em Patriarcas (que significa “pai grande”, daí evoluir para a linguagem atual
em Patrão, porque um “pai grande” é também um “patriarca”), que recebia menores para “iniciar
para a vida”, preparando-os também para o trabalho.
Os pais delegavam aos patriarcas a responsabilidade pela educação dos filhos. Sobre esses
menores, os mestres tinham até mais responsabilidade que os próprios pais. O mestre preparava
então seu substituto, levando em consideração o desempenho dos aprendizes.
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7.1.1 Corporação
Até hoje existem as formas de corporação com enfoque diferenciado: uma corporação, hoje,
é um conglomerado que produz diferentes bens de consumo e de serviços e uma empresa desse
conglomerado abastece outra do mesmo grupo, além de vender ao mercado comum seus produtos.
No final do século XVIII, com a utilização do vapor na forma produtiva, inaugura-se a era da
Revolução Industrial. O vapor substitui a energia animal. As primeiras máquinas a vapor executavam
o trabalho de 40 homens. Logo a seguir, desenvolve-se a primeira locomotiva e, com isso, há o
incremento do desenvolvimento dos transportes. A energia elétrica já em fins do século XIX, início
o XX, dá uma nova dimensão à indústria.
Nascido em 1856, perto de Filadélfia, Frederico Winslow TAYLOR era filho de imigrantes. Seus
pais (seu pai era legista) fizeram uma estada de três anos na Europa. Antes de abraçar a profissão,
ele preparou sua admissão a Harvard, mas teve de renunciar aos estudos devido a uma doença
na vista. Entrou como aprendiz em uma fábrica de bombas e daí saiu como modelador mecânico.
Estando a indústria americana em plena crise, teve de empregar-se como trabalhador braçal
na Midvall Steel Company. Seis anos mais tarde, fazendo um curso noturno, formou-se engenheiro,
depois de ter sido chefe de equipe, contramestre, chefe de manutenção e chefe da seção de dese-
nho. Em 1884 era engenheiro-chefe das oficinas.
Mais tarde, afastou-se dessa Companhia para consagrar-se, como engenheiro consultor, à
aplicação de seus métodos de organização.
Vamos pensar...
∙∙ Estudos sobre o corte dos metais, que trouxeram, após milhares de experiências:
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∙∙ As leis sobre o corte dos metais – mais conhecidos por “12 variáveis” de TAYLOR - que
precisaram a eficiência do trabalho de torno:
∙∙ Qualidade do trabalho,
∙∙ A cronometragem,
∙∙ A seleção do operário,
∙∙ “Por que trabalharei mais que esse vadio que ganha o mesmo que eu e produz duas vezes
menos?”
∙∙ “Se o salário por peça diminui à medida que meu rendimento aumenta, não devo esforçar-
-me.”
Este sistema atualmente não é recomendado, porque o incentivo pode levar o operário à
estafa.
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Os discípulos de TAYLOR:
FAYOLISMO
Muito diferente foi a carreira de FAYOL. Depois de sair da Escola de Minas de Saint-Etienne,
ingressou na Companhia Fourchambault-Commentry-Decazeville. Foi diretor das “Huilliéres de Com-
mentry” e depois passou ao cargo de administrador geral.
Surpreso pelo desperdício de energia na gestão de sua empresa, tirou de suas observações
os princípios de administração que constituem sua doutrina. Essa foi uma aplicação do método
experimental na condução dos negócios.
Quando ele era um jovem engenheiro de seção na Commentry, um cavalo quebrou a perna.
FAYOL fez uma requisição às cavalariças para conseguir outro cavalo. O chefe recusou, informando
que a requisição não estava assinada pelo diretor. O trabalho de um andar de um poço da mina
deixou de ser executado. Este incidente fê-lo formular seu princípio da presença da autoridade:
No decorrer de sua carreira industrial, publicou diversos trabalhos sobre studos técnicos (ge-
ologia), mas sua principal obra é “Administrationindustriele et générale”.
As funções de FAYOL
Atenção!
O “Fayolismo” já está superado e não satisfaz ao espírito moderno. A empresa de hoje tem
um grande papel social: uma “função social”.
A função administrativa
Como disse FAYOL: “Entre os candidatos de valor técnico mais ou menos equivalente, dá-se
preferência àquele que parece superior pelas qualidades de autoridade, ordem, organização e ou-
tras que constituem os elementos próprios da capacidade administrativa”.
FORDISMO
Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor
Company, o fordismo se caracteriza por ser um método de produção caracterizado pela produção
em série, sendo um aperfeiçoamento do taylorismo.
Ford introduziu em suas fábricas as chamadas linhas de montagem, nas quais os veículos
a serem produzidos eram colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa da
produção, fazendo com que a produção necessitasse de altos investimentos e grandes instalações.
O método de produção fordista permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por
ano durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no processo de produção fordista foi o
mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como “Ford Bigode”.
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O fordismo teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas de
1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do capitalismo como Os Anos Dourados.
A crise sofrida pelos Estados Unidos na década de 1970 foi considerada uma crise do próprio
modelo, que apresentava queda da produtividade e das margens de lucros. A partir da década de
1980, esboçou-se nos países industrializados um novo padrão de desenvolvimento denominado
pós-fordismo ou modelo flexível (toyotismo), baseado na tecnologia da informação. Depois de Taylor
não aconteceram muitas inovações sensacionais no sentido da racionalização.
Primeiro houve o trabalho em cadeia, inventado por FORD, que suprimiu, até certo ponto, o
trabalho por peças e prêmios, até mesmo nas suas fábricas. A cadeia, originalmente, é simples-
mente um processo de manutenção mecânica. Praticamente se tornou um método aperfeiçoado
para extrair dos trabalhadores o máximo de trabalho num tempo determinado.
O espírito de um tal sistema aparece com clareza da maneira como foi elaborado e pode-se
ver logo que a palavra racionalização foi usada erradamente.
Taylor não procurava um método de racionalizar o trabalho, mas de controlar os operários, que
são duas coisas totalmente diferentes.
Para ilustrar a diferença entre o trabalho racional e o meio de controle, veja um exemplo de
racionalização verdadeira, isto é, do progresso técnico que não pesa nos operários e não se cons-
titui uma exploração maior de sua força de trabalho.
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Suponham um torneiro trabalhando em tornos automáticos. Tem de vigiar quatro. Se, um dia,
descobrir um aço rápido que permita dobrar a produção desses quatro tornos, e se contrata outro
torneiro de forma que cada um deles só tenha dois tornos, cada um tem, então, o mesmo trabalho
a fazer e, no entanto, a produção se torna mais barata.
Pode, portanto, haver melhoramentos técnicos que aprimorem a produção sem pesar de for-
ma alguma nos trabalhadores.
Mas a racionalização de Ford consiste não em trabalhar melhor, mas em fazer trabalhar mais.
Em suma, o patronato descobriu que há uma maneira melhor de explorar a força operária do que
prolongando a jornada de trabalho.
TOYOTISMO
O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário diferente do dos
Estados Unidos e da Europa: um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos
e grande disponibilidade de mão de obra não especializada, impossibilitavam a solução taylorista-
-fordista de produção em massa.
∙∙ Mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da ine-
xistência de escalas que viabilizassem a rigidez.
∙∙ Processo de multifuncionalização de sua mão de obra, uma vez que por se basear na me-
canização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão de obra não
podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse
objetivo, os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo,
em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inver-
so, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho.
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produção em massa, a qualidade era assegurada por meio de controles amostrais em ape-
nas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por
meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo.
9 A EMPRESA
Empresa é toda organização individual ou coletiva, pública ou privada, destinada à produção
de utilidades (bens) ou serviços visando o lucro. É o estabelecimento em que se conjugam o capital,
o trabalho, as forças produtivas e a inteligência com o objetivo de lucro.
∙∙ Sistema familiar: os membros de uma família produzem artigos para seu consumo, e não
para a venda. O trabalho não se fazia com o objetivo de atender ao mercado. Princípio da
Idade Média – Artesanato.
Sistema fabril: produção para um mercadocada vez maior e oscilante, realizada fora de casa
nos edifícios do empregador e sob rigorosa supervisão. Os trabalhadores perderam completamente
sua independência. Não possuem a matéria-prima, como ocorria no sistema de corporações, nem
os instrumentos, tal como no sistema doméstico. A habilidade deixou de ser tão importante como
antes, devido ao maior uso da máquina. O capital tornou-se mais necessário do que nunca. Do
século XIX até hoje.
Conforme vimos, toda entidade econômica que tem por objetivo o lucro é considerada em-
presa. A entidade econômica em questão abrange, necessariamente, dois elementos essenciais:
∙∙ o patrimônio;
Para alcançar seu objetivo, que é a obtenção do lucro, as empresas devem produzir bens de
consumo ou de serviços a fim de vendê-los aos clientes (consumidores).
Composição do capital:
Natureza jurídica
∙∙ Sociedade em Nome Coletivo – Aquela em que todos os sócios têm responsabilidade ilimi-
tada e solidária, por todos os negócios sociais, que figurem ou não na firma (razão social
– São Pedro e Cia.).
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∙∙ Sociedade em Comandita Simples – Aquela que é formada por duas espécies de sócios:
uma com responsabilidade limitada e outros com responsabilidade ilimitada e solidária.
∙∙ Sociedade Anônima – São S/A aquelas em que o Capital é dividido em ações e de acordo
com seus valores podem ser vendidas a um grande número de pessoas, com responsabili-
dade limitada de seus sócios (acionistas), cujo número não deve ser inferior a sete.
∙∙ Sociedade em Comandita por Ações – A sociedade em comandita por ações terá o seu
capital dividido em ações e reger-se-á pelas normas relativas as S/A.
∙∙ Sociedade de Capital e Indústria – Quando o capital está ligado a técnica, isto é, um sócio
tem a capacidade técnica (conhecimento) e o outro tem o capital (dinheiro).
∙∙ Sociedade em Companhia Limitada – O capital é formado por vários sócios, todos com
responsabilidade limitada. Um sócio responde pelos outros, mas seus bens particulares
não podem ser tocados.
∙∙ Sociedade Cooperativa – São aquelas que, sem capital fixo, se propõem a exercer a indús-
tria. Seu objetivo é, serviço direto dos sócios, ou por outra suprir as necessidades dos que
a constituem.
