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MANUTENÇÃO
INDUSTRIAL
ÍNDICE:
Definição de Manutenção Pág. 3
Tipos de Manutenção Pág. 3
Manutenção Corretiva Pág. 3
Manutenção Preventiva Pág. 4
Programa de Manutenção Preventiva Pág. 6
Manutenção Preditiva ou Cíclica Pág. 7
Técnicas Preditivas Pág. 10
Monitoração Subjetiva Pág. 11
Monitoração Objetiva Pág. 11
Monitoração Contínua Pág. 11
Práticas de Manutenção Moderna Pág. 11
Conceitos Básicos da TPM Pág. 11
Objetivos da TPM Pág. 12
Terceirização de Serviços de Manutenção Pág. 12
Dificuldades para Terceirizar Pág. 12
Vantagens da Terceirização Pág. 12
Desvantagens da Terceirização Pág. 13
Sistemas Automatizados para Manutenção Pág. 13
Organização de um Setor de Manutenção Pág. 14
Indústrias de Grande Porte Pág. 14
Indústrias de Médio Porte Pág. 15
Organograma Pág. 15
Dotação de Recursos Humanos Pág. 16
Máquinas e Equipamentos para Manutenção Pág. 16
Indústrias de Pequeno Porte Pág. 17
Lubrificação Pág. 17
Óleos Lubrificantes Pág. 17
Viscosidade Pág. 18
Ponto de Fluidez Pág. 19
Ponto de Fulgor Pág. 19
Aditivos Pág. 19
Graxas Lubrificantes Pág. 20
Lubrificação Organizada Pág. 20
Métodos Gerais de Lubrificação Pág. 21
Método Manual Pág. 21
Lubrificação por Agulha Pág. 21
Lubrificação por Mecha Pág. 21
Método do Copo Conta-Gotas Pág. 21
Lubrificação por Anel Pág. 21
Lubrificação por Colar Pág. 22
Lubrificação por Banho de Óleo Pág. 22
Lubrificação por Estopa (Almofada) Pág. 22
Lubrificação por Salpico ou Borrifo Pág. 22
Lubrificação por Gravidade Pág. 22
Lubrificação por Bombas Múltiplas Pág. 22
Lubrificação por Graxa Pág. 23
Mancais Pág. 23
Rolamentos Pág. 24
Desmontagem de Rolamentos Pág. 27
Montagem de Rolamentos Pág. 28
Sistemas de Vedação Pág. 29
Retentores Pág. 30
DEFINIÇÃO DE MANUTENÇÃO:
Manutenção é o conjunto de técnicas destinadas a conservação de instalações e
equipamentos, com o máximo de rentabilidade e dentro dos requisitos de segurança.
TIPOS DE MANUTENÇÃO
CORRETIVA OU CURATIVA
PREVENTIVA
PREDITIVA OU CÍCLICA
MANUTENÇÃO CORRETIVA
É AQUELA QUE SE FAZ NECESSÁRIA QUANDO OCORREM FALHAS NO
EQUIPAMENTO OU FIQUE DEMONSTRADO SEU FUNCIONAMENTO IRREGULAR.
EXEMPLO: Quebrou o parafuso de um acoplamento, o serviço de manutenção,
simplesmente faz a troca do parafuso, sem se preocupar como as causas e defeitos que
ocasionaram a falha.
Esse tipo de manutenção é incorreto e pode resultar em prejuízos econômicos.
Suponhamos que o parafuso não foi feito com aço adequado, nessas condições vai
quebrar muitas vezes, retirando o equipamento de operação, causando atrasos na produção.
Suponhamos que haja tranco no acoplamento ou vibração indesejável. Se essas causas
não forem pesquisadas, as falhas continuam.
Apesar de ser incorreto, este tipo de manutenção é muito praticado, devido a falta de
pessoal técnico qualificado.
Por razões de ordem econômica, ocorre também este tipo de manutenção.
Um equipamento velho, já com sua vida útil vencida está sujeito a grande incidência de
manutenção corretiva. (QUEBROU, CONSERTOU)
Vejam por exemplo, o infeliz que compra um carro com mais de 20 anos.
A peças dos automóveis tem tempo de vida limitado. Os rolamentos das rodas, os
tambores dos freios, as correias dentadas, os amortecedores, etc.
Um carro muito velho terá quase todos os itens com a vida vencida... assim a incidência de
quebrou-consertou será epidêmica.
