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Virtual DJ

O Virtual DJ é o programa originado com base na versão 2 do AtomixMP3. É uma versão bem mais
moderna, com muito mais recursos e bem mais estável e profissional. Muitos eventos nos EUA e Europa,
às vezes para milhares de pessoas, já foram comandados por este programa, para você ter uma idéia da
qualidade dele.
A explicação abaixo visa falar um pouco sobre o programa, e ensinar alguns tópicos básicos sobre
mixagem. Estou utilizando a versão 1.09 como exemplo. Eu particularmente, que sei mixar usando CD
pois fiz um HYPERLINK "http://www.djronaldinho.com/" \t "_blank" ótimo curso de DJs, tenho
consciência que na prática é bastante diferente tocar com equipamentos próprios para isso e mixar com
o computador. No computador você não tem a mesma "emoção" que é facilmente detectada ao
tocarmos em um equipamento profissional (claro, caso você goste de mixar). Porém, para o público, o
que vale é a qualidade do DJ e não em qual equipamento ele toca, se é vinil, CD ou computador. Por
isso, se você for um bom DJ, o Virtual DJ pode fazer uma festa de nível tão alto quanto se tocado com os
equipamentos.
Falando em termos de resultado final: acho que com bom treino no Virtual DJ, mesmo um bom DJ não
iria perceber a diferença. Importante enfatizar: bom treino. O Virtual DJ tem uma série de recursos
ótimos, mas o mais legal é você usá-lo "na raça", ou seja, dar "play" manualmente ao invés de usar o
botão Sync (que automaticamente ajusta o pitch e sincroniza as batidas). Isso faz você ter maior
precisão e fica bem mais próximo da realidade de um DJ profissional.
A pergunta que sempre me fazem: é possível fazer uma festa de verdade para dezenas ou centenas de
pessoas usando o Virtual DJ? Minha resposta é bem simples: SIM! Mas neste caso você tem que ter
consciência do que irá fazer, é necessário testar as coisas antes, e ter um equipamento bom o suficiente
para aguentar o tranco de tocar ao vivo! O Virtual DJ tende a usar muita CPU, ou seja, se você não tem
um Pentium IV ou superior ou um AMD Athlon, com pelo menos 256 MBytes de RAM, duas placas de
som realmente boas (de marca, não genéricas) e um Windows super estabilizado (de preferência um
Windows 2000 Server), esqueça. Não vale a pena arriscar a tomar uma vaia. Mas se você tem estes
recursos, treine bastante e boa sorte :)
Nos itens abaixo eu falo um pouco sobre teorias de mixagem, recursos do programa e mostro
sonoramente como o programa funciona

Virtual DJ
A teoria de mixagem não é muito complexa. Basicamente ela é bastante matemática. Todas as músicas,
sem excessão, são formadas pela mesma estrutura musical. Sim, isso quer dizer que o mais pesado som
trance tem a mesma estrutura de um pagode tocado num barzinho de esquina. Como minha área é
dance music e variações, vou utilizar exemplos desta área.
Minha intenção não é nem se aproximar do que aprendemos em um curso de DJs. O que você verá
abaixo é o básico absoluto! Pra começar, vamos utilizar uma música como exemplo: "Alone" do grupo
belga HYPERLINK "http://www.lasgo.be/" \t "_blank" Lasgo. Para entender a explicação abaixo,
coloquei a disposição um trecho de um minuto e meio desta música (versão extended) em formato
WMA (com baixa resolução pois o que interessa neste caso é apenas você ouvir a estrutura musical).
Baixe o arquivo e preste bastante atenção em todos os detalhes: o ritmo, as "batidas", os instrumentos
sendo adicionados na música um a um a cada certo período...