Porte da empresa
Para o estudo e a caracterização do porte das empresas, é necessário definir critérios para
sua conceituação.
A bibliografia disponível sobre o assunto revela ser um tema controverso, fato que pode ser
comprovado pela heterogeneidade de critérios usados para se avaliar a dimensão das unidades pro-
dutivas. A conceituação varia de acordo com a instituição coordenadora dos programas existentes,
em função dos objetivos de política desejados e em função dos instrumentos de ação disponíveis.
Levando-se em conta o objetivo quantitativo adotou-se como variável chave para a mensura-
ção do porte dos estabelecimentos e número de empregados.
Atividade econômica
Organização é também sinônimo de empresa, mas esta palavra refere-se às empresas co-
merciais e industriais. Organização tem sentido mais amplo porque se refere a toda unidade social
construída para atingir algum objetivo. São, portanto, organizações, os hospitais, as igrejas, as
prisões, os exércitos, as escolas, etc. Segundo Etzioni (1976, p.7), “a nossa sociedade é uma
sociedade de organizações.
Nascemos em organizações e quase todos nós passamos a vida trabalhando. Quando nós
morremos numa organização, e quando chega o momento do funeral, a maior de todas as organiza-
ções – o Estado – precisa dar uma licença especial.”
Deixando de lado os dois significados anteriores, organização será tratada como uma função
administrativa. Neste sentido, organização significa o ato de organizar, estruturar e integrar os
recursos e os órgãos incumbidos de sua administração, bem como estabelecer as atribuições de
cada um deles e suas ligações de dependências e cooperação.
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As pessoas que compõem a empresa não trabalham isoladamente. Elas são reunidas em
órgãos que são os elementos fundamentais da estrutura.
O órgão é um grupo coerente de pessoas reunidas sob uma autoridade única, em caráter
permanente, para desempenhar uma determinada função.
O que caracteriza a vinculação de algumas pessoas a um grupo é o fato de elas estarem su-
bordinadas diretamente a uma mesma autoridade hierárquica.
O órgão é composto por um chefe do qual dependem subordinados diretos (três, no exemplo)
e indiretos (cinco) por intermédio dos precedentes.
54 Gestão Organizacional
Para se falar em estrutura, é necessário que alguns conceitos estejam bem claros, como, por
exemplo, os de autoridade e responsabilidade.
Autoridade
Segundo Fayol, autoridade é o direito de mandar e o poder de se fazer obedecer. Esta defini-
ção refere-se mais à autoridade formal ou à estatutária, isto é, à autoridade inerente ao cargo que a
pessoa ocupa na hierarquia empresarial, onde está implícito que os indivíduos ocupantes de postos
superiores têm mais poder do que os ocupantes de postos inferiores.
O mesmo Fayol reconheceu que, além da autoridade formal, existe uma autoridade pessoal,
definida pelas qualidades pessoais de um indivíduo e não pelo cargo que ele exerce. Mas o impor-
tante aqui é saber que há dois tipos de autoridade que se exercem sobre o pessoal da empresa:
∙∙ a hierárquica do chefe do órgão ao qual a pessoa pertence (que é uma autoridade única);
∙∙ a funcional, que é exercida pelos órgãos especialistas das funções relacionadas com as
atividades exercidas pela pessoa. Desta forma, pode estar subordinada a várias autorida-
des funcionais.
Responsabilidade:
Responsabilidade refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para
outrem. Quando alguém assume uma obrigação, tem de prestar contas a quem lhe atribuiu a res-
ponsabilidade.
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A microempresa
Na microempresa, constituída do dono (ou patrão) e de alguns empregados, não há, pratica-
mente, delegação de autoridade. Sua estrutura, portanto, é muito simples: o proprietário executa
todas as tarefas de administração e os empregados fazem as tarefas de produção.
Este é um exemplo típico de organização linear. Essa denominação deve-se ao fato de que,
entre o supervisor e os subordinados, existem linhas diretas e únicas de autoridades e responsa-
bilidade.
Este tipo de estrutura baseia-se num dos mais famosos princípios de Fayol, conhecido como
Princípio de Unidade de Comando, segundo o qual cada empregado só deverá receber ordens, única
e exclusivamente, de um chefe.
1o) quando se trata de uma empresa pequena, que não necessita de especialistas em tare-
fas altamente técnicas;
2o) quando as tarefas da empresa são padronizadas, rotineiras e com raras alterações;
3o) quando a empresa prefere investir em consultoria externa, em vez de constituir órgãos
internos de acessória.
Atenção!
A Pequena Empresa
Quando a empresa deixa de ser micro para ser pequena, começa a haver delegação de auto-
ridade no grupo de execução, que poderá ter um encarregado geral de oficina, um chefe de manu-
tenção, etc., criando alguns níveis e ligações.
Pelo organograma, nota-se que o dono da empresa delegou a execução ao chefe da oficina,
desempenhando as demais funções com a ajuda do contador e do vendedor.
Embora esta ajuda não seja necessariamente constante, serve para mostrar que, aos poucos,
o proprietário necessita da assistência de especialistas, que não têm autoridade hierárquica nem
funcional. Neste caso, configura-se um tipo de estrutura denominada “linha acessória” (lineand
staff), que se caracteriza pelo fato de o patrão delegar o comando da execução ao chefe da oficina,
desempenhando ele mesmo as demais atribuições, com assistência do contador e do vendedor,
que não receberam qualquer delegação de autoridade funcional ou poder de decisão.
56 Gestão Organizacional
A Média Empresa
Na média empresa, o proprietário não dispõe mais de tempo para, sozinho, tomar as deci-
sões relativas às áreas auxiliares. Ele deve, então, delegar parte de sua autoridade aos assisten-
tes, que, nesta altura, já se tornaram chefes de serviços especializados, chefe de pessoal, chefe
de venda, chefe de contabilidade, etc.
Essa autoridade delegada pode ser considerada como sendo “hierárquica por função” no
sentido em que cada pessoa recebe delegação, tem autoridade hierárquica sobre os indivíduos que
trabalham em seu serviço e poder de decisão sobre sua área de trabalho, sem interferir em outros
setores. Portanto, não existe “autoridade funcional” no sentido exato do termo, mas utoridade
hierárquica sobre a função. Cada um recebe ordem e diretrizes, exclusivamente, do seu superior
hierárquico. J.P. Simeray classifica isso como “estrutura hierárquica por funções.”
À medida que a empresa melhora seu nível de tecnologia e passa a atuar em vários locais,
deixando de ter suas instalações agrupadas, poderá haver a necessidade de delegar autoridade
funcional aos órgãos especializados da sede, exatamente como acontece nas grandes empresas.
A Grande Empresa
Se nas micros, pequenas e médias empresas é fácil identificar o tipo de estrutura predomi-
nante, o mesmo não acontece nas grandes empresas. Pode-se dizer que cada grande empresa é
um caso especial. Em quase todas predomina a estrutura linha acessória (lineand staff), mas há
também autoridade funcional, nem sempre representada no organograma.
Quando se fala em grande empresa, deve-se incluir aquelas com mais de quinhentos empre-
gados até as gigantes multinacionais. No quadro abaixo, aparece um resumo do que foi dito com
relação à estrutura e ao porte da empresa.
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9.3 Organogramas
Vimos que estrutura é a organização das relações entre as pessoas que trabalham numa
empresa. O organograma é a representação gráfica da estrutura. É m instrumento de trabalho do
dirigente, pois representa a própria imagem da empresa. Por meio do gráfico pode-se ter uma ideia
de como funciona a empresa, como foi estabelecida sua hierarquia e como foi feita a divisão de
trabalho.
Há vários tipos de organogramas, mas aqui será estudado apenas o clássico, não só porque
é o mais usado, mas também porque permite a visualização da estrutura empresarial de forma
simples e direta. É constituído essencialmente de dois tipos de elementos interligados, linhas e
retângulos. As linhas representam o fluxo de autoridade na organização e os retângulos, os cargos
administrativos entre os quais flui a autoridade.
3) Os retângulos representam cargos. Também se admite que cada um dos retângulos repre-
sente um órgão administrativo ou uma comissão;
4) Os retângulos devem ser todos do mesmo tamanho, especialmente aqueles que represen-
tam cargos de idêntica importância na hierarquia;
7) Cargos da mesma importância devem ter nomes equivalentes. Entre os títulos mais usa-
dos estão: Presidente, Vice-presidente, Diretor, Gerente, Chefe, Subchefe, Supervisor, Encarregado,
Mestre, Contramestre e Assistente, Assessor, Consultor. Caso se usem nomes de órgãos, os diver-
sos órgãos situados no mesmo nível devem receber designações idênticas.
∙∙ Superintendência
∙∙ Presidência
∙∙ Diretoria
∙∙ Subdiretoria
∙∙ Gerência
∙∙ Divisão
58 Gestão Organizacional
∙∙ · Departamento
∙∙ · Seção
Estes termos que, além de sugerirem as atividades específicas de cada órgão, são uma de-
nominação hierárquica que indica sua importância relativa na empresa.
Embora seja muito usado, dar o nome de “serviço” a um órgão é desaconselhado, pois se
trata de um termo impreciso e sem significado hierárquico. “Serviço” deve ser empregado como
sinônimo de um órgão de prestação de serviços. Neste caso, seu nível hierárquico poderá ser de-
signado por uma expressão como, por exemplo, Divisão de Serviços Gerais.
8) A subordinação hierárquica linear é representada por linha cheia e a funcional, por linha
tracejada;
10) Para economizar espaço e facilitar a leitura, os cargos de assessores, assistentes, se-
cretários e auxiliares são colocados na vizinhança do seu superior imediato, sem que sua altura no
organograma signifique maior importância na hierarquia.
Organização formal:
É bom lembrar que o organograma representa a organização forma, isto é, o conjunto de re-
lações que foi previamente definido pela empresa. Mostra, pelo menos teoricamente, as pessoas
que detêm mais autoridade, isto é, quem deve se reportar a quem.