Nos equipamentos industriais acontece o mesmo, se por motivos econômicos financeiros
não se faz uma boa manutenção ou não se troca o equipamento na época devida, a incidência de
manutenção corretiva será alarmante, com graves prejuízos a produção.
Este tipo de manutenção mostra um custo desprezível no seu início. Com a continuidade
das operações, os equipamentos vão se deteriorando, ocorrendo avarias que se tornam
freqüentes e de custo elevado.
PROGRAMA DE INSPEÇÕES
Para elaborar um bom programa de inspeções, torna-se necessário:
1. Descrição do Equipamento
Os mais antigos estão mais sujeitos a falhas, face a fadiga e envelhecimento dos
materiais.
Existem equipamentos que não podem ficar parados ou devem obedecer a horários
estabelecidos pelo cliente. (EQUIPAMENTOS DE AEROPORTOS)
Pela experiência adquirida, procura-se estabelecer os itens da máquina que devem ser
inspecionados.
ESTA DEFINIÇÃO vai permitir:
Registradores
Medem a amplitude das vibrações, permitindo avaliar a sua magnitude. Medem, também, a
sua freqüência, possibilitando identificar a fonte causadora das vibrações.
Os registradores podem ser analógicos ou digitais, e estes últimos tendem a ocupar todo o
espaço dos primeiros.
Sensores ou captadores
Existem três tipos de sensores, baseados em três diferentes sistemas de transdução
mecânico-elétricos:
Sensores eletrodinâmicos: detectam vibrações absolutas de
freqüências superiores a 3 Hz (180 cpm).
Sensores piezelétricos: detectam vibrações absolutas de
freqüências superiores a 1 Hz (60 cpm).
Sensores indutivos (sem contato ou de proximidade):
detectam vibrações relativas desde 0 Hz, podendo ser utilizados
tanto para medir deslocamentos estáticos quanto dinâmicos.
Vibrator (Mecatester)
É um instrumento que mede os níveis de
vibração em máquinas e equipamentos, e, no
nosso caso, em motores, geradores,
transformadores, painéis e outros, e para
mancais indica ainda o tempo aproximado de
vida dos rolamentos, e isto tendo como base a
vibração do mancal. É necessário efetuar a
medição nos mancais com e sem carga ou
transmissão para se chegar a um resultado
confiável. Junto ao aparelho, o fornecedor
sempre envia um manual de instruções e as
curvas para comparação. Para o caso de
motores e correlatos, é ideal que a aplicação desta medição seja efetuada como inspeção
periódica programada, a fim de evitar defeitos em plena operação, ou ao menos reduzir a
incidência destes. Devemos ter todos os cuidados requeridos para um instrumento, com relação
ao seu manuseio, transporte e estocagem.
A manutenção preditiva tem como objetivo prevenir falhas nos equipamentos, permitindo a
operação contínua do equipamento, pelo maior tempo possível.
A realidade da Manutenção Preditiva é “PREDIZER” as condições dos equipamentos.
Quando o grau de degradação se aproxima do limite previamente estabelecido, é tomada a
decisão de intervenção.
TÉCNICAS PREDITIVAS
A avaliação das condições dos equipamentos é feita através da medição ou monitorização
de parâmetros.
Esse monitoramento pode ser feito de 3 formas:
Monitoração subjetiva.
Monitoração objetiva.
Monitoração contínua.
MONITORAÇÃO OBJETIVA
MONITORAÇÃO CONTÍNUA
VANTAGENS DA TERCEIRIZAÇÃO
- Aumento da qualidade.
- Redução de custos.
- Redução de áreas ocupadas.
- Melhor atendimento.
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- Redução de estoques.
DESVANTAGENS DA TERCEIRIZAÇÃO
Nas indústrias de grande porte, tais como Cia Siderúrgicas, Indústrias Petroquímicas,
Indústrias de Papel, Indústrias de Cimento, Estaleiros, etc. As unidades de manutenção são muito
desenvolvidas, e ainda assim às vezes alguns serviços de manutenção e reparos são feitos em
firmas de terceiros (serviços terceirizados).
Algumas indústrias preferem ter seus recursos super dimensionados, estendendo sua
atuação na manutenção e reparos de suas filiais e subsidiárias.
As unidades de manutenção recebem um tratamento especial, tendo vida própria,
autonomia e áreas independentes, dedicadas somente à manutenção e reparos.
Nas indústrias de médio porte, nas quais se enquadram a maioria das metalúrgicas, o
setor de manutenção é implantado, dentro da área da própria fábrica.
