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Análise Estrutural Com o SAP 2000 PDF
Análise Estrutural Com o SAP 2000 PDF
1 INTRODUÇÃO
Esse capítulo tem como objetivo dar ao aluno algumas orientações para a utilização do
programa SAP 2000, apresentando basicamente os comandos principais do programa e
ilustrando sua aplicação com alguns exemplos propostos numa ordem, com um aumento
gradual do nível de complexidade da estrutura.
Cabe ressaltar, que este capítulo não tem o objetivo de ensinar por completo o uso do SAP
2000, o objetivo é fornecer ao aluno da disciplina de Concreto 2 um texto que facilite o
aprendizado para que possa ser aplicado no Projeto Piloto da disciplina. Ressalta-se ainda,
que o uso do programa não é obrigatório na disciplina nem no Projeto Piloto. Para
informações mais detalhadas sobre o programa, recomendamos que consulte o manual do
programa.
O SAP 2000 é um software de análise estrutural baseado no Método dos Elementos Finitos.
A versão do SAP utilizada como referência para a elaboração deste capítulo é a 8.0, e
admite um comportamento não-linear para a estrutura, porém as análises realizadas no
presente capítulo serão apenas admitindo um comportamento linear-elástico, para a
determinação das solicitações na estruturas ou elementos estruturais utilizados nos
exemplos.
Existem softwares mais modernos que o SAP 2000 que utilizam o Método dos Elementos
Finitos, como por exemplo o ANSYS e o DIANA, e devido à sua interface extremamente
amigável o SAP 2000 torna-se uma ferramenta interessante para análise de esforços.
Embora existam softwares mais modernos, o SAP 2000 ainda é bastante utilizado por ser
um programa bastante flexível, com um processador de cálculo bastante eficiente. Do ponto
de vista didático, ele é bastante interessante, pois a versão analisa (fornece os esforços para
a estrutura), deixando a cargo do usuário o dimensionamento e detalhamento, que são os
objetivos da disciplina.
Com relação ao programa, como foi dito anteriormente, trata-se de um software bastante
flexível, basta notar que ele é capaz de modelar desde vigas simples, pórticos complexos
em 3D, estruturas laminares como lajes e cascas, estruturas tridimensionais como uma
treliça espacial. Ele permite ainda considerar carregamentos diversos, esforços dinâmicos,
efeitos de gradiente de temperatura e pressões, analisar esforços devidos a deslocamentos
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impostos (como o recalque de uma fundação, por exemplo), permitindo até a simulação
com concreto protendido.
3 ENTRADA DE DADOS
A primeira etapa a ser realizada é a definição das unidades utilizadas na análise e escolha
do modelo a ser utilizado. O SAP 2000 não inicia com unidades pré-definidas, portanto
devem-se padronizar as unidades de entrada para que os resultados saiam todos nas mesmas
unidades. Como exemplo pode utilizar unidades em kN, m, ºC, e os resultados sairão nas
mesmas unidades ou combinações destas (kN, kN/m2, kN.m).
O modelo Grid Only simplesmente irá desenhar uma malha de referência para a
modelagem da estrutura ou elemento estrutural. O usuário deverá escolher o numero de
espaços e espaçamento entre as linhas na unidade escolhida. A direção Z por padrão é a
direção da gravidade.
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A malha de referência poderá ser adaptada posteriormente para facilitar a modelagem,
simplesmente clicando com o botão direito do mouse sobre a tela de trabalho e em seguida
clicando em Edit Grid Data. Outra maneira de editar a malha de referência é clicando no
menu Define/Coordinate Systems Grid/. Pode-se editar a malha então, inserindo ou
removendo linhas de referência de modo a facilitar a modelagem.
Cabe ressaltar que todos os dados de entrada também podem ser inseridos por meio de um
arquivo de entrada de dados, porém realizaremos a modelagem de modo iterativo, a partir
dos comandos a serem apresentados a seguir.
3.1 MATERIALS
Esta definição é feita pelo comando Define/Materials, após a seleção dos elementos que se
deseja fazer a definição. O usuário poderá ajustar o peso específico, módulo de elasticidade,
resistência à compressão, coeficiente de Poisson, coeficiente de expansão térmica do
material considerado. Como estamos tratando estruturas de concreto armado, então
deveremos escolher o material CONC e ajustar as suas propriedades clicando em
Modify/Show Material. A Figura 3.2 mostra a janela de ajuste das propriedades do
concreto nas unidades kN e m.
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3.2 FRAME PROPERTIES
O elemento FRAME é utilizado para modelar elementos estruturais com barras (vigas,
pilares, pórticos, etc.). Para a devida consideração das rijezas dos elementos e do correto
peso próprio do modelo, é necessário se fazer a definição das propriedades das barras do
modelo.
