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DIREITO DE FAMÍLIA – Últimos exames da OAB

(VI Exame da OAB) Questão 26 - Um famoso casal de artistas residente e domiciliado nos
Estados Unidos, em viagem ao Brasil para o lançamento do seu mais novo filme, se
encantou por Caio, de 4 anos, a quem pretende adotar. Caio teve sua filiação reconhecida
exclusivamente pela mãe Isabel, que, após uma longa conversa com o casal, concluiu que o
melhor para o filho era ser adotado, tendo em vista que o famoso casal possuía condições
infinitamente melhores de bem criar e educar Caio. Além disso, Isabel ficou convencida do
amor espontâneo e sincero que o casal de imediato nutriu pelo menino. Ante a situação
hipotética, é correto afirmar que:
(A) a adoção só é concedida quando for impossível manter a criança ou o adolescente em
sua família, razão pela qual o consentimento de Isabel é irrelevante para a apreciação do
pedido do famoso casal, que será deferido caso represente o melhor interesse de Caio.
(B) independentemente da manifestação de vontade de Isabel, o famoso casal terá
prioridade na adoção de Caio, depois de esgotadas todas as possibilidades de colocação de
Caio em uma família brasileira.
(C) tendo em vista o consentimento da mãe de Caio, o famoso casal terá prioridade em sua
adoção em face de outros casais já previamente inscritos nos cadastros de interessados na
adoção, mantidos pela Justiça da Infância e da Juventude.
(D) a adoção internacional é medida excepcional; entretanto, em virtude do consentimento
de Isabel para a adoção de seu filho pelo famoso casal, este só não terá prioridade se
houver casal de brasileiro, residente no Brasil, habilitado para a adoção.
RESPOSTA: D

(VI Exame da OAB) Questão 39 - Rejane, solteira, com 16 anos de idade, órfã de mãe e
devidamente autorizada por seu pai, casa-se com Jarbas, filho de sua tia materna, sendo
ele solteiro e capaz, com 23 anos de idade.
A respeito do casamento realizado, é correto afirmar que é:
(A) nulo, tendo em vista o parentesco existente entre Rejane e Jarbas.
(B) é anulável, tendo em vista que, por ser órfã de mãe, Rejane deveria obter autorização
judicial a fim de suprir o consentimento materno.
(C) válido.
(D) anulável, tendo em vista o parentesco existente entre Rejane e Jarbas.
RESPOSTA: C

(VI Exame da OAB – Prova Prático-Profissional) QUESTÃO 2 - Paulo, maior e capaz, e


Eliane, maior e capaz, casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens no ano de
2004. Nessa ocasião, Paulo já havia herdado, em virtude do falecimento de seus pais, um
lote de ações na Bolsa de Valores, cujo montante atualizado corresponde a R$ 50.000,00,
sendo certo que Eliane, à época, não possuía bens em seu patrimônio. No ano de 2005,
nasceu João, filho do casal. Em 2006, Paulo vendeu as ações que havia recebido e, com o
produto da venda, comprou um automóvel de igual valor. Em 2007, Paulo foi contemplado
com um prêmio de loteria no valor atualizado de R$ 100.000,00, que se mantém depositado
em conta bancária. Agora, no ano de 2012, o casal, pretendendo se divorciar mediante a
lavratura de escritura pública, decide consultar um advogado.

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Na condição de advogado(a) consultado(a) por Paulo e Eliane, responda aos itens a seguir,
empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao
caso.
a) Pode o casal divorciar-se por meio de lavratura de escritura pública?
b) A respeito da partilha de bens em caso de divórcio do casal, qual(is) bem(ns) deve(m)
integrar o patrimônio de Eliane e qual(is) bem(ns) deve(m) integrar o patrimônio de Paulo?

RESPOSTA:
a) Não, de acordo com o artigo 1124-A, CPC. Isso porque os cônjuges possuem um filho
menor de idade, o que consiste em empecilho legal à utilização da via extrajudicial para a
decretação do divórcio.
b) Caberá a Eliane perceber metade do prêmio de loteria a título de meação, na forma do
artigo 1660, inciso II, do CC/02. Paulo terá direito ao automóvel, por ter sido adquirido com o
produto da herança (art. 1659, inciso I, CC/02), e também a metade do prêmio de loteria
(artigo 1660, II, CC/02).

