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Departamento de Trânsito do Estado do Ceará

DETRAN-CE Nível Fundamental:


Assistente de Atividade de Trânsito e Transporte
Edital Nº 01/2017 – Detran/Seplag, de 13 de Setembro de 2017
ST044-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Departamento de Trânsito do Estado do Ceará - DETRAN-CE

Cargo: Nível Fundamental: Assistente de Atividade de Trânsito e Transporte

(Baseado no Edital Nº 01/2017 – Detran/Seplag, de 13 de Setembro de 2017)

• Português
• Informática
• Ética
• Legislação do Servidor Público Estadual
• Noções de Legislação de Trânsito e Transporte
• Conhecimentos Gerais

Autores
Bruna Pinotti
Greice Sarquis

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira

Capa
Bruno Fernandes

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Português

Interpretação de textos. ........................................................................................................................................................................................ 01


Sinônimos e antônimos. ....................................................................................................................................................................................... 05
Sentido próprio e figurado das palavras. ....................................................................................................................................................... 05
Ortografia oficial. ..................................................................................................................................................................................................... 10
Acentuação gráfica. ................................................................................................................................................................................................ 14
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................. 17
Substantivo e adjetivo: flexão de gênero, número e grau. ..................................................................................................................... 20
Verbos: regulares, irregulares e auxiliares. ..................................................................................................................................................... 27
Emprego de pronomes. ........................................................................................................................................................................................ 40
Preposições e conjunções. ................................................................................................................................................................................... 48
Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................................................................ 51
Crase. ............................................................................................................................................................................................................................ 56
Regência....................................................................................................................................................................................................................... 61

Informática

Instalação; utilização e manutenção de hardwares e softwares; conhecimentos e domínio do uso de ferramentas de


softwares para microcomputadores;................................................................................................................................................................. 01
Aplicativos para elaboração de textos, ........................................................................................................................................................... 23
Planilhas eletrônicas; .............................................................................................................................................................................................. 49
Conhecimentos de proteção e segurança de sistemas; sistemas operacionais e Internet e Intranet..................................... 75

Ética

1. Conceitos: ética, moral, valores, virtudes e liberdades......................................................................................................................... 01


2. Código de Ética e Conduta da Administração Pública do Estado do Ceará, instituído pelo Decreto Nº 31.198, de
30/04/2013, publicado no DOE de 02/05/2013........................................................................................................................................... 02

Legislação do Servidor Público Estadual

1. Lei Estadual Nº 9.826 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará), de 14 de maio de 1974: Título
II: Capítulos II, III, IV, VI e VII; Título III: Capítulos I e II; Título IV: Capítulos IV, V (seções I a VI), VI (seções I a III); Título VI:
Capítulos I a VII. ....................................................................................................................................................................................................... 01
2. Alterações da Lei. Nº 9.826/1974. ................................................................................................................................................................ 01

Noções de Legislação de Trânsito e Transporte

1. Lei Federal Nº 9.503/97, de 23/09/1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e suas alterações: Capítulos III,
IV, VI, VII, XI, XII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII; Anexo I (Conceitos e Definições)....................................................................................... 01
2. Legislação de Transportes: .............................................................................................................................................................................. 30
2.1. Lei Estadual Nº 13.094/2001 (DOE de 12/01/2001), alterada pelas Leis Estaduais Nº 14.288/2009 (DOE 26/01/2009),
Nº 14.719 /2010 (DOE de 31/05/2010) e Nº 15.491/2013 (DOE de 30/12/2013). ................................................................... 30
2.2. Decreto Estadual Nº 29.687/2009 (DOE de 24/03/2009, alterado pelo Decreto Estadual Nº 31.658/2014 (DOE de
31/12/2014)........................................................................................................................................................................................................... 44
SUMÁRIO

Conhecimentos Gerais

História e geografia do Brasil e do Ceará;...................................................................................................................................................... 01


Aspectos econômicos, políticos e sociais; Problemas ambientais, meio ambientes e desenvolvimento sustentável; Polí-
tica; Economia; Sociedade; Educação; Tecnologia; Ciências; Energia; Relações Internacionais; Segurança; Artes e Litera-
tura; e suas vinculações históricas destes tópicos em nível estadual, regional, nacional e internacional............................. 11
PORTUGUÊS

Interpretação de textos. ........................................................................................................................................................................................ 01


Sinônimos e antônimos. ....................................................................................................................................................................................... 05
Sentido próprio e figurado das palavras. ....................................................................................................................................................... 05
Ortografia oficial. ..................................................................................................................................................................................................... 10
Acentuação gráfica. ................................................................................................................................................................................................ 14
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................. 17
Substantivo e adjetivo: flexão de gênero, número e grau. ..................................................................................................................... 20
Verbos: regulares, irregulares e auxiliares. ..................................................................................................................................................... 27
Emprego de pronomes. ........................................................................................................................................................................................ 40
Preposições e conjunções. ................................................................................................................................................................................... 48
Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................................................................ 51
Crase. ............................................................................................................................................................................................................................ 56
Regência....................................................................................................................................................................................................................... 61
PORTUGUÊS

Observação – na semântica (significado das palavras)


INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
- Capacidade de observação e de síntese e
- Capacidade de raciocínio.
É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi-
co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, Interpretar X compreender
vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento
de responder às questões relacionadas a textos. Interpretar significa
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - Através do texto, infere-se que...
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - É possível deduzir que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - O autor permite concluir que...
e decodificar ). - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Compreender significa


Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con- está escrito.
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. - o texto diz que...
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que - é sugerido pelo autor que...
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
frase for retirada de seu contexto original e analisada se- ção...
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele - o narrador afirma...
inicial.
Erros de interpretação
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci- É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, - Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
na prova. junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do
entendimento do tema desenvolvido.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con-
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamen- trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época cadas e, consequentemente, errando a questão.
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais Observação - Muitos pensam que há a ótica do escri-
definem o tempo). tor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que
ou de diferenças entre as situações do texto. o autor diz e nada mais.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado
com uma realidade, opinando a respeito. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun- relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
dárias em um só parágrafo. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala- pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome
vras. oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai di-
zer e o que já foi dito.
Condições básicas para interpretar
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-
Fazem-se necessários: dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo;
literários, estrutura do texto), leitura e prática; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico,
texto) e semântico; por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

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PORTUGUÊS

Os pronomes relativos são muito importantes na inter- No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
pretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coe- reduzido no qual o menino detém sua atenção é
são. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe (A) fresta.
um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: (B) marca.
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, (C) alma.
mas depende das condições da frase. (D) solidão.
- qual (neutro) idem ao anterior. (E) penumbra.
- quem (pessoa)
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois 2-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
o objeto possuído. PE/2012)
- como (modo) O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a
- onde (lugar) totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con-
quando (tempo) cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo,
quanto (montante) que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É,
de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em
Exemplo: todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do
Falou tudo QUANTO queria (correto) mundo.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o
aparecer o demonstrativo O ). Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo:
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).
Dicas para melhorar a interpretação de textos
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do “O riso”.
assunto; ( ) CERTO ( ) ERRADO
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa
a leitura; 3-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010)
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin-
menos duas vezes; giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge
- Inferir; uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; generalizado de energia no final de 2009.
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé-
autor; trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es-
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de
compreensão; 900 km que separam Itaipu de São Paulo.
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in-
questão; vestimentos e também erros operacionais conspiraram para
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri-
buição de energia do país desde o traumático racionamento
Fonte: de 2001.
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta-
gues/como-interpretar-textos ções).
QUESTÕES Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens.
1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques- estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
tão, considere o texto abaixo. ( ) CERTO ( ) ERRADO
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de 4-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de — Carta para o 9.326!!!
penumbra na tarde quente. Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- branco, e um outro pergunta:
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com — Quem te mandou essa carta?
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- — Minha irmã.
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é — Mas por que não está escrito nada?
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a — Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adap-
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja- tações).
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

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PORTUGUÊS

O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto aci- Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as
ma decorre férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio
A) da identificação numérica atribuída ao louco. cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a carta estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha,
no hospício. e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a outra ilha.
carta. (Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em branco. Adaptado)
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
*fissuras: fendas, rachaduras
5-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV
PROJETOS/2010) 6-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
– VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a
Painel do leitor (Carta do leitor) maneira como se preparam para suas férias, a autora mos-
tra que seus amigos estão
Resgate no Chile (A) serenos.
(B) descuidados.
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de (C) apreensivos.
salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo (D) indiferentes.
de uma mina de cobre e ouro no Chile. (E) relaxados.
Um a um os mineiros soterrados foram içados com suces-
so, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando 7-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar
técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofere- que, assim como seus amigos, a autora viaja para
ceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário (A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois (B) escapar do lugar em que está.
“socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, (C) reencontrar familiares queridos.
desceram na mina para ajudar no salvamento. (D) praticar esportes radicais.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai- (E) dedicar-se ao trabalho.
nel do leitor – 17/10/2010)
8-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- – VUNESP/2013) Ao descrever a Ilha do Nanja como um
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora su-
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: gere que viajará para um lugar
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (A) repulsivo e populoso.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma (B) sombrio e desabitado.
mina de cobre e ouro no Chile.” (C) comercial e movimentado.
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” (D) bucólico e sossegado.
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” (E) opressivo e agitado.
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desce- 9-) (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
ram na mina...” Grandes metrópoles em diversos países já aderiram. E
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – o Brasil já está falando sobre isso. O pedágio urbano divide
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder opiniões e gera debates acalorados. Mas, afinal, o que é mais
às questões de números 6 a 8. justo? O que fazer para desafogar a cidade de tantos carros?
Prepare-se para o debate que está apenas começando.
Férias na Ilha do Nanja (Adaptado de Superinteressante, dezembro2012, p.34)

Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as Marque N(não) para os argumentos contra o pedágio
malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo urbano; marque S(sim) para os argumentos a favor do pe-
faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, dágio urbano.
fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en- ( ) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras... porte público e estender as ciclovias.
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de ( ) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas cida-
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra- des, que não resolveu os problemas do trânsito.
mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver ( ) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
própria vida. ( ) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
E eu vou para a Ilha do Nanja. namento, revisão....e agora mais o pedágio?

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PORTUGUÊS

( ) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é 5-)


investido no transporte público. Em todas as alternativas há expressões que represen-
( ) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa- tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
gue pelo privilégio! Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
( ) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
urbano melhorou. RESPOSTA: “B”.

A ordem obtida é:
6-)
a) (S) (N) (N) (S) (S) (S) (N)
“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras sol-
b) (S) (N) (S) (N) (N) (S) (S)
tas, fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos
c) (N) (S) (S) (N) (S) (N) (S) entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
d) (S) (S) (N) (S) (N) (S) (N) nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
e) (N) (N) (S) (S) (N) (S) (N) RESPOSTA: “C”.

10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ –


ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que 7-)
apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo ex- Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
presso no excerto: “Se você está em casa, não pode sair. Se da própria autora!
você está na rua, não pode entrar”. RESPOSTA: “B”.
a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”.
b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”.
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. 8-)
Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.
RESPOSTA: “D”.

Resolução 9-)
(S) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-
1-) porte público e estender as ciclovias.
Com palavras do próprio texto responderemos: o mun- (N) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas ci-
do cabe numa fresta. dades, que não resolveu os problemas do trânsito.
RESPOSTA: “A”. (S) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-
do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.
2-) (N) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie- namento, revisão....e agora mais o pedágio?
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos (N) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. investido no transporte público.
(S) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-
RESPOSTA: “CERTO”.
gue pelo privilégio!
(S) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio
3-) urbano melhorou.
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo S - N - S - N - N - S - S
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por RESPOSTA: “B”.
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora-
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula,
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação 10-)
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é:
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua,
delimita a informação – como no caso do exercício). não pode entrar”.
RESPOSTA: “CERTO’. RESPOSTA: “A”.

4-)
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah,
porque nós brigamos e não estamos nos falando”.
RESPOSTA: “D”.

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PORTUGUÊS

“Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode significar


SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou
SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os
PALAVRAS. diferentes significados estão interligados porque remetem
para o mesmo conceito, o da escrita.

Polissemia e ambiguidade
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
Consideremos as seguintes frases:
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!
Vamos! Coloque logo a mão na massa! ser ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpreta-
As crianças estão com as mãos sujas. ção. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma
Chegamos à conclusão de que se trata de palavras alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste
idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem caso podem existir duas interpretações diferentes. As pes-
o mesmo significado? soas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são
Existe uma parte da gramática normativa denominada felizes porque têm uma alimentação equilibrada.
Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significa- De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela
dos que uma mesma palavra apresenta de acordo com o pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre-
contexto em que se insere. tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan-
Tomando como exemplo as frases já mencionadas, te saber qual o contexto em que a frase é proferida.
analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabo-
com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo
la, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser de-
dicionário.
Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, efi- finida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma
ciência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto.
significado é de: participação, interação mediante a uma Sentido Próprio e Figurado das Palavras
tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por
último simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa. Pela própria definição acima destacada podemos per-
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per- ceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas
cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada
algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em significante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) ex-
consideração as situações de aplicabilidade. pressa, ao conceito que ela traz (denominada significado).
Há uma infinidade de outros exemplos em que pode- Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdivi-
mos verificar a ocorrência da polissemia, como por exem- dem-se assim:
plo:
O rapaz é um tremendo gato.
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o senti-
O gato do vizinho é peralta.
do comum que costumamos dar a uma palavra.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
sobrevivência - Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figura-
O passarinho foi atingido no bico. do”, que podemos dar a uma palavra.

Polissemia e homonímia Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes


contextos:
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante 1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento)
comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi- 2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagra-
cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado, dável, que adota condutas pouco apreciáveis)
quando duas ou mais palavras com origens e significados 3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhe-
distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho- ce muito sobre alguma coisa, “expert”)
monímia. No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido co-
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
mum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado
significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
em sentido figurado.
polissemia porque os diferentes significados para a palavra
manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos Podemos então concluir que um mesmo significante
mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que (parte concreta) pode ter vários significados (conceitos).
uma entrada no dicionário.

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PORTUGUÊS

Denotação e Conotação 3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-


LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
- Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as
com o seu significado primitivo e original, com o sentido palavras destacadas nas seguintes passagens do texto:
do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
comum. Veja este exemplo: Cortaram as asas da ave para ... informações ligadas especialmente à pesquisa aca-
que não voasse mais. dêmica,
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido ... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por
próprio, comum, usual, literal. analogia e associação...
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a ideia
MINHA DICA - Procure associar Denotação com Di- de hipertexto...
cionário: trata-se de definição literal, quando o termo é uti- ... 20 anos depois de seu artigo fundador...
lizado em seu sentido dicionarístico.
As palavras destacadas que expressam ideia de tempo
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra são:
com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou (A) algo, especialmente e Quando.
simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua- (B) Desde, especialmente e algo.
gem rica e expressiva. Veja este exemplo: (C) especialmente, Quando e depois.
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes (D) Desde, Quando e depois.
que seja tarde demais. (E) Desde, algo e depois.
Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma
figurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle 4-) (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamen- A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o mo-
to. vimento cordelista pode ser comparada à de outros dois
grandes nomes...
Fonte: Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem
http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de- prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser subs-
justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figu- tituído por:
rado-das-palavras.html (A) contrastada.
Questões sobre Denotação e Conotação (B) confrontada.
(C) ombreada.
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (D) rivalizada.
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O (E) equiparada.
sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão
de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões 5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU-
com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala- NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te
vras ígneo e pétreo. abras com teu amigo – o verbo em destaque foi emprega-
(A) De corda; de plástico. do em sentido figurado.
(B) De fogo; de madeira. Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir”
(C) De madeira; de pedra. continua sendo empregado em sentido figurado.
(D) De fogo; de pedra. (A) Ao abrir a porta, não havia ninguém.
(E) De plástico; de cinza. (B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abri-
dor.
2-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (C) Para aprender, é preciso abrir a mente.
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 (D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em
- ADAPTADO) Para responder à questão, considere a se- casa.
guinte passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereoti- (E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.
pando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam,
99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. 6-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques-
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de tão, considere o texto abaixo.
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido A marca da solidão
dela.
(C) adotar como referência de qualidade. Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de
(D) julgar de acordo com normas legais. paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de
penumbra na tarde quente.

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PORTUGUÊS

Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- (A) O menino leva o material adequado para a escola.
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com (B) João levou uma surra da mãe.
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo.
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso.
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. a prova.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) RESOLUÇÃO
No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido
figurado é 1-)
(A) menino. Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as-
(B) chão.
sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos
(C) testa.
fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos-
(D) penumbra.
(E) tenda. ta?

7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VU- RESPOSTA: “D”.


NESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à
questão. 2-)
Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a firmadas se verdadeiras.
Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar a ci-
dade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equi- RESPOSTA: “E”.
pes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão per-
correndo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando coisas 3-)
onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve, As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são:
com guardas municipais, policiais militares e 600 fiscais em desde, quando e depois.
ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via
pública como a casa da sogra. RESPOSTA: “D”.
Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os 4-)
recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens golpistas
Ao participar de um concurso, não temos acesso a di-
que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas,
cionários para que verifiquemos o significado das palavras,
pichar monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar
orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar ban- por isso, caso não saibamos o que significam, devemos
cos, saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir analisá-las dentro do contexto em que se encontram. No
lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas de fogo exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”.
com ele.
É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão RESPOSTA: “E”.
nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum
motivo, parecem querer levar ao colapso. 5-)
Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalis- Em todas as alternativas o verbo “abrir” está emprega-
mo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade, do em seu sentido denotativo. No item C, conotativo (“abrir
resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos a mente” = aberto a mudanças, novas ideias).
públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua.
(Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013. RESPOSTA: “C”.
Adaptado)
6-)
Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º Novamente, responderemos com frase do texto: seu
parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de rosto formando uma tenda.
(A) progresso.
(B) descaso.
RESPOSTA: “E”.
(C) vitória.
(D) tédio.
(E) ruína. 7-)
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção do
8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- autor ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se à
DES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho: queda, ao fim, à ruína da cidade.
“Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva
anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo RESPOSTA: “E”.
sentido é:

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PORTUGUÊS

8-) - Parônimos
No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro e
sentido de “duração/tempo” couro; cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; sede
(A) O menino leva o material adequado para a escola. e cede; comprimento e cumprimento; tetânico e titânico; au-
= carrega tuar e atuar; degradar e degredar; infligir e infringir; deferir
(B) João levou uma surra da mãe. = apanhou e diferir; suar e soar.
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. = http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-
direciona tonimos,-homonimos-e-paronimos
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a
prova = duração/tempo Questões sobre Significação das Palavras

RESPOSTA: “E”. 01. Assinale a alternativa que preenche corretamente


as lacunas da frase abaixo:
- Sinônimos Da mesma forma que os italianos e japoneses _________
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros ________
para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor;
- abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.
internamente, __________ para o Sul, pelo mesmo motivo.
Observação: A contribuição greco-latina é responsável
a) imigraram - emigram - migram
pela existência de numerosos pares de sinônimos: adver-
b) migraram - imigram - emigram
sário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e he-
c) emigraram - migram - imigram.
miciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e
d) emigraram - imigram - migram.
diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. e) imigraram - migram – emigram
- Antônimos Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013
São palavras de significação oposta: ordem - anarquia; - Leia o texto para responder às questões de números 02
soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem. e 03.
Observação: A antonímia pode originar-se de um pre-
fixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; Alunos de colégio fazem robôs com sucata eletrônica
simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e dis-
córdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e an- Você comprou um smartphone e acha que aquele seu
ticomunista; simétrico e assimétrico. celular antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo
O que são Homônimos e Parônimos: para alguns pode ser matéria-prima para outros. O CMID
- Homônimos – Centro Marista de Inclusão Digital –, que funciona junto
a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferen- ao Colégio Marista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul,
tes na pronúncia: ensina os alunos do colégio a fazer robôs a partir de lixo
rego (subst.) e rego (verbo); eletrônico.
colher (verbo) e colher (subst.); Os alunos da turma avançada de robótica, por exemplo,
jogo (subst.) e jogo (verbo); constroem carros com sensores de movimento que respon-
denúncia (subst.) e denuncia (verbo); dem à aproximação das pessoas. A fonte de energia vem de
providência (subst.) e providencia (verbo). baterias de celular. “Tirando alguns sensores, que precisa-
mos comprar, é tudo reciclagem”, comentou o instrutor de
b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e di- robótica do CMID, Leandro Schneider. Esses alunos também
ferentes na escrita: aprendem a consertar computadores antigos. “O nosso pro-
acender (atear) e ascender (subir); jeto só funciona por causa do lixo eletrônico. Se tivéssemos
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); que comprar tudo, não seria viável”, completou.
Em uma época em que celebridades do mundo digital
cela (compartimento) e sela (arreio);
fazem campanha a favor do ensino de programação nas es-
censo (recenseamento) e senso ( juízo);
colas, é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da
paço (palácio) e passo (andar).
turma avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já
sabe qual será sua profissão. “Quero ser programador. No
c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São
início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me
palavras iguais na escrita e na pronúncia: interessando”, disse.
caminho (subst.) e caminho (verbo); (Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013.
cedo (verbo) e cedo (adv.); Adaptado)
livre (adj.) e livre (verbo).

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PORTUGUÊS

02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... – trecho, é:
pode ser substituída, sem alteração do sentido da mensa- A) de desprendimento.
gem, pela seguinte expressão: B) de responsabilidade.
A) Pelo menos C) de abnegação.
B) A contar de D) de amor.
C) Em substituição a E) de egoísmo.
D) Com exceção de
E) No que se refere a 07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser
preenchida com a primeira alternativa da série dada nos
03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo parênteses:
para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das en-
achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse. chentes. (afim- a fim).
A) Estimulante. B) A bandeira está ________. (arreada - arriada).
B) Cansativo. C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (in-
C) Irritante. flingirem - infringirem).
D) Confuso. D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos.
E) Improdutivo. (concelhos - conselhos).
E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cer-
04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
ca de - acerca de).
NESP – 2013). Analise as afirmações a seguir.
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
08. Assinale a alternativa correta, considerando que à
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
direita de cada palavra há um sinônimo.
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”.
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta- c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
ção. d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão GABARITO
do”, sem alterar o sentido do texto.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, 01. A 02. D 03. A 04. A
está correto o que se afirma em 05. D 06. E 07. E 08. A
A) I, II e III.
B) III, apenas. RESOLUÇÃO
C) I e III, apenas.
D) I, apenas. 1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses
E) I e II, apenas. imigraram para o Brasil no século passado, hoje os bra-
05. Leia as frases abaixo: sileiros emigram para a Europa e para o Japão, à busca
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi; de uma vida melhor; internamente, migram para o
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Sul, pelo mesmo motivo.
Marte.
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas 2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos
de humor. comprar, é tudo reciclagem”...
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
3-) antônimo para o termo destacado : “No início das
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interessando”
de vocábulos para as lacunas existentes: “No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas
a) concerto – há – a – cessões – há; depois fui me interessando”
b) conserto – a – há – sessões – há;
c) concerto – a – há – seções – a; 4-)
d) concerto – a – há – sessões – há; I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
e) conserto – há – a – sessões – a . por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta
06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
NESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para res- reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta-
ponder à questão. ção. = correta
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife-
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans- rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
lhes impuseram limites de disciplina. do”, sem alterar o sentido do texto. = correta

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PORTUGUÊS

5-) do latim, significa música vocal). As palavras homônimas


1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi; dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia
2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe) (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo
vida em Marte. gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa-
3 – As sessões da câmara são verdadeiros pro- lácio ou passo, movimento durante o andar).
gramas de humor. Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
4- Há dias que não falo com Alfredo. (= se observar as seguintes regras:
tempo passado)
O fonema s:
6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan-
não lhes impuseram limites de disciplina. tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão /
trecho, é de egoísmo ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão
Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im-
nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer
de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan- - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per- - consensual
cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse
conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli- Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri-
nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced,
coletivas). prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
7-) ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão /
A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer -
enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in- compromisso / submeter - submissão
dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos) a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar trico / re + surgir - ressurgir
arreio no cavalo) *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
C) Serão punidos os que infringirem o regulamen- plos: ficasse, falasse
to. (inflingirem = aplicarem a pena)
D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve- Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos
lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa de origem árabe: cetim, açucena, açúcar
de um distrito). *os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó,
E) Moro a cerca de cem metros da praça principal. Juçara, caçula, cachaça, cacique
(acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.). *os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
8-) esperança, carapuça, dentuço
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) = *nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
significados invertidos deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi- *após ditongos: foice, coice, traição
cados invertidos *palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r):
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi- marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
cados invertidos
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação = O fonema z:
significados invertidos
Escreve-se com S e não com Z:
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
ORTOGRAFIA OFICIAL. tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose.
A ortografia é a parte da língua responsável pela gra- *as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão quiseste.
culto da língua. *nomes derivados de verbos com radicais terminados
As palavras podem apresentar igualdade total ou par- em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten- empresa / difundir - difusão
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho

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PORTUGUÊS

*após ditongos: coisa, pausa, pouso *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
- atenção para as palavras que mudam de sentido
Escreve-se com Z e não com S: quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (super-
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje- fície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
tivo: macio - maciez / rico - riqueza / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân-
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de cia, que anda a pé), pião (brinquedo).
origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con-
cretizar Fonte:
*como consoante de ligação se o radical não terminar http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + tografia
inho - lapisinho
Questões sobre Ortografia
O fonema j:
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013) Assinale a alter-
Escreve-se com G e não com J: nativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão.
gesso. Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenôme-
*estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. no da corrupção e das fraudes.
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com (A) a … concenso … acerca
poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. (B) há … consenso … acerca
(C) a … concenso … a cerca
Observação: Exceção: pajem (D) a … consenso … há cerca
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, (E) há … consenço … a cerca
litígio, relógio, refúgio.
*os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir. 02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter-
nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
*depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
com a norma- -padrão.
gir.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
*depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
nado com j: ágil, agente.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo-
cal.
Escreve-se com J e não com G: (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
*as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
boia, manjerona. 03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP –
*as palavras terminada com aje: aje, ultraje. 2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para
informar os usuários sobre o festival Sounderground.
O fonema ch: Prezado Usuário
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do
Escreve-se com X e não com CH: metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30,
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba- começa o Sounderground, festival internacional que presti-
caxi, muxoxo, xucro. gia os músicos que tocam em estações do metrô.
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J): Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
xampu, lagartixa. tarão e divirta-se!
*depois de ditongo: frouxo, feixe. Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se
*depois de “en”: enxurrada, enxoval. preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as
expressões
Observação: Exceção: quando a palavra de origem A) A fim ...a partir ... as
não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) B) A fim ...à partir ... às
C) A fim ...a partir ... às
Escreve-se com CH e não com X: D) Afim ...a partir ... às
*as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, E) Afim ...à partir ... as
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de
ortografia:
As letras e e i: A) Ela interrompeu a reunião derrepente.
B) O governador poderá ter seu mandato caçado.
*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. C) Os espectadores aplaudiram o ministro.
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. D) Saiu com descrição da sala.

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PORTUGUÊS

05.Em qual das alternativas a frase está corretamente 3-) Prezado Usuário
escrita? A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, co-
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança. meça o Sounderground, festival internacional que prestigia
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. os músicos que tocam em estações do metrô.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
tarão e divirta-se!
06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado;
LO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Analise a propaganda antes de horas: há crase
do programa 5inco Minutos.
4-)
A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repente
B) O governador poderá ter seu mandato caçado. =
cassado
D) Saiu com descrição da sala. = discrição

5-)
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
pansa. = mendigo/caderneta/poupança
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
sa. = mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança

Em norma-padrão da língua portuguesa, a frase da 6-) A questão envolve colocação pronominal e orto-
propaganda, adaptada, assume a seguinte redação: grafia. Comecemos pela mais fácil: ortografia! A palavra
(A) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não ma- “por isso” é escrita separadamente. Assim, já descartamos
tem-na porisso. duas alternativas (“A” e “E”). Quanto à colocação pronomi-
(B) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não ma- nal, temos a presença do advérbio “não”, que sabemos ser
tem-na por isso. um “ímã” para o pronome oblíquo, fazendo-nos aplicar a
(C) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a regra da próclise (pronome antes do verbo). Então, a forma
matem por isso. correta é “mas não A matem” (por que A e não LHE? Porque
(D) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não lhe quem mata, mata algo ou alguém, objeto direto. O “lhe” é
matem por isso. usado para objeto indireto. Se não tivéssemos a conjunção
(E) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a “mas” nem o advérbio “não”, a forma “matem-na” estaria
matem porisso. correta, já que, após vírgula, o ideal é que utilizemos ênclise
– pronome oblíquo após o verbo).
GABARITO

01. B 02. D 03. C 04. C 05. B 06. C

RESOLUÇÃO
HÍFEN
1-) O exercício quer a alternativa que apresenta cor-
reção ortográfica. Na primeira lacuna utilizaremos “há”, já O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
que está empregado no sentido de “existir”; na segunda, para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor,
“consenso” com “s”; na terceira, “acerca” significa “a respei- ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
to de”, o que se encaixa perfeitamente no contexto. “Há receram-me; vê-lo-ei).
cerca” = tem cerca (de arame, cerca viva, enfim...); “a cerca” Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
= a cerca está destruída (arame, madeira...) vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
2-)
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta- Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
beliães tográfica:
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
= cidadãos 1. Em palavras compostas por justaposição que formam
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem
cal. = certidões para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense,
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de- luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
graus guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.

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PORTUGUÊS

2. Em palavras compostas por espécies botânicas e 2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
menina, erva-doce, feijão-verde. vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, au-
toestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, au-
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém toescola, infraestrutura, etc.
e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
do, aquém- -fiar, etc. 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu-
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu- mano, inábil, desabilitar, etc.
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé- 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando
de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará. o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobri-
gação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir,
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- etc.
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram no-
sácia-Lorena, etc. ção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, para-
quedista, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- 6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: ben-
quando associados com outro termo que é iniciado por r: feito, benquerer, benquerido, etc.
hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
Questões sobre Hífen
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor,
ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito. 01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o
novo Acordo, está sendo usado corretamente:
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: A) Ele fez sua auto-crítica ontem.
B) Ela é muito mal-educada.
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
C) Ele tomou um belo ponta-pé.
D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-
E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
hífen:
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele-
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que
tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
faria uma superalimentação.
semi-hospitalar, super- -homem. B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada.
C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje-
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on- tos.
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. E) O autodidata fez uma autoanálise.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu- B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- do campeonato.
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na D) O recém-chegado veio de além-mar.
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
as linhas).
04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
Não se emprega o hífen: (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
hífen é obrigatório:
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo ter- A) em nenhuma delas.
mina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou “s”. B) na segunda palavra.
Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirre- C) na terceira palavra.
ligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, D) em todas as palavras.
microrradiografia, etc. E) na primeira e na segunda palavra.

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PORTUGUÊS

05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __. De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi-
Qual alternativa completa corretamente as lacunas? cadas como:
A) sobreumano/interregional Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
B) sobrehumano-interregional a última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju –
C) sobre-humano / inter-regional papel
D) sobrehumano/ inter-regional
E) sobre-humano /interegional Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica re-
cai na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – re-
GABARITO trato – passível
01. B 02. B 03. A 04. E 05. C
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tôni-
RESOLUÇÃO ca está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara
1-) – tímpano – médico – ônibus
A) autocrítica
C) pontapé Como podemos observar, os vocábulos possuem mais
D) supermercado de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com
E) infravermelhos uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que,
quando pronunciados, apresentam certa diferenciação
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom- quanto à intensidade.
brada. Tal diferenciação só é percebida quando os pronun-
3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo. ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como
podemos observar no exemplo a seguir:
4-) “Sei que não vai dar em nada,
a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo- Seus segredos sei de cor”.
leque (doce)
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de-
apresentam elementos de ligação.
mais, como átonos (que, em, de).
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé-
cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos,
Os acentos
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i»,
elementos de ligação.
«u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras
5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam- representam as vogais tônicas de palavras como Amapá,
peonato inter-regional. caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di-
- Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma tongos abertos)
letra com que se inicia a outra palavra
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.:
tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
ACENTUAÇÃO GRÁFICA. acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a”
com artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles

A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re- trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total-
gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com- mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado
põe de algumas particularidades, às quais devemos estar em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.:
atentos, procurando estabelecer uma relação de familia- mülleriano (de Müller)
ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na
linguagem escrita. til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã
prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas
competências, e logo nos adequamos à forma padrão. Regras fundamentais:
Palavras oxítonas:
Regras básicas – Acentuação tônica Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
A acentuação tônica implica na intensidade com que “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá pó(s) – armazém(s)
de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tôni- Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
ca. As demais, como são pronunciadas com menos inten- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
sidade, são denominadas de átonas. guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há

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PORTUGUÊS

Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se- Repare:


guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo 1-) O menino crê em você
Os meninos creem em você.
Paroxítonas: 2-) Elza lê bem!
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: Todas leem bem!
- i, is : táxi – lápis – júri 3-) Espero que ele dê o recado à sala.
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum Esperamos que os garotos deem o recado!
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – 4-) Rubens vê tudo!
fórceps Eles veem tudo!
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos
* Cuidado! Há o verbo vir:
-- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para Ele vem à tarde!
quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações das Eles vêm à tarde!
paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =
fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou -im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
Regras especiais: verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.

Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em As formas verbais que possuíam o acento tônico na
palavras paroxítonas. raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
“e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma Antes Depois
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são apazigúe (apaziguar) apazigue
acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu. averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
Antes Agora
assembléia assembleia Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pes-
idéia ideia soa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm
geléia geleia (verbo vir)
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia A regra prevalece também para os verbos conter, obter,
paranóico paranoico reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- ele obtém – eles obtêm
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca ele retém – eles retêm
– baú – país – Luís ele convém – eles convêm

Observação importante: Não se acentuam mais as palavras homógrafas que


Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.: lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
Antes Agora exceções, como:
bocaiúva bocaiuva A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
feiúra feiura pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
Sauípe Sauipe do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi do singular do presente do indicativo). Ex:
abolido. Ex.: Ela pode fazer isso agora.
Antes Agora Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
crêem creem
lêem leem O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
vôo voo preposição por.
enjôo enjoo - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais Faço isso por você.
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. Posso pôr (colocar) meus livros aqui?

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PORTUGUÊS

Questões sobre Acentuação Gráfica 08. Considerando as palavras: também / revólver /


01. “Cadáver” é paroxítona, pois: lâmpada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justifica-
A) Tem a última sílaba como tônica. tiva de acentuação gráfica não se refere a uma delas:
B) Tem a penúltima sílaba como tônica. A) palavra paroxítona terminada em - is
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. B) palavra proparoxítona terminada em - em
D) Não tem sílaba tônica. C) palavra paroxítona terminada em - r
D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentua-
02. Assinale a alternativa correta. das
A palavra faliu contém um:
A) hiato 09. Assinale a alternativa incorreta:
B) dígrafo A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxíto-
C) ditongo decrescente nos terminadas em ditongos crescentes.
D) ditongo crescente B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxí-
tono terminado em em.
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,
C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos.
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo
D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono
mesmo motivo que:
A) túnel terminado em u.
B) voluntário
C) até GABARITO
D) insólito 01. B 02. C 03. B 04. A 05. E
E) rótulos 06. A 07. A 08. B 09. D

04. Assinale a alternativa correta. RESOLUÇÃO


A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem paro- 1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima
xítonas terminadas em ditongo. sílaba é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Pe-
B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente, núltima sílaba tônica = paroxítona
encontro consonantal e hiato.
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as pa- 2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sí-
lavras grifadas são paroxítonas. laba, portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta
D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes uma vogal e uma semivogal. Na classificação, ambas são
destacadas são dígrafos. semivogais, mas quando juntas, a que “aparecer” mais na
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si- pronúncia será considerada “vogal”.
có-lo-ga” e “a-ci-o-na”.
3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: ditongo crescente (semivogal + vogal)
A) saúde a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L
B) cooperar b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em ditongo
C) ruim c-) A - té – oxítona
D) creem d-) in – só – li – to : proparoxítona
E) pouco e-) ró – tu los – proparoxítona
06. “O episódio aconteceu em plena via pública de Assis.
4-)
Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz mundial.
a-) correta
A partir daquele momento outras pessoas que passavam por
ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamente, uma multidão b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim
aderiu à ideia. Assim começou a formação do maior coral DÍGRAFO
popular de Assis”. O vocábulo sublinhado tem sua acentua- c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona
ção gráfica justificada pelo mesmo motivo das palavras: d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som
A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério do U, portanto não é caso de dígrafo
B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga
C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio
D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério 5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im /
cre - em / pou - co (ditongo)
07. Assinale a opção CORRETA em que todas as palavras
estão acentuadas na mesma posição silábica. 6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em di-
A) Nazaré - além - até - está - também. tongo
B) Água - início - além - oásis - religião. a-) ok
C) Município - início - água - século - oásis b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item
D) Século - símbolo - água - histórias - missionário c-) chi – nês : oxítona, idem
E) Missionário - símbolo - histórias - século – município d-) sa – bi – á : idem

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PORTUGUÊS

7-) Dois pontos


a-) oxítona – TODAS 1- Antes de uma citação
b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona – - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
não acentuada
c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paro- 2- Antes de um aposto
xítona - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem tarde e calor à noite.
e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – propa-
roxítona – paroxítona 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven-
8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm do a rotina de sempre.
– pa – da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona
a-) é a regra do LÁPIS 4- Em frases de estilo direto
b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, indepen- Maria perguntou:
dente de sua terminação - Por que você não toma uma decisão?
c-) regra para REVÓLVER
d-) relativa à palavra lâmpada Ponto de Exclamação
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas. susto, súplica, etc.
Na D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por ter- - Sim! Claro que eu quero me casar com você!
minar em ditongo aberto. 2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto!
- João! Há quanto tempo!
PONTUAÇÃO.
Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
vedo)
servem para compor a coesão e a coerência textual, além
de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve-
Reticências
jamos as principais funções dos sinais de pontuação co-
1- Indica que palavras foram suprimidas.
nhecidos pelo uso da língua portuguesa.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele. 2- Indica interrupção violenta da frase.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
que se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava. - Este mal... pega doutor?

2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr. 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Deixa, depois, o coração falar...
Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma Vírgula
importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo Não se usa vírgula
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; *separando termos que, do ponto de vista sintático, li-
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) gam-se diretamente entre si:
- entre sujeito e predicado.
2- Separa partes de frases que já estão separadas por Todos os alunos da sala foram advertidos.
vírgulas. Sujeito predicado
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
nhas, frio e cobertor. - entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realiza-
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo- dores.
tivos, decreto de lei, etc. V.T.D.I. O.D. O.I.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
- Reunião com amigos.

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PORTUGUÊS

Usa-se a vírgula: 02. Assinale a opção em que está corretamente indica-


- Para marcar intercalação: da a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun- as lacunas da frase abaixo:
dância, vem caindo de preço. “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
abrir mão dos lucros altos. C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
- Para marcar inversão: E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. 03. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos sinais de pontuação estão empregados corretamente em:
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. A) Duas explicações, do treinamento para consultores
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a cons-
maio de 1982. trução de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das
metas de vendas associadas aos dois temas.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispos- B) Duas explicações do treinamento para consultores
tos em enumeração): iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a cons-
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. trução de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. metas de vendas associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a cons-
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. trução de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das
- Para isolar: metas de vendas associadas aos dois temas.
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, D) Duas explicações do treinamento para consulto-
possui um trânsito caótico.
res iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
a construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou
falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
Fontes:
E) Duas explicações, do treinamento para consulto-
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
res iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula.htm
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
Questões sobre Pontuação das metas, de vendas associadas aos dois temas.

01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alterna- 04.(Escrevente TJ SP – Vunesp 2012). Assinale a alter-
tiva em que a pontuação está corretamente empregada, de nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, em- nominal e à pontuação.
bora, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida-
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo,
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, em- do que em outros.
bora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra-
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, em- exemplo!, do que em outros.
bora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, em- exemplo, do que em outros.
bora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, – do que em outros.
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimi- (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en- mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem-
dona. plo) do que em outros.

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PORTUGUÊS

05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). RESOLUÇÃO


Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta
após o acréscimo das vírgulas. 1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô- embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma
nica ao grupo ou acione o código na internet. intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
onde o código foi acionado. dona.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra- (B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa
dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma
que a criança foi encontrada. intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
primeiro às, areias do Guarujá. dona.
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te- (D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa
lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re- e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti-
ferência midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X)
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
06. Assinale a série de sinais cujo emprego correspon- dona.
de, na mesma ordem, aos parênteses indicados no texto: (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
“Pergunta-se ( ) qual é a ideia principal desse pará- embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in-
grafo ( ) A chegada de reforços ( ) a condecoração ( ) o timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando ,
escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente ( (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era
) Se é a chegada de reforços ( ) que relação há ( ) ou mos- a sua dona.
trou seu autor haver ( ) entre esse fato e os restantes ( )”.
A) vírgula, vírgula, interrogação, interrogação, interro- 2-) Quando se trata de trabalho científico , duas coisas
gação, vírgula, vírgula, vírgula, ponto final devem ser consideradas : uma é a contribuição teórica que
B) dois pontos, interrogação, vírgula, vírgula, interroga- o trabalho oferece ; a outra é o valor prático que possa ter.
ção, vírgula, travessão, travessão, interrogação
vírgula, dois pontos, ponto e vírgula
C) travessão, interrogação, vírgula, vírgula, ponto final,
travessão, travessão, ponto final, ponto final
3-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
D) dois pontos, interrogação, vírgula, ponto final, tra-
quadas
vessão, vírgula, vírgula, vírgula, interrogação
A) Duas explicações , (X) do treinamento para consul-
E) dois pontos, ponto final, vírgula, vírgula, interroga-
tores iniciantes receberam destaque , (X) o conceito de PPD
ção, vírgula, vírgula, travessão, interrogação
e a construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou
falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
07. (SRF) Das redações abaixo, assinale a que não está C) Duas explicações do treinamento para consultores
pontuada corretamente: iniciantes receberam destaque ; (X) o conceito de PPD e a
A) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o re- construção de tabelas Price , (X) mas por outro lado, faltou
sultado do concurso. falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
B) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o re- D) Duas explicações do treinamento para consultores
sultado do concurso. iniciantes , (X) receberam destaque: o conceito de PPD e a
C) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o re- construção de tabelas Price , (X) mas, por outro lado, faltou
sultado do concurso. falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
D) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do E) Duas explicações , (X) do treinamento para consul-
concurso, em fila. tores iniciantes , (X) receberam destaque ; (X) o conceito
E) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resul- de PPD e a construção de tabelas Price , (X) mas por outro
tado do concurso. lado, faltou falar das metas , (X) de vendas associadas aos
dois temas.
08. A frase em que deveria haver uma vírgula é:
A) Comi uma fruta pela manhã e outra à tarde. 4-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
B) Eu usei um vestido vermelho na festa e minha irmã quadas
usou um vestido azul. (A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam , (X)
C) Ela tem lábios e nariz vermelhos. rapidamente , (X) seu espaço na carreira científica (, ) ainda
D) Não limparam a sala nem a cozinha. que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é
um exemplo, do que em outros.
GABARITO (B) Não há dúvida de que , (X) as mulheres , (X) am-
pliam rapidamente seu espaço na carreira científica ; (X)
01. C 02. C 03. B 04. D 05. E ainda que o avanço seja mais notável , (X) em alguns paí-
06. B 07. B 08. B ses, o Brasil é um exemplo ! (X) , do que em outros.