Organização informal:
Na realidade, em toda empresa existe outro tipo de organização que não aparece no organo-
grama, a informal. Esta é uma consequência de relações interpessoais dos membros da organiza-
ção, da liberdade que as pessoas têm de se comunicarem dentro da empresa e fora dela. Deste
livre relacionamento resultam relações de autoridade porque sempre algumas pessoas aceitam a
liderança de outras.
Surgem assim os grupos informais, chamados vulgarmente de “panelinhas” que vão aumen-
tando seu poder por meio de adesões espontâneas de indivíduos que com eles se identificam. Por
isso é uma ingenuidade supor que o fluxo de autoridade é de fato o que está representando no
organograma. Quem não ouviu ou usou expressões como “forças ocultas”, “eminências pardas”
etc., referindo-se a fontes abstratas de poder? Isto a nível de administração governamental, mas
nas empresas ocorrem coisas semelhantes.
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9.4 Departamentalização
O princípio da racionalização do trabalho leva à DEPARTAMENTALIZAÇÃO que é a divisão da
empresas em setores ou departamentos a fim de melhor gerenciar (gerir) os seus recursos em
função de seus objetivos. É claro que uma pessoa física apenas teria muita dificuldade de tomar
decisões sobre cada assunto de uma grande empresa.
Quando a empresa é considerada pequena, o princípio inexiste porque as decisões são cen-
tralizadas. No entanto, à medida que as empresas evoluem e crescem de tamanho, as decisões
também vão sendo divididas de acordo com a especificidade do produto, dos serviços, dos assun-
tos, dos cargos, etc.
10 ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇOS
10.1 Organização do Ambiente - Arranjo Físico (Leiaute)
Leiaute é a representação gráfica de um arranjo físico. Representa a disposição de móveis,
equipamentos, utensílios, maquinários localizados na mesma escala na planta baixa do local de
trabalho.
∙∙ abastecimento de matéria-prima;
Atenção!
O arranjo físico objetiva tornar mais funcional o fluxo das operações de fabricação.
60 Gestão Organizacional
∙∙ aparência e conforto;
∙∙ posicional ou fixo;
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Representa as diversas seções (ou máquinas e equipamentos) e o fluxo que o processo se-
gue desde a matéria-prima inicial até o produto acabado.
As seções figuram como elementos básicos do leiaute, enquantoo produto (ou produtos) se-
gue trajetórias diferentes.
Arranjo fixo
Monta-se uma oficina de tecnologia flexível com as máquinas e equipamentos que devem se
movimentar ao seu redor.
Just-in-time, como dissemos anteriormente, quer dizer no momento certo. Veja outras carac-
terísticas do sistema:
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Para podermos entender e trabalhar com organizações estruturadas por processos, é preciso,
antes conhecer alguns conceitos sobre a empresa, o que é um processo e como este está relacio-
nado com aquela.
Enquanto a maioria das empresas organiza-se em grupos funcionais verticais, com setores
agrupados por semelhança de atividades (ex. administração, finanças, marketing), os processos,
informações e subprodutos fluem na horizontal. Um fluxo de trabalho horizontal, combinado com
uma organização vertical, gera uma série de dificuldades. É importante entender que as decisões
tomadas em um departamento influenciam no processo e consequentemente têm implicações nos
outros departamentos.
Desta forma, é necessário parar de pensar na organização de forma funcional (visão departa-
mentalizada ou vertical) e começar a olhá-la em termos dos processos realizados (visão por proces-
sos ou horizontal). É possível buscar a otimização dos processos empresariais por meio da união
de forças de todas as funções ou departamentos relacionados, orientando a produção de um bem
ou serviço que satisfaça as necessidades do cliente.
64 Gestão Organizacional
Por esta visão, os executivos tendem a gerenciar a organização de maneira vertical e funcio-
nal criando os chamados “silos verticais” em torno dos departamentos (ver Figura 4). Estes silos,
geralmente, impedem que assuntos interdepartamentais sejam solucionados entre funcionários
de níveis inferiores. Isso exige a presença dos responsáveis dos silos envolvidos para resolver a
questão.
Neste caso, o fluxo de trabalho, com frequência, passa de um departamento para outro, cada
um com suas próprias metas e medidas. Estas transferências causam inúmeros problemas, tais
como:
∙∙ os custos são altos, nem todas as tarefas precisam percorrer todas as etapas do proce-
dimento;
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∙∙ quando ocorrem erros nas atividades anteriores, torna-se necessário voltar ao departa-
mento que executou a tarefa e modificá-la, o que exige retrabalho;
∙∙ cada função e departamento tem suas próprias regras e controles, geralmente não relacio-
nados a satisfação do cliente (externo ou interno).
Atualmente diversas organizações estão migrando da estrutura funcional para uma baseada
em processos. Neste aspecto, autores como Rummler&Brache (1994) comentam da dificuldade de
ter-se uma organização totalmente processual. Davenport (1994) propõe combinar estruturas pro-
cessuais e funcionais como forma de possibilitar uma interface entre os processos e as funções.
Outros questionam da seguinte forma: “se não tomarmos cuidado, a mudança de estruturas
funcionais para estruturas fundadas em processos pode se resumir a pouco mais do que trocar
silos verticais por túneis horizontais” (Gouillart& Norton, 1995).
Tanto a melhoria contínua como a reengenharia exigem uma visão processual da organiza-
ção, a qual permite ver como o trabalho é realmente executado pelos processos que cortam as
fronteiras funcionais. Este tipo de administração mostra os relacionamentos internos entre cliente
e fornecedor por meio dos quais são produzidos produtos/serviços. “As maiores oportunidades
de melhorias no desempenho estão nas interfaces funcionais, aqueles pontos em que o bastão é
passado de um departamento para outro” (Rummler&Brache, 1994).
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∙∙ Eficácia: grau com que as expectativas do cliente são atendidas. Ser eficaz é fazer o que
o cliente quer.
∙∙ Eficiência:grau de aproveitamento dos recursos para gerar uma saída. Ser eficiente é fazer
o que o cliente quer da melhor forma para a empresa (otimizando o processo).
∙∙ Tempo de ciclo: tempo necessário para transformar uma entrada numa saída. Deseja-se
que o tempo de ciclo seja o menor possível.
∙∙ Processo: Qualquer atividade que recebe uma entrada (input), realiza uma transformação
agregando-lhe valor e gera uma saída (output) para um cliente externo ou interno. Proces-
sos fazem uso dos recursos da organização para gerar resultados concretos.
∙∙ Processo produtivo: Qualquer processo que entra em contato físico com o produto ou servi-
ço que será fornecido a um cliente externo, até o ponto em que o produto é embalado (por
exemplo, a manufatura de computadores, preparação de alimento para consumo em mas-
sa, refinação de petróleo, conversão de minério de ferro em aço). Não inclui os processos
de transporte e distribuição.
∙∙ Processo empresarial: Geram serviço e/ou dão apoio aos processos produtivos (por exem-
plo, processos de atendimento de pedido, de mudança de engenharia, de folha de paga-
mento, planejamento de processo de manufatura). Um processo empresarial consiste num
grupo de tarefas interligadas logicamente, que fazem uso dos recursos da organização
para gerar resultados definidos, em apoio aos objetivos da organização.
68 Gestão Organizacional
Hierarquia do Processo
Finalmente os subprocessos podem ser divididos nas diversas atividades que os compõem, e
em um nível mais detalhado em tarefas. Para fins deste estudo, os processos são desmembrados
apenas até o nível de atividades.
A figura abaixo mostra a estrutura hierárquica dos processos, partindo do processo e descen-
do até o nível de tarefas, que são as unidades mínimas da organização horizontal.
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11 FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Vivemos em um mundo de grandes mudanças, em que a concorrência entre as empresas é
cada dia mais acentuada. A preocupação com a sociedade e o meio ambiente é crescente, a in-
formática vem ampliando o seu espaço e os consumidores ficando mais exigentes na escolha dos
produtos e serviços.
Vamos pensar...
Durante o século XX, o termo qualidade recebeu diversas abordagens, sempre com enfoque
para as transformações ocorridas nos métodos de gestão da produção e administração da quali-
dade.
Dentre essas abordagens, destacam-se, no quadro abaixo, os conceitos dos principais espe-
cialistas/gurus que contribuíram para a conscientização da valorização da qualidade.
Segundo a norma NBR ISO 9000, qualidade é o “grau de qual um conjunto de características
inerentes satisfaz a requisitos”.
No final do século XIX é que a qualidade dá o seu grande salto com o surgimento do controle
de qualidade.
As exigências do mercado faziam com que a produção passasse a controlar a qualidade dos
produtos. Com isso, as fábricas começaram a se reestruturar, agrupando indivíduos com tarefa
semelhante que poderiam ser dirigidos por um supervisor, que era responsável pela qualidade do
grupo.
Desta forma, a ênfase era na qualidade do produto e do processo. A qualidade estava sendo
abordada como um processo para medição da qualidade do produto, sua comparação e atuação
para melhoria.
11.2 CicloPDCA
É um ciclo de análise e melhoria criado por Walter Shewhart em meados da década de 20 e
disseminado para o mundo por Deming. Esta ferramenta é de fundamental importância para a aná-
lise e melhoria dos processos organizacionais e para a eficácia do trabalho em equipe.
O Ciclo PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action) é uma ferramenta gerencial de tomada
de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização,
sendo composto pelas seguintes etapas:
Planejar (PLAN)
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Executar (DO)
∙∙ Verificar se o executado está conforme o planejado, ou seja, se a meta foi alcançada dentro
do método definido;
∙∙ Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e implementar soluções que elimi-
nem as suas causas;
∙∙ Caso não sejam identificados desvios, é possível realizar um trabalho preventivo, identifi-
cando quais são passíveis de ocorrer no futuro, suas causas, soluções etc.
O PDCA pode ser utilizado na realização de toda e qualquer atividade da organização. O ideal
é que todos da organização utilizem esta ferramenta de gestão no dia a dia de suas atividades.
Desta forma, elimina-se a cultura “tarefeira” que muitas organizações insistem em perpetuar
e que incentiva a se realizar o trabalho sem antes planejar, desprezando o autocontrole, o uso de
dados gerados pelas medições por indicadores e a atitude preventiva para que os problemas dos
processos nunca ocorram.
O que é método?
As ferramentas que nos ajudam a organizar e a entender dados e fatos são fundamentais
para a solução de problemas.
