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Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

Ciências Naturais Outubro 2015


9.º Ano de Escolaridade Duração do Teste: 90 minutos | Teste de Avaliação 1

Nome: ______________________________________ nº____ Turma:___ Classif._____________________

Grupo I
Novo relatório apresenta indicadores da saúde e dos sistemas de saúde em 35 países

Os países europeus alcançaram uma importante melhoria do nível de saúde das populações nas últimas décadas. A
esperança de vida à nascença nos Estados-membros da União Europeia (UE) aumentou mais de seis anos desde
1980, tendo atingido 79 anos em 2010, enquanto a mortalidade prematura diminuiu drasticamente. Pode esperar-se
que mais de três quartos destes anos de vida sejam vividos sem limitações da atividade. O aumento da longevidade
pode ser explicado pela melhoria das condições de vida e de trabalho e de alguns dos comportamentos relacionados
com a saúde, mas a melhoria do acesso aos cuidados de saúde e da sua qualidade também é digna de destaque,
como o demonstra, por exemplo, a forte redução das taxas de mortalidade após ataque cardíaco ou acidente vascular
cerebral.
Boletim informativo Saúde-UE, newsletter 101 (2012)

A saúde dos portugueses


Em 2014, ocorreram 23 991 óbitos antes dos 70 anos de idade. Já em 2013 verificaram-se 24 810 mortes prematuras
e em 2012, ocorreram 24 944, a que correspondem respetivamente as taxas de 22,6%, 23,2% e 23,3%. O patamar
alcançado em 2014 (se comparado com anos anteriores) indicia que a meta fixada para 2020 pode ser alcançada. As
causas de mortalidade prematura são distintas consoante os grupos etários. No período infantil, malformações
congénitas e o baixo peso, por exemplo; nos jovens, acidentes; na idade adulta, doenças crónicas não transmissíveis,
como as doenças cérebro-cardiovasculares e a doença oncológica. Como determinantes das causas de mortalidade,
têm sido apontados o tabagismo, sedentarismo, maus hábitos alimentares (comportamentos e estilos de vida não
saudáveis).

www.dgs.pt (consultado em setembro de 2015)

Nas questões 1 a 8, seleciona a letra da opção correta.

1. A esperança de vida à nascença na União Europeia


(A) aumentou mais de seis anos na última década, tendo a mortalidade prematura diminuído.
(B) atingiu 79 anos em 1980, tendo a mortalidade prematura aumentado.
(C) tem vindo a aumentar desde 1980, assim como a mortalidade prematura.
(D) aumentou de 1980 a 2010, tendo ocorrido a diminuição da mortalidade prematura.

2. A expressão “Pode esperar-se que mais de três quartos destes anos de vida sejam vividos sem limitações da
atividade” refere-se ao conceito de
(A) anos potenciais de vida perdidos.
(B) esperança de vida de boa saúde.
(C) esperança de vida sem doença crónica.
(D) esperança de vida.

3. O tabagismo, o sedentarismo e os maus hábitos alimentares são determinantes de saúde incluídos na categoria
(A) demográfica e social.
(B) de acessos a serviços de saúde.
(C) da dimensão individual.
(D) do ambiente físico.
4. As doenças cérebro-cardiovasculares caracterizam-se por ______ e têm como fatores de risco ______.
(A) acumulação de gorduras nos vasos sanguíneos ... o tabagismo e o sedentarismo
(B) inflamação dos pulmões ... o tabagismo e o sedentarismo
(C) aumento dos níveis de açúcar no sangue ... a obesidade e a hipertensão
(D) acumulação de gorduras nos vasos sanguíneos ... a inalação de gases e outras substâncias nocivas

5. A qualidade de vida envolve quatro domínios, como por exemplo o ______ estando as causas de morte prematura
incluídas no domínio ______.
(A) económico e cultural ... psicológico
(B) psicológico e cultural ... biológico
(C) biológico e cultural ... económico
(D) económico e psicológico ... cultural

6. Em Portugal, os jovens morrem prematuramente devido a


(A) diabetes.
(B) cancro.
(C) excesso de peso.
(D) acidentes.

7. Os anos potenciais de vida perdidos, em Portugal


(A) têm diminuído desde 2012 e espera-se que continuem a diminuir.
(B) têm aumentado desde 2012 e espera-se que continuem a aumentar.
(C) aumentaram de 2012 para 2013 e diminuíram de 2013 para 2014.
(D) diminuíram de 2012 para 2013 e aumentaram de 2013 para 2014.

8. O aumento da longevidade na UE deve-se ______ e à diminuição de doenças provocadas por _____.


(A) ao aumento da natalidade ... agentes biológicos
(B) a melhores comportamentos de saúde ... fatores hereditários
(C) a melhores condições de vida ... agentes patogénicos
(D) a melhores condições de trabalho ... antibióticos

9. Classifica cada uma das afirmações seguintes em verdadeira (V) ou falsa (F).
A – A consulta regular do médico de família capacita cada pessoa para a promoção da sua saúde.
B – O uso indevido de antibióticos tem diminuído a resistência bacteriana.
C – A frequência da escolaridade obrigatória e o convívio são medidas de capacitação dos jovens.
D – As estratégias de promoção da saúde devem ser implementadas a nível individual, familiar e comunitário.
E – O controlo do espaço exterior da escola por adultos responsáveis é uma estratégia de promoção de saúde
individual.
F – Alguns agentes patogénicos biológicos têm coevoluído com a espécie humana.