(V Exame da OAB) Questão 26 - Fernando e Eulália decidiram adotar uma menina.


Iniciaram o processo de adoção em maio de 2010. Com o estágio de convivência em curso,
o casal se divorciou.
Diante do fim do casamento dos pretendentes à adoção, é correto afirmar que
(A) a adoção deverá ser suspensa, e outro casal adotará a menor, segundo o princípio do
melhor interesse do menor, pois a adoção é medida geradora do vínculo familiar.
(B) a adoção poderá prosseguir, contanto que o casal opte pela guarda compartilhada no
acordo de divórcio, mesmo que o estágio de convivência não tenha sido iniciado na
constância do período de convivência.
(C) a adoção será deferida, contanto que o casal acorde sobre a guarda, regime de visitas e
desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de
convivência e que seja comprovada a existência de vínculo de afinidade e afetividade com
aquele que não seja o detentor da guarda que justifique a excepcionalidade da concessão.
(D) a lei não prevê tal hipótese, pois está em desacordo com os ditames constitucionais da
paternidade responsável.
RESPOSTA: C

(V Exame da OAB) Questão 33 - Em relação à união estável, assinale a alternativa correta.


(A) Para que fique caracterizada a união estável, é necessário, entre outros requisitos,
tempo de convivência mínima de cinco anos, desde que durante esse período a convivência
tenha sido pública e duradoura.
(B) Quem estiver separado apenas de fato não pode constituir união estável, sendo
necessária, antes, a dissolução do anterior vínculo conjugal; nesse caso, haverá simples
concubinato.
(C) Não há presunção legal de paternidade no caso de filho nascido na constância da união
estável.
(D) O contrato de união estável é solene, rigorosamente formal e sempre público.
RESPOSTA: C

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(V Exame da OAB – Prova Prático-Profissional) Questão 3 - Em ação de execução de
alimentos, foi decretada a revelia de Francisco, que somente ingressou na ação dois meses
após a publicação da decisão que determina a penhora do imóvel e do veículo automotor de
sua propriedade, insurgindo-se contra a contrição patrimonial sob o argumento de bem de
família, pois se trata de imóvel destinado a sua moradia, não obstante nele residir sozinho, e
o automóvel ser utilizado como táxi. Igor, o exequente, tem conhecimento de que Francisco,
seu pai, recebera, como herança, outros bens imóveis, todavia, com cláusula de
inalienabilidade e impenhorabilidade.
a) Há possibilidade de arguição extemporânea de Francisco e oposição de
impenhorabilidade no caso acima relatado? Fundamente.
b) Os bens indicados são considerados impenhoráveis? Fundamente.

RESPOSTA: O examinando deve depreender pela admissibilidade de arguição a qualquer


tempo da proteção legal por se tratar de matéria de ordem pública, desde que não tenha
exaurido o procedimento expropriatório; dissertar sobre a proteção legal conferida ao único
bem imóvel destinado à residência familiar, que se estende a solteiro (STJ); e, ainda, ao
automóvel utilizado como taxi por se tratar de instrumento necessário ao exercício da
profissão (art. 649, V, do CPC); e, afinal, concluir a penhora de bem de família é medida
excepcional que se legitima no caso dos autos por não ser oponível à obrigação alimentar,
no teor do artigo 3º, inciso III, da Lei nº 8.009/1990. Impenhorabilidade que não se opõe às
execuções de pensão alimentícia no âmbito das relações familiares. Exegese dos artigos 1º,
3º, inciso III, 5º da Lei nº 8.009/1990, 1.711-1.722 do CC, 649, inciso V e §2º e 650 do CPC.
Enunciado nº 364, da Súmula de Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

(IV Exame da OAB – Prova Prático-Profissional) Antônio Pedro, morador da cidade Daluz
(Comarca de Guaiaqui), foi casado com Lourdes por mais de quatro décadas, tendo tido
apenas um filho, Arlindo, morador de Italquise (Comarca de Medeiros), dono de rede de
hotelaria. Com o falecimento da esposa, Antônio Pedro deixou de trabalhar em razão de
grande tristeza que o acometeu. Já com 72 anos, Antônio começou a passar por
dificuldades financeiras, sobrevivendo da ajuda de vizinhos e alguns parentes, como
Marieta, sua sobrinha-neta. A jovem, que acabara de ingressar no curso de graduação em
Direito, relatando aos colegas de curso o desapontamento com o abandono que seu tio
sofrera, foi informada de que a Constituição Federal assegura que os filhos maiores têm o
dever de amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. De posse de tal informação,
sugere a seu tio-avô que busque o Poder Judiciário a fim de que lhe seja garantido o direito
de receber suporte financeiro mínimo de seu filho. Antônio Pedro procura, então, você como
advogado(a) para propor a ação cabível.
Elabore a peça processual apropriada ao caso narrado acima.