Da mesma forma como necessário a definição das propriedades das barras, é necessário
fazer a definição dos elementos SHELL para a correta modelagem do elemento estrutural.
O elemento SHELL é utilizado para a modelagem de elementos laminares, como placas,
cascas e lajes, gerando uma malha de elementos finitos definida pelo usuário. Usaremos o
elemento SHELL para a modelagem de lajes de concreto armado.
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Para definir as propriedades dos elementos SHELL, utiliza-se o comando Define/Area
Sections, onde se pode definir o tipo de material, espessura e o tipo de elemento que será
utilizado. A Figura 3.4 mostra a janela Area Section, em que o usuário pode ajustar o
elemento SHELL de acordo com a necessidade da análise.
No campo Material, o usuário deve selecionar CONC para concreto. Em Area Type,
deve-se selecionar SHELL, pois considera um elemento com dois graus de liberdade:
rotação e translação, capaz de suportar forças e momentos. No campo Thickness o usuário
deve colocar o valor da espessura do elemento no campo Bending e repetir o mesmo valor
no campo Membrane.
Finalmente no campo Type, o usuário deverá selecionar o campo Shell, sendo mais
adequado para a modelagem de lajes usuais de concreto armado.
4 MODELAGEM
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4.1 FRAME
O usuário pode criar barras diretamente sobre a malha de referência com o comando
Draw/Draw Frame/Cable, que cria barras ao clicar do mouse no cruzamento das linhas de
referência, ou Draw/Quick Draw Frame/Cable, que vai modelar as linhas de referência
selecionadas como barras.
4.2 SHELL
Uma maneira de se discretizar uma malha de elementos SHELL é usando o comando Draw
Rectangular Area Element, bastando clicar em 2 pontos da malha de referência, formando
um retângulo. Para se discretizar uma malha irregular usa-se o comando Draw Quad
Área, clicando em pontos da malha de referência e formando o elemento. Por fim, pode-se
discretizar o elemento clicando-se dentro da malha de referência, com o uso do comando
Quick Draw Area Element.
Vale ressaltar que existem comandos que facilitam ainda mais a discretização. Digamos
que temos uma malha de referência de 1000 linhas na direção X e 1000 linhas na direção Y
e desejamos discretizar cada retângulo formado pelas linhas de referência com um elemento
SHELL. A solução é criar um elemento retangular usando o comando Draw Rectangular
Area Element apenas no contorno da malha de referência. Em seguida é dado clique
dentro do elemento criado e usa-se o comando Edit/Mesh Areas. Abre-se então uma janela
e o usuário poderá escolher em definir o numero de elementos em cada direção ou até
mesmo fazer com que seja criado um elemento coincidindo com a malha de referência.
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permanentes, considerando o peso próprio, LIVE para cargas acidentais e WIND para
cargas de vento. A Figura 4.1 mostra a janela de definição de alguns casos de carregamento
que podem ser considerados na modelagem.
A adição de carregamentos é feita clicando no botão Add New Load após o preenchimento
dos campos da janela. Percebe-se na Figura 4.1 que o campo Self Weight Multiplier tem
valores 0 e 1. Utilizamos 1 para as cargas permanentes e 0 para as cargas acidentais, ou
seja, o SAP 2000 apenas considerará o peso próprio quando o campo Self Weight
Multiplier for igual a 1 e não levará em consideração quando este for igual a zero.
4.4 COMBINATIONS
Após a definição dos casos de carregamento podemos criar diversas combinações de carga
a serem consideradas na modelagem. Poderíamos fazer a seguinte pergunta: “Quais seriam
as solicitações em uma viga considerando a carga permanente e 70% da sobrecarga total?”.
Definindo então uma combinação de carga, poderemos facilmente obter a resposta desta
pergunta.
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Figura 4.2 – Definição de combinações de carga – SAP 2000.
Esta ferramenta é muito importante, pois poderemos saber qual a pior situação que uma
estrutura está submetida, levando-se em consideração todas as combinações possíveis, e em
seguida fazer o dimensionamento da estrutura.
Após a modelagem das barras, deveremos aplicar as cargas atuantes utilizando o comando
Assign/Frame Loads, após a seleção da barra que receberá o carregamento, selecionando
Point para a aplicação de cargas concentradas e Distribuited para aplicação de cargas
distribuídas. Existe ainda a possibilidade de se considerar o efeito da temperatura e
protensão na barra, mas não será abordado neste curso.
Para inserir uma carga concentrada de forma absoluta em relação à origem da barra, deve-
se digitar a distância em relação a origem no campo Distance e o valor da carga no campo
Load. A Figura 4.3 mostra um exemplo de aplicação de uma carga concentrada
permanente de 10 kN a uma distância absoluta de 2 metros em relação ao nó inicial, na
direção da gravidade.