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PORTUGUÊS

(C) Não há dúvida de que as mulheres , (X) ampliam Morfossintaxe do substantivo


rapidamente seu espaço , (X) na carreira científica , (X)
ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países : Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em
(X) o Brasil é um exemplo, do que em outros. geral exerce funções diretamente relacionadas com o ver-
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi- bo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos ver-
damente , (X) seu espaço na carreira científica, ainda que bais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode
, (X) o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou
é um exemplo) do que em outros. do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob-
jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações ina- substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de
dequadas adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempe-
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá nhadas por grupos de palavras.
na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
eletrônica ao grupo ou acione o código na internet. Classificação dos Substantivos
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
pais de onde o código foi acionado. 1- Substantivos Comuns e Próprios
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila,
dizendo que a criança foi encontrada. com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che- (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de
ga primeiro às , (X) areias do Guarujá. uma cidade (em oposição aos bairros).

6-) Pergunta-se ( : ) qual é a ideia principal desse pa- Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
rágrafo e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada
( ? ) A chegada de reforços ( , ) a condecoração ( , ) o cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo
escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente comum.
(? ) Se é a chegada de reforços ( , ) que relação há ( - ) Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
ou mostrou seu autor haver ( - ) entre esse fato e os res- uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
tantes ( ? ) homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.
7-) Em fila, os candidatos , (X) aguardavam, ansiosos,
o resultado do concurso. O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-
pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró-
8-) Eu usei um vestido vermelho na festa , e minha prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie
irmã usou um vestido azul. de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Há situações em que é possível usar a vírgula antes do
“e”. Isso ocorre quando a conjunção aditiva coordena ora- 2 - Substantivos Concretos e Abstratos
ções de sujeitos diferentes nas quais a leitura fluente pode
ser prejudicada pela ausência da pontuação. LÂMPADA MALA

Os substantivos lâmpada e mala designam seres com


existência própria, que são independentes de outros seres.
São substantivos concretos.
SUBSTANTIVO E ADJETIVO: FLEXÃO DE
GÊNERO, NÚMERO E GRAU. Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que
existe, independentemente de outros seres.

Obs.: os substantivos concretos designam seres do


SUBSTANTIVO mundo real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs- Brasília, etc.
tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas-
denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme- ma, etc.
nos, os substantivos também nomeiam:
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... Observe agora:
-sentimentos: raiva, amor... Beleza exposta
-estados: alegria, tristeza... Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
-qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria... O substantivo beleza designa uma qualidade.

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PORTUGUÊS

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que girândola fogos de artifício
dependem de outros para se manifestar ou existir. horda bandidos, invasores
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser junta médicos, bois, credores, examina-
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa dores
ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para júri jurados
se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo legião soldados, anjos, demônios
abstrato. leva presos, recrutas
Os substantivos abstratos designam estados, qualida- malta malfeitores ou desordeiros
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser manada búfalos, bois, elefantes,
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), matilha cães de raça
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). molho chaves, verduras
multidão pessoas em geral
3 - Substantivos Coletivos ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos,
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- etc.)
tra abelha, mais outra abelha. penca bananas, chaves
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. pinacoteca pinturas, quadros
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- rebanho ovelhas
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, récua bestas de carga, cavalgadura
mais outra abelha... repertório peças teatrais, obras musicais
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plu- réstia alhos ou cebolas
ral. romanceiro poesias narrativas
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no revoada pássaros
singular (enxame) para designar um conjunto de seres da sínodo párocos
mesma espécie (abelhas). talha lenha
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. tropa muares, soldados
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, turma estudantes, trabalhadores
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres vara porcos
da mesma espécie.
Formação dos Substantivos
Substantivo coletivo Conjunto de:
assembleia pessoas reunidas Substantivos Simples e Compostos
alcateia lobos
acervo livros Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
antologia trechos literários selecionados O substantivo chuva é formado por um único elemento
arquipélago ilhas ou radical. É um substantivo simples.
banda músicos
bando desordeiros ou malfeitores Substantivo Simples: é aquele formado por um único
banca examinadores elemento.
batalhão soldados Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja
cardume peixes agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele-
caravana viajantes peregrinos mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
cacho frutas Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou
cáfila camelos mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas Substantivos Primitivos e Derivados
chusma gente, pessoas Meu limão meu limoeiro,
concílio bispos meu pé de jacarandá...
congresso parlamentares, cientistas.
elenco atores de uma peça ou filme O substantivo limão é primitivo, pois não se originou
esquadra navios de guerra de nenhum outro dentro de língua portuguesa.
enxoval roupas Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de
falange soldados, anjos nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O
fauna animais de uma região substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
feixe lenha, capim da palavra limão.
flora vegetais de uma região Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou-
frota navios mercantes, ônibus tra palavra.

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PORTUGUÊS

Flexão dos substantivos - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino


de três formas:
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
exemplo, pode sofrer variações para indicar: -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Plural: meninos Feminino: menina Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho - sultana

Flexão de Gênero - Substantivos terminados em -or:


Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
O velho e o mar - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
Um Natal inesquecível
Os reis da praia - Substantivos que formam o feminino trocando o -e
final por -a: elefante - elefanta
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: - Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
A história sem fim no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
czar – czarina réu - ré
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no-
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está re-
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
lacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas,
uma para o masculino e outra para o feminino. Observe:
Epicenos:
gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito -
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
prefeita
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam
uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para o feminino. Classificam-se em: para indicar o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
fêmea. a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes- macho e fêmea.
soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, A cobra macho picou o marinheiro.
o ídolo, o indivíduo. A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a Sobrecomuns:
doente, o artista e a artista. Entregue as crianças à natureza.

Saiba que: Substantivos de origem grega terminados A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas-
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
sistema, o sintoma, o teorema. o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
- Existem certos substantivos que, variando de gêne- sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
ro, variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) A criança chorona chamava-se João.
e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital A criança chorona chamava-se Maria.
(cidade)
Outros substantivos sobrecomuns:
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno criatura.
- aluna. o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao Marcela faleceu
masculino: freguês - freguesa

22
PORTUGUÊS

Comuns de Dois Gêneros: cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei-


Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
(cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
A distinção de gênero pode ser feita através da análise curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa
cês - repórter francesa (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
- A palavra personagem é usada indistintamente nos (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
dois gêneros. bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
os personagens dos contos de carochinha. (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não voga (remador), a voga (moda, popularidade).
aceitam a personagem.
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo Flexão de Número do Substantivo
fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o do plural é o “s” final.
maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
soprano, o proclama, o pernoite, o púbis. Plural dos Substantivos Simples
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon
- cânones.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
em “ns”: homem - homens.
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco- - Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu-
ma, o hematoma. ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.

Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. Atenção: O plural de caráter é caracteres.

Gênero dos Nomes de Cidades - Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos. col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul
A histórica Ouro Preto. e cônsules.
A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre. - Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
Uma Londres imensa e triste. duas maneiras:
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. - Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Gênero e Significação
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
Muitos substantivos têm uma significação no masculi- maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
no e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que
à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar - Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, duas maneiras:
manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi- - Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.

23
PORTUGUÊS

- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural Plural das Palavras Substantivadas


de três maneiras.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: O aluno errou na prova dos noves.
o látex - os látex. Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
Plural dos Substantivos Compostos Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou
“z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
-A formação do plural dos substantivos compostos de- tos seis e alguns dez.
pende da forma como são grafados, do tipo de palavras Plural dos Diminutivos
que formam o composto e da relação que estabelecem en-
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes,
e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malme-
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
queres.
animai(s) + zinhos = animaizinhos
O plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e botõe(s) + zinhos = botõezinhos
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados tren(s) + zinhos = trenzinhos
de: colhere(s) + zinhas = colherezinhas
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores flore(s) + zinhas = florezinhas
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- mão(s) + zinhas = mãozinhas
feitos papéi(s) + zinhos = papeizinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho- nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
mens funi(s) + zinhos = funizinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando pé(s) + zinhos = pezinhos
formados de: pé(s) + zitos = pezitos
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e Plural dos Nomes Próprios Personativos
alto- -falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re- Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
cos sempre que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando As Raquéis e Esteres.
formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água- Plural dos Substantivos Estrangeiros
de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
lo-vapor e cavalos-vapor
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto
substantivo + substantivo que funciona como deter-
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz.
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo
do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba
-relógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba, Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor-
homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada. do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons,
- Permanecem invariáveis, quando formados de: os réquiens.
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora Observe o exemplo:
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa- Este jogador faz gols toda vez que joga.
ca-rolhas O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

- Casos Especiais Plural com Mudança de Timbre


o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis Certos substantivos formam o plural com mudança de
o bem-me-quer e os bem-me-queres timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
o joão-ninguém e os joões-ninguém. fonético chamado metafonia (plural metafônico).

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PORTUGUÊS

Singular Plural Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per-


corpo (ô) corpos (ó) cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode
esforço esforços ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso,
fogo fogos moça bondosa, pessoa bondosa.
forno fornos Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua-
fosso fossos lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho-
imposto impostos mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,
olho olhos portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
osso (ô) ossos (ó)
ovo ovos Morfossintaxe do Adjetivo
poço poços
porto portos O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
posto postos dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
tijolo tijolos como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- ou do objeto).
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne),
de molho (ó) = feixe (molho de lenha). Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
Particularidades sobre o Número dos Substantivos Estados e cidades brasileiros:
Alagoas alagoano
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o Amapá amapaense
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. Aracaju aracajuano ou aracajuense
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, Amazonas amazonense ou baré
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. Belo Horizonte belo-horizontino
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do Brasília brasiliense
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, Cabo Frio cabo-friense
bom nome) e honras (homenagem, títulos). Campinas campineiro ou campinense
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
com sentido de plural: Adjetivo Pátrio Composto
Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
improvisadas. elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru-
dita. Observe alguns exemplos:
Flexão de Grau do Substantivo África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir -inglesas
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: América américo- / Companhia américo-africana
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera- Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
do normal. Por exemplo: casa China sino- / Acordos sino-japoneses
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho Espanha hispano- / Mercado hispano-português
do ser. Classifica-se em: Europa euro- / Negociações euro-americanas
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje- França franco- ou galo- / Reuniões franco-italia-
tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. nas
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- Grécia greco- / Filmes greco-romanos
cador de aumento. Por exemplo: casarão. Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
do ser. Pode ser: Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. Flexão dos adjetivos
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de diminuição. Por exemplo: casinha. O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos


ADJETIVO
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
característica do ser e se relaciona com o substantivo. substantivos, classificam-se em:

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PORTUGUÊS

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas- Grau do Adjetivo
culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa,
mau e má, judeu e judia. Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten-
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no fe- sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o
minino somente o último elemento. Por exemplo: o moço comparativo e o superlativo.
norte-americano, a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Comparativo

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi-
feliz. cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença os exemplos abaixo:
político-social. Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
Número dos Adjetivos comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
Plural dos adjetivos simples
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acor- rioridade Analítico
do com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos No comparativo de superioridade analítico, entre os
substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli- dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
zes, ruim e ruins boa e boas rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do
que” ou “mais...que”.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe-
função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
rioridade Sintético
que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um
substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a pa-
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su-
lavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se estiver
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior,
então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. grande/maior, baixo/inferior.
Veja outros exemplos: Observe que:
Motos vinho (mas: motos verdes) a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
Paredes musgo (mas: paredes brancas). rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res-
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). pectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
Adjetivo Composto (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normal- usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande
mente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o últi- e mais pequeno. Por exemplo:
mo elemento concorda com o substantivo a que se refere; os
demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos ele- Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele-
mentos que formam o adjetivo composto seja um substanti- mentos.
vo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, po- duas qualidades de um mesmo elemento.
rém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como
adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o ad- ferioridade
jetivo composto inteiro ficará invariável. Por exemplo: Sou menos passivo (do) que tolerante.
Camisas rosa-claro. Superlativo
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros. O superlativo expressa qualidades num grau muito
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre senta-se nas formas:
invariáveis. Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
têm os dois elementos flexionados. O secretário é muito inteligente.

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PORTUGUÊS

Sintética: a intensificação se faz por meio do acrésci- - Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
mo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
fala-r
Observe alguns superlativos sintéticos: São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (fa-
benéfico beneficentíssimo lar), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática
bom boníssimo ou ótimo - I - (partir).
comum comuníssimo - Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
cruel crudelíssimo signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
difícil dificílimo falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
doce dulcíssimo falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
fácil facílimo - Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
fiel fidelíssimo signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin-
gular ou plural):
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
Essa relação pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. (compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
Note bem: apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
etc., antepostos ao adjetivo. Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento
ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por
forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende-
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca-
rão, nutriríamos.
riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual,
as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o de-
sagradável hiato i-í. Classificação dos Verbos

Classificam-se em:
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências
VERBOS: REGULARES, IRREGULARES E normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alte-
AUXILIARES. rações no radical: canto cantei cantarei cantava
cantasse.
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pes- ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi-
soa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros zesse.
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); - Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
ocorrência (nascer); desejo (querer). gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não e pessoais:
os seus possíveis significados. Observe que palavras como * Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor-
corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, principais verbos impessoais são:
porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos ** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-
possuem. zar-se ou fazer (em orações temporais).
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Estrutura das Formas Verbais Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
apresentar os seguintes elementos:
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significa- Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. Era primavera quando a conheci.
(radical fal-) Estava frio naquele dia.

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PORTUGUÊS

** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figu-
rado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

** São impessoais, ainda:


1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a
sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos,
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?

* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.

Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu
bastante.

Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, caca-
rejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo

Os principais verbos unipessoais são:


1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.):
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.

* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento
e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.

- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

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PORTUGUÊS

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar as moscas.
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo


Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito
sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro
que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo


Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo


Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

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PORTUGUÊS

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

30
PORTUGUÊS

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu
com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, sempre estudo.
na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade:
(pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já Talvez eu estude amanhã.
implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essen- Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda
ciais). Veja: agora, menino.
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam
com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São Formas Nominais
poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-
se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for-
a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. Por mas que podem exercer funções de nomes (substantivo,
exemplo: Arrependi-me de ter estado lá. adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito nominais. Observe:
(eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre - Infinitivo Impessoal: exprime a significação do ver-
ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda bo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função
do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partí- de substantivo. Por exemplo:
cula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conju- Viver é lutar. (= vida é luta)
gada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio
verbo. O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen-
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por
respectivos pronomes): exemplo:
Eu me arrependo É preciso ler este livro.
Tu te arrependes Era preciso ter lido este livro.
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
Vós vos arrependeis
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
Eles se arrependem
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im-
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o obje-
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
to representado por pronome oblíquo da mesma pessoa
do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou tran- Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma
sitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os boa colocação.
pronomes mencionados, formando o que se chama voz
reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. - Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ou advérbio. Por exemplo:
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad-
Maria penteou-me. vérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de
Observações: adjetivo)
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
função sintática. curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
- Há verbos que também são acompanhados de pro- plo:
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle- Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exem- - Particípio: quando não é empregado na formação
plo: dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular nero, número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Modos Verbais
Quando o particípio exprime somente estado, sem
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis- função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a
tem três modos: aluna escolhida para representar a escola.

31
PORTUGUÊS

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja:

1. Tempos do Indicativo

- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.


- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.

- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha estudado as
lições quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples).

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.

- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eu ti-
vesse dinheiro, viajaria nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo

- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o
jogo.

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

32
PORTUGUÊS

Pretérito mais-que-perfeito

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM
Futuro do Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

33
PORTUGUÊS

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

34
PORTUGUÊS

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (AGENTE POLÍCIA - VUNESP 2013) Considere o trecho a seguir.


É comum que objetos ___________ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pes-
soas _____________ a atenção voltada para seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
(A) sejam … mantesse
(B) sejam … mantivessem
(C) sejam … mantém
(D) seja … mantivessem
(E) seja … mantêm

02. (MGS - TÉCNICO CONTÁBIL – IBFC/2017-adaptada)


Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos”, nota--se que o acento do verbo em destaque deve-se a uma
exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em relação ao emprego desse mesmo verbo.
a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.
b) O jovem têm um grande desafio pela frente.
c) As pessoas tem muitos planos.
d) A mentira tem perna curta.

03. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013-adap.) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas
interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.

04. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013) Assinale a alternativa contendo a frase do texto na qual a expressão verbal des-
tacada exprime possibilidade.
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema capaz de disponibilizar um grande número de obras lite-
rárias...
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo
virtual.
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por associação, e não mais por sequências fixas previamente estabe-
lecidas.
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito está ligado a uma nova concepção de textualidade...
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar toda a literatura do mundo...

05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O cresci-
mento econômico, se associado à ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”, se passar-
mos o verbo destacado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos a forma:

35
PORTUGUÊS

A) puder. Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este


B) poderia. pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
C) pôde. A) Existia – Haviam – Existiam
D) poderá. B) Existiam – Havia – Existiam
E) pudesse. C) Existiam – Haviam – Existiam
D) Existiam – Havia – Existia
06. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP 2013) Assinale a al- E) Existia – Havia – Existia
ternativa em que todos os verbos estão empregados de
acordo com a norma- -padrão. GABARITO
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da
impressão definitiva. 01. B 02. D 03. E 04. B 05. B
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em 06. A 07. C 08. B 09. B 10. D
silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a tra-
RESOLUÇÃO
balhar no feriado.
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
1-)
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque-
ra a seu superior. É comum que objetos sejam esquecidos em locais
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se
07. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL VUNESP 2013-adap.) as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus
Assinale a alternativa que substitui, corretamente e sem al- pertences, conservando-os junto ao corpo.
terar o sentido da frase, a expressão destacada em – Se a
criança se perder, quem encontrá-la verá na pulseira ins- 2-)
truções para que envie uma mensagem eletrônica ao gru- Analisemos:
po ou acione o código na internet. a) No Brasil, a sociedade têm várias questões. = a so-
(A) Caso a criança se havia perdido… ciedade tem (verbo no singular)
(B) Caso a criança perdeu… b) O jovem têm um grande desafio pela frente. = o
(C) Caso a criança se perca… jovem tem (verbo no singular)
(D) Caso a criança estivera perdida… c) As pessoas tem muitos planos. = as pessoas têm
(E) Caso a criança se perda… (verbo no plural)
d) A mentira tem perna curta. = correta
08. (AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP – RESPOSTA: D
2013-adap.). Assinale a alternativa em que o verbo desta-
cado está no tempo futuro. 3-)
A) Os consumidores são assediados pelo marketing … Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-
B) … somente eles podem decidir se irão ou não com- se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das
prar. vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de neces- Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
sidades”… classificar segundo ideias preconcebidas.
D) … de onde vem o produto…?
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… 4-)
(B) Funcionando como um imenso sistema de informa-
09. (AGERBA - TÉCNICO EM REGULAÇÃO – IBFC/
ção e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme
2017-adaptada)
arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito
A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares,
pode causar confusão. O verbo “quis”, presente em “Minha
mãe sempre quis viajar” é um exemplo típico. Nesse sen- 5-)
tido, assinale a alternativa em que se indica INCORRETA- Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
MENTE a sua flexão. Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
a) queres – Presente do Indicativo. ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é
b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo. crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo. soa do singular (ele) = poderia.
d) queira – Presente do Subjuntivo.
e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. 6-)
10. (AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁ- (B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em
RIA – VUNESP – 2013-adap.). Leia as frases a seguir. silêncio.
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de ma- (C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a
deira no animal. trabalhar no feriado.
II. Existiam muitos ferimentos no boi. (D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga...
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida (E) Se você quiser a promoção, é necessário que a re-
movimentada. queira a seu superior.

36
PORTUGUÊS

7-) Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com


Caso a criança se perca…(perda = substantivo: Houve a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao
uma grande perda salarial...) outro)

8-) Formação da Voz Passiva


A) Os consumidores são assediados pelo marketing =
presente A voz passiva pode ser formada por dois processos:
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi- analítico e sintético.
dades”… = pretérito do Subjuntivo 1- Voz Passiva Analítica
D) … de onde vem o produto…? = presente Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particí-
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = pio do verbo principal. Por exemplo:
pretérito perfeito A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.
9-)
Vamos aos itens: Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado
a) queres – Presente do Indicativo = eu quero, tu que- da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a
res - correta. preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de solda-
b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo = eu que- dos.
reria, tu quererias, ele quereria - incorreta. - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não
c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo = esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
eu quisera, ele quisera – correta. - A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
d) queira – Presente do Subjuntivo = que eu queira, (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
que tu queiras, que ele queira - correta ção das frases seguintes:
e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = se eu a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
quisesse, se tu quisesses, se ele quisesse – correta. O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indi-
RESPOSTA: B cativo)

b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


10-)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de
madeira no animal.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
II. Existiam muitos ferimentos no boi.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
movimentada.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal;
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
existir = variável. Portanto, temos: Observe a transformação da frase seguinte:
I – Existiam onze pessoas... O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
II – Havia muitos ferimentos... As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
III – Existia muita gente...
Obs.: é menos frequente a construção da voz passi-
Vozes do Verbo va analítica com outros verbos que podem eventualmente
funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou mar-
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo cada pela doença.
para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente
da ação. São três as vozes verbais: 2- Voz Passiva Sintética

- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com
ação expressa pelo verbo. Por exemplo: o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
Ele fez o trabalho. Por exemplo:
sujeito agente ação objeto (paciente) Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
ação expressa pelo verbo. Por exemplo: sintética.
O trabalho foi feito por ele. Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
sujeito paciente ação agente da passiva tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agen- significado de voz passiva como sendo a voz que expressa
te e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois ele-
O menino feriu-se. mentos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e
AGENTE DA PASSIVA.

37
PORTUGUÊS

Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva Questões sobre Vozes dos Verbos

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs- 01. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI-
tancialmente o sentido da frase. NISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em “Os dados foram divulgados
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa) ontem pelo Instituto Sou da Paz.”, a expressão destacada é
Sujeito da Ativa objeto Direto (A) adjunto adnominal.
(B) sujeito paciente.
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas- (C) objeto indireto.
siva) (D) complemento nominal.
Sujeito da Passiva Agente da Passiva (E) agente da passiva.

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o 02. (FCC-COPERGÁS – AUXILIAR TÉCNICO ADMINIS-
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo TRATIVO - 2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. raiz. Transpondo- -se a frase acima para a voz passiva,
Observe mais exemplos: a forma verbal resultante será:
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu- (A) era abatido.
(B) fora abatido.
nos.
(C) abatera-se.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
(D) foi abatido.
mestres.
(E) tinha abatido
- Eu o acompanharei. 03. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
Ele será acompanhado por mim. ... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
dade como tais.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo pas-
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: sará a ser, corretamente,
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. (A) perceba.
(B) foi percebido.
Saiba que: (C) tenham percebido.
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle- (D) devam perceber.
xivos, são chamados neutros. (E) estava percebendo.
O vinho é bom.
Aqui chove muito. 04. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM
ESPECIALIDADE – FCC/2012) As ruas estavam ocupadas
- Há formas passivas com sentido ativo: pela multidão...
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) A forma verbal resultante da transposição da frase aci-
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nas- ma para a voz ativa é:
cido.) (A) ocupava-se.
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) (B) ocupavam.
(C) ocupou.
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido (D) ocupa.
passivo: (E) ocupava.
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 05. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva
está em:
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido
(A) Quando Rodolfo surgiu...
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o
(B) ... adquiriu as impressoras...
sujeito é paciente.
(C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.
Chamo-me Luís.
(D) ... acolheu-o como patrono.
Batizei-me na Igreja do Carmo. (E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do
Operou-se de hérnia. Recife ...
Vacinaram-se contra a gripe.
06. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
Fonte: FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54. constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ...
php Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for-
ma verbal resultante é:

38
PORTUGUÊS

a) se constituiu. RESOLUÇÃO
b) chegou a ser constituído.
c) teria chegado a constituir. 1-)
d) chega a se constituir. No enunciado temos uma oração com a voz passiva
e) chegaria a ser constituído. do verbo. Transformando-a em ativa, teremos: “O Instituto
Sou da Paz divulgou dados”. Nessa, “Instituto Sou da Paz”
07. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS funciona como sujeito da oração, ou seja, na passiva sua
CIVIL – FCC/2014 - ADAPTADA) ...’sertanejo’ indicava indis- função é a de agente da passiva. O sujeito paciente é “os
tintamente as músicas produzidas no interior do país... dados”.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- 2-)
ma verbal resultante será: Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. = Ele
(A) vinham indicadas. foi abatido...
(B) era indicado.
(C) eram indicadas. 3-)
(D) tinha indicado. ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
(E) foi indicada. ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
08. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – princípios...
PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012 -
adaptada) Um exemplo de construção na voz passiva está 4-)
em: As ruas estavam ocupadas pela multidão = dois verbos
(A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” na passiva, um verbo na ativa:
(B) “o consumidor pode solicitar a devolução do di- A multidão ocupava as ruas.
nheiro”
(C) “enviar o brinquedo por sedex”
5-)
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de De-
B = as impressoras foram adquiridas...
fesa do Consumidor”
C = família numerosa é sustentada...
(E) “A empresa fez campanha para recolher”
D – foi acolhido como patrono...
E – a primeira grande folhetaria do Recife foi montada...
09. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010)
Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde
6-)
vim a entender a tradução completa, a forma verbal resul-
O engajamento moral e político não chegou a consti-
tante será:
(A) veio a ser entendida. tuir um deslocamento da atenção intelectual de Said = dois
(B) teria entendido. verbos na voz ativa, mas com presença de preposição e, um
(C) fora entendida. deles, no infinitivo, então o verbo auxiliar “ser” ficará no in-
(D) terá sido entendida. finitivo (na voz passiva) e o verbo principal (constituir) ficará
(E) tê-la-ia entendido. no particípio: Um deslocamento da atenção intelectual de
Said não chegou a ser constituído pelo engajamento...
10. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011 - ADAP- 7-)
TADA) ’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produ-
... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série zidas no interior do país.
Mulheres. As músicas produzidas no país eram indicadas pelo
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- sertanejo, indistintamente.
ma verbal resultante será:
(A) foi empreendida. 8-)
(B) são empreendidos. (A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” = voz ativa
(C) foi empreendido. (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do di-
(D) é empreendida. nheiro” = voz ativa
(E) são empreendidas. (C) “enviar o brinquedo por sedex” = voz ativa
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de De-
GABARITO fesa do Consumidor” = voz passiva
(E) “A empresa fez campanha para recolher” = voz ativa
01. E 02. D 03. A 04. E 05. A
06. B 07. C 08. D 09. A 10. D 9-)
Mais tarde vim a entender a tradução completa...
A tradução completa veio a ser entendida por mim.

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PORTUGUÊS

10-) [neste: pronome que determina “ano” = concordância


ele empreende, de maneira quase clandestina, a série adequada]
Mulheres. [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira dância inadequada]
quase clandestina. Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.

EMPREGO DE PRONOMES. Pronomes Pessoais

São aqueles que substituem os substantivos, indicando


diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”,
a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e
de alguma forma. “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou
às pessoas de quem fala.
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so- Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
nhos! ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
[substituição do nome] ou do caso oblíquo.
Pronome Reto
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo-
nita! Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
[referência ao nome] tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores.
Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome] Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
Grande parte dos pronomes não possuem significados
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-
gurado:
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
- 1ª pessoa do singular: eu
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes
- 2ª pessoa do singular: tu
têm por função principal apontar para as pessoas do dis-
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação - 3ª pessoa do singular: ele, ela
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, - 1ª pessoa do plural: nós
os pronomes apresentam uma forma específica para cada - 2ª pessoa do plural: vós
pessoa do discurso. - 3ª pessoa do plural: eles, elas

Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. Atenção: esses pronomes não costumam ser usados
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] como complementos verbais na língua-padrão. Frases
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
fala] mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. me até aqui”.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem
se fala] Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro-
nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as pró-
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras prias formas verbais marcam, através de suas desinências,
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência boa viagem. (Nós)
através do pronome seja coerente em termos de gênero
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, Pronome Oblíquo
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto
sa escola neste ano. direto ou indireto) ou complemento nominal.
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]

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Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma Pronome Oblíquo Tônico


variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação
indica a função diversa que eles desempenham na oração: Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo por preposições, em geral as preposições a, para, de e com.
marca o complemento da oração. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou forte.
tônicos. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim con-
figurado:
Pronome Oblíquo Átono - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
fraca: Ele me deu um presente. - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con- - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
figurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
- 2ª pessoa do singular (tu): te
nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- As preposições essenciais introduzem sempre prono-
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
Observações: reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- forma:
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por Não há mais nada entre mim e ti.
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Não há nenhuma acusação contra mim.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos Não vá sem mim.
diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como Atenção: Há construções em que a preposição, apesar
objetos diretos. de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem com- uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o
binar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for- verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, nome, deverá ser do caso reto.
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: Não vá sem eu mandar.
- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco. - A combinação da preposição “com” e alguns prono-
- Não contaram a novidade a vocês? mes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
- Não, no-la contaram. conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
quentemente exercem a função de adjunto adverbial de
No português do Brasil, essas combinações não são companhia.
usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego Ele carregava o documento consigo.
é muito raro.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
especiais depois de certas terminações verbais. Quando o
são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma
lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal todos, ambos ou algum numeral.
é suprimida. Por exemplo: Você terá de viajar com nós todos.
fiz + o = fi-lo Estávamos com vós outros quando chegaram as más
fazeis + o = fazei-lo notícias.
dizer + a = dizê-la Ele disse que iria com nós três.

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as- Pronome Reflexivo


sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
repõe + os = repõe-nos nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
retém + a: retém-na da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
tem + as = tem-nas expressa pelo verbo.

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O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:


- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.


Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.

- 1ª pessoa do plural (nós): nos.


Lavamo-nos no rio.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos.


Vós vos beneficiastes com a esta conquista.

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.


Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

A Segunda Pessoa Indireta

A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso inter-
locutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação
à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.

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- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri- 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-


jam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi- anotações.
vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3ª pessoa. 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promes- oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-
sas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou Pronomes Demonstrativos


nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Os pronomes demonstrativos são utilizados para ex-
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de plicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. espaço, no tempo ou discurso.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos No espaço:
teus cabelos. (errado) Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos carro está perto da pessoa que fala.
seus cabelos. (correto) Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da
teus cabelos. (correto) pessoa que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que
Pronomes Possessivos o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com
quem falo.
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo
(coisa possuída). quanto por meio de correspondência, que é uma moda-
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do lidade escrita de fala), são particularmente importantes o
singular) este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao
emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los
NÚMERO PESSOA PRONOME pode causar ambiguidade.
singular primeira meu(s), minha(s) Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
singular segunda teu(s), tua(s) informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da univer-
singular terceira seu(s), sua(s) sidade destinatária).
plural primeira nosso(s), nossa(s) Reafirmamos a disposição desta universidade em parti-
plural segunda vosso(s), vossa(s) cipar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universi-
plural terceira seu(s), sua(s) dade que envia a mensagem).
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa No tempo:
gramatical a que se refere; o gênero e o número concor- Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
dam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua con- refere ao ano presente.
tribuição naquele momento difícil. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se
refere a um passado próximo.
Observações: Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar está se referindo a um passado distante.
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado,
seu José. - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe:
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
posse. Podem ter outros empregos, como: la(s).
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. Invariáveis: isto, isso, aquilo.

b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 - Também aparecem como pronomes demonstrativos:
anos. - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
que te indiquei.)
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência - mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas
trouxe sua mensagem? que o procuraram ontem.

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- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
o problema. expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- semelhante(s): Não compre semelhante livro. Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
- tal, tais: Tal era a solução para o problema.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
Note que: ora pronomes indefinidos adjetivos:
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
construções redundantes, com finalidade expressiva, para demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
das belezas brasileiras, isso é que é sorte! tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
- O pronome demonstrativo neutro ou pode represen- Alguns se contentam pouco.
tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso
em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi- Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o riáveis e invariáveis. Observe:
pressentiam. Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne-
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
faz as vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que outras, quantas.
ela o fizesse. Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
algo, cada.
- Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
solteiro, aquele casado] certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor? Indefinidos Sistemáticos

- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
= naquilo) sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
Pronomes Indefinidos sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
quantidade indeterminada. e qualquer, que generaliza.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém Essas oposições de sentido são muito importantes na
-plantadas. construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- de que fazem parte:
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: prático.
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu- Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. pessoas quaisquer.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin-
guém, outrem, quem, tudo.
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.

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Pronomes Relativos - “Quanto” é pronome relativo quando tem por antece-


dente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
São aqueles que representam nomes já mencionados Emprestei tantos quantos foram necessários.
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem (antecedente)
as orações subordinadas adjetivas. Ele fez tudo quanto havia falado.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de (antecedente)
um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou- - O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre
tros = oração subordinada adjetiva). precedido de preposição.
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” É um professor a quem muito devemos.
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra (preposição)
“sistema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o prono- - “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an-
me demonstrativo o, a, os, as. tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
Não sei o que você está querendo dizer. casa onde morava foi assaltada.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
expresso. - Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
Quem casa, quer casa. ou em que.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
Observe: no exterior.
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
quantas. lavras:
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. - como (= pelo qual): Não me parece correto o modo
como você agiu semana passada.
Note que:
- quando (= em que): Bons eram os tempos quando po-
- O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
díamos jogar videogame.
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs-
tituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu
- Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
antecedente for um substantivo.
numa só frase.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
O futebol é um esporte.
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a
O povo gosta muito deste esporte.
qual)
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as - Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
quais) ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de
gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente Pronomes Interrogativos
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que
podem ter várias classificações) são pronomes relativos. To- São usados na formulação de perguntas, sejam elas di-
dos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: referem- -se à 3ª pessoa do discurso de modo
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e
me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria variações), quanto (e variações).
ambiguidade.) Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.) preferes.
- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quan-
se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou tos passageiros desembarcaram.
de ser poeta, que era a sua vocação natural.
Sobre os pronomes
- O pronome “cujo” não concorda com o seu antece-
dente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
dos quais, das quais. de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. quando desempenha função de complemento. Vamos en-
(antecedente) (consequente) tender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na
frase e que função exerce. Observe as orações:

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1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. - Pronomes indefinidos:
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia Quem me disse isso?
lhe ajudar. Todos se comoveram durante o discurso de despedida.

Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” - Pronomes demonstrativos:


exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso Isso me deixa muito feliz!
reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
exercendo função de complemento, e, consequentemente,
é do caso oblíquo. - Preposição seguida de gerúndio:
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para indicado à pesquisa escolar.
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe). - Conjunção subordinativa:
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
Importante: Em observação à segunda oração, o em-
prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver-
Ênclise
bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode
estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta
principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio.
não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos áto-
Eu desejo lhe perguntar algo.
Eu estou perguntando-lhe algo. nos. A ênclise vai acontecer quando:
- O verbo estiver no imperativo afirmativo:
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou Amem-se uns aos outros.
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, Sigam-me e não terão derrotas.
diferentemente dos segundos que são sempre precedidos
de preposição. - O verbo iniciar a oração:
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que Diga-lhe que está tudo bem.
eu estava fazendo. Chamaram-me para ser sócio.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim
o que eu estava fazendo. - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre-
posição “a”:
Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Colocação Pronominal Passaram a cumprimentar-se mutuamente.

A colocação pronominal é a posição que os prono- - O verbo estiver no gerúndio:


mes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreo-
ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: cupada.
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Despediu-se, beijando-me a face.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
na oração em relação ao verbo: - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
2. ênclise: pronome depois do verbo mesmo instante.
3. mesóclise: pronome no meio do verbo Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Próclise
Mesóclise
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado
- Palavras com sentido negativo:
no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
Nada me faz querer sair dessa cama.
Não se trata de nenhuma novidade. A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela
se realizará)
- Advérbios: Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
Nesta casa se fala alemão. proposta a você)
Naquele dia me falaram que a professora não veio.

- Pronomes relativos:
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.

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Questões sobre Pronome 05. (ESCREVENTE TJ SP – VUNESP 2011). Assinale a al-


ternativa cujo emprego do pronome está em conformidade
01. (ESCREVENTE TJ SP – VUNESP/2012). com a norma padrão da língua.
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não (A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
está claro até onde pode realmente chegar uma política ba- (B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba-
seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para lada.
o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. (C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono (D) Conformado, se rendeu às punições.
e da água faça em si diferença, as companhias não podem (E) Todos querem que combata-se a corrupção.
suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por 06. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL - VUNESP - 2013). As-
tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, sinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal,
elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada- (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
de crescimento verde sempre será a segunda opção. (B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa-
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
(C) Nos sentimos impotentes quando não consegui-
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re- mos restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
ferem- -se, respectivamente, a (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe
(A) dúvidas e preços. que abrisse a bolsa que encontrara.
(B) dúvidas e insumos básicos. (E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma
(C) companhias e insumos básicos. tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus do-
(D) companhias e preços do carbono e da água. nos.
(E) políticas de crescimento e preços adequados.
07. (AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP –
2013).
02. (AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO – FCC –
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ-
2013- adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o tre-
tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______
cho grifado está corretamente substituído por um prono-
prazo.
me em:
Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo
e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-
A) a que … acaba … à
lhes desalentado
B) com que … acabam … à
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem C) de que … acabam … a
de conhecê-lo? D) em que … acaba … a
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não E) dos quais … acaba … à
parecia ser-lhe
E) incomodaram o general... − incomodaram-no 08. (AGENTE DE APOIO SOCIOEDUCATIVO – VUNESP –
2013-adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e
03.(AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC – 2013- respectivamente, as lacunas do trecho.
adap.). A substituição do elemento grifado pelo pronome ______alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada vem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava
de modo INCORRETO em: sujeito de forma cômica.
A) mostrando o rio= mostrando-o. A) Fazem... a ... de que
B) como escolher sítio= como escolhê-lo. B) Faz ...a ... que
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. C) Fazem ...à ... com que
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = D) Faz ...à ... que
nada lhes acrescentariam. E) Faz ...à ... a que
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas.
09. (TRF 3ª REGIÃO- TÉCNICO JUDICIÁRIO - /2014)
04. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP – 2013). As- As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
sinale a alternativa em que o pronome destacado está po- lantes.
sicionado de acordo com a norma-padrão da língua. ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a ca-
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta. beça...
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha. Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
(E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança. grifados acima foram corretamente substituídos por um
pronome, na ordem dada, em:

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(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los 5-)


(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes (A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos.
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes (B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba-
(D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los lada.
(E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los (D) Conformado, rendeu-se às punições.
(E) Todos querem que se combata a corrupção.
10. (AGENTE DE VIGILÂNCIA E RECEPÇÃo – VUNESP –
2013- adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras 6-)
dos estabelecimentos felizmente comprovam os aconteci- (B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situa-
mentos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investiga- ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
ção. – de acordo com a norma-padrão, os pronomes que (C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos
substituem, corretamente, os termos em destaque são: restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
A) os comprovam … ajudá-la. (D) O homem indignou-se quando lhe propuseram
B) os comprovam …ajudar-la. que abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma ten-
C) os comprovam … ajudar-lhe.
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
D) lhes comprovam … ajudar-lhe.
E) lhes comprovam … ajudá-la.
7-)
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram pro-
GABARITO dutos de que não necessitam e acabam tendo de
pagar tudo a prazo.
01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
06. A 07. C 08. E 09. A 10. A 8-)
Faz alguns anos, num programa de televisão, uma
RESOLUÇÃO jovem fazia referência à violência a que o brasileiro
estava sujeito de forma cômica.
1-) Faz, no sentido de tempo passado = sempre no sin-
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, gular
não está claro até onde pode realmente chegar uma po-
lítica baseada em melhorar a eficiência sem preços ade- 9-)
quados para o carbono, a água e (na maioria dos países devoravam - verbo terminado em “m” = pronome
pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos oblíquo no/na (fizeram-na, colocaram-no)
preços do carbono e da água faça em si diferença, as com- impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto;
panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di- “lhe” é para objeto indireto
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire-
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som- to; “lhe” é para objeto indireto
bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.
E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde 10-)
sempre será a segunda opção. – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimen-
tos felizmente comprovam os acontecimentos, e testemu-
2-) nhas vão ajudar a polícia na investigação.
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los felizmente os comprovam ... ajudá-la
(advérbio)
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os
desalentado
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de
conhecê-las ?
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não PREPOSIÇÕES E CONJUNÇÕES.
parecia sê-lo

3-) PREPOSIÇÕES
transpor [...] as matas espessas= transpô-las
Preposição é uma palavra invariável que serve para
4-) ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece,
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta. normalmente há uma subordinação do segundo termo em
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. relação ao primeiro. As preposições são muito importantes
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança e possuem valores semânticos indispensáveis para a com-
preensão do texto.

