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PRESS KIT

COM.TRATO
CURTA-METRAGEM DE MÁRCIO PICOLI E
VICTOR DI MARCO
01
LOG LINE
A descoberta de um espelhamento na relação de uma pessoa com
deficiência e uma pessoa QUEER.

02
SINOPSE CURTA
Uma pessoa QUEER e uma pessoa com deficiência
dividem o mesmo teto e as mesmas angústias, ainda
que não tenham consciência disso.

SINOPSE MÉDIA

03
Pedro e Janaina dividem um apartamento. Pedro é uma pessoa
com deficiência e possui sua sexualidade muito reprimida.
Janaina é uma pessoa QUEER, que auxilia no dia a dia de Pedro
sem perceber que também necessita de auxílios. Quando Pedro
resolve experimentar sua sexualidade, Janaina sente-se traída,
revelando uma relação cheia de espelhamentos e
interdependências.

SINOPSE LONGA

04
O curta-metragem mostra um recorte da realidade vivida por
pessoas com deficiência e pessoas QUEER. Pedro e Janaina
dividem suas rotinas diárias sem perceber as estranhezas de
suas relações. Pedro por ser uma pessoa com deficiência
encontra muita dificuldade em arrumar um emprego, lidar com
os olhares das pessoas e se manter de forma independente.
Em decorrência de suas inseguranças com seu corpo, possui
uma dificuldade em se experimentar e exercer sua
sexualidade. Já Janaina em seu extremo oposto, aparenta ser
uma pessoa muito segura de si, autônoma e independente.
Porém quando se trata de se relacionar sexualmente, Janaina
mostra suas fraquezas e buscas por estar sempre dentro de
um padrão. Se diz "cuidadora" de Pedro e de suas
necessidades, mas quando ele começa a querer se
experimentar, Janaina se sente traída ao vê-lo exercendo algo
que, para ela, parecia ser inatingível.
SOBRE OS DIRETORES E
PRODUTORES

Márcio Picoli e Victor Di Marco


estudaram cinema na Raindance Film
School London. Suas marcas no
audiovisual são focadas em dar
visibilidade as histórias com temática
QUEER e pessoas com deficiência.

VICTOR DI MARCO
Victor Di Marco, antropólogo e insatisfeito com a
vida acadêmica, transforma os conceitos e
pensamentos em arte. Por ser uma pessoa com
deficiência faz disso sua luta e inspiração para
contar e dar visibilidade a histórias e pessoas que, SOCIAL MEDIA 
como ele, vivem de baixo desse estigma.

MÁRCIO PICOLI
Márcio Picoli é bacharel em direito, diretor,
roterista e crítico de cinema. Encontrou no
cinema uma forma de expressar suas
4 voz
ideias e dar 0 , a minorias,
0 0 0 denunciando
injustiças e desigualdades sociais.

FILMOGRAFIA
293MIN)
DECOMPOSIÇÃO (2019, 2 , 0 0 0 AGENTE (2018, 19MIN)

Uma pessoa que não se identifica com Um grito em meio a tantos silêncios,
nenhuma designação de gênero se vê forçada uma tentativa de resgate ao olhar do
5 , 0 0 0
a se definir, ainda que a sociedade não esteja humano sobre ele próprio.
pronta para isso.
CONTACT
LILÁS (2019, 8MIN)

1 0 0 , 0 0 0
Miguel acorda com uma pinta no
seu corpo que só é visível a olho
nu.
PERSONAGENS

Pedro
Interpretado por Victor Di Marco (seu
primeiro trabalho como ator), Pedro é uma
pessoa com deficiência que se vê perdido
dentro dos seus desejos pessoais e
sociais. Seja por sua ambição em ser
artista ou mesmo nos seus desejos de
cunho sexual.

Janaina
Interpretada por Sara Malfatti, Janaina é
uma pessoa QUEER que ainda não se
aceita e busca sua liberdade por meio da
aceitação dos outros. Possui sempre
uma postura rígida e um comportamento
defensivo.

Jéssica e Leonardo

Interpretados por Aline Gutierres e


Matheus Neves, Jéssica e Leonardo
aparentam ser apenas dois amigos de
Janaina, mas aos poucos se mostram
peças fundamentais da história.
FICHA TÉCNICA

Direção e Produção: Márcio Picoli e Victor Di Marco


Roteiro: Sara Malfatti e Victor Di Marco
Produção Executiva: Aline Gutierres
Trilha Sonora Original: Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo
Edição e Finalização: Márcio Picoli e Victor Di Marco
Direção de Elenco: Eduardo Engers
Elenco: Sara Malfatti, Victor Di Marco, Matheus Neves, Aline
Gutierres, Paula Inácio, Natália Topal e Bete Rimoli
Produção: Azul do Céu

SOBRE A EQUIPE

Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo são dois irmãos de Porto


Alegre/RS com mais de 10 anos combinados de experiência no
âmbito de composição e produção de trilha sonora para os mais
diversos meios, tendo como foco o teatro e os video games, mas
com experiência no cinema, dança, publicidade, entre outros.

Eduardo Engers se formou em Artes Dramáticas/Teatro e


atualmente é professor e diretor de teatro. Cursa psicologia e une
essas duas áreas para conseguir ajudar o ator a ir mais a fundo no
trabalho de construção de personagens. Trabalhou em diversas
peças no circuito de Porto Alegre/RS e hoje se dedica mais em
preparação de elenco para filmes.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
COM OS DIRETORES

Como surgiu a ideia de COM.TRATO?