HYPERLINK "http://www.arvy.com.br/dj/atomix/audio/alone.wma" INCLUDEPICTURE "../../../" \*
MERGEFORMATINET

Antes de prosseguir, ouça pelo menos duas vezes este áudio. Não vou usar "termos técnicos" de música,
tentarei explicar a idéia da forma mais simples possível. Após isto, comece a ouvir o áudio,
acompanhando a explicação abaixo:
Veja que a música começa com uma batida ritmada, sempre igual: primeiro uma batida mais grave e
logo em seguida a mesma batida grave, junto com uma mais aguda. Veja que isto se repete por um bom
tempo. Vou escrever "tum" para representar a primeira batida e "tá" para representar a batida mais
aguda (irei ignorar na explicação a segunda batida grave). Logo, temos uma repetição: tum-tá-tum-tá-
tum-tá... Perceba que a "velocidade" da música é sempre constante, ou seja, a distância de tempo entre
cada batida é sempre igual. Este já é um fundamento básico importante.
Agora, pegue um cronômetro e dispare-o ao mesmo tempo que você dá play no áudio, e comece a
contar quantas batidas ocorrem durante um minuto. Se você contar certo, verá que o "tum" é soado
140 vezes em um minuto (pensando na explicação acima, teriamos 70 "tum" e 70 "tá"). Você acaba de
descobrir o BPM (beats per minute - batidas por minuto) de Alone: 140 BPM. Você verá muito o termo
BPM no Virtual DJ. Logo, aprendeu outro conceito importante! Na prática, um DJ profissional não utiliza
este conceito, mas ele é importante pelo motivo que você verá abaixo.
Tente fazer isto com outras músicas que você conheça: conte quantas batidas elas tem por minuto.
Perceba que mesmo que uma batida não esteja presente sonoramente falando, estruturalmente ela
"existe" pois é ela que comanda o ritmo! Uma música mais lenta, um dance comercial, terá por volta de
126 a 132 BPM. Logo você conclui: mais batidas por minuto = menor distância entre as batidas = música
mais rápida. Menos batidas por minuto = maior distância entre as batidas = música mais lenta.
Agora, pensando em mixagens, a primeira missão do DJ é, estando uma música tocando, acelerar ou
desacelerar a próxima música, afim de coincidir (igualar) a velocidade (distância entre as batidas) das
duas músicas. Para isso, ele utiliza o controlador de pitch, que acelera ou desacelera a velocidade da
música, em outras palavras, faz a música tocar mais rapidamente ou mais lentamente. O DJ ajusta a
próxima música ouvindo pelos fones de ouvido, ou seja, o canal principal toca a música corrente
enquanto somente ele ouve a próxima música pelos fones.
Ouça com atenção e veja que a batida número 32 (que está no segundo 13 do áudio) não é tocada, mas
estruturalmente ela "está lá". O mesmo ocorre na batida 64 (27 segundos de áudio). Este conceito é
importante frisar: ele não é soado mas existe na teoria. Em geral, a contagem é sempre fixa, soando o
"tum" ou não.
Vamos para outro conceito: lembra que encontramos o valor de 140 BPM? Concluímos que, pelo que
vimos no começo, as 140 batidas são formadas por 70 "tum" e 70 "tá". Esqueçamos os "tá". Ouça
novamente a música e prestando atenção somente nos "tum", ou seja, as batidas 1, 3, 5, 7, etc. Conte-
as, ou seja, você irá contar normalmente mas somente considerando as batidas ímpares. Batida 1 = 1,
batida 3 = 2, batida 5 = 3, batida 7 = 4, batida 9 = 5, batida 11 = 6, batida 13 = 7, batida 15 = 8. Claro,
cada uma será acompanhada do seu "tá", ou seja, contando desta forma, a batida 16 faz parte da sua
contagem "8". Este é um dos conceitos mais importante de todos! Chama-se barra. A cada 16 batidas, 8
pares de "tum-tá", temos uma barra. Na batida 17, começamos a segunda barra, que irá compreender
todas as batidas entre 17 e 32.
