Você está na página 1de 117

CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

EDUARDO BRUNELLI
JEFFERSON BARBOZA DOS SANTOS

ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DE LOTEAMENTO RESIDENCIAL

Jundiaí-SP
2013
EDUARDO BRUNELLI
JEFFERSON BARBOZA DOS SANTOS

ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DE LOTEAMENTO RESIDENCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à banca examinadora do curso de graduação
do Centro Universitário Padre Anchieta, como
exigência parcial para o título de bacharel em
Engenharia Civil, sob a orientação do
Profº.Claiton Rodrigo Lorencini.

Jundiaí-SP
2013
EDUARDO BRUNELLI
JEFFERSON BARBOZA DOS SANTOS

ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DE LOTEAMENTO RESIDENCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para a obtenção


de titulo de bacharel em engenharia civil pela seguinte banca examinadora da
graduação do Centro Universitário Padre Anchieta:

Nota:____________

Data da defesa:__________

______________________________________
Orientador: Profº. Claiton Rodrigo Lorencini

______________________________________

______________________________________
Dedicamos este trabalho primeiramente ao nosso
Senhor Jesus Cristo por nos conduzir e nos dar a luz
nas horas de desanimo, às nossas famílias pelo
apoio incondicional que nos foi dado nessa etapa de
nossas vidas e aos nossos professores por ter
colaborado com o nosso aprendizado e evolução
durante esses cinco anos de curso.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por todos esses dias que ele nos
concedeu para essa vitória em nossas vidas.

Ao nosso professor orientador e referência profissional Claiton Rodrigo


Lorencini pelas diretrizes e dedicação que foi nos dada para o desenvolvimento
deste trabalho.

Aos nossos colegas de sala, pelo companheirismo e pela ajuda concedida nos
momentos dificultosos.

Aos nossos demais professores, pela colaboração e incentivo que nos deram
para seguir em frente e concluir o curso com louvor.
RESUMO

Nos dias atuais com a imensa burocracia existente nos órgãos brasileiros,
principalmente em relação aos órgãos públicos, fica cada dia mais difícil à realização
de projetos para implantação de loteamentos residenciais. O intuito deste trabalho é
orientar empreendedores e profissionais da área ou até mesmo pessoas
interessadas neste assunto de como conduzir tecnicamente todas as etapas do
processo de implantação de um loteamento residencial, mostrando as etapas e
fases do processo, dos estudos iniciais até as obras para a implantação do projeto,
especificando os detalhes de projetos, processos de aprovação, auxiliando para a
minimização do tempo de trabalho e colaborando para o aumento do conhecimento
dos tramites burocráticos para a realização do empreendimento.

Adicionalmente, o trabalho apresentará um estudo de caso de um loteamento


residencial na cidade de Valinhos-SP, denominado "Jardim Fiorela", mostrando os
principais projetos executados para o processo de aprovação do empreendimento,
além de exemplificar as etapas do processo de aprovação com suas devidas
restrições e prazos reais.

Palavras-chave: Etapas, implantação, loteamento, estudo de caso.


ABSTRACT

In present with the immense bureaucracy existing in Brazilian agencies,


especially in relation to public bodies, each day is more difficult to carry out projects
for deployment of residential subdivisions day. The purpose of this work is to guide
entrepreneurs and professionals or even people interested in this subject of how to
technically conduct all stages of the implementation of a residential subdivision
process, showing the steps and stages of the process from initial studies to the works
for the implementation of the project, specifying the details of projects, approval
processes, helping to minimize the working time and working to increase the
knowledge of bureaucratic procedures for the realization of the project.

Additionally, the paper presents a case study of a residential subdivision in the


city of Valinhos SP - called " Fiorela Garden " showing the major projects executed
for the approval process of the project, and illustrate the steps of the approval
process with their strict restrictions and real deadlines.

. Keywords: Steps, deployment, allotment, case study.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Distribuição dos lotes por tipo de uso....................................................... 31


Tabela 2 - Quadro de áreas ...................................................................................... 31
Tabela 3 - Requisitos urbanísticos ............................................................................ 32
Tabela 4 - Especificação das quadras ...................................................................... 33
Tabela 5 - Especificação do sistema viário ............................................................... 33
Tabela 6 - Distribuição dos lotes por tipo de uso....................................................... 71
Tabela 7 - Quadro de áreas ...................................................................................... 72
Tabela 8 - Requisitos urbanísticos ............................................................................ 72
Tabela 9 - Especificações das quadras ..................................................................... 73
Tabela 10 - Especificação do sistema viário ............................................................. 74
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Jogo de bocas de lobo colocadas adequadamente para impedir o


alagamento da faixa de pedestres. ........................................................................... 37
Figura 2 - Elementos básicos do sistema de drenagem pluvial convencional. .......... 38
Figura 3 - Esquema usual de boca de lobo ............................................................... 39
Figura 4 - Poço de visita ............................................................................................ 40
Figura 5 - Esquema geral de abastecimento por rede pública. ................................. 42
Figura 6 - Esquema de um sistema de esgoto sanitário com seus órgãos
constituintes. ............................................................................................................. 44
Figura 7 - Esquema típico de uma rua com rede de esgoto sanitário. ...................... 45
Figura 8 - Esquema de um pavimento convencional, com leito carroçável no centro e
calçadas laterais para pedestres. .............................................................................. 47
Figura 9 - Esquema de racionalização das ligações prediais. ................................... 49
Figura 10 - Observações para uma correta iluminação............................................. 50
Figura 11 - Esquema de muro de proteção do avanço das raízes no sentido das
redes. ........................................................................................................................ 52
Figura 12 - Raízes de árvore penetrando em tubulação de esgoto........................... 52
Figura 13 - Distâncias mínimas recomendadas entre redes aéreas e árvores.......... 53
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14

OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS ................................................................... 15

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 16

JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 17

1 LEVANTAMENTOS PRELIMINARES ................................................................... 18

1.1 LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS ............................................................... 18

1.2 SONDAGENS ..................................................................................................... 19

1.3 LEVANTAMENTOS AMBIENTAIS ...................................................................... 19

1.4 OUTROS LEVANTAMENTOS ............................................................................ 23

2 ESTUDOS .............................................................................................................. 25

2.1 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA ......................................................... 25

2.1.1 Informações iniciais ....................................................................................... 25

2.1.2 Custos paramétricos para a implantação..................................................... 25

2.1.3 Cronogramas físicos ...................................................................................... 25

2.1.4 Fluxo de caixa ................................................................................................. 26

2.2 ESTUDO DE VIABILIDADE COMERCIAL .......................................................... 26

3 ELABORAÇÃO DO PROJETO URBANÍSTICO .................................................... 27

3.1 PERFIS LONGITUDINAIS DAS VIAS ................................................................. 27

3.2 PERFIS TRANSVERSAIS DAS VIAS.................................................................. 28

3.3 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO DO EMPREENDIMENTO .......... 28

3.3.1 Identificação .................................................................................................... 28

3.3.2 Descrição da gleba ......................................................................................... 28

3.3.3 Caracterização do loteamento ....................................................................... 29

3.3.4 Especificação do sistema viário .................................................................... 30

3.3.5 Descrição do sistema viário........................................................................... 30


3.3.6 Infra-estrutura ................................................................................................. 30

3.4 QUADROS PARA CARACTERIZAÇÃO DO LOTEAMENTO ............................. 31

3.5 ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .................................... 34

3.6 PROJETOS TÉCNICOS PRINCIPAIS ................................................................ 35

3.6.1 Projeto de terraplenagem ............................................................................... 35

3.6.2 Projeto de drenagem superficial ................................................................... 36

3.6.3 Projeto de abastecimento de água potável .................................................. 41

3.6.3.1 Abastecimento por rede pública .................................................................... 41

3.6.3.2 Abastecimento por sistema isolado ............................................................... 42

3.6.3.3 Abastecimento por poços individuais ............................................................ 43

3.6.4 Projeto de rede de esgoto sanitário .............................................................. 43

3.6.4.1 Interligação na rede pública ........................................................................... 45

3.6.4.2 Sistema isolado ............................................................................................. 46

3.6.4.3 Tratamento e disposição individual (fossa séptica) ....................................... 46

3.6.5 Pavimentação .................................................................................................. 46

3.6.6 Projeto de rede elétrica .................................................................................. 48

3.6.7 Paisagismo ...................................................................................................... 51

4 APROVAÇÕES ...................................................................................................... 54

4.1 PRÉ-APROVAÇÃO - PREFEITURA MUNICIPAL ............................................... 54

4.2 GRAPROHAB ...................................................................................................... 54

4.2.1 Secretaria de Habitação ................................................................................. 57

4.2.2 Secretaria do Meio Ambiente - SMA.............................................................. 59

4.2.3 Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB ......................... 65

4.2.4 Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE..................................... 67

4.3 APROVAÇÃO FINAL - PREFEITURA MUNICIPAL ............................................ 68

5 REGISTROS .......................................................................................................... 69

6 ESTUDO DE CASO ............................................................................................... 70


6.1 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO DO EMPREENDIMENTO .......... 70

6.1.1 Identificação .................................................................................................... 71

6.1.2 Caracterização do loteamento ....................................................................... 71

6.1.3 Especificação das áreas construídas ........................................................... 73

6.1.4 Descrição do sistema viário........................................................................... 74

6.1.5 Descrição das Ruas ........................................................................................ 74

6.1.6 Infra-estrutura ................................................................................................. 75

6.2 MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DE TERRAPLENAGEM ................... 75

6.3 MEMORIAL DESCRITIVO DE DRENAGEM SUPERFICIAL .............................. 76

6.4 MEMORIAL DESCRITIVO DE ABASTECIEMENTO DE ÁGUA POTÁVEL........ 77

6.5 MEMORIAL DESCRITIVO DA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO....................... 78

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 80

ANEXOS ................................................................................................................... 81

ANEXO 1 – TABELA DE ESPECIFICAÇÃO DAS QUADRAS ................................ 82

ANEXO 2 – PROJETO URBANISTICO / SISTEMA VIÁRIO.................................... 83

ANEXO 3 – PROJETO DE TERRAPLENAGEM ...................................................... 84

ANEXO 4a – PERFIS DE CORTE E ATERRO ......................................................... 85

ANEXO 4b – PERFIS DE CORTE E ATERRO......................................................... 86

ANEXO 4c – PERFIS DE CORTE E ATERRO ......................................................... 87

ANEXO 4d – PERFIS DE CORTE E ATERRO......................................................... 88

ANEXO 5 – PROJETO DE DRENAGEM SUPERFICIAL / GALERIAS ................... 89

ANEXO 6 – PLANILHA DE CÁLCULO PARA DRENAGEM / GALERIAS .............. 90

ANEXO 7 – PROJETO DE REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL ... 91

ANEXO 8 – PLANILHA DE CÁCULO PARA REDE DE ÁGUA POTÁVEL ............. 92

ANEXO 9 – PROJETO DE REDE DE ESGOTO SANITÁRIO .................................. 93

ANEXO 10 – PLANILHA DE CÁCULO PARA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO ... 94


ANEXO 11 - REQUERIMENTO ................................................................................ 95

ANEXO 12 - DECLARAÇÃO .................................................................................... 96

ANEXO 13 - PROCURAÇÃO ................................................................................... 97

ANEXO 14 - CERTIDÃO DE CONFORMIDADE DA PREFEITURA ........................ 98

ANEXO 15 - REQUERIMENTO DE OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO DE


IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTO ............................................................. 100

ANEXO 16 - DESCRIÇÃO DA GLEBA .................................................................. 103

ANEXO 18 - MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DE TERRAPLENAGEM . 107

ANEXO 19 - MEMORIAL DESCRITIVO DE DRENAGEM SUPERFICIAL ............ 109

ANEXO 20 - MEMORIAL DESCRITIVO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


POTÁVEL ............................................................................................................... 113

ANEXO 21 - MEMORIAL DESCRITIVO DA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO ..... 115


14

INTRODUÇÃO

Com a crescente e desordeira ocupação da população nos grandes centros,


que ainda não estão preparados e projetados para absorver essa demanda, ocorreu
também um crescimento desordeiro das áreas que os circundam, áreas estas
desprovidas de infraestrutura básica como água potável, esgoto sanitário, energia
elétrica, etc.

Com esse grande aumento na demanda de ocupação do solo urbano, as


cidades têm criado planos diretores que servem para que futuros empreendimentos
imobiliários sejam implantados de acordo com as diretrizes e normas técnicas
pertinentes a novos loteamentos tanto nos âmbitos federais estaduais e municipais
em vigor. Definindo assim as premissas básicas para a elaboração de projetos de
parcelamento do solo urbano e a destinação correta do mesmo para o uso da
população com todas as infraestruturas.

Logo, a concepção de urbanismo é subentendida como um processo


de alteração intencional da realidade urbana, onde se analisa
criticamente a realidade do espaço de vida, de forma a estabelecer
parâmetros aceitáveis de mudança. (CARVALHO e ARANTES,
1985).
15

OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Este trabalho tem por objetivo orientar profissionais apresentando leis, normas
e exemplos práticos de como conduzir todas as etapas, processos e projetos de
implantação de um loteamento residencial, desde os levantamentos preliminares,
estudos, projetos, aprovações e registros até a execução das obras.

Especificamente, o trabalho busca esclarecer e orientar sobre a parte


burocrática exigidas em órgãos públicos para aprovação de loteamento e de
profissionais envolvidos nos projetos para aprovação de loteamento, como:

 Esclarecer prazos de cada etapa do processo de aprovação, detalhamento de


memoriais descritivos e de projetos com um estudo de caso de um loteamento
denominado "Jardim Fiorela" na cidade de Valinhos-SP.
 Projeto urbanístico e sistema viário cabem a um profissional de Arquitetura;
 Projetos de infraestrutura como terraplenagem, drenagem superficial,
abastecimento de água potável, rede de esgoto sanitário, pavimentação e
outros, cabem ao profissional de Engenharia Civil;
 Projeto de rede elétrica cabe ao profissional de Engenharia Elétrica;
 Projeto de paisagismo e ambiental cabe ao profissional de Engenharia
Ambiental ou Engenheiro Agrônomo.
16

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A implantação de loteamentos regulares gera inúmeros benefícios, tais como,


empregos diretos e indiretos com a execução das obras de implantação e as
construções que se sucedem após a implantação dos loteamentos, melhorias da
qualidade de vida das pessoas com água potável, energia elétrica, redes de esgoto
e pavimentação.

No Brasil os loteamentos estão regulamentados pela Lei Federal nº 6766 de 19


de dezembro de 1979, que dispõem sobre o parcelamento do solo urbano poderá
ser feito mediante loteamento ou desmembramento.

No Estado de São Paulo através do Decreto Estadual nº 52053 de 13 de


Agosto de 2007, que reestruturou o Grupo de Análise e Aprovação de Projetos
Habitacionais - GRAPROHAB e tem por objetivo centralizar e agilizar os
procedimentos administrativos de aprovação do Estado, para implantação de
empreendimentos de parcelamentos do solo para fins residenciais, conjuntos e
condomínios habitacionais, públicos ou privados.

O Manual GRAPROHAB é um instrumento de orientação e planejamento de


projetos urbanísticos que venham a ser objeto de análise pelos órgãos e empresas
públicas.

O procedimento GRAPROHAB compreende uma listagem de documentos e


plantas a serem encaminhadas à análise dos órgãos colegiados, com base e
referência nas normas técnicas e legislações vigentes. O Manual GRAPROHAB é
uma coletânea de orientações, permitindo ao usuário do sistema, o encaminhamento
preciso de seus projetos. Contou com a colaboração dos vários técnicos de todas as
instituições colegiadas, através de seus representantes e, em especial, com a
contribuição significativa e co-participação dos órgãos de classe e da construção
civil.
17

JUSTIFICATIVA

Devido o aquecimento do mercado imobiliário, alguns empreendedores com o


anseio de se implantar novos loteamentos rapidamente, acabam por negligenciando
algumas etapas de implantação, muita das vezes por desconhecimento das leis e
normas vigentes, com isso ocorre atrasos em aprovações que acabam refletindo no
cronograma de execução das obras.

Este trabalho orienta profissionais, empreendedores e pessoas interessadas


neste assunto de como conduzir tecnicamente o processo de aprovação de um
loteamento residencial, mostrando todas as etapas de aprovação desde os estudos
iniciais até a implantação do projeto do loteamento, especificando e minimizando o
tempo de trabalho e aumentando entendimento dos tramites burocráticos que o
processo de implantação exige.
18

1 LEVANTAMENTOS PRELIMINARES

Como em todos os negócios, devemos avaliar preliminarmente os principais


aspectos legais, relacionados com as permissões e restrições do parcelamento de
solo, as tendências de mercado, assim como a parte financeira para a implantação
de um loteamento. Estes aspectos devem ser avaliados de forma concomitante, uma
vez que a homogeneidade entre eles é fundamental para o desenvolvimento do
empreendimento. Com esse conjunto de informações é possível esboçar a analise
preliminar das possibilidades do novo empreendimento, junto ao empreendedor e ao
investidor, quando este formalmente envolvido com o empreendedor, e decidir se os
trabalhos a serem feitos para o desenvolvimento e regularização do projeto podem
ser levados adiante.