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Tipos de Preposição De + aqui = daqui


De + aí = daí
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusi- De + ali = dali
vamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, De + outro = doutro(s)
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, De + outra = doutra(s)
atrás de, dentro de, para com. Em + este(s) = neste(s)
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes Em + esta(s) = nesta(s)
gramaticais que podem atuar como preposições: como, du- Em + esse(s) = nesse(s)
rante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto. Em + aquele(s) = naquele(s)
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras va- Em + aquela(s) = naquela(s)
lendo como uma preposição, sendo que a última palavra é Em + isto = nisto
uma delas: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a res- Em + isso = nisso
peito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente Em + aquilo = naquilo
a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, A + aquele(s) = àquele(s)
por cima de, por trás de. A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto
pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concor- Dicas sobre preposição
dância em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pes-
+ a = pela. soal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja
Vale ressaltar que essa concordância não é caracterís- um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá para
tica da preposição, mas das palavras às quais ela se une. determiná-lo como um substantivo singular e feminino.
Esse processo de junção de uma preposição com outra A dona da casa não quis nos atender.
palavra pode se dar a partir de dois processos: Como posso fazer a Joana concordar comigo?

1. Combinação: A preposição não sofre alteração. - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
preposição a + artigos definidos o, os termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
a + o = ao Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
preposição a + advérbio onde Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para pro-
a + onde = aonde curar um tratamento adequado.
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
Preposição + Artigos lugar e/ou a função de um substantivo.
De + o(s) = do(s) Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como
De + a(s) = da(s) parte da família
De + um = dum Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém.
De + uns = duns / Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
De + uma = duma
De + umas = dumas 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio
Em + o(s) = no(s) das preposições:
Em + a(s) = na(s) Destino = Irei para casa.
Em + um = num Modo = Chegou em casa aos gritos.
Em + uma = numa Lugar = Vou ficar em casa;
Em + uns = nuns Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Em + umas = numas Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
A + à(s) = à(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Por + o = pelo(s) Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra-
Por + a = pela(s) tamento.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Preposição + Pronomes Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + ele(s) = dele(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + ela(s) = dela(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + este(s) = deste(s) Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + esta(s) = desta(s) Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + esse(s) = desse(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + essa(s) = dessa(s) Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + aquele(s) = daquele(s) Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + aquela(s) = daquela(s) Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + isto = disto
De + isso = disso Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/preposi-
De + aquilo = daquilo cao/

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CONJUNÇÕES Conjunções subordinativas

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações - CAUSAIS


ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por Principais conjunções causais: porque, visto que, já que,
exemplo: uma vez que, como (= porque).
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
amiguinhas.
- COMPARATIVAS
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu como, mais...do que, menos...do que.
as amiguinhas Ela fala mais que um papagaio.

Cada informação está estruturada em torno de um ver- - CONCESSIVAS


bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora- Principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
ções: mesmo que, apesar de, se bem que.
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e Indicam uma concessão, admitem uma contradição,
mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de
a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. estar cansada)
As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. Apesar de ter chovido fui ao cinema.
Observe: Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são - CONFORMATIVAS
partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra Principais conjunções conformativas: como, segundo,
“e” está ligando termos de uma mesma oração. conforme, consoante
Cada um colhe conforme semeia.
Morfossintaxe da Conjunção Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor-
midade.
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
- CONSECUTIVAS
Classificação
Expressam uma ideia de consequência.
- Conjunções Coordenativas
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”,
- Conjunções Subordinativas
“tanto”, “tão”, “tamanho”).
Falou tanto que ficou rouco.
Conjunções coordenativas

Dividem-se em: - FINAIS


- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gos- Expressam ideia de finalidade, objetivo.
to de cantar e de dançar. Todos trabalham para que possam sobreviver.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas Principais conjunções finais: para que, a fim de que,
também, não só...como também. porque (=para que),

- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo- - PROPORCIONAIS


sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. Principais conjunções proporcionais: à medida que,
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu- quanto mais, ao passo que, à proporção que.
do, todavia, no entanto, entretanto. À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.

- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. - TEMPORAIS


Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. Principais conjunções temporais: quando, enquanto,
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, logo que.
quer...quer, já...já. Quando eu sair, vou passar na locadora.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora- Diferença entre orações causais e explicativas
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de-
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração cau-
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. sal de uma explicativa. Veja os exemplos:
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
fora. atropelado”:
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
(antes do verbo), porquanto. va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.

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b) As orações são coordenadas e, por isso, indepen- 3) Quando o sujeito é representado por expressões
dentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte
orações que vêm marcadas por vírgula. de, a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol-
(Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar.
ela será explicativa.
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im- 4) No caso de o sujeito ser representado por expres-
perativo) sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”,
o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.
cidade porque não havia cemitério no local.”
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordina- 5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
da (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção Observação:
como - o que não ocorre com a CS Explicativa. - No caso da referida expressão aparecer repetida ou
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
os mortos em outra cidade. necessariamente, deverá permanecer no plural:
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram
dependentes uma da outra. na campanha de doação de alimentos.
Mais de um formando se abraçaram durante as soleni-
dades de formatura.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. 6) Quando o sujeito for composto da expressão “um


dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi
um dos que atuaram na Copa América.

Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos 7) Em casos relativos à concordância com locuções
nos referindo à relação de dependência estabelecida entre pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
um termo e outro mediante um contexto oracional. Desta quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário
feita, os agentes principais desse processo são representa- nos atermos a duas questões básicas:
dos pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; - No caso de o primeiro pronome estar expresso no
e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado. plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá
Dessa forma, temos que a concordância verbal carac- também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós
teriza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os que- o receberemos. / Alguns de nós o receberão.
sitos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplifi- - Quando o primeiro pronome da locução estiver ex-
cando, temos: O aluno chegou atrasado. Temos que o verbo presso no singular, o verbo permanecerá, também, no sin-
apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz refe- gular: Algum de nós o receberá.
rência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como
poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados. 8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa
Casos referentes a sujeito simples do singular ou poderá concordar com o antecedente desse
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
2) Nos casos referentes a sujeito representado por palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pes- antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que toma-
soa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. mos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
Observação:
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto 10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex-
adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará
poderá ir para o plural: com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.

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PORTUGUÊS

Observações: 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô-


- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por- nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova- poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin- meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre-
gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire- miação é fruto de meu esforço.
toria.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: demais termos da oração para que concordem em gê-
Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. nero e número com o substantivo. Teremos que alterar,
portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à
por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre- sua maneira.
gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono-
Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade me concordam em gênero e número com o substantivo.
agradeceu o convite. - A pequena criança é uma gracinha.
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
12) Casos relativos a sujeito representado por substan-
tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à
aspectos que os determinam: regra geral mostrada acima.
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver- a) Um adjetivo após vários substantivos
bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi- - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis. - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam- - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po-
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural
tência mundial.
masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que
- Ela tem pai e mãe louros.
ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
- Ela tem pai e mãe loura.
Unidos é uma potência mundial.
- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria-
Casos referentes a sujeito composto
mente para o plural.
- O homem e o menino estavam perdidos.
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es-
tando relacionado a dois pressupostos básicos: b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o
as demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. mais próximo.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexio- Comi delicioso almoço e sobremesa.
nar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são Provei deliciosa fruta e suco.
primos.
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an- concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus Estavam feridos o pai e os filhos.
dois filhos compareceram ao evento. Estava ferido o pai e os filhos.

3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver- c) Um substantivo e mais de um adjetivo


bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou - antecede todos os adjetivos com um artigo.
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
seus dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois
filhos. - coloca o substantivo no plural.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém
com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no d) Pronomes de tratamento
singular: Meu esposo e grande companheiro merece toda a - sempre concordam com a 3ª pessoa.
felicidade do mundo. Vossa Santidade esteve no Brasil.

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e) Anexo, incluso, próprio, obrigado m) Meio


- Concordam com o substantivo a que se referem. - Como advérbio: invariável.
As cartas estão anexas. Estou meio (um pouco) insegura.
A bebida está inclusa.
Precisamos de nomes próprios. - Como numeral: segue a regra geral.
Obrigado, disse o rapaz. Comi meia (metade) laranja pela manhã.

f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) n) Só


- Após essas expressões o substantivo fica sempre no - apenas, somente (advérbio): invariável.
singular e o adjetivo no plural. Só consegui comprar uma passagem.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. - sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.
g) É bom, é necessário, é proibido
- Essas expressões não variam se o sujeito não vier pre- Fonte:
cedido de artigo ou outro determinante. http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-
Canja é bom. / A canja é boa. verbal.htm
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A en- Questões sobre Concordância Nominal e Verbal
trada é proibida.
h) Muito, pouco, caro 01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con-
- Como adjetivos: seguem a regra geral. cordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:
Comi muitas frutas durante a viagem. (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Pouco arroz é suficiente para mim. que determinam as escolhas dos governantes, para conferir
Os sapatos estavam caros. legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
- Como advérbios: são invariáveis. ser embasados na percepção dos valores e princípios que
Comi muito durante a viagem. regem a prática política.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro
Comprei caro os sapatos. regime democrático, em que se respeita tanto as liberdades
individuais quanto as coletivas.
i) Mesmo, bastante (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
- Como advérbios: invariáveis crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimina-
Preciso mesmo da sua ajuda. das de um único poder central.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi-
- Como pronomes: seguem a regra geral. niões existentes na sociedade.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. 02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de concor-
j) Menos, alerta dância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em:
- Em todas as ocasiões são invariáveis. A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei-
Preciso de menos comida para perder peso. tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora-
Estamos alerta para com suas chamadas. mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor,
mediante palavras, sua matéria-prima.
k) Tal Qual B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor
com o consequente. ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus auto-
As garotas são vaidosas tais qual a tia. res, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe
permitem criar todo um mundo de ficção, em que persona-
l) Possível gens se transformam em seres vivos a acompanhar os leito-
- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “me- res, numa verdadeira interação com a realidade.
lhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as ex- D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor
pressões. somente se realiza plenamente caso haja afinidade de ideias
A mais possível das alternativas é a que você expôs. entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimen-
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da em- to intelectual deste último e o prazer da leitura.
presa. E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que cons-
As piores situações possíveis são encontradas nas fave- titui leitura obrigatória e se tornam referências por seu con-
las da cidade. teúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.

53
PORTUGUÊS

03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o pró-
responder à questão. ximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da maio-
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não ria?
está claro até onde pode realmente chegar uma política ba- (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas.
seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase
verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
da água em si ___________diferença, as companhias não po- (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas
dem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares também existem umas que não merecem nossa atenção.
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portan-
to, elas começam a usar preços- -sombra. Ainda assim, 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de
adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das peregrinação.
políticas de crescimento verde sempre ___________ a segunda O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural
opção. caso o segmento grifado seja substituído por:
(Carta Capital, (A) Há folheteiros que
27.06.2012. Adaptado) (B) A maior parte dos folheteiros
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, (C) O folheteiro e sua família
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res- (D) O grosso dos folheteiros
pectivamente, com: (E) Cada um dos folheteiros
(A) Restam… faça… será
(B) Resta… faz… será 07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em:
(C) Restam… faz... serão
(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem
(D) Restam… façam… serão
preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas
(E) Resta… fazem… será criações poéticas tão originais.
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atri-
04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna- buído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas
tiva em que o trecho melhores universidades do país.
– Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- (C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.– situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mes-
está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa- mos requizessem o respeito que faziam por merecer.
drão da língua portuguesa. (D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e
(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encon- a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser
trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os resultado do puro e simples desconhecimento.
insumos básicos. (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble-
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de
representatividade.
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cos ser quantificados. 08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou Observam-se corretamente as regras de concordância verbal
até agora uma maneira adequada para que os insumos bá- e nominal em:
sicos sejam quantificado. a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como en-
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- tre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias de hoje.
mos básicos seja quantificado. b) A importância de intelectuais como Edward Said e
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que
os insumos básicos. escreveram.
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre
05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofri-
mento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo menos
- VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
de terem alguma trégua.
I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega- d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verda-
tiva... de, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto relativa,
II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi- costumam encontrar muito mais detratores que admiradores.
ficação do continente americano (2,0)... e) No final do século XX já não se via muitos intelec-
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e tuais e escritores como Edward Said, que não apenas era
II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos notícia pelos livros que publicavam como pelas posições
exemplos, em: que corajosamente assumiam.

54
PORTUGUÊS

09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem-
O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propos- pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encan-
tas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural, tar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que
está em: vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) matéria-prima.
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do pla- C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
neta) lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per-
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
consumo mundial de barris de petróleo) leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es- de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
climáticas) E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que
constituem leitura obrigatória e se tornam referências por
10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi- seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
nale a alternativa em que a concordância das formas verbais 3-) _Restam___dúvidas
destacadas está de acordo com a norma-padrão da língua. mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higie- água em si __faça __diferença
nização subterrânea. a maioria das políticas de crescimento verde sempre
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os ____será_____ a segunda opção.
trabalhadores da área de limpeza. Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tan-
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos to no plural quanto no singular. Nas alternativas não há
riscos de se contrair alguma doença. “restam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as op-
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era ções adequadas.
sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, 4-)
começou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
de seus funcionários. trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
insumos básicos.
GABARITO (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A cos serem quantificados.
06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
RESOLUÇÃO mos básicos sejam quantificados.
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
1-) Fiz os acertos entre parênteses: trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores mos básicos sejam quantificados.
que determinam as escolhas dos governantes, para confe- (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
rir legitimidade a suas decisões. trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- os insumos básicos. = correta
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política. 5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver- aos itens:
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei- (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. tem (singular)
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina- (C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central. ram (plural)
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- (D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- umas (plural)
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas
as formas estão no plural)
2-)
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa 6-)
leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimo- A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto
ramento intelectual, estão na capacidade de criação do au- “folheterios”)
tor, mediante palavras, sua matéria-prima. = correta B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional)

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PORTUGUÊS

C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto) 10-) Fiz as correções:


D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional) (A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular)
E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular (B) Ainda existe muitas pessoas = existem
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ris-
7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta: cos
(A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a conside- (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
rar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capa- sete da manhã = eram
zes de fruir dessas criações poéticas tão originais. (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status começou = começaram
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje
nas melhores universidades do país.
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles
mesmos requizessem (requeressem) o respeito que faziam CRASE.
por merecer.
(D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desva-
lorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”,
só pode (podem) ser resultado do puro e simples desco- “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
nhecimento. “junção” de duas vogais idênticas. É de grande importân-
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que cia a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a”
os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s),
à falta de representatividade. aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escri-
ta, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O
8-) Fiz as correções entre parênteses: uso apropriado do acento grave depende da compreensão
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica-
entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e
das às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns (co-
nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a cra-
mum) nos dias de hoje.
se, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
b) A importância de intelectuais como Edward Said e
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
Observe:
polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros
Vou a + a igreja.
que escreveram.
Vou à igreja.
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en-
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto
sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição
(ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter) “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência
alguma trégua. do artigo “a” que está determinando o substantivo femini-
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a no igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave.
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores Observe os outros exemplos:
que admiradores. Conheço a aluna.
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos Refiro-me à aluna.
intelectuais e escritores como Edward Said, que não apenas
era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (co-
posições que corajosamente assumiam. nhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a
crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é
9-) transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = a preposição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o
“há” permaneceria no singular termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla- “a” ou um dos pronomes já especificados.
neta) = “sabe” permaneceria no singular
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O Casos em que a crase NÃO ocorre:
consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permane-
ceria no singular - diante de substantivos masculinos:
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se Andamos a cavalo.
no custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “re- Fomos a pé.
flete” passaria para “refletem-se” Passou a camisa a ferro.
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es- Fazer o exercício a lápis.
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças Compramos os móveis a prazo.
climáticas) = “pressiona” permaneceria no singular

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PORTUGUÊS

- diante de verbos no infinitivo:


A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer.
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

- diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita
e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.

Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método: troque a palavra
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)

- diante de numerais cardinais:


Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

- diante de palavras femininas:


Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante de Nomes de Lugar

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:

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PORTUGUÊS

Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
França.) Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) responder nenhuma das questões.
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Por- A sessão à qual assisti estava vazia.
to Alegre.)
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase
HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?” A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. “a” também pode ser detectada através da substituição do
Vou à praia. = Volto da praia. termo regente feminino por um termo regido masculino.
Veja:
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifi- Minha revolta é ligada à do meu país.
cado, ocorrerá crase. Veja: Meu luto é ligado ao do meu país.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo As orações são semelhantes às de antes.
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Irei à Salvador de Jorge Amado. Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
A Palavra Distância
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o
termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: Se a palavra distância estiver especificada, determinada,
Refiro-me a + aquele atentado. a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância
Preposição Pronome
de 100km daqui. (A palavra está determinada)
Refiro-me àquele atentado.
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
palavra está especificada.)
O termo regente do exemplo acima é o verbo transi-
tivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase
preposição, portanto, ocorre a crase. Observe este outro
não pode ocorrer. Por exemplo:
exemplo:
Os militares ficaram a distância.
Aluguei aquela casa.
Gostava de fotografar a distância.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não Ensinou a distância.
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja Dizem que aquele médico cura a distância.
outros exemplos: Reconheci o menino a distância.
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram. Observação: por motivo de clareza, para evitar ambi-
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai. guidade, pode-se usar a crase. Veja:
Não obedecerei àquele sujeito. Gostava de fotografar à distância.
Assisti àquele filme três vezes. Ensinou à distância.
Espero aquele rapaz. Dizem que aquele médico cura à distância.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta. Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais - diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de no-
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a mes próprios femininos porque é facultativo o uso do arti-
qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege es- go. Observe:
ses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possí- Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
vel detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
substituição do termo regido feminino por um termo regi-
do masculino. Por exemplo: Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. feminino diante de nomes próprios femininos, então pode-
O monumento ao qual me refiro fica no centro da ci- mos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
dade. Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro-
crase. Veja outros exemplos: berto.

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PORTUGUÊS

- diante de pronome possessivo feminino: 03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ proble-
Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro- mas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do a) à - àqueles - a - há
artigo. Observe: b) a - àqueles - a - há
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperan- c) a - aqueles - à - a
do por você. d) à - àqueles - a - a
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está es- e) a - aqueles - à - há
perando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de 04.(Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e
as frases abaixo das seguintes formas: efervescente.
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô. O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô. se o segmento grifado for substituído por:
A) leitura apressada e sem profundidade.
- depois da preposição até: B) cada um de nós neste formigueiro.
Fui até a praia. ou Fui até à praia. C) exemplo de obras publicadas recentemente.
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o D) uma comunicação festiva e virtual.
até à porta. E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A
palestra vai até às cinco horas da tarde. 05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
NESP – 2013).
Questões sobre Crase O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ ressocia-
01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as dis- lização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará--lo para
cussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos ju- o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em liberdade,
rídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma vida digna.
estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas cri- (Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/
minais. Raro ler ____respeito envolvendo questões de saúde qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Aces-
so em: 18.08.2012. Adaptado)
pública como programas de esclarecimento e prevenção, de
tratamento para dependentes e de reintegração desses____
Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti-
vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou
vamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-pa-
clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa
drão da língua portuguesa.
própria família?
A) à … à … à
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Pau-
B) a … a … à
lo, 17.09.2012. Adaptado)
C) a … à … à
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e D) à … à ... a
respectivamente, com: E) a … à … a
(A) aos … à … a … a
(B) aos … a … à … a 06. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões
(C) a … a … à … à contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da
(D) à … à … à … à casa própria.
(E) a … a … a … a a) às - àquelas _ à
b) as - aquelas - a
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia c) às àquelas - a
o texto a seguir. d) às - aquelas - à
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, cor- e) as - àquelas - à
reu ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira
causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ carto- 07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
mante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz repreen- NESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está corre-
deu-a por ter feito o que fez. tamente empregado em:
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com
Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6) as dificuldades para lidar com as frustrações de seus desejos.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
ordem dada: nos mecanismos biológicos de controle emocional.
A) à – a – a C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
B) a – a – à D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade
C) à – a – à alimentam a violência crescente nas cidades.
D) à – à – a E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
E) a – à – à dade atinge os mais vulneráveis.

59
PORTUGUÊS

08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono-
O sinal indicativo de crase está correto em: me indefinido)
A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra
área de biotecnologia. masculina)
B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefini-
à educação dos filhos. do)
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa-
as instalações do prédio. lavra masculina)
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
detalhe que envolva a segurança das pessoas. 5-) O Instituto Nacional de Administração Prisio-
E) É função da política é dedicar-se à todo problema nal (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de
que comprometa o bem-estar do cidadão. apoio___à__ ressocialização do indivíduo preso, com o ob-
jetivo de prepará--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa
09. (Agente Educacional – VUNESP – 2013). Assinale forma, quando em liberdade, ele estará capacitado__a___
a alternativa em que a sequência da frase a seguir traz o ter uma profissão e uma vida digna.
uso correto do acento indicativo de crase, de acordo com a - Apoio a ? Regência nominal pede preposição;
norma-padrão da língua portuguesa. - retorno a? regência nominal pede preposição;
- antes de verbo no infinitivo não há crase.
Um bom conhecimento de matemática é indispensável
A) à todo e qualquer estudante. 6-) O Ministro informou que iria resistir _às__ pressões
B) à estudantes de nível superior. contrárias àquelas_ modificações relativas __à_ aquisição da
C) à quem pretende carreiras no campo de exatas. casa própria.
D) à construção do saber nas mais diversas áreas. - resistir a? regência verbal pede preposição;
E) à uma boa formação profissional. - contrária a? regência nominal pede preposição;
- relativas a? regência nominal pede preposição.
GABARITO
7-)
01. B 02. A 03. B 04. A 05. D
A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
06. A 07. E 08. B 09. D
com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase)
RESOLUÇÃO
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais.
o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há
Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina
não há crase) crase)
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
vida = à) (artigo indefinido)
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en- D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
pronome indefinido/relativo) masculina)
E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi-
sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vi- nal: desfavorável a?)
mos que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___
confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por 8-)
ter feito o que fez. A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
área de biotecnologia. (artigo indefinido)
3-) “Nesta oportunidade, volto _a_ referir-me àqueles__ B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
problemas já expostos a _ V. Sª _há_ alguns dias”. à educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar a )
- a referir = antes de verbo no infinito não há crase; C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar
- quem faz referência, faz referência A algo ou A al- as instalações do prédio. (verbo no infinitivo)
guém ( a regência do verbo pede preposição) D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
- antes de pronome de tratamento não há crase (exce- detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome
ção à senhora, que admite artigo); indefinido)
- há no sentido de tempo passado. E) É função da política é dedicar-se à todo problema
que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in-
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa- definido)
da e sem profundidade.

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PORTUGUÊS

9-) Um bom conhecimento de matemática é indispen- Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos
sável à construção do saber nas mais diversas áreas. de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém,
A) à todo e qualquer estudante. (pronome indefinido) não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de
B) à estudantes de nível superior. (“a” no singular an- diferentes formas em frases distintas.
tes de palavra no plural)
C) à quem pretende carreiras no campo de exatas. Verbos Intransitivos
(pronome indefinido/relativo)
E) à uma boa formação profissional. (artigo indefini- Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
do) importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.

- Chegar, Ir
REGÊNCIA. Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para.
Fui ao teatro.
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
Adjunto Adverbial de Lugar
que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus comple-
mentos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as pala- Ricardo foi para a Espanha.
vras, criando frases não ambíguas, que expressem efetiva- Adjunto Adverbial de Lugar
mente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
- Comparecer
Regência Verbal O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por
em ou a.
Termo Regente: VERBO Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
último jogo.
A regência verbal estuda a relação que se estabelece
entre os verbos e os termos que os complementam (obje- Verbos Transitivos Diretos
tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos
adverbiais). Os verbos transitivos diretos são complementados por
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nos- objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
sa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
conhecermos as diversas significações que um verbo pode gar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblí-
assumir com a simples mudança ou retirada de uma pre- quos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses prono-
posição. Observe: mes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
contentar. formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
agrado ou prazer”, satisfazer. São verbos transitivos diretos, dentre outros: abando-
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de nar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, ad-
“agradar a alguém”. mirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender,
eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar,
Saiba que:
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
O conhecimento do uso adequado das preposições é
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver-
como o verbo amar:
bal (e também nominal). As preposições são capazes de
Amo aquele rapaz. / Amo-o.
modificar completamente o sentido do que se está sendo Amo aquela moça. / Amo-a.
dito. Veja os exemplos: Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Cheguei ao metrô. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Cheguei no metrô.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses ver-
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- bos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A adnominais).
oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim de Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da lín- Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
gua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem di- reira)
vergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
verbos, e a regência culta. mor)

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PORTUGUÊS

Verbos Transitivos Indiretos Agradeci o presente. / Agradeci-o.


Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Os verbos transitivos indiretos são complementados Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi- Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
gem uma preposição para o estabelecimento da relação Paguei minhas contas. / Paguei-as.
de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter- Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam Informar
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os novos preços aos clientes.
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
lhe, lhes. preços)
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: - Na utilização de pronomes como complementos, veja
- Consistir - Tem complemento introduzido pela pre- as construções:
posição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direi- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
tos iguais para todos. Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-
mentos introduzidos pela preposição “a”: Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
Comparar
- Responder - Tem complemento introduzido pela pre- Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
quem” ou “ao que” se responde. indireto.
Respondi ao meu patrão. Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma
Respondemos às perguntas. criança.
Respondeu-lhe à altura.
Pedir
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz pas- forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pes-
siva analítica. Veja: soa.
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen- Pedi-lhe favores.
te. Objeto Indireto Objeto Direto

- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen- Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.


tos introduzidos pela preposição “com”. Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
Antipatizo com aquela apresentadora. Objetiva Direta
Simpatizo com os que condenam os políticos que gover-
nam para uma minoria privilegiada. Saiba que:
- A construção “pedir para”, muito comum na linguagem
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta.
No entanto, é considerada correta quando a palavra licença
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- estiver subentendida.
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta- Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
que, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto uma oração subordinada adverbial final reduzida de infiniti-
indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos: vo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Agradeço aos ouvintes a audiência.
Objeto Indireto Objeto Direto - A construção “dizer para”, também muito usada popu-
larmente, é igualmente considerada incorreta.
Paguei o débito ao cobrador.
Objeto Direto Objeto Indireto Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indi-
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito reto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
com particular cuidado. Observe: Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.

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PORTUGUÊS

Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado CHAMAR


sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil ve- - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
zes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo solicitar a atenção ou a presença de.
existente no próprio verbo (pre). Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá cha-
má-la.
Mudança de Transitividade X Mudança de Significado Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi-
dade, apresentam mudança de significado. O conhecimento - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
das diferentes regências desses verbos é um recurso lin- apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
guístico muito importante, pois além de permitir a correta cativo preposicionado ou não.
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades A torcida chamou o jogador mercenário.
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, A torcida chamou ao jogador mercenário.
estão: A torcida chamou o jogador de mercenário.
AGRADAR A torcida chamou ao jogador de mercenário.
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
CUSTAR
nhos, acariciar.
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial:
quando o revê.
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. /
Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. - No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransiti-
vo ou transitivo indireto.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar Muito custa viver tão longe da família.
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento Verbo Oração Subordinada Substantiva
introduzido pela preposição “a”. Subjetiva
O cantor não agradou aos presentes. Intransitivo Reduzida de Infinitivo
O cantor não lhes agradou.
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela
ASPIRAR atitude.
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi- Objeto Oração Subordinada Substantiva
rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Subjetiva
Indireto Reduzida de Infinitivo
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
como ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida. Obs.: a Gramática Normativa condena as construções
(Aspirávamos a elas) que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado
por pessoa. Observe:
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é Custei para entender o problema.
pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto- Forma correta: Custou-me entender o problema.
nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela
(s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= IMPLICAR
Aspiravam a ela) - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
implicavam um firme propósito.
ASSISTIR
b) Ter como consequência, trazer como consequência,
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadure-
tar assistência a, auxiliar. Por exemplo:
cimento político de um povo.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. - Como transitivo direto e indireto, significa compro-
meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- econômicas.
ciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
Assistimos ao documentário. Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é tran-
Não assisti às últimas sessões. sitivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
Essa lei assiste ao inquilino. quem não trabalhasse arduamente.

Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é PROCEDER


intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
conturbada cidade. agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado
de adjunto adverbial de modo.

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PORTUGUÊS

As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las.


Você procede muito mal.

- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido pela
preposição “a”) é transitivo indireto.
O avião procede de Maceió.
Procedeu-se aos exames.
O delegado procederá ao inquérito.

QUERER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar.
Querem melhor atendimento.
Queremos um país melhor.

- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar.


Quero muito aos meus amigos.
Ele quer bem à linda menina.
Despede-se o filho que muito lhe quer.

VISAR
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo.
O gerente não quis visar o cheque.

- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.

ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)

No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alte-
ração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos
tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa).

SIMPATIZAR
Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não simpatizei com os jurados.

NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Maria namora João.

Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.

OBEDECER
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.

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PORTUGUÊS

VER
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o filme.

Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que
vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo
significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes corres-
pondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

Questões sobre Regência Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) ...astros que ficam tão distantes ...
B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

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PORTUGUÊS

02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
adap.). pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
filhos do sueco. exemplo, do que em outros.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de com- (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam ra-
plementos que o grifado acima está empregado em: pidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
A) ...que existe uma coisa chamada exército... avanço seja mais notável em alguns países – o Brasil é um
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? exemplo – do que em outros.
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida-
cia... mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan-
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem-
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atre- plo) do que em outros.
vimento.
06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina-
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). le a alternativa correta quanto à regência dos termos em
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em destaque.
partes desiguais... (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que responsabilidade pelo problema.
o grifado acima está empregado em: (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a se perdido.
extremos de sutileza. (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- de um índio na porta do prédio.
do nos troncos mais robustos. (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso-
perdido de sua família.
rientam, não raro, quem...
(E) A família toda se organizou para realizar a procura
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho
à garotinha.
na serra de Tunuí...
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale
gentio, mestre e colaborador...
a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.).
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
o da frase acima se encontra em:
A) A palavra direito, em português, vem de directum, A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que
do verbo latino dirigere... a mídia pode exercer sobre os jovens.
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das A) dos … na
sociedades... B) nos … entre a
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado C) aos … para a
pela justiça. D) sobre os … pela
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspi- E) pelos … sob a
rações da justiça...
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
sentimento de justiça. Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão
da língua, assinale a alternativa em que os trechos desta-
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter- cados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência de dez mil tomadas.
nominal e à pontuação. B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida- um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avan- C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de
ço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exem- criar logotipos e negociar.
plo, do que em outros. D) O taxista levou o autor a indagar no número de
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra- tomadas do edifício.
pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re-
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um parasse a um prédio na marginal.
exemplo!, do que em outros.

66
PORTUGUÊS

09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). As- D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira-
sinale a alternativa que substitui a expressão destacada na ções da justiça... =transitivo direto e indireto
frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
língua e sem alteração de sentido. sentimento de justiça. =transitivo direto
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
direitos dos trabalhadores domésticos. 5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon-
A) da tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
B) na gência (pontuação encontra-se em tópico específico)
C) pela (A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam,
D) sob a (B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon-
E) sobre a
tuação)
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto
GABARITO
à pontuação)
01. D 02. D 03. A 04. A 05. D (E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi-
06. A 07. C 08. A 09. C damente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o
RESOLUÇÃO avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um
exemplo) do que em outros.
1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das 6-)
outras ciências ... (B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por
Facilitar – verbo transitivo direto ter se perdido.
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de ligação (C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo um índio na porta do prédio.
de ligação (D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se per-
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran- dido de sua família.
sitivo direto e indireto (E) A família toda se organizou para realizar a procura
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = pela garotinha.
verbo transitivo indireto
7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se re-
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito portou já assinalavam uma relação entre os distúrbios da
nos filhos do sueco.
imagem corporal e a exposição a imagens idealizadas pela
Pedir = verbo transitivo direto e indireto
mídia.
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran-
sitivo direto A pesquisa faz um alerta para a influência negativa
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de que a mídia pode exercer sobre os jovens.
ligação
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- 8-)
cia... =verbo intransitivo B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de ha-
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi- ver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
mento. =transitivo direto C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em
criar logotipos e negociar.
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de
em partes desiguais... tomadas do edifício.
Constar = verbo intransitivo E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re-
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- parasse em um prédio na marginal.
do nos troncos mais robustos. =ligação
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- 9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de
rientam, não raro, quem... =transitivo direto direitos dos trabalhadores domésticos.
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho
na serra de Tunuí... = transitivo direto
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto

4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...


Lidar = transitivo indireto
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
sociedades... =transitivo direto
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
pela justiça. =ligação

67
PORTUGUÊS

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes


americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/ sa fonte.
SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a al- (D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes
ternativa correta quanto à concordância, de acordo americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
com a norma-padrão da língua portuguesa. diárias dessa fonte.
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
social está no centro dos debates atuais. americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge em re- diárias, (X) dessa fonte.
lação aos efeitos da desigualdade social.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos RESPOSTA: “C”.
mais pobres é um fenômeno crescente.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito 3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO –
criticado por alguns teóricos. FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de
(E) Os debates relacionado à distribuição de rique- concordância verbal na frase:
zas não são de exclusividade dos economistas. a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível
nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a
Realizei a correção nos itens: visibilidade social.
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- b) As duas tábuas em que se comprimem o famige-
cial está = estão rado homem-placa carregam ditos que soam irônicos,
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver- como “compro ouro”.
gem c) Não se compara aos vexames dos homens-placa
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos a exposição pública a que se submetem os guardadores
mais pobres é um fenômeno crescente. de carros.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
cado = criticada propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma de-
(E) Os debates relacionado = relacionados monstração de mau gosto.
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados
RESPOSTA: “C”. em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles ve-
lhos carros-placa.
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Se-
guindo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase Fiz as correções entre parênteses:
– Um levantamento mostrou que os adolescentes ame- a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
ricanos consomem em média 357 calorias diárias dessa gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri-
fonte. – recebe o acréscimo correto das vírgulas em: mida a visibilidade social.
(A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime)
americanos consomem em média 357 calorias, diárias o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô-
dessa fonte. nicos, como “compro ouro”.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
americanos consomem, em média 357 calorias diárias exposição pública a que se submetem os guardadores de
dessa fonte. carros.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros-
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias -placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
dessa fonte. demonstração de mau gosto.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in-
americanos, consomem em média 357 calorias diárias teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da-
dessa fonte. queles velhos carros-placa.
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
americanos, consomem em média 357 calorias diárias, RESPOSTA: “C”.
dessa fonte.
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a
ou faltante: mesma regra que distribuídos.
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes (A) sócio
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) (B) sofrê-lo
diárias dessa fonte. (C) lúcidos
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes (D) constituí
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias (E) órfãos
dessa fonte.

68
PORTUGUÊS

Distribuímos = regra do hiato (...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria


(A) sócio = paroxítona terminada em ditongo (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa
(B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu
oblíquo. Nunca!) presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi-
(C) lúcidos = proparoxítona dência da República (1991).
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui” (Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
– oxítona: cons-ti-tui) -detail.php?id=393)
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
RESPOSTA: “E”.
RESPOSTA: “D”.
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
A concordância verbal está plenamente observada na ciedade como tais.
frase: Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e passará a ser, corretamente,
materialistas, o posicionamento de alguns religiosos e (A) perceba.
parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas (B) foi percebido.
públicas. (C) tenham percebido.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto (D) devam perceber.
àqueles que são contra a obrigatoriedade do ensino (E) estava percebendo.
religioso, para se reservar essa prática a setores da ini-
ciativa privada. ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do tex- ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
to, contra os que votam a favor do ensino religioso na remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
escola pública, consistem nos altos custos econômicos princípios...
que acarretarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade RESPOSTA: “A”
de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em
proporção maior do que ocorrem com o número de es- 8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
colas públicas. concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ta na frase:
como a regulação natural do mercado sinalizam para (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e
as inconveniências que adviriam da adoção do ensino valores que determinam as escolhas dos governantes,
religioso nas escolas públicas. para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes
(A) Provocam = provoca (o posicionamento) devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
(B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá haver cípios que regem a prática política.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda-
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola deiro regime democrático, em que se respeita tanto as
pública, consistem = consiste. liberdades individuais quanto as coletivas.
(D) O número de templos em atividade na cidade de (D) As instituições fundamentais de um regime de-
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor- mocrático não pode estar subordinado às ordens indis-
ção maior do que ocorrem = ocorre criminadas de um único poder central.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
a regulação natural do mercado sinalizam para as inconve- para o momento eleitoral, que expõem as diferentes
niências que adviriam da adoção do ensino religioso nas opiniões existentes na sociedade.
escolas públicas. Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
RESPOSTA: “E”. que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
rir legitimidade a suas decisões.
6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú- vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para valores e princípios que regem a prática política.
(A) embaixadores. (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
(B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais. dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
(C) prefeitos municipais. tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
(D) presidentes das Câmaras de Vereadores. (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(E) vereadores. crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.

69
PORTUGUÊS

(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. com as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que
RESPOSTA: “A”. as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
com as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que
A frase que admite transposição para a voz passiva é: as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa- com as de ontem.
grado.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
grande diversidade de fenômenos. ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so- nas demais.
ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
ficação. RESPOSTA: “E”.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
da vida (...). 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE –
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu- ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012)
dido e da falsa consciência. No trecho: “O crescimento econômico, se associado à
ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta-
do. cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma a forma:
grande diversidade de fenômenos. A) puder.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e B) poderia.
explicada pelo conceito... C) pôde.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
D) poderá.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
E) pudesse.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...).
Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
e da falsa consciência.
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é
crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
RESPOSTA: “B”.
soa do singular (ele) = poderia.
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, RESPOSTA: “B”.
vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
ambiental Geraldo Motta. Entre as frases que seguem, a única correta é:
Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli- a) Ele se esqueceu de que?
nhados devem sofrer as seguintes alterações: b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-
(A) entrar − vira tribui-lo entre os presentes.
(B) entrava − tinha visto c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
(C) entrasse − veria críticas.
(D) entraria − veria d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica-
(E) entrava − teria visto ções dos funcionários.
e) Não sei por que ele mereceria minha conside-
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- ração.
ria = entrasse / veria.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
RESPOSTA: “C”. (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
A pontuação está inteiramente adequada na frase: cessivos nas críticas.
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as (D) O juíz ( juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a cações dos funcionários.
ver com as de ontem. (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que
as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, RESPOSTA: “E”.
com as de ontem. ‘w

70
INFORMÁTICA

Instalação; utilização e manutenção de hardwares e softwares; conhecimentos e domínio do uso de ferramentas de


softwares para microcomputadores;................................................................................................................................................................ 01
Aplicativos para elaboração de textos, ........................................................................................................................................................... 23
Planilhas eletrônicas................................................................................................................................................................................................ 49
Banco de dados; ....................................................................................................................................................................................................119
Conhecimentos de instalação e manutenção de redes de computadores;....................................................................................132
Conhecimentos de proteção e segurança de sistemas; sistemas operacionais e Internet e Intranet..................................... 75
INFORMÁTICA

MAINFRAMES
INSTALAÇÃO; UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO
DE HARDWARES E SOFTWARES;
CONHECIMENTOS E DOMÍNIO DO USO
DE FERRAMENTAS DE SOFTWARES PARA
MICROCOMPUTADORES;

HISTÓRICO

Os primeiros computadores construídos pelo homem


foram idealizados como máquinas para processar números
(o que conhecemos hoje como calculadoras), porém, tudo
era feito fisicamente.

Existia ainda um problema, porque as máquinas pro-


cessavam os números, faziam operações aritméticas, mas
depois não sabiam o que fazer com o resultado, ou seja,
eram simplesmente máquinas de calcular, não recebiam
instruções diferentes e nem possuíam uma memória. Até
então, os computadores eram utilizados para pouquíssi-
mas funções, como calcular impostos e outras operações. Os computadores podem ser classificados pelo porte.
Os computadores de uso mais abrangente apareceram Basicamente, existem os de grande porte ― mainframes
logo depois da Segunda Guerra Mundial. Os EUA desen- ― e os de pequeno porte ― microcomputadores ― sen-
volveram ― secretamente, durante o período ― o primei- do estes últimos divididos em duas categorias: desktops ou
ro grande computador que calculava trajetórias balísticas. torres e portáteis (notebooks, laptops, handhelds e smar-
A partir daí, o computador começou a evoluir num ritmo tphones).
cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje. Conceitualmente, todos eles realizam funções internas
idênticas, mas em escalas diferentes.
Os mainframes se destacam por ter alto poder de pro-
Código Binário, Bit e Byte cessamento, muita capacidade de memória e por controlar
atividades com grande volume de dados. Seu custo é bas-
O sistema binário (ou código binário) é uma repre- tante elevado. São encontrados, geralmente, em bancos,
sentação numérica na qual qualquer unidade pode ser grandes empresas e centros de pesquisa.
demonstrada usando-se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é
a única linguagem que os computadores entendem. Cada CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES
um dos dígitos utilizados no sistema binário é chamado de
Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e representa A classificação de um computador pode ser feita de
a menor unidade de informação do computador. diversas maneiras. Podem ser avaliados:
Os computadores geralmente operam com grupos de • Capacidade de processamento;
bits. Um grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode • Velocidade de processamento;
ser usado na representação de caracteres, como uma letra • Capacidade de armazenamento das informações;
(A-Z), um número (0-9) ou outro símbolo qualquer (#, %, • Sofisticação do software disponível e compatibi-
*,?, @), entre outros. lidade;
• Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Pro-
Assim como podemos medir distâncias, quilos, tama- cessing Uni), Unidade Central de Processamento.
nhos etc., também podemos medir o tamanho das infor-
mações e a velocidade de processamento dos computa- TIPOS DE MICROCOMPUTADORES
dores. A medida padrão utilizada é o byte e seus múltiplos,
conforme demonstramos na tabela abaixo: Os microcomputadores atendem a uma infinidade de
aplicações. São divididos em duas plataformas: PC (compu-
tadores pessoais) e Macintosh (Apple).
Os dois padrões têm diversos modelos, configurações
e opcionais. Além disso, podemos dividir os microcompu-
tadores em desktops, que são os computadores de mesa,
com uma torre, teclado, mouse e monitor e portáteis, que
podem ser levados a qualquer lugar.