O que o DJ deve fazer é reconhecer as barras. Como? Lembra que falei que a cada "período de tempo"
um "novo som ou instrumento" é adicionado? Este período de tempo é exatamente uma ou mais
barras. Quer ver? Toque o som, contando as barras. A primeira barra dura cerca de quase 8 segundos. A
segunda começa em 8 segundos e vai até quase 14 segundos. Veja que a última batida grave da segunda
barra é aquele que não é soado, somente o "tá" relativo a ele! A terceira barra começa no "tum"
seguinte a este. Pare e comece de novo, veja que logo que começa a barra número 5, aos 27 segundos,
um instrumento é adicionado (um teclado)!
Continue checando as barras. A barra mais interessante neste momento é a barra 8. Porque? Veja que,
você mantendo a contagem, as últimas batidas não são soadas (últimas 4 batidas, dois "tum" e dois
"tá"). Os graves mais fortes não estão lá, mas você consegue "imaginar" que estão, afinal, a estrutura
musical é fixa!
A barra 9 começa aos 55 segundos. E veja que novo instrumento (bem grave) é adicionado aos que já
estavam tocando. As barras 9, 10 e 11 são praticamente idênticas, a 12 é que muda: vários "tum" são
removidos do final e entra um som que parece uma voz fazendo "ahhh". Na barra 13 é onde realmente
a música começa, onde entram todos os instrumentos e, seguindo esta linha, a voz também mais pra
frente.
Concluindo, a missão do DJ é inicialmente ajustar a velocidade da música (pitch) fazendo com que a
distância das batidas fique igual, logo, ambas as músicas terão o mesmo BPM. Após isto, identificar as
barras, ou seja, perceber onde começa uma nova barra e entender a estrutura musical por elas. O DJ
também ajusta o ponto de início (cue point), ou seja, faz com que logo e ele aperte play a primeira
batida da barra seja instantaneamente tocada (isto você verá melhor no Virtual DJ). Com isso tudo
ajustado, basta agora o DJ ficar ouvindo a música que está tocando, identificar a barra da música
corrente e, no momento certo (chamado de break), dar o play para que as barras de ambas as músicas
coincidam. Primeira batida de uma barra de uma música exatamente "em cima" da primeira batida de
uma barra da segunda música.
Você pode estar se perguntando: quantas barras? Depende... vimos que "Alone" a música efetivamente
começa após 12 barras inteiras, ou seja, cerca de 1 minuto e 22 segundos após o começo da música
(claro, isso considerando 140 BPM, ou seja, a velocidade original antes de mexer no pitch!), então, na
teoria, você poderia dar o play faltando 1:22 da música anterior (considerando que o último som da
música anterior seja soado nos 1:22 também). Mas dificilmente uma música terminará com o último
som no último segundo. Por aproximação, você "deve" dar o play no início da primeira barra mais
próxima dos 1:22 faltantes. Importante notar: "Alone" tem 12 barras de introdução, mas outras músicas
podem possuir apenas 6 barras antes de entrar o "corpo" da música, ou até mesmo apenas 2 barras! A
partir daí, use seu feeling, é questão de prática :)
Para acabar, vamos mostrar isto na prática? Peguei uma outra música ("Castles in The Sky" de Ian Van
Dahl) e vou mixar com "Alone". Para isto, ajustei a velocidade de "Alone", ajustei o toque do play para
tocar a primeira batida da primeira barra e, assim que entrou uma determinada barra da primeira
música, dei play em "Alone" e deixei rolar até o final... deixei o volume do Ian Van Dahl um pouco mais
alto, afim de destacar a música "atrás".

Virtual DJ
Por padrão, ao instalar o Virtual DJ, será exibido um skin (visual, pele) igual ao exibido abaixo. Ele é o
padrão da instalação e é o mais simples e profissional (se você já instalou, utilize este skin para o
aprendizado). Há outros skins com mais botões, que permitem você utilizar mais recursos visualmente
(embora o melhor método seja utilizar apenas o teclado). Você poderá alterar o skin, ou até mesmo
adicionar outros, pelas opções do programa. Veremos todas as opções mais adiante. Aconselho desde já
a utilizar a resolução de 1024 por 768 no Virtual DJ.