1.1 LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS

É de importância fundamental, para que o parcelamento do solo seja preciso, o


levantamento planialtimétrico e cadastral da gleba, o uso de técnicas modernas
disponíveis e executado por profissional ou empresa especializada responsável e de
capacidade reconhecida.
Após executados os trabalhos de campo, para a execução dos cálculos e
execução das pranchas do levantamento com a indicação das curvas de nível metro
a metro e linhas de drenagem natural, deve ser tomado como próximo e primordial
passo a comparação dos elementos encontrados com os dados da matrícula ou
transcrição imobiliária, esse passo irá colaborar para ver se existem coincidências ou
eventuais diferenças de medidas, graus, rumos, confrontações ou área da gleba.
Após as verificações, e se constatada alguma diferença em qualquer um dos
elementos, é de primordial importância avaliar as dimensões das mesmas. Caso as
diferenças sejam pequenas, é aconselhável que se vá ao registro de imóveis para
uma consulta, para saber se a retificação da matricula poderá ser feita através de
procedimento administrativo, por requerimento do proprietário da gleba ao oficial
19

registrador ou ao juiz, ou se é o caso de se proceder a uma ação judicial de


retificação.
O importante é que em todas as hipóteses, a retificação da matricula deve
preceder à elaboração dos projetos técnicos e urbanístico, para evitar dificuldades e
até atrasos que poderão gerar a caducidade das aprovações e até mesmo a
interdição do empreendimento.

1.2 SONDAGENS

A sondagem é uma das formas diretas utilizadas para coletar informações do


subsolo e avaliar a capacidade de suporte para as futuras obras que lá serão
executadas. Ela é realizada através de uma perfuração em solo onde são
determinados os seguintes itens:

• Descrever o tipo de solo e interpretar geologicamente ate a profundidade de


interesse do projeto por meio de amostragem;
• Avaliar as diversas camadas de solos medidas por índice de resistência a
penetração;
• Obter informações precisas sobre o nível do lençol freático.

A importância das sondagens em um loteamento é fundamental para os


projetos de futuras fundações, pois sem as sondagens, fundações baseadas em
condições desconhecidas do subsolo podem ser desenvolvidas e podem também
acarretar maiores custos ao empreendimento, na maioria das vezes o resultado
pode gerar discussões indesejáveis entre ambas as partes do contrato.

1.3 LEVANTAMENTOS AMBIENTAIS

As diretrizes da secretaria estadual do meio ambiente devem ser obtidas para


certificar se a gleba é uma área considerada de interesse estadual relevante. Uma
outra medida preliminar que deve ser tomada é a solicitação junto ao Dusm/SMA
20

(Departamento de uso de solo metropolitano), de uma análise de orientação para


parcelamento de glebas situadas em APM’s (Área de proteção de manancial), essa
última medida informa não só o uso e infraestrutura permitidas, mais também o
tamanho dos lotes exigido.
Outra diretriz é a expedição do relatório ambiental preliminar, este se configura
como documento primordial para a licença ambiental, este documento tem como
função instrumentalizar a decisão de exigência ou dispensa para a obtenção de uma
licença prévia.
Para exemplificar de maneira segura, conforme Amadei (2002, p.83), temos a
seguir um trabalho elaborado pela Coordenadoria de Planejamento Ambiental da
SMA (Secretaria estadual do meio ambiente):

A. Introdução

A resolução CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986, instituiu a


obrigatoriedade do Estudo de Impacto Ambiental- EIA e do Relatório
de Impacto Ambiental- RIMA, para o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente. No estado de São Paulo, a
normatização dos procedimentos para o licenciamento ambiental foi
estabelecida pela Resolução SMA 42, de 29 de dezembro de 1994,
que instituiu dois instrumentos preliminares- R.A.P e Termo de
Referência- T.R.
O Relatório Ambiental Preliminar- R.A.P, configura-se como
documento primeiro para o licenciamento ambiental. Tem como
função instrumentalizar a decisão de exigência ou dispensa de EIA e
RIMA, para a obtenção da licença prévia. Em caso de exigência,
juntamente com outros instrumentos, subsidiará a elaboração do
termo de referência para o EIA e RIMA.
O objetivo deste trabalho é orientar os empreendedores, quanto aos
aspectos técnicos que deverão ser considerados, quando da
elaboração da R.A.P, bem como orientar quanto às etapas previstas
para o licenciamento ambiental.
A resolução SMA 42/94 estabelece que o licenciamento ambiental se
dê através de três etapas: Licença Prévia L.P., Licença de
Instalação- L.I., e, Licença de Operação- L.O.
No presente caso, esta atividade enquadra-se no decreto estadual
8468/76, devendo, após emissão da Licença Prévia pela SMA, obter
a Licença de Instalação, na CETESB.

B. Relatório ambiental preliminar

Este roteiro se destina a fornecer orientação para elaboração de


R.A.P para projetos urbanísticos englobando loteamentos com uso
preponderante residencial, condomínios e conjuntos habitacionais.
O presente roteiro destaca o conteúdo mínimo a ser contemplado, de
dependendo do porte do empreendimento, da área de inserção e
21

capacidade de suporte do meio, os dados apresentados deverá ser


aprofundados e prestadas informações complementares.

a) Objetivo de licenciamento

Indicar o tipo de parcelamento, definindo porte e usos, objeto do


licenciamento.

b) Justificativa do licenciamento

Justificar as alternâncias de ocupações propostas. Para


empreendimentos de caráter público, justificar as alternativas
locacionais do projeto urbanístico, de acordo com a demanda
habitacional local e regional.

c) Caracterização do empreendimento

Apresentar informações que permitam avaliar e localizar o projeto


proposto, devendo ser contemplados, os itens abaixo:

 Localizar o empreendimento considerando o município


atingido, bacia hidrográfica e coordenadas geográficas.
 Estas informações deverão ser plotadas em carta topográfica
oficial, original ou reprodução, mantendo as informações da base em
escala mínima de 1: 50.000.
 Apresentar o projeto urbanístico em base topográfica em
escala mínima de 1: 10.000, com quadro de áreas especificando os
usos propostos, bem como acessos e localização das obras de
saneamento.
 Estimar a demanda de saneamento a ser gerada pelo
empreendimento, indicando os sistemas previstos de abastecimento
de água e disposição final de resíduos sólidos e afluentes.
 Estimar a população prevista e a densidade de ocupação,
indicando o número de lotes e unidades residenciais.
 Estimar mão de obra necessária para a implantação do
empreendimento.
 Descrever as obras apresentando: áreas de empréstimo e bota
fora com a especificação da origem e volume do material, canteiros,
alojamentos, acessos e condições de tráfego, cortes e aterros. Estas
informações deverão ser apresentadas em planta planialtimétrica em
escala compatível.
 Apresentar cronograma e descrição das etapas de
implantação.

d) Diagnóstico ambiental preliminar da área de influência

As informações a serem abordadas neste item devem propiciar o


diagnóstico da área de influência do empreendimento, refletindo as
condições atuais dos meios físico, biológico e socioeconômico.
Devem ser inter-relacionadas, resultando num diagnostico integrado
que permita a avaliação dos impactos resultantes da implantação do
empreendimento.
22

Portanto deverão ser apresentado as informações abaixo


relacionadas, devendo estas, quando couber, ser apresentadas em
planta planialtimétrica em escala compatível, e também através de
fotos datadas, com legendas explicativas da área do
empreendimento e do seu entorno.

 Delimitar área de influencia do empreendimento;


 Demonstrar a compatibilidade do empreendimento com a
legislação envolvida: Municipal, estadual e federal ,em especial às
áreas de interesse ambiental em anexo, mapeando as restrições à
ocupação;
 Caracterizar uso e ocupação do solo atual;
 Apresentar a compatibilização da demanda de infraestrutura de
saneamento prevista, com a existente, contemplando o
enquadramento do corpo de água receptor;
 Identificar os equipamentos urbanos existentes e relacioná-los
com a demanda a ser gerada pela implantação do empreendimento;
 Caracterizar as áreas de vegetação nativa ou de interesse
específico para a fauna;
 Caracterizar as atividades socioeconômicas;
 Caracterizar a área quanto a sua susceptibilidade a ocorrência
de processos de dinâmica superficial, com base em dados
geológicos e geotécnicos;
 Identificar as áreas com declividade superior a 30%;

e) Identificação dos impactos ambientais

Identificar os principais impactos que poderão ocorrer em função de


diversas ações previstas para a implantação e operação do
empreendimento: conflitos de uso, remoção de cobertura vegetal,
interferência com infraestrutura existente, intensificação de tráfego na
área, valorização/desvalorização imobiliária, a erosão e
assoreamento, entre outros.

f) Medidas mitigadoras

Apresentar as medidas mitigadoras, compensatórias ou de controle


ambiental considerando os impactos previstos no item anterior,
indicar os responsáveis pela sua implantação e o respectivo
cronograma de execução.

C. Documentação

 Certidão de conformidade de uso de solo- Prefeitura municipal;


 Laudo de vistoria ou protocolo- Parecer técnico DEPRN;
 Equipe técnica que elaborou o R.A.P;
 Cópia da anotação de responsabilidade técnica- ART do
coordenador técnico habilitado, do projeto de engenharia;
 Deverão ser entregues três exemplares do R.A.P;
 Nome e endereço do interessado, nome do empreendimento,
razão social e CGC.
23

D. Listagem exemplificada de áreas de interesse ambiental

 Unidades de conservação como parques, estações ecológicas,


áreas de proteção ambiental- APA’s, entre outros;
 Áreas incluídas no código florestal como sendo de preservação
permanente, conforme Lei n. 4771, de 15 de setembro de 1965,
alterada para a lei n. 7803, de 18 de julho de 1989. Resolução
CONAMA 004, de 18 de setembro de 1985. Áreas citadas no artigo
197 da constituição estadual;
 Áreas de ocorrência de mata atlântica, conforme Decreto
Federal 750, de 10 de fevereiro de 1993, com providências dadas
pela resolução CONAMA 10, de 01 de outubro de 1993, resolução
CONAMA 01, de 31 de janeiro de 1994 e resolução conjunta
SMA/IBAMA/SP 02/94, que regulamenta o artigo 4º do decreto
federal 750/1993;
 Áreas tombadas pelo conselho de defesa do patrimônio
histórico, arqueológico, artístico e turístico, da secretaria de estado
da cultura e respectivas áreas envoltórias (300 metros ao redor do
limite de tombamento), e áreas tombadas pelo Instituto do Patrimônio
Cultural- IBPC;
 Áreas à montante de captações e áreas de proteção de
mananciais referidas na Lei estadual 1.172. de 17 de novembro de
1976;
 Áreas de interesse científico, histórico de manifestações
culturais ou etnológicas da comunidade, de sítios e monumentos
geológicos e arqueológicos, etc.

Para o estado de São Paulo existe uma restrição, para empreendimentos


localizados em áreas de proteção de mananciais (APM) na região metropolitana da
cidade de São Paulo, devem-se respeitar os índices e áreas de primeira categoria,
conforme as orientações da SMA (secretaria estadual do meio ambiente).

1.4 OUTROS LEVANTAMENTOS

Após os levantamentos preliminares para a obtenção das diretrizes dos órgãos


públicos competentes, deve-se proceder levantamentos e estudos para a
identificação das características de natureza topográfica, geotécnica e sanitária,
para a incorporação dos mesmos aos projetos.
Esses levantamentos se referem às áreas suscetíveis à erosão; para
localização adequada de pontos para a colocação de reservatórios de água potável
e de estações de tratamento de esgoto sanitário; para a localização de vielas
sanitárias de acordo com as linhas de drenagem natural; disponibilidade e qualidade
24

da água; mananciais; existência de sistemas públicos de água e esgoto;


profundidade do lençol freático; utilização de poços para a captação de água
potável.
A maioria dos levantamentos adicionais podem ser realizados através de idas
ao campo, onde o empreendimento será construído, consultas de mapas, como
plantas aerofotogramétricas e outros materiais oficiais existentes na prefeitura e
secretaria de estado, também podem contribuir nos levantamentos de apoio à
elaboração dos projetos técnicos e urbanístico.
25

2 ESTUDOS

2.1 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA

Este estudo serve para uma analise critica das opções de implantação do
loteamento, serve para levantar possíveis custos de comercialização, vendas e
gastos com a estrutura do empreendimento. Nele são observados os seguintes
tópicos:

2.1.1 Informações iniciais

Neste tópico são estudados a topografia, a região, a disponibilidade de


servidão de agua potável, esgotos e energia elétrica no entorno do empreendimento.
São levantados também possíveis custos eventuais, considerados as imprevisões
orçamentárias e as despesas da aquisição da gleba.

2.1.2 Custos paramétricos para a implantação

Neste tópico, são levantados os possíveis custos técnicos para a implantação


de um loteamento, os custos são os seguintes: levantamentos planialtimétricos,
projetos, emolumentos para aprovação, registro do loteamento, implantação de
canteiro, serviços de topografia, terraplenagem, drenagem, rede de distribuição de
água e esgotos, rede de energia elétrica, manutenção e segurança.

2.1.3 Cronogramas físicos

Os cronogramas físicos tem a função de organizar e estipular as datas de cada


serviço a ser realizado no futuro empreendimento, eles serve para auxiliar o
26

empreendedor no prazo das tarefas em específico, e também, no prazo total da


obra.

2.1.4 Fluxo de caixa

O fluxo projetado de caixa controla as entradas e saídas de verbas do


empreendimento, facilitando assim, o controle com os gastos e a projeção de lucros
do futuro empreendimento.

2.2 ESTUDO DE VIABILIDADE COMERCIAL

Após a realização da analise dos aspectos gerais da gleba, das restrições para
o parcelamento de solo e a elaboração do estudo de viabilidade financeira do
empreendimento, e sendo os resultados positivos aos interesses do empreendedor,
realiza-se o estudo de viabilidade comercial, para a confirmação do loteamento
idealizado, através de pesquisas indicando:

 A demanda existente para absorver o empreendimento.


 O poder aquisitivo do publico alvo.
 A concorrência local e na região de influencia do empreendimento.
 A forma da distribuição da propaganda.
 A viabilidade de vendas durante a implantação da infraestrutura.

Geralmente, o estudo preliminar não tem o rigor do estudo de viabilidade


comercial final, quanto ao levantamento dos dados necessários. O loteador terá que
contar com dados estatísticos existentes em órgãos públicos na região do
empreendimento, para estabelecer a principal viabilidade do mesmo.
27

3 ELABORAÇÃO DO PROJETO URBANÍSTICO

Para a elaboração de projeto deverá atender os requisitos das Normas


Técnicas Especiais, a Lei Federal n.6766/79, a legislação Estadual e Municipal,
inclusive para analise do Graprohab, órgão do Estado de São Paulo, que analisa e
dá anuência prévia para aprovação definitiva do Município. Neste projeto deverá
conter os seguintes elementos, conforme Amadei (2002, p.95):

 Projeto em escala 1:1.000, sendo aceitas outras escalas caso


necessário:
 Delimitação exata, confrontantes, curvas de nível de metro em metro,
norte, lotes, quadras e sistemas de vias com o devido
estaqueamento a cada 20 metros;
 Delimitação e indicação das áreas publicas non aedificandi e
correspondentes ao sistema de lazer;
 Indicação da faixa non aedificandi nos lotes, onde for necessária
para obras de saneamento;
 Indicação do sentido de escoamento das águas pluviais;
 Indicação nos cruzamentos de vias públicas, dos raios de curvatura
bem como de seu desenvolvimento;
 Indicação das larguras das ruas e praças de retorno;
 Indicação das áreas institucionais para implantação de equipamentos
públicos e comunitários;
 Indicação das ruas adjacentes, que se articulam com o plano diretor;
 Indicação das faixas non aedificandi de 15 metros ao longo das
águas correntes e dormentes, das faixas de domínio das rodovias,
ferrovias e dutos. Escrever no interior das faixas, a expressão "Faixa
non aedificandi - Lei Federal 6766/79 e área verde/lazer" se for
computada como tal;
 Indicação das faixas de domínio sob as linhas de alta tensão, bem
como das faixas de domínio das rodovias e ferrovias, determinadas
por órgãos públicos ou empresas concessionárias;
 Indicação das faixas de preservação permanente conforme art. 2º do
Código Florestal.

3.1 PERFIS LONGITUDINAIS DAS VIAS

O projeto deverá ser apresentado em escala 1:1.000 (horizontal) e 1:100


(vertical), sendo aceitas também em outras escalas, caso necessário. No perfil
longitudinal deverá constar traçado original do terreno, estaqueamento a cada 20
metros, números das estacas e traçado da via projetada com as cotas e as
declividades longitudinais.
28

3.2 PERFIS TRANSVERSAIS DAS VIAS

O projeto deverá ser apresentado em escala 1:1.000 (horizontal e vertical),


sendo aceitas também em outras escalas, caso necessário. No perfil transversal
deverá constar o traçado da(s) faixa(s) de rolamento, passeios e canteiros centrais
(quando for o caso).