Geralmente a escolha recai sobre uma área com fácil acesso a todas instalações fabris,
com amplas aberturas para movimentação de máquinas e equipamentos.
As instalações devem ter ainda um bom pé direito (distância entre o solo e o teto), dotadas
de talhas ou guinchos para movimentação de cargas, montagem e desmontagem de peças e
posicionamento nas máquinas operatrizes.
ORGANOGRAMA
Diversas máquinas, equipamentos, aparelhos de teste, devem fazer parte das oficinas
mecânicas e elétricas. Serão úteis para detectar os defeitos, desmontar as máquinas, executar os
reparos, montar, testar, lubrificar, mantendo o ciclo produtivo sem interrupção.
- TÔRNO MECÂNICO, ESMERIL, PRENSA HIDRÁULICA;
- FRESADORA, AQUECEDORES PARA AJUSTAGEM;
- PLAINA LIMADORA, TANQUES PARA LAVAGEM;
- FURADEIRA, MÁQUINA DE SOLDA, SOLDA OXI-ACETIL;
- BANCADAS DE TESTE – CARREGADOR DE BATERIAS;
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- GUINCHOS, TALHAS, JOGO COMPLETO DE FERRAMENTAS;
- APARELHOS PARA LEITURAS / MEDIÇÕES / TESTES (TEMPERATURA, ROTAÇÃO,
VIBRAÇÃO, TRINCA, FALHAS);
- EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS PARA LUBRIFICAÇÃO.
LUBRIFICAÇÃO
Os lubrificantes podem ser classificados em:
1. Lubrificantes líquidos (óleos);
2. Lubrificantes semi-sólidos (graxas);
3. Lubrificantes sólidos (GRAFITE – bissulfeto de molibdênio, politetra-flúor-etileno PTFE)
Óleos lubrificantes
Características
Viscosidade:
É a dificuldade encontrada pelo óleo, em escoar ou vazar através de uma placa ou orifício.
A viscosidade é, portanto, uma grandeza a ser medida.
Uma substância é dita de alta viscosidade, quando é grossa e tem dificuldade de escoar,
como o melaço de cana, leite condensado, etc.
Uma substância é dita de baixa viscosidade, quando é fina, escoa com facilidade tal como
a água, o querosene, etc.
A viscosidade dos óleos é medida através de aparelhos chamados viscosímetros.
As unidades mais usuais são o centistokes e o saybolt.
CST – Centistokes é mais usada em lubrificantes de baixa viscosidade (querosene, óleo
diesel, etc).
SSU – Saybolt é mais usada em lubrificantes de alta viscosidade.
Ilustramos a seguir os viscosímetros mais usados pelos laboratórios:
Aditivos
Os aditivos são compostos químicos que adicionados aos óleos básicos, reforçam algumas
de suas qualidades, ou lhes concedem novas, ou eliminam propriedades indesejáveis.
Alguns modificam propriedades físicas: índice de viscosidade, espuma, ponto de fluidez,
outros modificam propriedades químicas, tais como inibidores de oxidação detergentes, agentes
de extrema pressão e outros.
LUBRIFICAÇÃO ORGANIZADA
A implantação de sistemas organizados na manutenção reduz os custos de manutenção.
A lubrificação perfeita é a conjugação de 6 (seis) fatores: tipo certo, qualidade certa,
quantidade certa, condição certa, local certo e ocasião certa.
Planejamento da lubrificação
9) Lubrificação por salpico ou borrifo (fig. 10) - É o método mais utilizado, geralmente
nos motores de combustão interna, para lubrificar as peças móveis dentro do cárter. O óleo é
contido num reservatório inferior, dentro do qual ficam as partes móveis. Pelo movimento dessas
partes, o óleo é salpicado, atingindo todas as partes que devem ser lubrificadas. Este método só
serve para máquinas de alta rotação e para óleos de viscosidade relativamente baixa. Em motores
maiores é usado como complemento da circulação forçada do óleo.
10) Lubrificação por gravidade (fig. 11) - Existe normalmente uma bomba de óleo que
leva o lubrificante do reservatório inferior até o reservatório superior, passando por um filtro que
retém as impurezas. Do reservatório superior o óleo, por gravidade e através de canais
apropriados, atinge todas as partes móveis da máquina.
MANCAIS
Os mancais são basicamente suportes ou guias de partes móveis. São elementos comuns
em todas as máquinas.