1
INFORMÁTICA

DESKTOPS E que estes dados foram sujeitos a certas transforma-


ções, com as quais foram obtidas as informações.
São os computadores mais comuns. Geralmente dis- O processamento de dados sempre envolve três fases
põem de teclado, mouse, monitor e gabinete separados essenciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da
fisicamente e não são movidos de lugar frequentemente, Informação.
uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos. Para que um sistema de processamento de dados fun-
São compostos por: cione ao contento, faz-se necessário que três elementos
• Monitor (vídeo) funcionem em perfeita harmonia, são eles:
• Teclado
• Mouse Hardware
• Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memó- Hardware é toda a parte física que compõe o sistema
rias, drives, disco rígido (HD), modem, portas USB etc. de processamento de dados: equipamentos e suprimentos
tais como: CPU, disquetes, formulários, impressoras.
PORTÁTEIS
Os computadores portáteis possuem todas as partes Software
integradas num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e É toda a parte lógica do sistema de processamento de
gabinete em uma única peça. Os computadores portáteis dados. Desde os dados que armazenamos no hardware,
começaram a aparecer no início dos anos 80, nos Estados até os programas que os processam.
Unidos e hoje podem ser encontrados nos mais diferen-
tes formatos e tamanhos, destinados a diferentes tipos de Peopleware
operações. Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles
que usam a informática como um meio para a sua ativi-
LAPTOPS dade fim), programadores e analistas de sistemas (aqueles
Também chamados de notebooks, são computadores que usam a informática como uma atividade fim).
portáteis, leves e produzidos para serem transportados fa-
Embora não pareça, a parte mais complexa de um sis-
cilmente. Os laptops possuem tela, geralmente de Liquid
tema de processamento de dados é, sem dúvida o People-
Crystal Display (LCD), teclado, mouse (touchpad), disco rí-
ware, pois por mais moderna que sejam os equipamentos,
gido, drive de CD/DVD e portas de conexão. Seu nome vem
por mais fartos que sejam os suprimentos, e por mais inte-
da junção das palavras em inglês lap (colo) e top (em cima),
ligente que se apresente o software, de nada adiantará se
significando “computador que cabe no colo de qualquer as pessoas (peopleware) não estiverem devidamente trei-
pessoa”. nadas a fazer e usar a informática.
NETBOOKS
São computadores portáteis muito parecidos com o O alto e acelerado crescimento tecnológico vem apri-
notebook, porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais morando o hardware, seguido de perto pelo software.
baratos e não possuem drives de CD/ DVD. Equipamentos que cabem na palma da mão, softwares que
transformam fantasia em realidade virtual não são mais
PDA novidades. Entretanto ainda temos em nossas empresas
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e pessoas que sequer tocaram algum dia em um teclado de
também são conhecidos como palmtops. São computado- computador.
res pequenos e, geralmente, não possuem teclado. Para a
entrada de dados, sua tela é sensível ao toque. É um assis- Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relaciona-
tente pessoal com boa quantidade de memória e diversos mento entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente
programas para uso específico. processamento da informação, sucateando e subutilizando
equipamentos e softwares. Isto pode ser vislumbrado, so-
SMARTPHONES bretudo nas instituições públicas.
São telefones celulares de última geração. Possuem
alta capacidade de processamento, grande potencial de POR DENTRO DO GABINETE
armazenamento, acesso à Internet, reproduzem músicas,
vídeos e têm outras funcionalidades.

Sistema de Processamento de Dados


Quando falamos em “Processamento de Dados” trata-
mos de uma grande variedade de atividades que ocorre
tanto nas organizações industriais e comerciais, quanto na
vida diária de cada um de nós.
Para tentarmos definir o que seja processamento de
dados temos de ver o que existe em comum em todas es-
tas atividades. Ao analisarmos, podemos perceber que em
todas elas são dadas certas informações iniciais, as quais
chamamos de dados.

2
INFORMÁTICA

Identificaremos as partes internas do computador, lo- • BIOS


calizadas no gabinete ou torre:
O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico
• Motherboard (placa-mãe) de entrada e saída, é a primeira camada de software do
• Processador micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar”
• Memórias o microcomputador. Durante o processo de inicialização, o
• Fonte de Energia BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componen-
• Cabos tes de hardware instalados, dar o boot, e prover informa-
• Drivers ções básicas para o funcionamento do sistema.
• Portas de Entrada/Saída O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a
utilização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix,
MOTHERBOARD (PLACA-MÃE) Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS
que estão descritos os elementos necessários para ope-
racionalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O.
acesso aos recursos independe de suas características es-
pecíficas.

É uma das partes mais importantes do computador. A


motherboard é uma placa de circuitos integrados que ser-
ve de suporte para todas as partes do computador. O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo
Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de al- EPROM (Erased Programmable Read Only Memory). É um
guma maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos. tipo de memória “não volátil”, isto é, desligando o com-
A placa mãe é desenvolvida para atender às caracte- putador não há a perda das informações (programas) nela
rísticas especificas de famílias de processadores, incluindo contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On
até a possibilidade de uso de processadores ainda não Self Test) e SETUP para teste do sistema e configuração dos
lançados, mas que apresentem as mesmas características parâmetros de inicialização, respectivamente, e de funções
previstas na placa. básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sis-
A placa mãe é determinante quanto aos componentes tema Operacional.
que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilida- Quando inicializamos o sistema, um programa chama-
des de upgrade, influenciando diretamente na performan- do POST conta a memória disponível, identifica dispositi-
vos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos com-
ce do micro.
ponentes instalados, verificando se existe algo de errado
com algum componente. Após o término desses testes, é
Diversos componentes integram a placa-mãe, como:
emitido um relatório com várias informações sobre o hard-
• Chipset ware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil
Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao micro- e rápida de verificar a configuração de um computador.
computador que gerenciam praticamente todo o funciona- Para paralisar a imagem tempo suficiente para conseguir
mento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break”
controle do buffer de dados, interface com a CPU, etc.). do teclado.
O chipset é composto internamente de vários outros Caso seja constatado algum problema durante o POST,
pequenos chips, um para cada função que ele executa. Há serão emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro en-
um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador contrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-
das memórias, etc. Existem diversos modelos de chipsets, falante conectado à placa mãe.
cada um com recursos bem diferentes. Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de
Devido à complexidade das motherboards, da sofisti- memória com tecnologia flash. Memórias que podem ser
cação dos sistemas operacionais e do crescente aumento atualizadas por software e também não perdem seus da-
do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integra- dos quando o computador é desligado, sem necessidade
dos) mais importante do microcomputador. Fazendo uma de alimentação permanente.
analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix.
maestro, o chipset seria o resto! 50% dos micros utilizam BIOS AMI.

3
INFORMÁTICA

• Memória CMOS O microprocessador, também conhecido como pro-


cessador, consiste num circuito integrado construído para
CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) realizar cálculos e operações. Ele é a parte principal do
é uma memória formada por circuitos integrados de bai- computador, mas está longe de ser uma máquina completa
xíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as por si só: para interagir com o usuário é necessário memó-
informações do sistema (setup), acessados no momento ria, dispositivos de entrada e saída, conversores de sinais,
do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do mi- entre outros.
crocomputador refletindo sua configuração (tipo de win- É o processador quem determina a velocidade de pro-
chester, números e tipo de drives, data e hora, configura- cessamento dos dados na máquina. Os primeiros modelos
ções gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo comerciais começaram a surgir no início dos anos 80.
armazenados na CMOS enquanto houver alimentação da • Clock Speed ou Clock Rate
bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ É a velocidade pela qual um microprocessador execu-
ou inclusão de novos componentes) podem implicar na al-
ta instruções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções
teração de alguns desses parâmetros.
uma CPU pode executar por segundo.
Muitos desses itens estão diretamente relacionados
Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do
com o processador e seu chipset e portanto é recomen-
processador. Porém, alguns computadores têm uma “cha-
dável usar os valores default sugerido pelo fabricante da
BIOS. Mudanças nesses parâmetros pode ocasionar o tra- ve” que permite 2 ou mais diferentes velocidades de clock.
vamento da máquina, intermitência na operação, mau fun- Isto é útil porque programas desenvolvidos para trabalhar
cionamento dos drives e até perda de dados do HD. em uma máquina com alta velocidade de clock podem não
• Slots para módulos de memória trabalhar corretamente em uma máquina com velocidade
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, alguns com-
eram encaixados (ou até soldados) diretamente na placa ponentes de expansão podem não ser capazes de trabalhar
mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em a alta velocidade de clock.
módulos (pentes), inicialmente de 30 vias, e depois com 72
e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos Assim como a velocidade de clock, a arquitetura inter-
bancos de memória de acordo com as necessidades das na de um microprocessador tem influência na sua perfor-
aplicações e dos recursos financeiros disponíveis. mance. Dessa forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de
Durante o período de transição para uma nova tecno- clock não necessariamente trabalham igualmente. Enquan-
logia é comum encontrar placas mãe com slots para mais to um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para multi-
de um modelo. Atualmente as placas estão sendo pro- plicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode fazer
duzidas apenas com módulos de 168 vias, mas algumas o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, estes
comportam memórias de mais de um tipo (não simulta- novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rápido
neamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
• Clock mesma. Além disso, alguns microprocessadores são supe-
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que rescalar, o que significa que eles podem executar mais de
gera um pulso elétrico. A função do clock é sincronizar to- uma instrução por ciclo.
dos os circuitos da placa mãe e também os circuitos inter-
nos do processador para que o sistema trabalhe harmoni- Como as CPUs, os barramentos de expansão também
camente. têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocida-
Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são me- des de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma
didos pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz
para que um componente não deixe o outro mais lento. Na
(Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Nor-
prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta
malmente os processadores são referenciados pelo clock
que a velocidade da CPU.
ou frequência de operação: Pentium IV 2.8 MHz.
• Overclock
PROCESSADOR Overclock é o aumento da frequência do processador
para que ele trabalhe mais rapidamente.
A frequência de operação dos computadores domésti-
cos é determinada por dois fatores:
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida
também como velocidade de barramento, que nos compu-
tadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz.
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486
que permite ao processador trabalhar internamente a uma
velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que
os outros periféricos do computador (memória RAM, cache
L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na veloci-
dade de barramento.

4
INFORMÁTICA

Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha MEMÓRIAS


com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplica-
dor de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o
processador trabalha a 166 MHz, mas se comunica com os
demais componentes do micro a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exem-
plo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simples-
mente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para
3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramen-
to de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais mo-
dernas suportam essa velocidade de barramento). Neste
caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium
166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz
(2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de
configuração da placa-mãe, o que torna indispensável o
manual da mesma. O aumento da velocidade de barramen- Vamos chamar de memória o que muitos autores de-
to da placa-mãe pode criar problemas caso algum perifé- nominam memória primária, que é a memória interna do
rico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa computador, sem a qual ele não funciona.
velocidade. A memória é formada, geralmente, por chips e é uti-
Quando se faz um overclock, o processador passa a lizada para guardar a informação para o processador num
trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, determinado momento, por exemplo, quando um progra-
fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. ma está sendo executado.
Com isto, reduz-se a vida útil do processador de cerca de As memórias ROM (Read Only Memory - Memória So-
20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já mente de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Me-
mória de Acesso Randômico) ficam localizadas junto à pla-
que os processadores rapidamente se tornam obsoletos).
ca-mãe. A ROM são chips soldados à placa-mãe, enquanto
Esse aquecimento excessivo pode causar também frequen-
a RAM são “pentes” de memória.
tes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante
o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
FONTE DE ENERGIA
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um
cooler (ventilador que fica sobre o processador para redu-
zir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma
pasta térmica especial que é passada diretamente sobre a
superfície do processador.
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou
quad, essa denominação refere-se na verdade ao núcleo
do processador, onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Ló-
gica). Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplica-
do, o que proporciona uma execução de duas instruções
efetivamente ao mesmo tempo, embora isto não aconteça É um aparelho que transforma a corrente de eletricida-
o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um dado de alternada (que vem da rua), em corrente contínua, para
gerado por sua “concorrente” que a execução paralela tor- ser usada nos computadores. Sua função é alimentar todas
na-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo tér- as partes do computador com energia elétrica apropriada
mino da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo para seu funcionamento.
quadruplicado. Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por
Esses são os processadores fabricados pela INTEL, em- meio de cabos coloridos com conectores nas pontas.
presa que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos tam-
bém alguns concorrentes famosos dessa marca, tais como CABOS
NEC, Cyrix e AMD; sendo que atualmente apenas essa últi-
ma marca mantém-se fazendo frente aos lançamentos da
INTEL no mercado. Por exemplo, um modelo muito popular
de 386 foi o de 40 MHz, que nunca foi feito pela INTEL, cujo
386 mais veloz era de 33 MHz, esse processador foi obra
da AMD. Desde o lançamento da linha Pentium, a AMD foi
obrigada a criar também novas denominações para seus
processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2,
K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron)
e os mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.

5
INFORMÁTICA

Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS


do gabinete: podem ser de energia ou de dados e co- DE ARMAZENAMENTO
nectam dispositivos, como discos rígidos, drives de CDs e
DVDs, LEDs (luzes), botão liga/desliga, entre outros, à pla- Memórias
ca-mãe.
Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE, Memória ROM
SATA, SATA2, energia e som.

DRIVERS

No microcomputador também se encontram as me-


mórias definidas como dispositivos eletrônicos respon-
sáveis pelo armazenamento de informações e instruções
utilizadas pelo computador.
São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou re-
movíveis - de armazenamento de dados, nos quais a in- Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em
formação é gravada por meio digital, ótico, magnético ou que os dados não se perdem quando o computador é des-
mecânico. ligado. Este tipo de memória é ideal para guardar dados
Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD, da BIOS (Basic Input/Output System - Sistema Básico de
os drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais Entrada/Saída) da placa-mãe e outros dispositivos.
antigos ainda apresentam drives de disquetes, que são
bem pouco usados devido à baixa capacidade de armaze- Os tipos de ROM usados atualmente são:
namento. Todos os drives são ligados ao computador por
meio de cabos. • Electrically-Erasable Programmable Read-Only
Memory (Eeprom)
PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA É um tipo de PROM que pode ser apagada simples-
mente com uma carga elétrica, podendo ser, posterior-
mente, gravada com novos dados. Depois da NVRAM é o
tipo de memória ROM mais utilizado atualmente.

• Non-Volatile Random Access Memory (Nvram)

Também conhecida como flash RAM ou memória flash,


a NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os
dados quando desligada. Este tipo de memória é o mais
usado atualmente para armazenar os dados da BIOS, não
só da placa-mãe, mas de vários outros dispositivos, como
modems, gravadores de CD-ROM etc.

É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado


São as portas do computador nas quais se conectam
em memória flash que permite realizarmos upgrades de
todos os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de
dados. Os computadores de hoje apresentam normalmen- BIOS. Na verdade essa não é exatamente uma memória
te as portas USB, VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem. ROM, já que pode ser reescrita, mas a substitui com van-
Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao com- tagens.
putador por meio dessas Portas: modem, monitor, pen dri-
ve, HD externo, scanner, impressora, microfone, Caixas de • Programmable Read-Only Memory (Prom)
som, mouse, teclado etc. É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sen-
do programada posteriormente. Uma vez gravados os da-
Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante dos, eles não podem ser alterados. Este tipo de memória é
usadas, como as portas paralelas (impressoras e scan- usado em vários dispositivos, assim como em placas-mãe
ners) e as portas PS/2(mouses e teclados). antigas.

6
INFORMÁTICA

Memoria RAM DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

Disco Rígido (HD)

Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso


aleatório onde são armazenados dados em tempo de pro-
cessamento, isto é, enquanto o computador está ligado e,
também, todas as informações que estiverem sendo exe-
cutadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos.
Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina,
por isso é chamada também de volátil.
O módulo de memória é um componente adicionado à
placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circui- O disco rígido é popularmente conhecido como HD
tos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode (Hard Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também,
ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou de memória, mas ao contrário da memória RAM, quando o
das necessidades do usuário. O local onde os chips de me- computador é desligado, não perde as informações.
mória são instalados chama-se SLOT de memória. O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para
A memória ganhou melhor desempenho com versões armazenamento de informações indispensável ao funcio-
mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâ- namento do computador. É nele que ficam guardados to-
mica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados), dos os dados e arquivos, incluindo o sistema operacional.
entre outras, que proporcionam um aumento no desempe- Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo,
nho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional. Hoje, que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2.
as memórias mais utilizadas são do tipo DDR2 e DDR3.
HD Externo
Memória Cache

Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta


capacidade de armazenamento, chegando facilmente à
casa dos Terabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir
de qualquer entrada USB do computador.
A memória cache é um tipo de memória de acesso
rápido utilizada, exclusivamente, para armazenamento de As grandes vantagens destes dispositivos são:
dados que provavelmente serão usados novamente. • Alta capacidade de armazenamento;
Quando executamos algum programa, por exemplo, • Facilidade de instalação;
parte das instruções fica guardada nesta memória para • Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qual-
que, caso posteriormente seja necessário abrir o programa quer lugar sem necessidade de abrir o computador.
novamente, sua execução seja mais rápida. CD, CD-R e CD-RW
Atualmente, a memória cache já é estendida a outros
dispositivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década
dados. Os processadores e os HDs, por exemplo, já utilizam de 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar
este tipo de armazenamento. dados digitalmente.

7
INFORMÁTICA

Sua composição é geralmente formada por quatro ca- Pen Drive


madas:
• Uma camada de policarbonato (espécie de plásti-
co), onde ficam armazenados os dados
• Uma camada refletiva metálica, com a finalidade
de refletir o laser
• Uma camada de acrílico, para proteger os dados
• Uma camada superficial, onde são impressos os
rótulos
Na camada de gravação existe uma grande espiral que É um dispositivo de armazenamento de dados em me-
tem um relevo de partes planas e partes baixas que repre- mória flash e conecta-se ao computador por uma porta
sentam os bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a USB. Ele combina diversas tecnologias antigas com baixo
informação. Temos hoje, no mercado, três tipos principais custo, baixo consumo de energia e tamanho reduzido, gra-
de CDs: ças aos avanços nos microprocessadores. Funciona, ba-
sicamente, como um HD externo e quando conectado ao
1. CD comercial computador pode ser visualizado como um drive. O pen
(que já vem gravado com música ou dados) drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o ta-
manho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdri-
2. CD-R ve (por usar uma memória flash) ou, ainda, disco removível.
(que vem vazio e pode ser gravado uma única vez) Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos
CDs, ou seja, armazenar dados para serem transportados,
3. CD-RW porém, com uma capacidade maior, chegando a 256 GB.
(que pode ter seus dados apagados e regravados)
Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca Cartão de Memória
de 700 MB ou 80 minutos de música.

DVD, DVD-R e DVD-RW

O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é


hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo
digital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popu-
larizou depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto
por quatro camadas, com a diferença de que o feixe de
Assim como o pen drive, o cartão de memória é um
laser que lê e grava as informações é menor, possibilitando
tipo de dispositivo de armazenamento de dados com me-
uma espiral maior no disco, o que proporciona maior capa- mória flash, muito encontrado em máquinas fotográficas
cidade de armazenamento. digitais e aparelhos celulares smartphones.
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas
R de gravação única e RW que possibilita a regravação de e nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos,
dados. A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ringtones, endereços, números de telefone etc.
ou 4,7 GB de dados, existindo ainda um tipo de DVD cha- O cartão de memória funciona, basicamente, como o
mado Dual Layer, que contém duas camadas de gravação, pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparen-
cuja capacidade de armazenamento chega a 8,5 GB. te no dispositivo e é bem mais compacto.
Os formatos mais conhecidos são:
Blu-Ray • Memory Stick Duo
• SD (Secure Digital Card)
O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia • Mini SD
entre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas • Micro SD
camadas de gravação.
Seu processo de fabricação segue os padrões do CD OS PERIFÉRICOS
e DVD comuns, com a diferença de que o feixe de laser Os periféricos são partes extremamente importantes
usado para leitura é ainda menor que o do DVD, o que dos computadores. São eles que, muitas vezes, definem
possibilita armazenagem maior de dados no disco. sua aplicação.
O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do lei-
tor ótico que, na verdade, para o olho humano, apresenta Entrada
uma cor violeta azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi São dispositivos que possuem a função de inserir da-
retirado do nome por fins jurídicos, já que muitos países dos ao computador, por exemplo: teclado, scanner, cane-
não permitem que se registre comercialmente uma palavra ta óptica, leitor de código de barras, mesa digitalizadora,
comum. O Blu-Ray foi introduzido no mercado no ano de mouse, microfone, joystick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera
2006. fotográfica digital, câmera de vídeo, webcam etc.

8
INFORMÁTICA

Mouse Câmera Digital

É utilizado para selecionar operações dentro de uma


tela apresentada. Seu movimento controla a posição do
cursor na tela e apenas clicando (pressionando) um dos
botões sobre o que você precisa, rapidamente a operação
estará definida. Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes
O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias fotográficos. As imagens são capturadas e gravadas numa
Macintosh e Windows, tornando-se indispensável para a memória interna ou, ainda, mais comumente, em cartões
utilização do microcomputador. de memória.
O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos
Touchpad é o JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao compu-
tador por meio de um cabo ou, nos computadores mais
modernos, colocando-se o cartão de memória diretamente
no leitor.

Câmeras de Vídeo

Existem alguns modelos diferentes de mouse para no-


tebooks, como o touchpad, que é um item de fábrica na
maioria deles. As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são
É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a também aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras
mesma funcionalidade do mouse. Para movimentar o cur- de vídeo digitais ligam-se ao microcomputador por meio
sor na tela, passa-se o dedo levemente sobre a área do de cabos de conexão e permitem levar a ele as imagens em
touchpad. movimento e alterá-las utilizando um programa de edição
de imagens. Existe, ainda, a possibilidade de transmitir as
Teclado imagens por meio de placas de captura de vídeo, que po-
dem funcionar interna ou externamente no computador.

É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada


de dados no computador.
Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi
pouco alterado. Possui teclas representando letras, núme-
ros e símbolos, bem como teclas com funções específicas
(F1... F12, ESC etc.).

9
INFORMÁTICA

Scanner É uma câmera de vídeo que capta imagens e as trans-


fere instantaneamente para o computador. A maioria delas
não tem alta resolução, já que as imagens têm a finalidade
de serem transmitidas a outro computador via Internet, ou
seja, não podem gerar um arquivo muito grande, para que
possam ser transmitidas mais rapidamente.
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate
-papo) com suporte para webcam. Os participantes podem
conversar e visualizar a imagem um do outro enquanto
conversam. Nos laptops e notebooks mais modernos, a câ-
mera já vem integrada ao computador.

Saída
É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à
São dispositivos utilizados para saída de dados do
memória do computador uma imagem desenhada, pintada
computador, por exemplo: monitor, impressora, projetor,
ou fotografada. Ele é formado por minúsculos sensores fo-
toelétricos, geralmente distribuídos de forma linear. Cada caixa de som etc.
linha da imagem é percorrida por um feixe de luz. Ao mes-
mo tempo, os sensores varrem (percorrem) esse espaço e Monitor
armazenam a quantidade de luz refletida por cada um dos
pontos da linha. É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão)
A princípio, essas informações são convertidas em car- que tem a função de exibir a saída de dados.
gas elétricas que, depois, ainda no scanner, são transforma- A qualidade do que é mostrado na tela depende da
das em valores numéricos. O computador decodifica esses resolução do monitor, designada pelos pontos (pixels - Pic-
números, armazena-os e pode transformá-los novamente ture Elements), que podem ser representados na sua su-
em imagem. Após a imagem ser convertida para a tela, perfície.
pode ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo. Todas as imagens que você vê na tela são compostas
Existem scanners que funcionam apenas em preto e de centenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels).
branco e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, Quanto mais pixels, maior a resolução e mais detalhada
os sensores passam apenas uma vez por cada ponto da será a imagem na tela. Uma resolução de 640 x 480 signi-
imagem. Os aparelhos de fax possuem um scanner desse fica 640 pixels por linha e 480 linhas na tela, resultando em
tipo para captar o documento. Para capturar as cores é pre- 307.200 pixels.
ciso varrer a imagem três vezes: uma registra o verde, outra A placa gráfica permite que as informações saiam do
o vermelho e outra o azul. computador e sejam apresentadas no monitor. A placa
Há aparelhos que produzem imagens com maior ou determina quantas cores você verá e qual a qualidade dos
menor definição. Isso é determinado pelo número de pon- gráficos e imagens apresentadas.
tos por polegada (ppp) que os sensores fotoelétricos po- Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou
dem ler. As capacidades variam de 300 a 4800 ppp. Alguns seja, apresentavam apenas uma cor e suas tonalidades,
modelos contam, ainda, com softwares de reconhecimento mostrando os textos em branco ou verde sobre um fun-
de escrita, denominados OCR. do preto. Depois, surgiram os policromáticos, trabalhando
Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para
com várias cores e suas tonalidades.
os scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de
A tecnologia utilizada nos monitores também tem
supermercados, para ler os códigos de barras dos produtos
acompanhado o mercado de informática. Procurou-se re-
vendidos.
duzir o consumo de energia e a emissão de radiação ele-
Webcam tromagnética. Outras inovações, como controles digitais,
tela plana e recursos multimídia contribuíram nas mudan-
ças.
Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays
Tube (CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo
princípio da TV), em que um canhão dispara por trás o fei-
xe de luz e a imagem é mostrada no vídeo. Uma grande
evolução foi o surgimento de uma tela especial, a Liquid
Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal Líquido.
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por mi-
núsculos cristais líquidos na formação dos feixes de luz até
a montagem dos pixels. Com este recurso, pode-se aumen-
tar a área útil da tela.

10
INFORMÁTICA

Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade Impressora Laser


da imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:
• Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo cam-
po de visão
• Matriz passiva: menor tempo de resposta nos mo-
vimentos de vídeo
Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ga-
nhando força no mercado, o LED. A principal diferença en-
tre LED x LCD está diretamente ligado à tela. Em vez de
células de cristal líquido, os LED possuem diodos emissores
de luz (Light Emitting Diode) que fornecem o conjunto de
luzes básicas (verde, vermelho e azul). Eles não aquecem
para emitir luz e não precisam de uma luz branca por trás, As impressoras a laser apresentam elevada qualidade
o que permite iluminar apenas os pontos necessários na de impressão, aliada a uma velocidade muito superior. Uti-
tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia. lizam folhas avulsas e são bastante silenciosas.
A definição de cores também é superior, principalmen- Possuem fontes internas e também aceitam fontes via
te do preto, que possui fidelidade não encontrada em ne- software (dependendo da quantidade de memória). Algu-
nhuma das demais tecnologias disponíveis no mercado. mas possuem um recurso que ajusta automaticamente as
Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED configurações de cor, eliminando a falta de precisão na im-
também pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma pressão colorida, podendo atingir uma resolução de 1.200
polegada de espessura. Isso resultado num monitor de de- dpi (dots per inch - pontos por polegada).
sign mais agradável e bem mais leve.
Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam Impressora a Cera
o tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não
Categoria de impressora criada para ter cor no impres-
deram continuidade à produção dos equipamentos com
so com qualidade de laser, porém o custo elevado de ma-
tubo de imagem.
nutenção aliado ao surgimento da laser colorida fizeram
Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geral-
essa tecnologia ser esquecida. A ideia aqui é usar uma su-
mente, 13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando
blimação de cera (aquela do lápis de cera) para fazer im-
com imagens, cores, movimentos e animações multimídia,
pressão.
sentiu-se a necessidade de produzir telas maiores.
Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes
Plotters
formatos e tamanhos. As televisões mais modernas apre-
sentam uma entrada VGA ou HDMI, para que computado-
res sejam conectados a elas.

Impressora Jato de Tinta

Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter,
(como também são chamadas), são as mais populares do que é uma impressora destinada a imprimir desenhos em
mercado. Silenciosas, elas oferecem qualidade de impres- grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como
são e eficiência. plantas arquitetônicas, mapas cartográficos, projetos de
A impressora jato de tinta forma imagens lançando a engenharia e grafismo, ou seja, a impressora plotter é des-
tinta diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres tinada às artes gráficas, editoração eletrônica e áreas de
como se fossem contínuos. Imprime sobre papéis espe- CAD/CAM.
ciais e transparências e são bastante versáteis. Possuem Vários modelos de impressora plotter têm resolução
fontes (tipos de letras) internas e aceitam fontes via soft- de 300 dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por
ware. Também preparam documentos em preto e branco polegada, permitindo imprimir, aproximadamente, 20 pá-
e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e ginas por minuto (no padrão de papel utilizado em impres-
outro colorido. soras a laser).

11
INFORMÁTICA

Existe a plotter que imprime materiais coloridos com • I/O Write - Causa dados no barramento de dados se-
largura de até três metros (são usadas em empresas que rem enviados para uma porta de saída (dispositivo de I/O).
imprimem grandes volumes e utilizam vários formatos de • I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo
papel). de I/O, os quais serão colocados no barramento de dados.
Projetor • Bus request - Indica que um módulo pede controle
do barramento do sistema.
É um equipamento muito utilizado em apresentações • Reset - Inicializa todos os módulos
multimídia.
Antigamente, as informações de uma apresentação Todo barramento é implementado seguindo um con-
eram impressas em transparências e ampliadas num retro- junto de regras de comunicação entre dispositivos conhe-
projetor, mas, com o avanço tecnológico, os projetores têm cido como BUS STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO
auxiliado muito nesta área. DE BARRAMENTO, que vem a ser um padrão que qualquer
Quando conectados ao computador, esses equipa- dispositivo que queira ser compatível com este barramento
mentos reproduzem o que está na tela do computador em deva compreender e respeitar. Mas um ponto sempre é
dimensões ampliadas, para que várias pessoas vejam ao certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao bar-
mesmo tempo. ramento, porque os dados trafegam por toda a extensão
da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de
Entrada/Saída dados seria o caos para o funcionamento do computador.
São dispositivos que possuem tanto a função de inse-
rir dados, quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen Os barramentos têm como principais vantagens o fato
drive, modem, CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque, de ser o mesmo conjunto de fios que é usado para todos os
impressora multifuncional, etc. periféricos, o que barateia o projeto do computador. Outro
IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser ponto positivo é a versatilidade, tendo em vista que toda
classificada como periférico de Entrada/Saída, pois sua placa sempre tem alguns slots livres para a conexão de no-
principal característica é a de realizar os papeis de impres- vas placas que expandem as possibilidades do sistema.
sora (Saída) e scanner (Entrada) no mesmo dispositivo. A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de
engarrafamentos pelo uso da mesma via por muitos perifé-
BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS ricos, o que vem a prejudicar a vazão de dados (troughput).
Dispositivos conectados ao barramento
Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são
conjuntos de fios que normalmente estão presentes em to- • Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o
das as placas do computador. acesso ao barramento para leitura ou escrita de dados
Na verdade existe barramento em todas as placas de
• Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente
produtos eletrônicos, porém em outros aparelhos os téc-
obedecem à requisição do mestre.
nicos referem-se aos barramentos simplesmente como o
Exemplo:
“impresso da placa”.
- CPU ordena que o controlador de disco leia ou escre-
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem
va um bloco de dados.
a comunicação entre todos os dispositivos do computador:
A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo.
UCP, memória, dispositivos de entrada e saída e outros. Os
sinais típicos encontrados no barramento são: dados, clock,
Barramentos Comerciais
endereços e controle.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade
de serem levados às mais diversas porções do computador. Serão listados aqui alguns barramentos que foram e
Os endereços estão presentes para indicar a localiza- alguns que ainda são bastante usados comercialmente.
ção para onde os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como sín- ISA – Industry Standard Architeture
cronos, pois os dispositivos são obrigados a seguir uma
sincronia de tempo para se comunicarem.
O controle existe para informar aos dispositivos en-
volvidos na transmissão do barramento se a operação em
curso é de escrita, leitura, reset ou outra qualquer. Alguns
sinais de controle são bastante comuns:
• Memory Write - Causa a escrita de dados do barra-
mento de dados no endereço especificado no barramento
de endereços.
• Memory Read - Causa dados de um dado endereço
especificado pelo barramento de endereço a ser posto no
barramento de dados.

12
INFORMÁTICA

Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo Esse barramento permite que uma placa controladora
PC-AT. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC- gráfica AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI.
compatíveis. Era um barramento único para todos os com- O Chip controlador AGP substitui o controlador de E/S do
ponentes do computador, operando com largura de 16 bits barramento PCI. O novo conjunto AGP continua com fun-
e com clock de 8 MHz. ções herdadas do PCI. O conjunto faz a transferência de
dados entre memória, o processador e o controlador ISA,
PCI – Peripheral Components Interconnect tudo, simultaneamente.
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela por-
ta gráfica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM,
eliminando a necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na
própria placa para armazenar grandes arquivos de bits
como mapas e textura.
O uso desse barramento iniciou-se através de placas-
mãe que usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse
chipset foi o primeiro a ter suporte ao AGP. A principal van-
tagem desse barramento é o uso de uma maior quantidade
de memória para armazenamento de texturas para objetos
tridimensionais, além da alta velocidade no acesso a essas
texturas para aplicação na tela.
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que pro-
porciona uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além
disso, sua taxa de transferência chegava a 266 MB por se-
PCI é um barramento síncrono de alta performance, gundo quando operando no esquema de velocidade X1, e
indicado como mecanismo entre controladores altamen- a 532 MB quando no esquema de velocidade 2X. Existem
te integrados, plug-in placas, sistemas de processadores/ também as versões 4X, 8X e 16X. Geralmente, só se en-
memória. contra um único slot nas placas-mãe, visto que o AGP só
Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plu- interessa às placas de vídeo.
g-and-play.
Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o pro- PCI Express
cessador PENTIUM da Intel. Assim o novo processador
realmente foi revolucionário, pois chegou com uma série
de inovações e um novo barramento. O PCI foi definido
com o objetivo primário de estabelecer um padrão da in-
dústria e uma arquitetura de barramento que ofereça baixo
custo e permita diferenciações na implementação.
Componente PCI ou PCI master
Funciona como uma ponte entre processador e barra-
mento PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI
estão conectados.
- Add-in cards interface
Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São
gerenciados pelo PCI master e são totalmente programáveis.

AGP – Advanced Graphics Port Na busca de uma solução para algumas limitações dos
barramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha
no barramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Tra-
ta-se de um padrão que proporciona altas taxas de transfe-
rência de dados entre o computador em si e um dispositivo,
por exemplo, entre a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D.
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que
permite o uso de uma ou mais conexões seriais, também
chamados de lanes para transferência de dados. Se um
determinado dispositivo usa um caminho, então diz-se que
esse utiliza o barramento PCI Express 1X; se utiliza 4 lanes ,
sua denominação é PCI Express 4X e assim por diante. Cada
lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados.
Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits
por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é
de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI

13
INFORMÁTICA

Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por por vez, isso torna a comunicação mais lenta, porém o cabo
segundo, um valor bem maior que os 132 MB do padrão do dispositivo pode ser mais longo, alguns chegam até a
PCI. Esse barramento trabalha com até 16X, o equivalente 10 metros de comprimento. Isso é útil para usar uma baru-
a 4000 MB por segundo. A tabela abaixo mostra os valores lhenta impressora matricial em uma sala separada daquela
das taxas do PCI Express comparadas às taxas do padrão onde o trabalho acontece.
AGP: As velocidades de comunicação dessa interface variam
de 25 bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na par-
AGP PCI Express te externa do gabinete, essas interfaces são representadas
por conectores DB-9 ou DB-25 machos.
AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB por
segundo segundo
AGP 4X: 1064 MB por PCI Express 2X: 500 MB por
segundo segundo
AGP 8X: 2128 MB por PCI Express 8X: 2000 MB por
segundo segundo
PCI Express 16X: 4000 MB por
 
segundo

É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado


e, devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express
2X de PCI Express 1X.
Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode represen-
tar também taxas de transferência de dados de 500 MB por Interface Paralela
segundo.
A Intel é uma das grandes precursoras de inovações Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa
tecnológicas. interface transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits
No início de 2001, em um evento próprio, a empresa em paralelo existe um RISCo de interferência na corrente
mostrou a necessidade de criação de uma tecnologia capaz elétrica dos condutores que formam o cabo. Por esse moti-
de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Ge- vo os cabos de comunicação desta interface são mais cur-
neration I/O – 3ª geração de Entrada e Saída). Em agosto tos, normalmente funcionam muito bem até a distância de
desse mesmo ano, um grupo de empresas chamado de 1,5 metro, embora exista no mercado cabos paralelos de
PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD até 3 metros de comprimento. A velocidade de transmissão
e Microsoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO. desta porta chega até a 1,2 MB por segundo.
Entre os quesitos levantados nessas especificações, Nos gabinetes dos computadores essa porta é encon-
estão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, pos- trada na forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impres-
sibilidade de uso de mais de uma lane, suporte a outros soras, normalmente, os conectores paralelos são conheci-
tipos de conexão de plataformas, melhor gerenciamento dos como interface centronics.
de energia, melhor proteção contra erros, entre outros.

Esse barramento é fortemente voltado para uso em


subsistemas de vídeo.

Interfaces – Barramentos Externos

Os barramentos circulam dentro do computador, co-


brem toda a extensão da placa-mãe e servem para co-
nectar as placas menores especializadas em determinadas
tarefas do computador. Mas os dispositivos periféricos
precisam comunicarem-se com a UCP, para isso, historica-
mente foram desenvolvidas algumas soluções de conexão
tais como: serial, paralela, USB e Firewire. Passando ainda
por algumas soluções proprietárias, ou seja, que somente USB – Universal Serial Bus
funcionavam com determinado periférico e de determina-
do fabricante. A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde en-
tão, foi passando por várias revisões. As mais populares são
Interface Serial as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utili-
Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta in- zada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de
terface no passado já conectou até impressoras. Sua carac- transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto
terística fundamental é que os bits trafegam em fila, um que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s.

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INFORMÁTICA

Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido, Conectores USB 3.0
afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes
por segundo. No entanto, acredite, a evolução da tecno- Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0
logia acaba fazendo com que velocidades muito maiores diz respeito ao conector. Os conectores de ambos são bas-
sejam necessárias. tante parecidos, mas não são iguais.
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões
Conector USB 3.0 A
à internet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz
com que as pessoas queiram consumir, por exemplo, ví- Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia
deos, músicas, fotos e jogos em alta definição. Some a isso USB 3.0 são compostos por nove fios, enquanto que os
ao fato de ser cada vez mais comum o surgimento de dis- cabos USB 2.0 utilizam apenas 4. Isso acontece para que
positivos como smartphones e câmeras digitais que aten- o padrão novo possa suportar maiores taxas de transmis-
dem a essas necessidades. A consequência não poderia ser são de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem
outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número contatos para estes fios adicionais na parte do fundo. Caso
cada vez maior de pessoas. um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará apenas os
contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir
Com suas especificações finais anunciadas em novem- mostram um conector USB 3.0 do tipo A:
bro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da
demanda que está por vir. É isso ou é perder espaço para
tecnologias como o FireWire ou Thunderbolt, por exem-
plo. Para isso, o USB 3.0 tem como principal característica
a capacidade de oferecer taxas de transferência de dados
de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso...

O que é USB 3.0?

Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu por-


que o padrão precisou evoluir para atender novas neces-
sidades. Mas, no que consiste exatamente esta evolução?
O que o USB 3.0 tem de diferente do USB 2.0? A principal
característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5
Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 me-
gabytes por segundo, dez vezes mais que a velocidade do Estrutura interna de um conector USB 3.0 A
USB 2.0. Nada mal, não?

Conector USB 3.0 A


Símbolo para dispositivos USB 3.0
Você deve ter percebido que é possível conectar dis-
Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimen- positivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é
tação elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, en- compatível com as versões anteriores. Fabricantes também
quanto que o novo padrão pode suportar 900 miliampéres. podem fazer dispositivos USB 3.0 compatíveis com o pa-
Isso significa que as portas USB 3.0 podem alimentar dis- drão 2.0, mas neste caso a velocidade será a deste último.
positivos que consomem mais energia (como determina- E é claro: se você quer interconectar dois dispositivos por
dos HDs externos, por exemplo, cenário quase impossível USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo precisa
ser deste padrão.
com o USB 2.0).
É claro que o USB 3.0 também possui as caracterís- Conector USB 3.0 B
ticas que fizeram as versões anteriores tão bem aceitas,
como Plug and Play (plugar e usar), possibilidade de co- Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 tam-
nexão de mais de um dispositivo na mesma porta, hot-s- bém conta com conectores diferenciados para se adequar
wappable (capacidade de conectar e desconectar disposi- a determinados dispositivos. Um deles é o conector do tipo
tivos sem a necessidade de desligá-los) e compatibilidade B, utilizado em aparelhos de porte maior, como impresso-
com dispositivos nos padrões anteriores. ras ou scanners, por exemplo.