3.3 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO DO EMPREENDIMENTO

Deverá conter no memorial descritivo e justificativo do empreendimento no


mínimo as seguintes especificações:

3.3.1 Identificação

- Nomes do:
• Empreendimento;
• Município;
• Proprietário;
• Responsável Técnico;
- Área da Gleba;
- Endereço da Gleba (rua, avenida, bairro);
- Distancia do centro do Município;
- Acessos principais.

3.3.2 Descrição da gleba

- Áreas vulnerais (alagadiços, aterrados, declividades, geologicamente frágeis);


- Valor paisagístico natural (grotas, nascentes, destaque vegetal, etc.);
29

- Corpos d'água;
- Vales secos e linhas de drenagem natural;
- Declividade predominante;
- Existência de rodovias, ferrovias, adutoras, interceptores/emissários, redes de
transmissão de energia e respectivas faixas de domínio.

Observação: enumerar os equipamentos urbanos, comunitários e serviços públicos


já existentes no loteamento e adjacentes.

3.3.3 Caracterização do loteamento

Na caracterização do loteamento deverá constar a distribuição dos lotes por


tipo de uso, quadro de áreas, requisitos urbanísticos e especificações das quadras:

 Distribuição dos lotes por tipos de uso é a descrição do loteamento como


quantidade de lotes residenciais, industriais, comerciais, área de cada um deles
e porcentagem relativa de cada um desses tipos, como mostra a tabela 1.

 O quadro de áreas é a especificação das áreas (m²) dos lotes, área publica,
sistema viário, área loteada e área remanescente e porcentagem relativo ao
total da área da gleba loteada, como mostra a tabela 2.

 O requisito urbanístico é a discriminação do loteamento como população por


lote residência, densidade de ocupação residencial prevista para a gleba e
coeficiente de proporcionalidade, como mostra a tabela 3.

 A especificações das quadras refere-se a identificação dos lotes contidos nas


quadra, área de cada lote, área total dos lotes, área total da quadra e o tipo de
uso dos lotes, como mostra a tabela 4.
30

3.3.4 Especificação do sistema viário

Descrever sucintamente o sistema viário adotado no projeto, indicado:

• Concordância de alinhamento;
• Cruzamentos irregulares;
• Cruzamentos regulares.

3.3.5 Descrição do sistema viário

Na descrição do sistema viário deverá conter as especificações como


identificação das vias, largura do leito carroçável, largura do passeio, declividade
máxima e tipo de revestimento, como mostra a tabela 5.

3.3.6 Infra-estrutura

Deverá descrever todos os serviços relacionados à infra-estrutura que farão


parte do empreendimento e também identificar os responsáveis pela sua
implantação e operação, como segue:

• Rede de distribuição de água potável;


• Sistema de esgotamento sanitário;
• Rede de distribuição de energia elétrica;
• Sistema de drenagem superficial;
• Sistema de coleta e destinação de lixo;
• Responsáveis;
 Assinaturas:
• Do proprietário;
• Do responsável técnico;
31

• Nome;
• Crea;
• ART.

3.4 QUADROS PARA CARACTERIZAÇÃO DO LOTEAMENTO

Tabela 1 - Distribuição dos lotes por tipo de uso

NATUREZA DO LOTEAMENTO
Lotes Nº Área (m²) %
Lotes Residenciais
Lotes Industriais
Lotes Comerciais
TOTAL 100
Fonte: Amadei, 2002.

Tabela 2 - Quadro de áreas

ESPECIFICAÇÃO ÁREAS (m²) %


1 Área de lotes (n. de lotes)
2 Área Públicas
2.1 Sistema Viário
2.2 Áreas Institucionais
Espaços Livres de Uso Público
2.3
Áreas Verdes/Sistemas de Lazer
3 Outros (especificar)
4 Área Loteada
5 Área Remanescente
6 TOTAL DA GLEBA 100
Fonte: Amadei, 2002.

No quadro de área deverão ser observadas as seguintes exigências:

• Área Loteada: total da área constante da matricula com execução de


áreas remanescentes.
32

• Área Remanescente: são aquelas que não serão atendidas pelo sistema
viário projetado, e que não terão a possibilidade de parcelamento em lotes.
• Área de Lotes: deverão constar todos os lotes, independentemente do tipo de
uso. As áreas correspondentes ás faixas de reservas não edificáveis
pertencentes aos lotes deverão constar no total de áreas destinadas a lotes.
• Áreas Públicas: a somatória de áreas públicas deverá perfazer o percentual
mínimo de 35% do total da gleba, Lei Federal 6766/79.
• Sistema Viário: deverá ser estabelecida uma hierarquia para
dimensionamento das vias de circulação, observando-se o leito carroçável
mínimo e a declividade máxima determinada pelo Município para os casos de
ruas sem e com revestimento asfáltico.
• Áreas Institucionais: são aquelas destinadas a edifícios públicos que
passarão a integrar o domínio do município.
• Espaços Livres de Uso Público: essas áreas são destinadas a área
verde/lazer e é de competência do município, normalmente é exigido um
percentual de 10% do total da área loteada.
• Áreas de Proteção de Mananciais: indicação das faixas non aedificandi
exigida por legislação federal, estadual ou municipal. No Estado de São
Paulo, devem ser indicadas as faixas de primeira categoria, conforme
indicado na Analise de Orientação da SMA.

Tabela 3 - Requisitos urbanísticos

Discriminação Valores
População por lote residencial H=
Densidade de ocupação residencial
D=
prevista para a gleba
Coeficiente de proporcionalidade K=
Fonte: Amadei, 2002.

Requisitos Urbanísticos:

H= P = hab./lote
N
33

D= P = hab./ha
AT

K= AP = ha²/hab.
D
• Legenda:

H = População por lote residencial;


P = População total prevista para os lotes residenciais;
N = Número de lotes residenciais;
D = Densidade de ocupação residencial prevista para a gleba;
AT = Área total da gleba em há;
K = Coeficiente de proporcionalidade;
AP = Áreas públicas em ha.

Tabela 4 - Especificação das quadras

LOTES
Área Área
Identifi- Área
Quadra Unit. Quadra Uso Observação
cação total (m²)
(m²) (m²)

Fonte: Amadei, 2002.

Tabela 5 - Especificação do sistema viário

Identificação Largura do Largura do Declividade


Tipo de
das Vias Leito Passeio Máxima
Revestimento
(nome, nº) Carroçavel (m) (%)

Fonte: Amadei, 2002.


34

3.5 ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Para o melhor aproveitamento e perfeição no desenvolvimento dos projetos


técnicos e urbanístico, deverá seguir um roteiro adequado e dentro de uma lógica,
conforme Amadei, (2002, p104):

• Traçado do Sistema Viário: o projeto urbanístico é iniciado com o


traçado do sistema viário, obedecendo as diretrizes municipais no
que diz respeito à localização de logradouros públicos (vias de
circulação obrigatórias, continuidade das vias de acesso, vielas
sanitárias, áreas verde e institucionais, etc.)

• Subdivisão da Gleba: em seguida, procede-se à subdivisão da gleba,


ou seja, a divisão em lotes, das quadras criadas a partir do traçado
do sistema viário, obedecendo-se a área de frente mínima exigida
pela Lei Federal 6766/79 (artigo 4º, inciso II) - 125 metros quadrados
de área e 5 metros de frente, ou da Lei Municipal de parcelamento do
solo urbano e da legislação Estadual, se existente e quando esta for
mais exigente que a Lei Municipal, o que ocorre, no caso do Estado
de São Paulo, nas áreas de proteção ambiental (APAs).

• Cálculo de Áreas: o fundamental para ter um cálculo das áreas dos


lotes, áreas verdes, institucionais e dos demais elementos do projeto
urbanístico, é termos um levantamento planialtimetrico ( perímetro e
curvas de nível) e cadastral da gleba (localização exata da
vegetação, nascentes, cursos d'água e edificações existentes),
elaborado por profissional habilitado, competente e responsável.
O cálculo das áreas dos lotes, sistema viário, áreas verdes e
institucionais e demais espaços constantes do projeto deverão,
portanto, ser feitos analiticamente e não geometricamente, para
obtermos uma precisão tal que, na hora da demarcação física das
diversas figuras do loteamento, não se verifiquem sobras ou falta de
áreas calculadas.

• Incorporação das Conclusões dos Estudos Básicos: a inter-relação


dos dados e elementos dos Estudos Básicos de Apoio, que
possibilitam decisões conclusivas para elaboração do projeto
urbanístico, determinará a incorporação dessas conclusões de modo
a:

a) Evitar os problemas de erosão;

b) Localizar adequadamente os reservatórios de água e


estações de tratamento de esgoto (quando for o caso de
implantação de sistemas isolados desses equipamentos) e
vielas sanitárias;

c) Aproveitar a disponibilidade e qualidade da água de


mananciais;
35

d) Localizar os poços de d'água, as fossas sépticas e poços


absorventes de acordo com a profundidade e viabilidade do
lençol freático;

e) Projetar a interligação das redes de água e esgoto aos


sistemas públicos de abastecimento de água e de coleta de
esgoto, indicando com precisão as pontos de interligação da
rede pública e da rede do loteamento, bem como a distância
entre esses pontos;

f) Localizar as áreas verdes nos espaços onde exista vegetação


arbórea;

• Definição da Infraestrutura: a infraestrutura, via de regra, é definida


pelas exigências dos poderes públicos federal, estadual e/ou
municipal, por ocasião das diretrizes e aprovação do projeto
urbanístico.
A Lei Federal 6766/79, em seu artigo 18, inciso V, estabelece, como
obras mínimas que deverão ser exigidas pela legislação municipal, "a
execução das vias de circulação do loteamento, demarcação dos
lotes, quadra e logradouros e das obras de escoamento das águas
pluviais".

3.6 PROJETOS TÉCNICOS PRINCIPAIS

3.6.1 Projeto de terraplenagem

O projeto de terraplenagem contempla o conjunto de obras necessárias para a


implantação do sistema viário e por vez também as quadras do loteamento. Tais
obras como corte e aterro deverão ser projetados de tal modo a garantir a segurança
das futuras construções, acesso adequado a todos os lotes e mínimo impacto
ambiental. Para isso deve contar com a participação de engenheiros civis e
geólogos para definir as características básicas das obras, a partir do conhecimento
da topografia e geologia da área, dependendo dessas características deverão ser
efetuados sondagens e outros ensaios geomecânicos, cálculos de estabilidade de
taludes e de recalques de aterros.
Segundo Amadei (2002, p.109), o projeto de terraplenagem deve contar com
pelo menos os seguintes elementos:
36

 Memorial descritivo e justificativo das obras propostas, no


qual se apresentam e justificam as obras de corte e aterro;
 Planta de terraplenagem, com a indicação das projeções dos
taludes de corte e de aterro;
 Planilhas de caçulo de volume de corte e aterro.

Podem também ser apresentados perfis transversais nos casos em que cortes
e aterros possuam alturas pronunciadas de 2,00m para aterros e 3,00m para cortes
ao longo do trecho externo das vias ou quando há necessidade de intervenção nas
quadras.
Cabe salientar que o projeto de terraplenagem deverá ser executado em
concordância com o projeto de drenagem superficial.

3.6.2 Projeto de drenagem superficial

O objetivo principal de um projeto de drenagem superficial de um loteamento é


definir de que forma as águas superficiais que escoam pelo sistema viário e quadras
devem ser captadas, conduzidas e descarregadas.
O projeto completo de drenagem prevê um sistema composto pelo sistema
viário do loteamento, por drenos superficiais, galerias subterrâneas e por um
conjunto de obras complementares de captação e transporte da águas, dissipação
de energia, de inspeção às galerias e de lançamento no sistema natural de
drenagem.
O projeto de drenagem deverá ter alguns cuidados para fornecer mais conforto
aos pedestres e motoristas, como mostra a Figura 1, quanto a localização correta
das bocas de lobo
37

Figura 1 - Jogo de bocas de lobo colocadas adequadamente para impedir o alagamento


da faixa de pedestres.

Fonte: Mascaró, 2003

O adequado perfil das ruas conforme a topografia do terreno serve para melhor
captação das águas pluviais, a localização da rede mestre das galerias e a rede
principal localizada no centro da rua, ligando através de travessas as bocas de lobo
com a rede principal, como mostra a figura 2.
38

Figura 2 - Elementos básicos do sistema de drenagem pluvial convencional.

Fonte: Mascaró, 2003

Os meios fios são elementos utilizados entre o passeio e o leito carroçável e


são dispostos paralelamente ao eixo da rua e é aconselhável ter uma altura
aproximadamente de 15 cm em relação ao nível superior da sarjeta.
As sarjetas são faixas, geralmente moldados em concreto, do leito das vias
situados junto ao meio-fio, cuja finalidade é de captar as águas pluviais e direcioná-
las para o sistema de drenagem, boca de lobo.
Os sarjetões são calhas geralmente moldadas também em concreto e em
forma de V e tem a finalidade de conduzir as águas dos cruzamentos da vias para a
sarjeta.
39

As bocas-de-lobo são caixas com a finalidade de captar as águas pluviais,


como mostra a figura 3, e conduzi-las para as galerias e normalmente são
localizadas próximas aos cruzamentos das vias.

Figura 3 - Esquema usual de boca de lobo

Fonte: Mascaró, 2003

Os condutos de ligação são dutos que captam as água de uma boca-de-lobo e


conduzem a uma caixa de ligação, a um poço de visita ou ainda a outra boca-de-
lobo.
As caixas de ligação têm a função de unir os condutos às galerias através de
uma caixa de concreto ou alvenaria sem entrada para inspeção.
Os Poços de visita são elementos do sistema de drenagem, como mostra a
figura 4, que possibilitam a entrada para limpeza e inspeção dos condutos das
galerias. São necessários quando há mudança de direção, declividade, junção das
galerias e nas extremidades de montantes.
40

Figura 4 - Poço de visita

Fonte: Mascaró, 2003

As galerias são tubulações, normalmente de concreto com diâmetro entre 400


a 1500 mm, destinadas a receber as águas pluviais captadas na superfície e
normalmente são localizadas no eixo da rua ou a um terço da largura da rua. Os
pontos de descarga do sistema serão sempre córregos ou vales secos, devendo-se
sempre prever dispositivos que evitem a formação de erosão e o transporte de
material sólido aos cursos d’água.

Segundo Amadei (2002, p.110), de forma genérica, o projeto de drenagem


deverá contar com os seguintes elementos:
41

 Memorial descritivo e justificativo, no qual são apresentadas,


descritas e justificadas através de memórias de caçulo, as
soluções propostas;
 Planta com indicação das bacias contribuintes e sentido de
escoamento da águas pluviais;
 Planta de locação de elementos do sistema de drenagem
(drenos superficiais, galerias, ramais, bocas de lobo, caixas
de dissipação de energia, escadarias, etc.;
 Planilhas de calculo e de quantitativos de materiais e serviços.

3.6.3 Projeto de abastecimento de água potável

Temos três tipos de sistema de abastecimentos de água potável:

 Abastecimento por rede pública;


 Abastecimento por sistema isolado;
 Abastecimento por poços individuais.

Esses sistemas de abastecimento, no Estado de São Paulo, são admitidos


desde que obedecidos os parâmetros e exigências que deverão constar
obrigatoriamente no projeto de abastecimento de água potável, nos casos de
perfuração de poços, deve-se obter autorização do órgão responsável.

3.6.3.1 Abastecimento por rede pública

O projeto deverá ser elaborado, quando se tratar de abastecimento por rede


pública, com base nos elementos constantes das diretrizes do órgão responsável
pelo sistema de abastecimento de água, onde deverá constar se há rede pública
disponível com vazão suficiente para atender de maneira continua a demanda do
empreendimento, identificação dos pontos de interligação e mencionando suas
características hidráulicas (pressão, cotas piezométricas e diâmetro). Além disso,
deverá informar a responsabilidade pela implantação da rede interna do
empreendimento e de sua interligação com a rede pública. Na figura 5 mostra o
sistema, no geral, de abastecimento por rede pública.
42

Figura 5 - Esquema geral de abastecimento por rede pública.

Fonte: Mascaró, 1996

3.6.3.2 Abastecimento por sistema isolado

Para casos de sistemas de abastecimento isolado, o ponto inicial é definir a


fonte de suprimento, se subterrânea ou superficial. Caso for captação subterrânea,
deverá ser elaborado um estudo hidrogeológico para avaliar as possibilidades de
captação de água, nesse estudo deverá conter:
43

 Caracterização geológica e hidrogeológica da área e da região onde ela se


insere;
 Apresentação de dados cadastrais sobre poços profundos nas proximidades;
 Prognóstico das vazões passíveis de serem obtidas nos poços;
 Definição do número e características técnicas e provável localização dos
poços no terreno.