RESPOSTA: A peça cabível é PETIÇÃO INICIAL DE ALIMENTOS com pedido de fixação


initio litis de ALIMENTOS PROVISÓRIOS. A fonte legal a ser utilizada é a Lei 5.478/68. A
competência será o domicílio do alimentando, no caso, Comarca de Guaiaqui (art. 100, II,
do CPC).
Informar que se procede por rito especial (art. 1º da Lei de Alimentos) e requerer prioridade
na tramitação, por se tratar de idoso (art. 71 da Lei n. 10.741/03 c/c art. 1.211‐A do CPC).
Deverá atender aos requisitos da petição inicial (282 do CPC) e aos requisitos específicos
disciplinados pela Lei Especial, provando a relação de parentesco, as necessidades do
alimentando, e obedecendo ao art. 2º da Lei 5478/68, bem como a Lei 11.419/06. Deverá
demonstrar a necessidade e possibilidade ao pedido de alimentos. O examinando deverá
ainda indicar o recolhimento de custas ou fundamentar pedido de concessão de gratuidade

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de justiça (§2º do art. 1º da Lei de Alimentos c/c Lei 1.060/50). No pedido, deverá requerer
que o juiz, ao despachar a petição inicial, fixe desde logo os alimentos provisórios, na forma
do art. 4º. da Lei de Alimentos, a citação do réu (art. 282, VII, do CPC), condenação em
alimentos definitivos e a intimação do Ministério Público como custus legis sob pena de
nulidade do feito, visto ser obrigatória a sua intimação nos termos do art. 75 e seguintes do
Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03) c/c arts. 84 e 246 do CPC. Por fim, requerer a
condenação nas custas e honorários de sucumbência e a produção de provas (art. 282, VI,
do CPC) e indicar o valor da causa (art. 282, V, do CPC).
 Essa questão é somente para que possamos nos atentar aos dispositivos legais.

(IV Exame da OAB – Prova Prático-Profissional) Maria, casada em regime de comunhão


parcial de bens com José por 3 anos, descobre que ele não havia lhe sido fiel, e a vida em
comum se torna insuportável. O casal se separou de fato, e cada um foi residir em nova
moradia, cessando a coabitação. Da união não nasceu nenhum filho, nem foi formado
patrimônio comum. Após dez meses da separação de fato, Maria procura um advogado,
que entra com a ação de divórcio direto, alegando que essa era a visão moderna do Direito
de Família, pois, ao dissolver uma união insustentável, seria facilitada a instituição de nova
família. Após a citação, João contesta, alegando que o pedido não poderia ser acolhido,
uma vez que ainda não havia transcorrido o prazo de dois anos da separação de fato
exigidos pelo artigo 40 da Lei 6.515/77.
Diante da hipótese apresentada, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Nessa situação é juridicamente possível que o magistrado decrete o divórcio, não
obstante não exista comprovação do decurso do prazo de dois anos da separação de fato
como pretende Maria, ou João está juridicamente correto, devendo o processo ser
convertido em separação judicial para posterior conversão em divórcio?
b) Caso houvesse consenso, considerando as inovações legislativas, o ex-casal poderia
procurar via alternativa ao Judiciário para atingir o seu objetivo ou nada poderia fazer antes
do decurso dos dois anos da separação de fato?

