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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Campo Mourão


Departamento de Matemática

Cálculo Diferencial e Integral II


Profa. Tatiane Cazarin da Silva
 Cartesianas:
 Representação de uma região
 Representação de uma região

𝑅= 𝑥, 𝑦 ∈ 𝑅2 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ 𝑑}
 Como representar a região?
 Como representar a região?

𝑅= 𝑥, 𝑦 ∈ 𝑅2 𝑥 2 + 𝑦 2 ≤ 𝑟 2 }
 Como representar a região?

𝑅= 𝑥, 𝑦 ∈ 𝑅2 𝑥 2 + 𝑦 2 ≤ 𝑟 2 }

 Como calcular a área da região R?


Como calcular a área da região R usando
integral definida?
 Como representar a região?

𝑅= 𝑥, 𝑦 ∈ 𝑅2 𝑥 2 + 𝑦 2 ≤ 𝑟 2 }

 Como calcular a área da região R?


 Como calcular a área da região R usando
integral definida?
 Coordenadas Polares (Newton):

No sistema de coordenadas polares, as coordenadas


consistem de uma distância e da medida de um ângulo
(rad) em relação a um ponto fixo e a um semi-eixo fixo.
 Coordenadas Polares:
𝑃 𝑟, 𝜃 →
𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑚
𝑐𝑜𝑜𝑟𝑑𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠

P: ponto

O: pólo

r: distância do pólo O ao ponto P

x: semi-eixo polar

𝜃 : medida em radianos do ângulo formado


entre o semi-eixo polar e o segmento 𝑂𝑃

Orientação: 𝜃 > 0: 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑖 − ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜

𝜃 < 0 ∶ 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜


 Observações:

 Se 𝑃 = 𝑂, então 𝑟 = 0. O ponto 0, 𝜃 representa o pólo para


qualquer valor de 𝜃 . (Infinitas representações para um único
ponto!)
 Podemos estender o significado para o caso em que 𝑟 é negativo:

(𝑟, 𝜃) e (−𝑟, 𝜃) ∶

∗ 𝑀𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝ó𝑙𝑜 𝑟

* 𝐸𝑠𝑡ã𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎

∗ 𝑆𝑒 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑚 𝑒𝑚 𝑙𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑂


 Exemplo 1: Marque os pontos cujas coordenadas polares são:

𝐴 2, 𝜋

𝜋
𝐵 −1,
4

3𝜋
𝐶(−3, − )
4
𝜋
𝐷 1, −
2
DEDUÇÃO...
𝐶𝑎𝑠𝑜 𝐼: r e 𝜃 conhecidos
𝑥 = 𝑟 cos 𝜃
𝑦 = 𝑟 sin 𝜃

𝐶𝑎𝑠𝑜 𝐼𝐼: 𝑥 e 𝑦 conhecidos


𝑟2= 𝑥 2 + 𝑦2
𝑦 𝑦
𝑡𝑔 𝜃 = ou 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔
𝑥 𝑥
7𝜋
 Exemplo 2: Converta o ponto −6, de coordenadas
4
polares para cartesianas.
7𝜋
 Exemplo 2: Converta o ponto −6, de coordenadas
4
polares para cartesianas.

 Exemplo 3: Represente o ponto com coordenadas


cartesianas (1, −1) em coordenadas polares.
 O gráfico de uma equação polar 𝑟 = 𝑓(𝜃), consiste em todos
os pontos P que têm pelo menos uma representação
𝑟, 𝜃 cujas coordenadas satisfazem a equação.
 O gráfico de uma equação polar 𝑟 = 𝑓(𝜃), consiste em todos
os pontos P que têm pelo menos uma representação
𝑟, 𝜃 cujas coordenadas satisfazem a equação.

 Exemplo 4: Esboce a curva representada pela equação 𝑟 = 3.


 O gráfico de uma equação polar 𝑟 = 𝑓(𝜃), consiste em todos
os pontos P que têm pelo menos uma representação
𝑟, 𝜃 cujas coordenadas satisfazem a equação.

 Exemplo 4: Esboce a curva representada pela equação 𝑟 = 3.

𝜋
 Exemplo 5: Esboce a curva polar 𝜃 = .
4
 Exemplo 6: Esboce a região polar dada por: 1 < 𝑟 < 3 e
𝜋 3𝜋
<𝜃<
4 2
 Exemplo 6: Esboce a região polar dada por: 1 < 𝑟 < 3 e
𝜋 3𝜋
<𝜃<
4 2

 Exemplo 7: Esboce a curva de equação polar 𝑟 = sen 𝜃 .