No caso de captação superficial, deverá ser elaborado um estudo hidrológico


para determinar a vazão e qualidade da água de rios, lagos ou córregos, a serem
aproveitados.

3.6.3.3 Abastecimento por poços individuais

O sistema de abastecimento através de poços individuais perfurados em cada


lote (poço freático raso) somente é admitido quando não houver possibilidade de
abastecimento peça rede pública e se o tamanho do lote permitir a localização do
poço freático a uma distância mínima de 30 metros de qualquer sumidouro ou vala
de infiltração de esgoto sanitário.
Os poços deverão ser locados no projeto urbanístico, assim como as unidades
de tratamento de esgoto individual, determinada através de sondagens
geomecânicas a trado ou a percussão, ou sondagens geofísicas.
Segundo Amadei (2003, p.113), "na definição dessa locação devem ser
também levados em conta a possível localização da casa no lote, a cota do terreno e
a profundidade do lençol freático".

3.6.4 Projeto de rede de esgoto sanitário

No tratamento de esgotos sanitários também há três alternativas:


44

 Interligação com a rede pública;


 Sistema isolado constituído por rede coletora, estação de tratamento e
unidades de afastamento e disposição final;
 Tratamento e disposição de esgotos individual para cada lote.

No geral um sistema de rede de esgoto sanitário é desenhado o seu


funcionamento da seguinte forma, como mostra a figura 6.

Figura 6 - Esquema de um sistema de esgoto sanitário com seus órgãos constituintes.

Fonte: Mascaró, 1996.


45

3.6.4.1 Interligação na rede pública

O projeto de interligação do sistema de esgotos com a rede pública deverá


conter, no mínimo, os seguintes elementos:

 Memória de cálculo, incluindo estudo de produção de esgoto do loteamento;


 Planilha de cálculo da rede de esgoto interna do loteamento até o ponto de
interligação na rede pública;
 Planta geral de implantação nas escalas 1:2.000 a 1:1.500, formato A1,
contendo curvas de nível a cada metro, baseadas em referencia de nível oficial,
contendo o traçado da rede coletora até o ponto de interligação com a rede
pública de esgoto, indicando material, diâmetro, extensão, declividade, cotas e
profundidade e sentido do escoamento.

Na figura 7 temos típico de um sistema de rede de esgoto.

Figura 7 - Esquema típico de uma rua com rede de esgoto sanitário.

Fonte: Mascaró, 1996


46

3.6.4.2 Sistema isolado

No projeto de sistema isolado deverá conter todos os componentes como rede


coletora, estações elevatórias (se for o caso), estações de tratamento e emissários
de lançamento dos efluentes em rede pública ou corpo receptor.
No projeto de sistema isolado compõem no mínimo os seguintes elementos:

 Memorial descritivo e justificativo da solução adotada com descrição e


dimensionamento de cada componente;
 Plantas de cálculo e de implantação do sistema com a indicação da locação
dos vários componentes do sistema e detalhes da rede coletora.

3.6.4.3 Tratamento e disposição individual (fossa séptica)

O tratamento e disposição individual é a solução adotada para lote, quando há


condições técnica para isso, implantando um tanque séptico e unidades de
infiltração (sumidouros ou valas de infiltração).
O projeto deverá ser elaborado (desenhos e memoriais de cálculo), de acordo
com as NBRs 7229/82, 7229/93, 13969/97.

3.6.5 Pavimentação

Os projetos de pavimentação das vias urbanas constituem basicamente em


duas partes, o leito carroçável que é destinado ao transito de veículos e o
escoamento das águas pluviais e o de passeio (calçada) que é destinado aos
pedestres, como mostra a figura 8. Estes projetos deverão ser elaborados a partir da
investigação de campo, que definirão a capacidade de suporte do solo na condição
natural e compactada.
O revestimento é a camada superficial, cuja função é receber e suportar o
tráfego, pois sobre o revestimento atuam esforços verticais como pressão e impacto,
47

esforços horizontais como rolamento, frenagem, força centrifuga, e os esforços de


sucção como o ar.

Figura 8 - Esquema de um pavimento convencional, com leito carroçável no centro e


calçadas laterais para pedestres.

Fonte: Mascaró, 2003

Segundo Mascaró (2003, p.135), o pavimento para trânsito de veículos deve


atende as seguintes exigências:

 Alta resistência às cargas verticais e horizontais e ao desgaste;


 Impermeabilidade, para evitar deterioração da base;
 Baixa resistência ao rolamento dos veículos, para diminuir o
consumo de combustível;
 Facilidade de conservação;
 Alto coeficiente de atrito, para permitir boa frenagem, inclusive
sob chuva ou geada;
 Baixa sonoridade, para não aumentar excessivamente o ruído
urbano;
 Cor adequada, para que motoristas e pedestres tenham uma
boa visibilidade, mesmo à noite ou com nevoeiro.
48

Segundo Mascaró (2003, p.139), existem alguns tipos de pavimentos para


o leito carroçável que poderão ser empregados em loteamentos, tais como:

 Pavimentos betuminosos por penetração;


 Pavimentos betuminosos por mistura;
 Pavimentos com blocos de concreto ou paralelepípedos;
 Pavimentos de concreto (in loco);
 Pavimentos de pedra colocados à mão;
 Pavimentos de tijolos cerâmicos;
 Pavimentos à junta aberta.

3.6.6 Projeto de rede elétrica

A elaboração dos projetos de rede de distribuição de energia elétrica,


geralmente no Estado de São Paulo, são elaborados pelas empresas
concessionárias e/ou por Engenheiros Eletricista e aprovados pelas
concessionárias.
Na elaboração dos projetos deverá ter alguns cuidados na locação da rede
quanto às divisas dos lotes, para não ocorrer obstruções, como também a
racionalização das ligações prediais com o objetivo de diminuir os custos, como
mostra a figura 9.
49

Figura 9 - Esquema de racionalização das ligações prediais.

Fonte: Mascaró, 1996.


50

Outro fator importante é a distancia entre as luminárias que dependa da altura


do ponto de luz e a luminotécnica dos corpos luminosos e também que a
arborização não interfira nos raios luminosos, como mostra a figura 10.

Figura 10 - Observações para uma correta iluminação

Fonte: Mascaró, 2003


51

Segundo Amadei (2003,p.119), os elementos essenciais para elaboração dos


projetos são os seguintes:

 Quantidades de unidades consumidoras, em função das


atividades que serão desenvolvidas no local;
 Relação detalhada da carga por unidade consumidora;
 Localização e perfis da área destinada e ocupada por linha de
transmissão, distâncias mínimas, alturas, recuos, etc.,
conforme orientação técnica fornecida pela concessionária.

3.6.7 Paisagismo

Ainda não é usual a implantação de paisagismo em complementação da infra-


estrutura de loteamentos, mas esta se iniciando um novo conceito de revegetação
das áreas verde, margens de córregos e arborização das vias de circulação em
loteamentos com as atuais exigências da secretaria do meio ambiente do Estado de
São Paulo.

No momento do estudo preliminar, deverão ser definidos todos os


benefícios que comporão o empreendimento, como, por exemplo:
arborização das vias de circulação, praças e outros logradouros
públicos, recomposição vegetal das áreas verdes e institucionais,
cobertura vegetal das quadras dos lotes, quadras poliesportivas,
áreas de lazer, campo de futebol e centro de convivência com salas
de jogos esportivos, piscina, etc. Após discutir todas essas questões,
a fase seguinte é a da elaboração do projeto e dos memoriais
descritivos necessários para a execução do paisagismo, que, além
de ser uma tarefa complexa, é uma atividade que exige planejamento
apurado, para evitar surpresas tanto de ordem prática como
econômico-financeiro. (AMADEI, 2002, p.119)

Deverá sempre evitar conflito entre as árvores e as redes de infra-estrutura,


esses problemas aparecem em três níveis como:

 A nível subterrâneo é importante que as raízes não fiquem próximas das redes
de infraestrutura, caso contrario, é aconselhável construir um pequeno muro
enterrado para dificultar o crescimento das raízes e proteger as redes, como
mostra a figura 11, com isso faz com que as raízes não prejudiquem a
canalização, como mostra a figura 12:
52

Figura 11 - Esquema de muro de proteção do avanço das raízes no sentido das redes.

Fonte: Mascacó, 2003.

Figura 12 - Raízes de árvore penetrando em tubulação de esgoto.

Fonte: Mascaró, 2003.


53

 A nível de superfície é importante ter o cuidado de usar espécies de raízes


superficiais para não prejudicar pavimentos e também não é aconselhável usar
espécies de folhas caducas, que perdem suas folhagens no outono, nas
proximidades de bocas-de-lobo ou bueiros, pois podem prejudicar o bom
funcionamento das galerias de águas pluviais.

 A nível aéreo é muito frequente ter problemas com as redes de aéreas


(eletricidade, telefonia, TV a cabo) e a copa das árvores para evitar essas
situações deverá tomar algumas precauções como o plantio em lugar
adequado e caso isso não seja possível efetuar a poda da árvore para não
interferir nas redes aéreas, como mostra a figura 13, outra interferência
requente é com sistema de iluminação e para que isso não ocorra temos que
tomar algumas precauções entre o tipo de iluminação usado e as árvores.

Figura 13 - Distâncias mínimas recomendadas entre redes aéreas e árvores.

Fonte: Mascaró, 2003.


54

4 APROVAÇÕES

Após ter elaborado todos os levantamentos, projeto urbanístico, projetos


técnicos e os respectivos memoriais descritivos, inicia-se o processo de aprovação
do loteamento em órgãos públicos municipais, estaduais e federais.

4.1 PRÉ-APROVAÇÃO - PREFEITURA MUNICIPAL

Na pré-aprovação, a prefeitura municipal dará anuência prévia no anteprojeto


referente às diretrizes municipais e concessionárias de serviços públicos, assim
podendo prosseguir com o processo de aprovação nos órgão públicos estaduais e
federais.

4.2 GRAPROHAB

Graprohab (grupo de análise e aprovação de projetos habitacionais do estado


de São Paulo), esse órgão tem como objetivo centralizar os procedimentos de
aprovação para implantação de empreendimentos de parcelamentos de solo para
fins residenciais, conjuntos e condomínios habitacionais, públicos ou privados.
O procedimento Graprohab compreende em uma lista de documentos e plantas
a serem encaminhados para analise dos seus órgãos colegiados, composto pelas
Secretarias de Habitação, Meio Ambiente, Cetesb e Daee. Esses órgãos usam de
base e referência às normas técnicas e legislações vigentes.
Para a aprovação de empreendimentos, a GRAPROHAB solicita os seguintes
documentos:

 Requerimento (anexo 11) que deve ser entregue em via única composto dos
dados do requerente como nome, documentos pessoais e endereço, dados do
55

loteamento com a localização e número da matrícula do cartório de registro de


imóveis, data e assinatura do requerente.

 Declaração (anexo 12) esse documento deve ser entregue em via única,
declaração do requerente que não houve nenhum requerimento anterior
referente ao imóvel junto a Graprohab contendo endereço (localização) do
imóvel, número da matrícula do cartório de registro de imóveis, data e
assinatura do requerente.

 Procuração pública (anexo 13) se necessário; esse documento deve ser


entregue em via única para que o requerente possuir um representante legal
junto a Graprohab, nesta procuração deverá constar os dados do requerente,
os dados do procurador nomeado e endereço do empreendimento.

 Memorial descritivo do empreendimento; neste documento são inseridas todas


as informações do empreendimento como: tamanho da gleba, quantidade de
lotes, endereço do empreendimento, responsável técnico pelo
empreendimento, entre outras informações.

Projeto urbanístico do empreendimento; Para a elaboração do mesmo deverá


ser observada a Lei Federal nº 6766/79, sua alteração (Lei Federal nº 9785/99) e os
itens discriminados abaixo:

 Projeto em escala 1:1000, sendo aceitas outras escalas, caso necessário, no


original ou cópia autenticada legível. Esse projeto deverá ser vinculado à
Certidão de conformidade da Prefeitura municipal por meio de codificação, tal
como número da certidão, número do processo da prefeitura, entre outros.
Deve ser acompanhado de carimbo e assinatura do representante da
prefeitura. Esta vinculação deve ser localizada no “carimbo” ou “selo” da planta
(próximo às assinaturas do proprietário e responsável técnico pelo projeto
urbanístico).

Delimitação gráfica correta do perímetro da área total do empreendimento,


apresentando todos os dados existentes na descrição da matrícula, tais como:
56

metragens lineares das linhas de perímetro, rumos ou azimutes, quando existentes


na matrícula, identificação dos nomes dos proprietários das áreas vizinhas, entre
outros. Deverão ser também apresentadas, curvas de nível de metro em metro, com
determinação de cota a cada cinco metros, representação gráfica do norte
magnético com data (NM) ou norte verdadeiro (NV) e identificação dos pontos de
estaqueamento a cada vinte metros nas vias projetadas.
Delimitação e indicação das áreas públicas, não edificantes e correspondentes
ao sistema de lazer.
Indicação das faixas não edificantes nos lotes onde for necessária, para obras
de saneamento.
Indicação do sentido de escoamento das águas pluviais.
Indicação nos cruzamentos das vias públicas, dos raios de curvatura bem
como de seu desenvolvimento.
Indicação das larguras das ruas e praças de retorno.
Indicação das áreas institucionais para implantação de equipamentos públicos
urbanos e comunitários.
Indicação das ruas adjacentes que se articulam com o plano de loteamento.
Indicação das faixas de domínio sob as linhas de alta tensão, oleodutos ou
gasodutos limítrofes ou no interior dos empreendimentos, bem como das faixas de
domínio das rodovias e ferrovias, determinadas pelas empresas responsáveis.
Indicações das faixas não edificavam, conforme a legislação específica
(federal, estadual ou municipal).
No caso de condomínios e conjuntos habitacionais, deverá constar no Projeto
Urbanístico a delimitação gráfica das unidades habitacionais, equipamentos
comunitários, áreas comuns, sistemas de circulação interna, áreas não edificáveis.

 Certidão de Conformidade da Prefeitura (anexo 14) ou projeto pré-aprovado


pela prefeitura do município deverá ser vinculada à cópia do projeto
urbanístico, apresentado por meio de alguma codificação, tal como, número da
certidão, número do processo da Prefeitura, acompanhado de carimbo e
assinatura do representante da Prefeitura. Esta vinculação deve ser localizada
no “carimbo” ou “selo” das plantas (próximo à assinatura do proprietário e
responsável técnico nos referidos projetos). A certidão deverá ser em papel
timbrado da Prefeitura contendo a identificação do Diretor de obras,
57

engenheiro ou técnico da Prefeitura, denominação do loteamento, localização,


data e assinatura.

 Certidão de Propriedade, com negativa de ônus e alienações, atualizada de no


máximo 30 (trinta) dias, relativa a Matricula ou à Transcrição do imóvel objeto
do projeto, deverá ser emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis
competente. Na referida Matrícula ou Transcrição, deverá constar a descrição
do imóvel objeto do empreendimento, com as medidas, rumos ou azimutes e
confrontações.

4.2.1 Secretaria de Habitação

Esse órgão é responsável pela condução da política habitacional do governo,


ele traça diretrizes, estabelece metas e desenvolve programas específicos
objetivando o atendimento à população.
Outra tarefa de responsabilidade da secretaria de habitação é promover a
produção de moradias e ações de melhorias urbanas e habitacionais, orientando a
aplicação dos recursos para a redução das necessidades habitacionais, esse
importante órgão trabalha em colegiado com a Graprohab.

A secretaria de habitação necessita dos seguintes documentos para a


aprovação de um loteamento:

 Requerimento deve ser entregue em via única (anexo 11)


 Procuração, esse documento deve ser entregue em via única (anexo 13).
 Certidão atualizada da matrícula ou transcrição do imóvel, conforme descrito
acima, essa certidão deve ser emitida pelo cartório de registro de imóveis, na
mesma deverão constar a descrição do imóvel, com suas respectivas medidas,
rumos ou azimutes e também suas confrontações.
 Planta de localização, esse documento deve ser entregue em via única.

Na planta de localização, a área do empreendimento deve ser desenhada com


seu perímetro demonstrando todas as linhas de confrontação e a forma geométrica
58

idêntica à encontrada no projeto urbanístico, porém, na escala desta planta de


localização. A localização deve ser exata no que se refere à posição e distancia em
relação ao sistema viário, cursos de água e topografia existentes.

 Certidão de conformidade da prefeitura municipal vinculada à cópia do projeto


pré-aprovado. Esse documento deve ser entregue em via única (anexo 14).
 Memorial descritivo e justificativo do empreendimento, (este documento deverá
ser entregue em uma única via).
 Projeto urbanístico vinculado à certidão de conformidade da prefeitura
municipal ou acompanhado do projeto pré-aprovado pela prefeitura municipal,
(este documento deverá ser entregue em duas vias).
 Levantamento planialtimétrico, (este documento deverá ser entregue em uma
única via).
 Projeto de terraplenagem, (este documento deverá ser entregue em uma única
via).