RESPOSTA: No primeiro tópico o candidato deve destacar que a Emenda Constitucional


66/2010 deu nova redação ao parágrafo 6º do artigo 226 da Constituição Federal, excluindo
a exigência do prazo de 2 (dois) anos da separação de fato para o divórcio direto, motivo
pelo qual o magistrado poderá decretar o divórcio como pretende Maria, já que o dispositivo
da Constituição prevalece sobre o artigo 40 da Lei 6515/77, por se tratar de norma
hierarquicamente superior à legislação federal.
No segundo tópico o candidato deve ressaltar que a Lei 11.441/2007 acrescentou o artigo
1.124‐A ao Código de Processo Civil possibilitando a separação consensual e o divórcio
consensual em cartório, através de escritura pública e observados os requisitos legais
quanto aos prazos, como uma forma alternativa de resolução de conflitos de interesses ao
Poder Judiciário. Assim, o ex‐casal, por não haver filhos melhores e haver consenso no
Divórcio, já que a Emenda Constitucional 66/2010, que deu nova redação ao parágrafo 6º
do artigo 226 da Constituição Federal, acabou com a exigência do decurso do prazo de 2
(dois) anos da separação de fato para a dissolução do casamento pelo divórcio, poderá
efetivar o divórcio direto em cartório, valendo‐se da autorização dada pelo artigo 1.124‐A do
CPC.

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(Exame OAB 2010.3) Questão 10 - Mathias, solteiro e capaz, com 65 anos de idade, e
Tânia, solteira e capaz, com 60 anos de idade, conheceram-se há um ano e, agora,
pretendem se casar.
A respeito da situação narrada, é correto afirmar que Mathias e Tânia
(A) deverão, necessariamente, celebrar pacto antenupcial optando expressamente pelo
regime da separação de bens.
(B) poderão casar-se pelo regime da comunhão parcial de bens, desde que obtenham
autorização judicial, mediante a prévia demonstração da inexistência de prejuízo para
terceiros.
(C) poderão optar livremente dentre os regimes de bens previstos em lei, devendo celebrar
pacto antenupcial somente se escolherem regime diverso da comunhão parcial de bens.
(D) somente poderão se casar pelo regime da separação obrigatória de bens, por força de
lei e independentemente da celebração de pacto antenupcial.
RESPOSTA: C

(Exame OAB 2010.3) Questão 13 - João foi registrado ao nascer com o gênero masculino.
Em 2008, aos 18 anos, fez cirurgia para correção de anomalia genética e teve seu registro
retificado para o gênero feminino, conforme sentença judicial. No registro não constou
textualmente a indicação de retificação, apenas foi lavrado um novo termo, passando a
adotar o nome de Joana. Em julho de 2010, casou-se com Antônio, homem religioso e de
família tradicional interiorana, que conheceu em janeiro de 2010, por quem teve uma paixão
fulminante e correspondida. Joana omitiu sua história registral por medo de não ser aceita e
perdê-lo. Em dezembro de 2010, na noite de Natal, a tia de Joana revela a Antônio a
verdade sobre o registro de Joana/João. Antônio, não suportando ter sido enganado, deseja
a anulação do casamento.
Conforme a análise da hipótese formulada, é correto afirmar que o casamento de Antônio e
Joana:
(A) só pode ser anulado até 90 dias da sua celebração.
(B) poderá ser anulado pela identidade errônea de Joana/João perante Antônio e a
insuportabilidade da vida em comum.
(C) é inexistente, pois não houve a aceitação adequada, visto que Antônio foi levado ao erro
de pessoa, o que tornou insuportável a vida em comum do casal.
(D) é nulo; portanto, não há prazo para a sua arguição.
RESPOSTA: B

(Exame OAB 2010.3) Questão 16 - Em relação aos alimentos, assinale a alternativa


correta.
(A) Eles não servem apenas para garantir as necessidades básicas do alimentando, mas
também para preservar a condição social de quem os pleiteia.
(B) No atual Código Civil, o cônjuge eventualmente declarado culpado pela separação não
sofre qualquer restrição em seu direito de pedir alimentos ao outro cônjuge.
(C) A obrigação alimentar possui como característica básica ser irrenunciável, não poder ser
restituída ou compensável e ser intransmissível.
(D) A possibilidade de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais continua a existir após
se atingir a maioridade, em razão da continuação do poder familiar que esses exercem
sobre os filhos necessitados.
RESPOSTA: A