HYPERLINK "http://www.arvy.com.br/dj/virtualdj/imagens/fullscreen.gif" \t "_blank" INCLUDEPICTURE
"../../../" \* MERGEFORMATINET
Na parte de cima da tela, você visualizará um gráfico (neste skin, verde e vermelho). É a representação
gráfica das músicas selecionadas. Neste skin, vermelho é a música "corrente" e verde a "nova" música,
que você irá mixar. Os picos são os sons graves, as batidas, que te ajudam visualmente durante a
mixagem, cujo objetivo é deixar as batidas uma em cima da outra e com o mesmo pitch.
INCLUDEPICTURE "../../../" \* MERGEFORMATINET
Em baixo, você possui dois "decks", ou seja, como se fossem dois CD players, com os botões de play e
stop normais, porém com bastantes outros recursos, conforme descrito abaixo:
INCLUDEPICTURE "../../../" \* MERGEFORMATINET
Disco: gira representando a música; você poderá mexer nele para posicionar a música
Dois mini relógios: tempo decorrido e tempo restante da música
Barra azul representando a música completa e seus graves (azul claro, mais graves, escuro, pouco grave
ou sem grave)
BPM: batidas por minuto da música
Slider vertical 1: para ajuste de pitch (velocidade da música em +-8% por padrão)
Slider vertical 2: controle de volume do deck (ao lado gráfico verde/vermelho indicando este)
3 botões ao lado do slider vertical 1 para diminuir, zerar e acelerar o pitch por click
Porcentagem do pitch, logo abaixo do slider vertical 1
Botão de ganho para ajustar a potencialização da música
Nível de ganho em decibéis, ao lado do botão de ganho
Indicador de deck (neste caso o "um" em vermelho, em cima, indica deck não ativo)
Botões de Stop e Play para a música
Botão de Beatlock para controle da sincronização das batidas
Na tela central é aonde você interage com os dois decks, ou seja, seleciona os efeitos, ajusta loops,
avança ou retrocede a música em batidas (skip), equaliza, ajusta os cues, como descrito abaixo:
INCLUDEPICTURE "../../../" \* MERGEFORMATINET
Botão Remix:
FX são os 3 efeitos para cada deck
Sample: são os dois primeiros samples de acesso rápido (embora o total sejam 12)
Loop: permite loops de 1/4 à 16 (ou "x") batidas
Skip: avança ou retrocede batidas ou pontos na música
Botão Cues:
permite ajustar até 5 pontos em cada música, para mixagem
quadradinho ajusta o ponto (seta vermelha na barra de progresso), setinha vai para o ponto
Botão Eq:
equiliza os graves, médios e agudos para cada deck
cada Kill permite remover totalmente uma das 3 frequências, por deck
Reset retorna tudo ao centro, padrão, em relação ao atual
Logo abaixo do centro, temos o crossfader, responsável pela saída para o canal master de cada um dos
decks. No centro, todo o som de ambos os decks serão tocados. Os botões embaixo do centro são o
menu principal do programa, a saber:
O primeiro botão (Music) exibe a lista de diretórios (pastas) do seu micro, onde você poderá navegar e
selecionar os MP3.
O segundo item (FX) é um recurso interessante, permite você inserir efeitos nas músicas. São três
possibilidades de efeitos, para ambos os decks. A maioria dos efeitos alteram um pouco o som original
da música, como o Pan (que fica alternando as caixas), o conhecido e super utilizado Flanger, e há
efeitos até mesmo para simulação (primária) de scratches. O método de utilização é o mesmo dos
samples.