Mancais deslizantes – quando uma superfície desliza sobre outra. Ex: carro do torno
deslizando sobre o barramento.
Mancais radiais – mancais que suportam carga perpendicular ao eixo em rotação. Podem
ser inteiriços, como um tubo, ou bipartidos, sendo em ambos casos chamados de buchas.
Mancais de escora (encosto) – são aqueles destinados a absorver cargas axiais.
Os mancais são construídos com metais mais moles, que permitem sua substituição
quando apresentam desgaste. Tal procedimento visa proteger o eixo, peça mais cara.
Os mancais possuem o diâmetro um pouco maior que o do eixo. Essa diferença chamada
de folga, permite a formação da cunha e da película de óleo lubrificante.
Metal patente – (Babbit) Composição 89% de estanho (Sn), 9% de antimônio (Sb) e 2%
de cobre (Cu).
Mancais porosos – São obtidos de material esponjoso de chumbo, bronze, ferro, aço ou
alumínio. São capazes de reter óleo em cerca de 25% do seu volume. São empregados em casos
em que é difícil alimentar o lubrificante.
Mancais de bronze – liga com 80% de cobre, 10% de estanho 10% de chumbo, muito
isada na fabricação de casquilhos. Diversos tipos de bronze (de 79 a 89% de cobre, e de 6 a 11%
de estanho) são muito usados em mancais.
Mancais de Teflon, Nylon e Resinas Fenólicas costumam ser empregados em pequenas
cargas e baixas velocidades, sem lubrificação.
Aço e Ferro fundido também podem ser usados em menos escala na confecção de
mancais, tendo como inconveniente a pouca capacidade de se ajustar ao eixo.
ROLAMENTOS
São mancais especiais em que a principal forma de movimento é rolante. Compõe-se de
dois anéis entre os quais existem elementos rolantes e separadores.
Tipos de rolamentos:
2) Rolamentos Axiais
EXEMPLOS:
- Rolamento de escora CARGA // ao eixo
- Rolamento axial de rolos (autocompensadores)
3) Rolamentos mistos
Suportam cargas axiais e radiais.
EXEMPLOS:
Máquinas de carga intermitente cuja parada não provoca conseqüências 4.000 - 8.000
sérias: agrícolas e domésticas, guinchos, máquinas operadas manualmente
e motores de caminhões.
Máquinas cuja parada provoca conseqüências sérias: máquinas auxiliares, 8.000 - 12.000
transportadores, motores diesel ferroviários e de máquinas de construção e
eixos de vagões.
Máquinas que trabalham 8 horas por dia com carga parcial: redutores e 12.000 - 20.000
elevadores.
Máquinas que trabalham 8 horas par dia com plena carga: máquinas 20.000 - 30.000
industriais, ventiladores, guindastes, motores e laminadoras.
Máquinas que trabalham 24 horas por dia: compressores, bombas, 40.000 - 60.000
elevadores de minas, máquinas de navios, geradores de força e
locomotivas.
Máquinas cuja parada provoca conseqüências desastrosas: usinas de força, 100.000 - 200.000
de tratamento de água, fábricas de papel e de cimento e bombas de minas.
DESMONTAGEM DE ROLAMENTOS
Quando não for possível alcançar o anel interno, o saca-polias poderá ser aplicado na face
externa do anel. Entretanto é importante que o anel externo seja girado para evitar danos no
rolamento.
MONTAGEM DE ROLAMENTOS
- Caso exista furo roscado na ponta do eixo, usar porca, parafuso e calço para montar.
- Se os rolamentos forem grandes ou haja uma ajustagem mais forte entre o eixo e o
rolamento será necessário aquecer os rolamentos, em banho de óleo, mesmo temperatura entre
100 e 120°C, e colocá-los rapidamente no eixo antes de esfriarem.
Se o rolamento for do tipo de lubrificação permanente, ele não deverá ser aquecido
conforme descrito anteriormente. O aquecimento remove o lubrificante e o rolamento sofrerá
danos.
Para rolamentos que apresentam lubrificação permanente, recomenda-se esfriar o eixo
onde eles estão acoplados. Alertamos, no entanto, que se rolamento prender o ato da montagem,
esfriando, dificilmente será removido sem dano.
Sistemas de Vedação
Retentores
Os cantos dos eixos devem ter chanfros para facilitar a entrada do retentor.
Caso não haja chanfros ou não se possa executá-los, recomenda-se o uso de uma luva de
proteção para o lábio.
Cuidados na substituição