Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NOTAS DE AULA
POR
MARÇO/2006
2
SUMÁRIO 2
LISTA DE TABELAS 4
LISTA DE FIGURAS 4
1 TRIGONOMETRIA ESFÉRICA 5
1.1 Conceitos básicos 5
1.2 Unidades de medidas de arcos e ângulos 5
1.3 Transformação de unidades 6
1.4 Linhas e funções trigonométricas 7
1.5 Relações entre funções circulares 10
1.6 Arcos e extremidades associadas 10
1.7 Funções circulares inversas 11
1.8 Série de Taylor 11
1.9 Exercícios relativos aos conceitos básicos 12
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 16
2.1 Definições 16
2.2 Exercícios relativos à esfera 19
3 TRIÃNGULO ESFÉRICOS 20
3.1 Polígono esféricos 20
3.2 Triângulo esférico 20
3.3 Igualdade dos triângulos esféricos 22
3.4 Propriedades dos triângulos esféricos 22
3.5 Triângulos polares 23
3.6 Excesso esférico 24
3.7 Exercícios relativos aos triângulos esféricos 25
4 FÓRMULAS FUNDAMENTAIS DA TRIGONOMETRIA ESFÉRICA 26
4.1 Fórmula dos quatro elementos (lado) 26
4.2 Fórmula dos quatro elementos (ângulo) 28
4.3 Lei dos senos da Trigonometria Esférica 29
4.4 Fórmula dos cinco elementos 29
4.5 Fórmula das Co-tangentes 29
4.6 Fórmula da Borda 30
4.7 Analogias de Delambre e as de Nepper 31
4.8 Resolução dos triângulos esféricos retângulos 32
3
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Seno 7
Figura 1.2 – Co-seno 7
Figura 1.3 – Tangente 8
Figura 1.4 – Co-secante 8
Figura 1.5 – Secante 9
Figura 1.6 – Co-tangente 9
Figura 2.1 – Circunferência 16
Figura 2.2 – Circunferência máxima 16
Figura 2.3 – Circunferência menor 17
Figura 2.4 – Calota esférica 18
Figura 2.5 – Zona esférica 18
Figura 3.1 – Polígono esférico 20
Figura 3.2 – Ângulo esférico 20
Figura 3.3 – Esfera e triângulo esférico 21
Figura 3.4 – Triângulo esférico 21
Figura 3.5 – Triângulos polares 23
Figura 4.1 – Lei dos co-senos 26
Figura 4.2 – Triângulo esférico retângulo 32
Figura 4.3 – Triângulo esférico retilátero 33
Figura 5.1 – Coordenadas geográficas 35
Figura 5.2 - Superfícies utilizadas em Geodésia 36
5
OBS: O objetivo desta notas de aula é apenas para facilitar as atividades desenvolvidas em sala de
aulas, proporcionando aos alunos do Curso de Engenharia Cartográfica um material para estudos de
fácil acesso. Lembra-se aos leitores que não se pretende abordar todo o conteúdo de Trigonometria
Esférica, apenas aborda-lo de maneira simples e de fácil entendimento para ao aluno, proporcionando
uma ferramenta ao desenvolvimento do Curso.
NOTAS DE AULA
Trigonometria Esférica é imprescindível ao estudo de Astronomia de Posição;
Cartografia; da Geodésia Elementar; . . . Onde, fundamentalmente, seu conteúdo será
abordado de maneira a resolver o triângulo esférico, resolvendo problemas relativos a
Posicionamentos. Numa primeira aproximação, em nosso estudo, a Terra será
reduzida ao modelo esférico.
1 TRIGONOMETRIA ESFÉRICA
1.1 Conceitos básicos
Trigonometria é parte da Matemática que tem por objetivo o estudo das funções
trigonométrica e a conseqüente resolução dos triângulos. Didaticamente, a
Trigonometria é “dividida” em: Trigonometria Plana e em Trigonometria Esférica (esta é
alvo de nossos estudos)
. Trigonometria Plana: estuda os triângulos situados em uma superfície plana (esfera
de raio infinito), estes triângulos são denominados de triângulos planos.
. Trigonometria Esférica: estuda a resolução dos triângulos situados em uma superfície
esférica, estes são denominados de triângulos esféricos.
. Circunferência Orientada: é a circunferência na qual se fixou, convencionalmente,
como sentido de percurso o sentido anti-horário (denominado de sentido positivo).
. círculo trigonométrico: é a circunferência orientada, cujo raio é tomado como a
unidade de comprimento (r = 1).
. arco trigonométrico: é um segmento do círculo trigonométrico.
Exemplificando: 22o 07’ 18,34” (vinte e dois graus, sete minutos, dezoito segundos e
trinta e quatro centésimos de segundo;
- Grado: é o arco que mede 1/400 da circunferência (gr), seus submúltiplos são
decimais. Exemplo : 24,580 gr (24 grados, cinqüenta e oito centigrados);
- Radiano: é o arco cujo comprimento é igual ao raio da circunferência (rad). O radiano
subdivide-se em sub-múltiplos decimais. Ex.: 0,386 rad (trezentos, oitenta e seis mili-
radianos).;
- Hora: é o arco correspondente à 1/24 da circunferência (h). As sub-unidade da hora
são o minuto de arco (min) que corresponde à 1/60 da hora e o segundo de arco de
hora (s) é 1/60 do minuto de arco de hora, este são sub-divididos em sub-múltiplos
decimais. Ex. 2,566 (duas horas, quinhentos e sessenta e seis milésimos).