Encontre a equação cartesiana para essa curva.
 Exemplo 6: Esboce a região polar dada por: 1 < 𝑟 < 3 e
𝜋 3𝜋
<𝜃<
4 2

 Exemplo 7: Esboce a curva de equação polar 𝑟 = sen 𝜃 .


Encontre a equação cartesiana para essa curva.

 Exemplo 8: Esboce a curva polar 𝑟 = 1 + sen 𝜃.


 Curvas no Geogebra
(https://wiki.geogebra.org/en/Reference%3AGeoGebra_Installation)

 Exemplo: Esboço da curva 𝑟 = cos 2𝜃.

1) Entre com a curva no formato ≫ 𝑟 𝑥 = cos 2𝑥 .


2) Use o comando “Curva” para plotar a curva polar. No entanto, você precisará
usar a relação de coordenadas cartesianas e polares, na nova variável (𝜃), com o
seguinte comando:

>> 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎(𝑟(𝑡) ∗ cos(𝑡), 𝑟(𝑡) ∗ sin(𝑡), 𝑡, 0,2 ∗ 𝑝𝑖)

Faça: 𝑟 = 1 − 3cos(10𝜃)
 Circunferências:
 𝑟=𝑐 -> circunferência com centro no pólo e raio |𝑐|
𝑎
 𝑟 = acos 𝜃 -> centro na reta 𝜃 = 0, passando pelo pólo e raio
2
𝜋 𝑎
 𝑟 = asin 𝜃 -> circunferência com centro em 𝜃 = , passando pelo pólo com raio
2 2
 Retas

 𝜃=𝑎 -> reta passando pelo pólo


 r sin 𝜃 = 𝑎 -> reta paralela ao eixo polar
 r cos 𝜃 = 𝑎 -> reta perpendicular à reta que contém o eixo polar
 Espirais:

 𝑟=𝑎𝜃 -> Arquimedes


𝑎
𝑟= -> Hiperbólica
𝜃
 𝑟 = 𝑎𝑏𝜃 -> Logarítmica
𝑛
 𝑟 = 𝑎 𝜃 -> Parabólica para 𝑛 = 2
 Rosáceas:

 𝑟 = 𝑎 sin(𝑛𝜃) , n ∈ 𝑍, 𝑎 ≠ 0
 𝑟 = 𝑎 cos 𝑛𝜃 , n ∈ 𝑍, 𝑎 ≠ 0

** Se 𝑛 é par, o gráfico consiste de uma rosácea de 2𝑛 laços


** Se 𝑛 é ímpar, o gráfico consiste de uma rosácea de 𝑛 laços
 Lemniscatas:

 𝑟 2 = ±𝑎 cos(2𝜃)
 𝑟 2 = ±𝑎 sin (2𝜃)
 Limaçons:

 𝑟 = 𝑎 ± 𝑏 cos 𝜃
 𝑟 = 𝑎 ± 𝑏 sin 𝜃

𝑎 𝑎
0 < 𝑏 < 1: Limaçon com um laço 1 < 𝑏 < 2: Limaçon com um dente

𝑎 𝑎
𝑏
= 1: Cardióide 𝑏
≥ 2: Limaçon convexa
 Qual a área de um setor circular?
 Qual a área de um setor circular?
 Qual a área de um setor circular?

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑟𝑒𝑎

2𝜋 𝜋𝑟 2
𝜃 𝐴
 Qual a área de um setor circular?

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑟𝑒𝑎

2𝜋 𝜋𝑟 2
𝜃 𝐴

2𝜋𝐴 = 𝜃𝜋𝑟 2
1
𝐴 = 𝜃𝑟 2
2
 Seja 𝑓 uma função contínua e não-negativa no intervalo
𝑎, 𝑏 . Seja 𝑅 uma região limitada pela curva cuja equação
𝑟 = 𝑓(𝜃) e pelas retas 𝜃 = 𝑎 e 𝜃 = 𝑏.
 Seja 𝑓 uma função contínua e não-negativa no intervalo
𝑎, 𝑏 . Seja 𝑅 uma região limitada pela curva cuja equação
𝑟 = 𝑓(𝜃) e pelas retas 𝜃 = 𝑎 e 𝜃 = 𝑏.
 Seja 𝑓 uma função contínua e não-negativa no intervalo
𝑎, 𝑏 . Seja 𝑅 uma região limitada pela curva cuja equação
𝑟 = 𝑓(𝜃) e pelas retas 𝜃 = 𝑎 e 𝜃 = 𝑏.