A planta de terraplenagem deverá estar em escala 1:1.000, sendo aceitas


outras escalas, caso necessário, sobre base em que estejam desenhados o sistema
viário, os lotes e as curvas de nível de metro em metro, contendo:
Estaqueamento de vias a cada vinte metros com a cota do eixo da pista em
cada estaca.
Traçado, na escala da planta, das cristas e saias dos taludes de corte e aterro
projetados para a abertura de vias.
Setas indicando o sentido de escoamento das águas pluviais nas vias nas
quadras.

 Projeto de microdrenagem e escoamento de águas pluviais, (este documento


deverá ser entregue em uma única via).

A planta de drenagem deverá estar em escala 1;1.000, sendo aceitas outras


escalas, caso necessário, sobre base em que estejam desenhados o sistema viário,
os lotes e as curvas de nível de metro em metro, contendo: divisão de sub-bacias do
loteamento utilizadas para o cálculo de vazão a ser aduzida pelas estruturas
hidráulicas projetadas; indicação dos pontos altos e pontos baixos do sistema;
59

indicação das estruturas de captação, transporte e disposição final, com respectivas


dimensões, declividade longitudinal e profundidades; sentido de escoamento das
águas pluviais nas ruas e quadras; mapas em escala 1:10.000, com curvas de nível,
com indicação das bacias contribuintes à gleba, quando for o caso.

 Cópia simples das ARTs recolhidas para cada um dos projetos e laudos
apresentados, (este documento deverá ser entregue em uma única via).

4.2.2 Secretaria do Meio Ambiente - SMA

A secretaria do meio ambiente surgiu para promover a preservação, melhoria e


recuperação da qualidade ambiental, esse órgão coordena as atividades ligadas à
defesa do meio ambiente.
A ela é conferida também a elaboração da política estadual do meio ambiente,
o controle e desenvolvimento do meio ambiente e o uso adequado de recursos
naturais.
Em 2008, a SMA teve sua estrutura reorganizada, conforme decreto estadual,
desde então, além de coordenar a formulação, aprovação, execução, avaliação e
atualização da política estadual de meio ambiente, a secretaria ficou responsável por
analisar e acompanhar as políticas públicas setoriais que tenham impacto ao meio
ambiente, bem como articular e coordenar os planos e ações relacionados à área
ambiental. Dessa maneira, as questões ambientais deixaram de integrar apenas a
pasta do meio ambiente, para estarem presentes em diferentes órgãos e esferas
publicas, um desses órgãos em que a SMA está coligada é a GRAPROHAB.
Os documentos necessários na Secretaria de meio ambiente para a aprovação
de loteamentos são os seguintes:

 Requerimento, este documento deve ser entregue em via única. (anexo 11).
 Declaração de inexistência de protocolos anteriores para a gleba, este
documento deve ser entregue em uma única via. (anexo 12).
 Procuração, este documento deve ser entregue em uma única via. (anexo 13).
60

 Memorial Descritivo e Justificativo do Empreendimento, este documento deve


ser entregue em uma única via.
 Certidão de conformidade da prefeitura municipal, este documento deve ser
entregue em uma única via. (anexo 14).
 Certidão atualizada da matrícula ou transcrição do imóvel, conforme descrito
acima, essa certidão deve ser emitida pelo cartório de registro de imóveis, na
mesma deverão constar a descrição do imóvel, com suas respectivas medidas,
rumos ou azimutes e também suas confrontações.
 Planta de localização, esse documento deve ser entregue em via única.

Na planta de localização, a área do empreendimento deve ser desenhada com


seu perímetro demonstrando todas as linhas de confrontação e a forma geométrica
idêntica à encontrada no projeto urbanístico, porém, na escala desta planta de
localização. A localização deve ser exata no que se refere à posição e distancia em
relação ao sistema viário, cursos de água e topografia existentes.

 Planta do projeto urbanístico completo, este documento deve ser entregue em


uma única via.
 Memorial descritivo de cada lote, este documento deve ser entregue em uma
única via.
 Projeto de terraplenagem, conforme descrito anteriormente. Este documento
deverá ser entregue em uma única via.
 Projeto de microdrenagem e escoamento de águas pluviais, conforme descrito
anteriormente. Este documento deve ser entregue em uma única via.
 Projeto de rede interno de abastecimento de agua e sua interligação ao
sistema publico existente, devidamente aprovado por responsável técnico
habilitado do órgão responsável pelo município, este documento deverá ser
entregue em uma única via.
 Projeto de rede interna coletora de esgotos e sua interligação ao sistema
público existente, devidamente aprovado por responsável técnico habilitado do
órgão responsável pelo sistema no município, este documento deverá ser
entregue em uma única via.
 Comprovante do recolhimento da taxa de analise da secretaria de meio
ambiente, conforme valores estabelecidos no decreto estadual nº47. 400/2002
61

e atualizados por portaria da CPRN, este documento deverá ser entregue em


uma única via.
 Laudo de caracterização da vegetação.

Este laudo deverá ser elaborado por um profissional habilitado com emissão da
devida ART (anotação de responsabilidade técnica), contendo a caracterização e
quantificação da vegetação existente na gleba de acordo com a resolução CONAMA
10 de 01/10/1993, resolução CONAMA 01 de 31/01/1994, resolução CONAMA 07 de
23/07/1996, para restinga e resolução da secretaria de meio ambiente 55 de
13/05/1995, para cerrado. Este documento deverá conter também uma analise sobre
a importância da vegetação existente na gleba, frente a outros maciços próximos e
de maior porte visando a identificação de corredores ecológicos e identificação de
medidas para a sua preservação. Deverá conter, ainda, relatório fotográfico
atualizado da área evidenciando a vegetação presente, córregos, nascentes,
exemplares arbóreos isolados de grande porte, vertentes naturais áreas degradadas
e processos erosivos instaurados. Todas as orientações necessárias podem ser
fornecidas pelas portarias DEPRN nº51 de 31/11/2005 e portaria DEPRN nº42 de
23/11/2000.

 Laudo de caracterização da fauna silvestre, no caso de necessidade de


supressão de vegetação nativa em estagio médio de regeneração, nos
domínios da mata atlântica ou em qualquer estágio nos domínios do cerrado,
este documento deverá ser entregue em duas vias.

Observações: O laudo da fauna para outros tipos de estágios de regeneração de


vegetação poderá ser solicitado, a critério do órgão responsável no decorrer da
analise do projeto.

 Projeto de revegetação ou restauração das áreas verdes, este projeto deverá


ser baseado na resolução SMA nº58/06, com espécies nativas da flora regional
com a finalidade de recuperar as áreas verdes a serem constituídas no interior
da gleba.
62

Estes projetos deverão ser elaborados por técnico habilitado com a emissão da
devida ART (anotação de responsabilidade técnica), deverão ser apresentados,
quando necessário, projetos específicos para estabilização de áreas degradadas ou
com indícios de fragilidade geotécnica. Caso já exista vegetação florestal nessas
áreas, será dispensada a apresentação do projeto, ou deverá ser apresentada
proposta de enriquecimento de vegetação existente.

Observações: todas as orientações para a elaboração do projeto de revegetação


são dadas pela resolução SMA 21 de 21/11/2001. Este documento deverá ser
entregue em duas vias.

 Projeto técnico de arborização com utilização de espécies preferencialmente


nativas da floresta regional de forma compatível com o uso público da área.

Para os projetos de arborização dos passeios públicos, devem ser seguidos


documentos específicos como o guia de arborização da Elektro- Eletricidade e
serviços S.A e outros que possam atender ao planejamento e à conveniência
harmoniosa entre a arborização, a rede de energia elétrica e os demais aparelhos
públicos, evitando futuros problemas. O projeto de arborização deverá ser
compatível com a construção e manutenção dos sistemas de energia elétrica,
portanto, deverá conter:

 Espécies adequadas aos passeios públicos, observando as distâncias e recuos


necessários ao sistema elétrico.

As espécies adotadas nos projetos de arborização devem prever a construção


do sistema de energia elétrica e a não execução de podas. Portanto, as mesmas
são limitadas à altura máxima da copa em 5 metros na fase adulta, quando sob a
rede de energia e, em 6 metros de altura máxima da copa na fase adulta, quando do
lado contrario a rede de energia.
As espécies arbóreas projetadas poderão ser referenciadas no guia de
arborização Elektro, que prevê a conveniência harmoniosa entre a rede de energia e
a arborização urbana, assim como os demais aparelhos públicos.
63

Em caso de projeção do plantio de espécies inadequadas à conveniência da


arborização urbana com o sistema elétrico, as concessionárias poderão condicionar
a aprovação do loteamento à substituição das espécies propostas. Neste sentido,
torna-se obrigatório o cumprimento das condicionantes na execução do projeto, caso
contrário, são permitidas as concessionárias a anulação do certificado emitido. Este
documento deverá ser entregue em duas vias.

Planta urbanística ambiental, este documento deverá na mesma escala do


projeto urbanístico, contendo a identificação, demarcação e quantificação da
vegetação que recobre a propriedade, indicando e quantificando a vegetação a ser
suprimida na fase de implantação do loteamento, deverá conter também indicação e
quantificação das áreas de preservação permanente (Lei nº4771/65 e suas
alterações e leis municipais), demonstrando as intervenções eventualmente
necessárias às aberturas de ruas, saias de aterros, transposição de córregos,
estações de tratamento de esgotos, estações elevatórias, drenagem, rede de água,
rede de esgoto, etc. Este documento deverá ser elaborado seguindo as seguintes
diretrizes:

 Identificação e localização das espécies arbóreas isoladas existentes na área


indicando as espécies especialmente protegidas;
 Indicação e quantificação dos 20% de áreas verdes em áreas de proteção
ambiental (APAs);
 Identificação de possíveis habitats críticos da fauna silvestre e a identificação
das medidas necessárias para a preservação;
 Indicação das medidas necessárias para adequar as linhas de drenagem
natural, tomando cuidados especiais nos pontos de mudança de direção do
escoamento das águas pluviais, evitando rupturas remontantes a partir dos
pontos de lançamentos, desmoronamentos, sulcos de erosão e assoreamento
de corpos d’água;
 Indicação das tomadas das fotos;
 Indicação de reserva legal, áreas de primeira categoria do departamento de
uso do solo metropolitano (DUSM), nas áreas de proteção aos mananciais
(APMs). Este documento deverá ser apresentado em três vias;
64

 Fotografia aérea ou imagem da gleba loteada, este documento deverá ser


entregue em uma única via;
 Cópia simples das ART’s (Anotação de responsabilidade técnica) recolhidas
para cada um dos projetos, laudos, relatórios e pareceres técnicos
apresentados. Estes documentos deverão ser entregues em uma única via;
 Parecer de viabilidade emitida pelo departamento do uso do solo metropolitano
(DUSM), da secretaria do meio ambiente (SMA). Este documento deverá ser
entregue em uma única via;
 Anuência previa do gestor de unidade de conservação de proteção integral
(parques, reservas, estações ecológicas, etc.) quando localizado no entorno
das mesmas. Este documento deverá ser entregue em uma única via;
 Anuência prévia do gestor da área de proteção ambiental (APA), quando
localizado no interior das mesmas. Este documento deverá ser entregue em
uma única via;
 Anuência prévia do conselho de defesa do patrimônio histórico arqueológico
artístico e turístico quando localizado no interior de áreas tombadas pelo órgão
estadual ou federal. Este documento deverá ser entregue em uma única via;
 Anuência prévia do Gestor da represa hidrelétrica ou de abastecimento público,
quando localizado nas margens das mesmas. Este documento deverá ser
entregue em uma única via;
 Licença Ambiental Prévia ou manifestação do DAIA, nos casos de:

• Projetos urbanísticos superiores a 70 hectares;


• Projetos urbanísticos superiores a 50 hectares nos municípios litorâneos;
• Projetos urbanísticos menores que os estabelecidos nos itens anteriores
constituídos por glebas remanescentes de parcelamentos aprovados e/ou
implantados após 23/01/1986 (data de publicação da Resolução CONAMA
01/86), cuja somatória das áreas ultrapasse a dos mesmos índices.
65

4.2.3 Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB

Companhia ambiental do estado de São Paulo que é responsável pelo controle,


fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades gerenciadoras de
poluição, com preocupação fundamental de preservar e recuperar a qualidade das
águas, do ar e do solo.
Foi criada em 24 de julho de 1968 com a denominação inicial de centro
tecnológico de controle de saneamento básico.
Em 07/08/2009, entrou em vigor a lei 13.245, que criou uma nova CETESB.
Um centro de referência edificada nessas bases, a CETESB tornou-se um dos
dezesseis centros de referencias da Organização das Nações Unidas (ONU) para
questões ambientais, atuando em estreita colaboração com os 184 países que
integram esse organismo internacional. Tornou-se, também, uma das cinco
instituições mundiais da Organização Mundial de Saúde (OMS) para questões de
abastecimento de água e saneamento, além de órgão de referência e consultoria do
programa das nações unidas para o desenvolvimento par questões ligadas a
resíduos perigosos na América latina.
Os documentos necessários na CETESB para a aprovação de loteamentos são
os seguintes:

 Requerimento. Este documento deverá ser entregue em via única, (anexo 11);
 Declaração. Este documento deverá ser entregue em via única, (anexo 12);
 Procuração. Este documento deverá ser entregue em via única, (anexo 13);
 Planta de localização, conforme descrito anteriormente. Este documento
deverá ser entregue em uma única via;
 Certidão de conformidade da prefeitura municipal, ou cópia do projeto pré-
aprovado pela prefeitura, conforme descrito anteriormente. Este documento
deverá ser entregue em uma única via, (anexo 14);
 Memorial descritivo e justificativo do empreendimento, conforme descrito
anteriormente. Este documento deverá ser entregue em uma única via;
 Projeto urbanístico, conforme descrito anteriormente. Este documento deverá
ser entregue em uma única via;
66

 Cópia da anotação de responsabilidade técnica (ART) para o projeto


urbanístico. Este documento deverá ser entregue em uma única via;
 Cópia do recibo de pagamento do preço para analise, bem como do impresso
denominado “Solicitação de”, devidamente preenchido e assinado pelo
proprietário e pelo responsável técnico. Este documento deverá ser entreguem
em uma única via;
 Anuência da Concessionária ou Permissionária para os casos de
empreendimentos habitacionais que pretendam se implantar próximos de
rodovias, cujos projetos de drenagem impliquem em lançamentos de águas
pluviais na faixa de domínio das mesmas;
 Cópia das diretrizes do órgão responsável pelos sistemas de abastecimento de
água e coleta de esgotos no município. Este documento deverá ser entregue
em uma única via;
 Projeto da rede interna de abastecimento de água e sua interligação ao
sistema público existente, devidamente aprovado por responsável técnico
habilitado do órgão responsável pelo sistema do município. Este documento
deverá ser entregue em uma única via;
 Projeto da rede interna coletora de esgotos e sua interligação ao sistema
público existente, devidamente aprovado por responsável técnico habilitado do
órgão responsável pelo sistema do município. Este documento deverá ser
entregue em uma única via;
 Projeto da estação elevatória de esgotos, quando prevista. Na inexistência dos
sistemas públicos de abastecimento de água ou de tratamento de esgotos,
deverão ser apresentados documentos complementares conforme as
alternativas a serem adotadas:

• Sistema isolado, constituído por captação, adução, tratamento, reservação e


distribuição;
• Coleta, tratamento e destinação final dos esgotos;
• Sistema isolado constituído por rede coletora, estação de tratamento e
unidades de afastamento e disposição final.
67

Observações:

1 - Na existência de rede pública coletora de esgotos próxima ao empreendimento, o


lançamento dos efluentes tratados será obrigatório na rede pública, exceto se for
demonstrada a inviabilidade técnica do mesmo mediante certidão expedida pela
entidade responsável pela operação do sistema publico.

2 - Excepcionalmente, será admitido o lançamento de efluentes sem tratamento


diretamente na rede pública coletora existente, desde que exista o termo de
ajustamento de conduta, firmado entre o órgão responsável pelo sistema de esgotos
do município e a CETESB ou entre o órgão responsável pelo sistema de tratamento
de esgotos do município e o ministério público, desde que aceito pela CETESB, que
contemple o atendimento do empreendimento em questão.

4.2.4 Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE

O DAEE, departamento de águas e energia elétrica é o órgão gestor dos


recursos hídricos do estado de São Paulo, ele atua de maneira descentralizada, no
atendimento aos municípios, usuários e cidadãos, executando a política de recursos
hídricos do estado de São Paulo, bem como coordenando o sistema integrado de
gestão de recursos hídricos nos termos da lei 7663/91, adotando as bacias
hidrográficas como unidades físico-territoriais de planejamento e gerenciamento.
Os documentos necessários no DAAE para a aprovação de loteamentos são os
seguintes:

 Requerimento. Este documento deverá ser apresentado em uma única via.