COM.TRATO surgiu da potência de vida latente nas nossas vidas por querer-mos ser
protagonistas das nossas histórias. Quando decidimos escrever o roteiro sabíamos
onde queríamos chegar: na crítica e no desconforto, mas não sabíamos o caminho.
Na tarde que sentamos para escrever o roteiro, ele surgiu de modo muito orgãnico e
inspirado em situações cotidianas. O recorte que demos a ele foi de um curto espaço
de tempo, mas colocamos as dores de um dia a dia recorrente de muitos dos nossos
conhecidos, amigos e de nós mesmos. O curta é uma forma de nos revisitarmos,
reconhecermos e desconhecermos, surgiu da necessídade de darmos um grito que
por tanto tempo foi contido.

Quais as dificuldades de fazer um filme independente? E como COM.TRATO


saiu do papel?
Antigamente fazer um filme era muito complicado, uma vez que os custos de
produção eram demasiados caros (película, revelação, cópias ... ). Hoje tudo é digital
e é possível filmar com celulares. Apesar de o processo de filmagem estar mais
acessível, ainda sim é muito complicado conseguir financiamento e, principalmente,
apoio, ainda mais quando se quer abordar algo que todo mundo finge que não vê.
COM.TRATO surgiu da necessidade de jogar luz às relações entre pessoas com
deficiência e pessoas QUEER. Ambas sofrem preconceitos e são invisibilizadas pela
sociedade e, consequentemente pelo audiovisual.

COM.TRATO só saiu do papel porque contamos com um equipe emprenhada e


participar de um filme independente, ou seja, ninguém recebeu para trabalhar, mas
acreditou na ideia e na possibilidade de transformar um pouco esse mundo intolerante
e preconceituoso.

Por que vocês resolveram produzir, dirigir, atuar e editar o curta?

Quando se produz algo independente é preciso reduzir custos e otimizar habilidades,


entãp precisamos topar o desafio de fazer o máximo possível com o pouco tempo e
orçamento que possuímos. Assim preferimos trabalhar com equipe reduzida, mas em
que todo mundo que fazia parte estava ali pelo amor ao projeto e a'causa que
representamos. Temos muito orgulho de sermos um dos primeiros a entrar na
temática.
Além disso, somos um equipe em que há pessoas com deficiência e pessoas QUEER,
logo o que abordamos no curta, são situações que presenciamos diariamente. Tudo que
vemos em COM.TRATO, certamente alguém da equipe já viveu ou presenciou,
tornando o curta de extrema relevância para o momento que vivemos.

Para mim, (Victor) sempre foi um uma vontade muito grande viver de arte, porém
quando se vive em um corpo diferente as coisas que a gente deseja estão sempre a
alguns passos a mais. Isso porque nossa sociedade está acostumada a ver PCD's com
um olhar de pena ou de mérito, inspiração, isso cede-nos uma categoria estagnaria de
impotência. Sempre quis, por meio da arte, tirar-nos desse lugar dentro da psique e do
imaginário social de cada um. Informar e mostrar que nós temos vontades, desejos e
aspirações e nos tornar humanos diante dessas pessoas, nos tirar de uma categoria e
nos colocar dentro do jogo que é viver em sociedade. Dar-nos potência de vida para
nossos corpos, autonomia. Para mim, interpretar uma pessoa com deficiência sendo
uma, é uma forma de resistir e de poder transformar não só a imagem que os outros
têm de nós, mas assim como a mim mesmo.

Qual a importância de termos produtores e realizadores com deficiência falando


sobre o assunto?

Vivemos em uma época de erosão de conceitos e pra se perder dentro deles é muito
fácil. Muito se fala em "humanismo" e várias são as tentativas de apagar os pequenos
lugares de visibilidade conquistados pelos movimentos QUEER, feminista e racial.
Porém, o assunlo pessoas com deficiência ainda é muito raro de ser discutido, creio eu,
que justamente por se tratar de um tema que incomodaria muitas das categorias criadas
na nossa sociedade. Pessoas com deficiência não são vistas como pessoas, como
humanos. São vistas como deficientes, não eficientes e salientar isso no meio
audiovisual se torna imprescindível. O cinema é a vitrine de uma cultura, por meio dele
vemos os debates, os pensamentos, os temas que estão em fervor em nosso país.
Trazer pessoas com deficiência para as telas, configura muita mais que uma inclusão,
mas uma forma de gerar debate e evolução de pensamento sobre o assunto. Colocar-
nos para sermos protagonistas de nossas histórias é uma dívida social que ainda há
muito para ser paga.

Por que a temática ainda quase não é explorada pelo cinema?

A temática de PCD's é tida pelo cinema sempre através do olhar de uma pessoa sem
deficiência. Qual foi a última vez que você viu algum PCD transando em um filme? A
última vez em que existisse um personagem PCD sendo interpretado por um PCD? A
última vez em que existisse um personagem PCD em que o enredo não era sobre sua
deficiência? Enfim, são perguntas como essas que apenas quando não precisarmos
mais responde-las iremos entender a importância de aborda-las e explorá-las no
cinema.

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