15
INFORMÁTICA

Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB lizados no USB 2.0, há também os seguintes: StdA_SSRX-
3.0 possui uma área de contatos adicional na parte supe- e StdA_SSRX+ para recebimento de dados, StdA_SSTX- e
rior. Isso significa que nela podem ser conectados tantos StdA_SSTX+ para envio, e GND_DRAIN como “fio terra”
dispositivos USB 2.0 (que aproveitam só a parte inferior) para o sinal.
quanto USB 3.0. No entanto, dispositivos 3.0 não poderão O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma va-
ser conectados em portas B 2.0: riação (USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais
para alimentação elétrica e outro associado a este que ser-
ve como “fio terra”, permitindo o fornecimento de até 1000
miliampéres a um dispositivo.
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite defi-
nido, no entanto, testes efetuados por algumas entidades
especialistas (como a empresa Cable Wholesale) recomen-
dam, no máximo, até 3 metros para total aproveitamento
da tecnologia, mas esta medida pode variar de acordo com
as técnicas empregadas na fabricação.
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB
Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org
Micro-USB 3.0 3.0 faz esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre
dispositivos conectados, é possível o envio e o recebimen-
O conector micro-USB, utilizado em smartphones, por to simultâneo de dados. No USB 2.0, é possível apenas um
exemplo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0 tipo de atividade por vez.
- com nome de micro-USB B -, passou a contar com uma O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no con-
área de contatos adicional na lateral, o que de certa forma trole do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a
diminui a sua praticidade, mas foi a solução encontrada máquina na qual os dispositivos são conectados, se comu-
para dar conta dos contatos adicionais: nica com os aparelhos de maneira assíncrona, aguardando
estes indicarem a necessidade de transmissão de dados.
No USB 2.0, há uma espécie de “pesquisa contínua”, onde
o host necessita enviar sinais constantemente para saber
qual deles necessita trafegar informações.
Ainda no que se refere ao consumo de energia, tan-
to o host quanto os dispositivos conectados podem entrar
em um estado de economia em momentos de ociosidade.
Além disso, no USB 2.0, os dados transmitidos acabam indo
do host para todos os dispositivos conectados. No USB 3.0,
essa comunicação ocorre somente com o dispositivo de
destino.

Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0
Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão adotan- Em determinados equipamentos, especialmente lap-
do a cor azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e, tops, é comum encontrar, por exemplo, duas portas USB
algumas vezes, nos cabos destes. Note, no entanto, que é
2.0 e uma USB 3.0. Quando não houver nenhuma descrição
essa não é uma regra obrigatória, portanto, é sempre con-
identificando-as, como saber qual é qual? Pela cor existen-
veniente prestar atenção nas especificações do produto
te no conector.
antes de adquiri-lo.
Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa par-
Sobre o funcionamento do USB 3.0 te dos fabricantes segue a recomendação de identificar os
conectores USB 3.0 com a sua parte plástica em azul, tal
Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9 como informado anteriormente. Nas portas USB 2.0, por
fios, enquanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC), sua vez, os conectores são pretos ou, menos frequente-
D+, D- e GND. O primeiro é o responsável pela alimentação mente, brancos.
elétrica, o segundo e o terceiro são utilizados na transmis-
são de dados, enquanto que o quarto atua como “fio terra”. USB 3.1: até 10 Gb/s
No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de
dados em alta velocidade fez com que, no início, fosse Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especifica-
considerado o uso de fibra óptica para este fim, mas tal ções finais do  USB 3.1  (também chamado deSuperSpeed
característica tornaria a tecnologia cara e de fabricação USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a
mais complexa. A solução encontrada para dar viabilidade oferecer taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s (ou
ao padrão foi a adoção de mais fios. Além daqueles uti- seja, o dobro).

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INFORMÁTICA

Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcan- utilidade para elas devido à falta de periféricos para seu
çar taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é exagero, uso. Porém o desenvolvimento continuou, sendo focado
afinal, há aplicações que podem usufruir desta velocidade. principalmente pela área de vídeo, que poderia tirar gran-
É o caso de monitores de vídeo que são conectados ao des proveitos da maior velocidade que ele oferecia.
computador via porta USB, por exemplo.
Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz Suas principais vantagens:
uso de nenhum artefato físico mais elaborado. O “segre- • São similares ao padrão USB;
do”, essencialmente, está no uso de um método de codi- • Conexões sem necessidade de desligamento/boot do
ficação de dados mais eficiente e que, ao mesmo tempo, micro (hot-plugable);
não torna a tecnologia significantemente mais cara. • Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63
Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conecto- por porta);
res e cabos das especificações anteriores, assim como com • Permite até 1023 barramentos conectados entre si;
dispositivos baseados nestas versões. • Transmite diferentes tipos de sinais digitais:
Merece destaque ainda o aspecto da alimentação vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de disposi-
elétrica: o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na tivo, etc;
transferência de energia, indicando que dispositivos mais • Totalmente Digital (sem a necessidade de converso-
exigentes poderão ser alimentados por portas do tipo. Mo- res analógico-digital, e portanto mais seguro e rápido);
nitores de vídeo e HDs externos são exemplos: não seria • Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexí-
ótimo ter um único cabo saindo destes dispositivos? vel, barato e simples;
A indústria trabalha com a possiblidade de os primei- • Como é um barramento serial, permite conexão bem
ros equipamentos baseados em USB 3.1 começarem a facilitada, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessi-
chegar ao mercado no final de 2014. Até lá, mais detalhes dade de conexão ao micro (somente uma ponta é conec-
serão revelados. tada no micro).
Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados
Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra no- A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de
vidade para a versão 3.1 da tecnologia: um conector cha- haver distorções no sinal, porém, restringindo a velocida-
mado (até agora, pelos menos) de tipo C que permitirá que de do barramento podem-se alcançar maiores distâncias
você conecte um cabo à entrada a partir de qualquer lado. de cabo (até 14 metros). Lembrando que esses valores são
Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou para distâncias “ENTRE PERIFÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO
pendrive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou DE TRANSCEIVERS (com transceivers a previsão é chegar a
e somente então percebe que o conectou incorretamente? até 70 metros usando fibra ótica).
Com o novo conector, este problema será coisa do passa- O barramento firewire permite a utilização de dispo-
do: qualquer lado fará o dispositivo funcionar. sitivos de diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200
Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhan- Mb/s) no mesmo barramento.
te aos conectores Lightning existentes nos produtos da O suporte a esse barramento está nativamente em
Apple. Tal como estes, o conector tipo C deverá ter tam- Macs, e em PCs através de placas de expansão específicas
bém dimensões reduzidas, o que facilitará a sua adoção em ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.
smartphones, tablets e outros dispositivos móveis. Os principais usos que estão sendo direcionados a essa
Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C interface, devido às características listadas, são na área de
não será compatível com as portas dos padrões anteriores, multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de
exceto pelo uso de adaptadores. É importante relembrar, vídeo (placas de captura, câmeras, TVs digitais, setup bo-
no entanto, que será possível utilizar os conectores já exis- xes, home theather, etc).
tentes com o USB 3.1.
A USB.org promete liberar mais informações sobre esta
novidade em meados de 2014.

Firewire

O barramento firewire, também conhecido como IEEE


1394 ou como i.Link, é um barramento de grande volu-
me de transferência de dados entre computadores, peri-
féricos e alguns produtos eletrônicos de consumo. Foi de-
senvolvido inicialmente pela Apple como um barramento INTERFACE DE VIDEO
serial de alta velocidade, mas eles estavam muito à frente
da realidade, ainda mais com, na época, a alternativa do Conector VGA (Video Graphics Array)
barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato
e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple, Os conectores VGA são bastante conhecidos, pois estão
mesmo incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por presentes na maioria absoluta dos “grandalhões” monito-
algum tempo, a realidade “de fato”, era a não existência de res CRT (Cathode Ray Tube) e também em alguns modelos

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INFORMÁTICA

que usam a tecnologia LCD, além de não ser raro encontrá Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com
-los em placas de vídeos (como não poderia deixar de ser). conectores VGA, precisa converter o sinal que recebe para
O conector desse padrão, cujo nome é D-Sub, é composto digital. Esse processo faz com que a qualidade da imagem
por três “fileiras” de cinco pinos. Esses pinos são conecta- diminua. Como o DVI trabalha diretamente com sinais di-
dos a um cabo cujos fios transmitem, de maneira indepen- gitais, não é necessário fazer a conversão, portanto, a qua-
dente, informações sobre as cores vermelha (red), verde lidade da imagem é mantida. Por essa razão, a saída DVI
(green) e azul (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e é ótima para ser usada em monitores LCD, DVDs, TVs de
sobre as frequências verticais e horizontais. Em relação a plasma, entre outros.
estes últimos aspectos: frequência horizontal consiste no É necessário frisar que existe mais de um tipo de co-
número de linhas da tela que o monitor consegue “preen- nector DVI:
cher” por segundo. Assim, se um monitor consegue varrer DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém ofe-
60 mil linhas, dizemos que sua frequência horizontal é de rece qualidade de imagem superior ao padrão VGA;
60 KHz. Frequência vertical, por sua vez, consiste no tempo DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digi-
em que o monitor leva para ir do canto superior esquerdo tal. É também mais comum que seu similar, justamente por
da tela para o canto inferior direito. Assim, se a frequên- ser usado em placas de vídeo;
cia horizontal indica a quantidade de vezes que o canhão DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI
consegue varrer linhas por segundo, a frequência vertical -A como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente.
indica a quantidade de vezes que a tela toda é percorrida Há ainda conectores DVI que trabalham com as especifi-
por segundo. Se é percorrida, por exemplo, 56 vezes por cações Single Link e Dual Link. O primeiro suporta resoluções
segundo, dizemos que a frequência vertical do monitor é de até 1920x1080 e, o segundo, resoluções de até 2048x1536,
de 56 Hz. em ambos os casos usando uma frequência de 60 Hz.
É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI
pinos faltantes. Não se trata de um defeito: embora os co- é composto, basicamente, por quatro pares de fios trança-
nectores VGA utilizem um encaixe com 15 pinos, nem to- dos, sendo um par para cada cor primária (vermelho, verde
dos são usados. e azul) e um para o sincronismo. Os conectores, por sua
vez, variam conforme o tipo do DVI, mas são parecidos en-
tre si, como mostra a imagem a seguir:

Atualmente, praticamente todas as placas de vídeo e


Conector e placa de vídeo com conexão VGA monitores são compatíveis com DVI. A tendência é a de
que o padrão VGA caia, cada vez mais, em desuso.
Conector DVI (Digital Video Interface)
Conector S-Video (Separated Video)
Os conectores DVI  são bem mais recentes e propor-
cionam qualidade de imagem superior, portanto, são con-
siderados substitutos do padrão VGA. Isso ocorre porque,
conforme indica seu nome, as informações das imagens
podem ser tratadas de maneira totalmente digital, o que
não ocorre com o padrão VGA.

Padrão S-Video

Para entender o S-Video, é melhor compreender, pri-


meiramente, outro padrão: o Compost Video, mais conhe-
cido como Vídeo Composto. Esse tipo utiliza conectores do
tipo RCA e é comumente encontrado em TVs, aparelhos de
Conector DVI-D DVD, filmadoras, entre outros.

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INFORMÁTICA

Geralmente, equipamentos com Vídeo Composto fa- como Y-Pb-Pr (ou Y-Cb-Cr). O primeiro (de cor verde), é
zem uso de três cabos, sendo dois para áudio (canal es- responsável pela transmissão do vídeo em preto e branco,
querdo e canal direito) e o terceiro para o vídeo, sendo este isto é, pela “estrutura” da imagem. Os demais conectores
o que realmente faz parte do padrão. Esse cabo é constituí- trabalham com os dados das cores e com o sincronismo.
do de dois fios, um para a transmissão da imagem e outro Como dito anteriormente, o padrão S-Video é cada vez
que atua como “terra”. mais comum em placas de vídeo. No entanto, alguns mo-
O S-Video, por sua vez, tem seu cabo formado com delos são também compatíveis com Vídeo Componente.
três fios: um transmite imagem em preto e branco; outro Nestes casos, o encaixe que fica na placa pode ser do tipo
transmite imagens em cores; o terceiro atua como terra. É que aceita sete pinos (pode haver mais). Mas, para ter cer-
essa distinção que faz com que o S-Video receba essa de- teza dessa compatibilidade, é necessário consultar o ma-
nominação, assim como é essa uma das características que nual do dispositivo.
faz esse padrão ser melhor que o Vídeo Composto. Para fazer a conexão de um dispositivo ao computador
O conector do padrão S-Video usado atualmente é co- usando o Component Video, é necessário utilizar um cabo
nhecido como Mini-Din de quatro pinos (é semelhante ao especial (geralmente disponível em lojas especializadas):
usado em mouses do tipo PS/2). Também é possível en- uma de suas extremidades contém os conectores Y-Pb-Pr,
contrar conexões S-Video de sete pinos, o que indica que o enquanto a outra possui um encaixe único, que deve ser
dispositivo também pode contar com Vídeo Componente inserido na placa de vídeo.
(visto adiante).
Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI MONITOR DE VÍDEO
com S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os
três tipos na mesma placa. Assim, se você quiser assistir na O monitor é um dispositivo de saída do computador,
TV um vídeo armazenado em seu computador, basta usar cuja função é transmitir informação ao utilizador através
a conexão S-Video, desde que a televisão seja compatível da imagem.
com esse conector, é claro. Os monitores são classificados de acordo com a
tecnologia de amostragem de vídeo utilizada na for-
mação da imagem. Atualmente, essas tecnologias são
três: CRT , LCD e plasma. À superfície do monitor sobre a
qual se projecta a imagem chamamos tela, ecrã ou écran.

Tecnologias

CRT

Placa de vídeo com conectores S-Video, DVI e VGA


Component Video (Vídeo Componente)
O padrão Component Video é, na maioria das vezes,
usado em computadores para trabalhos profissionais - por
exemplo, para atividades de edição de vídeo. Seu uso mais
comum é em aparelhos de DVD e em televisores de alta
definição (HDTV - High-Definition Television), sendo um
dos preferidos para sistemas de home theater. Isso ocorre Monitor CRT da marca LG.
justamente pelo fato de o Vídeo Componente oferecer ex-
celente qualidade de imagem. CRT (Cathodic Ray Tube), em inglês, sigla de (Tubo de
raios catódicos) é o monitor “tradicional”, em que a tela
é repetidamente atingida por um feixe de elétrons, que
atuam no material fosforescente que a reveste, assim for-
mando as imagens.

Este tipo de monitor tem como principais vantagens:


Component Video • longa vida útil;
• baixo custo de fabricação;
A conexão do Component Video é feita através de um • grande banda dinâmica de cores e contrastes; e
cabo com três fios, sendo que, geralmente, um é indicado • grande versatilidade (uma vez que pode funcionar
pela cor verde, outro é indicado pela cor azul e o terceiro em diversas resoluções, sem que ocorram grandes distor-
é indicado pela cor vermelha, em um esquema conhecido ções na imagem).

19
INFORMÁTICA

As maiores desvantagens deste tipo de monitor são: • o contraste não é muito bom como nos monitores
• suas dimensões (um monitor CRT de 20 polega- CRT ou de Plasma, assim a imagem fica com menos de-
das pode ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de finição, este aspecto vem sendo atenuado com os novos
20 kg); paineis com iluminação por  leds  e a fidelidade de cores
• o consumo elevado de energia; nos monitores que usam paineis do tipo TN (monitores co-
• seu efeito de cintilação (flicker); e muns) são bem ruins, os monitores com paineis IPS, mais
• a possibilidade de emitir radiação que está fora raros e bem mais caros, tem melhor fidelidade de cores,
do espectro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de chegando mais proximo da qualidade de imagem dos CRTs;
longos períodos de exposição. Este último problema é mais • um fato não-divulgado pelos fabricantes: se o cris-
frequentemente constatado em monitores e televisores tal líquido da tela do monitor for danificado e ficar exposto
antigos e desregulados, já que atualmente a composição ao ar, pode emitir alguns compostos tóxicos, tais como o
do vidro que reveste a tela dos monitores detém a emissão óxido de zinco e o sulfeto de zinco; este será um problema
quando alguns dos monitores fabricados hoje em dia che-
dessas radiações.
garem ao fim de sua vida útil (estimada em 20 anos).
• Distorção geométrica.
• ângulo de visão inferiores: Um monitor LCD, dife-
rente de um monitor CRT, apresenta limitação com relação
LCD
ao ângulo em que a imagem pode ser vista sem distorção.
Isto era mais sensível tempos atrás quando os monitores
LCDs eram de tecnologia passiva, mas atualmente apresen-
tam valores melhores em torno de 160º.
Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda
de monitores e televisores LCD vem crescendo bastante.

Principais características técnicas


Para a especificação de um monitor de vídeo, as carac-
terísticas técnicas mais relevantes são:
• Luminância;
• Tamanho da tela;
• Tamanho do ponto;
• Temperatura da cor;
• Relação de contraste;
• Interface (DVI ou VGA, usualmente);
Um monitor de cristal líquido. • Frequência de sincronismo horizontal;
• Frequência de sincronismo vertical;
LCD (Liquid Cristal Display, em inglês, sigla de tela de • Tempo de resposta; e
cristal líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a • Frequência de atualização da imagem
tela é composta por cristais que são polarizados para gerar
as cores. LED
Painéis LCD com retro iluminação LED, ou LED TVs, o
Tem como vantagens: mesmo mecanismo básico de um LCD, mas com ilumina-
• O baixo consumo de energia; ção LED. Ao invés de uma única luz branca que incide sobre
toda a superfície da tela, encontra-se um painel com milha-
• As dimensões e peso reduzidas;
res de pequenas luzes coloridas que acendem de forma in-
• A não-emissão de radiações nocivas;
dependente. Em outras palavras, aplica-se uma tecnologia
• A capacidade de formar uma imagem praticamen-
similar ao plasma a uma tela de LCD.
te perfeita, estável, sem cintilação, que cansa menos a vi-
são - desde que esteja operando na resolução nativa; KIT MULTIMÍDIA
As maiores desvantagens são: Multimídia nada mais é do que a combinação de textos,
• o maior custo de fabricação (o que, porém, tende- sons e vídeos utilizados para apresentar informações de
rá a impactar cada vez menos no custo final do produto, à maneira que, antes somente imaginávamos, praticamente
medida que o mesmo se for popularizando); dando vida às suas apresentação comerciais e pessoais. A
• o fato de que, ao trabalhar em uma resolução di- multimídia mudou completamente a maneira como as pes-
ferente daquela para a qual foi projetado, o monitor LCD soas utilizam seus computadores.
utiliza vários artifícios de composição de imagem que aca- Kit multimídia nada mais é do que o conjunto que
bam degradando a qualidade final da mesma; e compõem a parte física (hardwares) do computador rela-
• o “preto” que ele cria emite um pouco de luz, o cionados a áudio e som do sistema operacional.
que confere ao preto um aspecto acinzentado ou azulado, Podemos citar como exemplo de Kit Multimídia, uma
não apresentando desta forma um preto real similar aos placa de som, um drive de CD-ROM, microfone e um par
oferecidos nos monitores CRTs; de caixas acústicas.

20
INFORMÁTICA

cos. As portas cujas fichas têm 9 ou 25 pinos são também


designadas de COM1 e COM2. As motherboards possuem
uma ou duas portas deste tipo.

Porta Paralela
A porta paralela obedece à norma Centronics. Nas por-
As portas são, por definição, locais onde se entra e sai. tas paralelas o sinal eléctrico é enviado em simultâneo e,
Em termos de tecnologia informática não é excepção. As como tal, tem um desempenho superior em relação às por-
portas são tomadas existentes na face posterior da caixa tas série. No caso desta norma, são enviados 8 bits de cada
do computador, às quais se ligam dispositivos de entrada e vez, o que faz com que a sua capacidade de transmisssão
de saída, e que são directamente ligados à motherboard . atinja os 100 Kbps. Esta porta é utilizada para ligar impres-
Estas portas ou canais de comunicação podem ser: soras e scanners e possui 25 pinos em duas filas.
* Porta Dim
* Porta PS/2
Porta USB (Universal Serial Bus)
* Porta série
Desenvolvida por 7 empresas (Compaq, DEC, IBM, In-
* Porta Paralela
tel, Microsoft, NEC e Northern Telecom), vai permitir co-
* Porta USB
nectar periféricos por fora da caixa do computador, sem
* Porta FireWire
a necessidade de instalar placas e reconfigurar o sistema.
Computadores equipados com USB vão permitir que os
Porta DIM
periféricos sejam automaticamente configurados assim
É uma porta em desuso, com 5 pinos, e a ela eram li-
que estejam conectados fisicamente, sem a necessidade de
gados os teclados dos computadores da geração da Intel
80486, por exemplo. Como se tratava apenas de ligação reboot ou programas de setup. O número de acessórios
para teclados, existia só uma porta destas nas mother- ligados à porta USB pode chegar a 127, usando para isso
boards. Nos equipamentos mais recentes, os teclados são um periférico de expansão.
ligados às portas PS/2. A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o com-
putador ligado. O barramento USB promete acabar com os
problemas de IRQs e DMAs.
O padrão suportará acessórios como controles de mo-
nitor, acessórios de áudio, telefones, modems, teclados,
mouses, drives de CD ROM, joysticks, drives de fitas e dis-
quetes, acessórios de imagem como scanners e impresso-
ras. A taxa de dados de 12 megabits/s da USB vai acomo-
dar uma série de periféricos avançados, incluindo produtos
baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e interfaces
Porta PS/2 de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital Net-
Surgiram com os IBM PS/2 e nos respectivos teclados. work) e PBXs digital.
Também são designadas por mini-DIM de 6 pinos. Os te-
clados e ratos dos computadores actuais são, na maior par-
te dos casos, ligados através destes conectores. Nas mo-
therboards actuais existem duas portas deste tipo.

Porta Série
A saída série de um computador geralmente está lo-
calizada na placa MULTI-IDE e é utilizada para diversos fins
como, por exemplo, ligar um fax modem externo, ligar um
rato série, uma plotter, uma impressora e outros periféri-

21
INFORMÁTICA

Porta FireWire Os Arquivos


A porta FireWire assenta no barramento com o mesmo
nome, que representa um padrão de comunicações recen- O gerenciador do sistema de arquivos é utilizado pelo
te e que tem várias características em comum como o USB, sistema operacional para organizar e controlar os arquivos.
mas traz a vantagem de ser muito mais rápido, permitindo Um arquivo é uma coleção de dados gravados com um
transferências a 400 Mbps e, pela norma IEEE 1394b, irá nome lógico chamado “nomedoarquivo” (filename). Toda
permitir a transferência de dados a velocidades a partir de informação que o computador armazena está na forma de
800 Mbps. arquivos.
As ligações FireWire são utilizadas para ligar discos Há muitos tipos de arquivos, incluindo arquivos de
amovíveis, Flash drives (Pen-Disks), Câmaras digitais, tele- programas, dados, texto, imagens e assim por diante. A
visões, impressoras, scanners, dispositivos de som, etc. . maneira que um sistema operacional organiza as informa-
Assim como na ligação USB, os dispositivos FireWire ções em arquivos é chamada sistema de arquivos.
podem ser conectados e desconectados com o computa-
A maioria dos sistemas operacionais usa um sistema de
dor ligado.
arquivo hierárquico em que os arquivos são organizados
em diretórios sob a estrutura de uma árvore. O início do
FAX/MODEM
sistema de diretório é chamado diretório raiz.

Funções do Sistema Operacional

Não importa o tamanho ou a complexidade do com-


putador: todos os sistemas operacionais executam as mes-
mas funções básicas.
- Gerenciador de arquivos e diretórios (pastas): um sis-
tema operacional cria uma estrutura de arquivos no disco
rígido (hard disk), de forma que os dados dos usuários pos-
Placa utilizada para conecção internet pela linha disca- sam ser armazenados e recuperados. Quando um arquivo
da (DIAL UP) geralmente opera com 56 Kbps(velocidade de é armazenado, o sistema operacional o salva, atribuindo a
transmissão dos dados 56.000 bits por segundo( 1 byte = 8 ele um nome e local, para usá-lo no futuro.
bits).Usa interface PCI. - Gerenciador de aplicações: quando um usuário re-
quisita um programa (aplicação), o sistema operacional lo-
O SISTEMA OPERACIONAL E OS OUTROS SOFT- caliza-o e o carrega na memória RAM.
WARES Quando muitos programas são carregados, é trabalho
do sistema operacional alocar recursos do computador e
Um sistema operacional (SO) é um programa (softwa- gerenciar a memória.
re) que controla milhares de operações, faz a interface en-
tre o usuário e o computador e executa aplicações. Programas Utilitários do Sistema Operacional
Basicamente, o sistema operacional é executado quan-
do ligamos o computador. Atualmente, os computadores Suporte para programas internos (vulto-in): os progra-
já são vendidos com o SO pré-instalado. mas utilitários são os programas que o sistema operacional
Os computadores destinados aos usuários individuais, usa para se manter e se reparar. Estes programas ajudam
chamados de PCs (Personal Computer), vêm com o sistema a identificar problemas, encontram arquivos perdidos, re-
operacional projetado para pequenos trabalhos. Um SO
param arquivos danificados e criam cópias de segurança
é projetado para controlar as operações dos programas,
(backup).
como navegadores, processadores de texto e programas
Controle do hardware: o sistema operacional está
de e-mail.
situado entre os programas e o BIOS (Basic Input/Output
System - Sistema Básico de Entrada/Saída).
Com o desenvolvimento dos processadores, os com-
putadores tornaram-se capazes de executar mais e mais O BIOS faz o controle real do hardware. Todos os pro-
instruções por segundo. Estes avanços possibilitaram aos gramas que necessitam de recursos do hardware devem,
sistemas operacionais executar várias tarefas ao mesmo primeiramente, passar pelo sistema operacional que, por
tempo. Quando um computador necessita permitir usuá- sua vez, pode alcançar o hardware por meio do BIOS ou
rios simultâneos e trabalhos múltiplos, os profissionais da dos drivers de dispositivos.
tecnologia de informação (TI) procuram utilizar computa- Todos os programas são escritos para um sistema
dores mais rápidos e que tenham sistemas operacionais operacional específico, o que os torna únicos para cada
robustos, um pouco diferente daqueles que os usuários um. Explicando: um programa feito para funcionar no
comuns usam. Windows não funcionará no Linux e vice-versa.

22
INFORMÁTICA

Termos Básicos
APLICATIVOS PARA ELABORAÇÃO DE
Para compreender do que um sistema operacional é TEXTOS,
capaz, é importante conhecer alguns termos básicos. Os
termos abaixo são usados frequentemente ao comparar ou
descrever sistemas operacionais:
• Multiusuário: dois ou mais usuários executando MS WORD
programas e compartilhando, ao mesmo tempo, dispositi-
vos, como a impressora. O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é
• Multitarefa: capacidade do sistema operacional considerado um dos principais produtos da Microsoft sen-
em executar mais de um programa ao mesmo tempo. do a suíte que domina o mercado de suítes de escritório,
• Multiprocessamento: permite que um computa- mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como
Google Docs e LibreOffice.
dor tenha duas ou mais unidades centrais de processa-
mento (CPU) que compartilhem programas.
Interface
• Multithreading: capacidade de um programa
ser quebrado em pequenas partes podendo ser car-
regadas conforme necessidade do sistema operacional.
Multithreading permite que os programas individuais
sejam multitarefa.

Tipos de Sistemas Operacionais

Atualmente, quase todos os sistemas operacionais


são multiusuário, multitarefa e suportam multithreading.
Os mais utilizados são o Microsoft Windows, Mac OSX e
o Linux.

O Windows é hoje o sistema operacional mais popu-


lar que existe e é projetado para funcionar em PCs e para No cabeçalho de nosso programa temos a barra de
ser usado em CPUs compatíveis com processadores Intel e títulos do documento ,
AMD. Quase todos os sistemas operacionais voltados que como é um novo documento apresenta como título
ao consumidor doméstico utilizam interfaces gráficas para “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápi-
realizar a ponte máquina-homem. do, que permite acessar alguns comandos
mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode per-
As primeiras versões dos sistemas operacionais sonalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha
foram construídas para serem utilizadas por somente para baixo) à direita dela.
uma pessoa em um único computador. Com o decor-
rer do tempo, os fabricantes atenderam às necessidades
dos usuários e permitiram que seus softwares operassem
múltiplas funções com (e para) múltiplos usuários.

Sistemas Proprietários e Sistemas Livres

O Windows, o UNIX e o Macintosh são sistemas


operacionais proprietários. Isto significa que é necessá-
rio comprá-los ou pagar uma taxa por seu uso às com-
panhias que registraram o produto em seu nome e cobram
pelo seu uso.

O Linux, por exemplo, pode ser distribuído livremen-


te e tem grande aceitação por parte dos profissionais
da área, uma vez que, por possuir o código aberto,
qualquer pessoa que entenda de programação pode
contribuir com o processo de melhoria dele.
Sistemas operacionais estão em constante evolução
e hoje não são mais restritos aos computadores. Eles são
usados em PDAs, celulares, laptops etc.

23
INFORMÁTICA

Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.

Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar
o documento (permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.).

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os
grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Página Inicial, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para
os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior .
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.

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INFORMÁTICA

Trabalhando com documentos


Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto.

Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar seu documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

Você pode mudar o local do arquivo a ser salvo, bastando clicar no botão “Procurar” e selecionar o local desejado pela
parte esquerda da janela.

No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como o documento não
possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e
que se aproxime do conteúdo de seu texto. Até a versão 2003, os documentos eram salvos no formato .DOC, a partir da
versão 2007, os documentos são salvos na versão .DOCX, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder
salvar seu documento e manter ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para
Documento do Word 97-2003.

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INFORMÁTICA

Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de títulos.

Abrindo um arquivo do Word

Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.

Na esquerda da janela, localizamos o botão abrir, observe também que ele mostra uma relação de documentos recen-
tes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será
necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique na aba arquivo e escolha Salvar
Como.

Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. An-
terior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento,
que podem também ser acessados pela Aba Exibição.

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INFORMÁTICA

Os primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.


Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é o formato de como seu documento ficará na folha impressa.
Leitura: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do documento à
direita, ele possui uma flecha apontado para a próxima página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão fechar
no topo à direita da tela.
Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam
textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom
o Word apresenta a seguinte janela:

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar
o documento em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma
seção do Word.

Configuração de Documentos

Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à configuração da página.
No Word 2013 a ABA que permite configurar sua página é a ABA Layout da Página.

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INFORMÁTICA

O grupo “Configurar Página”, permite definir as mar- A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primei-
gens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré- ra opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como
definidos, como também personalizá-las. será uma nova seção do documento, vamos aprender mais
frente como trabalhar com seções.

Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos


Ao personalizar as margens, é possível alterar as mar- utilizar cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares
gens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orien- e ímpares, e se quero ocultar as informações de cabeçalho
tação da página, se retrato ou paisagem, configurar a fora e rodapé da primeira página. Em Página, pode-se definir o
de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa alinhamento do conteúdo do texto na página. O padrão é
mesma janela temos a guia Papel. o alinhamento superior, mesmo que fique um bom espa-
ço em branco abaixo do que está editado. Ao escolher a
Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical. A
alimentação do papel. opção números de linha permite adicionar numeração as
linhas do documento.

Colunas

Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as


suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-
definidas, mas você pode colocar em um número maior de

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INFORMÁTICA

colunas, adicionar linha entre as colunas, definir a largura Plano de Fundo da Página
e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você
pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso
desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente
também que se preciso adicionar colunas a somente uma
parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.

Podemos adicionar as páginas do documento, marcas


d’água, cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página,
localizado na Aba Design possui três botões para modificar
o documento.
Clique no botão Marca d’água.

Números de Linha O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos


o item Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção.
É bastante comum em documentos acrescentar nume-
ração nas páginas dos documentos, o Word permite que
você possa fazer facilmente, clicando no botão “Números
de Linhas”.

Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”,


abre-se a janela que vimos em Layout.

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INFORMÁTICA

Nesta janela podemos definir uma imagem como mar- matações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao
ca d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a copiar um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao
imagem e depois definir a dimensão e se a imagem fica- seu documento, não basta apenas clicar em colar, é ne-
rá mais fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é cessário clicar na setinha apontando para baixo no botão
possível definir um texto como marca d’água. O segundo Colar, escolher Colar Especial.
botão permite colocar uma cor de fundo em seu texto, um
recurso interessante é que o Word verifica a cor aplicada e
automaticamente ele muda a cor do texto.

O botão Bordas da Página, já estudamos seu funciona-


mento ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de tex-
tos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu
texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor, Observe na imagem que ele traz o texto no formato
tamanho e tipo de fonte, etc. HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa ma-
nipulá-lo, marque a opção Texto não formatado e clique
Selecionando pelo Mouse
em OK.
Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o
cursor aponta para a direita.
Localizar e Substituir
Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro
Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo.
dela temos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique
Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
na opção Substituir.
Com o cursor no meio de uma palavra:
Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado
Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado
e arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que
se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar
o processo, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar
ao final da seleção desejada. Podemos também clicar onde
começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde
termina a seleção. É possível selecionar palavras alternadas.
Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá selecio-
nando as partes do texto que deseja modificar.
Copiar e Colar A janela que se abre possui três guias, localizar, Substi-
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma tuir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permi-
que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de te substituir em seu documento uma palavra por outra. A
atalho CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Co- substituição pode ser feita uma a uma, clicando em subs-
lar), ou o primeiro grupo na ABA Página Inicial. tituir, ou pode ser todas de uma única vez clicando-se no
botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra
por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente
quando escrita em maiúscula, etc., nestes casos clique no
botão Mais. As opções são:
Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da
pesquisa;
Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada
Este é um processo comum, porém um cuidado impor- exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
tante é quando se copia texto de outro tipo de meio como, Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não
por exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem for- parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.

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INFORMÁTICA

Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou
*ão o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.
Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras
em inglês.
Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa
e semelhantes estiverem marcadas.
Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especificado como formatação.
Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto

Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Office 2013 a ABA res-
ponsável pela formatação é a Página Inicial e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de Fonte

A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para
formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar
somente uma letra também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões
de aumentar fonte e diminuir fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado
temos uma seta apontando para baixo, ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e
sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.

31
INFORMÁTICA

Este botão permite alterar a colocação de letras maiús- interessante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela
culas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos você pode copiar toda a formatação de um texto e aplicar
o de realce – que permite colocar uma cor de fundo para em outro.
realçar o texto e o botão de cor do texto.
Formatação de parágrafos
A principal regra da formatação de parágrafos é que
independentemente de onde estiver o cursor a formatação
será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha
ou mais. Quando se trata de dois ou mais parágrafos será
necessárioselecionar os parágrafos a serem formatados. A
formatação de parágrafos pode ser localizada na ABA Ini-
cio, e os recuos também na ABA Layout da Página.

No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcado-


Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte. res (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir
e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na
segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquer-
da, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre li-
nhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma
seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o es-
paçamento a ser utilizado.

Cor do Preenchimento do Parágrafo.

A janela fonte contém os principais comandos de for-


matação e permite que você possa observar as alterações
antes de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avan-
çado.
Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento en-
tre os caracteres que pode ser condensado ou comprimido,
a posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo
que se faça algo como: .

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras,


pois algumas vezes acontece de as letras ficaram com es-
paçamento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta

32
INFORMÁTICA

Bordas no parágrafo.

As opções disponíveis são praticamente as mesmas


disponíveis pelo grupo.
Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas
réguas superiores.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos


apenas os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao
clicar na Faixa do grupo Parágrafos, será aberta a janela de
Formatação de Parágrafos.

Marcadores e Numeração
Os marcadores e numeração fazem parte do grupo
parágrafos, mas devido a sua importância, merecem um
destaque. Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e
Numeração.

A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto


tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já
diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.

33
INFORMÁTICA

Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio- ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
nar a tecla TAB no teclado. de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma
borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas
e Sombreamento.

Você pode observar que o Word automaticamente


adicionou outros símbolos ao marcador, você pode alte-
rar os símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado
do botão Marcadores e escolhendo a opção Definir Novo
Marcador.

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon-


selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings,
Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você
poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão
importar, poderá utilizar uma imagem externa.

Bordas e Sombreamento Podemos começar escolhendo uma definição de borda


Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada
texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e pará- uma das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se
grafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da

34
INFORMÁTICA

borda. A Guia Sombreamento permite atribuir um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você pode escolher uma
cor base, e depois aplicar uma textura junto dessa cor.

Cabeçalho e Rodapé
O Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e Número de Página.


Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar
em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior passa a ter comandos para alteração do cabeça-
lho.

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo
o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas
páginas.

35
INFORMÁTICA

Para aplicar números de páginas automaticamente em O que será ensinado agora é praticamente igual para
seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas todos os elementos gráficos, que é a manipulação dos ele-
tome o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por mentos gráficos. Ao inserir a imagem é possível observar
Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pon-
Podemos também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes tilhadas em sua volta, para mover a imagem de local, basta
a um documento, para isso basta que ambos estejam em clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar
seções diferentes do documento. O cuidado é ao aplicar redimensionar a imagem, basta clicar em um dos peque-
o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao nos quadrados em suas extremidades, que são chamados
anterior. por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o ca- imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do
beçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé. texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as
configurações de manipulação da imagem.
Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo


de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no
grupo Texto, temos o botão Data e Hora.
Alterar o brilho, contraste ou nitidez de uma imagem
Você pode ajustar o brilho relativo de uma imagem,
seu contraste (a diferença entre suas áreas mais escuras
e mais claras) e como nitidez ou desfocado aparece. Estes
são também denominados correções de imagem.

No sentido horário da parte superior esquerda: a ima-


gem original, a imagem com aumento de suavização, con-
traste e brilho.
Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK.
Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque Aplicar correções a uma imagem
a opção Atualizar automaticamente. Clique na imagem cujo brilho deseja alterar.
Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no gru-
Inserindo Elementos Gráficos po Ajustar, clique em Correções.
O Word permite que se insira em seus documentos
arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as
opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir.

Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemen-
to Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com
o mesmo nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na Dependendo do tamanho da sua tela, o botão de cor-
janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu reções pode aparecer diferente.
computador.
A imagem será inserida no local onde estava seu cur-
sor.

36
INFORMÁTICA

Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas Clique em Ferramentas de imagem > Formatar e clique
de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez em Efeitos artísticos no grupo Ajustar.
seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
-la e abrir a guia Formatar.
Siga um ou mais destes procedimentos:
Em Nitidez/Suavização, clique na miniatura desejada.
As miniaturas à esquerda mostram mais nitidez e à direita,
mais suavização.
Em Brilho/Contraste, clique na miniatura desejada. Mi-
niaturas à esquerda mostram menos brilho e à direita, mais Grupo Ajustar na guia Formatar em Ferramentas de
brilho. Miniaturas na parte superior mostram menos con- Imagem
traste e na parte inferior, mais contraste. Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas
Mova o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez
miniaturas para ver a aparência de sua foto antes de clicar seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
na opção desejada. -la e abrir a guia Formatar.
Para ajustar qualquer correção, clique em Opções de Clique no efeito artístico desejado. Você pode mover
correção de imagem e, em seguida, mova o controle desli- o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das imagens
zante para nitidez, brilho ou contraste ou insira um número em miniatura efeito e usar visualização dinâmica para ver
na caixa ao lado do controle deslizante. como sua imagem ficará com esse efeito aplicado, antes de
clicar no efeito desejado.
Para ajustar o efeito artístico, clique em Opções de
efeitos artísticos na parte inferior da lista de imagens em
miniatura. No painel Formatar imagem, você pode aplicar
uma variedade de efeitos adicionais, incluindo a sombra,
reflexo, brilho, bordas suaves e efeitos 3D.

Recolorir
Clique duas vezes na imagem que deseja recolorir.
Em Ferramentas de Imagem, clique em Formatar e, no
grupo Ajustar, clique em Cor.

Compactar Imagem
A opção Compactar Imagens permite deixar sua ima-
gem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
opção o Word mostra a seguinte janela:

Clique na miniatura desejada. Você pode mover o pon-


teiro do mouse sobre qualquer efeito para ver como ficará
sua imagem com esse efeito aplicado antes de clicar no
efeito desejado.
Para usar cores adicionais, incluindo as cores de tema,
cores da guia Padrão ou cores personalizadas, clique em
Mais Variações e, em seguida, clique em Mais Cores. O efei-
to de Recoloração será aplicado usando a cor selecionada.

Aplicar um efeito artístico


Clique na imagem à qual deseja aplicar um efeito ar-
tístico.

37
INFORMÁTICA

Pode-se aplicar a compactação a imagem selecionada, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a resolução
da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alterações feitas.
No grupo Organizar é possível definir a posição da imagem em relação ao texto.

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite definir em qual posição a imagem deverá ficar em relação ao texto.

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição da
imagem em relação ao bloco de texto no qual ela esta inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção Quebra
Automática de Texto nesse mesmo grupo. Ao colocar a sua imagem em uma disposição com o texto, é habilitado alguns
recursos da barra de imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções de Tra-
zer para Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer para Frente e
Avançar, são utilizadas quando houver duas ou mais imagens e você precisa mudar o empilhamento delas. A opção Trazer
para Frente do Texto faz com que a imagem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem e ao selecionar as imagens
(Utilize a tecla SHIFT), você poderá alinhar as suas imagens.

38
INFORMÁTICA

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redimensionar a imagem definindo Largura e Altura.
Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem

Inserindo Elementos Gráficos


O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções
de inserção estão disponíveis na ABA Inserir, grupo ilustrações.

Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir
as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as propriedades para modificar a forma.
SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Basta selecionar o tipo de organograma a ser
trabalhado e clique em OK.

39
INFORMÁTICA

WordArt
Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele
ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt
Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

Um dos grupos é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No
grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar
e Tamanho.

Controlar alterações no Word


Quando quiser verificar quem está fazendo alterações em seu documento, ative o recurso Controlar Alterações.
Clique em Revisar > Controlar Alterações.

Agora, o Word está no modo de exibição Marcação Simples. Ele marca todas as alterações feitas por qualquer pessoa
no documento e mostra para você onde elas estão, exibindo uma linha ao lado da margem.

40
INFORMÁTICA

Para liberar o bloqueio, clique na seta ao lado de Con-


trolar Alterações e clique novamente em Bloqueio de Con-
trole. O Word solicitará que você digite sua senha. Depois
que você digitá-la e clicar em OK, o recurso Controlar Alte-
rações continuará ativado, mas agora você poderá aceitar
e rejeitar alterações.

