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CAPA

Centro Universitário Leonardo Da Vinci

ADENILSON RODRIGUES BOEIRA

Projeto de estágio II
Dimensionamento das Colunas de Uma Ponte Rolante

Indaial

2016_02

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DIMENSIONAMNTO DAS COLUNAS DE UMA PONTE ROLANTE

Autor: Adenilson Rodrigues Boeira


Prof. Dr. Cristian Bernardi
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso– Estágio
11/11/2016

Palavras-chave: Dimensionamento; Tensões; Colunas.

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho será realizado o dimensionamento das colunas de aço que serão utilizadas
para o uso de uma ponte rolante com capacidade de carga de até 1 tonelada.
Serão apresentados todos os princípios de fundamentação teórica para a utilização dos
cálculos necessários para este dimensionamento. Posteriormente na aplicação do projeto serão
verificados todos os esforços que estas colunas estarão submetidas para que se inicie o
dimensionamento e em seguida serão efetuados todos os cálculos necessários para a verificação
completa das solicitações dos esforços que as colunas estarão submetidas.
O objetivo deste trabalho é verificar se estas colunas de aço e perfil tubular suportarão a
carga máxima que será içada, junto com a estrutura, mais a viga da ponte e o carro troller,
equipamentos estes já existentes na empresa e que já foram dimensionados anteriormente com
outros projetos.
Esta ponte rolante está localizada em um galpão onde a temperatura interna não excede os
40 ºC e está isenta de qualquer tipo de solicitação de vento. Suas dimensões base e características
serão apresentadas nos detalhes do projeto de dimensionamento deste trabalho.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Estudo das Tensões Atuantes

Toda a estrutura está submetida a solicitações de esforços mecânicos que são os principais
agentes para que se defina um correto dimensionamento nas colunas. Para garantir uma aplicação
segura, devemos levar em consideração todas as tensões atuantes que serão dimensionados neste
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trabalho. Elas são as responsáveis pelo comportamento do material perante suas propriedades
mecânicas.
Conforme Hibeller (1997, p.14), “Se a força normal ou tensão tracionar o elemento de área
A, ela será denominada tensão de tração, ao passo que, se comprimir o elemento A, ela será
denominada tensão de compressão.”.
Para a correta verificação temos a definição de tensão como sendo a intensidade de força
aplicada por unidade de área e o que será estudado neste trabalho e usado para o dimensionamento
dos pilares é o princípio da tensão de tração, compressão e flambagem.

2.1.1 Tração e Compressão

Uma peça está submetida aos esforços de tração ou compressão quando alguma força age
perpendicularmente a seção da área da peça e no sentido do eixo longitudinal. Quando a força age
no sentido para o exterior da peça, está sendo submetida ao esforço de tração, já quando esta força
está direcionada para o interior ocorre o esforço de compressão.
Segundo Melconian (1949, p.32), “A peça estará tracionada quando a força axial aplicada
estiver atuando com o sentido dirigido para seu exterior [...] A peça estará comprimida, quando a
força axial aplicada estiver atuando com o sentido dirigido para o interior”.

2.1.1 Flambagem

De acordo com Hibeller (1997, p. 482), “Quando é aplicado um esforço de compressão


axial em uma peça que chamamos de esbelta onde sua área de seção transversal é muito pequena
em relação ao seu comprimento ocorre o fenômeno conhecido como flambagem, caso contrário
seria compressão”.
Denomina-se carga de flambagem o valor da carga axial para o qual a forma reta, de
equilíbrio da barra, deixa de ser estável. A partir dessa carga, o eixo da barra se encurva
porque a forma estável de equilíbrio passa a ser uma curva, denominada ‘elástica’. (NASH
1922, p. 267)
Para classificarmos uma peça como comprida ou curta usamos uma medida de
flexibilidade da coluna denominada índice de esbeltes. Para determinar se as colunas sofrerão
flambagem devemos calcular a carga crítica e a tensão crítica comparando com a tensão admissível
do material.
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Para este trabalho foi verificado que as colunas precisam resistir a solicitações de
flambagem, pois sua seção transversal é consideravelmente menor que seu comprimento.
𝜋 2 𝐸𝐼
A carga crítica de flambagem é dada pela equação de Euler Pcr = (𝐾𝐿)2
, Onde Pcr = carga

crítica,  = constante universal, E = modulo de elasticidade do material, I = Menor momento de


inercia para área de seção transversal da coluna, K = fator de comprimento efetivo e L =
comprimento da coluna sem apoio cujas extremidades estejam presas por pinos. A tensão crítica
pode ser calculada através da relação cr = , onde cr = tensão crítica e A = área da seção
𝑃𝑐𝑟
𝐴

transversal. Hibeller (1997 p. 482)