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Figura 4.3 – Aplicação de carga concentrada numa barra – SAP 2000.
Para inserir uma carga concentrada relativamente à origem da barra, deve-se digitar a
distância em porcentagem do comprimento, ou seja, uma carga no meio da barra deve ser
inserida da seguinte forma: no campo Distance digita-se 0,5 e no campo Load digita-se o
valor desejado da carga.
Para inserir uma carga distribuída deve-se selecionar o caso de carregamento, a direção de
aplicação da carga e no campo Uniform Load coloca-se o valor desejado, caso seja
considerada uma carga distribuída uniforme em toda a extensão da barra. Caso haja
variação da carga distribuída na barra, deve-se utilizar o campo Trapezoidal Loads e fazer
a inserção. A Figura 4.4 mostra um exemplo de aplicação de carga uniformemente
distribuída permanente de 20 kN.m numa barra, na direção da gravidade.
Figura 4.4 – Aplicação de carga uniformemente distribuída numa barra – SAP 2000.
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Para aplicar uma carga no sentido contrário ao da gravidade, por exemplo, utiliza-se a carga
com um valor negativo. Vale ressaltar que a carga pode ser adicionada com uma carga já
existente, substituída, ou apagada, bastando apenas clicar na opção desejada no campo
Options.
Para a aplicação de carga distribuída num elemento SHELL, deve-se utilizar o comando
Assign/Area Loads após a seleção dos elementos que receberão a carga distribuída,
seguindo do comando Uniform. Existem ainda a possibilidade de se considerar uma carga
de pressão de superfície, poropressão e temperatura, dentre outras, porém não será
abordado neste curso.
Figura 4.5 – Aplicação de uma carga uniformemente distribuída por área – SAP 2000.
Vale ressaltar que a carga pode ser adicionada com uma carga já existente, substituída, ou
apagada, bastando apenas clicar na opção desejada no campo Options.
4.7 ASSIGN
Este comando é muito útil quando se deseja alterar as propriedades ou aplicar cargas. Foi
mostrado anteriormente como fazer a aplicação de cargas em barras e em elementos de
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área, agora iremos mostrar como alterar as propriedades de uma barra ou de um elemento
de área.
Digamos que na modelagem um elemento de barra ou de área foi discretizado com uma
seção diferente da desejada e queremos ajustar este elemento. Para resolver o problema
selecionamos a barra ou o elemento de área e executamos o comando Assign/Frame
Cable/Sections ou Assign/Area/Sections. Após este procedimento uma tela surgirá e
pode-se escolher, adicionar ou modificar as propriedades existentes, ajustando a seção
corretamente.
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5 EXEMPLOS
Figura 5.1 -
- Malha de Referência
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- Definição dos Materiais
- Propriedades da Barra
Consideraremos a carga distribuída como sendo uma carga permanente para facilitar a
aplicação. Clica-se em Define/Load Cases e verificamos se o campo Self Weight
Multiplier está com o valor 1 e se o Load Name está definido como DEAD.
- Modelagem
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Figura 5.2 – Definição dos apoios da viga – SAP 2000.
Iremos agora fornecer ao programa quais os casos de análise que serão considerados.
Clicando em Define/Analysis Cases o programa abrirá uma tela com os casos de
carregamento. Como estamos apenas querendo o caso de carregamento que considere a
carga DEAD, então apagamos o restante. Essa função do programa é para que o usuário
forneça os casos que poderão ser selecionados mais adiante ou faça alguns ajustes
necessários.
- Análise da Viga
Finalmente iremos fazer a análise dos esforços na viga. Para isso será necessário fornecer
ao programa o tipo de análise a ser realizada. Clicando em Analyze/Set Analysis Options
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uma janela é aberta e selecionam-se os graus de liberdade que serão considerados na
análise. No caso da viga em questão só teremos deslocamento em X e em Z e rotação em
relação ao eixo Y. Essa etapa é de grande importância, pois deveremos escolher a análise
adequada para evitar erros. Se por acaso o campo RY não for marcado nesta análise, haverá
um engaste nos apoios, o que não pode acontecer, por causa dos apoios adotados. A Figura
5.4 mostra a seleção dos graus de liberdade a serem considerados.
Para facilitar a seleção dos graus de liberdade, pode-se clicar no ícone Plane Frame, em
Fast DOFs, pois este considera a análise somente no plano XZ, que é o caso da nossa viga
em questão.
- Executando a Análise
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Figura 5.5 – Seleção dos casos de análise execução da análise – SAP 2000.