Para entender o que é ferramenta, voltamos ao exemplo do médico: vimos que ele fez pergun-
tas, exames clínicos e laboratoriais. Usou, portanto, recursos para auxiliá-lo na condução do méto-
do de diagnósticos e solução do problema. Em qualidade, chamamos tais recursos de ferramentas.
As ferramentas, portanto, consistem nos recursos utilizados pelo método. No nosso caso,
são os recursos necessários para coletar dados, levantar hipóteses, testar hipóteses, verificar re-
sultados, entre outras aplicações.
11.3 Programa 5S
O pacote japonês contra o desperdício
“Ai, meu Deus! Já vem essa história de japonês de novo! Brasileiro é diferente. Aqui, isso não
vai dar certo!”. Tudo bem, nós somos diferentes. Mas você vai ver como as fases desse método
têm tudo a ver com a gente.
O Método 5S surgiu no Japão no fim dos anos 60 e serviu de base para a Implantação, o
dos programas de Qualidade Total naquele país. Ele é chamado de 5S para lembrar as cinco pala-
vras japonesas que dão o nome a cada uma de suas fases: “seiri”, “seiton”, “seiso”, “seiketsu”
e “shitsuke”.
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Esse método também é conhecido por outros nomes: housekeeping (lê-se rausquípine. Pode-
-se traduzir por arrumação da casa), SOL e D’olho. O principal objetivo de um programa baseado nos
5 “esses” é a manutenção, o da ordem do local de trabalho, de forma que ele permaneça sempre
organizado, arrumado e limpo, sob condições padronizadas e com a disciplina necessária para que
se consiga o melhor desempenho nas atividades de cada um.
Vamos então conhecer o significado do 5S: é mais que um simples programa idealizado pelos
japoneses nos anos 60 e que está sendo difundido no mundo inteiro. O 5S é uma filosofia de vida.
No Japão, cada “S” corresponde a letra inicial de um nome. No nosso país, esses nomes
significam o Senso ou Sentido de uma atividade e assim ficaram traduzidos os 5”s”:
Este programa consiste em cinco passos para nos ajudar a organizar, cuidar e melhorar o
ambiente de trabalho, e que também deve ser aplicado no ambiente de nossas casas.
74 Gestão Organizacional
Senso de Utilização
Senso de Ordenação
Senso de Limpeza
Senso de Saúde/Higiene
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Senso de Autodisciplina
2. - Menos desperdício;
3. - Mais conforto;
4. - Menos energia;
5. - Mais tempo;
8. - Menos acidente.
11.4 Fluxograma
É uma apresentação gráfica dos passos seguidos em um processo e tem por objetivo mostrar
a sequência, ajudando-nos a perceber a lógica. Permite que uma equipe de melhoria “caminhe” so-
bre um processo sem sair da sala de reunião, descobrindo problemas potenciais, gargalos, passos
desnecessários e retrabalhos.
Ajuda também no entendimento do processo como um todo. Muitas vezes uma equipe de
melhoria verá que cada um de seus participantes conhece uma parte do processo melhor que os
outros. Com o completo entendimento do processo, proporcionado pelo fluxograma, todas as pes-
soas podem participar mais eficientemente da solução de problemas.
Como fazer:
O processo de trabalho deve ser registrado utilizando os símbolos gráficos expostos a seguir:
Depois de registrar o fluxo real de um processo, é necessário compará-lo com o fluxo que ele
deveria ter seguido. Esta análise frequentemente revela áreas problemáticas do processo e deve
ser feita de acordo com os passos descritos adiante.
∙∙ · É necessário?
∙∙ · Como é atualizado?
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∙∙ Quando o processo é complexo, deve-se primeiro organizar uma sequência simples dos
eventos. Em seguida, fazer outros fluxogramas para mostrar os detalhes das partes com-
plexas do trabalho.
Os dados utilizados são reportados a uma Lista de Verificação ou a outra fonte de coleta de
dados qualquer (criada a partir do processo que está sendo estudado).
78 Gestão Organizacional
Na maioria das vezes, temos melhores resultados se atuarmos nos dados da barra mais alta
do gráfico do que nos embaraçarmos nas barras menores.
Exemplo:
Num primeiro momento, as ideias não devem ser discutidas: o mais importante é a quantida-
de. O objetivo é que uma palavra ou ideia puxe a outra. Elas devem ser escritas com as mesmas
palavras utilizadas pela pessoa, não devendo ser interpretadas.
O brainstorming deve ser empregado sempre que for preciso desenvolver uma visão global a
respeito de um problema ou de sua solução.
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∙∙ · Na definição do projeto
a) Estruturado
Todas as pessoas do grupo devem dar uma ideia a cada rodada ou passar, esperando a pró-
xima vez. Esta forma auxilia o tímido ou quieto a participar, mas pode também criar certa pressão
sobre a pessoa. Por isso, é bom avisar as pessoas que elas podem ceder a sua vez de falar.
b) Não-estruturado
Os participantes do grupo simplesmente dão as ideias conforme elas surgem em suas men-
tes. Isso tende a criar uma atmosfera mais relaxada, mas também há risco da monopolização pelos
participantes mais extrovertidos.
∙∙ · Não critique ideias. Registrar imediatamente o que for falado. Imprimir um ritmo dinâmico
visando a obtenção de maior quantidade possível de ideias.
∙∙ · Escrever num flipchart todas as ideias. Expô-las evita mal-entendidos e serve como estí-
mulo a novas ideias.
Convém mencionarmos ainda que a geração das ideias pode ser feita por escrito, procedimen-
to para o qual se convencionou o nome de brainwriting. É usado para evitar alguns efeitos negativos
do brainstorming, tais como o medo das opiniões dos outros ou as dificuldades em verbalizar rápido
as ideias.
Dado o problema, cada pessoa escreve, em 3 a 4 minutos, todas as ideias a ele relacionadas.
∙∙ · O processo pode continuar até que cada um receba sua lista de volta, ou até que as
ideias se esgotem.
A partir daí, as ideias geradas são discutidas e selecionadas, tal como nos procedimentos de
brainstorming já descritos.
Os ramos que saem das setas representam as principais categorias de causas (ou soluções)
potenciais. As categorias típicas são matéria-prima, máquina, meio ambiente, mão de obra, medi-
das e método, conhecidas como 6M.
Essas categorias, usadas inicialmente para a realidade industrial, sofreram uma adaptação
para o ramo de serviços, tornando-se conhecidas como 4P: Políticas, Procedimentos, Pessoal e
Planta (leiaute).
O Diagrama de Causa e Efeito, como o próprio nome diz, foi desenvolvido para representar
a relação entre o “efeito” e todas as possibilidades de “causa” que podem contribuir para esse
efeito.
Pode ser utilizado para analisar um problema ou também para examinar um processo que
está produzindo um resultado satisfatório. Isto permite à equipe praticar a prevenção, ao tornar as
etapas do processo mais confiáveis. Neste caso, as setas apontam um efeito e não um problema.
Por isso seu nome mais usual, “Diagrama de Causa e Efeito”.
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Como se usa
O primeiro passo é estabelecer, de comum acordo, uma definição clara do problema selecio-
nado, incluindo onde e quando ocorre, bem como sua extensão.
b) Definindo as categorias de causas do processo que auxiliem na organização dos fatos mais
importantes. Estas serão chamadas causas primárias.
d) Questionando, para cada causa, “Por que isto acontece?”, relacionando as respostas
como contribuidoras da causa primária.
∙∙ · não mostra respostas a uma questão, mas sim um conjunto de possíveis causas, conhe-
cidas ou suspeitas;
∙∙ · ajuda a organizar e buscar causas, mas não as identifica. Isto é feito através de outras
ferramentas, como, por exemplo, o Gráfico de Pareto.
82 Gestão Organizacional
11.8 Técnica 5W 2H
A Técnica 5W 2H é, na verdade, uma ferramenta prática que permite, a qualquer momento,
saber os dados mais importantes de um projeto. Os pontos importantes sobre o projeto e cada
atividade teremos que definir. Para isso, não há uma regra fixa, nem perguntas prontas. Isso depen-
derá de cada projeto, de cada atividade e dos participantes da equipe.
Na tabelas abaixo, encontraremos as seguintes palavras-chave:
∙∙ O quê (What)? – Qual é a atividade? Qual é o assunto? O que deve ser medido? Quais os
resultados dessa atividade? Quais atividades são dependentes dela? Quais atividades são
necessárias para o início da tarefa? Quais os insumos necessários?
∙∙ Quem (Who)? – Quem conduz a operação? Qual a equipe responsável? Quem executará
determinada atividade? Quem depende da execução da atividade? A atividade depende de
quem para ser iniciada?
∙∙ Onde (Where)? – Onde a operação será conduzida? Em que lugar? Onde a atividade será
executada? Onde serão feitas as reuniões presenciais da equipe?
∙∙ Por quê (Why)? – Por que a operação é necessária? Ela pode ser omitida? Por que a ativi-
dade é necessária? Por que a atividade não pode fundir-se com outra atividade? Por que A,
B e C foram escolhidos para executar essa atividade?
∙∙ Quando (When)? – Quando será feito? Quando será o início da atividade? Quando será o
término? Quando serão as reuniões presenciais?
∙∙ Como (How)? – Como conduzir a operação? De que maneira? Como a atividade será execu-
tada? Como acompanhar o desenvolvimento dessa atividade? Como A, B e C vão interagir
para executar essa atividade?
∙∙ Quanto (Howmuch)? - Quanto custa realizar a mudança? Quanto custa a operação atual?
Qual é a relação custo/ benefício? Quanto custará a atividade? Quanto tempo está previsto
para a atividade?
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FIRESO
A técnica 5W2H é uma ferramenta simples, porém poderosa para auxiliar a análise e o conhe-
cimento sobre determinado processo, problema ou ação a ser efetivado.
2. Plano de ação: montando um plano de ação sobre o que deve ser feito para eliminar um
problema.
3. Padronização: padronizando procedimentos que devem ser seguidos como modelo para
prevenir o reaparecimento de problemas.
O POP pode ser aplicado, por exemplo, numa empresa cujos colaboradores trabalhem em três
turnos, sem que os trabalhadores desses três turnos se encontrem e que, por isso, executem a
mesma tarefa de modo diferente.