Estes valores são utilizados para transformação angulares de segundo de arco para
radiano, bastando fazer a multiplicação por sen 1”, ou melhor, arredondando, dividi-lo
por 206 000. E para transformar pequenas quantidades (valores absolutos) de radiano
para segundo de arco, simplesmente multiplica-o por 206 000.
7
2o Q 1o Q
C α A
S
3o Q 4o Q
D
Figura 1.1 – Seno
2o Q 1o Q
C α A
c
3o Q 4o Q
D
Figura 1.2 – Co-seno
8
B T
2o Q 1o Q
α A
C
3o Q 4o Q
B
M
2o Q 1o Q
α A
C o
O
o
3 Q 4 Q
D
Figura 1.4 – Co-secante
9
B
M
2o Q 1o Q
α A
C O U
o o
3 Q 4 Q
D
Figura 1.5 – Secante
B T
2o Q 1o Q
α A
C
o o
3 Q 4 Q
sen 2 a + cos 2 a = 1
sen a cos a
tg a = cot g a =
cos a sen a
1 1
sec a = cos sc a =
cos a sen a
1− x2
arc cos x = arc tg arc sen x = arc tg x
x 2
1− x
x2 x4 x6
cos x = 1 − + − + ....
2 ! 4 ! 6!
x3 2 x5 17 x 7
tg x = x + + . + + ...
3 15 315
x3 3 x5 5 x7
arc sen x = x + + + + ...
6 40 112
2 n −1
x3 x5 x7 n −1 x
arc tg x = x − + − + . . . + (− 1)
3 5 7 2 n −1
Solução:
27o 19’ 53,78” = 27o +19’ + 53,78” (#)
b) 243’ =
c) 12500” =
d) 20,346565” =
b) 243’ =
c) 12500” =
d) 20,346565” =
b) 2,4678 rad
c) 378,3421 gr
e) 0,25537 rad
e) 200,5634 gr = ___o____’___,___”
f) 312,267692” = ___o____’___,___”
m) tg (90o – b ) = ∞ b = __,__________h ou
b = __,__________h
n) cotg a = - ∞ a = __,__________o
a = __,__________o
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1 Definições:
a. Superfície esférica: é o lugar geométrico dos pontos do espaço que eqüidistam de
um ponto interior chamado centro. Ver figura 2.1.
C
A B
c. Distância esférica: é o menor arco de circunferência máxima que liga dois pontos
na superfície esférica, a figura 2.2 ilustra a distância esférica entre os pontos A e B.
Ou, ainda, se existirem dois pontos não diametralmente opostos de uma superfície
esférica, por ele sempre passa um único arco de círculo máximo, a distância
esférica entre estes dois pontos é o arco de menor comprimento do arco de círculo
máximo que passa por eles.
d = R α (rad )
4
S = 4 π R2 seu volume será V = π R3
3
18
f. Área de uma calota esférica. Calota esférica é cada uma das partes em que a
superfície esférica fica dividida por um plano secante à ela. Figura 2.4
Sc = 2 π R h
k Sz = 2 π R k
π R2 ao
Sf =
90
19
2.3- Supondo que sua densidade média seja 2,67 g/cm3, determine sua massa.
2.9 A área da zona esférica limitada pelo equador e o trópico de capricórnio (latitude
23o 27’S).
20
3. TRIÂNGULO ESFÉRICO
3.1 Polígono esférico
Denomina-se polígono esférico a porção da superfície esférica limitada
exclusivamente por arcos de circunferência máxima. Figura 3.1
a b
c
o d
α
α
0
A c
B
O b a
C
A
A
c c
b b
O a B
a
C
a = a
Β c B c
a b = a b
c c
a. A soma dos ângulos de um triângulo esférico está compreendido entre 180o e 540º.
180o< A + B + C < 540o
c. Um lado sempre é menor que a soma dos outros dois lados e maior que a diferença
dos mesmos;
a<b+c
a>b–c
f. A soma de 180o a um ângulo do triângulo esférico é maior que a soma dos outros
dois ângulos
A + 180o > B + C;
b’
b
c’ c
C
B C’
a
B’
a’
O excesso esférico também pode ser calculado com uso da Fórmula de L’Huillier:
S = R2 ε rad , ou ainda:
π R2 ε o
S=
180 o
S = R2 sen 1” ε”
25
A
.