Clicando-se em Run/Do Not Run Case após a seleção do caso, pode-se escolher se o
programa deve fazer a análise ou não. Essa ferramenta serve para escolher uma análise ou
um grupo de análise em separado, por exemplo, poderemos analisar só a carga DEAD ou a
LIVE, ou ambas, de acordo com a necessidade.
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Figura 5.6 – Escolha dos diagramas da viga – SAP 2000.
Para saber qual é a direção dos eixos, basta clicar em View/Set Display Options e
selecionar o campo Local Axes, em Frame/Cables. Selecione a vista 3D e os eixos
aparecerão no modelo. O eixo vermelho é o eixo 1, branco é o eixo 2, e o eixo azul é o eixo
3.
Após obter um diagrama, basta clicar na barra com o botão direito do mouse e aparecerá
uma janela com todos os diagramas da viga, inclusive a flecha calculada. A Figura 5.7
mostra os diagramas da viga que foi modelada com os valores máximos selecionados
(Show Max).
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Figura 5.7 – Diagramas para a viga modelada – SAP 2000.
- Carregamento:
Peso Próprio = Pp = 25 × (0,4 × 0,12 ) = 1,2kN / m
Carga Distribuída = q = 50kN / m
Carga Total = qtot = 50 + 1,2 = 51,2kN / m
- Momento Fletor:
ql 2 51,2 × 2 2
M MAX = = = 25,6kN .m
8 8
- Esforço Cortante:
ql 51,2 × 2
VMAX = = = 51,2kN
2 2
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- Flecha:
E = 25 × 10 6 kN / m 2
bh 3 0,12.0,40 3
I= = = 0,00064m 4
12 12
5ML2 5 × 25,6 × 2 2
f = = = 0,000666m
48EI 48 × 25000000 × 0,00064
Verifica-se que os valores são os mesmos dos calculados com o SAP 2000, exceto uma
pequena diferença no cálculo da flecha.
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5.2 Pórtico Plano
Dados:
Pilares de 12x40 cm
Vigas de 12x30 cm
Carga de Utilização = 10 kN/m
Carga Concentrada = 10 kN
Carga de Vento = 3 kN/m (Direção Y – Perpendicular ao pórtico)
Verifica-se na Figura 5.8 que não aparece a carga de vento, pois está perpendicular ao eixo
X do pórtico. Esta carga será aplicada uniformemente distribuída em todas as barras com o
valor de 3 kN/m.
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5.2.1 Solução com o SAP 2000
- Malha de Referência
Grid Spacing
X direction: 7,35
Y direction: 1
Z direction: 4
Percebe-se que será necessário acrescentar mais linhas verticais na direção X, que será feito
da seguinte forma:
- Seleciona-se a vista XZ e clica-se na tela com o botão direito e em seguida em Edit Grid
Data;
- Clica-se em Modify/Show System;
- Seleciona-se a direção X e adicionam-se linhas na direção X = 12,1 e X= 19,45;
Os elementos estruturais serão definidos como sendo de concreto. Para isso será utilizado o
comando Define/Materials. Ajustando as seguintes propriedades do concreto:
- Propriedades da Barra
Será definida a seção da viga e do pilar como sendo elementos de barra, clicando-se em
Define/Frame Cable Sections, seguido de Add Rectangular e Add New Property.
Ajusta-se o material para concreto (CONC) e colocam-se as dimensões da seção no campo
Dimensions. Por último, clica-se em Reinforcement, no campo Concrete e clica-se em
Beam, para viga. O programa salvará então a seção FSEC1 para ser usada posteriormente.
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Para a definição dos pilares, segue-se o mesmo procedimento, apenas ajustando o item
Reinforcement, no campo Concrete e clica-se em Column para o pilar. Finalmente o
programa salvará então a seção FSEC2 para ser usada posteriormente.
- Casos de Carregamento
- Modelagem
A etapa de modelagem segue os mesmos passos realizados no exemplo anterior, exceto que
as barras de pilares deverão ser modeladas com a seção FSEC2 e as vigas com a seção
FSEC1, definidas anteriormente.
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Figura 5.9 – Aplicação de carga concentrada no meio da viga – SAP 2000.
Após esse procedimento a modelagem foi concluída e para verificar se as cargas estão
postas corretamente no modelo, utiliza-se o comando Display/Show Load Assigns/Frame.
Caso não apareçam as cargas de vento, clica-se em 3-d para a visualização do pórtico em
perspectiva.
Iremos agora fornecer ao programa quais os casos de análise que serão considerados.
Clicando em Define/Analysis Cases o programa abrirá uma tela com os casos de
carregamento. Como estamos apenas querendo o caso de carregamento que considere a
carga LIVE e a carga WIND, então apagamos o restante. Essa função do programa é para
que o usuário forneça os casos que poderão ser selecionados mais adiante ou faça alguns
ajustes necessários.