A maioria das empresas que empregam este tipo de formulário possui um Manual de Proce-
dimentos que é originado a partir do fluxograma da organização.
Instruções de trabalho
Consideradas como o instrumento mais simples do rol das informações técnicas e gerenciais
da área da qualidade, as Instruções de Trabalho – IT, também conhecidas como NOP (Norma Ope-
racional Padrão) ou POP (Procedimento Operacional Padrão), têm uma importância capital dentro
de qualquer processo funcional, cujo objetivo básico é garantir, mediante uma padronização, os
resultados esperados por cada tarefa executada (Colenghi, 2007).
Quando da elaboração de uma IT, mais importante do que a forma é colocar todas as informa-
ções necessárias ao bom desempenho da tarefa, e não deve ser ignorado que a Instrução é um ins-
trumento destinado a quem realmente vai executar a tarefa, ou seja, o operador. Preferencialmente,
as ITs deverão ser “elaboradas” pelos próprios operadores, executores de cada tarefa.
84 Gestão Organizacional
Itens:
2. Objetivo do POP (a quê ele se destina, qual a razão da sua existência e importância)
4. Local de aplicação (aonde se aplica aquele POP? Ambiente ou Setor ao qual o POP é des-
tinado)
5. Siglas (Caso siglas sejam usadas no POP, dar a explicação de todas: DT = Diretor Técnico;
MQ = Manual da Qualidade, etc.)
Mas atenção: executante é uma coisa, responsável é outra. Pode acontecer que o executan-
te seja a mesma pessoa responsável, mas nem sempre isso acontece.
7. Se existir algum fluxograma relativo a essa tarefa, como um todo, ele pode ser agregado
nessa etapa.
10. Informar em quais meios ele será guardado (eletrônico ou computador ou em papel)
12. Responsável.
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SESI
SENAI
IEL
INDI
FIRESO
A mistura de problemas gera confusão. Nesse caso, é preciso separar cada problema que
tenha causa própria. Depois disso, é hora de saber qual a prioridade na solução dos problemas
detectados. Isto se faz respondendo a três perguntas:
1. Qual a gravidade do desvio? Indagação que exige outras explicações. Que efeitos surgirão
em longo prazo caso o problema não seja corrigido? Qual o impacto do problema sobre coisas,
pessoas, resultados?
2. Qual a urgência de se eliminar o problema? A resposta está relacionada com o tempo dis-
ponível para resolvê-lo.
3. Qual a tendência do desvio e seu potencial de crescimento? Será que o problema se torna-
rá progressivamente maior? Será que tenderá a diminuir e desaparecer por si só?
Esta matriz é uma forma de tratar problemas com o objetivo de priorizá-los. Leva em conta:
Este tipo de análise deve ser feita pelo grupo de melhoria com colaboradores do processo,
de forma a estabelecer a melhor priorização dos problemas. Lembrando que deve haver consenso
entre os membros do grupo.
11.11 Kaizen
Kaizen é uma palavra de origem japonesa com o significado de melhoria contínua, gradual, na
vida em geral (pessoal, familiar, social e no trabalho).
Essa prática (exprimindo uma forte filosofia de vida oriental e sendo, por sua vez também,
uma filosofia, uma cultura) visa o bem não somente da empresa como do homem que trabalha nela.
As empresas são municiadas com ferramentas para se organizarem e buscarem sempre resultados
melhores.
Para o Kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve passar sem que alguma
melhoria tenha sido implantada, seja ela na estrutura da empresa ou no indivíduo. Sua metodologia
traz resultados concretos, tanto qualitativamente, quanto quantitativamente em um curto espaço de
tempo e a um baixo custo (que, consequentemente, aumenta a lucratividade), apoiados na sinergia
gerada por uma equipe reunida para alcançar metas estabelecidas pela direção da empresa.
Uma analogia conhecida é a de uma história chamada “O Tesouro de Bresa”, na qual um po-
bre alfaiate compra um livro com o segredo de um tesouro. Para descobrir o segredo, ele tem que
decifrar todos os idiomas escritos no livro. Ao estudar e aprender estes idiomas, começam a surgir
oportunidades e ele lentamente (de forma segura) começa a prosperar.
O processo de melhoria não deve acabar nunca, e os tesouros são conquistados com saber
e trabalho. Por isso, a viagem é mais importante que o destino.
No Brasil, o LeanInstitute Brasil, instituto de pesquisa sem fins lucrativos com missão de dis-
seminar as práticas Lean. Atua no treinamento de pessoas para a utilização dessas ferramentas,
incluindo a prática do Kaizen.
FIEC
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SENAI
IEL
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FIRESO
LeanThinking
Naquela época, a montadora japonesa não estava nem entre as dez maiores do mundo. Em
2009, a Toyota tornou-se a maior em volume de vendas, acumulando vitória após vitória ao longo
dessas décadas, mostrando as vantagens e benefícios do sistema que desenvolveu.
Não se trata de um conceito exclusivo da Toyota, podendo ser aplicado por empresas de qual-
quer negócio e em qualquer país ou região. Deve ser visto como um sistema de gestão para toda
a empresa.
Lean é uma estratégia de negócios para aumentar a satisfação dos clientes por meio da me-
lhor utilização dos recursos. A gestão lean procura fornecer, consistentemente, valor aos clientes
com os custos mais baixos (PROPÓSITO), por intrermédio da identificação de melhoria dos fluxos de
valor primários, e de suporte (PROCESSOS), por meio do envolvimento das pessoas qualificadas,
motivadas e com iniciativa (PESSOAS). O foco da implementação deve estar nas reais necessidades
dos negócios e não na simples aplicação das ferramentas lean.
A adoção dessa filosofia tem trazido resultados extraordinários para as empresas que a
praticam, ainda que poucas tenham conseguido replicar totalmente o sucesso e a eficiência ope-
racional alcançados pela Toyota. Originalmente concebidas como práticas de manufatura, tem sido
gradualmente disseminada em todas as áreas da empresa e também para os mais diferentes tipos
e setores, tornando-se efetivamente uma filosofia e uma cultura empresarial.
Os requisitos para definição desses indicadores tratam dos processos de um modelo da ad-
ministração de serviços e busca da maximização dos resultados baseados em quatro perspectivas
que refletem a visão e a estratégia empresarial:
∙∙ financeira;
∙∙ clientes;
∙∙ processos internos;
∙∙ aprendizado e crescimento.
BSC (Balanced Scorecard) é uma sigla que pode ser traduzida para Indicadores Balanceados
de Desempenho, ou ainda para Campos (1998), Cenário Balanceado. O termo “Indicadores Balan-
ceados” se dá pelo fato de a escolha dos indicadores de uma organização não se restringir unica-
mente no foco econômicofinanceiro.
Segundo Kaplan e Norton (1997, p. 25), o Balanced Scorecard reflete o equilíbrio entre ob-
jetivos de curto e longo prazo, entre medidas financeiras e nãofinanceiras, entre indicadores de
tendências e ocorrências e, ainda, entre as perspectivas interna e externa de desempenho.
FIEC
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Este conjunto abrangente de medidas serve de base para o sistema de medição e gestão
estratégica por meio do qual o desempenho organizacional é mensurado de maneira equilibrada sob
as quatro perspectivas. Dessa forma
Portanto, a partir de uma visão balanceada e integrada de uma organização, o BSC permite
descrever a estratégia de forma muito clara, por intermédio de quatro perspectivas: financeira,
clientes, processos internos, aprendizado e crescimento, sendo que todos se interligam entre si,
formando uma relação de causa e efeito.
Desde que foi criado, o BSC vem sendo utilizado por centenas de organizações do setor pri-
vado, público e em ONGs no mundo inteiro e foi escolhido pela renomada revista Harvard Business
Review como uma das práticas de gestão mais importantes e revolucionárias dos últimos 75 anos.
O ideal é que cada CCQ tenha no mínimo três e no máximo sete funcionários. Todas as deci-
sões dos círculos são tomadas em conjunto, em consenso.
Além destas cinco, existe a ISO 8402 (conceitos e Terminologia da Qualidade), a ISO 10011
(Diretrizes para a Auditoria de Sistemas da Qualidade) e uma série de guias ISO pertinentes à cer-
tificação e ao registro de sistemas da qualidade.
As normas ISO 9000 podem ser utilizadas por qualquer tipo de empresa, seja ela grande ou
pequena, de caráter industrial, prestadora de serviços ou mesmo uma entidade governamental.
Deve ser enfatizado, entretanto, que as normas ISO série 9000 dizem respeito apenas ao
sistema de gestão da qualidade de uma empresa, e não às especificações dos produtos fabricados
por esta empresa. Em outras palavras, o fato de um produto ser fabricado por um processo certifi-
cado segundo as normas ISO 9000 não significa que este produto terá maior ou menor qualidade
que outro similar, significa apenas que todos os produtos fabricados segundo este processo apre-
sentarão as mesmas características e o mesmo padrão de qualidade.
Atenção!
As normas ISO 9000 não conferem qualidade extra à um produto (ou serviço), garantem ape-
nas que o produto (ou serviço) apresentará sempre as mesmas características.
As normas individuais da série ISO 9000 podem ser divididas em dois tipos:
∙∙ Diretrizes para seleção e uso das normas (ISO 9000) e para a implementação de um sis-
tema de gestão de qualidade (ISO 9004). Esta última usa frases do tipo: “O sistema de
qualidade deve...”.
FIEC
SENAI-CE 91
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FIRESO
∙∙ Normas contratuais (ISO 9001, ISO 9002, ISO 9003). Chamadas assim por se tratarem de
modelos para contratos entre fornecedor (que é a empresa em questão) e cliente. Utilizam
frases do tipo: “O fornecedor deve...”.
∙∙ ISO9001: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba as áreas de pro-
jeto/desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica.
Pode-se dizer que a ISO série 9000 é um modelo de três camadas em que a ISO 9001 englo-
ba a ISO 9002 que, por sua vez, engloba a ISO 9003.
A decisão sobre qual das normas contratuais da série ISO 9000 utilizar depende da finalidade
das atividades da indústria em questão. A ISO 9002 é a mais apropriada para a maioria das fábri-
cas baseadas em processos de manufatura bem estabelecidos. A ISO 9001, por sua vez, é mais
apropriada para processos que envolvem atividades de pesquisa e desenvolvimento.