10. Justifica a afirmação: “A saúde e a sobrevivência dependem da interação entre a informação genética, o meio
ambiente e os estilos de vida.”

11. Faz a correspondência correta entre cada letra da coluna A e um número romano da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Conjunto de átomos ligados entre si. (I) Sistema de órgãos

(b) Conjunto da faringe, esófago, estômago e intestino. (II) Tecido

(c) Conjunto de células nervosas. (III) Célula

(d) Conjunto de organelos. (IV) Molécula


Grupo II

Nas últimas décadas, tem-se observado a proliferação de bactérias patogénicas, envolvendo uma variedade de
doenças, que apresentam resistência a múltiplos antibióticos, sendo, portanto conhecidas como bactérias
multirresistentes.
As bactérias em destaque, na atualidade, são as produtoras de uma enzima denominada carbapenemase, mais
especificamente a KPC, sigla de Klebsiella pneumoniae carbapenemase, por terem sido encontradas inicialmente nessa
bactéria. A KPC é uma enzima produzida por bactérias que confere resistência aos antibióticos. As bactérias têm a
capacidade de transferir o seu material genético e, consequentemente, os genes de resistência. Essa fácil disseminação
dificulta o controlo de epidemias e preocupa os profissionais da área de saúde, pois o tratamento destas infeções é
extremamente difícil, elevando as altas taxas de mortalidade.

Aplicação do antibiótico Grau de resistência

baixo alto
Figura 2 – Evolução esquemática de uma população de bactérias após aplicações sucessivas de antibióticos.

Cefalosporinas Fluoroquinolonas Aminoglicosídeos Resistência


Estados UE 3a geração (%) (%) (%)
Combinada* (%)

Portugal 38,7 35,8 31,8 25,1

Alemanha 13,0 13,7 8,3 6,2

Eslováquia 62,7 66,8 63,0 55,3

Espanha 16,7 14,1 14,1 8,9

Finlândia 1,7 2,1 0,4 0,2

Grécia 70,9 69,7 62,9 59,9

Holanda 6,7 5,4 6,3 2,7

Polónia 60,5 60,2 51,8 48,4

Rep. Checa 51,2 50,4 50,4 41,8

Suécia 2,8 3,7 2,5 1,4

Média UE 25,7 25,3 22,2 18,5

*Resistência combinada: resistência às cefalosporinas de 3.a geração, fluoroquinolonas e aminoglicosídeos.

Figura 3 – Klebsiella pneumoniae: percentagem de isolados invasivos com resistência às cefalosporinas de 3.a geração,
fluoroquinolonas, aminoglicosídeos e resistência combinada*, em países da União Europeia.
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. Os antibióticos são medicamentos de…
(A) … toma livre e são eficazes contra bactérias.
(B) … receita médica obrigatória e são eficazes contra bactérias.
(C) … toma livre e são eficazes contra vírus.
(D) … receita médica obrigatória e são eficazes contra vírus.

2. A percentagem de isolados de Klebsiella pneumoniae em Portugal que apresentam multirresistência é de…


(A) … cerca de 30%, inferior à média da União Europeia.
(B) … cerca de 25%, inferior à média da União Europeia.
(C) … cerca de 30%, superior à média da União Europeia.
(D) … cerca de 25%, superior à média da União Europeia.

3. O uso de antibióticos tem como finalidade…


(A) … prevenir doenças infeciosas.
(B) … prevenir doenças não infeciosas.
(C) … tratar doenças infeciosas.
(D) … tratar doenças não infeciosas.

4. De acordo com os dados da tabela, a maior proporção de isolados sensíveis aos antibióticos foi registada na…
(A) … Finlândia.
(B) … Suécia.
(C) … Polónia.
(D) … Grécia.

5. A resistência aos antibióticos de Klebsiella pneumoniae resulta da…


(A) … presença de uma enzima e a informação genética que a determina pode ser transmitida a outras bactérias.
(B) … ausência de uma enzima e a informação genética que a determina pode ser transmitida a outras bactérias.
(C) … presença de uma enzima e a informação genética que a determina não é transmissível a outras bactérias.
(D) … ausência de uma enzima e a informação genética que a determina não é transmissível a outras bactérias.