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Para a combinação 1 (COMB1), clica-se em Define/Combinations, em seguida em Add
New Combo, seleciona-se no campo Case Name o caso de carregamento LIVE e
colocando 1 no campo Scale Factor e em seguida em Add. Deve-se deixar o campo
Combination Type como Linear Add.
- Análise do Pórtico
Finalmente iremos fazer a análise dos esforços no pórtico. Para isso será necessário
fornecer ao programa o tipo de análise a ser realizada. Clicando em Analyze/Set Analysis
Options uma janela é aberta e selecionam-se os graus de liberdade que serão considerados
na análise. No caso do pórtico em questão teremos deslocamento em X, Y e em Z e rotação
em relação aos eixos X, Y e Z.
- Executando a Análise
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- Obtenção dos Resultados
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5.3 Laje Plana Retangular
Este exemplo tem como finalidade mostrar a aplicação do elemento SHELL na análise de
uma laje plana retangular. A Figura 5.11 mostra a laje que será estudada pelo SAP 2000 e
pelas tabelas de Bares (1981), que utiliza a Teoria Clássica das Placas Isótropas,
considerando uma sobrecarga de 3,0 kN/m2.
Para a modelagem das lajes, usaremos uma discretização simples, que não leve em
consideração as rijezas das vigas e pilares, somente para comparação com o processo de
Marcus. Vale ressaltar que para a obtenção de esforços que se aproximem mais do
funcionamento da estrutura real, o interessante é considerar a estrutura como um todo:
pilares, vigas e lajes com a suas devidas dimensões.
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5.3.1 Solução com o SAP 2000
- Malha de Referência
Analisaremos a laje no plano XY, tornando a discretização simples, para isso clica-se no
ícone XY da Barra de Ferramentas. Para a geração da malha de referência, clica-se em
New, selecionando as unidades utilizadas (kN, m, ºC), em seguida clica-se no modelo Grid
Only, e finalmente preenchem-se os campos da seguinte forma:
Grid Spacing
X direction: 2,925
Y direction: 4,85
Z direction: 1
A seção da laje será definida como sendo elementos de área, clicando-se em Define/Area
Sections, seguido de Modify/Show Section. Ajusta-se então o material para concreto
(CONC) e coloca-se a espessura nos campos Membrane e Bending, no caso 0,10 m. O
campo Area Type deverá ser definido como Shell e o campo Type deverá ser definido
como Plate, com a caixa Thick Plate selecionada.
- Casos de Carregamento
- Modelagem
Inicialmente serão inseridos os elementos SHELL, utilizando um para cada laje. Para a
inserção dos elementos clica-se em Draw/Quick Draw Area e em seguida, clica-se em
qualquer ponto dentro da malha de referência e serão criados os elementos principais.
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A etapa de discretização dos elementos menores será feita considerando 29 elementos na
direção X e 48 na direção Y para cada laje. Para isso, clica-se no elemento SHEL e utiliza-
se o comando Edit/Mesh Areas, colocando-se 29 no campo superior e 48 no campo
inferior e repete a operação para a segunda laje. Com isso as lajes ficarão discretizadas com
elementos de 10x10 cm aproximadamente.
Vale ressaltar que a definição dos tamanhos dos elementos depende de uma análise de
convergência, ou seja, deve-se verificar com quantos elementos a análise se torna confiável.
É feita então uma curva de valores obtidos nas análises, por exemplo: número de elementos
versus momento positivo e a partir dessa curva obtém-se o numero de elementos que
representa melhor o comportamento do elemento estrutural.
Um item importante que deve ser levado em consideração é que sempre deverá haver uma
conectividade entre os elementos, não podendo haver uma descontinuidade entre os
elementos para que a análise ser feita da maneira correta.
A definição das restrições dos apoios será feito para simular o apoio da viga, lembrando
que este modelo não contempla a deformação da viga, sendo o mais adequado para a
comparação com o Processo de Marcus. Os nós do contorno serão definidos com translação
no eixo Z e sem consideração da rotação, os nós da viga V104 serão definidos com
translação no eixo Z e rotação apenas no eixo 2 (eixo Y).
Para definir as restrições dos nós das vigas seleciona-se o nó e utiliza-se o comando
Assign/Joint/Restraints, ajustando a restrição adequada para a análise. A Figura 5.12
mostra as lajes discretizadas no SAP 2000.
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Figura 5.12 – Lajes discretizadas no programa SAP 2000.
- Executando a Análise
O procedimento é o mesmo para a análise dos exemplos anteriores. Para executar a análise
das lajes basta pressionar a tecla F5 ou clicar em Analyse/Run Analysis e finalmente em
Run Now. O programa então realizará a análise.