A ISO 9003 engloba somente a inspeção e ensaios finais e, por isso, tem um valor limitado.
Na prática, esta norma não é mais utilizada.
A série de normas ISO 9000 baseia-se em 20 elementos ou critérios que englobam vários
aspectos da gestão da qualidade. Apenas a ISO 9001 exige que todos os 20 elementos estejam
presentes no sistema da qualidade. A ISO 9002 faz uso de 18 destes elementos (não fazem parte
desta norma o controle de projeto e a assistência técnica), enquanto que a ISO 9003 engloba so-
mente 12. Segue uma breve descrição dos 20 elementos das normas ISO 9000:
Análise crítica de contratos: os requisitos contratuais devem estar completos e bem defini-
dos. A empresa deve assegurar que tenha todos os recursos necessários para atender às exigên-
cias contratuais.
92 Gestão Organizacional
Produtos fornecidos pelo cliente: deve-se assegurar que estes produtos sejam adequados ao
uso.
Situação da inspeção e ensaios: deve haver, no produto, algum indicador que demonstre por
quais inspeções e ensaios ele passou e se foi aprovado ou não.
Controle de produto não-conforme: requer procedimentos para assegurar que o produto não
conforme aos requisitos especificados é impedido de ser utilizado inadvertidamente.
Registros da qualidade: devem ser mantidos registros da qualidade ao longo de todo o proces-
so de produção. Estes devem ser devidamente arquivados e protegidos contra danos e extravios.
Técnicas estatísticas: devem ser utilizadas técnicas estatísticas adequadas para verificar a
aceitabilidade da capacidade do processo e as características do produto.
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SENAI-CE 93
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Analisando estes critérios, nota-se que o ponto central de um sistema de gestão da qualidade
baseada nas normas ISO 9000 é a apropriada documentação deste sistema. De fato, as normas
podem ser resumidas em:
Diga o que você faz, faça o que você diz e... documente tudo!
∙∙ · O nível IV consiste nos registros da qualidade, entre os quais podemos citar os resultados
de inspeções, os registros de aferição, as ordens de compra, a lista de fornecedores, etc.
Estes registros são as evidências de que as instruções (nível III) foram seguidas.
Atenção!
Criada em 11 de abril de 1919 pelo tratado de Versalhes e vinculado a Organização das Na-
ções Unidas – ONU, tem a responsabilidade de fomentar o desenvolvimento do trabalho no mundo,
estipulando parâmetros de legislação trabalhista a serem observados pelos países filiados, inclusi-
ve no tocante a Segurança e a Saúde no Trabalho.
Mais comumente chamada de CLT, constitui-se no decreto-lei nº. 5.452 de maio de 1943.
Representa a reunião em um só diploma legal de toda legislação trabalhista, até então vigente de
forma dispersa e fracionada.
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FIRESO
Existem doenças que possuem o mesmo tratamento legal de acidente do trabalho. São elas:
a) degenerativas;
d) endêmicas.
Acidente de trajeto
Equipara-se ao acidente de trabalho nos termos do artigo 21 da lei nº. 8.213/91. Pode ser
definido como o infortúnio possível de acontecer com o trabalhador no percurso da residência para
o local de trabalho ou desde para aquela, antes ou após o término da jornada de trabalho, qualquer
que seja o meio de locomoção.
96 Gestão Organizacional
Impõe o artigo 22 da lei nº 8.213/91 que a empresa deverá comunicar o acidente de traba-
lho a Previdência Social (INSS) até o 1º dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de
imediato a autoridade competente.
Vamos pensar...
A comunicação deve ser feita ao INSS por meio do preenchimento de formulário específico,
denominado Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, devendo ser observado o seguinte:
Atos inseguros
Uma das causas básicas de acidentes do trabalho é a condição insegura, que são deficiên-
cias, defeitos e irregularidades técnicas nas instalações físicas, máquinas ou equipamentos, os
quais podem ocasionar acidentes de trabalho. É de responsabilidade do empregador a eliminação
de tais correções.
Exemplos:
∙∙ iluminação inadequada;
∙∙ desconforto térmico;
∙∙ piso escorregadio;
SENAI-CE 97
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∙∙atos de exibicionismo;
∙∙ Não usar os equipamentos de proteção individual – algumas funções exigem que os em-
pregados utilizem equipamentos de proteção, tais como máscaras, botas, luvas, cinto de
segurança, óculos, macacão, capacetes etc.;
∙∙ Manipular de modo inseguro produtos químicos – quem trabalha com produtos químicos
deve conhecer suas características agressivas, o perigo de misturá-los com outros, a ma-
neira segura de serem guardados e mantidos fora do alcance de curiosos;
∙∙ Transportar ou empilhar inseguramente – quem carrega volumes deve saber o quanto pode
carregar sem prejuízos para sua coluna e músculos, assim como quem empilha deve dis-
por os volumes de maneira adequada para evitar desmoronamento que representam risco
para o empilhador e para outras pessoas que se utilizem o materialempilhado;
98 Gestão Organizacional
∙∙ Fumar e usar chamas em lugares indevidos – deve-se evitar fumar ou usar chamas em
locais de depósitos de inflamáveis ou material de fácil combustão.
Atenção!
Atos inseguros são causas diretas de acidentes do trabalho. O combate à prática destes atos
deve ser constante em todos os programas que visam realmente prevenir acidentes. Serviço de se-
gurança, setor de treinamento, serviço médico e principalmente supervisores devem participar, em
conjunto, da correção e da eliminação dos hábitos que levam a essas atitudes inseguras, pois os
atos inseguros têm origem em fatores pessoais que podem ser corrigidos ou, pelo menos, bastante
atenuados pelas pessoas ou órgãos anteriormente citados.
O acidente de trabalho traz consequências sérias tanto para o governo, quanto para o empre-
gado e o empregador.
Para o Governo
Para o empregador
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Auxílio-doença
É o benefício previdenciário devido ao segurado que ficar incapacitado para o trabalho ou para
sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos, conforme artigo 59 da lei nº. 8.213/91.
Equivalente a 91% do Salário-benefício. Porém, para recebê-lo, requer carência de 12 contribuições.
Salário-Benefício
Auxílio-acidente
13.1.1 Aposentadoria
Especial
Idade
Tem direito ao benefício os trabalhadores urbanos do sexo masculino aos 65 anos e do sexo
feminino aos 60 anos. Os trabalhadores rurais podem pedir aposentadoria por idade com cinco
anos a menos: aos 60, homens, e aos 55, mulheres.
Invalidez ao trabalhador
Benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados pela
perícia médica da Previdência Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de
serviço que lhes garanta o sustento.
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SENAI-CE 101
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Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver
doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no agravamento
da enfermidade.
Sobre o benefício:
∙∙ Cegueira total;
Tempo de Contribuição
Pode ser integral ou proporcional. Para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador ho-
mem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos.
Para requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador tem que combinar dois requisitos:
tempo de contribuição e a idade mínima.
A pensão por morte, seja por acidente típico, seja por doença ocupacional, é devida aos de-
pendentes do segurado.
Estabilidade provisória para o trabalhador vítima de acidente do trabalho O segurado que so-
freu acidente de trabalho tem garantia, pelo prazo de 12 meses, à manutenção do seu contrato de
trabalho, após a cessação do auxílio-doença acidentário.
102 Gestão Organizacional
O pagamento, pela previdência social das prestações por acidentes de trabalho, não exclui a
responsabilidade civil da empresa ou de outrem.
As NRs poderão ser obtidas, na íntegra, pelo site www.mpas.gov.br, Departamento de Segu-
rança e Saúde no Trabalho, além de publicações de inúmeros autores e de diversas editoras.
Veja abaixo a relação das Normas Regulamentadoras e o que cada uma prescreve. A seguir,
veremos com detalhes algumas delas.
NR 1 - Disposições Gerais.
NR 2 - Inspeção Prévia.
NR 3 - Embargo ou Interdição.
do Trabalho.
NR 5 – CIPA.
NR 8 – Edificações.
NR 12 - Máquinas e Equipamentos.
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SENAI-CE 103
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NR 14 - Fornos.
NR17 - Ergonomia.
NR 19 - Explosivos.
NR 25 - Resíduos Industriais.
NR 26 - Sinalização de Segurança.
NR 28 - Fiscalização e Penalidades.
Aplicação
Empresas públicas e privadas que possuem empregados regidos pela Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT).
104 Gestão Organizacional
Por meio desse programa, o governo concede incentivos fiscais para que as empresas forne-
çam refeições ou alimentos. Isso porque a desnutrição é uma das principais causas para ocorrência
de acidentes de trabalho.
Conceito de Empregador
Pessoa física ou jurídica que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria
e dirige a prestação pessoal de serviços.
É a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a depen-
dência desde e mediante salário.
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SENAI-CE 105
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Conceito de empresa
Conceito de estabelecimento
Corresponde a cada uma das unidades da empresa funcionando em lugares diferentes, tais
como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, etc.
∙∙ Elaborar ordens internas de serviço SMT, dando ciência dos seguintes objetivos:
- Dar conhecimento aos empregados de que são passíveis de punição pelo descumprimento
das ordens de segurança;
∙∙ Notificação, por meio da qual é concedido um prazo variável de 1 a 60 dias para correção
da irregularidade;
∙∙ Advertência;
∙∙ Aviso disciplinar;
∙∙ Suspensão.
Atenção!
SENAI-CE 107
SESI
SENAI
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Incapacidade Temporária
Quando o trabalhador tem como sequela a perda de membro e/ou função que afete sua inca-
pacidade produtiva, sem, contudo incapacitá-lo totalmente para o trabalho (auxílio-acidente).
Quando ocorre a incapacidade definitiva para exercer atividade laboral que lhe garanta a sub-
sistência (aposentadoria por invalidez).
Grau de Risco
∙∙ Grau de risco 1.
∙∙ Grau de risco 2.
∙∙ Grau de risco 3.
∙∙ Grau de risco 4.
108 Gestão Organizacional
13.2.2 Norma Regulamentadora Nº. 05: comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA)
DA CONSTITUIÇÃO
DA ORGANIZAÇÃO
SENAI-CE 109
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Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após o
término do mandato anterior.
Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto,
entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do em-
pregador.
Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unida-
de descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário
anual das reuniões ordinárias.
DAS ATRIBUIÇÕES
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e
saúde dos trabalhadores;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Pre-
venção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
SENAI-CE 111
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SENAI
IEL
INDI
FIRESO
DO FUNCIONAMENTO
As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias
para todos os membros.
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas
corretivas de emergência;
As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso. Não havendo consenso e frus-
tradas as tentativas de negociação direta ou com mediação, será instalado processo de votação,
registrando-se a ocorrência na ata da reunião.
O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária, quando
será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessá-
rios.
O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de
quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obe-
decida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o empregador
comunicar à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justificar
os motivos.
DO TREINAMENTO
O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias,
contados a partir da data da posse.
a. estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do pro-
cesso produtivo;
c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos exis-
tentes na empresa;
O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias
e será realizado durante o expediente normal de trabalho.
O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de
trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre aos temas.
DO PROCESSO ELEITORAL
Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados
na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso.
SENAI-CE 113
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13.2.3 Norma Regulamentadora Nº. 07: programa de controle médico de saúde ocupacional (PCM-
SO)
OPCMSO se constitui:
∙∙ Parte integrante no campo da saúde do trabalhador, articulado com as demais NRs, privile-
giando o instrumental clínico-epidemiológico em relação a saúde e o trabalho.
∙∙ Deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico dos agravos a saúde relacio-
nados ao trabalho.
∙∙ Deve ser planejado com base nos riscos a saúde dos trabalhadores.
Responsabilidades do empregador
∙∙ Admissional;
∙∙ Periódico;
∙∙ De retorno ao trabalho;
∙∙ De mudança de função;
∙∙ Demissional.
∙∙ No caso de agentes químicos não constantes nos Quadros I e II, outros indicadores pode-
rão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio, acritério do médico coordenador, do
agente de inspeção do trabalho ou negociação coletiva.
Momento da avaliação clínica no exame médico admissional: Antes que o trabalhador inicie
suas atividades.
Momento da avaliação clínica no exame médico periódico: A cada ano ou intervalos menores
a critério do coordenador, notificação do agente de inspeção ou de negociação coletiva;
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SENAI-CE 115
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SENAI
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FIRESO
Momento da avaliação clinica no exame médico de mudança de função: Antes da data de mu-
dança de função. Entende-se por mudança de função qualquer alteração de atividade que implique
em diferentes riscos ao trabalhador.
∙∙ Atenção especial à vedação para que menores desenvolvam atividades em locais insalu-
bres, perigosos e que possam causar danos a sua formação moral;
∙∙ Não será permitido aos menores e mulheres desenvolver atividades que demandem esfor-
ço muscular contínuo superior a 20 kg ou ocasional superior a 25 kg.
SENAI-CE 117
SESI
SENAI
IEL
INDI
FIRESO
Quando seu uso for inevitável, faz-se necessário tomar certas medidas quanto a seleção e
indicação, pois o uso e o fornecimento dos EPIs são disciplinados pela NR-6.
Importante!
A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só do equipamento como
também das condições em que o trabalho é executado. É preciso conhecer as características, qua-
lidades técnicas e, principalmente, os graus de proteção que o equipamento deverá proporcionar.
Obrigações do empregador:
Obrigações do empregado:
∙∙ responsabilizar-se pela danificação do EPI pelo seu uso inadequado ou fora das atividades
a que se destina, bem como pelo seu extravio.
Obrigações do fabricante:
∙∙ fabricante do EPI deve ter seu estabelecimento registrado para esse fim específico, em
órgão e repartições do governo federal, estadual e municipal;
Pode-se classificar os EPIs agrupando-os segundo a parte do corpo que se deve proteger.
∙∙ capacete
Nos membros superiores, situam-se as partes do corpoem que ocorrem lesões com maior
frequência, as mãos.
A grande parte dessas lesões pode ser evitada com o uso de luvas, que impedem o contato
direto com materiais cortantes, abrasivos, aquecidos ou com substâncias corrosivas e irritantes.
∙∙ luvas de lona
FIEC
SENAI-CE 119
SESI
SENAI
IEL
INDI
FIRESO
∙∙ luvas de amianto
As pernas e os pés são partes do corpo que, além de estarem sujeitos diretamente ao aci-
dente, ainda mantêm o equilíbrio do corpo.
Por esta razão, os EPIs ganham dupla importância, ou seja, proteger diretamente os membros
inferiores e evitar a queda, que pode ter consequências graves.
∙∙ botas de borracha
∙∙ polainas
Proteção do tronco
∙∙ avental de lona
∙∙ avental de amianto
∙∙ avental de plástico
120 Gestão Organizacional
A finalidade é impedir que as vias respiratórias sejam afetadas por gases ou outras substân-
cias nocivas ao organismo.
∙∙ semifacial
∙∙ facial
∙∙ de filtro
∙∙ com suprimento de ar
De modo geral, os EPIs devem ser limpos e desinfetados cada vez em que há troca de usu-
ário.
É importante saber que a saúde de cada profissional está relacionada tambémà sua postura
corporal durante a realização das atividades. Para assegurar uma postura correta, é preciso que os
objetos e os equipamentos como mesas, cadeiras e maquinário estejam dispostos de acordo com
as regras definidas pela ergonomia.
Outras doenças são resultantes de cargas de trabalho excessivas, tais como fadiga, desgaste
mental e problemas neurológicos relacionados ao trabalho sob contínua pressão, esforços repetiti-
vos e estresse em excesso.
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Para os profissionais que trabalham em atividades rotineiras e repetitivas, que passam muito
tempo sentados, em pé ou utilizando computadores, recomenda-se o estabelecimento de intervalos
para descanso a cada 50 minutos.
14 PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Nunca na história da humanidade houve tanto progresso quanto no século XX.
No entanto, nunca o homem pôs tanto em risco sua própria sobrevivência. Com seus inventos
e descobertas, o homem tem produzido e desfrutado de um grande número de bens para o seu
conforto, como a energia elétrica, o telefone celular, o automóvel, o avião, o computador.
Mas, para produzir e consumir esses bens, ele precisa de minerais, das águas dos rios, das
chuvas, do ar, do calor da atmosfera, do clima, das plantas, do solo e das florestas, enfim, dos
mais variados recursos naturais provenientes da terra.
Porém, ao produzir esses bens, destrói os recursos naturais, provocando grandes problemas
ambientais que afetam toda a forma de vida do Planeta. A atividade industrial, principalmente, é res-
ponsável por boa parcela dos problemas do meio ambiente, tornando, cada vez mais, insustentável
a vida humana. Além disso, a velocidade com que essa destruição vem ocorrendo pode apressar o
fim do planeta se o homem não mudar sua maneira de produzir e distribuir a riqueza.
É preciso entender que é necessário mudar a nossa maneira de nos organizarmos, a fim de
que possamos progredir: é preciso preservar os recursos naturais, pois a vida na Terra é solidária,
como o metabolismo de um organismo vivo. Cada parte influencia e depende de outras, o homem
depende de outro, cada planta e cada animal, de outras plantas e animais. A Terra é um organismo
vivo e, ao perturbar uma só dessas partes, acabamos afetando o todo.
Assim, falar em desenvolvimento sustentável significa falar em progresso para todos preser-
vando a natureza.
Para isso, é necessário realizar profundas mudanças na maneira como o homem realiza o seu
progresso material e partilha seus benefícios, de forma justa e sem ameaçar a paz da humanidade.
122 Gestão Organizacional
Os renováveis são aqueles que, uma vez utilizados pelo homem, podem ser repostos. Por
exemplo: a vegetação (com o reflorestamento), as águas em geral (com excesso dos lençóis fós-
seis ou artesianos), o ar e o solo (que pode ser recuperado por meio do pousio, da proteção contra
erosão, da adubação correta, da irrigação, etc.).
Os recursos naturais, uma vez consumidos, não podem ser repostos pela natureza num es-
paço de tempo razoável, comparativamente à escala da vida humana. São produtos resultantes de
processos extremamente lentos da litosfera. Tanto os combustíveis fósseis, como os minerais me-
tálicos e não-metálicos, são considerados não renováveis porque a sua capacidade de se renovar
é muito reduzida comparada com a utilização que deles fazemos. As reservas destes recursos, ao
ritmo que estão sendo utilizadas, irão se esgotar num futuro não muito longínquo.
As energias não renováveis são atualmente as mais utilizadas, como o petróleo, o carvão e
o gás natural.
A sua combustão liberta dióxido carbono (CO2) para a atmosfera, causando o aumento do
Efeito de Estufa, característico do nosso planeta, originando consequentemente um fenômeno de-
signado por Aquecimento Global.
Já os recursos naturais não renováveis são aqueles que se esgotam, ou seja, que não podem
ser repostos. Exemplos: o petróleo, o carvão, o ferro, o manganês, o urânio, a bauxita (minério de
alumínio), o estanho, etc. Uma vez utilizado o petróleo, por exemplo, por meio da produção – e da
queima – da gasolina, do óleo diesel, do querosene, etc., é evidente que não será possível repor
ou reciclar os restos.
O fato de um recurso ser renovável, ou reciclável, não significa que ele não possa ser depreda-
do ou inutilizado: se houver mau uso ou descuido com a conservação, o recurso poderá se perder.
Por exemplo, degradação ou destruição irreversível de solos, desaparecimento de uma vegetação
rica e complexa, que é substituída por outra pobre e simples, etc.
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para atender às necessidades do presente, mas levando em conta o futuro, as novas gerações que
ainda não nasceram para as quais temos a obrigação de deixar um meio ambiente sadio.
Foi somente a partir da degradação do meio ambiente pelo homem – e da extinção de inúme-
ras espécies animais e vegetais – que surgiu essa preocupação conservacionista. O intenso uso
da natureza pela sociedade moderna colocou, especialmente na atualidade, uma série de interro-
gações quanto ao futuro do meio ambiente: Quando se esgotarão alguns recursos básicos, como o
petróleo ou o carvão? Como evitar a destruição das reservas florestais que ainda restam em nosso
planeta e ao mesmo tempo garantir alimentos e recursos para a crescente população mundial? O
que fazer para que não ocorra a extinção total de certas espécies ameaçadas, como as baleias?