O terceiro botão (Sample) exibe uma lista de 12 samples que você pode tocar. Samples são pequenos
sons que alguns DJs inserem durante as mixagens, às vezes com uma vinheta do próprio DJ ou então
com um som do tipo "pump up the volume", "check this sound", "hey DJ", entre outros. Clique na seta
existente em cada um e selecione um arquivo MP3 ou WAV com o som. Cada sample tem um ajuste de
volume próprio. Não é um recurso sempre utilizado, mas tem lá seus atrativos. Clicando com o mouse
sobre o quadro superior, vc toca o som. Com o botão direito, o som toca por completo, com o esquerdo
toca enquanto vc mantiver pressionado.
O quarto botão (Rec) permite você realizar a gravação em formato WAV ou MP3 (se existir setado um
encoder) do seu set mixado. No caso de WAV, tenha bastante espaço em disco disponível (sugiro
converter depois para MP3 à 192). Basta clicar no botão Start Recording, escolher o local para gravar o
WAV e o nome do arquivo, e atuar normalmente com o Virtual DJ e depois clicar Stop Recording.
Próximo aos botões de minimizar e fechar do Windows na tela do programa existe o botão Config, que
permite você efetuar as configurações específicas do Virtual DJ. Abaixo, descrevo estas configurações e
quais minhas recomendações na seleção das mesmas:
A pasta Sound Cards é a principal, onde você define uma ou mais placas de som que você possua no
micro, indicando qual será a placa que terá a saída master (principal) na qual as pessoas irão ouvir e qual
a placa monitor (audição) onde estará seu fone de ouvido, que somente você ouvirá quando o
crossfader estiver fechado no segundo deck. O ideal é ter duas placas. Se você tiver apenas uma, terá
que mixar no chute, ou seja, apenas olhando para o gráfico, o que profissionalmente falando é péssimo.
Tendo duas placas, selecione a Sound Card principal e a Sound Card 2 que você deseja como monitor. À
esquerda, indique se você possui apenas uma placa, uma placa 3D (duas saídas de áudio) ou duas
placas. Ao lado, se você possui apenas uma saída de som (sem fones), uma saída de caixa e uma de
fones ou então se o computador está ligado a um mixer real.
INCLUDEPICTURE "../../../" \* MERGEFORMATINET
Na pasta General, em ordem, você especificará se permite vários programas rodandando ao mesmo
tempo (desligue), o modo de segurança ao arrastar músicas novas enquanto outras tocam (deixe em:
perguntar), auto-update (ligado), tabelas (ligado), dicas (desligado se você já manjar bem sobre os
controles), max load (30mn se você tiver acima de 256 Mb de RAM), modo de rolar os gráficos (normal),
disco (para usar com scratch, o melhor é 45 RPM), alcance do pitch (8% é mais profissional).
No item FAME Settings (que controla o ajuste de músicas), BPM automático (ligado), nível automático (o
ganho, deixe ligado), auto resetar pitch (ligado), force fade (desligado), fade length (nenhum),
sincronizar batida (rígido é mais fácil de trabalhar), crossfader (total, é o que os DJs usam em geral),
limiter (desligado), master tempo (que permite trocar a velocidade da música sem distorcer a voz, mas
gera muitas falhas nas batidas para quem tem bom ouvido, deixe em desligado para ser mais
profissional).
Plugins permite configurar se você deseja salvar as mixagens em MP3 com um encoder externo.
Aconselho salvar em WAV pois garante maior confiabilidade no programa, mesmo que você necessite
muito HD (calcule cerca de 10 Mbytes por minuto). Há ainda suporte para plugin de difusão (como
ShoutCast) e um link para o site, para download de novos plugins para usuários registrados.
Na pasta Skin, você escolhe a "pele" do programa. Existem muitas para download gratuito no site,
porém, por experiência própria, prefira a Default Skin advanced (1024x768) pois é simples e vai "direto
ao assunto".