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(Exame OAB 2010.3 – Prova Prático-Profissional) Questão 1 - José iniciou
relacionamento afetivo com Tânia em agosto de 2009, casando-se cinco meses depois. No
primeiro mês de casados, desconfiado do comportamento de sua esposa, José busca
informações sobre seu passado. Toma conhecimento de que Tânia havia cumprido pena
privativa de liberdade pela prática de crime de estelionato. José, por ser funcionário de
instituição bancária há quinze anos e por ter conduta ilibada, teme que seu cônjuge aplique
golpes financeiros valendo-se de sua condição profissional. José, sentindo-se enganado,
decide romper a sociedade conjugal, mas Tânia, para provocar José, inicia a alienação do
patrimônio do casal.
Considerando que você é o advogado de José, responda aos itens a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Na hipótese, existe alguma medida para reverter o estado de casado? (Valor: 0,5)
b) Temendo que Tânia aliene a parte do patrimônio que lhe cabe, aponte o(s) remédio(s)
processual(is) aplicável(is) in casu.

RESPOSTA: a) José descobriu, após o casamento, que Tânia praticou crime que, por sua
natureza, tornará insuportável a relação do casal. Cuida-se de erro essencial sobre o
cônjuge, podendo José propor ação judicial a fim de que o casamento seja anulado. Cabe,
portanto, Ação Anulatória de Casamento, fundada no art. 1.557, II, c/c art. 1.556 do CC.
b) A medida cabível será a Ação Cautelar de Sequestro, nos termos do art. 822, III, do CPC,
a fim de proteger os bens do casal, enquanto tramita a ação principal. O examinando deverá
mencionar que há presença de fumus boni iuris e do periculum in mora, elementos
essenciais à concessão de medidas de urgência.

(Exame OAB 2010.2) Questão 27 - Jane e Carlos constituíram uma união estável em julho
de 2003 e não celebraram contrato para regular as relações patrimoniais decorrentes da
aludida entidade familiar. Em março de 2005, Jane recebeu R$ 100.000,00 (cem mil reais) a
título de doação de seu ti o Túlio. Com os R$ 100.000,00 (cem mil reais), Jane adquiriu em
maio de 2005 um imóvel na Barra da Tijuca. Em 2010, Jane e Carlos se separaram. Carlos
procura um advogado, indagando se tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na
Barra da Tijuca em maio de 2005.
Assinale a alternativa que indique a orientação correta a ser exposta a Carlos.
(A) Por se tratar de bem adquirido a título oneroso na vigência da união estável, Carlos tem
direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005.
(B) Carlos não tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em
maio de 2005 porque, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais entre os mesmos o regime da separação total de bens.
(C) Carlos não tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em
maio de 2005 porque, em virtude da ausência de contrato escrito entre os companheiros,
aplica-se às relações patrimoniais entre os mesmos o regime da comunhão parcial de bens,
que exclui dos bens comuns entre os consortes aqueles doados e os sub-rogados em seu
lugar.
(D) Carlos tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de
2005 porque, muito embora o referido bem tenha sido adquirido com o produto de uma
doação, não se aplica a sub-rogação de bens na união estável.
RESPOSTA: C

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(OAB 2009) 33ª Questão: A respeito do direito de família, assinale a opção correta.
a) Aplicam-se à união estável as regras do regime da separação de bens, salvo contrato
escrito em que se estipule o contrário.
b) Não pode ser reconhecida como união estável a relação pública, contínua, duradoura e
com ânimo de constituir família, entre uma mulher solteira e um homem casado que esteja
separado de fato.
c) Suponha que uma criança tenha sido concebida com material genético de Maria e de um
terceiro, tendo sido a inseminação artificial previamente autorizada pelo marido de Maria.
Nessa situação hipotética, o Código Civil prevê expressamente que a criança é
presumidamente considerada, para todos os efeitos legais, filha de Maria e de seu marido.
d) Os cunhados, juridicamente, não podem ser classificados como parentes.
RESPOSTA: C

(Cespe-UnB OAB/SP 2008) Questão 22 - Constitui impedimento matrimonial dirimente


circunstância que envolva:
A) pessoa divorciada enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha de bens
do casal.
B) parentesco por afinidade em linha reta, ainda que já dissolvido o casamento que originou
a afinidade.
C) viúvo ou viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer o inventário dos
bens do casal e der partilha aos herdeiros.
D) tutor ou curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados e sobrinhos,
com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela e não
estiverem saldadas as respectivas contas.
RESPOSTA: B

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