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CORREÇÃO DO TESTE DE FILOSOFIA 10º ANO - Nº 6

1.1. Uma das funções que justificam a existência do Estado é promover…


(A) … a paz e a segurança na sociedade. C

1.2. As normas jurídicas…


(B) … regulamentam as relações e os fenómenos sociais. D

1.3. A existência do Direito…


(D) … exige uma conduta moral por parte dos cidadãos. A

1.4. Na teoria de John Rawls, o conceito de ≪véu de ignorância≫…


(D) … permite conceber cidadãos capazes de julgar imparcialmente. B

1.5. Segundo John Rawls, a conceção de justiça fundamenta-se na…


(C) … partilha dos mesmos princípios de justiça por todos os cidadãos. D

1.6. Em John Rawls, é condição necessária da aplicação do princípio da diferença a…


(A) … igualdade equitativa de oportunidades. D

GRUPO II
1.1. Na resposta, abordam-se os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes:
– a ação de salvar alguém de se afogar (exemplo do texto) é moralmente correta,
independentemente da intenção do agente;
– o valor moral da ação depende das consequências da ação.

2.1. A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados:


– tomada de posição relativamente à posição do autor;
– apresentação de um exemplo;
– justificação da posição defendida.

EXEMPLOS DE JUSTIFICAÇÃO:

– caracterização do direito como conjunto de normas reguladoras da sociedade e garantia da


segurança da vida em comum;
– caracterização do indivíduo como ser social, com a obrigação de obediência às normas jurídicas;
– caracterização do direito como conjunto de normas reguladoras da sociedade e submetidas ao valor
da justiça;
– caracterização do indivíduo como pessoa moral, cuja consciência ética legitima a avaliação das
normas jurídicas e a decisão individual em conformidade.

3.1. A noção de contrato está presente na filosofia desde a antiguidade, mas é só com os pensadores
da modernidade que esta adquire um lugar central nas teorias políticas. O contratualismo, tal como
foi entendido pelos filósofos dos séculos XVII e XVIII (Hobbes, Locke, Rousseau e Kant), parte
da ideia de que a organização social depende, em termos de justificação, de um contrato ou acordo
hipotético entre os membros da sociedade em causa, o qual permite estabelecer os princípios
básicos dessa mesma sociedade. Na base da argumentação contratualista estão, resumidamente,
três elementos: a situação inicial, o contrato e o resultado do contrato.
Na segunda metade do século XX, Rawls renova esta perspetiva, ajustando-a à sua teoria da
justiça como equidade: «o conteúdo do acordo não está na adesão a uma sociedade dada ou na
adoção de uma certa forma de governo, mas na aceitação de certos princípios morais».

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À situação inicial, pré-contratual, Rawls chama «posição original». É a partir desta situação
inicial hipotética que todos nós, seres livres e racionais, somos convidados a escolher, sob
condições devidamente definidas pela teoria, os princípios da sociedade em que iremos viver. A
teoria da justiça como equidade é um exemplo de contratualismo de inspiração kantiana.

4.1.
– identificação da função da ideia de «posição original» como a ideia pela qual se estabelecem de
modo racional os princípios da sociedade justa;
– identificação dos princípios da sociedade justa (princípio de igual liberdade e princípio da
diferença);
– explicitação da posição original como experiência mental, em que se concebe uma situação de
contrato inicial entre sujeitos livres, iguais e racionais para a definição dos princípios da justiça;
– articulação do conceito de «posição original» com o de «véu de ignorância»: a posição original
como ficção na qual os sujeitos ignoram o conhecimento acerca das suas características
particulares;
– garantia da imparcialidade e razoabilidade das decisões.
Rawls defende uma perspetiva contratualista. A «posição original» – uma situação
hipotética ou experiência mental – constitui a base (o status quo inicial) a partir da qual
sujeitos livres, iguais, racionais e capazes de sentido de justiça estabelecem um acordo
equitativo para a definição de uma certa conceção de justiça, isto é, para a definição dos
princípios que devem reger uma sociedade justa. A simetria e equidade entre os sujeitos são
conseguidas através do «véu de ignorância», garantia da imparcialidade e da razoabilidade
das decisões. Cobertos por um «véu de ignorância», os sujeitos ignoram o conhecimento
acerca das suas características particulares, pelo que os acordos estabelecidos em tal situação
são equitativos.

GRUPO III
- O exemplo mostra-nos uma distribuição claramente injusta da riqueza.
- O exemplo mostra-nos que o fosso entre os mais privilegiados e os menos favorecidos tem
aumentado nos últimos anos.
- O exemplo mostra-nos também que as desigualdades têm tido efeitos devastadores para os mais
desprotegidos.
- A riqueza dos 62 multimilionários aumentou 44% desde 2010, enquanto a dos 3,5 mil milhões
de mais pobres desceu 41%.
- Neste sentido, o nosso mundo, tal como o exemplo mostra, está muito longe de ser um lugar
justo.
- À luz dos princípios da liberdade e da igualdade, o fosso que separa os 62 multimilionários (grupo
mais favorecido) dos 3,5 mil milhões de mais pobres (grupo menos favorecido) seria considerado
inaceitável.
- Se optássemos por seguir o modelo rawlsiano, as desigualdades que trazem claras desvantagens
para os 3,5 milhões de mais pobres e que sacrificam os seus interesses teriam de ser removidas.
- Para Rawls, todos os bens sociais primários devem ser distribuídos de maneira igual.
- Para Rawls, uma distribuição desigual dos bens primários só é aceitável se beneficiar os menos
favorecidos.

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