(anexo 11);
 Procuração. Este documento deverá ser apresentado em uma única via,
(anexo 13);
 Planta de localização, conforme descrito anteriormente. Este documento
deverá ser apresentado em uma única via;
68

 Projeto urbanístico, conforme descrito acima. Este documento deverá ser


apresentado em duas vias;
 Projeto de microdrenagem e escoamento de águas pluviais, conforme descrito
anteriormente. Este documento deverá ser apresentado em duas vias;
 Cópia do cadastro de pessoa física (CPF) e do registro geral (RG), para pessoa
física ou do cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ), para pessoa jurídica,
estes documentos deverão ser apresentados em uma única via;
 Requerimento de outorga de autorização de implantação de empreendimento,
com utilização de recursos hídricos. Este documento deverá ser apresentado
em três vias, sendo duas vias originais, (anexo 15);
 Comprovante de pagamento de taxa de implantação de empreendimento. Este
documento deverá ser entregue em uma única via;
 Cronograma físico de implantação. Este documento deverá ser entregue em
duas vias;
 Cópia da anotação de responsabilidade técnica (ART). Este documento deverá
ser entregue em uma única via.

Os documentos mencionados acima são exigências da GRAPROHAB e órgãos


coligados a ela para aprovação de loteamentos.

4.3 APROVAÇÃO FINAL - PREFEITURA MUNICIPAL

Aprovado o projeto no Graprohab e em órgãos federais, quando for o caso,


solicita-se a aprovação definitiva pela prefeitura municipal, nesta fase é adotada a
sistemática de aprovação do cronograma físico-financeiro à prefeitura, indispensável
documento de garantia para a execução das obras.
Expedida a licença de aprovação e execução das obras o empreendedor
poderá dar inicio a implantação do loteamento e também providenciar o registro de
imóveis.
69

5 REGISTROS

Após a aprovação dos projetos do loteamento nos órgãos públicos, o loteador


deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário dentro de 180 dias, acompanhado dos
seguintes documentos, conforme a Lei Federal n° 6766/79:

 Titulo de propriedade do imóvel ou certidão da matricula;


 Histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 anos;
 Certidões negativas:
• De tributos federais, estaduais e municipais;
• De ações reais referente ao imóvel pelo período de 10 anos;
• De ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e
administração pública;
 Certidões:
• Dos cartórios de Protestos de Títulos, em nome do loteador pelo período
de 10 anos;
• De ações pessoais relativas ao loteador pelo período de 10 anos;
• De ônus reais relativos ao imóvel;
• De ações penais contra o loteador pelo período de 10 anos;
 Cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de
verificação pela Prefeitura da execução das obras exigidas por legislação
municipal, que incluirão, no mínimo, a execução das vias de circulação do
loteamento, demarcação dos lotes, quadras e logradouros e das obras de
escoamento das águas pluviais ou da aprovação de um cronograma, com a
duração máxima de 2 (dois) anos, acompanhado de competente instrumento
de garantia para a execução das obras;
 Exemplar do contrato-padrão de promessa de venda ou de cessão;
 Declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do
loteamento.
70

6 ESTUDO DE CASO

Neste capitulo iremos exemplificar os principais projetos e memoriais


descritivos citados no referencial teórico deste trabalho, que um engenheiro civil
executa, com exemplos práticos e reais de um loteamento residencial situado na
Rodovia dos Andradas, Cidade de Valinhos, Estado de São Paulo, denominado
como Jardim Fiorela, com uma área total de 46.983,02 m², contendo 61 lotes de
aproximadamente 300 m² á uma distância de 2,00 km centro do município.

6.1 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO DO EMPREENDIMENTO

A seguir iremos exemplificar o memorial descritivo e justificativo do


empreendimento e tudo o que se deve constar nele, como:

 Identificação do empreendimento consta o nome do empreendimento,


município, proprietário, responsável técnico, área, endereço, distancia do
centro do município e principal acesso;
 Descrição da gleba é o confronto do perímetro com rumos, azimutes, distâncias
e coordenadas (anexo 16);
 Caracterização do loteamento são tabelas de distribuição dos lotes por tipo
de uso, quadro de áreas, requisitos urbanísticos e especificações das quadras.
 Especificação das áreas construídas é a destinação a ser dada nas
construções existentes na área.
 Descrição do sistema viário é a definição das larguras das ruas, passeios e tipo
de pavimentação.
 Descrição das ruas é uma tabela contendo nome da via (rua), largura do leito
carroçável, largura do passeio, declividade máxima e tipo de revestimento.
 Infraestrutura é a definição dos serviços que serão executados no
empreendimento.
71

6.1.1 Identificação

- Nome do Empreendimento: “JARDIM FIORELA”.


- Município: Valinhos-SP
- Proprietário: Nossa Senhora de Fátima Empreendimentos Imobiliários Ltda.
- Responsável Técnico: Eng._____________________ crea nº __________
- Área da Gleba: 46.983,06 m².
- Endereço da Gleba: GLEBA B, GRANJA AURORA, ANTIGA ESTRADA
MUNICIPAL A VINHEDO, BAIRRO PONTE ALTA
VALINHOS-SP
- Distância do centro do Município: 2,00 Km.
- Acesso principal: Rodovia Municipal dos Andradas.

6.1.2 Caracterização do loteamento

Tabela 6 - Distribuição dos lotes por tipo de uso

Natureza do Loteamento

Lotes Nº área (m²) %


Lotes residenciais 61 25.781,82 100,00
TOTAL 61 25.781,82 100,00

Fonte: Autor
72

Tabela 7 - Quadro de áreas

ÁREAS
ESPECIFICAÇÃO %
(m²)

1. Áreas de lotes (61 lotes) 25.781,82 54,87


2. Áreas Públicas 21.201,24 45,13
2.1 Sistema viário 7.912,93 16,84
2.2 Áreas Institucionais 2.350,70 5,00
2.2.1 Área Institucional 2,350,70 5,00
2.3 Espaços Livres de Uso Público 10.937,61 23,28
2.3.1 Área Verde 10.937,61 23,28
3. Outros ------------- ------
4. Área loteada 46.983,06 100,0
5. Área remanescente ------------- -------
6. TOTAL DA GLEBA 46.983,06 100,0

Fonte: Autor

Tabela 8 - Requisitos urbanísticos

Discriminação Valores

População por lote residencial H = 5 hab/lote

Densidade de ocupação Residencial


D=64,917001hab/ha
prevista para a gleba

Coeficiente de Proporcionalidade K=0,03266 ha2/hab

Fonte: Autor
73

Sendo,

REQUISITOS URBANÍSTICOS LEGENDA

H=população por lote residencial;


P
_______
H= = hab/lote P=população total prevista para os lotes
N residenciais;
P N=número de lotes residenciais;
_______
D= = hab/ha D=densidade de ocupação residencial
AT
prevista para a gleba;
AP
_______ AT=área total da gleba em ha;
K= = ha2/hab
D K=coeficiente de proporcionalidade;
AP=áreas públicas em ha.

Fonte: Autor

Tabela 9 - Especificações das quadras

L O T E S

ÁREA ÁREA
ÁREA OBSER-
QUADRA IDENTIF TOTAL DA USO
UNIT. M² VAÇÃO
(M²) QUADRA
(m²)

Fonte: Autor

Ver tabela de especificações das quadras no anexo 1.

6.1.3 Especificação das áreas construídas

As construções existentes na gleba serão demolidas ou regularizadas.


74

6.1.4 Descrição do sistema viário

As Ruas terão 12 metros de largura, sendo 2,00 metros de passeio de cada


lado e 8,00 metros de caixa, e uma Rua terá 15 metros de largura, sendo 3,00m de
passeio de cada lado e 9,00 metros de caixa. Todas as Ruas terão guias e sarjetas
de concreto e pavimentação asfáltica (anexo 2), conforme lei municipal.

Concordância de alinhamento:
Cruzamentos Irregulares: de 8,00 a 88,00 metros de raio.
Cruzamentos Regulares: 9 metros de raio.

6.1.5 Descrição das Ruas

Tabela 10 - Especificação do sistema viário

Identificação Largura do Largura do Declividade Tipo de


das vias (nome, Leito carroçável passeio máxima Revestimento
nº) (m) (m) (%)

RUA “1” 9,00 3,00 10,99 PAVIMENTAÇÃ


O ASFÁLTICA
RUA “2” 8,00 2,00 5,76 PAVIMENTAÇÃ
O ASFÁLTICA
RUA “3” 8,00 2,00 5,43 PAVIMENTAÇÃ
O ASFÁLTICA
RUA “4” 8,00 2,00 14,28 PAVIMENTAÇÃ
O ASFÁLTICA
RUA “5” 8,00 2,00 12,51 PAVIMENTAÇÃ
O ASFÁLTICA

Fonte: Autor
75

6.1.6 Infra-estrutura

Os serviços de infra-estrutura que farão parte do empreendimento serão:


 Rede de Distribuição de Água Potável (D.A.E.V.)
 Rede de Coleta de Esgoto. (D.A.E.V.)
 Rede de Distribuição de Energia Elétrica (CPFL).
 Sistema de Drenagem Superficial (Prefeitura Municipal de Valinhos).
 Sistema de Coleta e Destinação do Lixo (Prefeitura Municipal de Valinhos).
 Pavimentação Asfáltica.

As obras serão executadas por empresas credenciadas no ramo e fiscalizadas


pela Prefeitura Municipal de Valinhos; e após e execução serão entregues aos
órgãos acima descritos.

6.2 MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DE TERRAPLENAGEM

Neste memorial (anexo 18) inicia-se com uma breve introdução definindo os
procedimentos básicos de execução e em seguida a descrição dos procedimentos
de execução da terraplenagem. Para o loteamento em questão, foi definido:

 Limpeza, etapa inicial com o corte de árvores, desde que permitido,


destocamento executado com trator com lâmina, retirada da camada vegetal
com o mínimo de 20 cm e remoção usando trator e caminhão basculante.
 Movimentação de terra (anexo 3) inicia-se após a limpeza da área utilizando
equipamentos como pá-carregadeira, trator tipo esteira, moto niveladora e
caminhão basculante. Essa movimentação é iniciada pela maior altitude e
direcionada para regiões mais baixas (anexos 4a, 4b, 4c, 4d). Todo o material
retirado dos cortes deverá ser utilizado nos aterros e compactado em camadas
de 20 cm de espessura.
 Proteção dos taludes deverá ser plantada grama do tipo "São Carlos" e para
drenagem deverão ser deixados montes de terra na forma de curvas de nível
76

para contenção de águas pluviais e também deverão ser construídas "piscinas"


para evitar assoreamento das áreas de preservação próximas do
empreendimento.

6.3 MEMORIAL DESCRITIVO DE DRENAGEM SUPERFICIAL

Neste memorial (anexo 19) inicia-se com uma breve introdução definindo o
projeto de drenagem superficial (anexo 5) e em seguida a descrição do
dimensionamento da rede, detalhamento das equações e especificações de
execução e materiais, como no dimensionamento e cálculo das vazões contribuinte
(anexo 6), o loteamento foi dividido em sub-bacias e as sub-bacias divididas em
áreas menores para uma melhor e eficaz determinação das vazões contribuintes
dos coletores.

No memorial também foram detalhadas todas as equações utilizadas para o


dimensionamento, tais como:

 Tempo de concentração inicial ( tci ) - Equação de California highways and


public works (culverts practice);
 Tempo de escoamento ( te );
 Tempo de concentração ( tc );
 Intensidade Pluviométrica ( i ) - Equação da chuva do Município de Campinas;
 Vazão máxima ( Q ) - Método racional (bacias menores que 500Há);
 Velocidade pluviométrica ( Vmax ) - Equação de Chêzy com coeficiente de
Manning e relação Y / D = 0,94;
 Declividade mínima ( Imin ) - Equação de Chêzy com coeficiente de Manning e
relação Y / D = 0,94;

As especificações é um detalhamento dos materiais que serão utilizados, como


tubos, diâmetros, traço de argamassa para execução de poços de visita, caixas de
passagem e bocas de lobo e também detalhamento de execução de escavação de
77

valas, assentamento dos tubos e interligação, poços de visita, caixas de passagem e


bocas de lobo.

6.4 MEMORIAL DESCRITIVO DE ABASTECIEMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

Neste memorial (anexo 20) inicia-se com uma breve introdução do projeto de
rede de distribuição de água potável (anexo 7) informando que o loteamento será
abastecido por uma sub-adutora existente de 150 mm e a rede interna do
loteamento será abastecido com rede de 75 mm e 50 mm de diâmetro.
Em seguida uma descrição de execução de uma rede pública a ser construída
para a interligação com o loteamento.
Os parâmetros adotados (em conjunto com o departamento de águas e
esgotos do município) para o dimensionamento da rede interna do loteamento foram
os seguintes:

Número de lotes: 61 unidades


População de projeto: 300 habitantes
Cota per capta: 200 litros / hab x dia
Coeficiente da hora de maior consumo: 1,50
Coeficiente do dia de maior consumo: 1,25
Extensão da rede distribuidora: 870,91 m
Vazão de consumo: 1,30 l/s
Vazão específica: 0,0015 l/s x m

As pressões estáticas e dinâmicas na rede distribuidora são as indicadas na


planilha de cálculo da rede de água (anexo 8).
78

6.5 MEMORIAL DESCRITIVO DA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO

Neste memorial (anexo 21) inicia-se com uma breve introdução definindo o
projeto de rede de esgoto sanitário (anexo 9) que a rede de esgoto do loteamento
será interligada com uma rede coletora existente.
Em seguida uma descrição da execução da rede coletora de esgoto do
loteamento informando o tipo de material a ser utilizado e a forma de execução da
rede como a profundidade, localização da rede nas ruas e os pontos de intersecção
que serão formados através de poços de visita e os pontos que estiverem na faixa
de viela sanitária serão com poços de inspeção.
Os parâmetros adotados (em conjunto com o departamento de águas e
esgotos do município) para dimensionamento da rede coletora de esgoto sanitário
foram divididos em 4 trechos e encontra-se na planilha de cálculo (anexo 10) e
foram feitos de acordo com a norma ABNT NBR 9649. A vazão mínima adotada
para cada trecho dói de 1,5 l/s e o coeficiente de rugosidade "n" foi adotado igual a
0,013.
79

CONCLUSÃO

Após os estudos realizados para o desenvolvimento do trabalho apresentado,


observamos que o processo de implantação de um loteamento é complexo e
minucioso, pois existem várias leis e normas federais, estaduais e municipais tem
que ser cumpridas para a realização do empreendimento. Como em nosso país a
maioria dos processos são burocráticos, a aprovação de um empreendimento deste
tipo pode levar muito tempo, pois erros acontecem e como estes documentos são
avaliados por muitos órgãos distintos pode acontecer o fato de um mesmo
documento ser aprovado por um órgão e ser retido em outro, demorando assim mais
tempo para o processo de aprovação.

Segundo o empreendedor do loteamento citado no estudo de caso, o prazo de


aprovação do empreendimento foi superior ao que constam na literatura, somando
todas as etapas do processo de aprovação chegou há 38 meses, 3 anos e 2 meses,
sendo 20 meses para pré-aprovação na Prefeitura Municipal, 6 meses na Graprohab
e mais 12 meses para aprovação final na Prefeitura Municipal. Esses prazos
partiram na data em que se deu o protocolo de entrada até a data de aprovação,
sem contar os prazos, tempo, perdidos com problemas externos, não informados.

Após a aprovação final expedida pela Prefeitura Municipal do loteamento


"Jardim Fiorela", deu-se inicio a execução das obras e perdurou por mais 24 meses,
2 anos, até sua conclusão final e entrega do loteamento, um prazo bem menor do
que todo o processo de aprovação do loteamento.

Acredita-se que poderia ser feito em nosso país para mudar essa situação e
reduzir o tempo de espera para aprovação, seria a criação de uma autarquia ou um
novo órgão federal que fosse responsável por toda a tramitação de processos para a
implantação de loteamentos, reduzindo assim o prazo de aprovação.
80

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMADEI, Vicente C., AMADEI, Vicente de Abreu. Como lotear uma gleba: O
parcelamento do solo urbano em seus aspectos essenciais (loteamento e
desmembramento). 2. Ed. Campinas: Millennium, 2002. 410p.

BRASIL. Lei Federal n° 6.766 de 19 de dezembro de 1979. Disponível em:


<http://www.presidencia.gov.br>. Acesso em: 27 mar. 2013.

Graprohab - Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais. Manual de


Orientação para Aprovação de Projetos Habitacionais (atualizado em 2011).
Disponível em: <http://www.habitação.sp.gov.br>. Acesso em: 27 mar. 2013.

MASCARÓ, Juan Luis. Levantamentos Urbanos. 2.ed. Porto Alegre: D.C. Luzzatto,
2003. 210p.

MASCARÓ, Juan Luiz. Desenho Urbano e Custo de urbanização. 1.ed. Porto Alegre:
D.C. Luzzatto, 1996.175p.