3 METODOLOGIA

3.1 Memoriais de cálculo e descritivo.

Como citado anteriormente, para este trabalho foi verificado que as colunas precisam
resistir a solicitações de flambagem, sendo assim, foi dimensionado a carga crítica e tensão crítica
como segue abaixo.
Para inicio dos cálculos temos as seguintes dimensões coletadas no galpão onde estão
montadas as colunas da ponte rolante:
Carga máxima de içamento 1000 Kgf
Peso de uma viga 300 Kgf
Peso do carro troller 300 Kgf
Peso total da solicitação de carga 1600 Kgf
Perfil da coluna Tubolar C/ 3 tubos por coluna
Øext. Tubo 76 mm
Øint. Tubo 70 mm
Raioext. Tubo 38 mm
Raioext. Tubo 35 mm
Altura da Coluna “L” 3,5 m
Material A-36
E 200 GPa
esc 250 Mpa
x 1,5
y 1
z 1,5
w 1,2
Fator de segurança (S) x.y.z.w = 2,7
Considerar aceleração da gravidade “g” 10 m/s2
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Dessa forma será iniciado o dimensionamento de uma das colunas sendo que as outras
são similares e terão exatamente os mesmo parâmetros e dimensionamentos. Através dos cálculos
abaixo será verificado se as colunas irão resistir às solicitações que estão expostas.
Como a viga está bi apoiada dividimos o valor da carga total por 2  1600/2 = 800 kgf,
este valor é a carga solicitada em uma coluna. Em seguida dividimos o valor da carga aplicada pela
quantidade de tubos existentes na coluna  800/3 temos que P  267 kgf, este valor é a carga
requerida em cada seção tubular e que será tomado como base para o dimensionamento.

1600 Kgf

Fonte: Autor.

800 Kgf 800 Kgf

Fonte: Autor.

267 Kgf
267 Kgf 267 Kgf

Fonte: Autor.
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Seguindo com o dimensionamento serão calculados o momento de inercia (I) da seção


circular do tubo e a tensão admissível do material (adm).

Seção tubular
rint

4 4
𝜋 . 𝑟𝑒𝑥𝑡 𝜋 . 𝑟𝑖𝑛𝑡
I ( )−( )
4 4
I 459073,9 mm4
esc
adm
𝑆
adm 92,6 MPa

Para os cálculos de flambagem deste trabalho, temos que a coluna é engastada nas duas
extremidades, sendo assim é possível definir o fator de comprimento efetivo “K” como demostra a
imagem a baixo.

FONTE: Hibeller, 2009 p.484

Dessa forma temos o valor de K = 0,5 e podemos assim aplicar a equação de Euler para
carga crítica.
𝜋 2 𝐸𝐼
Pcr = (𝐾𝐿)2
 Pcr = 295894,06 N, dividindo este valor por 10 m/s2 temos que a carga

crítica onde a coluna começa a flambar é de  29589 Kgf  29,6 tf. Como Pcr  P,  Logo: Não
flamba.
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Com o valor da carga crítica é possível determinar a tensão crítica no tubo da coluna
através da relação:
cr =  cr = 430,07 Mpa.
𝑃𝑐𝑟
𝐴

Como cr  adm, temos que calcular a nova carga crítica a partir da tensão admissível.

adm =
𝑃𝑐𝑟
𝐴

Pcr = adm x 𝐴

Pcr = 63709,6 N   6371Kgf por tubo.


Dessa forma teremos a nova carga crítica admissível na coluna, que se obtém
multiplicando esse valor pelo número de tubos existentes na coluna, sendo:
Pcr,coluna = 3 x 6371

Pcr,coluna = 19113 Kgf   19 tf por coluna.

4 CONCLUSÃO

Através dos estudos e dos resultados obtidos pelos cálculos do trabalho, conclui-se que as
colunas da ponte rolante não sofrerão flambagem, pois conforme demostrado a cima a carga crítica
é maior que as solicitações de carga recebidas pelas colunas. Sendo assim estas colunas tubulares de
aço, calculadas aqui, estão aprovadas para a montagem da ponte rolante que á empresa pretende
instalar. Também se concluiu que as colunas poderão ainda receber uma carga de aproximadamente
19 toneladas sem que haja flambagem.

5 CRONOGRAMA

ATIVIDADES A SEREM RESPONSÁVEL PELA


DATA/ INFORMAÇÃO /
FASES DESENVOLVIDAS NO LOCAL DE
PERÍODO SETOR DE COLETA
ESTÁGIO DE DADOS
Coleta dos dados necessários para o
ETAPA 1 08/11/2016
dimensionamento.
Escopo básico do projeto de
ETAPA 2 08/11/2016 JOSE ALOIR DE
dimensionamento.
SOUZA
ETAPA 3 09/11/2016 Memorial descritivo
ETAPA 4 09/11/2016 Memorial de cálculo
ETAPA 5 09/11/2016 Apresentação dos resultados do projeto
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6 REFERÊNCIAS

MELCONIAN, Sarkis. Elementos de Máquinas. São Paulo: Érica, 1949 – Acesso em


09/11/2016.

NASH, Willian Arthur, Resistência dos materiais. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil.
1977 – Acesso em 09/11/2016.

HIBBELER, Russell Charles. Resistência dos Materiais. Tradução: Arlete Simille


Marques; Revisão – Acesso em 10/11/2016.

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