Após a análise o programa mostrará a deformada das lajes e poderemos então selecionar os
resultados a serem mostrados. Para obter o momento fletor, esforço cortante, esforço
normal e momento torçor, basta clicar em Display/Show Forces/Shells e selecionar esforço
desejado.
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O SAP 2000 usa as seguintes designações para a obtenção dos momentos fletores e
esforços cortantes para o elemento SHELL:
M11: Momento por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento na face 1
positiva e negativa sobre o eixo 2.
M22: Momento por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento na face 2
positiva e negativa sobre o eixo 1.
M12: Momento volvente por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento
na face 1 positiva e negativa sobre o eixo 1 e atuando na face 2 positiva e negativa sobre o
eixo 2;
MMAX: Máximo momento principal por unidade de comprimento atuando à meia altura
do elemento. Note que pela definição os momentos principais são orientados de tal forma
que os momentos torçores associados a estes são iguais a zero por unidade de comprimento.
MMIN: Máximo momento principal por unidade de comprimento atuando à meia altura do
elemento. Note que pela definição os momentos principais são orientados de tal forma que
os momentos torçores associados a estes são iguais a zero, por unidade de comprimento.
V13: Força cortante fora do plano por unidade de comprimento atuando à meia altura do
elemento na face 1 positiva e negativa na direção do eixo 3 (eixo Z).
V23: Força cortante fora do plano por unidade de comprimento atuando à meia altura do
elemento na face 2 positiva e negativa na direção do eixo 3 (eixo Z).
VMAX: Força cortante maxima principal por unidade de comprimento atuando à meia
altura do elemento. Note que por definição o cisalhamento é orientado na face do elemento
de tal forma que o cortante associado perpendicular à face é igual a zero, por unidade de
comprimento. A Figura 5.13 mostra os eixos e faces de referência para a obtenção dos
esforços no elemento SHELL.
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A partir dessas designações poderemos obter, por exemplo, os momentos fletores das lajes
modeladas. A Figura 5.14 mostra o resultado obtido no SAP 2000 dos momentos fletores
na direção do eixo X (M11) e a Figura 5.15 mostra os momentos fletores na direção do eixo
Y (M22), com as unidades em kN e m, definidas anteriormente.
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Vale ressaltar que os momentos obtidos são por unidade de comprimento. Como resposta
para o carregamento aplicado, temos:
Não analisaremos o esforço cortante nas lajes modeladas pois estes esforços são
relativamente baixos em lajes usuais de edifícios, que é o caso das lajes estudadas. Porém
para obter os esforços basta utilizar os comandos citados anteriormente.
Percebe-se que os valores estão bem próximos, com uma pequena diferença no valor de
Mxmax e Mymax. Uma análise mais apurada na convergência dos elementos poderia talvez
reduzir essa diferença, que no primeiro momento já apresenta bons resultados.
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5.4 Marquise
O exemplo a seguir mostra a aplicação do elemento SHELL em conjunto com o elemento
FRAME. Será usada uma laje engastada na viga, representando uma marquise e pilares
servindo de apoio às vigas.
Carregamento na laje:
Sobrecarga = 0,5 kN/m2
Revestimento = 1,0 kN/m2
Altura média da laje (10+7)/2 = 8,5 cm
- Malha de Referência
Será necessário definir uma malha tridimensional para a correta modelagem dos pilares e
das vigas. Para a geração da malha de referência, clica-se em New, selecionando as
unidades utilizadas (kN, m, ºC), em seguida clica-se no modelo Grid Only, e finalmente
preenchem-se os campos da seguinte forma:
Grid Spacing
X direction: 4,0
Y direction: 2,0
Z direction: 2,7
A seção da laje será definida como elemento SHELL e no campo Type também seleciona-
se apenas o campo SHELL, ajustando a espessura da laje para o seu valor médio, que é
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0,085 (8,5 cm). Também existe a possibilidade de desativar o peso próprio no SAP 2000 e
considerar o peso próprio como carga uniformemente distribuída na laje. Vale ressaltar que
as tensões ao longo da laje serão aproximadas, pois não consideram a variação da
espessura, mas como queremos apenas os valores dos momentos máximos na ligação laje-
viga, é aceitável tal consideração.
O SAP 2000 não considera elementos SHELL variáveis. Uma maneira de aproximar os
resultados é colocar uma carga aproximada atuante em cada elemento, de forma que fique
uma carga mais aproximada possível da realidade. Por ser extremamente trabalhoso e
estarmos apenas mostrando a maneira mais prática de modelagem, usamos uma carga
uniformemente distribuída. Nota-se que os momentos serão um pouco maiores do resultado
exato, estando assim, a favor da segurança.