b
b c
c C M
O a
a
B
Figura 4.1 – Lei dos co-senos N
Da figura 4, tem-se:
OÂM = OÂN = 90o
Portanto:
OA2 + OA2 + 2 NA MA cosA = 2 NO MO coa
ou
2 OA2 + 2 NA MA cos = 2 NO MO cosa
OA OA
cos b = ⇒ OA = OM cos b cos c = ⇒ OA = ON cos c
OM ON
e
AM AN
sen b = ⇒ AM = OM sen b senc = ⇒ AN = ON sen c
OM ON
Portanto:
OM
cos a = cos 2 b + sen c sen b cos A (∗)
ON
mas,
OA OM OM
ON = ∴ cos 2 b = cos 2 b
cos c ON OA
cos c
OM cos c
= cos 2 b
OA
lembrando : OA = OM cos b,
OM cos c 2 OM cos c cos 2 b
cos b =
OA OM cos b
28
OM
∴ cos 2 b = cos c cos b substituindo em (∗), tem-se:
ON
Aplicação:
Resolver o triângulo esférico:
a = 52o 05’ 50”
b = 66o 06’ 10”
c = 68o 13’ 00”
Exemplo:
Resolver o triângulo esférico
A = 110o 30’ 20”
B = 130o 40’ 10”
C = 100o 20’ 50”
29
Cujo enunciado é: “Em todo triângulo esférico os senos dos lados são
proporcionais aos senos dos ângulos opostos”.
A sen ( s − c) sen ( s − b)
sen 2 =
2 sen b sen c
A sen s sen ( s − a )
cos 2 =
2 sen b sen c
B sen ( s − a) sen ( s − c)
sen 2 =
2 sen a sen c
B sen s sen ( s − b)
cos 2 =
2 sen a sen c
C sen ( s − a) sen ( s − b)
sen 2 =
2 sen a sen b
C sen s sen ( s − c)
cos 2 =
2 sen a sen b
com 2 s = a + b + c 2S =A + B + C
31
(A + B) c C (a + b ) (a − b ) (A − B)
cos cos = sen cos sen sen
2 2 2 2 (A − B) C 2 (a − b ) c 2
tg = cot g tg = tg
2 2 (a + b ) 2 2 (A + B)
(A − B) c C (a + b ) sen sen
cos sen = sen sen 2 2
2 2 2 2
(A + C ) b B (a − c) (a − c) ( A − C)
sen cos = cos cos cos cos
2 2 2 2 (A + C) B 2 (a + c) b 2
tg = cot g tg = tg
2 2 (a + c) 2 2 ( A + C)
(A − C ) b B (a − c)
cos cos
sen sen = cos sen 2 2
2 2 2 2
(A + C ) b B (a + c ) (a − c) ( A − C)
cos cos = sen cos sen sen
2 2 2 2 ( A − C) B 2 (a − c) b 2
tg = cot g tg = tg
2 2 (a + c) 2 2 ( A + C)
sen sen
(A − C ) b B (a + c) 2 2
cos sen = sen sen
2 2 2 2
(B + C ) a A (b − c) ( b − c) ( B − C)
= cos cos cos
sen cos cos ( B + C) A 2 ( b + c) a 2
2 2 2 2 tg = cot g tg = tg
2 2 ( b + c) 2 2 ( B + C)
cos cos
sen
(B − C )
sen
a
= cos
A
sen
(b − c) 2 2
2 2 2 2
( b − c) ( B − C)
(B + C ) a A (b + c) sen sen
cos cos = sen cos (B − C) A 2 ( b − c) a 2
2 2 2 2 tg = cot g tg = tg
2 2 ( b + c) 2 2 ( B + C)
sen sen
(B − C ) a A (b + c) 2 2
cos sen = sen sen
2 2 2 2
32
b c
C a
Figura 4.2 – Triângulo Esférico Retângulo
b c
C a = 90o
Figura 4.3 – Triângulo Esférico Retilátero
G S meridiano de S
G
Q’ ϕϕ Q
λ λ
equador
Ps
Figura 5.1 – Coordenadas geográficas
36
i
Superfície Física
geópe
H h
geóide
N
elipsóide
15o 38’ 07” 16o 06’ 22” 20o 15’ 35” 50o 02’ 53” 52o 05’ 54” 80o 02’ 18”
16 06 22 40 32 32 52 05 54 15 38 07 39 09 35 129 57 07
21 27 36 50 02 53 56 52 23 25 26 17 64 09 41 100 30 16
40 09 20 56 52 53 79 29 44 36 10 38 50 02 53 115 50 19
41 32 39 44 44 18 57 10 06 52 05 54 56 52 23 88 42 27
38 57 12 55 01 00 56 15 42 47 37 51 74 16 19 77 43 18
17 42 25 50 16 48 .6 66 07 09 51 23 25 39 06 149 04 53
35 21 06 57 55 17 33 12 34 36 52 04 118 31 23 34 36 23
98 00 04 115 53 18 45 59 13 75 18 00 118 30 28 44 37 35
47 12 33 61 46 09 43 59 18 56 21 29 91 46 10 51 59 23
78 12 52 50 31 15 76 15 43 85 55 36 51 51 33 81 48 40
46 12 18’ 69 15 18 75 48 36 48 07 12 74 42 30 90
115 24 36 60 18 24 90 119 36 00 56 44 30 74 17 00
40
7 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
ARANA, J. M. Astronomia de Posição: Notas de aula. FCT/Unesp- Departamento de
Cartografia. Presidente Prudente. 2000.