Em Atalhos, você pode ajustar detalhadamente cada ação do Virtual DJ vinculada a uma tecla de atalho,
combinando Shift, Control e Alt. Por padrão há muitos outros recursos ajustados no arquivo original,
mas na prática estes que uso são os principais. Porém, cada um é um, escolha sua preferência.
Remote Control é uma pasta que provavelmente você não usará. Permite acessar recursos nada normais
para a maioria das pessoas, como a possibilidade de scratch através do movimento das mãos em uma
webcam, acesso à interface Numark ou Hercule (se você comprou uma), controle por um teclado (midi),
etc. Esqueça essa pasta.
A última pasta, Infos, possui apenas dois botões: um abre o site oficial do programa e outro, bem mais
útil, permite gravar o histórico das músicas que você tocou, informando inclusive a hora que você
arrastou o MP3 para o deck. Bom para você enviar para as pessoas que ouviram ou queiram seu playlist.

Neste ponto, você já aprendeu praticamente todos os recursos do Virtual DJ, praticamente tudo que irá
utilizar e uma breve explicação sobre cada. A melhor maneira de entender cada um dos itens é
exatamente mexendo no programa, testando mesmo. Em outro item no menu, eu exemplifico como
mixar duas músicas.
Virtual DJ
Após ter aprendido as técnicas de mixagens no primeiro item do menu e aprendido sobre o
funcionamento do Virtual DJ e suas características, vamos agora fazer um aprendizado de como efetuar
mixagens com ele e algumas dicas e técnicas.
Inicialmente, no primeiro botão do menu do Virtual DJ, selecione uma pasta que possua seus MP3. Se
você possuir programas como o KaZaA ou eMule, tente procurar por estas duas músicas: "Castles in The
Sky (Original Club Mix)" de Ian Van Dahl e "Alone (Club Mix)" de Lasgo, pois foram as músicas que usei
no primeiro item do menu. Vou assumir que você está utilizando estas músicas.
Pois bem, procure a pasta na qual você colocou o MP3 desejado (no nosso caso de exemplo, "Castles in
The Sky"). Encontrando, com o mouse, arraste o arquivo para cima do primeiro deck (sobre a imagem do
disco de vinil). Veja que as batidas aparecem no gráfico, você consegue visualizar os picos. Tecle Play (P)
para começar a tocar a música. Ajuste o ganho pra deixar em um volume não muito alto. No crossfader,
mova a barra toda para a esquerda.
Agora, vá na pasta onde você colocou a segunda música, no nosso exemplo "Alone". Arraste-a para o
segundo deck (da direita). Veja que a música que está tocando, no gráfico antes estava verde e agora o
gráfico aparece como vermelho. Isto indica que seu deck atual (onde o teclado irá atuar) é o segundo,
cujos picos no gráfico (parado) estão verdes, mas você vê o vermelho correndo por trás. Com o deck 2
selecionado, tecle P. Veja que os dois gráficos correm, as batidas não estão sincronizadas. Você ouve
apenas o deck da esquerda porque o crossfader está todo para a esquerda.
Tecle Stop (S) para parar o segundo deck. Arraste o gráfico verde para que a primeira batida fique bem
em cima da linha central no gráfico. O vermelho continua correndo atrás. Marque o Cue do segundo
deck com a tecla Control+C. Pronto, você marcou esse como sendo seu ponto principal. Sempre que
você teclar Stop uma vez você será levado a este ponto. Stop duas leva ao início do arquivo. Com o
crossfader ainda para a esquerda, em algum momento que tiver picos bem definidos, tecle ESC (ou o
botão Sync do deck direito) ou arrisque um Play (P) manualmente, pois ai você estará tocando a música
sem a ajuda do sistema de sincronia automática. Você verá (mas não ouvirá) que as duas músicas serão
sincronizadas, batidas juntas e mesmo BPM (veja no display). Essa é a idéia principal :) De stop no
segundo deck, tente ajustar o ganho para ficar parecido com o do deck da esquerda.