- Casos de Carregamento
- Modelagem
Inicialmente serão inseridas as barras dos pilares e da viga contínua. Usaremos FSEC1
(15x30) para os pilares e FSEC2 (30x60) para a viga contínua. A laje será discretizada com
o comando Draw Rectangular Area Element e discretizada posteriormente com 80
elementos na direção X e 20 elementos na direção Y. Clicando-se nos botões XY inserimos
as barras da viga e o elemento SHELL, e clicando no botão YZ inserimos os pilares
utilizando as linhas de referencia do lado direito.
Para que o SAP 2000 considere a deformação da laje em conjunto com a viga, deve-se
dividir a barra da viga de modo que os nós da laje e da viga coincidam. Usando o comando
Edit/Divide Frames após a seleção da barra, pode-se dividir o frame para que as
deformações entre laje e viga sejam compatibilizadas. Com isso, seleciona-se cada trecho
de viga e faz-se uma divisão de cada viga em 40 trechos menores.
A restrição dos nós dos pilares é feita com o comando Assign/Joint/Restraints, definindo
um engaste no pilar. A Figura 5.12 mostra a marquise discretizadas no SAP 2000.
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Figura 5.16 – Discretização utilizada na marquise – SAP 2000.
- Executando a Análise
O procedimento é o mesmo para a análise dos exemplos anteriores. Para executar a análise
das lajes basta pressionar a tecla F5 ou clicar em Analyse/Run Analysis e finalmente em
Run Now. O programa então realizará a análise.
Após a análise o programa mostrará a deformada das lajes e poderemos então selecionar os
resultados a serem mostrados. Para obter o momento fletor, esforço cortante, esforço
normal e momento torçor, basta clicar em Display/Show Forces/Shells e selecionar esforço
desejado. A Figura 5.18 mostra o resultado dos momentos fletores na direção Y (M22) em
kN.m.
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Figura 5.17 - Momentos fletores na direção Y (M22) em kN.m – SAP 2000.
É possível também obter os esforços nas barras do pórtico com o comando Display/Show
Forces/Stresses/Frames/Cables e posteriormente em Torsion. A Figura 5.18 mostra o
momento torsor na viga.
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Figura 5.19 – Momento fletor no pórtico em kN.m (Moment 3-3) – SAP 2000.
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5.5 Laje Cogumelo
Neste exemplo serão analisados os esforços numa laje cogumelo, comparando os resultados
obtidos pelo método do pórtico equivalente, TQS e o programa SAP 2000. A Figura 5.21
mostra a laje cogumelo a ser estudada.
DADOS:
Será necessário definir uma malha tridimensional para a correta modelagem dos pilares e
da laje cogumelo. Para a geração da malha de referência, clica-se em New, selecionando as
unidades utilizadas (kN, m, ºC), em seguida clica-se no modelo Grid Only, e finalmente
preenchem-se os campos da seguinte forma:
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Y direction: 2
Z direction: 1
Grid Spacing
X direction: 5,0
Y direction: 5,0
Z direction: 4,0
- Casos de Carregamento
- Modelagem
Inicialmente serão inseridas as barras dos pilares, definindo-se FSEC1 (30x30) para os
pilares clicando-se em Define/Frame/Cable Sections, com uma seção retangular. A laje
será discretizada com o comando Draw Rectangular Area Element. Clicando-se nos
botões XY dividimos o elemento SHELL em 50 elementos na direção X e 50 elementos na
direção Y com clicando-se inicialmente no centro do elemento SHELL e depois em
Edit/Mesh Areas. Clicando no botão YZ inserimos os pilares utilizando as linhas de
referencia verticais com o comando Draw Frame/Cable Element. Para facilitar a inserção
dos pilares utilizam-se os comandos Move Up in List e Move Down in List, que são
facilmente localizadas na barra de ferramentas com o desenho de uma seta para cima e para
baixo.
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A restrição dos nós dos pilares é feito com o comando Assign/Joint/Restraints, definindo
um engaste no pilar. A Figura 5.22 mostra a laje cogumelo discretizada pelo programa SAP
2000.
- Executando a Análise
O procedimento é o mesmo para a análise dos exemplos anteriores. Para executar a análise
das lajes basta pressionar a tecla F5 ou clicar em Analyse/Run Analysis e finalmente em
Run Now. O programa então realizará a análise.
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Após a análise o programa mostrará a deformada das lajes e poderemos então selecionar os
resultados a serem mostrados. Para obter o momento fletor, esforço cortante, esforço
normal e momento torçor, basta clicar em Display/Show Forces/Shells e selecionar esforço
desejado. A Figura 5.23 e a Figura 5.24 mostra o resultado dos momentos fletores da laje
na direção X (M11) e na direção Y (M22) em kN.m.