O Word mostra um pequeno balão no local em que Desativar o controle de alterações


alguém fez um comentário. Para ver o comentário, clique Para desativar esse recurso, clique no botão Controlar
no respectivo balão. Alterações. O Word deixará de marcar novas alterações,
mas todas as alterações já realizadas continuarão marcadas
no documento até que você as remova.
Remover alterações controladas

IMPORTANTE:  A única maneira de remover alterações


controladas de um documento é aceitá-las ou rejeitá-las.
Ao escolherSem Marcação na caixa Exibir para Revisão aju-
da a ver qual será a aparência do documento final, mas isso
Para ver as alterações, clique na linha próxima à mar- apenas oculta temporariamente as alterações controladas.
gem. Isso alterna para o modo de exibição Toda a Marca- As alterações não são excluídas e aparecerão novamente
ção do Word. da próxima vez em que o documento for aberto. Para ex-
cluir permanentemente as alterações controladas, aceite
-as ou rejeite-as.
Clique em Revisar > Próxima > Aceitar ou Rejeitar.

Manter o recurso Controlar Alterações ativado


É possível bloquear o recurso Controlar Alterações com
uma senha para impedir que outra pessoa o desative. (Lem-
O Word aceita a alteração ou a remove e depois passa
bre-se da senha para poder desativar esse recurso quando
para a próxima alteração.
estiver pronto para aceitar ou rejeitar as alterações.)
Para excluir um comentário, selecione-o e clique
em Revisão > Excluir. Para excluir todos os comentários,
Clique em Revisar.
clique em Excluir >Excluir Todos os Comentários do Docu-
Clique na seta ao lado de Controlar Alterações e clique
mento.
em Bloqueio de Controle.
DICA:  Antes de compartilhar a versão final do seu do-
cumento, é uma boa ideia executar o Inspetor de Docu-
mento. Essa ferramenta verifica comentários e alterações
controladas, além de texto oculto, nomes pessoais em pro-
priedades e outras informações que talvez você não que-
ria compartilhar amplamente. Para executar o Inspetor de
Documento,

Imprimir um documento no Word


Antes de imprimir, você pode visualizar o documento e
especificar as páginas que você deseja imprimir.
Visualizar o documento
No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para visualizar cada página, clique nas setas para frente
Digite uma senha e depois digite-a mais uma vez na e para trás, na parte inferior da página.
caixa Redigite para confirmar.
Clique em OK.

Enquanto as alterações controladas estiverem blo-


queadas, você não poderá desativar o controle de altera-
ções, nem poderá aceitar ou rejeitar essas alterações.

41
INFORMÁTICA

Quando o texto é pequeno demais e difícil de ler, use


o controle deslizante de zoom na parte inferior da página
para ampliá-lo.

Escolha o número de cópias e qualquer outra opção


desejada e clique no botão Imprimir.

Para imprimir somente determinadas páginas, siga um


destes procedimentos:
Para imprimir a página mostrada na visualização, sele-
cione a opção Imprimir Página Atual.
Para imprimir páginas consecutivas, como 1 a 3, esco-
lha Impressão Personalizada e insira o primeiro e o último
número das páginas na caixa Páginas.
Para imprimir páginas individuais e intervalo de pági-
nas (como a página 3 e páginas 4 a 6) ao mesmo tempo,
escolhaImpressão Personalizada e digite os números das
páginas e intervalos separados por vírgulas (por exemplo,
3, 4-6).

Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações pron-
tas a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word dis-
ponibiliza uma grande quantidade de estilos através do
grupo estilos.

Imprimir páginas específicas


No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para imprimir apenas determinadas páginas, algumas Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você
das propriedades do documento ou alterações controladas clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti-
e comentários, clique na seta em  Configurações, ao lado lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém
de Imprimir Todas as Páginas (o padrão), para ver todas as se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado
opções. somente ao que foi selecionado.

42
INFORMÁTICA

Será mostrado todos os estilos presentes no documen-


to em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela exis-
tem três botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo,
clique sobre ele.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí-


tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado
somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na
linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo,


defini que ele será aplicado a parágrafos, que a base de
criação dele foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar
um novo parágrafo o próximo será também corpo. Abaixo
Podemos também se necessário criarmos nossos pró- definir a formatação a ser aplicada no mesmo. Na parte de
prios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo. baixo mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e
que o mesmo está disponível somente a este documento.
Ao finalizar clique em OK. Veja um exemplo do estilo apli-
cado:

Inserir uma tabela


Para inserir rapidamente uma tabela, clique em Inse-
rir > Tabela e mova o cursor sobre a grade até realçar o
número correto de colunas e linhas desejado.

43
INFORMÁTICA

Clique na tabela exibida no documento. Caso seja necessário fazer ajustes, você poderá adicionar colunas e linhas em
uma tabela, excluir linhas ou colunas ou mesclar células.
Quando você clica na tabela, as Ferramentas de Tabela são exibidas.

Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma borda a uma página ou
remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fórmula para fornecer a soma de uma coluna ou linha
de números em uma tabela.
Se você tem um texto que ficará melhor em uma tabela, o Word pode convertê-lo em uma tabela.
Inserir tabelas maiores ou tabelas com comportamentos de largura personalizada
Para obter tabelas maiores e mais controle sobre as colunas, use o comando Inserir Tabela.

Assim, você pode criar uma tabela com mais de dez colunas e oito linhas, além de definir o comportamento de largura
das colunas.
Clique em Inserir > Tabela > Inserir Tabela.
Defina o número de colunas e linhas.

44
INFORMÁTICA

Na seção Comportamento de Ajuste Automático, há três opções para configurar a largura das colunas:
Largura fixa da coluna: você pode deixar o Word definir automaticamente a largura das colunas com Automático ou
pode definir uma largura específica para todas as colunas.
Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso cria colunas muito estreitas que são expandidas conforme você adiciona
conteúdo.
Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará automaticamente a largura de toda a tabela para ajustar-se ao ta-
manho de seu documento. Se quiser que as tabelas criadas tenham uma aparência semelhante à da tabela que você está
criando, marque a caixa Lembrar dimensões para novas tabelas.

Projetar sua própria tabela


Se quiser ter mais controle sobre a forma das colunas e linhas de sua tabela ou algo diferente de uma grade básica, a
ferramenta Desenhar Tabela ajuda a desenhar exatamente a tabela que você deseja.

Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células dentro das células.
Clique em Inserir > Tabela > Desenhar Tabela. O ponteiro é alterado para um lápis.
Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela. Depois, desenhe linhas para as colunas e linhas dentro do re-
tângulo.

45
INFORMÁTICA

Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferramentas de Tabela, clique em Borracha e clique na linha que você
quer apagar.

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros. Os de ortografia ele marca em ver-
melho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para verificação na impressão
sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela
não será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte
do Word.
Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a
corrigiu no quadro superior.
Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.

46
INFORMÁTICA

Índices

Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normalmente aparece no início de documentos. A principal regra
é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde você precisa que
fique seu índice e clique no botão Sumário, localizado na guia referência. Serão mostrados alguns modelos de sumário,
clique em Inserir Sumário.

Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Clique no botão Opções.

47
INFORMÁTICA

Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos presentes no documento, então é nela que você define
quais estilos farão parte de seu índice. No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao Título 2 e o
nível 3 ao Título 3. Após definir quais serão suas entradas de índice clique em OK. Retorna-se a janela anterior, onde você
pode definir qual será o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo número de página e na parte mais
abaixo, você pode definir o Formato de seu índice e quantos níveis farão parte do índice. Ao clicar em Ok, seu índice será
criado.

Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte do
índice e escolher Atualizar Campo.

Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.

Verificar Ortografia e gramatica

Na guia Revisão, no grupo Revisão de Texto, clique em Ortografia e Gramática.

Você pode acessar esse comando rapidamente, adicionando-o à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Para isso,
clique com o botão direito do mouse em Ortografia e Gramática e, em seguida, clique em Adicionar à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido, no menu de atalho.
Quando o programa encontra erros de ortografia, uma caixa de diálogo ou painel de tarefas é exibido mostrando a
primeira palavra incorreta encontrada pelo verificador ortográfico.
Depois que solucionar cada palavra incorreta, o programa sinalizará a próxima palavra incorreta para que você possa
decidir o que fazer.
Apenas no Outlook ou no Word, quando o programa conclui a sinalização de erros ortográficos, ele mostra os erros
gramaticais. Para cada erro, clique em uma opção na caixa de diálogo Ortografia e Gramática.

Como funciona a verificação ortográfica automática


Quando você verifica a ortografia automaticamente enquanto digita, por certo não vai precisar corrigir muitos erros or-
tográficos. O programa do Microsoft Office pode sinalizar as palavras com ortografia incorreta à medida que você trabalha,
para que você possa localizá-las facilmente, como no exemplo a seguir.

48
INFORMÁTICA

Clique com o botão direito do mouse em uma palavra Clique em Arquivo > Informações > Proteger Docu-
escrita incorretamente para ver as sugestões de correção. mento > Criptografar com Senha.

Dependendo do programa do Microsoft Office que


você está usando, clique com o botão direito do mouse em Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
uma palavra para obter outras opções, como adicionar a clique em OK.
palavra ao dicionário personalizado. Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e
Como funciona a verificação gramatical automática clique em OK.
(aplica-se somente ao Outlook e ao Word) Observações : 
Após ativar a verificação gramatical automática, o Você sempre pode alterar ou remover sua senha.
Word e o Outlook sinalizam os possíveis erros gramaticais As senhas diferenciam maiúsculas de minúsculas. Veri-
e estilísticos à medida que você trabalha nos documentos fique se a tecla CAPS LOCK está desativada quando digitar
do Word e em itens abertos do Outlook (exceto Anota- uma senha pela primeira vez.
ções), conforme mostrado no exemplo a seguir. Se você perder ou esquecer uma senha, o Word não
conseguirá recuperar suas informações. Portanto, guarde
uma cópia da senha em um local seguro ou crie uma senha
forte da qual se lembrará.
Clique com botão direito do mouse no erro para ver
mais opções.

PLANILHAS ELETRÔNICAS

MS EXCEL1

O Excel é uma ferramenta incrivelmente poderosa para


tornar significativa uma vasta quantidade de dados. Mas
ele também funciona muito bem para cálculos simples e
para rastrear de quase todos os tipos de informações. A
chave para desbloquear todo esse potencial é a grade de
células. As células podem conter números, texto ou fórmu-
Uma sugestão de correção pode ser exibida no menu las. Você insere dados nas células e as agrupa em linhas e
de atalho. Você pode também optar por ignorar o erro ou colunas. Isso permite que você adicione seus dados, classi-
clicar em Sobre esta sentença para ver por que o programa fique-os e filtre-os, insira-os em tabelas e crie gráficos in-
considera o texto um erro. críveis. Vejamos as etapas básicas para você começar.

Proteger um documento com senha


Ajude a proteger um documento confidencial contra
edições indesejadas atribuindo uma senha. Também é pos-
sível evitar que um documento seja aberto. 1 Fonte: https://support.office.com/pt-br/excel

49
INFORMÁTICA

Criar uma nova pasta de trabalho Digite uma combinação de números e operadores de
Os documentos do Excel são chamados de pastas de cálculos, como o sinal de mais (+) para adição, o sinal de
trabalho. Cada pasta de trabalho contém folhas que, nor- menos (-) para subtração, o asterisco (*) para multiplicação
malmente, são chamadas de planilhas. Você pode adicionar ou a barra (/) para divisão.
quantas planilhas desejar a uma pasta de trabalho ou pode Por exemplo, insira =2+4, =4-2, =2*4 ou =4/2.
criar novas pastas de trabalho para guardar seus dados se- Pressione Enter.
paradamente. Isso executa o cálculo.
Clique em Arquivo e em Novo. Você também pode pressionar Ctrl+Enter (se você de-
Em Novo, que em Pasta de trabalho em branco seja que o cursor permaneça na célula ativa).

Aplicar um formato de número


Para distinguir entre os diferentes tipos de números,
adicione um formato, como moeda, porcentagens ou da-
tas.
Selecione as células que contêm números que você de-
seja formatar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na
seta na caixa Geral.

Insira os dados
Clique em uma célula vazia.
Por exemplo, a célula A1 em uma nova planilha. As cé-
lulas são referenciadas por sua localização na linha e na
coluna da planilha, portanto, a célula A1 fica na primeira
linha da coluna A. Selecione um formato de número
Inserir texto ou números na célula.
Pressione Enter ou Tab para se mover para a célula seguinte.

Usar a AutoSoma para adicionar seus dados


Ao inserir números em sua planilha, talvez deseje so-
má-los. Um modo rápido de fazer isso é usar o AutoSoma.
Selecione a célula à direita ou abaixo dos números que
você deseja adicionar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique
em AutoSoma no grupo Edição.

A AutoSoma soma os números e mostra o resultado na


célula selecionada.

Criar uma fórmula simples


Somar números é uma das coisas que você poderá fa-
zer, mas o Excel também pode executar outras operações
matemáticas. Experimente algumas fórmulas simples para
adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir seus valores.
Escolha uma célula e digite um sinal de igual (=).
Isso informa ao Excel que essa célula conterá uma fór- Caso você não veja o formato de número que está pro-
mula. curando, clique em Mais Formatos de Número.

50
INFORMÁTICA

Inserir dados em uma tabela

Um modo simples de acessar grande parte dos recur-


sos do Excel é colocar os dados em uma tabela. Isso per-
mite que você filtre ou classifique rapidamente os dados.
Selecione os dados clicando na primeira célula e arras-
tar a última célula em seus dados.

Para usar o teclado, mantenha a tecla Shift pressionada


ao mesmo tempo em que pressiona as teclas de direção
para selecionar os dados.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.

Para classificar os dados, clique em  Classificar de A a


Z ou Classificar de Z a A.

Clique em Tabelas, mova o cursor para o botão Tabe-


la para visualizar seus dados e, em seguida, clique no bo-
tão Tabela.

Clique na seta   no cabeçalho da tabela de uma co-


luna.

cionar tudo e, em seguida, selecione os dados que


você deseja mostrar na tabela.

Clique em OK.

51
INFORMÁTICA

Mostrar totais para os números A ferramenta Análise Rápida recomenda o gráfico cor-
As ferramentas de Análise Rápida permitem que você reto para seus dados e fornece uma apresentação visual
totalize os números rapidamente. Se for uma soma, média com apenas alguns cliques.
ou contagem que você deseja, o Excel mostra os resultados Selecione as células contendo os dados que você quer
do cálculo logo abaixo ou ao lado dos números. mostrar em um gráfico.
Selecione as células que contêm os números que você Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
somar ou contar. direito da seleção.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior Clique na guia Gráficos, mova entre os gráficos reco-
direito da seleção. mendados para ver qual tem a melhor aparência para seus
Clique em Totais, mova o cursos entre os botões para dados e clique no que desejar.
ver os resultados dos cálculos dos dados e clique no botão
para aplicar os totais.

OBSERVAÇÃO: O Excel mostra diferentes gráficos nesta


Adicionar significado aos seus dados galeria, dependendo do que for recomendado para seus
A formatação condicional ou minigráficos podem des- dados.
tacar os dados mais importantes ou mostrar tendências de
dados. Use a ferramenta Análise Rápida para um Visualiza- Salvar seu trabalho
ção Dinâmica para experimentar. Clique no botão Salvar na Barra de Ferramentas de
Selecione os dados que você deseja examinar mais de- Acesso Rápido ou pressione Ctrl+S.
talhadamente.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.
Explore as opções nas guias  Formatação  e  Minigráfi-
cos para ver como elas afetam os dados.
Se você salvou seu trabalho antes, está pronto.
Se esta for a primeira vez que você salva este arquivo:
Em Salvar Como, escolha onde salvar sua pasta de tra-
balho e navegue até uma pasta.
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a pas-
ta de trabalho.
Clique em Salvar.

Imprimir o seu trabalho


Clique em Arquivo e, em seguida, clique em Impri-
mir ou pressione Ctrl+P.
Por exemplo, selecione uma escala de cores na gale-
Visualize as páginas clicando nas setas Próxima Pági-
ria Formatação para diferenciar as temperaturas alta, média
e baixa. na e Página Anterior.

A janela de visualização exibe as páginas em preto e


branco ou colorida, dependendo das configurações de sua
impressora.
Se você não gostar de como suas páginas serão im-
Quando gostar da opção, clique nela. pressas, você poderá mudar as margens da página ou adi-
cionar quebras de página.
Mostrar os dados em um gráfico Clique em Imprimir.

52
INFORMÁTICA

Localizar ou substituir texto e números em uma Formato, clique em Escolher formato da célula e, em se-
planilha do Excel para Windows guida, clique na célula que possui a formatação a ser pes-
Localize e substitua textos e números usando curingas quisada.
ou outros caracteres. Você pode pesquisar planilhas, linhas, Siga um destes procedimentos:
colunas ou pastas de trabalho. Para localizar texto ou números, clique em Localizar
Em uma planilha, clique em qualquer célula. Tudo ou Localizar Próxima.
Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Lo- DICA: Quando você clicar em Localizar Tudo, todas as
calizar e Selecionar. ocorrências do critério que você estiver pesquisando serão
listadas, e você poderá ir para uma célula clicando nela na
lista. Você pode classificar os resultados de uma pesqui-
sa Localizar Tudo clicando em um título de coluna.
Para substituir texto ou números, digite os caracteres
de substituição na caixa Substituir por (ou deixe essa caixa
em branco para substituir os caracteres por nada) e clique
em Localizar ou Localizar Tudo.
OBSERVAÇÃO: Se a caixa Substituir por não estiver dis-
Siga um destes procedimentos: ponível, clique na guia Substituir.
Para localizar texto ou números, clique em Localizar. Se necessário, você poderá cancelar uma pesquisa em
Para localizar e substituir texto ou números, clique andamento pressionando ESC.
em Substituir. Para substituir a ocorrência realçada ou todas as ocor-
Na caixa Localizar, digite o texto ou os números que rências dos caracteres encontrados, clique em Substi-
você deseja procurar ou clique na seta da caixa Localizar e, tuir ou Substituir tudo.
em seguida, clique em uma pesquisa recente na lista. DICA: O Microsoft Excel salva as opções de formatação
Você pode usar caracteres curinga, como um asterisco que você define. Se você pesquisar dados na planilha nova-
(*) ou ponto de interrogação (?), nos critérios da pesquisa: mente e não conseguir encontrar caracteres que você sabe
Use o asterisco para localizar qualquer cadeia de carac- que estão lá, poderá ser necessário limpar as opções de
teres. Por exemplo, s*r localizará “ser” e “senhor”. formatação da pesquisa anterior. Na caixa de diálogo Loca-
Use o ponto de interrogação para localizar um único lizar e Substituir, clique na guia Localizar e depois em Op-
caractere. Por exemplo, s?m localizará “sim” e “som”. ções para exibir as opções de formatação. Clique na seta
DICA: Você pode localizar asteriscos, pontos de inter- ao lado de Formato e clique em Limpar ‘Localizar formato’.
rogação e caracteres de til (~) nos dados da planilha prece-
dendo-os com um til na caixa Localizar. Por exemplo, para Alterar a largura da coluna e a altura da linha
localizar dados que contenham “?”, use  ~?  como critério Em uma planilha, você pode especificar uma largura
de pesquisa. de coluna de 0 (zero) a 255. Esse valor representa o núme-
Clique em Opções para definir ainda mais a pesquisa e ro de caracteres que podem ser exibidos em uma célula
siga um destes procedimentos: formatada com a fonte padrãoTE000127106. A largura de
Para procurar dados em uma planilha ou em uma pasta coluna padrão é 8,43 caracteres. Se a largura da coluna for
de trabalho inteira, na caixa Em, clique em Planilha ou Pas- definida como 0 (zero), a coluna ficará oculta.
ta de Trabalho. Você pode especificar uma altura de linha de 0 (zero) a
Para pesquisar dados em linhas ou colunas, na cai- 409. Esse valor representa a medida da altura em pontos (1
xa Pesquisar, clique em Por Linhas ou Por Colunas. ponto é igual a aproximadamente 1/72 pol. ou 0,035 cm).
Para procurar dados com detalhes específicos, na cai- A altura de linha padrão é 12,75 pontos (aproximadamente
xa Examinar, clique em Fórmulas, Valores ou Comentários. 1/6 pol. ou 0,4 cm). Se a altura da linha for definida como 0
OBSERVAÇÃO: As opções Fórmulas, Valores e Comen- (zero), a linha ficará oculta.
tários só estão disponíveis na guia Localizar, e somente Fór- Se estiver trabalhando no modo de exibição de Layout
mulas está disponível na guia Substituir. da Página (guia Exibir, grupo Modos de Exibição da Pasta
Para procurar dados que diferenciam maiúsculas de de Trabalho, botão Layout da Página), você poderá especi-
minúsculas, marque a caixa de seleção Diferenciar maiús- ficar uma largura de coluna ou altura de linha em polega-
culas de minúsculas. das. Nesse modo de exibição, a unidade de medida padrão
Para procurar células que contenham apenas os carac- é polegada, mas você poderá alterá-la para centímetros ou
teres que você digitou na caixa Localizar, marque a caixa de milímetros (Na guia Arquivo, clique em Opções, clique na
seleção Coincidir conteúdo da célula inteira. categoria Avançado e, em Exibir, selecione uma opção na
Se você deseja procurar texto ou números que também lista Unidades da Régua).
tenham uma formatação específica, clique em  Formato  e
faça as suas seleções na caixa de diálogo Localizar Formato. Definir uma coluna com uma largura específica
DICA: Se você deseja localizar células que correspon-
dam a uma formato específico, exclua qualquer critério da Selecione as colunas a serem alteradas.
caixa Localizar e selecione a célula que contenha a forma- Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
tação que você deseja localizar. Clique na seta ao lado de matar.

53
INFORMÁTICA

Clique com o botão direito do mouse na coluna de


destino, aponte paraColar Especial e clique no botão Man-
ter Largura da Coluna Original 

Alterar a largura padrão de todas as colunas em uma


planilha ou pasta de trabalho
O valor da largura de coluna padrão indica o número
Em Tamanho da Célula, clique em Largura da Coluna. médio de caracteres da fonte padrão que cabe em uma cé-
Na caixa Largura da coluna, digite o valor desejado. lula. É possível especificar outro valor de largura de coluna
Clique em OK. padrão para uma planilha ou pasta de trabalho.
DICA: Para definir rapidamente a largura de uma única Siga um destes procedimentos:
coluna, clique com o botão direito do mouse na coluna Para alterar a largura de coluna padrão de uma plani-
selecionada, clique em Largura da Coluna, digite o valor lha, clique na guia da planilha.
desejado e clique em OK. Para alterar a largura de coluna padrão da pasta de tra-
Alterar a largura da coluna para ajustá-la automatica- balho inteira, clique com o botão direito do mouse em uma
mente ao conteúdo (AutoAjuste) guia de planilha e, em seguida, clique em Selecionar Todas
Selecione as colunas a serem alteradas. as Planilhas no menu de atalhoTE000127572.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Ajustar Largura da


Coluna Automaticamente.
OBSERVAÇÃO: Para ajustar automaticamente de forma
rápida todas as colunas da planilha, clique no botão Sele-
cionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer
limite entre dois títulos de coluna.
Em Tamanho da Célula, clique em Largura Padrão.
Na caixa Largura padrão da coluna, digite uma nova
medida e clique em OK.
DICA: Para definir a largura de coluna padrão de todas
as novas pastas de trabalho ou planilhas, você poderá criar
um modelo de pasta de trabalho ou de planilha e utilizá-lo
como base para as novas pastas de trabalho ou planilhas.
Alterar a largura das colunas com o mouse
Siga um destes procedimentos:
Para alterar a largura de uma coluna, arraste o limite
do lado direito do título da coluna até que ela fique do
tamanho desejado.
Fazer com que a largura da coluna corresponda à de
outra coluna
Selecione uma célula da coluna com a largura desejada.
Pressione Ctrl+C ou, na guia Página Inicial, no gru-
po Área de Transferência, clique em Copiar.

Para alterar a largura de várias colunas, selecione as


colunas desejadas e arraste um limite à direita do título de
coluna selecionado.
Para alterar a largura das colunas a fim de ajustá-la ao
conteúdo, selecione as colunas desejadas e clique duas ve-
zes no limite à direita do título de coluna selecionado.

54
INFORMÁTICA

Para alterar a largura de todas as colunas da planilha, Alterar a altura das linhas com o mouse
clique no botãoSelecionar Tudo e arraste o limite de qual- Siga um destes procedimentos:
quer título de coluna. Para alterar a altura de uma linha, arraste o limite abai-
xo do título da linha até que ela fique com a altura dese-
jada.

Para alterar a altura de várias linhas, selecione as linhas


desejadas e arraste o limite abaixo de um dos títulos de
Definir uma linha com uma altura específica linha selecionados.
Selecione as linhas a serem alteradas. Para alterar a altura de todas as linhas da planilha, cli-
que no botão Selecionar Tudo e arraste o limite abaixo de
qualquer título de linha.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Altura da Linha.


Na caixa Altura da linha, digite o valor que você deseja
e, em seguida, clique em OK.
Alterar a altura da linha para ajustá-la ao conteúdo
Selecione as linhas a serem alteradas.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar. Para alterar a altura da linha a fim de ajustá-la ao con-
teúdo, clique duas vezes no limite abaixo do título da linha.

Formatar números como moeda no Excel


Para exibir números como valores monetários, forma-
te-os como moeda. Para fazer isso, aplique o formato de
número Moeda ou Contábil às células que deseja formatar.
As opções de formatação de número estão disponíveis na
guia Página Inicial, no grupo Número.

Em Tamanho da Célula, clique em AutoAjuste da Altura


da Linha.
DICA: Para ajustar automaticamente de forma rápi-
da todas as linhas da planilha, clique no botão Selecionar
Tudo e, em seguida, clique duas vezes no limite abaixo de
um dos títulos de linha.

Formatar números como moeda


Você pode exibir um número com o símbolo de moe-
da padrão selecionando a célula ou o intervalo de célu-
las e clicando em Formato de Número de Contabilização 
 no grupo Número da guia Página Inicial. (Se desejar
aplicar o formato Moeda, selecione as células e pressione
Ctrl+Shift+$.)
Alterar outros aspectos de formatação
Selecione as células que você deseja formatar.
Na guia Página Inicial, clique no Iniciador de Caixa de
Diálogo ao lado deNúmero.

55
INFORMÁTICA

lulas com o erro #####. Esse procedimento redimensiona


automaticamente a coluna para se ajustar ao número. Você
também pode arrastar o limite direito até que as colunas
fiquem com o tamanho desejado.

DICA: Você também pode pressionar Ctrl+1 para abrir


a caixa de diálogoFormatar Células.
Na caixa de diálogo Formatar Células, na lista Catego-
ria, clique em Moedaou Contábil.

Remover formatação de moeda


Selecione as células que têm formatação de moeda.
Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique na cai-
xa de listagem Geral.
As células formatadas com o formato Geral não têm
um formato de número específico.

Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil
e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos
mais complexos e vários valores. Existem funções para os
cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exem-
plo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+
A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a fun-
ção o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme o
exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar
um cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a
referência de células (A1) e não somente valores.
A quantidade de argumentos empregados em uma
função depende do tipo de função a ser utilizada. Os ar-
Na caixa Símbolo, clique no símbolo de moeda dese- gumentos podem ser números, textos, valores lógicos, re-
jado. ferências, etc...
OBSERVAÇÃO:  Se desejar exibir um valor monetário
sem um símbolo de moeda, clique em Nenhum. Operadores
Na caixa Casas decimais, insira o número de casas de- Operadores são símbolos matemáticos que permitem
cimais desejadas para o número. fazer cálculos e comparações entre as células. Os operado-
Por exemplo, para exibir R$138.691 em vez de colo- res são:
car R$ 138.690,63 na célula, insira 0 na caixa Casas deci-
mais. Conforme você faz alterações, preste atenção ao nú-
mero na caixa Amostra. Ela mostra como a alteração das
casas decimais afetará a exibição de um número.
Na caixa Números negativos selecione o estilo de exi-
bição que você deseja usar para números negativos.
Se não quiser usar as opções existentes para exibir nú-
meros negativos, você pode criar seu próprio formato de
número.
OBSERVAÇÃO:  A caixa  Números negativos  não está
disponível para o formato de número Contábil. O motivo
disso é que constitui prática contábil padrão mostrar nú-
meros negativos entre parênteses.
Para fechar a caixa de diálogo Formatar Células, clique Criar uma fórmula simples
em OK. Você pode criar uma fórmula simples para adicionar,
Se o Excel exibir ##### em uma célula depois que você subtrair, multiplicar ou dividir valores na planilha. As fór-
aplicar formatação de moeda em seus dados, isso signifi- mulas simples sempre começam com um sinal de igual (=),
cará que talvez a célula não seja suficientemente larga para seguido de constantes que são valores numéricos e ope-
exibir os dados. Para expandir a largura da coluna, clique radores de cálculo como os sinais de mais (+), menos (-),
duas vezes no limite direito da coluna que contém as cé- asterisco (*) ou barra (/).

56
INFORMÁTICA

Por exemplo, quando você inserir a fórmula =5+2*3, o Excel multiplicará os últimos dois números e adicionará o pri-
meiro número ao resultado. Seguindo a ordem padrão das operações matemáticas, a multiplicação e executada antes da
adição.
Na planilha, clique na célula em que você deseja inserir a fórmula.
Digite o = (sinal de igual) seguido das constantes e dos operadores que você deseja usar no cálculo.
Você pode inserir quantas constantes e operadores forem necessários em uma fórmula, até 8.192 caracteres.
DICA : Em vez de digitar as constantes em sua fórmula, você pode selecionar as células que contêm os valores que
deseja usar e inserir os operadores entre as células da seleção.
Pressione Enter.
Para adicionar valores rapidamente, você pode usar a AutoSoma em vez de inserir a fórmula manualmente (guia Página
Inicial, grupo Edição ).
Você também pode usar funções (como a função SOMA) para calcular os valores em sua planilha.
Para avançar mais uma etapa, você pode usar as referências de célula e nomes em vez dos valores reais em uma fórmula
simples.
Exemplos
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
2
5
Fórmula Descrição Resultado
‘=A2+A3 Adiciona os valores nas células A1 e A2 =A2+A3
‘=A2-A3 Subtrai o valor na célula A2 do valor em A1 =A2-A3
‘=A2/A3 Divide o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2/A3
‘=A2*A3 Multiplica o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2*A3
Eleva o valor na célula A1 ao valor exponencial especificado
‘=A2^A3 =A2^A3
em A2
Fórmula Descrição Resultado
‘=5+2 Adiciona 5 e 2 =5+2
‘=5-2 Subtrai 2 de 5 =5-2
‘=5/2 Divide 5 por 2 =5/2
‘=5*2 Multiplica 5 vezes 2 =5*2
‘=5^2 Eleva 5 à segunda potência =5^2

Usar referências de célula em uma fórmula


Ao criar uma fórmula simples ou uma fórmula que usa uma função, você pode fazer referência aos dados das células
de uma planilha incluindo referências de célula nos argumentos da fórmula. Por exemplo, quando você insere ou seleciona
a referência de célula A2, a fórmula usa o valor dessa célula para calcular o resultado. Você também pode fazer referência
a um intervalo de células.
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Na barra de fórmulas  , digite = (sinal de igual).
Faça o seguinte: selecione a célula que contém o valor desejado ou digite sua referência de célula.
Você pode fazer referência a uma única célula, a um intervalo de células, a um local em outra planilha ou a um local em
outra pasta de trabalho.
Ao selecionar um intervalo de células, você pode arrastar a borda da seleção da célula para mover a seleção ou arrastar
o canto da borda para expandir a seleção.

57
INFORMÁTICA

1. A primeira referência de célula é B3, a cor é azul e o intervalo de células tem uma borda azul com cantos quadrados.
2. A segunda referência de célula é C3, a cor é verde e o intervalo de célula tem uma borda verde com cantos quadra-
dos.
OBSERVAÇÃO : Se não houver um canto quadrado em uma borda codificada por cor, significa que a referência está
relacionada a um intervalo nomeado.
Pressione Enter.
DICA :  Você também pode inserir uma referência a um intervalo ou célula nomeada.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colu-
nas para ver todos os dados. Use o comando Definir Nome (guia Formulas, grupo Nomes Definidos) para definir “Ativos”
(B2:B4) e “Passivos” (C2:C4).

Departamento Ativos Passivos


TI 274000 71000
Administrador 67000 18000
RH 44000 3000
Fórmula Descrição Resultado
Retorna o total de ativos dos três departamentos
‘=SOMA(Ativos) no nome definido “Ativos”, que é definido como =SOMA(Ativos)
o intervalo de células B2:B4. (385000)
‘=SOMA(Ativos)- Subtrai a soma do nome definido “Passivos” da =SOMA(Ativos)-
SOMA(Passivos) soma do nome definido “Ativos”. (293000) SOMA(Passivos)

Criar uma fórmula usando uma função


Você pode criar uma fórmula para calcular valores na planilha usando uma função. Por exemplo, as fórmulas =SO-
MA(A1:A2) e SOMA(A1,A2) usam ambas a função SOMA para adicionar os valores nas células A1 e A2. As fórmulas sempre
começam com um sinal de igual (=)
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Para iniciar a fórmula com a função, clique em Inserir Função  .
O Excel insere o sinal de igual (=) para você.
Na caixa Ou selecione uma categoria, selecione Tudo.

Se você estiver familiarizado com as categorias de função, também poderá selecionar uma categoria.
Se você não tiver certeza de qual função usar, poderá digitar uma pergunta que descreva o que deseja fazer, na cai-
xa Procure por uma função (por exemplo, “adicionar números” retorna a função SOMA).

58
INFORMÁTICA

Na caixa Selecione uma função, selecione a função que deseja utilizar e clique em OK.
Nas caixas de argumento que forem exibidas para a função selecionada, insira os valores, as cadeias de caracteres de
texto ou referências de célula desejadas.
Em vez de digitar as referências de célula, você também pode selecionar as células que deseja referenciar. Clique em 
 para expandir novamente a caixa de diálogo.
Depois de concluir os argumentos para a fórmula, clique em OK.
DICA :  Se você usar funções frequentemente, poderá inserir suas fórmulas diretamente na planilha. Depois de digitar
o sinal de igual (=) e o nome da função, poderá obter informações sobre a sintaxe da fórmula e os argumentos da função
pressionando F1.

Exemplos
Copie a tabela para a célula A1 em uma planilha em branco no Excel para trabalhar com esses exemplos de fórmulas
que usam funções.

Dados
5 4
2 6
3 8
7 1
Fórmula Descrição Resultado
‘=SOMA(A:A) Adiciona todos os números na coluna A =SOMA(A:A)
Calcula a média de todos os números no intervalo
‘=MÉDIA(A1:B4) =MÉDIA(A1:B4)
A1:B4

Função Soma
A função soma , uma das funções matemáticas e trigonométricas, adiciona os valores. Você pode adicionar valores
individuais, referências de células ou intervalos ou uma mistura de todos os três.
Sintaxe: SOMA(número1,[número2],...)
Por exemplo:
=SOMA(A2:A10)
= SOMA(A2:A10, C2:C10)

Nome do argumento Descrição


número1    (Obrigatório) O primeiro número que você deseja somar. O número pode ser como “4”, uma
referência de célula, como B6, ou um intervalo de células, como B2:B8.
número2-255    (Opcional) Este é o segundo número que você deseja adicionar. Você pode especificar até 255
números dessa forma.

Soma rápida com a barra de Status


Se você quiser obter rapidamente a soma de um intervalo de células, tudo o que você precisa fazer é selecionar o in-
tervalo e procure no lado inferior direito da janela do Excel.

59
INFORMÁTICA

Barra de Status AutoSoma verticalmente


Esta é a barra de Status e exibe as informações sobre O Assistente de AutoSoma detectou automaticamente
tudo o que você selecionou, se você tiver uma única célula células B2: B5 como o intervalo a serem somados. Tudo o
ou várias células. Se você com o botão direito na barra de que você precisa fazer é pressione Enter para confirmá-la.
Status de uma caixa de diálogo do recurso será pop-out Se você precisar adicionar/excluir mais células, você pode
exibindo todas as opções que você pode selecionar. Obser- manter a tecla Shift > tecla de direção da sua escolha até
ve que ele também exibe valores para o intervalo selecio- que corresponde à sua seleção desejado e pressione Enter
nado se você tiver esses atributos marcados.  quando terminar. Guia de função Intellisense: a soma (Nú-
mero1, [núm2]) flutuantes marca abaixo a função é o guia
Usando o Assistente de AutoSoma de Intellisense. Se você clicar no nome de função ou soma,
A maneira mais fácil de adicionar uma fórmula de soma ele se transformará em um hiperlink azul, que o levará para
à sua planilha é usar o Assistente de AutoSoma. Selecione o tópico de ajuda para essa função. Se você clicar nos ele-
uma célula vazia diretamente acima ou abaixo do intervalo mentos de função individual, as peças representantes na
que você quer somar e nas guias página inicial ou fórmula fórmula serão realçadas. Nesse caso somente B2: B5 seria
na faixa de opções, pressione AutoSoma > soma. O Assis- realçadas como há apenas uma referência numérica nesta
tente de AutoSoma automaticamente detecta o intervalo fórmula. A marca de Intellisense será exibido para qualquer
para ser somados e criar a fórmula para você. Ele também função.
pode trabalhar horizontalmente se você selecionar uma Exemplo 3 – AutoSoma horizontalmente
célula para a esquerda ou à direita do intervalo a serem
somados.

AutoSoma horizontalmente
Exemplo 4 – somar células não-contíguas
Use o Assistente de AutoSoma para rapidamente os
intervalos contíguos de soma
A caixa de diálogo de AutoSoma também permite que
você selecione outras funções comuns, como:
Média
Contar números
Máx
Min
Mais funções
Exemplo 2 – AutoSoma verticalmente

Somar células não-contíguas


O Assistente de AutoSoma geralmente só funcionará
para intervalos contíguos, portanto se você tiver linhas ou
colunas vazias no seu intervalo de soma, Excel vai parada o
primeiro espaço. Nesse caso você precisaria soma por sele-
ção, onde você pode adicionar os intervalos individuais, um
por vez. Neste exemplo se você tivesse dados na célula B4,
o Excel seria gerar =SOMA(C2:C6) desde que ele reconheça
um intervalo contíguo.

60
INFORMÁTICA

Você pode selecionar rapidamente vários intervalos


não-contíguas com Ctrl + LeftClick. Primeiro, insira “= soma
(“, selecione seu diferentes intervalos e Excel adicionará au-
tomaticamente o separador de vírgula entre intervalos para
você. Pressione enter quando terminar.
Dica: você pode usar ALT + = para adicionar rapida-
mente a função soma para uma célula. Tudo o que você
precisa fazer é selecionar o intervalo (s).
Observação: você pode perceber como o Excel tem Evite usar o = 1 + 2 ou = métodos A + B
realçado os intervalos de função diferente por cor, e eles Sua fórmula pode quebrar se houver quaisquer valores
correspondem dentro da própria fórmula, portanto C2: C3 não numéricos (texto) nas células referenciadas, que retor-
é azul e C5: C6 é vermelho. Excel fará isso para todas as narão um #VALUE! erro. SOMA ignorará valores de texto e
funções, a menos que o intervalo referenciado esteja em lhe dar a soma dos valores numéricos.
uma planilha diferente ou em outra pasta de trabalho. Para
acessibilidade aprimorada com tecnologia assistencial,
você pode usar intervalos nomeados, como “Semana1”,
“Semana2”, etc. e, em seguida, fazer referência a eles, sua
fórmula:

=SOMA(Week1,Week2)

Práticas Recomendadas
Esta seção aborda algumas práticas recomendadas
para trabalhar com as funções soma. Grande parte desse SOMA ignora valores de texto
pode ser aplicada a trabalhar com outras funções também. #REF! Erro de excluir linhas ou colunas
♣ a = 1 + 2 ou = A + B Method – enquanto você pode
inserir = 1 + 2 + 3 ou = A1 + B1 + C2 e obter resultados
totalmente precisos, esses métodos estão sujeitos a erros
por vários motivos:
Erros de digitação – Imagine tentando inserir valores
mais e/ou muito maiores assim:
= 14598.93 + 65437.90 + 78496.23
Em seguida, tente validar se suas entradas estão cor-
retas. É muito mais fácil colocar esses valores em células
individuais e usar uma fórmula de soma. Além disso, você
Se você excluir uma linha ou coluna, a fórmula não se-
pode formatar os valores quando eles estão nas células,
rão atualizados para excluir a linha excluída e retornará um
tornando-as muito mais legível e quando ela estiverem em
#REF! erro, onde uma função soma atualizará automatica-
uma fórmula.
mente.

Fórmulas não atualizar referências ao inserir linhas ou


colunas

#VALUE! erros de referência de texto em vez de nú-


meros.
Se você usar um fórmula como:
= A1 + B1 + C1 ou = A1 + A2 + A3

61
INFORMÁTICA

= Style A + B fórmulas não os atualizará ao adicionar Resultará em 25% do intervalo somado, entretanto,
linhas ou colunas que rígido códigos a 25% da fórmula, e pode ser difícil
encontrar mais tarde se precisar alterá-lo. É muito melhor
Se você inserir uma linha ou coluna, a fórmula não será colocar os 25% em uma célula e referenciando que em vez
atualizada para incluir a linha adicionada, onde uma função disso, onde ele está check-out em Abrir e facilmente alte-
soma atualizará automaticamente (contanto que você não rados, assim:
estiver fora do intervalo referenciado na fórmula). Isso é es- = SOMA(A2:A14) * E2
pecialmente importante se você esperar sua fórmula para Dividir em vez de multiplicar você simplesmente subs-
atualizar e não, como ele deixará incompletos resultados titua a “*” com “/”: = SOMA(A2:A14)/E2
que você não pode capturar. Adicionando ou retirando de uma soma
i. você pode facilmente adicionar ou subtrair de uma
soma usando + ou - assim:
= SOMA(A1:A10) + E2
= SOMA(A1:A10)-E2

SOMA 3D
Às vezes você precisa somar uma determinada célula
em várias planilhas. Pode ser tentador clique em cada pla-
nilha e a célula desejada e use apenas «+» para adicionar a
SOMA com referências de célula individuais versus in- célula valores, mas que é entediante e pode ser propensa,
tervalos muito mais assim que apenas tentando construir uma fór-
Usando uma fórmula como: mula que faz referência apenas uma única folha.
=SOMA(A1,A2,A3,B1,B2,B3) i = Planilha1! A1 + Plan2! A1 + Planilha3! A1
É igualmente erro sujeitos ao inserir ou excluir linhas Você pode fazer isso muito mais fácil com um 3D ou
dentro do intervalo referenciada pelas mesmas razões. É soma 3 dimensionais:
muito melhor usar intervalos individuais, como:
=SOMA(A1:A3,B1:B3)
Qual será atualizada ao adicionar ou excluir linhas.
Usando operadores matemáticos com soma
Digamos que você deseja aplicar uma porcentagem de
desconto para um intervalo de células que você já soma-
dos.

