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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Estudante: Bismak Oliveira de Queiroz

Grupo: Bismak Oliveira de Queiroz

Francis Bezerra

Ondas estacionárias em cordas

João Pessoa, dezembro de 09


1. Objetivos

Esse experimento tem como objetivo encontrar as densidades de duas


cordas diferentes, denominadas “corda azul” e “corda velha”, através de ondas
estacionárias produzidas nessas mesmas cordas.
2. Introdução Teórica
Consideremos uma corda fixa nas duas extremidades. Podemos
aplicar à vibração da corda o que já aprendemos sobre ondas
estacionárias: se uma onda incidir inicialmente numa das extremidades,
ela será refletida e a sobreposição das duas ondas forma um padrão
estacionário, com nodos e antinodos.
No caso de uma corda com as duas extremidades fixas, no
entanto, sabemos de antemão que as duas extremidades vão ser nodos,
pois por estarem fixas não podem vibrar.
Assim, as possibilidades para o padrão estacionário de vibração
são os que se apresentam na figura a seguir.

Harmónicas da vibração de uma corda


Da figura vemos que a vibração mais simples tem apenas um
antinodo. Se L for o comprimento da corda, vemos que L é metade do
comprimento de onda da vibração:
𝜆
𝐿=2 (1)
No caso do segundo modo de vibração vemos que L
corresponde exatamente a um comprimento de onda:
𝐿=𝜆 (2)
No terceiro modo de vibração temos que em L cabe um
comprimento de onda e ainda sobra outro meio comprimento de onda:
3
𝐿 = 2𝜆 (3)
É fácil de perceber que a generalização deste resultado é:
𝒩
𝐿= 𝜆, 𝒩 = 1, 2, 3, 4 . .. (4)
2
Este resultado quer dizer que apenas alguns modos de vibração
estacionária são permitidos numa corda com as extremidades fixas.
Esses modos de vibração têm necessariamente comprimentos de onda
da forma
2𝐿
𝜆𝓃 = , 𝒩= 1, 2, 3, 4 … (5)
𝓃
Isto é, submúltiplos de 2L. Dito de outra forma, uma corda com as
extremidades fixas pode vibrar apenas com vibrações que tenham
comprimento de onda submúltiplo de 2L.
Podemos ainda traduzir este resultado em termos de freqüência.
Lembrando que f = v/λ e que a velocidade de propagação da onda não
depende da freqüência, temos que
𝑣
𝑓 = 𝒩 2𝐿 (6)
é a freqüência do n-ésimo modo de vibração. A f1 = v/2L chamamos a
freqüência fundamental. Às outras freqüências chamamos
harmônicas, por exemplo, f2 = 2f1 = v/L é a segunda harmônica. O
conjunto das harmônicas e da freqüência fundamental constitui uma
série harmônica.
3. Procedimento Experimental

Inicialmente, amarraram-se cada corda (azul e vermelha) no


orifício central da haste do gerador passando-os, então, pela roldana,
que se encontrava fixa na outra extremidade da mesa, e a outra
extremidade das cordas foram amarradas em uma bandeja onde
comportava os pesos.
Em seguida o gerador foi ligado e ajustado o comprimento da
corda, de modo que sejam produzidas ondas estacionárias com nodos e
ventres bem definidos.
A tensão na corda variava à medida que se adicionava mais
massa na bandeja presa na extremidade da corda. Após cada adição de
massa calculava a nova distância entre dois nodos, sendo feito,
portanto, para cinco massas diferentes.
4. Resultados
As experiências foram realizadas no laboratório de física
experimental I do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da
Universidade Federal da Paraíba.
Utilizou-se nos experimentos um gerador de freqüência igual a
120 Hz, fita métrica, cinco massas diferentes e uma bandeja que
comportava as massas.
Os resultados estão expostos a seguir, em tabelas e gráficos.

Resultados obtidos
Corda Azul:

Corda Azul (f=120Hz)


λ (m) T (N) μ
0,305 0,641 0,000478
0,395 1,093 0,000486
0,46 1,558 0,000511
0,525 2,004 0,000504
0,585 2,644 0,000536
Corda Vermelha:

Corda Vermelha (f=120Hz)


λ (m) T (N) μ
0,395 0,641 0,000285
0,51 1,093 0,000291
0,60 1,558 0,000300
0,685 2,004 0,000296
0,76 2,644 0,000317

Cálculos
Comparando as equações encontradas a partir dos gráficos com a
equação geral: λ = kT b obtemos K= 0,390 para a corda vermelha e K= 0,301
para a corda azul. E b= 0,404 para a corda vermelha e 0,400 para a corda azul.

1 T
Utilizando a fórmula:   para calcular as densidades das
f 
cordas, os resultados obtidos para densidades das duas cordas estão
representadas nas suas respectivas tabelas acima.
5. Conclusões
A partir dos resultados obtidos dos experimentos conclui-se que:

● Não existe nenhum nodo na corda na posição do gerador, pois a


caracterização do nodo se deve ao fato de ser um ponto estático, e
como no ponto de geração ocorre uma variação para dá inicio a
propagação da onda. Desta forma não existe nodo.

● Quando tocamos um nodo não acontece nada, pois o ponto do nodo é


estático.

● Quando a tensão T permanecer constante e o número de meios


comprimentos de onda forem aumentando ao afastarmos cada vez mais
o gerador da roldana a amplitude da onda estacionária reduzirá, pois
com o aumento do cordão altera a corda passara a não vibrar mais em
ressonância, que é onde a amplitude é máxima.

● Quando se mantém fixo o número de meios comprimentos de onda


em na dada corda e aumentando-se a tensão a amplitude da onda
reduz, pois vai alterar os condições de ressonância reduzindo sua
amplitude.

● Se o sistema estiver em ressonância com a corda vibrando com um


único ventre, ele ainda estará em ressonância se a tensão for
aumentada por um fator quatro, pois com esse aumento a corda
alcançará seu equilíbrio de ressonância. Quando se multiplica por quatro
o comprimento de onda permanecerá o mesmo.
6. Bibliografia

● Ondas Estacionárias, disponível em:


http://w3.ualg.pt/~rguerra/Acustica/estacionarias.pdf. Acesso em 17 de
dezembro de 09.

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