Figura 5.23 – Momentos fletores da laje na direção X (M11) em kN.m – SAP 2000.
Figura 5.24 – Momentos fletores da laje na direção Y (M22) em kN.m – SAP 2000.
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Analisando os pilares podemos obter as reações nos apoios no topo e na base dos pilares.
Para a verificação da laje à punção é utilizada a reação no topo do pilar. A Tabela 5.1
mostra um resumo das reações na face inferior da laje (topo do pilar) .
A Tabela 5.2 mostra os momentos fletores positivos e negativos obtidos pelo programa
SAP 2000.
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5.5.3 Solução Utilizando o sistema TQS
Utilizando o sistema TQS para a obtenção dos esforços, podemos fazer uma comparação
com os resultados obtidos pelo SAP 2000 e pelo Método do Pórtico Equivalente. A
discretização da laje utilizada no sistema TQS foi a de Grelha de Lajes Planas, e foi obtida
automaticamente. Vale ressaltar que o detalhamento da armadura não será mostrado, pois
não é o objetivo. A Figura 5.25 mostra a discretização utilizada no TQS.
Verifica-se que os valores das reações calculadas pelo TQS são bem próximos do calculado
com o SAP 2000, sendo praticamente insignificante a diferença. Esses valores, juntamente
com os valores dos momentos fletores atuantes, são fundamentais para a verificação da
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resistência da laje à punção e à flexão. A Tabela 5.5 mostra os momentos fletores positivos
e negativos obtidos da grelha do TQS.
A Tabela 5.6 mostra a comparação dos momentos fletores positivos e negativos entre o
SAP 2000, TQS e Pórtico Equivalente do ACI.
Tabela 5.6 – Comparativo de esforços entre SAP 2000, TQS e Pórtico Equivalente do ACI.
Momentos Negativos (kN.m /m) Momentos Positivos (kN.m /m)
Faixa Pilar de Borda Pilar Central Vão Central
SAP TQS P. EQ. SAP TQS P. EQ. SAP TQS P. EQ.
Central -10.9 -5.0 -6.8 -28.8 -26.0 -20.8 14.6 7.0 10.4
Extremidade -8.6 -8.0 -6.4 -23.3 -20.0 -19.6 14.1 6.0 9.8
Observa-se que os resultados dos momentos fletores obtidos pela análise utilizando o SAP
2000 foi a que apresentou uma maior discrepância entre as demais. O motivo pelo qual o
SAP 2000 não apresentou bons resultados deve-se, provavelmente, pela má discretização
da região de apoio do pilar, acarretando, como verificado no exemplo, pico de momentos.
Uma solução mais aproximada pode ser encontrada discretizando a região da ligação laje-
pilar com apoios. Vale ressaltar que esta discretização irá desconsiderar as rijezas dos
pilares, e que, em alguns casos, pode levar a resultados insatisfatórios.
Uma análise mais adequada seria a discretização dos pilares com elementos sólidos e a laje
em shell, mas que não será apresentado por não ser de fácil implementação.
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Foi realizado um comparativo entre as reações da laje no topo dos pilares. A Figura 5.26
mostra o comparativo entre as reações da laje no topo dos pilares.
Figura 5.26 – Comparativo das Reações da Laje no Topo dos Pilares – SAP 2000 e TQS.
Reação da Laje no Topo do Pilar *
Pilar TQS (kN) SAP 2000 (kN)
Pilar Central -261 -253.0
Pilar de Borda -84 -85.5
Pilar de Canto -33 -32.3
* Sinal negativo indica compressão.
Em relação às reações da laje no topo dos pilares, verifica-se que os valores apresentados
pelo TQS e SAP 2000 são bem próximos, podendo ser utilizados com segurança para a
verificação da resistência da laje à punção, lembrando que para o cálculo da laje à flexão,
os valores da discretização apresentada levam a um dimensionamento exagerado da
armadura da laje à flexão.
É importante dizer que só aprender a utilizar o programa não quer dizer que acarretará em
resultados satisfatórios. É de suma importância a análise estrutural e a sensibilidade de se
determinar um modelo que represente da melhor forma possível a estrutura real.
Nenhum programa é capaz de escolher uma análise mais adequada para uma estrutura real.
Se forem oferecidos dados incoerentes as respostas serão incoerentes. O importante é
sempre duvidar até ter a certeza de que os resultados efetivamente são bons. O engenheiro
deve estar preparado para tomar as decisões corretas para que a análise seja de boa
qualidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
BARES, R. - Tablas para el calculo de placas y vigas pared. Ed. Gustavo Gili., 1981.
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