= SOMA(Sheet1:Sheet3! A1)
Qual somará a célula A1 em todas as planilhas da pla-
nilha 1 para a planilha 3.
Isso é especialmente útil em situações em que você
tem uma única folha para cada mês (janeiro a dezembro) e
você precisa total-las em uma planilha de reSOMAo.

= SOMA(January:December! A2)
Qual somará célula A2 em cada planilha de janeiro a
= SOMA(A2:A14) *-25% dezembro.

62
INFORMÁTICA

Observação: se suas planilhas tem espaços em seus =SE(C2=1;”Sim”;”Não”)


nomes, como “Janeiro vendas”, então você precisa usar um Neste exemplo, a fórmula na célula D2 diz: SE(C2 = 1, a
apóstrofo ao fazer referência os nomes de planilha em uma fórmula retorna Sim e, caso contrário, retorna Não)
fórmula: Como você pode ver, a função SE pode ser usada
= SOMA(‘January Sales:December Sales’! A2) para avaliar texto e valores. Ela também pode ser usada
SOMA com outras funções para  avaliar erros. Você não está limitado a verificar ape-
Absolutamente, você pode usar soma com outras fun- nas se um valor é igual a outro e retornar um único resul-
ções. Aqui está um exemplo que cria um cálculo da média tado; você também pode usar operadores matemáticos e
mensal: executar cálculos adicionais dependendo de seus critérios.
Também é possível aninhar várias funções SE juntas para
realizar várias comparações.

OBSERVAÇÃO : Se você for usar texto em fórmulas, será


preciso quebrar o texto entre aspas (por exemplo, “Texto”).
A única exceção é usar VERDADEIRO ou FALSO que o Excel
reconhece automaticamente.

=SOMA(A2:L2)/COUNTA(A2:L2) Introdução
Que usa a soma de A2:L2 dividido pela contagem de A melhor maneira de começar a escrever uma instru-
células não vazias em A2:L2 (maio a dezembro estão em ção SE é pensar sobre o que você está tentando realizar.
branco). Que comparação você está tentando fazer? Muitas vezes,
Função SE escrever uma instrução SE pode ser tão simples quanto
A função SE é uma das funções mais populares do Ex- pensar na lógica em sua cabeça: “o que aconteceria se
cel e permite que você faça comparações lógicas entre um essa condição fosse atendida vs. o que aconteceria se não
valor e aquilo que você espera. Em sua forma mais simples, fosse?” Você sempre deve se certificar de que suas etapas
a função SE diz: sigam uma progressão lógica; caso contrário, sua fórmula
SE(Algo for Verdadeiro, faça tal coisa, caso contrário, não executará aquilo que você acha que ela deveria exe-
faça outra coisa) cutar. Isso é especialmente importante quando você cria
Portanto, uma instrução SE pode ter dois resultados. instruções SE complexas (aninhadas).
O primeiro resultado é se a comparação for Verdadeira, o
segundo se a comparação for Falsa.
Mais exemplos de SE
Exemplos de SE simples

=SE(C2>B2;”Acima do orçamento”;”Dentro do orça-


mento”)
=SE(C2=”Sim”;1,2) No exemplo acima, a função SE em D2 está dizen-
No exemplo acima, a célula D2 diz: SE(C2 = Sim, a fór- do SE(C2 é maior que B2, retorne “Acima do orçamento”,
mula retorna um 1 ou um 2) caso contrário, retorne “Dentro do orçamento”)

= SE(C2>B2,C2-B2,0)

63
INFORMÁTICA

Na ilustração acima, em vez de retornar um resultado Nesse caso, usamos SE com a função ÉCÉL.VAZIA:
de texto, vamos retornar um cálculo matemático. A fórmula =SE(ÉCÉL.VAZIA(D2),”Em branco”,”Não está em bran-
em E2 está dizendo SE(Valor real for maior que o Valor or- co”)
çado, subtraia o Valor orçado do Valor real, caso contrário, Que diz  SE(D2 está em branco, retorne “Em branco”,
não retorne nada). caso contrário, retorne “Não está em branco”). Você tam-
bém poderia facilmente usar sua própria fórmula para a
condição “Não está em branco”. No próximo exemplo
usamos “” em vez de ÉCÉL.VAZIA. “” basicamente significa
“nada”.

=SE(D3=””,”Em branco”,”Não está em branco”)


=SE(E7=”Sim”;F5*0,0825;0) Essa fórmula diz  SE(D3 é nada, retorne “Em branco”,
Neste exemplo, a fórmula em F7 está dizendo SE(E7 = caso contrário, retorne “Não está em branco”). Veja um
“Sim”, calcule o Valor Total em F5 * 8,25%, caso contrário, exemplo de um método muito comum de usar “” para im-
nenhum Imposto sobre Vendas é cobrado, retorne 0) pedir que uma fórmula calcule se uma célula dependente
está em branco:
Práticas Recomendadas - Constantes =SE(D3=””;””;SuaFórmula())
No último exemplo, você vê dois “Sim” e a Taxa de SE(D3 é nada, retorne nada, caso contrário, calcule sua
Imposto sobre Vendas (0,0825) inseridos diretamente na fórmula).
fórmula. Geralmente, não é recomendável colocar constan-
tes literais (valores que talvez precisem ser alterados oca- Exemplo de SE aninhada
sionalmente) diretamente nas fórmulas, pois elas podem
ser difíceis de localizar e alterar no futuro. É muito melhor
colocar constantes em suas próprias células, onde elas fi-
cam fora das constantes abertas e podem ser facilmente
encontradas e alteradas. Nesse caso, tudo bem, pois há
apenas uma função SE e a Taxa de Imposto sobre Vendas
raramente será alterada. Mesmo se isso acontecer, será fá-
cil alterá-la na fórmula.
Usar SE para verificar se uma célula está em branco
Às vezes, é preciso verificar se uma célula está em bran-
co, geralmente porque você pode não querer uma fórmula
exiba um resultado sem entrada.
Em casos onde uma simples função SE tem apenas dois
resultados (Verdadeiro ou Falso), as funções se aninhadas
SE podem ter de 3 a 64 resultados.
=SE(D2=1;”SIM”;SE(D2=2;”Não”;”Talvez”))
Na ilustração acima, a fórmula em E2 diz: SE(D2 é igual
a 1, retorne “Sim”, caso contrário, SE(D2 é igual a 2, retorne
“Não”, caso contrário, retorne “Talvez”).

CONT.SE
Use CONT.SE, uma das funções estatísticas, para con-
tar o número de células que atendem a um critério; por
exemplo, para contar o número de vezes que uma cidade
específica aparece em uma lista de clientes.

64
INFORMÁTICA

Sintaxe
CONT.SE(intervalo, critério)
Por exemplo:
=CONT.SE(A2:A5;”maçãs”)
=CONT.SE(A2:A5,A4)

Nome do argumento Descrição


O grupo de células que você deseja contar. Intervalo pode conter números,
intervalo    (obrigatório) matrizes, um intervalo nomeado ou referências que contenham números.
Valores em branco e texto são ignorados.
Um número, expressão, referência de célula ou cadeia de texto que
determina quais células serão contadas.
Por exemplo, você pode usar um número como 32, uma comparação, como
critérios    (obrigatório)
“> 32”, uma célula como B4 ou uma palavra como “maçãs”.
CONT.SE usa apenas um único critério. Use CONT.SES se você quiser usar
vários critérios.

Função SOMASE
Você pode usar a função SOMASE para somar os valores em uma intervalo que atendem aos critérios que você especi-
ficar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém números, você quer somar apenas os valores que são maiores
do que 5. Você pode usar a seguinte fórmula: = SOMASE (B2:B25,”> 5”).

Sintaxe
SOMASE(intervalo, critérios, [intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo    Necessário. O intervalo de células a ser avaliada por critérios. Células em cada intervalo devem ser números
ou nomes, matrizes ou referências que contenham números. Valores em branco e texto são ignorados. O intervalo selecio-
nado pode conter datas no formato padrão do Excel (exemplos abaixo).
critérios   Obrigatório. Os critérios na forma de um número, expressão, referência de célula, texto ou função que define
quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos como 32, “>32”, B5, “32”, “maçãs” ou HOJE().
IMPORTANTE : Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos deve estar
entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as aspas duplas não serão necessárias.
intervalo_soma   Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células diferentes das especi-
ficadas no argumento intervalo. Se o argumento intervalo_soma for omitido, o Excel adicionará as células especificadas no
argumento intervalo (as mesmas células às quais os critérios são aplicados).
Você pode usar os caracteres curinga – o ponto de interrogação (?) e o asterisco (*) – como o argumento critérios. O
ponto de interrogação corresponde a qualquer caractere único; o asterisco corresponde a qualquer sequência de caracte-
res. Para localizar um ponto de interrogação ou asterisco real, digite um til (~) antes do caractere.

Comentários
A função SOMASE retorna valores incorretos quando você a utiliza para corresponder cadeias de caracteres com mais
de 255 caracteres ou para a cadeia de caracteres #VALOR!.
O argumento intervalo_soma não precisa ter o mesmo tamanho e forma que o argumento intervalo. As células reais
adicionadas são determinadas pelo uso da célula na extremidade superior esquerda do argumentointervalo_soma como a
célula inicial e, em seguida, pela inclusão das células correspondentes em termos de tamanho e forma no argumento in-
tervalo. Por exemplo:

Se o intervalo for e intervalo_soma for Então, as células reais serão


A1:A5 B1:B5 B1:B5
A1:A5 B1:B3 B1:B5
A1:B4 C1:D4 C1:D4
A1:B4 C1:C2 C1:D4

Porém, quando os argumentos intervalo e intervalo_soma na função SOMASE não contêm o mesmo número de células,
o recálculo da planilha pode levar mais tempo do que o esperado.

MÁXIMO (Função MÁXIMO)


Descrição
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.

65
INFORMÁTICA

Sintaxe
MÁXIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÁXIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor máximo
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números nesta matriz ou referência serão usados. Células
vazias, valores lógicos ou texto na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÁXIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÁXIMOA.

Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÁXIMO(A2:A6) Maior valor no intervalo A2:A6. 27
=MÁXIMO(A2:A6; 30) Maior valor no intervalo A2:A6 e o valor 30. 30

MÍNIMO (Função MÍNIMO)

Descrição
Retorna o menor número na lista de argumentos.

Sintaxe
MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor MÍNIMO
você deseja saber.

Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números daquela matriz ou referência poderão ser usados.
Células vazias, valores lógicos ou valores de erro na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÍNIMOA.

Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

66
INFORMÁTICA

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÍNIMO(A2:A6) O menor dos números no intervalo A2:A6. 2
=MIN(A2:A6;0) O menor dos números no intervalo A2:A6 e 0. 0

Média
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte fun-
ção =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Mesclar células
A mesclagem combina duas ou mais células para criar uma nova célula maior. Essa é uma excelente maneira de criar
um rótulo que se estende por várias colunas. Por exemplo, aqui, as células A1, B1 e C1 foram mescladas para criar o rótulo
“Vendas Mensais” e descrever as informações nas linhas de 2 a 7.

Selecione duas ou mais células adjacentes que você deseja mesclar.


IMPORTANTE : Verifique se os dados que você deseja agrupar na célula mesclada estão contidos na célula superior
esquerda. Os dados nas outras células mescladas serão excluídos. Para preservar os dados das outras células, copie-os em
outra parte da planilha antes de fazer a mesclagem.
Clique em Início > Mesclar e Centralizar.

Se o botão Mesclar e Centralizar estiver esmaecido, verifique se você não está editando uma célula e se as células que
você quer mesclar não estão dentro de uma tabela.
DICA :  Para mesclar células sem centralizar, clique na seta ao lado de Mesclar e Centralizar e clique em Mesclar Atra-
vés ou Mesclar Células.
Se você mudar de ideia, é possível dividir as células que foram mescladas.

67
INFORMÁTICA

Criar um gráfico no Excel para Windows


Use o comando Gráficos Recomendados na guia Inse-
rir para criar rapidamente um gráfico ideal para seus dados.

Selecione os dados que você deseja incluir no seu grá-


fico.
Clique em Inserir > Gráficos Recomendados.

DICAS : 
Use as opções nas guias Design e Formatar para perso-
Na guia Gráficos Recomendados, percorra a lista de ti- nalizar a aparência do gráfico.
pos de gráficos recomendados pelo Excel para seus dados.
Clique em qualquer tipo de gráfico para ver como os
seus dados aparecem naquele formato.

Se você não vir essas guias, adicione as Ferramentas


de gráfico  à faixa de opções clicando em qualquer lugar
no gráfico.
Criar uma Tabela Dinâmica no Excel para analisar
dados da planilha
A capacidade de analisar todos os dados da planilha
pode ajudar você a tomar decisões de negócios melhores.
Porém, às vezes é difícil saber por onde começar, espe-
cialmente quando há muitos dados. O Excel pode ajudar,
recomendando e, em seguida, criando automaticamente
Tabelas Dinâmicas que são um excelente recurso para re-
SOMAir, analisar, explorar e apresentar dados. Por exem-
plo, veja uma lista simples de despesas:

DICA : Se não vir um tipo de gráfico que agrade você,


clique na guia Todos os Gráficos para ver todos os tipos de
gráfico disponíveis.

Quando você encontrar o tipo de gráfico desejado, cli-


que nele e clique emOK.

Use os botões Elementos do Gráfico, Estilos de Gráfi-


co e Filtros de Gráficopróximos ao canto superior direito do
gráfico para adicionar elementos de gráfico como  títulos
de eixo ou rótulos de dados, para personalizar a aparência
do seu gráfico ou alterar os dados exibidos no gráfico.

68
INFORMÁTICA

Aqui estão os mesmos dados reSOMAidos em uma Tabela Dinâmica:

Criar uma Tabela Dinâmica Recomendada


Se você tiver experiência limitada com Tabelas Dinâmicas ou não souber como começar, uma Tabela Dinâmica Reco-
mendada é uma boa opção. Quando você usa este recurso, o Excel determina um layout significativo, combinando os da-
dos com as áreas mais adequadas da Tabela Dinâmica. Isso oferece um ponto inicial para experimentos adicionais. Depois
que uma Tabela Dinâmica básica é criada, você pode explorar orientações diferentes e reorganizar os campos para obter
os resultados desejados.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Tabela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica Recomendada.

O Excel cria uma Tabela Dinâmica em uma nova planilha e exibe a Lista de Campos da Tabela Dinâmica.

Siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por
padrão, campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias
Adicionar um campo
de data e hora são adicionadas à área Coluna e os campos numéricos são
adicionados à área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para
Mover um campo
outra, por exemplo, de Colunas para Linhas.
Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Criar uma Tabela Dinâmica manualmente


Se você sabe como organizar seus dados, pode criar uma Tabela Dinâmica manualmente.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Tabela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica.

69
INFORMÁTICA

Na planilha, os seus dados devem estar envolvidos por uma linha tracejada. Se não estiverem, clique e arraste para
selecionar os dados. Quando você fizer isso, a caixa Tabela/Intervalo será preenchida automaticamente com o intervalo de
células selecionado.
Em Escolher onde deseja que o relatório de tabela dinâmica seja colocado, escolha Nova planilha para colocar a Tabela
Dinâmica em uma nova guia de planilha. Se preferir, clique em Planilha existente e clique na planilha para especificar o local.
DICA : Para analisar várias tabelas em uma Tabela Dinâmica, marque a caixaAdicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Clique em OK.
Na Lista de Campos da Tabela Dinâmica, siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por padrão,
Adicionar um campo campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias de data e hora são
adicionadas à área Colunae os campos numéricos são adicionados à área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para outra, por
Mover um campo
exemplo, de Colunas para Linhas.
Clique na seta ao lado do campo em Valores > Definições do Campo de Valor e, na
caixa Definições do Campo de Valor, altere o cálculo.

Alterar o cálculo usado em um


campo de valor

Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Proteger com senha uma pasta de trabalho


O Excel oferece várias maneiras de proteger uma pasta de trabalho. Você pode solicitar uma senha para abri-la, uma
senha para alterar dados e uma senha para alterar a estrutura do arquivo (adicionar, excluir ou ocultar planilhas). Você pode
também definir uma senha no modo de exibição Backstage para criptografar a pasta de trabalho.

Lembre-se, no entanto, de que esse tipo de proteção nem sempre criptografa os seus dados. Isso só é possível com a
senha criptografada criada no modo de exibição Backstage. Os usuários podem ainda usar ferramentas de terceiros para
ler dados não criptografados.

Vamos começar solicitando senhas para abrir um arquivo e alterar dados.


Clique em Arquivo > Salvar como.
Clique em um local, como Computador ou a página da Web Meu Site.
Clique em uma pasta, como Documentos ou uma das pastas no seu OneDrive, ou clique em Procurar.
Na caixa de diálogo Salvar como, vá até a pasta que você quer usar, abra a lista Ferramentas e clique em Opções Gerais.
Insira a sua senha e clique em OK. Insira a mesma senha para confirmar e clique novamente em OK.

OBSERVAÇÃO:  Para remover uma senha, siga as etapas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha em
branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de senha usado no Excel.

70
INFORMÁTICA

Criptografar a pasta de trabalho com uma senha


No modo de exibição Backstage, você pode definir uma
senha para a pasta de trabalho que fornece criptografia.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Pasta de
Trabalho >Criptografar com Senha.
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
clique em OK.
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e
clique em OK.

OBSERVAÇÃO :  Para remover uma senha, siga as eta-


Você pode digitar uma das duas senhas aqui, uma para
pas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a
abrir o arquivo, outra para mudar o arquivo.
senha em branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo
de senha usado no Excel.
Por que minha senha desaparece quando salvo no for-
mato do Excel 97-2003?
Você deseja enviar a sua pasta de trabalho protegida
por senha para outras pessoas, mas eles ainda estão usan-
do o Excel 2003, que salva no formato de arquivo Excel 97-
2003 (*.xls). Você escolhe “Salvar como” usando o formato
97-2003, mas então você descobre que a senha definida na
pasta de trabalho desapareceu.
Isso acontece porque a sua versão do Excel usa um
novo esquema para salvar senhas, e o formato de arquivo
anterior não o reconhece. Como resultado, a senha é des-
cartada ao salvar seu arquivo para o formato do Excel 97-
Consulte as anotações abaixo para mais informações. 2003. Defina a senha no arquivo *.xls para proteger a pasta
Para proteger a estrutura da sua pasta de trabalho, faça de trabalho novamente.
isto:
Clique em Revisar > Proteger Pasta de Trabalho.
Proteger uma planilha com ou sem uma senha no
Clique em Estrutura.
Excel
Consulte as anotações abaixo para saber mais sobre
essa opção e a opçãoWindows. Para ajudar a proteger seus dados de alterações não
Digite uma senha na caixa Senha. intencionais ou intencionais, proteja sua planilha, com ou
Clique em OK e redigite a senha para confirmá-la. sem senha. Ela impede que outras pessoas removam a pro-
teção da planilha: a senha deve ser inserida para desprote-
OBSERVAÇÕES :  ger a planilha.
Se você digitar a mesma senha para abrir e alterar a Por padrão, quando você protege uma planilha, o excel
pasta de trabalho, os usuários somente precisarão digitar bloqueia todas as células nessa planilha. Antes de proteger
a senha uma vez. a planilha, desbloqueie quaisquer células que desejar alte-
Se você solicitar somente uma senha para alterar a rar antes de seguir essas etapas.
pasta de trabalho, os usuários podem abrir uma cópia so- Clique na guia Revisão e clique em Proteger Planilha.
mente leitura do arquivo, salvá-la com outro nome e alterar Verifique se a caixa de seleção Proteger a planilha e o
seus dados. conteúdo de células bloqueadas está marcada.
Selecionar a opção Estrutura previne outros usuários Para usar uma senha, digite-a na caixa Senha para des-
de visualizar planilhas ocultas, adicionar, mover, excluir ou proteger a planilha. 
ocultar planilhas e renomear planilhas. Outros usuários podem remover a proteção se você
Você pode ignorar a opção Windows. Ela está desabili- não usar uma senha.
tada nessa versão do Excel.
Sempre é possível saber quando a estrutura da pasta
IMPORTANTE :  Anote sua senha e armazene-a em lo-
de trabalho está protegida. O botão Proteger Pasta de Tra-
cal seguro. Nós sinceramente não podemos ajudar você a
balho acende.
recuperar senhas perdidas.

Se você digitou uma senha na etapa 3, redigite-a para


confirmá-la.

71
INFORMÁTICA

Em Cores do Tema ou Cores Padrão, selecione a cor


desejada.

Marque ou desmarque as caixas de seleção em Permi-


tir que todos os usuários desta planilha possam e clique
em OK.

OBSERVAÇÕES : 
Para remover a proteção da planilha, clique em Revi-
são, clique emDesproteger Planilha e digite a senha, se ne-
cessário.
Se uma macro não pode executar na planilha protegi- Para utilizar uma cor personalizada, clique em Mais Co-
da, você verá uma mensagem e a macro será interrompida res, e em seguida, na caixa de diálogo Cores, selecione a
cor desejada.
Adicionar ou alterar a cor do plano de fundo das
células DICA : Para aplicar a cor selecionada mais recentemen-
É possível realçar dados em células utilizando Cor de te, clique em Cor de Preenchimento  . Você também
preenchimento para adicionar ou alterar a cor do plano de encontrará até 10 cores personalizadas selecionadas mais
fundo ou padrão das células. Veja como: recentemente em Cores recentes.
Selecione as células que deseja realçar.
DICAS : Para utilizar uma cor de fundo diferente para a Aplicar um padrão ou efeitos de preenchimento.
planilha inteira, clique no botão Selecionar Tudo. Isso irá ocul- Quando você deseja algo mais do que apenas um
tar as linhas de grade, mas é possível melhorar a legibilidade preenchimento de cor sólida, experimente aplicar um pa-
da planilha exibindo bordas ao redor de todas as células. drão ou efeitos de preenchimento.

Selecione a célula ou intervalo de células que deseja


formatar.

Clique em Página Inicial > iniciador da caixa de diálo-


go Formatar Células ou pressione Ctrl + Shift + F.

Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de


Preenchimento  .

Na guia Preenchimento, em Cor de Fundo, selecione a


cor desejada.

72
INFORMÁTICA

Na guia Folha, em Imprimir, desmarque as caixas de


seleção Preto e branco e Qualidade de rascunho.
OBSERVAÇÃO :  Se você não visualizar cores em sua
planilha, talvez esteja trabalho no modo de alto contraste.
Se não visualizar cores ao visualizar antes de imprimir, tal-
vez nenhuma impressora colorida esteja selecionada.

Principais atalhos
CTRL+Menos (-) — Exibe a caixa de diálogo Excluir
para excluir as células selecionadas.
CTRL+; — Insere a data atual.
CTRL+` — Alterna entre a exibição dos valores da célu-
la e a exibição de fórmulas na planilha.
CTRL+’ — Copia uma fórmula da célula que está acima
da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+1 — Exibe a caixa de diálogo Formatar Células.
CTRL+2 — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+3 — Aplica ou remove formatação em itálico.
CTRL+4 — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+5 — Aplica ou remove tachado.
Para utilizar um padrão com duas cores, selecione uma CTRL+6 — Alterna entre ocultar objetos, exibir objetos
cor na caixa Cor do Padrão e, em seguida, selecione um e exibir espaços reservados para objetos.
padrão na caixa Estilo do Padrão. CTRL+8 — Exibe ou oculta os símbolos de estrutura
Para utilizar um padrão com efeitos especiais, clique de tópicos.
em Efeitos de Preenchimento, e, em seguida, selecione as CTRL+9 — Oculta as linhas selecionadas.
opções desejadas.
CTRL+0 — Oculta as colunas selecionadas.
DICA : Na caixa Amostra, é possível visualizar o plano de
CTRL+A — Seleciona a planilha inteira. Se a planilha
fundo, o padrão e os efeitos de preenchimento selecionados.
contiver dados, este comando seleciona a região atual.
Remover cores de célula, padrões, ou efeitos de preen-
Pressionar CTRL+A novamente seleciona a região atual e
chimento
suas linhas de reSOMAo. Pressionar CTRL+A novamente
Para remover quaisquer cores de fundo, padrões ou
seleciona a planilha inteira.
efeitos de preenchimento das células, basta selecioná-las.
CTRL+SHIFT+A — Insere os nomes e os parênteses do
Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de Preenchi-
argumento quando o ponto de inserção está à direita de
mento, e então selecione Sem Preenchimento.
um nome de função em uma fórmula.
CTRL+N — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+C — Copia as células selecionadas.
CTRL+C (seguido por outro CTRL+C) — exibe a Área
de Transferência.
CTRL+D — Usa o comando Preencher Abaixo para co-
piar o conteúdo e o formato da célula mais acima de um
intervalo selecionado nas células abaixo.
Imprimir cores de célula, padrões ou efeitos de preen- CTRL+F — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
chimento em cores tuir com a guia Localizar selecionada.
Se as opções de impressão estiverem definidas SHIFT+F5 — Também exibe essa guia, enquanto SHIF-
como Preto e branco ouQualidade de rascunho — seja T+F4 repete a última ação de Localizar.
propositalmente ou porque a pasta de trabalho contém CTRL+SHIFT+F — Abre a caixa de diálogo Formatar
planilhas e gráficos grandes ou complexos que resultaram Células com a guia Fonte selecionada.
na ativação automática do modo de rascunho — não será CTRL+G — Exibe a caixa de diálogo Ir para. (F5 tam-
possível imprimir as células em cores. Veja aqui como re- bém exibe essa caixa de diálogo.)
solver isso: CTRL+H — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
Clique em Layout da Página > iniciador da caixa de diá- tuir com a guia Substituir selecionada.
logo Configurar Página. CTRL+I — Aplica ou remove formatação em itálico.
CTRL+K — Exibe a caixa de diálogo Inserir Hiperlink
para novos hiperlinks ou a caixa de diálogo Editar Hiperlink
para os hiperlinks existentes que estão selecionados.
CTRL+N — Cria uma nova pasta de trabalho em branco
CTRL+O — Exibe a caixa de diálogo Abrir para abrir ou
localizar um arquivo.

73
INFORMÁTICA

CTRL+SHIFT+O — Seleciona todas as células que contêm comentários.


CTRL+P — Exibe a caixa de diálogo Imprimir.
CTRL+SHIFT+P — Abre a caixa de diálogo Formatar Células com a guia Fonte selecionada.
CTRL+R — Usa o comando Preencher à Direita para copiar o conteúdo e o formato da célula mais à esquerda de um
intervalo selecionado nas células à direita.
CTRL+B — Salva o arquivo ativo com seu nome de arquivo, local e formato atual.
CTRL+T — Exibe a caixa de diálogo Criar Tabela.
CTRL+S — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+SHIFT+S — Alterna entre a expansão e a redução da barra de fórmulas.
CTRL+V — Insere o conteúdo da Área de Transferência no ponto de inserção e substitui qualquer seleção. Disponível
somente depois de ter recortado ou copiado um objeto, texto ou conteúdo de célula.
CTRL+ALT+V — Exibe a caixa de diálogo Colar Especial, disponível somente depois que você recortar ou copiar um
objeto, textos ou conteúdo de célula em uma planilha ou em outro programa.
CTRL+W — Fecha a janela da pasta de trabalho selecionada.
CTRL+X — Recorta as células selecionadas.
CTRL+Y — Repete o último comando ou ação, se possível.
CTRL+Z — Usa o comando Desfazer para reverter o último comando ou excluir a última entrada digitada.
CTRL+SHIFT+Z — Usa o comando Desfazer ou Refazer para reverter ou restaurar a correção automática quando Mar-
cas Inteligentes de AutoCorreção são exibidas.
CTRL+SHIFT+( — Exibe novamente as linhas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+) — Exibe novamente as colunas ocultas dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+& — Aplica o contorno às células selecionadas.
CTRL+SHIFT+_ — Remove o contorno das células selecionadas.
CTRL+SHIFT+~ — Aplica o formato de número Geral.
CTRL+SHIFT+$ — Aplica o formato Moeda com duas casas decimais (números negativos entre parênteses)
CTRL+SHIFT+% — Aplica o formato Porcentagem sem casas decimais.
CTRL+SHIFT+^ — Aplica o formato de número Exponencial com duas casas decimais.
CTRL+SHIFT+# — Aplica o formato Data com dia, mês e ano.
CTRL+SHIFT+@ — Aplica o formato Hora com a hora e os minutos, AM ou PM.
CTRL+SHIFT+! — Aplica o formato Número com duas casas decimais, separador de milhar e sinal de menos (-) para
valores negativos.
CTRL+SHIFT+* — Seleciona a região atual em torno da célula ativa (a área de dados circunscrita por linhas e colunas
vazias).
CTRL+SHIFT+: — Insere a hora atual.
CTRL+SHIFT+” –Copia o valor da célula que está acima da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
CTRL+SHIFT+Mais (+) — Exibe a caixa de diálogo Inserir para inserir células em branco.

Fórmulas básicas
As primeiras fórmulas aprendidas na escola são as de adição, subtração, multiplicação e divisão. No Excel não é dife-
rente.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


=SOMA(A1;A2).
Para aplicar a fórmula de soma você
Dica: Sempre separe a indicação
precisa, apenas, selecionar as células que
das células com ponto e vírgula
Adição =SOMA(célulaX;célula Y) estarão envolvidas na adição, incluindo a
(;). Dessa forma, mesmo as que
sequência no campo superior do programa
estiverem em localizações distantes
junto com o símbolo de igual (=)
serão consideradas na adição
Segue a mesma lógica da adição, mas
dessa vez você usa o sinal correspondente
Subtração =(célulaX-célulaY) a conta que será feita (-) no lugar do ponto =(A1-A2)
e vírgula (;), e retira a palavra “soma” da
função
Use o asterisco (*) para indicar o símbolo
Multiplicação = (célulaX*célulaY) = (A1*A2)
de multiplicação
A divisão se dá com a barra de divisão
Divisão =(célulaX/célulaY) (/) entre as células e sem palavra antes da =(A1/A2)
função

74
INFORMÁTICA

Fórmulas bastante requisitadas


Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que mostram valores de média, máxima e
mínimo. Mas para usar essas funções, você precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Você deve usar a palavra “media”
antes das células indicadas, que
Média =MEDIA(célula X:célulaY) são sempre separadas por dois =MEDIA(A1:A10)
pontos (:) e representam o grupo
total que você precisa calcular
Segue a mesma lógica, mas usa a
Máxima =MAX(célula X:célulaY) =MAX(A1:A10)
palavra “max”
Mínima =MIN(célula X:célulaY) Dessa vez, use a expressão “min” =MIN(A1:A10)

Função Se
Essa função trata das condições de valores solicitados. Para que entenda, se você trabalhar em uma loja que precisa
saber se os produtos ainda estão no estoque ou precisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Veja por que:

Cálculo Fórmula Exemplo


=se(B1<=0 ; “a ser enviado” ; “no estoque”)
Essa linguagem diz ao Excel que se o conteúdo da célula B1
=se(célulaX<=0 ; “O que precisa saber
Função Se é menor ou igual a zero ele deve exibir a mensagem “a ser
1” ; “o que precisa saber 2”)
enviado” na célula que contem a fórmula. Caso o conteúdo
seja maior que zero, a mensagem que aparecerá é “no estoque”

*Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/71948/23-formulas-e-atalhos-que-vao-facilitar-sua-
vida-no-excel#ixzz48neY9XBW

CONHECIMENTOS DE PROTEÇÃO E
SEGURANÇA DE SISTEMAS; SISTEMAS
OPERACIONAIS E INTERNET E INTRANET.

INTERNET

“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine um
mundo novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportunidades que
os empreendedores seriam poucos para aproveitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se expandiria com o
desenvolvimento.”
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentágono.
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da década de 60, ficou em poder exclusivo do governo conectando
bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar a
tecnologia, logo vinte e três computadores foram conectados, porém o padrão de conversação entre as máquinas se tor-
nou impróprio pela quantidade de equipamentos.
Era necessário criar um modelo padrão e universal para que as máquinas continuassem trocando dados, surgiu
então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais outras máquinas fossem inseridas àquela rede.
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as máqui-
nas que compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano seguinte a rede se torna internacional.
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aquilo que
conhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a nível mun-
dial, além de alimentar as forças armadas brasileiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 caísse no domínio
público.

75
INFORMÁTICA

Com esta popularidade e o surgimento de softwares Um hipertexto é um texto em formato digital, e


de navegação de interface amigável, no fim da década de pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe-
90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
informática começaram a utilizar a rede internacional. Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na
forma de blocos de textos, imagens ou sons.
Acesso à Internet Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou
de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In- outro documento.
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de
sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam Home Page
à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela Sendo assim, home page designa a página inicial, prin-
relacionados, e em função do serviço classificam-se em: cipal do site ou web page.
• Provedores de Backbone: São instituições que cons- É muito comum os usuários confundirem um Blog ou
Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis-
troem e administram backbones de longo alcance, ou seja,
tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é
estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações
acesso à Internet para redes locais;
de um usuário dentro de uma comunidade virtual.
• Provedores de Acesso: São instituições que se conec-
HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de
tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi- Marcação de Hipertexto
bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações; É a linguagem com a qual se cria as páginas para a
• Provedores de Informação: São instituições que dis- web.
ponibilizam informação através da Internet. Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
Endereço Eletrônico ou URL vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se trabalho);
conhecer o seu endereço. • Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
Este endereço, que é único, também é considerado sua tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recur- nho padrão da letra, as cores, etc);
sos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim: • Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
www.xxxx.com.br um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na
Onde: transmissão através da Internet, evitando longos perío-
www = protocolo da World Wide Web dos de espera e congestionamento na rede).
xxx = domínio
com = comercial Browser ou Navegador
br = brasil É o programa específico para visualizar as páginas da
web.
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial O Browser lê e interpreta os documentos escritos em
HTML, apresentando as páginas formatadas para os
É um serviço disponível na Internet que possui um con- usuários.
junto de documentos espalhados por toda rede e disponi- ARQUITETURAS DE REDES
bilizados a qualquer um. As modernas redes de computadores são projetadas
Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti- de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa-
liza uma linguagem especial, chamada HTML. minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação.

Domínio HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS


Designa o dono do endereço eletrônico em ques- Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das
redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons-
tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o
localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço
uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro-
.edu = Instituição acadêmica
pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama-
.gov = Instituição governamental
das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de
.mil = Instituição militar norte-americana
como os serviços oferecidos são de fato implementados.
.net = Provedor de serviços em redes
A camada n em uma máquina estabelece uma con-
.org = Organização sem fins lucrativos versão com a camada n em outra máquina. As regras e
HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de convenções utilizadas nesta conversação são chamadas
Trasferência em Hipertexto coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus-
É um protocolo ou língua específica da internet, res- trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas.
ponsável pela comunicação entre computadores. As entidades que compõem as camadas correspondentes

76
INFORMÁTICA

em máquinas diferentes são chamadas de processos par- O endereço IP


ceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que Quando você quer enviar uma carta a alguém, você...
se comunicam utilizando o protocolo. Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:
da camada n em uma máquina para a camada n em outra quando você quer enviar um presente a alguém, você ob-
máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor- tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma
mações de controle para a camada imediatamente abaixo, transportadora para entregar. É graças ao endereço que é
até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada.
1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co- Também é graças ao seu endereço - único para cada resi-
municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas
é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação de água, aquele produto que você comprou em uma loja
física através de linhas sólidas. on-line, enfim.
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni-
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor,
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza-
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address),
recurso que também é utilizado para redes locais, como a
existente na empresa que você trabalha, por exemplo.
O endereço IP é uma sequência de números composta
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú-
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso.

Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-


ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede
e o que cada camada deve fazer, uma das considerações
mais importantes é definir interfaces limpas entre as cama-
das. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe- A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi-
nhe um conjunto específico de funções bem compreendi- zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en-
das. Além de minimizar a quantidade de informações que dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível
deve ser passada de camada em camada, interfaces bem a organização das casas da região onde você mora. Neste
definidas também tornam fácil a troca da implementação sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po-
de uma camada por outra implementação completamente dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em
diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos
por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
implementação é que ela ofereça à camada superior exa- rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos
tamente os mesmos serviços que a implementação antiga octetos são usados na identificação de computadores.
oferecia.
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de Classes de endereços IP
arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem
conter informações suficientes para que um implementa- ser utilizados tanto para identificar o seu computador den-
dor possa escrever o programa ou construir o hardware de tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet.
cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com-
protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má-
nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura, quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal,
pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer
não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces- sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma
sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um
sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor- endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nes-
retamente todos os protocolos. ta, cada dispositivo conectado deve receber um endereço
único.

77
INFORMÁTICA

Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta a
comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede.
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes locais quanto para utilização na internet, contamos com
um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet
Corporation for Assigned Names and Numbers) que, basicamente, divide os endereços em três classes principais e mais
duas complementares. São elas:
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;
Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reservado.
As três primeiras classes são assim divididas para atender às seguintes necessidades:

- Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quantidade
de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como identificador da rede e os demais servem como identificador
dos dispositivos conectados (PCs, impressoras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quan-
tidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os restantes para
identificar os dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que requerem grande quantidade de redes, mas com poucos dispo-
sitivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para identificar a rede e o último é utilizado para identificar
as máquinas.
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais: a primeira é usada para a propagação de pacotes especiais
para a comunicação entre os computadores, enquanto que a segunda está reservada para aplicações futuras ou experi-
mentais.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço come-
ça com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço 127.0.0.1,
este sempre se refere à própria máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de localhost. Já o
endereço 255.255.255.255 é utilizado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de maneira simultânea.

Endereços IP privados
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados na
internet, sendo reservados para aplicações locais. São, essencialmente, estes:
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para estas
máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O que fazer?
Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipamento de rede -
como um roteador - que receba a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos conectados a ele. Com isso,
somente este equipamento precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial de computadores.
Máscara de sub-rede
As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereçamento, mas podem também representar desperdício. Uma
solução bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte dos números que
um octeto destinado a identificar dispositivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a capacidade da rede. Para
compreender melhor, vamos enxergar as classes A, B e C da seguinte forma:
- A: N.H.H.H;
- B: N.N.H.H;
- C: N.N.N.H.
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se “transfor-
mar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits são destinados
para a identificação da rede e quantos são utilizados para identificar os dispositivos.
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: se um octeto é usado para identificação da rede, este receberá a
máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub-rede será 0 (zero).
A tabela a seguir mostra um exemplo desta relação:

78
INFORMÁTICA

Identificador
Identificador Máscara
Classe Endereço IP do
da rede de sub-rede
computador
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0
C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0

Você percebe então que podemos ter redes com máscara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indicando
uma classe. Mas, como já informado, ainda pode haver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha que uma fa-
culdade tenha que criar uma rede para cada um de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. A solução seria
então criar cinco redes classe C? Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desperdício. Uma forma de
contornar este problema é criar uma rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as máscaras novamente entram
em ação.
Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária). 255 em
binário é 11111111. O número zero, por sua vez, é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C, 255.255.255.0, é:
11111111.11111111.11111111.00000000
Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para criarmos
as nossas sub-redes, temos que ter um esquema com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as possibilidades. Em
outras palavras, precisamos trocar alguns zeros do último octeto por 1.
Suponha que trocamos os três primeiros bits do último octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita), resultan-
do em:
11111111.11111111.11111111.11100000
Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-redes. Em
nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereça-
mento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (estamos fazendo estes
cálculos sem considerar limitações que possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante é 255.255.255.224.
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser empregado também em endereços classes A e B, conforme a ne-
cessidade. Vale ressaltar também que não é possível utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda, exceto
se tal ação for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL onde o pro-
vedor atribui um IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo IP.
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um computador quando este se conecta à rede, mas que muda
toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você conectou seu computador à internet hoje. Quando você conectá
-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa tem 80 computadores
ligados em rede. Usando IPs dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para tais máquinas. Como nenhum IP é
fixo, um computador receberá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 que não estiver sendo utilizado. É mais ou
menos assim que os provedores de internet trabalham.
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol).
IP nos sites
Você já sabe que os sites na Web também necessitam de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.infowester.
com, por exemplo, como é que o seu computador sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá-lo?
Quando você digitar um endereço qualquer de um site, um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Ele
é quem informa qual IP está associado a cada site. O sistema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante a uma
árvore (termo conhecido por programadores). Se, por exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o sistema envia a
solicitação a um servidor responsável por terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do endereço e responderá
à solicitação. Se o site solicitado termina com “.br”, um servidor responsável por esta terminação é consultado e assim por
diante.

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um passado não muito distante, você conectava apenas o PC da sua
casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por
diante. Somando este aspecto ao fato de cada vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro, nos deparamos
com um grande problema: o número de IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras) aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo nome
de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.
456 de endereços, um número absurdamente alto!

79
INFORMÁTICA

No Brasil, a maioria dos provedores está conectada


à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra-
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave-
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au- os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
pode ser, por exemplo: que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF e um endereço eletrônico na Internet.