6. Faz corresponder cada uma das definições relativas aos indicadores de saúde, expressas na coluna A, à respetiva
designação, que consta na coluna B.
Escreve, na folha de respostas, apenas as letras e os números correspondentes.
Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

(a) Número de anos que um ser humano, a partir do momento (1) Saúde
em que nasce, pode esperar viver. (2) Qualidade de vida
(b) Número de mortes provocadas por infeções bacterianas. (3) Anos potenciais de vida
(c) Número de anos não vividos devido a uma morte prematura, perdidos
tendo por referência uma idade-limite para a vida. (4) Esperança de saúde
(d) Número de internamentos hospitalares por infeção de (5) Esperança de vida
Klebsiella pneumoniae. (6) Determinante de saúde
(e) Número de anos que um ser humano pode esperar viver com (7) Mortalidade
saúde. (8) Morbilidade

7. Explica, de acordo com os dados da figura 2, porque é que o uso intensivo de antibióticos tem contribuído para o
aumento da resistência bacteriana.
Grupo III
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabagismo é a principal causa evitável de doença e morte no mundo
ocidental. Apesar de a maioria das patologias a ele associadas surgir na idade adulta, o tabagismo inicia-se muito cedo.
Cerca de 80% dos fumadores inicia o consumo de tabaco antes dos 18 anos e o pico da iniciação nos países ocidentais,
incluindo Portugal, ocorre entre os 11 e os 15 anos.
O facto de a iniciação tabágica ocorrer precocemente tem um forte impacto nos riscos e nas consequências de fumar.
Começar a fumar nesta fase do desenvolvimento prejudica o processo de maturação dos pulmões e do sistema
nervoso central, e os adolescentes que experimentam fumar nesta idade têm um risco elevado de se tornarem
dependentes. Quanto mais cedo ocorrer a iniciação, mais rápida será a transição para o comportamento regular, mais
cigarros serão consumidos por dia no futuro, mais grave será a dependência e, consequentemente, maior será a
dificuldade para deixar de fumar, mais longo será o percurso como fumador e piores serão os danos para a saúde.
Para determinar a prevalência de consumo de tabaco em adolescentes escolarizados portugueses, por região, foi feito
um inquérito a 8764 alunos (4060 rapazes e 4704 raparigas), de 57 escolas, do 5.◦ ao 12.◦ anos de escolaridade.

Figura 4 – Prevalência de consumo de tabaco por região e sexo (n – número de indivíduos, (%) – percentagem de indivíduos).
(Adaptado de Precioso, Prevalência do consumo de tabaco em adolescentes escolarizados portugueses por sexo: podemos estar
otimistas?)

Figura 5 – Evolução da taxa de mortalidade padronizada por doenças relacionadas com o tabaco (todas as idades), por sexo, em
Portugal continental (2008 a 2012).
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. O tabagismo é considerado um
(A) indicador de saúde, uma vez que mede o estado de saúde da população.
(B) indicador de saúde, uma vez que avalia a qualidade de vida do indivíduo.
(C) determinante de saúde, uma vez que reflete as condições de vida das populações.
(D) determinante de saúde, uma vez que influencia a esperança média de vida do indivíduo.
2. A mortalidade por doenças atribuíveis ao tabaco é considerada um…
(A) … determinante do estado de saúde e a sua incidência aumentou em Portugal de 2008 para 2012.
(B) … determinante do estado de saúde e a sua incidência diminuiu em Portugal de 2008 para 2012.
(C) … indicador do estado de saúde e a sua incidência aumentou em Portugal de 2008 para 2012.
(D) … indicador do estado de saúde e a sua incidência diminuiu em Portugal de 2008 para 2012.

3. O consumo de tabaco na adolescência enquadra-se numa cultura de risco que…


(A) … aumenta a capacidade funcional da pessoa e que pode ter como consequência a dependência e
descriminação social.
(B) … aumenta a capacidade funcional da pessoa, facilitando as relações pessoais e a qualidade de vida.
(C) … diminui a capacidade funcional da pessoa e que pode ter como consequência a dependência e
descriminação social.
(D) … diminui a capacidade funcional da pessoa, facilitando as relações pessoais e a qualidade de vida.

4. De acordo com os dados, a maior percentagem de fumadores regulares encontra-se nas escolas do…
(A) … Norte.
(B) … Lisboa.
(C) … Alentejo.
(D) … Madeira.

5. O consumo de tabaco não é um fator de risco para…


(A) … as doenças cardiovasculares.
(B) … os tumores malignos.
(C) … as doenças respiratórias.
(D) … a diabetes.

6. A Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro


do Pulmão assinala, este ano, o Mês do Cancro do Pulmão.
Novembro é o mês escolhido por muitos países para, através das
suas associações de luta contra o cancro do pulmão, reforçarem o
seu papel junto da sociedade e promoverem uma maior
sensibilização. Em Portugal, a Pulmonale assinala a data com o
lançamento de uma campanha contra o tabaco. Fumar fica-te a
matar é o mote deste projeto que visa sensibilizar os jovens.
Explica a importância destas campanhas para a promoção da saúde
e o aumento da esperança de saúde.

Grupo I Grupo II

Pergunta 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1 2 3 4 5 6 7
Cotação 3 3 3 3 3 3 3 3 3 8 4 4 4 4 4 4 5 8

Grupo III
Pergunta 1 2 3 4 5 6
Cotação 4 4 4 4 4 8

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