CARVALHO, Aline Werneck Barbosa; ARANTES, Paulo Tadeu Leite. Introdução ao


estudo do urbanismo. Viçosa: UFV, 1985. 78p.

SMA - Secretaria do Meio Ambiente. Disponível em:


<http://www.ambiente.sp.gov.br/a-secretaria/quem-somos/>, Acesso em: 15 nov.
2013.

DAEE - Departamento de águas e Energia Elétrica. Disponível em:


<http://www.daee.sp.gov.br/índex.php?option=com_content&view=article&id=50&ite
mid=29>, Acesso em 02 nov. 2013.

CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Histórico. Disponível em


<http://www.cetesb.sp.gov.br/institucional/institucional/52-hist%c3%B3rico/>, Acesso
em: 02 nov. 2013.
81

ANEXOS
82

ANEXO 1 – TABELA DE ESPECIFICAÇÃO DAS QUADRAS


83

ANEXO 2 – PROJETO URBANISTICO / SISTEMA VIÁRIO


84

ANEXO 3 – PROJETO DE TERRAPLENAGEM


85

ANEXO 4a – PERFIS DE CORTE E ATERRO


86

ANEXO 4b – PERFIS DE CORTE E ATERRO


87

ANEXO 4c – PERFIS DE CORTE E ATERRO


88

ANEXO 4d – PERFIS DE CORTE E ATERRO


89

ANEXO 5 – PROJETO DE DRENAGEM SUPERFICIAL / GALERIAS


90

ANEXO 6 – PLANILHA DE CÁLCULO PARA DRENAGEM / GALERIAS


91

ANEXO 7 – PROJETO DE REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL


92

ANEXO 8 – PLANILHA DE CÁCULO PARA REDE DE ÁGUA POTÁVEL


93

ANEXO 9 – PROJETO DE REDE DE ESGOTO SANITÁRIO


94

ANEXO 10 – PLANILHA DE CÁCULO PARA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO


95

ANEXO 11 - REQUERIMENTO

REQUERIMENTO

Nome ____________________________________________________________,
RG nº ____________________________, CPF nº __________________________,
residente e domiciliado em ___________________________, Estado ______, à Rua
(Av.)_____________________________________, CEP ___________, telefone
_________, nos termos do Decreto nº 30.499, de 10 de julho de 1991, requer a
expedição do CERTIFICADO DE APROVAÇÃO do projeto referente ao
empreendimento de (loteamento, conjunto habitacional ou condomínio):
Denominação: LOTEAMENTO (OU CONJUNTO HABITACIONAL)
____________________________________
Localização: (Rua-Av.)_________________________________________________
Bairro:_____________________ no Município de___________________, objeto da
matrícula nº____________ do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca
de_________________________________.
A documentação anexa atende à legislação vigente e deverá ser encaminhada, no
âmbito de sua competência, aos seguintes órgãos e empresas: (relacionar)
Nestes Termos,
Pede Deferimento
_______________, de ________________ de ________

_____________________________________________
Assinatura do(s) Proprietário(s) ou seu(s) procurador(es)
Ao
Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais
GRAPROHAB
Rua Boa Vista, 170 14ºandar bloco 3 – Centro São Paulo-SP
96

ANEXO 12 - DECLARAÇÃO

DECLARAÇÃO

Declaro, sob as penas da lei, não existir nenhum requerimento para aprovação de
(loteamento, conjunto habitacional ou condomínio), junto ao Graprohab, anterior a
esta data, referente ao imóvel situado à (Rua-Av.) ______________________ no
Município de _________________ nº objeto da matrícula nº____________ do
Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de _______________.

____________, ___ de __________ de _______

___________________________________________
Assinatura proprietário(s) ou de seu(s) procurador(es)
97

ANEXO 13 - PROCURAÇÃO

PROCURAÇÃO

Pelo presente instrumento particular, ____________________________, RG nº


____________________ e CPF nº _____________________, residente(s) à Rua
(Av.) ________________________________________________, nº ________,
bairro ____________, Município ________________, Estado ____ CEP _________,
Telefone ______________ proprietário(s) do empreendimento abaixo mencionado,
nomeia(m) e constitui(em) seu(s) bastante procurador(es)
________________________________________, RG nº ___________________,
CPF nº __________________ residente à Rua (Av.) _________________________,
nº ____, bairro _________, Município __________, Estado ____, CEP _________,
Telefone ________________, com poderes para representá-lo(s) junto ao Grupo de
Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais – Graprohab – para requerer a
aprovação do projeto, acompanhar o processo administrativo e retirar o Certificado
de Aprovação do empreendimento (loteamento, conjunto habitacional ou
condomínio): denominado __________________________________, localizado à
Rua (Av.) _____________________________, nº ____, bairro __________,
Município de ________________________.

______________, ____ de _________ de _______

__________________________________________
Assinatura do(s) Proprietário(s) do Empreendimento
98

ANEXO 14 - CERTIDÃO DE CONFORMIDADE DA PREFEITURA

CERTIDÃO DE CONFORMIDADE Nº.____________

A Prefeitura___________________, representada pelo (Função: Diretor de Obras,


Engenheiro, Técnico - nome) ___________________________________________
certifica que o projeto de loteamento denominado___________________________
localizado em _______________________, de propriedade de (nome do
empreendedor) ____________________________________________________,
está de acordo com as diretrizes municipais que fixam as normas que devem ser
obedecidas em relação à destinação e implantação das áreas de uso particular
(lotes) e uso público (sistema viário, áreas verdes, sistemas de lazer, equipamentos
comunitários e equipamentos urbanos – áreas institucionais) em loteamentos
residenciais ou mistos e possui acesso(s) para via(s) oficial(is).
Certifica ainda que:
a) a gleba se encontra em zona _________________ (urbana/de expansão urbana);
b) a gleba _____ (foi/não foi) utilizada para depósito de lixo ou de produtos que
possam trazer riscos à saúde dos futuros moradores;
c) ____ (há/não há) viabilidade de coleta regular de lixo com frequência de ____ dias
por semana;
d) ____ (situa-se/não se situa) em área potencialmente suscetível a problemas
geotécnicos, tais como erosão, instabilidade de encosta etc.;
e) ____ (há/não há) Lei Municipal ou Plano Diretor aprovado após a edição da Lei
Federal nº9785/99 (nº e demais dados de referência: _______________________)
que estabelece os requisitos urbanísticos para o loteamento.
f) ____ (há/não há) Lei Municipal ou Plano Diretor aprovado (nº e demais dados de
referência:____________________________) que exige faixa non aedificandi de
__________ metros de cada lado, ao longo das águas correntes e dormentes, e das
dutovias (art. 4º/inciso III da Lei Federal nº 10.932/04, que alterou a Lei Federal
6.766/79) e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias.
g) a gleba se enquadra na zona __________ (residencial/industrial/comercial/mista),
conforme legislação municipal (se houver indicar o nº e data do diploma legal).
99

h) as vias projetadas do empreendimento (denominação das ruas) que não se


articulam com vias oficiais (existentes ou projetadas) e que não são dotadas de
balões de retorno, são necessárias para o implemento das diretrizes viárias
municipais.

______________, _____de ____________de ________

_________________________________________
Assinatura
100

ANEXO 15 - REQUERIMENTO DE OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO DE


IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTO

Ao Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE

1 - DADOS CADASTRAIS DO USUÁRIO/REQUERENTE

Nome/Razão Social _________________________________________________


Nome de Fantasia __________________________________________________
CNPJ:___________________ CPF: __________________RG:_______________
CGC (unidade local):__________________ Atividade: ______________________
Endereço p/ correspondência: _________________________________________
Bairro:______________Município:____________________CEP ______________
Caixa Postal:__________Fone:(_ _ _ _)_______________ Fax _______________

2- CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO

Empreendimento Novo ( ) Ampliação ( ) Novo Uso ( )


2.1 - Localizações do empreendimento

Endereço:_________________________________________________________
Bairro/Distrito___________________Município____________________________
Nome da Propriedade________________________________________________
Bacia Hidrográfica__________________________UGRHI___________________

2.2 - Usos pretendidos dos recursos hídricos

Recurso Vazão Período Coordenadas UTM


Uso Finalidade
hídrico (m³/h) (h/d) Km N Km E M.C
101

Recurso hídrico: nome do rio / nome do aquífero, etc.


Uso: CA:Captação / LA:Lançamento / BA:Barramento / CN:Canalização /
RE:Retificação / TR:Travessia, etc.
Finalidade: SAN:Sanitário / IND:Industrial / SAN e IND / HID:Hidroagrícola /
AGR:Agricultura / etc.

OBSERVAÇÕES:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Responsabilizo-me, solidariamente ao requerente , pelas informações no Quadro 2


deste requerimento.

____________________________________________________
Assinatura do Responsável Técnico

Nome _______________________________________________
CREA Nº _______________________________
ART Nº ________________________________

Requeiro por este instrumento a outorga de autorização de implantação de


empreendimento, com uso de recursos hídricos, conforme características descritas
neste requerimento, de acordo com o que estabelece a Lei Estadual 7663, de
30/12/91 e seu regulamento
Termos em que,
P. Deferimento

_____________________,_______ de ________________________ de ________

______________________________________________
Assinatura Proprietário/Requerente
Nome: ________________________________________
RG/CPF: ______________________________________
102

DOCUMENTOS ANEXOS A ESTE REQUERIMENTO:


OBS: Preenchimento exclusivo do DAEE

( ) Estudo de Viabilidade de Implantação (EVI): completo ( ) simplificado ( )


( ) Cronograma de implantação
( ) Cópia da ART do Responsável Técnico
( ) Cópia do CPF e do RG (para pessoa Física) ou cartão do CGC (para pessoa
Jurídica).
( ) Comprovante de pagamento da taxa de implantação do empreendimento.

Croqui do empreendimento
103

ANEXO 16 - DESCRIÇÃO DA GLEBA

O perímetro do imóvel descrito abaixo, esta Geo-referenciado no Sistema Geodésico


Brasileiro, e tem início no ponto denominado "ponto 01", de coordenadas Plano
Retangulares Relativas, Sistema UTM - Datum SAD-69, E = 295861,6806 m e N =
7456450,2471 m referentes ao Meridiano Central -45°, localizado Gleba "B", Granja
Aurora, Bairro Ponte Alta, Valinhos-SP; daí, confrontando com Rua "A" e Gleba "A-5" de
propriedade de Antonio João Capovilla e sua esposa Rosali Capelatto (ou Capelato)
Capovilla (sucessores de Antonio Geraldo Capovilla e sua esposa Joana Martins Capovilla),
com azimute de 159°04'48" e distância de 69,81 m, segue até o ponto 02 de coordenada -
E = 295886,6086 m - N =7456385,0351 m; agora, confrontando com Gleba "A-5" de
propriedade de Antonio João Capovilla e sua esposa Rosali Capelatto (ou Capelato)
Capovilla (sucessores de Antonio Geraldo Capovilla e sua esposa Joana Martins
Capovilla); segue com azimute de 146°32'14" e distância de 13,43 m, segue até o ponto
03 de coordenada - E = 295894,0120 m - N = 7456373,8339 m;segue com azimute de
143°01'31" e distância de 6,59 m, segue até o ponto 04 de coordenada - E =
295897,9727 m - N = 7456368,5731 m;segue com azimute de 140°04'29" e distância de
12,85 m, segue até o ponto 05 de coordenada - E = 295906,2178 m - N = 7456358,7209
m;agora, confrontando com Gleba "A-4" de propriedade de Pedro Batista de Oliveira e
sua esposa Lucia Helena Franco de Oliveira (sucessores de Antonio João Capovila e
sua esposa Rosali Capelatto (ou Capelato) Capovilla); segue com azimute de
135°06'47" e distância de 67,21 m, segue até o ponto 06 de coordenada - E =
295953,6521 m - N = 7456311,0991 m;agora, confrontando com Nossa Senhora de
Fátima Empreendimentos Imobiliários (sucessora de Joaquim Aricó e sua esposa
Lorena Peinado Rodriguez Aricó); segue com azimute de 142°34'38" e distância de
30,17 m, segue até o ponto 07 de coordenada - E = 295971,9890 m - N = 7456287,1350
m;segue com azimute de 138°03'21" e distância de 21,78 m, segue até o ponto 08 de
coordenada - E = 295986,5458 m - N = 7456270,9364 m;segue com azimute de
213°02'48" e distância de 51,45 m, segue até o ponto 09 de coordenada - E =
295958,4899 m - N = 7456227,8110 m;segue com azimute de 213°07'39" e distância de
82,41 m, segue até o ponto 10 de coordenada - E = 295913,4547 m - N = 7456158,7999
m;segue com azimute de 217°46'09" e distância de 43,31 m, segue até o ponto 11 de
coordenada - E = 295886,9255 m - N = 7456124,5608 m;agora, confrontando com Lote
"02" de propriedade de espólio de Joaquim Aricó (sucessor de Nossa Senhora de
Fátima Empreendimentos Imobiliários Ltda) e com o lote "05" de propriedade de Hélio
Fernando Braga (sucessor de Fábio Carvalho Morelli Júnior e sua esposa Sandra
104

Tassoulas Morelli) da quadra "B" do Jardim Lorena; segue com azimute de 217°28'43"
e distância de 27,43 m, segue até o ponto 12 de coordenada - E = 295870,2371 m - N =
7456102,7953 m;agora, confrontando com Lote "05" de propriedade de Hélio Fernando
Braga (sucessor de Fábio Carvalho Morelli Júnior e sua esposa Sandra Tassoulas
Morelli) da quadra "B" do Jardim Lorena; segue com azimute de 217°03'12" e distância
de 15,61 m, segue até o ponto 13 de coordenada - E = 295860,8321 m - N =
7456090,3386 m;segue com azimute de 212°57'52" e distância de 19,90 m, segue até o
ponto 14 de coordenada - E = 295850,0048 m - N = 7456073,6434 m;agora,
confrontando com Rancho Alba de propriedade de Jurandy Carador e s/m sucessores
de Armando Francesco Antonio Capone ou Armando Capone e sua esposa Aurora
Matilde Capone; segue com azimute de 299°37'09" e distância de 60,19 m, segue até o
ponto 15 de coordenada - E = 295797,6761 m - N = 7456103,3932 m;segue com azimute
de 300°14'37" e distância de 13,97 m, segue até o ponto 16 de coordenada - E =
295785,6053 m - N = 7456110,4309 m;segue com azimute de 233°54'59" e distância de
11,50 m, segue até o ponto 17 de coordenada - E = 295776,3143 m - N = 7456103,6598
m;segue com azimute de 254°23'41" e distância de 18,28 m, segue até o ponto 18 de
coordenada - E = 295758,7096 m - N = 7456098,7428 m;segue com azimute de
254°24'14" e distância de 7,88 m, segue até o ponto 19 de coordenada - E =
295751,1178 m - N = 7456096,6236 m;segue com azimute de 256°28'48" e distância de
7,73 m, segue até o ponto 20 de coordenada - E = 295743,6006 m - N = 7456094,8162
m;segue com azimute de 258°01'44" e distância de 3,97 m, segue até o ponto 21 de
coordenada - E = 295739,7123 m - N = 7456093,9917 m;segue com azimute de
260°14'27" e distância de 6,78 m, segue até o ponto 22 de coordenada - E =
295733,0342 m - N = 7456092,8431 m;segue com azimute de 261°32'39" e distância de
8,34 m, segue até o ponto 23 de coordenada - E = 295724,7813 m - N = 7456091,6162
m;segue com azimute de 259°40'27" e distância de 4,09 m, segue até o ponto 24 de
coordenada - E = 295720,7564 m - N = 7456090,8829 m;segue com azimute de
249°17'15" e distância de 8,47 m, segue até o ponto 25 de coordenada - E =
295712,8308 m - N = 7456087,8861 m;segue com azimute de 251°29'40" e distância de
4,21 m, segue até o ponto 26 de coordenada - E = 295708,8394 m - N = 7456086,5501
m;segue com azimute de 252°35'39" e distância de 8,83 m, segue até o ponto 27 de
coordenada - E = 295700,4160 m - N = 7456083,9095 m;agora, confrontando com Faixa
destinada ao alargamento da Avenida Joaquim Alves Côrrea; segue com azimute de
335°33'12" e distância de 20,93 m, segue até o ponto 28 de coordenada - E =
295691,7539 m - N = 7456102,9639 m;agora, confrontando com Empresa Crivellaro e
Filho Ltda (sucessora de Aristides Crivellaro e sua esposa); segue com azimute de
94°31'53" e distância de 23,91 m, segue até o ponto 29 de coordenada - E =
105