Como os países subdesenvolvidos poderão resolver seus problemas de pobreza, fome e subnutri-
ção sem depredar a natureza?
Muitos problemas ambientais do planeta foram provocados porque não foram consideradas
as relações que existem entre os elementos que compõem o meio ambiente.
Um distúrbio no solo, num curso d’água ou no ar em um determinado local pode afetar outro
local de maneira complexa e inesperada. Por exemplo:
∙∙ A emissão de certas substâncias químicas na atmosfera por anos a fio destruiu parte da
camada de ozônio que protege a Terra;
∙∙ O uso de combustível fóssil prejudica florestas em todo o mundo e contribui para mudan-
ças climáticas no globo terrestre.
Além disso, a degradação ambiental gera problemas políticos e econômicos num país, influin-
do na qualidade de vida do seu povo.
124 Gestão Organizacional
Entre os problemas ambientais globais que vêm afligindo toda a humanidade, podemos citar
quatro exemplos: chuva áciada, efeito estufa, destruição da camada de ozônio e erosão e deserti-
ficação.
A) Chuva ácida
A chuva ácida é provocada pelos óxidos de nitrogênio e enxofre proveniente de processos in-
dustriais e da combustão nos motores, lançados na atmosfera. Esses óxidos gasosos contaminam
a água da chuva. A acidez da atmosfera provoca problemas de saúde, queima as plantas e deixa os
lagos mais ácidos, provocando a morte das plantas e dos animais aquáticos.
Há hoje leis internacionais que obrigam as indústrias a usar filtros contra gases poluentes e
os veículos atualmente são dotados de catalisadores. Manter o carro bem regulado ajuda a diminuir
a poluição do ar.
O mais grave da chuva ácida, que também ataca prédios e monumentos, é que ela não conhe-
ce fronteiras. Os poluentes produzidos em um local podem ser carregados pelos ventos centenas
ou milhares de quilômetros de distância.
Desta forma, passa a ser responsabilidade de todos adotarem medidas que previnam ou re-
duzam as emissões destes poluentes na natureza. Alguns exemplos dessas medidas são:
∙∙ A substituição do petróleo por fontes de energia não poluentes (aquecimento solar, energia
eólica etc.);
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∙∙ Medidas para diminuir o tráfego em aglomerações urbanas, tais como o incentivo ao uso
do transporte público e a implantação de rodízio de veículos automotores.
B) Efeito estufa
A queima de petróleo e seus derivados e as queimadas das matas provocam uma grande
concentração de gás carbônico. Esse gás age na atmosfera de modo semelhante ao vidro em uma
estufa de plantas: deixa passar a radiação solar e retém o calor, aumentando, gradativamente, a
temperatura da Terra.
Uma das maneiras de prevenir estes problemas é promover reflorestamento de grandes áre-
as para aumentar a absorção do dióxido de carbono (gás carbônico).
Os efeitos dos gases poluentes são agravados quando ocorre o fenômeno da inversão térmi-
ca. É sabido que o ar quente é mais “leve”, menos denso, que o ar frio, e tende a subir, enquanto o
ar frio tende a descer. Porém, condições climáticas desfavoráveis podem inverter esse movimento.
No inverno, principalmente, o ar não se aquece e não sobe, impedindo o movimento das cor-
rentes de ar verticais que ajudam a dissipar as fumaças e os gases poluentes.
Assim, os gases poluentes ficam presos nas camadas mais baixas da atmosfera, causando
muito desconforto para a população, como irritação nos olhos, problemas respiratórios e intoxica-
ção.
O elemento oxigênio, além de fazer parte do oxigênio (O2) no ar que respiramos, também se
encontra na forma de O3, o ozônio, que compõe uma camada situada na alta atmosfera, entre 15
e 40 km de altitude.
Essa camada tem a importante função de proteger a Terra dos efeitos nocivos dos raios ultra-
violetas do sol e que podem causar câncer de pele e outros danos às espécies vivas.
Nos últimos tempos, o mundo está alarmado por uma diminuição significativa das espessu-
ras da camada de ozônio. A esse efeito foi dado o nome de buraco na camada de ozônio.
126 Gestão Organizacional
Os cientistas atribuem o fato ao uso de CFCs - compostos de Cloro, Flúor e Carbono - presen-
tes em aerossóis e sistemas de refrigeração. Estes, quando lançados no ar, reagem destruindo as
moléculas de ozônio. A proibição do uso destes compostos tem sido adotada por diversos países
visando proteger a integridade dos sistemas ambientais globais.
D) Erosão e desertificação
Isso se deve, em parte, ao fato de que a taxa de aproveitamento dos fertilizantes é de apenas
50%. Nas nações industrializadas, o uso de fertilizantes alcançou um estágio no qual aplicações
adicionais não mais aumentam as safras.
Os nitratos dos fertilizantes podem envenenar o sangue, provocar câncer gástrico nos adultos
e má formação do feto. Além disso, o uso de fertilizantes à base de sulfato de amônio acidifica o
solo, ou seja, torna o pH do solo baixo, inibindo o crescimento das plantas.
FIEC
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14.3 Reciclagem
Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-
-los no ciclo de produção. O resultado de uma série de atividades, pela quais materiais que se
tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem
usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
Vamos pensar...
Passo a passo:
Veja primeiro o que a instituição recebe. Não adianta separar, por exemplo plástico, se a en-
tidade só recebe papel.
∙∙ Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão, etc.
∙∙ Metal: latas de aço e de alumínio, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.
4. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os recicláveis até a hora da
coleta. Antes de guardá-los, limpe para retirar os resíduos e deixe secar naturalmente. Para facilitar
o armazenamento, diminua o volume das embalagens de plástico e alumínios, amassando-as. As
caixas devem ser guardadas desmontadas.
Os objetos reciclados não serão transformados nos mesmos produtos. Por exemplo, garrafas
recicláveis não serão transformadas em outras garrafas, mas em outros materiais, como solados
de sapato.
Vamos pensar...
Tipos de lixo:
∙∙ Doméstico (alimentos)
∙∙ Hospitalar
Aproximadamente 88% do lixo doméstico vai para o aterro sanitário. A fermentação produz
dois produtos: o chorume e o gás metano. Além disso:menos de 3% do lixo vai para as usinas de
compostagem (adubo) eo lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores.
Curiosidade
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Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para se decompor. Uma lata de
alumínio, de 80 a 100 anos. Porém, todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se
em novos produtos ou matéria-prima, sem perder as propriedades.
Algumas vantagens:
∙∙ Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja
cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas
árvores você poderia ter ajudado a preservar.
∙∙ Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos do solo cerca de
5.000 quilos de minério, a bauxita.
∙∙ Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande
vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.
Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e
poderia ter sido reciclado! Veja:
∙∙ Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo, dificil-
mente o joga nas vias públicas.
Coleta seletiva
A coleta em PEV - Postos de Entrega Voluntária ou em LEV - Locais de Entrega Voluntária uti-
liza normalmente contêineres ou pequenos depósitos colocados em pontos fixos, onde o cidadão,
espontaneamente, deposita os recicláveis.
O sucesso da coleta seletiva está diretamente associado aos investimentos feitos para sensi-
bilização e conscientização da população. Normalmente, quanto maior a participação voluntária em
programas de coleta seletiva, menor é seu custo de administração. Não se pode esquecer também
a existência do mercado para os recicláveis.
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Legenda:
5 - Polipropileno (PP);
6 - Poliestireno (PS);
7 - Outros.
∙∙ Elaborar uma abordagem para a gestão ambiental semelhante a utilizada para a gestão da
qualidade (ISO Série 9000);
O SAGE realizou estudos que incluíram a norma inglesa de gestão ambiental, a BS 7750, que
havia sido criada pelo British Standard Institute (BSI). Esse instituto britânico já havia produzido a
norma BS 5750 que serviu de base para as normas internacionais da qualidade- ISO 9000. Os es-
tudos do SAGE, para a melhoria da gestão ambiental, deram contribuições importantes tanto para
a Agenda 21, como para a Declaração do Rio.
132 Gestão Organizacional
Em janeiro de 1993, a ISO criou o Comitê Técnico 207 (TC 207), encarregado de desenvolver
uma norma internacional para sistemas de gestão ambiental e outros documentos para serem usa-
dos como ferramentas de gestão ambiental. Coube ao Canadá secretariar o TC 207.
Existem duas abordagens que as empresas podem utilizar para administrar as suas questões
ambientais:
∙∙ Tratar de cada questão no momento em que ela pode trazer problemas para a empresa;
“A parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de pla-
nejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver,
implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental”.
Vamos estudar essa definição mais detalhadamente. Primeiro trecho: O SGA é “a parte do
sistema de gestão global que...” Significa que o SGA deve ser implementado de forma integrada
com o gerenciamento global de uma empresa ou instituição. A ação do SGA não deve ocorrer de
forma desligada do gerenciamento da empresa. Meio ambiente não deve ficar restrito a uma sala,
departamento ou conjunto de pessoas que atuam de forma isolada na empresa, mas permear toda
a organização.
É o reconhecimento da importância estratégica que o meio ambiente está assumindo nas em-
presas, na forma de divulgar uma imagem ambientalmente correta e de demonstrar que monitora
suas atividades, produtos e serviços para minimizar o impacto sobre o meio ambiente.
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Ao estruturar as ações ambientais de uma empresa, o SGA torna possível um maior atendi-
mento das leis e regulamentos ambientais, minimizando os riscos financeiros decorrentes de apli-
cações de multas e penalizações por parte de agências de controle ambiental.
Essas razões demonstram como cada vez mais o sucesso comercial das empresas, indepen-
dente do tamanho ou do setor em que atuam, exige que elas sejam ambientalmente corretas.
134 Gestão Organizacional
Assim, um SGA é importante para as empresas mesmo quando não visam a obtenção de um
certificado de conformidade com uma norma ambiental, como a NBR ISO 14001. O SGA confere às
empresas consistência na metodologia para alocar recursos, designar responsabilidades e verificar
continuamente suas práticas, procedimentos e processos para enfocar os esforços sobre impactos
imediatos e em longo prazo sobre o meio ambiente.
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