Importante notar que se você usou ESC, o Virtual DJ automaticamente ajustou o BPM da segunda
música igual ao BPM da primeira. Se você usou Play sem o BPM automático ligado, ao dar Play você terá
o BPM original da música, que em geral é diferente do BPM da primeira. Neste ponto, ou você usar
ESC+Stop apenas uma vez rapidamente para ajustar o BPM ou então ajusta pelo controle de pitch,
manualmente, olhando para os visores dos dois decks que mostram o BPM. Ambos devem estar com o
mesmo BPM ajustado para você soltar o Play manualmente. Se no momento que o crossfader estiver
aberto você errar um pouquinho, olhe para o gráfico e, com as setas para a direita e esqueda, sincronize
as batidas, você estará movendo o verde para ficar exatamente em cima da batida vermelha
correspondente. Este recurso chama-se pitch bend.
Agora a parte mais importante, vamos tentar mixar. Você irá fazer o que fez no item anterior, mas com
o crossfader no meio. Com "Castles in The Sky" tocando, identifique as barras. Lembra que vimos que
"Alone" tem 12 barras antes de entrar a música, aproximadamente 1:22 antes do final? Pois bem,
coloque o crossfader no meio. Quando estiver por volta de 1:40 faltando, identifique o início da próxima
barra e no momento certo, tecla ESC ou P. Se tudo der certo, você ouvirá as duas músicas ao mesmo
tempo, sincronizadas e nas batidas certas! Se não deu certo de primeira, tente de novo. Às vezes os
graves ficam fortes demais, mas isso é um pouco de prática, saber entrar com o equalizador (bass) mais
baixo... isso é treino mesmo!
A partir de agora, é com você. É questão de treino. Testar várias músicas, tentar não usar o Sync e sim o
Play, fazer testes com volume, tipos diferentes de música, equalizador, efeitos especiais, samples, etc.
Abaixo eu cito um pouco sobre as teclas de atalho que estão configuradas no meu Atalhos que está
disponível para download. As ações abaixo ajudam para melhor detalhamento das mixagens ou então
ajudar em casos de "emergência":
Setas para esquerda e direita: faz um ajuste fino, mandando a música um pouquinho pra frente ou pra
trás, para acertar batidas. Mas cuidado! Se você começar a ajustar muito, olhe para o BPM pois pode
estar errado!
Setas para cima e para baixo: altera o pitch do deck corrente. Bons para ajustes finos, ou para quando o
Sync não funciona a contento, e você precisa ajustar manualmente.
7 e 9 no teclado numérico: move todo o crossfader para esquerda ou para direita.
5 no teclado numérico: move o crossfader para o centro.
4 e 6 no teclado numérico: move o crossfader progressivamente para os lados.
0 (zero): posiciona o pitch do deck corrente em 100% (100.0).
O (letra): é um Play seguindo de Stop, ou seja, enquanto você segura ele toca a posição corrente,
quando solta ele pára e volta onde estava. Bom para sampleamento.
N: pula uma batida na música corrente.
C: vai para o ponto marcado com o Cue.
TAB: troca de deck corrente (muito usado).
Barra de Espaço: tecla alternativa para o Play (P).
Eu citei de forma genérica os exemplos acima. Se você possui duas placas de som ou uma placa de som
com duas saídas (3D), não será muito diferente a idéia, exceto pelo fato que você, no segundo canal,
ouvirá a segunda música sem misturar no primeiro canal, pois o crossfader estará fechado e, mudando o
deck (com TAB), a música no fone alterará também.
Agora, mãos à obra! Pegue vários MP3 que você gosta, acesse-o pelo Virtual DJ e treine bastante!
Somente com bastante treino que você fará mixagens cada vez melhores e cada vez mais próximas de
uma mixagem profissional. Se você tiver oportunidade de ouvir programas em rádio mixados ou ir em
casas de show com DJs, preste atenção nas músicas e principalmente nas mixagens.
Boas mixagens! :)

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