295715,5928 m - N = 7456101,0747 m;segue com azimute de 78°20'17" e distância de


54,76 m, segue até o ponto 30 de coordenada - E = 295769,2246 m - N = 7456112,1442
m;segue com azimute de 7°35'41" e distância de 35,72 m, segue até o ponto 31 de
coordenada - E = 295773,9450 m - N = 7456147,5464 m;segue com azimute de
352°06'49" e distância de 23,69 m, segue até o ponto 32 de coordenada - E =
295770,6940 m - N = 7456171,0160 m;segue com azimute de 16°45'23" e distância de
31,34 m, segue até o ponto C1 de coordenada - E = 295779,7299 m - N = 7456201,0268
m;segue com azimute de 1°25'43" e distância de 24,29 m, segue até o ponto C2 de
coordenada - E = 295780,3354 m - N = 7456225,3087 m;agora, confrontando com
Empresa Crivellaro e Filho Ltda (sucessora de Aristides Crivellaro e sua esposa) e
Sítio Boa Esperança de propriedade de Catarina Urso Caetano e seu marido Sérgio
Caetano (sucessores de Giuseppe Urso); segue com azimute de 354°02'11" e distância
de 33,26 m, segue até o ponto C3 de coordenada - E = 295776,8793 m - N =
7456258,3935 m;agora, confrontando com Sítio Boa Esperança de propriedade de
Catarina Urso Caetano e seu marido Sérgio Caetano (sucessores de Giuseppe Urso) e
Sítio Santa Amélia de propriedade de Francisco Urso e sua esposa Maria Aparecida
Regina Urso e Salvatore Urso e sua esposa Cecília Canella Urso (sucessores de
Giuseppe Urso); segue com azimute de 7°02'56" e distância de 28,22 m, segue até o
ponto C4 de coordenada - E = 295780,3424 m - N = 7456286,4001 m;segue com
azimute de 3°52'08" e distância de 14,55 m, segue até o ponto C5 de coordenada - E =
295781,3243 m - N = 7456300,9181 m;segue com azimute de 355°42'38" e distância de
26,74 m, segue até o ponto C6 de coordenada - E = 295779,3240 m - N = 7456327,5869
m;segue com azimute de 11°04'49" e distância de 29,86 m, segue até o ponto C7 de
coordenada - E = 295785,0632 m - N = 7456356,8934 m;segue com azimute de 21°00'34"
e distância de 16,94 m, segue até o ponto C8 de coordenada - E = 295791,1383 m - N =
7456372,7119 m;agora, confrontando com Sítio Santa Amélia de propriedade de
Francisco Urso e sua esposa Maria Aparecida e Sítio São Sebastião de propriedade de
Thereza Piaia, Aparecida Piaia de Oliveira e seu marido Francisco José de Oliveira,
Wladimir (ou Vladimir) Piaia e sua esposa Josefina Vedovatto Piaia, Geralda Piaia
Dotta e seu marido Luiz Dotta, e Geraldo Piaia e sua esposa Neusa Turchetti Piaia
(sucessores de José Piaia); segue com azimute de 28°08'10" e distância de 32,79 m,
segue até o ponto C9 de coordenada - E = 295806,6024 m - N = 7456401,6297 m;agora,
confrontando com Sítio São Sebastião de propriedade de Thereza Piaia, Aparecida Piaia
de Oliveira e seu marido Francisco José de Oliveira, Wladimir (ou Vladimir) Piaia e sua
esposa Josefina Vedovatto Piaia, Geralda Piaia Dotta e seu marido Luiz Dotta, e
Geraldo Piaia e sua esposa Neusa Turchetti Piaia (sucessores de José Piaia) e
propriedade de Giusepe Urso e sua esposa Scimeca Vita; segue com azimute de
106

43°19'41" e distância de 27,72 m, segue até o ponto C10 de coordenada - E =


295825,6201 m - N = 7456421,7910 m;agora, confrontando com propriedade de Giusepe
Urso e sua esposa Scimeca Vita; segue com azimute de 51°43'20" e distância de 45,94
m, segue até o ponto 01 de coordenada - E = 295861,6806 m - N = 7456450,2471
m;chegando ao início desta descrição.
107

ANEXO 18 - MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO DE TERRAPLENAGEM

Introdução

É objeto do presente estudo, definir os procedimentos básicos necessários


para a execução da terraplenagem do loteamento em questão, bem como definir
medidas preventivas durante sua execução.

Procedimentos

Limpeza

Como etapa inicial será tomada as seguintes providências:

 As árvores, desde que permitido, serão cortadas com machados e moto-serra e


serão encaminhadas para os locais indicados pela prefeitura;
 Serão carregadas com pá-carregadeira e transportadas com caminhão
basculante coberto com lona;
 O destocamento será feito com trator com lâmina;
 A limpeza vegetal, se necessário, terá no mínimo 0,20m de espessura.

Movimentação de terra

Esta etapa será realizada logo após a limpeza e contará com os seguintes
equipamentos: pá-carregadeira, caminhão basculante, trator tipo esteira e moto
niveladora.
A movimentação de terra propriamente dita será iniciada pelo trecho de maior
altitude, ou seja, pela regularização da Rua “1”, concordando-as com as demais ruas
e quadras, quando houver necessidade, e direcionada para regiões mais baixas.
Pelo fato da região possuir solo com boas propriedades mecânicas, todo material
retirado dos cortes deverá ser utilizado para construção dos aterros, conforme
indicado no projeto de terraplenagem.
Os aterros deverão ser compactados em camadas de 20 cm de espessura a
95% do Proctor Normal, com controle de umidade efetuado no local da obra.
108

Proteção e drenagem

Para proteção dos taludes contra erosões superficiais, deverão ser plantadas
gramas tipo “São Carlos”, fornecidas em placas. A inclinação dos taludes não deve
ser superior a 1.5:1 (H:V) para aterros e 1:1 para cortes, para garantir a estabilidade
do mesmo.
Serão deixados montes de terra provisórios em toda a extensão da gleba, na
forma de curvas de nível, para contenção de águas pluviais.
Durante a terraplenagem devem ser construídas “piscinas” em pontos
estratégicos, objetivando evitar assoreamento das áreas de preservação próximas
ao empreendimento.

Observações finais

 Serão respeitadas todas as normas executivas definidas pela Prefeitura


Municipal de Valinhos;
 Todas as obras serão acompanhadas por técnico responsável pela execução
com sua devida ART;
 As obras serão acompanhadas por equipes de topografia especializada;
 Caso haja necessidade este projeto será aprovado em outros órgãos
necessários.
109

ANEXO 19 - MEMORIAL DESCRITIVO DE DRENAGEM SUPERFICIAL

Introdução

É objeto do presente estudo, definir o projeto das redes de galerias de águas


pluviais do loteamento em questão.
A rede coletora terá quatro pontos de lançamento no córrego Santa
Escolástica, conforme indicado no projeto básico de rede de galerias de águas
pluviais.

Dimensionamento

Para efeito de cálculo das vazões contribuintes e dimensionamento, o loteamento foi


dividido em sub-bacias segundo o sentido de escoamento, tendo em vista o traçado
de ruas e quadras.
As sub-bacias foram por sua vez, divididas em áreas menores, o que possibilitou a
determinação eficaz das vazões contribuintes dos coletores.
Os trechos foram numerados entre poços de visitas e caixas de passagem.

A seguir, foram detalhadas as equações utilizadas para o dimensionamento.

Tempo de concentração inicial ( tci )

Formula de California highways and public works (culverts practice)

tci = 57 . ( L3 / ∆H )0,385

Onde:
tci = tempo de concentração inicial [min]
L = comprimento do talvegue [km]
∆H = diferença de cotas entre a seção de drenagem e o ponto mais alto do
talvegue [m]
110

Neste caso o tempo de concentração inicial foi considerado nulo pelo fato da
região encontrar-se num divisor de bacias.

Tempo de escoamento ( te )

te = ( L / vmax ) / 60

Onde:
te = tempo de escoamento [min]
L = extensão do trecho [m]
vmax = velocidade máxima [m/s]

Tempo de concentração ( tc )

tc = tc1 + te1

Onde:
tc = tempo de concentração do trecho [min]
tc1 = tempo de concentração do trecho anterior [ min]
te1 = tempo de escoamento do trecho anterior [min]

Intensidade pluviométrica ( i )

Equação da chuva para o Município de Campinas

i = 2524,86 . T 0,1359 __
0,007
( tc + 20 ) 0,9483 / ( T )

Onde:
i = intensidade pluviométrica [mm/h]
T = período de retorno [anos]
tc = tempo de concentração [min]
111

Vazão máxima (Q )

Método racional ( bacias menores que 500 Há )

Q = cm . i . ( Atotal / 100 ) . 0,28

Onde:
Q = vazão máxima [m3 / s]
cm = coeficiente de escoamento superficial
i = intensidade pluviométrica [mm/h]
Atotal = área total de contribuição [km2]

Velocidade máxima do escoamento (vmax )

Métodos dos parâmetros adimensionais, utilizando equações de Chêzy com


coeficiente de Manning e relação Y / D = 0,94.

vmax = 0,4376 . ( D / 1000 )2/3 . I 0,5


n

Onde:
vmax = velocidade máxima do escoamento [m / s]
D = diâmetro [m]
I = declividade real [m / m]
n = coeficiente de rugosidade de Manning (0,013)

Declividade mínima ( Imin )

Método dos parâmetros adimensionais, utilizando equação de Chêzy com


coeficiente de Manning e relação Y / D = 0,94.

2
2
Imin = (________Q . n_______ _)
( D / 1000 ) 8/3. 0,3352
112

Onde:
Imin = declividade mínima [m/m]
Q = vazão máxima [m3 / s]
n = coeficiente de rugosidade de Manning (0,013)
D = diâmetro [m]

Especificações

Os tubos serão de concreto simples de ponta e bolsa e comprimento igual a


1,50m para os diâmetros 400 mm e 600 mm. Todos os tubos deverão ser classe 2.
As juntas dos tubos serão formadas com argamassa de cimento e areia no
traço 1:3.
A rede de galerias de águas pluviais será executada à profundidade média de
1,50m, no eixo da rua, conforme indicado no projeto básico, salvo instruções em
contrário da Prefeitura Municipal de Valinhos. Nas faixas de viela sanitária a rede de
galerias pluviais será executada em um dos terços à profundidade média de 1,00m.
Os pontos de inflexão vertical e horizontal serão formados através de poços de
visita e caixas de passagem conforme indicado no projeto básico.
Os poços de visita, caixas de passagem e bocas de lobo, serão construídos
conforme o padrão adotado pela Prefeitura Municipal de Valinhos, sendo que serão
construídos em alvenaria de tijolos de barro maciço, assentados com argamassa de
cimento e areia no traço 1:3. As paredes serão de tijolos e serão revestidos com
argamassa de cimento e areia também no traço 1:3.
As bocas de lobo serão do tipo dupla, com grade fabricada com aço CA-50
diâmetro 3/4 " soldado.
As escavações das valas para o assentamento dos tubos serão executadas
utilizando-se visores e cruzetas para possibilitar o controle de greide de projeto.
O reaterro das valas será feito em camadas sendo que a compactação do solo
será manual até a meia secção dos tubos.
As bocas de lobo serão interligadas as redes de galerias de águas pluviais com
tubos de concreto com diâmetro mínimo de 400 mm de ponta e bolsa, conforme o
padrão adotado pela Prefeitura Municipal de Valinhos.
Os demais aspectos estarão em conformidade com os padrões e
especificações adotados pela Prefeitura Municipal de Valinhos.
113

ANEXO 20 - MEMORIAL DESCRITIVO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


POTÁVEL

Introdução

É objeto do presente estudo, definir os projetos básicos da rede de distribuição


de água potável em questão.

O loteamento será abastecido pela sub-adutora existente na área de 150 mm


de Fibrocimento. A rede deste loteamento visa exclusivamente abastecimento do
mesmo, não prevendo continuação da mesma. O loteamento será abastecido com
rede de 75 mm e 50 mm de diâmetro.

Rede de Distribuição de Água

A rede será interligada na sub-adutora existente na área cujo diâmetro é de


150 mm de fibrocimento. Será construído também, um trecho de sub-adutora com
extensão aproximada de 570,00m de diâmetro 300 mm com início na Rodovia dos
Andradas até o canteiro central da Avenida Joaquim Alves Correa em PVC Defofo
classe 1 Mpa ABNT NBR 7665. O projeto será encaminhado ao DAEV no momento
da execução da obra para pré-aprovação do DAEV.
A rede de distribuição de água será construída com tubos PVC/PBA classe 15,
no passeio à profundidade média de 1,00m.
Foram previstos registros de descarga de fundo e manobra, conforme indicado
no projeto básico da rede distribuidora de água.
As caixas de registro de manobra e registro de descarga serão construídas
conforme o padrão adotado pelo DAEV.

Parâmetros adotados - rede de distribuição de água

Foram os seguintes parâmetros adotados para o dimensionamento da rede de


distribuição de água para o loteamento:

Número de lotes: 61 unidades


População de projeto: 300 habitantes
114

Cota per capta: 200 litros / hab x dia


Coeficiente da hora de maior consumo: 1,50
Coeficiente do dia de maior consumo: 1,25
Extensão da rede distribuidora: 870,91 m
Vazão de consumo: 1,30 l/s
Vazão específica: 0,0015 l/s x m

As pressões estáticas e dinâmicas na rede distribuidora são as indicadas na


planilha de cálculo da rede de água.

PRESSÃO ESTÁTICA MÍNIMA: 31,60 mca


PRESSÃO ESTÁTICA MÁXIMA: 44,30 mca
PRESSÃO DINÂMICA MÍNIMA: 20,55 mca
PRESSÃO DINÂMICA MÁXIMA: 33,29 mca

As pressões acima descritas atendem à norma ABNT NBR 12.218/94.


115

ANEXO 21 - MEMORIAL DESCRITIVO DA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO

Introdução

É objeto do presente estudo, definir os projetos básicos da rede de esgotos


sanitários do loteamento em questão.
A rede coletora de esgotos do loteamento será lançada na rede coletora
existente junto ao córrego Santa Escolástica, conforme indicado no projeto básico
da rede coletora de esgotos.

Esgotos sanitários

A rede coletora de esgotos sanitários será construída com tubos cerâmicos de


ponta e bolsa, diâmetro 150 mm, sendo as juntas formadas por anel de borracha. A
rede coletora será construída no terço da rua; à profundidade média de 1,50m,
sendo que os pontos de intersecção horizontal ou vertical serão formados através
de poços de visita, conforme o padrão adotado pelo DAEV. Os pontos de
intersecção que estiverem sob a faixa de viela sanitária, serão formados através de
poços de inspeção, conforme o padrão adotado pelo DAEV. Nas faixas de viela
sanitária, a rede coletora de esgotos será construída no eixo à profundidade média
de 1,00m. Para controle do greide de projeto do coletor, serão utilizados visores e
cruzeta bem como o estaqueamento será a cada 10m, conforme o padrão adotado
pelo Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos. O reaterro das valas será
manual sendo a primeira camada compacta manualmente até meia seção do
coletor, e, a segunda camada até 20 cm acima da geratriz superior externa do
coletor. As demais camadas serão efetuadas a cada 20 cm até o total reaterro da
vala.

Rede coletora de esgotos - parâmetros adotados

Foram os seguintes parâmetros adotados para o dimensionamento da rede


coletora de esgotos sanitários:
116

 Trecho 1
Número de lotes: 23
Número de habitantes por lote: 5
População de projeto: 115 habitantes
Cota per capta: 160 l/hab x dia
Coeficiente do dia de maior consumo: 1,25
Coeficiente da hora de maior consumo: 1,50
Extensão da rede coletora de esgotos: 525,34m
Vazão específica: 0,0008 l/s x m
Vazão de infiltração: 0,0005 l/s x m

 Trecho 2
Número de lotes: 12
Número de habitantes por lote: 5
População de projeto: 60 habitantes
Cota per capta: 160 l/hab x dia
Coeficiente do dia de maior consumo: 1,25
Coeficiente da hora de maior consumo: 1,50
Extensão da rede coletora de esgotos: 200,36m
Vazão específica: 0,0010 l/s x m
Vazão de infiltração: 0,0005 l/s x m

 Trecho 3
Número de lotes: 18
Número de habitantes por lote: 5
População de projeto: 85 habitantes
Cota per capta: 160 l/hab x dia
Coeficiente do dia de maior consumo: 1,25
Coeficiente da hora de maior consumo: 1,50
Extensão da rede coletora de esgotos: 259,47m
Vazão específica: 0,0011 l/s x m
Vazão de infiltração: 0,0005 l/s x m
117

 Trecho 4
Número de lotes: 08
Número de habitantes por lote: 5
População de projeto: 260 habitantes
Cota per capta: 160 l/hab x dia
Coeficiente do dia de maior consumo: 1,25
Coeficiente da hora de maior consumo: 1,50
Extensão da rede coletora de esgotos: 128,28m
Vazão específica: 0,0011 l/s x m
Vazão de infiltração: 0,0005 l/s x m

O dimensionamento da rede coletora encontra-se na planilha de cálculo. Os


cálculos foram feitos de acordo com a norma ABNT NBR 9649. A vazão mínima
adotada para cada trecho foi 1,5 l/s. O coeficiente de rugosidade “n” foi adotado
igual a 0,013.

Você também pode gostar