Como calcular a área


dessa região?
 Para calcular a área 𝐴 faremos a divisão do intervalo 𝑎, 𝑏
em 𝑛 subintervalos 𝜃0 , 𝜃1 , … , 𝜃𝑛 de larguras iguais a Δ𝜃.
 Para calcular a área 𝐴 faremos a divisão do intervalo 𝑎, 𝑏
em 𝑛 subintervalos 𝜃0 , 𝜃1 , … , 𝜃𝑛 de larguras iguais a Δ𝜃.
 Para calcularmos a área 𝐴𝑖 da i-ésima região, escolhemos 𝜃𝑖∗ no i-
ésimo sub-intervalo [𝜃𝑖−1 , 𝜃𝑖 ]
 Para calcularmos a área 𝐴𝑖 da i-ésima região, escolhemos 𝜃𝑖∗ no i-
ésimo sub-intervalo [𝜃𝑖−1 , 𝜃𝑖 ] e calcularmos a área do setor
circular com ângulo central Δ𝜃 e raio 𝑓(𝜃𝑖∗ ) .
 Para calcularmos a área 𝐴𝑖 da i-ésima região, escolhemos 𝜃𝑖∗ no i-
ésimo sub-intervalo [𝜃𝑖−1 , 𝜃𝑖 ] e calcularmos a área do setor
circular com ângulo central Δ𝜃 e raio 𝑓(𝜃𝑖∗ ) .

Então, a área do setor será


1
𝐴𝑖 = 𝑓 𝜃𝑖∗ 2 Δ𝜃
2
 E uma aproximação para a área total é
 E uma aproximação para a área total é

𝑛
1
𝐴≈ 𝑓 𝜃𝑖∗ 2 Δ𝜃
2
𝑖=1
 E uma aproximação para a área total é

𝑛
1
𝐴≈ 𝑓 𝜃𝑖∗ 2 Δ𝜃
2
𝑖=1

Que melhora quando?


Que melhora quando 𝑛 → ∞. Então

𝑛 1 ∗ 𝑏1
𝐴 = lim 𝑖=1 2 𝑓 𝜃𝑖 2
Δ𝜃 = 𝑎 2
𝑓 𝜃 2
𝑑𝜃
𝑛→∞
Que melhora quando 𝑛 → ∞. Então

𝑛 1 ∗ 𝑏1
𝐴 = lim 𝑖=1 2 𝑓 𝜃𝑖 2
Δ𝜃 = 𝑎 2
𝑓 𝜃 2
𝑑𝜃
𝑛→∞

Como 𝑟 = 𝑓(𝜃), temos que


Que melhora quando 𝑛 → ∞. Então

𝑛 1 ∗ 𝑏1
𝐴 = lim 𝑖=1 2 𝑓 𝜃𝑖 2
Δ𝜃 = 𝑎 2
𝑓 𝜃 2
𝑑𝜃
𝑛→∞

Como 𝑟 = 𝑓(𝜃), temos que

𝑏
1 2
𝐴= 𝑟 𝑑𝜃
2
𝑎
Que melhora quando 𝑛 → ∞. Então

𝑛 1 ∗ 𝑏1
𝐴 = lim 𝑖=1 2 𝑓 𝜃𝑖 2
Δ𝜃 = 𝑎 2
𝑓 𝜃 2
𝑑𝜃
𝑛→∞

Como 𝑟 = 𝑓(𝜃), temos que

𝑏
1 2
𝐴= 𝑟 𝑑𝜃
2
𝑎
 Exemplo 9: Calcule a área da região limitada pelo
cardióide 𝑟 = 1 − cos 𝜃 .
 Exemplo 9: Calcule a área da região limitada pelo
cardióide 𝑟 = 1 − cos 𝜃 .
 Exemplo 10: Calcule a área da interseção da região interior
à circunferência 𝑟 = 3 sin 𝜃 e exterior à limaçon 𝑟 = 2 − sin 𝜃.
 Exemplo 10: Calcule a área da interseção da região interior
à circunferência 𝑟 = 3 sin 𝜃 e exterior à limaçon 𝑟 = 2 − sin 𝜃.
 Exemplo 11: Calcule a área da interseção das regiões
limitadas pelas curvas polares 𝑟 = 3 cos 𝜃 e 𝑟 = 1 + cos 𝜃.
 Exemplo 11: Calcule a área da interseção das regiões
limitadas pelas curvas polares 𝑟 = 3 cos 𝜃 e 𝑟 = 1 + cos 𝜃.

Sua vez!
1) Faça as curvas polares;
2) Encontre a região de
interseção;
3) Calcule a área;

5𝜋
... Sua resposta deverá ser u.a.

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