Finalizando URL - Uniform Resource Locator


Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden-
a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do tificação de onde está localizado o computador e quais re-
mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante. cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL:
Durante essa fase, que podemos considerar de transição, http://www.novaconcursos.com.br
o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões. Será mais bem explicado adiante.
Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio-
nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos Como descobrir um endereço na Internet?
a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você
é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes Para que possamos entender melhor, vamos exempli-
ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se ficar.
aprofundar nas duas especificações. Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu-
A esta altura, você também deve estar querendo des- mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor-
cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma mações que preciso?
forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de
exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do procura, que são sites que possuem um enorme banco de
Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa-
e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig. ges), que permitem a procura por um determinado assun-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação
de páginas encontradas.
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe-
rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui-
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces-
sivamente.

Barra de endereços

Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar
partir de uma rede local - tal como uma rede wireless - em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende-
visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para reço da página.
saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede, Alguns sites interessantes:
você pode visitar sites como whatsmyip.org. • www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular)
• www.ufpel.tche.br (Ufpel)
Provedor • www.cefetrs.tche.br (Cefet)
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que • www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú-
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces- blico)
sário conectar-se com um computador que já esteja na In- • www.siapenet.gog.br (contracheque)
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per- • www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas)
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet. • www.mec.gov.br (Ministério da Educação)

80
INFORMÁTICA

Identificação de endereços de um site • Shareware: Programa demonstração que pode ser


Exemplo: http://www.pelotas.com.br utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra-
comunicação ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando
.com -> tipo de organização que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm
......br -> identifica o país tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de
Tipos de Organizações: teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.
edu Navegar nas páginas
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft. Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
com um documento normal e de links das próprias páginas.
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil Como salvar documentos, arquivos e sites
.net -> computadores com funções de administrar re- Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
des. Exemplo: embratel.net
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: Como copiar e colar para um editor de textos
care.org Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com
o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.
Home Page
Pela definição técnica temos que uma Home Page é
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu-
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.pronag.com.br/index.html
Abra o editor de texto clique em colar
PLUG-INS
Navegadores
Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes para o usuário de Internet. É com ele que se podem vi-
em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft- sitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im- participar de novelas interativas. As informações na Web
pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu- são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada
g-ins são encontradas na página: um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft- começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços
ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi- no campo chamado Endereço no navegador. O software
ces/ estabelece a conexão e traz, para a tela, a página corres-
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo pondente.
temos uma relação de alguns deles: O navegador não precisa de nenhuma configuração
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
etc.). ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.). e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces-
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, sar grupos de discussão (news).
PCX, etc.). O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
- Negócios e Utilitários Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
- Apresentações Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
FTP - Transferência de Arquivos suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
Permite copiar arquivos de um computador da Internet cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW
para o seu computador. possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não
Os programas disponíveis na Internet podem ser: científicas.
• Freeware: Programa livre que pode ser distribuí- O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto
sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
programa. dor (também conhecido como browser) de páginas capaz

81
INFORMÁTICA

não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá- Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi Exemplo do resultado se uma pesquisa.
desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.

Busca e pesquisa na web

Os sites de busca servem para procurar por um deter-


minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes: Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet.
• www.google.com.br Exemplo:
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-


quisa. Por exemplo:
www.google.com.br Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza-
dos por assunto em categorias. Exemplo:

Como escolher palavra-chave

• Busca com uma palavra: retorna páginas que in-


cluam a palavra digitada.
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas
Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes- que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a
quisa. sequência de termos que foram digitadas.
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna
páginas que incluam todas
• as palavras aleatoriamente na página.
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi-
cam antes do sinal de
• menos são excluídas da pesquisa.
Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na • Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um
pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala- cálculo em um site de pesquisa.
vras com ou sem acento.
Por exemplo: 3+4
Opções de pesquisa

Irá retornar:

Web: pesquisa em todos os sites O resultado da pesquisa

82
INFORMÁTICA

O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte for- tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
ma: etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-
funcionários com conhecimentos das operações e produ-
tos da empresa.

INTRANET Aplicações da Intranet


A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala.
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In- De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa. diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor- • Marketing e Vendas - Informações sobre produ-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações tos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
da empresa. • Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação
O grande sucesso da Internet, é particularmente da de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na de membros das equipes, situações de projetos;
evolução da informática nos últimos anos. • Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis-
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma-
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa- nuais de qualidade;
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos • Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos-
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza- tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades
ram o acesso à informação através de redes de computa- de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de nefícios.
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de Para acessar as informações disponíveis na Web corpo-
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi- rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado.
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe- Afinal, o esforço de operação desses programas se resume
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa, quase somente em clicar nos links que remetem às novas
sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi-
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio- na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa
nante explosão na informação disponível na Internet, que complexa e exige a presença de profissionais especializa-
segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês. dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, sua diversidade de funções e a quantidade de informações
que tem interessado um número cada vez maior de em- nela armazenadas.
presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes- A intranet é baseada em quatro conceitos:
sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu • Conectividade - A base de conexão dos computa-
advento e disseminação promete operar uma revolução dores ligados através de uma rede, e que podem transferir
tão profunda para a vida organizacional quanto o apare- qualquer tipo de informação digital entre si;
cimento das primeiras redes locais de computadores, no • Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa-
final da década de 80. dores e sistemas operacionais podem ser conectados de
forma transparente;
O que é Intranet? • Navegação - É possível passar de um documento a
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe- facilitam o acesso não linear aos documentos;
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias • Execução Distribuída - Determinadas tarefas de
projetadas para a comunicação por computador entre em- acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra-
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma ças à execução de programas aplicativos, que podem es-
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expres-

83
INFORMÁTICA

são que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servi- Vantagens e Desvantagens da Intranet


dor). A vantagem da intranet é que esses programas são Alguns dos benefícios são:
ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade. • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande de software, e-mail e processamento de pedidos;
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
que obedeçam aos três conceitos anteriores. suporte telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
Como montar uma Intranet técnicas e de marketing;
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em • Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das remotas;
empresas, e em instalar um servidor Web. • Incrementando o acesso a informações da concor-
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo- rência;
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os
• Uma base de pesquisa mais compreensiva;
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
ou qualquer outro tipo de arquivo.
ceiros (revendas);
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunica-
• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso
ção utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos.
O primeiro é o HTTP, responsável pela comunicação do à informação;
browser com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao • Uma única interface amigável e consistente para
envio de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transfe- aprender e usar;
rência de arquivos. Independentemente das aplicações uti- • Informação e treinamento imediato (Just in Time);
lizadas na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem • As informações disponíveis são visualizadas com cla-
falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet. reza;
• Redução de tempo na pesquisa a informações;
Identificação do Servidor e das Estações - Depois de • Compartilhamento e reutilização de ferramentas e
definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as informação;
informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o • Redução no tempo de configuração e atualização dos
nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem sistemas;
dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP • Simplificação e/ou redução das licenças de software
(Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às e outros;
estações clientes. • Redução de custos de documentação;
Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio- • Redução de custos de suporte;
nários acessam as informações colocadas à sua disposição • Redução de redundância na criação e manutenção
no servidor. Para isso usam o Web browser, software que de páginas;
permite folhear os documentos. • Redução de custos de arquivamento;
• Compartilhamento de recursos e habilidade.
Comparando Intranet com Internet
Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In- Alguns dos empecilhos são:
ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas • Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola-
utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pe-
protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O los programas para grupos de trabalho tradicionais. É ne-
conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
cessário configurar e manter aplicativos separados, como
cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema uni-
guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
ficado, como faria com um pacote de software para grupo
A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
de trabalho;
ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de- • Número Limitado de Ferramentas - Há um número
vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a
escala, a Internet é global, uma intranet está contida den- bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra-
tro de um pequeno grupo, departamento ou organização nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu-
corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela ções de software para grupo de trabalho que funcionam
ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor. com os protocolos de transmissão de redes local existentes;
A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, • Ausência de Replicação Embutida – As intranets não
por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir- apresentam nenhuma replicação embutida para usuários
relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen-
da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma volver aplicativos cliente/servidor.
medida da necessidade de uma abordagem organizada.
Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
num ambiente controlado e seguro.

84
INFORMÁTICA

Como a Intranet é ligada à Internet EXTRANET


A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o concei-
to confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode
ser vista como uma parte da empresa que é estendida a
usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como repre-
sentantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet
ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde
somente “usuários registrados” podem navegar, previa-
mente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um
Segurança da Intranet Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
Três tecnologias fornecem segurança ao armazena- e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con- tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
trole de acesso e criptografia. Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
Autenticação - É o processo que consiste em verificar Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen- tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
tos e dados podem ser protegidos através da solicitação
servidor FTP etc.
de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve-
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en-
rificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base
usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar
a recursos específicos de uma intranet, com base em uma
novas soluções.
ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea-
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em-
Criptografia - É a conversão dos dados para um for-
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento,
mato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave trocando informações sobre compras, vendas, fabricação,
secreta de descriptografia. Um método de criptografia am- distribuição, contabilidade entre outros.
plamente utilizado para a segurança de transações Web é a
tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS Internet Explorer 112
- um protocolo Web seguro; O Internet Explorer 11 é fornecido junto com a atua-
lização do Windows 8.1 ou do Windows RT 8.1. O Inter-
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação net Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver com o má-
segura entre uma intranet e a Internet através de servi- ximo de qualidade todo o conteúdo incrível que você pode
dores proxy, que são programas que residem no firewall encontrar. Depois de aprender alguns gestos e truques co-
e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base muns, você poderá usar seu novo navegador com todo o
no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por conforto e aproveitar ao máximo seus sites favoritos.
exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos
da empresa acessem servidores Web externos, mas não o Noções básicas sobre navegação
contrário. Mãos à obra. Para abrir o Internet Explorer 11, toque ou
Dispositivos para realização de Cópias de Segurança clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial.
Os dispositivos para a realização de cópias de seguran- Uma barra de endereços, três formas de usar
ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial A barra de endereços é o seu ponto de partida para
importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis navegar pela Internet. Ela combina barra de endereços e
com grande capacidade de armazenamento, tapes... caixa de pesquisa para que você possa navegar, pesquisar
Queremos ainda referir que para o funcionamento de ou receber sugestões em um só local. Ela permanece fora
uma rede existem outros conceitos como topologias/con- do caminho quando não está em uso para dar mais espaço
figurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede para os sites. Para que a barra de endereços apareça, passe
em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos o dedo de baixo para cima na tela ou clique na barra na
de cabos, protocolos de comunicação, velocidade de trans- parte inferior da tela se estiver usando um mouse. Há três
missão … maneiras de utilizá-la:
2 Fonte: Ajuda do Internet Explorer

85
INFORMÁTICA

Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços


para ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na
barra de endereços para ver os sites que mais visita (os
sites mais frequentes).
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços
e toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o
mecanismo de pesquisa padrão.
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir?
Digite uma palavra na barra de endereços para ver suges-
tões de sites, aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta
tocar ou clicar em uma das sugestões acima da barra de
endereços.

Usando várias janelas de navegação


Também é possível abrir várias janelas no Internet Ex-
plorer 11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma
nova janela, pressione e segure o bloco Internet Explorer
(ou clique nele com o botão direito do mouse) na tela Ini-
cial e, em seguida, toque ou clique em Abrir nova janela.
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela.
Abra uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado
direito ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra
janela a partir do lado esquerdo da tela.
Dica
Você pode manter a barra de endereços e as guias en-
caixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer
Multitarefas com guias e janelas pesquisas rapidamente. Abra o botão Configurações, to-
Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em que ou clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre
uma só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir, mostrar a barra de endereços e as guias para Ativado.
fechar e alternar os sites. A barra de guias mostra todas Personalizando sua navegação
as guias ou janelas que estão abertas no Internet Explorer. Depois de ter aprendido as noções básicas sobre o uso
Para ver a barra de guias, passe o dedo de baixo para cima do navegador, você poderá alterar suas home pages, adi-
(ou clique) na tela. cionar sites favoritos e fixar sites à tela Inicial.
Para escolher suas home pages

Abrindo e alternando as guias

Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão


Nova guia . Em seguida, insira uma URL ou um termo de
pesquisa ou selecione um de seus sites favoritos ou mais
visitados.

Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas


na barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em
uma só janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fe-
char no canto de cada guia.

86
INFORMÁTICA

As home pages são os sites que se abrem sempre que


você inicia uma nova sessão de navegação no Internet Ex-
plorer. Você pode escolher vários sites, como seus sites de
notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na abertura
do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita com
mais frequência estarão prontos e esperando por você.

Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con-


figurações.

(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can-


to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para
cima e clique em Configurações.)
Para exibir os comandos de aplicativos, passe o dedo
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque de baixo para cima (ou clique).
ou clique em Gerenciar. Toque ou clique no botão Favoritos , toque ou clique
no botão Fixar site  e, em seguida, toque ou clique em
Insira a URL de um site que gostaria de definir como Fixar na Tela Inicial.
home page ou toque ou clique em Adicionar site atual se Dica: Você pode alternar rapidamente os favoritos e as
estiver em um site que gostaria de transformar em home guias tocando ou clicando no botão Favoritos ou no bo-
page. tão Guias nos comandos de aplicativos.

Para salvar seus sites favoritos Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-
Salvar um site como favorito é uma forma simples de ternet
memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo- pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im- itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
portados automaticamente.) sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a pá-
Vá até um site que deseja adicionar. gina no modo de exibição de leitura. Quando quiser retor-
nar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone novamente.
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir
os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique
no botão Favoritos  para mostrar a barra de favoritos.

Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em se-


guida, toque ou clique em Adicionar.

Um artigo da Internet com o modo de exibição de leitura


desativado

Para fixar um site na tela Inicial

A fixação de um site cria um bloco na tela Inicial, o


que fornece acesso com touch ao site em questão. Alguns
sites fixados mostrarão notificações quando houver novo
conteúdo disponível. Você pode fixar quantos sites quiser e Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-
organizá-los em grupos na tela Inicial. tura ativado

87
INFORMÁTICA

Para personalizar as configurações do modo de exibi- Ajudando a proteger sua privacidade


ção de leitura Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con- compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
figurações. diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas in-
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can- formações pessoais para outras pessoas. O Internet Explo-
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para rer ajuda você a se proteger melhor com uma segurança
cima e clique em Configurações.) reforçada e mais controle sobre sua privacidade. Estas são
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de algumas das maneiras pela quais você pode proteger me-
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto. lhor a sua privacidade durante a navegação:
Estas são algumas opções de estilo que você pode se- Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armaze-
lecionar. nam informações como o seu histórico de pesquisa para
ajudar a melhorar sua experiência. Quando você usa uma
guia InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados
como senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de pá-
ginas da Internet são excluídos quando o navegador é fe-
chado. Para abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo
de baixo para cima na tela (ou clique nela) para mostrar
os comandos de aplicativos, ou toque ou clique no botão
Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate.
Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do
Not Track para ajudar a proteger sua privacidade. O ras-
treamento refere-se à maneira como os sites, os provedo-
res de conteúdo terceiros, os anunciantes, etc. aprendem
a forma como você interage com eles. Isso pode incluir o
rastreamento das páginas que você visita, os links em que
você clica e os produtos que você adquire ou analisa. No
Internet Explorer, você pode usar a Proteção contra Ras-
treamento e o recurso Do Not Track para ajudar a limitar
as informações que podem ser coletadas por terceiros so-
bre a sua navegação e para expressar suas preferências de
privacidade para os sites que visita.

FIREFOX3
Firefox é um navegador web de código aberto e mul-
tiplataforma com versões para Windows, OS X (Mac), Linux
e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da
plataforma. O Firefox possui suporte para extensões, na-
vegação por abas, alerta contra sites maliciosos, suporte
para sincronização de informações, gerenciador de senhas,
bloqueador de janelas pop-up, pesquisa integrada, corre-
tor ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds
Para salvar páginas na Lista de Leitura RSS e outros recursos.
Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que Além de ser multiplataforma, o Firefox também supor-
deseje ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista ta diferentes linguagens, incluindo o português do Brasil
de Leitura em vez de enviá-lo por email para você mesmo (Pt Br).
ou de deixar mais guias de navegação abertas. A Lista de Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake
Leitura é a sua biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode Ross em 2002, somente dois anos depois a plataforma de
adicionar artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela navegação pela internet se desmembrou de outras ferra-
diretamente do Internet Explorer, sem sair da página em mentas e se tornou um browser independente. No começo,
que você está. o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de adeptos
Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de
Compartilhar. milhões de downloads.
(Se usar um mouse, aponte para o canto superior direi- Não demorou muito para que o navegador começasse
to da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique a receber melhorias relevantes e o seu potencial fosse ob-
em Compartilhar.) servado por outros perfis de internautas. E foi basicamente
Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em assim que o produto da Fundação Mozilla ganhou seu es-
Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista paço e quase desbancou a hegemonia do Internet Explorer.
de Leitura. 3 Fonte: Ajuda do Firefox

88
INFORMÁTICA

Seu sistema de abas permite que o usuário navegue Principais novidades


em diversos sites sem a necessidade de abrir várias instân- Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
cias do programa. A função de navegação privativa é muito - As opções que você mais acessa, todas no mesmo lugar
útil, pois com ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico, - Pensado para facilitar o acesso
dados fornecidos a páginas e ao campo de pesquisa, lista - Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamen-
de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão pre- te do Firefox
servados apenas arquivos salvos por downloads e novos
favoritos. Além dessas opções, o navegador continua com
as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhan-
te: gerenciador de favoritos, suporte a complementos e
sincronização de dados na nuvem.

Principais características

· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
do os links em segundo plano
Eles já estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
popups;
· Pesquisa inteligente; Conheça o Firefox Hello
· O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na - Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qual-
barra de ferramentas e abre direto a página com os resul- quer lugar
tados, poupando o tempo de acesso à página de pesquisa - É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar comple-
antes de ter que digitar as palavras chaves. O novo localiza- mentos.
dor de palavras na página busca pelo texto na medida em - Escolha como você quer pesquisar
que você as digita, agilizando a busca;
· Favoritos RSS;
· A integração do RSS nos favoritos permite que você
fique sabendo das atualizações e últimas notícias dos seus
sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada
a partir do Firefox 2;
· Downloads sem perturbação;
· Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na
área de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrup-
ções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função
pode ser personalizada sem problemas;
· Você decide como deve ser seu navegador;
· O Firefox é o navegador mais personalizável que exis-
te. Coloque novos botões nas barras de ferramentas, ins-
tale extensões que adiciona novas funções, adicione temas Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente
que modificam o visual do Firefox e coloque mais mecanis- - Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você
mos nos campos de pesquisa. digita

O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado - Escolha o site certo para cada pesquisa
para a sua necessidade: - Use a estrela para adicionar Favoritos
· Fácil utilização;
· Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox
tem todas as funções que você está acostumado - favori-
tos, histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as pá-
ginas mais fáceis de ler, e diversas outras funcionalidades
intuitivas;
· Compacto;
· A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para
o seu computador em uma conexão discada e segunda em
uma conexão banda larga. A configuração é simples e in-
tuitiva. Logo você estará navegando com essa ferramenta.

89
INFORMÁTICA

Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique

Desativar os controles da Nova Aba

Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os


Como funcionam as sugestões de sites? controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre
O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou lo- em uma nova aba) você pode instalar o complemento New
gotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela Tab Override (browser.newtab.url replacement).
primeira vez, verá links para sites da Mozilla. Esses sites
serão eventualmente substituídos por sites visitados com Personalizar a página Nova aba
mais frequência. O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

Fixar

Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges-


tão para fixá-la naquela posição na página.
Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su-
gestões fixadas entre os seus outros computadores.
Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir
seus sites mais visitados ou até mesmo nada. Para acessar Remover
estes controles clique no ícone da engrenagem no canto
superior direito da nova aba.

Exibir seus sites principais


Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e
marque Exibir os sites mais visitados.

Mostrar uma Nova Aba em branco Clique no “X” no canto superior direito do site para ex-
Para remover todos os sites da página Nova Aba, sele- cluí-lo da página.
cione Exibir página em branco. Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

90
INFORMÁTICA

Reorganizar

Nota: Se não visualizar uma seção do Sync no menu,


você ainda está usando uma versão antiga do Sync. 
Clique no botão Começar.
Preencha o formulário para criar uma conta e clique
em Sign Up. Anote o endereço de e-mail e a senha usada,
Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição você precisará disso mais tarde para entrar.
que desejar. Ela será “fixada” nesse novo local.
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de
Adicionar um dos seus favoritos
verificação e clique nele para confirmar seu endereço de
Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar-
e-mail. Você já está pronto para começar a usar!
rastá-los para a página Nova Aba.
Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his-
tórico. Conecte dispositivos adicionais ao Sync
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a
Arraste um favorito para dentro da posição que você senha que usou no começo da configuração do sync.
quiser. Clique no botão de menu    , e, em seguida, clique
em Entrar no Sync.
Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
conta Firefox.
Clique no link Already have an account? Sign in na par-
te inferior da página.

Como faço para configurar o Sync no meu compu- Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua
tador? nova conta do Sync.
O Sync permite compartilhar seus dados e preferên- Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará
cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
a sincronização de suas informações através dos seus dis-
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
positivos conectados.
dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Remover um dispositivo do Sync
Importante: O Sync requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em Clique no botão   para expandir o Menu.
quaisquer computadores ou dispositivos Android. Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de endereço de e-mail) para abrir as preferências do Sync.
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de- sincronizado.
talhes:
Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas
- Crie uma conta do Sync Os favoritos são atalhos para as páginas da web que
Clique no botão de menu     e depois em Entrar no você mais gosta.
Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba. Como eu crio um favorito?
Fácil — é só clicar na estrela!

91
INFORMÁTICA

Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na


Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito
será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!

Como eu organizo os meus favoritos?


Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez? Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus
Clique com o botão direito do mouse em qualquer aba e favoritos.
selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
e escolha onde quer guardá-la. Clique adicionar favoritos os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
para finalizar.

Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um


favorito?
Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
recerá.

Por padrão, os favoritos que você cria estarão localiza-


dos na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra late-
ral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você
adicionou. Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
Na janela Propriedades do favorito você pode modifi- Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você tam-
car qualquer um dos seguintes detalhes: bém pode arrastar favoritos para outras pastas como a
Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos “Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto
em menus. pelo botão Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta
“Barra de favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Bar-
Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito sele- ra de navegação).
cionando uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu
Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você tam-
bém pode clicar em Selecionar... para exibir uma lista de
todas as pastas de favoritos.
Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e
organizar seus favoritos. Quando você terminar suas modi-
ficações, clique em Concluir para fechar a caixa.

Onde posso encontrar meus favoritos?


A forma mais fácil de encontrar um site para o qual
você criou um favorito é digitar seu nome na Barra de En-
dereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já
você visitou, adicionou aos favoritos ou colocou tags apa- Como eu ativo a Barra de favoritos?
recerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o
seu lado. Apenas clique em um deles e você será levado até seginte:
lá instantaneamente. Clique no botão e escolhe Personalizar.

92
INFORMÁTICA

Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione


Barra dos favoritos.
Clique no botão verde Sair da personalização.

Removendo apenas uma página dos Favoritos


Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de pes-
quisa.

Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito.

Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcional-


mente) uma descrição para a pasta que você deseja criar.
Adicionando favoritos em pastas
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que
você deseja mover.
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para
Removendo mais de uma página ou pasta dos Favo- mover o favorito para a pasta.
ritos
Ordenando por nome
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na Clique com o botão direito do mouse na pasta que de-
pasta que deseja visualizar. Seu conteúdo será mostrado no seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos
painel direito. serão colocados em ordem alfabética.
No painel direito, selecione os itens que deseja remo-
ver.
Com os itens a serem removidos selecionado, clique no
botão Organizar e selecione Excluir.

Criando novas pastas


As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refle-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos tido na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Reorganizando manualmente
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
conter a nova pasta, então selecione Nova pasta.... os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.

93
INFORMÁTICA

Clique na pasta que contém o favorito que você deseja


mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.

Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-


tão disponíveis na janela Opções .
Clique no botão menu e depois em Opções, na ja-
nela que foi aberta vá para o painel Geral.
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página em
branco na inicialização ou Restaurar janelas e abas anteriores.
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que
estiverem abertas serão configuradas como páginas ini-
ciais, abrindo cada página em uma aba separada.
Para restaurar as configurações da página inicial, siga
os seguintes passos:
Clique no botão , depois em Opções
Selecione o painel Geral.
Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo
abaixo do campo Página Inicial.

Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar-


raste-o para cima da pasta.
As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re-
fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.

Ordenar visualizações na janela Biblioteca


Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
cação, use a janela Biblioteca:
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali- Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
zar. O conteúdo será exibido no painel da direita. feitas serão salvas automaticamente.
Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
escolha uma ordem de classificação. Sugestões de pesquisa no Firefox
A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo,
para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no Google, Bing e outros) fornecem sugestões de pesquisa, as
menu ou no botão de favoritos. quais são baseadas em pesquisas populares que outras pes-
soas fazem e que estão relacionadas com uma palavra ou
Definindo a Página Inicial palavras que você inserir. Quando as Sugestões de Pesquisa
Veja como abrir automaticamente qualquer página estão ativadas, o texto que você digita em um campo de
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági- pesquisa é enviado para o mecanismo de busca, o qual ana-
na inicial . lisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas relacionadas.
Abra a página web que deseja definir como sua página
inicial.
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial
.

Clique em Sim para definir esta página como sua pá-


gina inicial.

94
INFORMÁTICA

Como as sugestões de pesquisa funcionam Enquanto você digita na busca da barra de ferramen-
Se você ver uma sugestão de pesquisa que correspon- tas, o seu mecanismo de pesquisa padrão mostra suges-
de ao que você está procurando, clique nela para ver re- tões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões
sultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar são baseadas em pesquisas populares ou em suas pesqui-
tempo e ajudar você a encontrar o que está procurando sas anteriores (se estiver ativado).
com menos digitação.
Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavras-
chave que você digita num campo de busca para o me-
canismo de pesquisa padrão - a menos que pareça que
você está digitando uma URL ou hostname. Os campos de
pesquisa incluem:
- a barra de pesquisa
- páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
- a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa
podem ser desativadas separadamente)
O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas
informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.
Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanis-
As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou de- mo de pesquisa padrão, ou selecione outro mecanismo de
pesquisa clicando no logotipo.
sativadas a qualquer momento marcando ou desmarcando
a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar
Mecanismos de pesquisa disponíveis
das opções do Firefox:
O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pes-
quisa por padrão:
- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado
para evitar espionagem.
- Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo
- Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
- BuscaPé para procurar comparações de preços, pro-
dutos e serviços no site BuscaPé.
- DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para
para usuários que não querem ser rastreados.
- Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em
Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços, leilão no Mercado Livre
marque a opção Mostrar sugestões de pesquisa na barra - Twitter para procurar pessoas no Twitter
de localização. - Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online
gratuita Wikipédia Portuguesa.
Usando a Barra de Pesquisa
Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de fer- Gerenciador de Downloads
ramentas ou na página de Nova Aba. A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar-
quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus ar-
quivos e configurar as definições de download.

Como faço para acessar meus downloads?


Você pode acessar seus downloads facilmente clicando
no icone download (a seta para baixo na barra de ferra-
mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
que existem arquivos baixados.
Durante um download, o icone de download muda
para um timer que mostra o progresso do seu download.
O timer volta a ser uma seta quando o download for con-
cluído.

95
INFORMÁTICA

Como posso gerenciar meus arquivos baixados?


No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um
botão icone a direita de cada arquivo que muda de acordo
com o progresso atual do download.

Clique no icone download para abrir o painel de down-


loads. O painel Downloads exibe os últimos três arquivos baixa-
dos, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do download:

Pausar: Você pode pausar qualquer download em


progresso clicando com o botão direito no arquivo e se-
lecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você
precisa abrir um pequeno download que começou depois
de um download grande. A Pausa de downloads lhe dá a
opção de decidir qual dos seus downloads são mais impor-
tantes.Quando você quiser continuar o download desses
arquivos, clique com o botão direito no arquivo e selecione
Continue.
Cancelar : Se depois de iniciar o download você de-
cidir que não precisa mais do arquivo, cancelar o download
Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo.
clicando em Exibir todos os downloads na parte inferior do Este botão se transformará em um símbolo de atualização,
painel de Downloads. clique novamente para reiniciar o download.
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode
dar um clique no arquivo para abrir-lo.

Abrir pasta : Uma vez que o arquivo tenha con-


cluído o download, o ícone à direita da entrada do arquivo
torna-se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a
pasta que contém esse arquivo.
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o
registro de um determinado download, simplesmente cli-
que com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir
da lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai
apagar o arquivo em si.
Repetir um download : Se por qualquer razão um
download não completar, clique no botão a direita do ar-
quivo - um simbolo de atualizar - para reiniciar.
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads
no topo da janela da Biblioteca para limpar todo o histórico
A Biblioteca mostra essas informações para todos os de itens baixados.
seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido
eles do seu histórico. Como deixar o Firefox em tela inteira
Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que
ele ocupe a tela toda, ótimo para aquelas telinhas aperta-
das de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou
só porque quer!

Ative o modo Tela inteira


Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox.

Clique no botão menu no lado direito da barra de


ferramentas e selecione Tela inteira.

96
INFORMÁTICA

Histórico de navegação e downloads: Histórico de na-


vegação é a lista de sites que você visitou que são exibidos
no menu Histórico, a lista do Histórico na janela Biblioteca
e a lista de endereços da função de completar automati-
camente da Barra de endereços. Histórico dos downloads
é a lista de arquivos que foram baixados por você e são
exibidos na janela Downloads.
Dados memorizados de formulários e Barra de Pesqui-
sa: O histórico de dados memorizados de formulários inclui
os itens que você preencheu em formulários de páginas
web para a funcionalidade de Preenchimento Automático
de Formulários. O histórico da Barra de Pesquisa inclui os
itens que você pesquisou na Barra de Pesquisa do Firefox.
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os
websites que você visita, tais como o estado da sua auten-
ticação e preferências do site. Também incluem informa-
ções e preferências do site armazenadas por plugins como
Desative o modo Tela inteira o Adobe Flash. Cookies podem também ser usados por
Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox terceiros para rastreá-lo entre páginas.
para seu tamanho normal. Nota: Para poder limpar cookies criados pelo Flash
Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de você precisa estar usando a versão mais recente do plugin.
ferramentas reaparecer Cache: O cache armazena arquivos temporariamente,
Clique no botão menu no lado direito da barra de tais como páginas web e outras mídias online, que o Firefox
ferramentas e selecione Tela inteira. baixou da Internet para tornar o carregamento das páginas
Atalhos de teclado e sites que você já visitou mais rápido.
Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através Logins ativos: Caso você tenha se logado em um web-
do teclado. site que usa autenticação HTTP desde a vez mais recente
Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a
que você abriu o Firefox, este site é considerado “ativo”. Ao
tecla F11.
limpar estes registros você sai destes sites.
Nota: Em computadores com teclado compacto (como
Dados offline de sites: Se você permitir, um website
netbooks e laptops), pode ser necessário usar a combina-
pode guardar informações em seu computador para que
ção de teclas fn + F11.
você possa continuar a utilizá-lo mesmo sem estar conec-
tado à Internet.
Histórico
Preferências de sites: Preferências de sites, incluindo o
Toda vez que você navega na internet o Firefox guarda
nível de zoom salvo para cada página específica, codifica-
várias informações suas, como por exemplo: sites que você
visitou, arquivos que você baixou, logins ativos, dados de ção de caracteres e as permissões de páginas (como exces-
formulários, entre outros. Toda essa informação é chamada sões para bloqueadores de anúncios) estão descritas em
de histórico. No entanto, se estiver usando um computador janela de Propriedades da Página.
público ou compartilha um computador com alguém, você
pode não querer que outras pessoas vejam esses dados. Como limpo meu histórico?
Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
Que coisas estão incluídas no meu histórico? seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox
limpará.

97
INFORMÁTICA

Em seguida, clique na seta ao lado de Detalhes para


selecionar exatamente quais informações você quer que
sejam limpas.

Após selecionar os itens a serem limpos, clique em OK


para fechar a janela Configurações para a limpeza do his-
tórico.
Finalmente, clique no botão Limpar agora. A janela Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações
será fechada e os itens selecionados serão limpos. feitas serão salvas automaticamente.
Como faço para o Firefox limpar meu histórico auto- Como faço para remover um único site do meu histó-
maticamente? rico?
Se você precisa limpar seu histórico sempre que usar Clique no botão , depois em Histórico, em seguida,
o Firefox, você pode configurá-lo para que isso seja feito clique no link no final da lista Exibir todo o histórico, para
automaticamente assim que você sair, assim você não es- abrir a janela da Biblioteca.
quece. Use o campo Localizar no histórico no canto superior
Clique no botão , depois em Opções direito e pressione a tecla Enter para procurar pelo site que
você deseja remover do histórico.
Selecione o painel Privacidade. Nos resultados da busca, clique com o botão direito no
Defina O Firefox irá: para Usar minhas configurações. site que você deseja remover, e selecione Limpar tudo so-
bre este site. Ou simplesmente selecione o site que deseja
excluir e pressione a tecla ‘Delete’.
Todos os dados de histórico (histórico de navegação e
downloads, cookies, cache, logins ativos, senhas, dados de
formulários, exceções para cookies, imagens, pop-ups) do
site serão removidos.

Marque a opção Limpar histórico quando o Firefox fe-


char.

Para especificar que tipos de histórico devem ser lim-


pos, clique no botão Configurar..., ao lado de Limpar histó-
rico quando o Firefox fechar.
Na janela Configurações para a limpeza do histórico, Finalmente, feche a janela Biblioteca.
marque os itens que você quer que sejam limpos automa-
ticamente sempre que você sair do Firefox.

98
INFORMÁTICA

O leitor de PDF Seção Impressoras:


O visualizador de PDF integrado de maneira nativa ao Clique no menu drop-down ao lado de Name para mu-
navegador. Isto significa que agora não é mais necessário dar qual a impressora imprimirá a página que você está
ter que instalar um plugin externo no Mozilla Firefox para vendo.
fazê-lo visualizar um documento neste formato. Este visua- Nota: A impressora padrão é a do Windows. Quando
lizador, inclusive, funciona da mesma forma como ocorre uma página da web é impressa com a impressora selecio-
no Google Chrome, que também suporta a visualização de nada, ela se torna a impressora padrão do Firefox.
arquivos PDF nativamente. Cique em Propiedades... para mudar o tamanho do pa-
Agora, sempre que você clicar em um documento PDF pel, qualidade de impressão e outras configurações espe-
no navegador, ele será aberto diretamente na tela. Os con- cíficas da impressora.
troles são exibidos na parte superior, com os quais você Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági-
pode salvar ou imprimir o documento, bem como usar re- nas da página web atual será impressa:
cursos como zoom, ou ir diretamente para uma página es- Selecione Tudo para imprimir tudo.
pecífica. Também é possível alternar para o modo de apre- Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
sentação e exibir o PDF em tela cheia. que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
Durante os testes realizados, conseguimos abrir vários
1” imprimirá somente a primeira página.
PDFs em diversas abas sem nenhum problema, já que não
houve travamentos. O segredo por trás do leitor é que ele
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
converte os PDFs para o HTML 5.
página que você selecionou.
Imprimindo uma página web
Clique no menu e depois em Imprimir. Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.

Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,


você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá-
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3.

Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-


ferências do Firefox em uma base por impressora.

SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá-


gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas
serão impressas:

Na janela de impressão que foi aberta, ajuste as configu-


rações do que você está prestes a imprimir, se for necessário.

Clique em OK para iniciar a impressão.


Janela de configurações de impressão

Como apresentado na tela irá imprimir da mesma for-


ma que você vê a página web no Firefox.

O campo selecionado irá imprimir somente o conteúdo


dentro da última borda que você clicou.

Cada campo separadamente irá imprimir o conteúdo


de todas as bordas, mas em páginas separadas.

99
INFORMÁTICA

Mudando a configuração da página Margens e Cabeçalho/ Rodapé


Para alterar a orientação da página, alterar se as cores
e imagens de fundo são impressas, as margens da página,
o que incluir no cabeçalho e rodapé das páginas impressas,
na parte superior da janela do Firefox, clique no botão Fi-
refox, veja mais em Imprimir... (menu Arquivo no Windows
XP) e selecione Configurar página.... A janela de configura-
ção de página irá aparecer.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
ferências do Firefox em uma base por impressora.

Formato e Opções

Na aba Margens e Cabeçalhos/Rodapé você pode alterar:

Margens: Você pode colocar a largura da margem se-


paradamente para cima, baixo, esquerda e direita.
Cabeçalho e Rodapé: Use os menus dropdown para
selecionar o que irá aparecer na página impressa. O valor
do dropdown superior esquerdo aparece no canto superior
esquerdo da página; o valor do dropdown superior central
aparece na parte superior central da página, e assim por
diante. Você pode escolher entre:
--em branco--: Nada será impresso.
Título: Imprime o título das páginas web.
Endereço: Imprime o endereço das páginas web.
Data/Hora: Imprime a data e hora em que a página foi
impressa.
Página #: Imprime o número da página.
Página # de #: Imprime o número da página e o total
de páginas.
Na aba Formato e Opções você pode alterar: Personalizar...: Coloque seu próprio texto de cabeçalho
ou rodapé. Isso pode ser usado pra mostrar o nome da
Formato: empresa ou organização no alto ou na parte de baixo de
Selecione Retrato para a maioria dos documentos e toda página impressa.
páginas web. Clique em OK para concluir as alterações e fechar a
janela de configuração de páginas.
Selecione Paisagem para páginas e imagens largas.
Visualizar impressão
Escala: Para tentar uma página web em menos folhas Para ver como a página web que você quer imprimir
impressas, você pode ajustar a escala. Reduzir para caber ficará quando impressa, na parte superior da janela do Fire-
ajusta automaticamente a escala. fox, clique no botão Firefox, veja mais em Imprimir...(menu
Arquivo no Windows XP), e selecione Visualizar impressão.
Opções: Selecione Imprimir cores e imagens de fundo A janela de pré-visualização permite mudar algumas
para que o Firefox imprima as páginas com cor e imagens das opções descritas acima. Acesse a janela de impressão
de fundo como elas são mostradas na tela, caso contrário, clicando em Imprimir..., ou a janela de configuração de pá-
Firefox imprimirá com o fundo branco. gina clicando em Configurar página.... Clique nas setas ao
lado do campo Página: para trocar as páginas do docu-

100
INFORMÁTICA

mento. As setas duplas mudam para a primeira ou última Compartilhar no Facebook.


página, as setas únicas vão para a próxima página ou a an- Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
terior. Você também pode ajustar a escala e o formato (veja alerta.
acima). Para encerrar a chamada, clique em .
Se juntar a uma conversa
Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil!
Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na
página para entrar na conversa.
Clique em Fechar para sair da visualização da impressão. Controlar suas notificações
Você pode desligar as notificações no Firefox se você
Firefox Hello - conversas por vídeo e voz online preferir não ser notificado quando um amigo se juntar:
O Firefox Hello lhe deixa navergar e discutir páginas
web com seus amigos diretamente no navegador. Tudo Clique no botão do Hello .
que você precisa é uma webcam (opcional), um microfone, Clique na engrenagem na parte de baixo do painel e
e a versão mais recente do Firefox para ligar para os amigos escolha Desligar notificações.
que estão em navegadores suportados pelo WebRTC como
Firefox, Chrome, ou Opera. Navegação Privativa
Nota: O Firefox Hello não está disponível na Navega- Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in-
ção Privada. formação para você - como os sites visitados. No entan-
Iniciar uma conversa to, pode haver momentos em que não deseja que outros
Clique no botão Hello . usuários tenham acesso a tais informações, como quando
Clique em Navegar nessa página com um amigo. estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega.
Mostraremos a você como funciona.
Importante: A navegação privativa não o torna anôni-
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas.
Além disso, a navegação privativa não o protege de key-
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu
computador

Como abrir uma nova janela privativa?


Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Pri-
vativa.
Use as seguintes opções para convidar seus amigos: Abrir uma nova Janela Privativa vazia
Clique no botão de menu e depois em Nova janela
privativa.

Copie e cole o link para a sua ferramenta de mensa-


gens preferida clicando em Copiar Link.
Envie o link por e-mail para o seu amigo clicando no
botão Enviar link por E-mail. Isso abrirá sua aplicação de
e-mail padrão.

101
INFORMÁTICA

Abrir um link em nova janela privativa Importante: Quando o firefox está definido para nunca
Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir lembrar o histórico você não verá uma máscara roxa na
link em uma nova janela privativa no menu contextual. parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetiva-
mente no modo de navegação privativa. Para restaurar a
navegação normal, vá para o painel privacidade Opções e
defina o Firefox para lembrar o histórico.
Outras formas de controlar as informações que o Fire-
fox salva
Você sempre pode remover a navegação recente, as
pesquisas e histórico de download depois de visitar um
site.

Como saber se a minha conexão com um site é se-


gura?
Dica: Janelas de navegação privativas tem uma máscara O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
roxa no topo. na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter
sua informação pessoal.

O que a navegação privativa não salva?


Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à
lista de sites no histórico, lista de história da janela da Bi-
O botão de Identidade do Site estar na barra de ende-
blioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar.
reço à esquerda do endereço web. Mais comumente, quan-
Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada
do visualizando um site seguro, o botão de Identidade do
digitado em caixas de texto em páginas web ou na barra de
Site será um cadeado verde.
busca será salvo para o autocomplete.
Senhas: Nenhuma senha será salva.
Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar
não serão listados na Janela de Downloads depois de desa-
tivar a Navegação Privativa. No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele tam-
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os si- bém pode ser um cadeado verde com um triângulo de
tes que você visita como preferências, status de login, e os alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta
dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies amarelo, ou um cadeado cinza com uma linha vermelha.
também podem ser utilizados por terceiros para rastreá-lo
através dos sites.
Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e
de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo temporário da In- Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de en-
ternet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line dereço nos traz o Centro de Controle, o qual lhe permite
serão salvo. visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de
Nota: segurança da conexão e alterar algumas configurações de
Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão segurança e privacidade.
salvos. Aviso: Você nunca deve enviar qualquer tipo de infor-
Todos os arquivos que você baixar para o seu compu- mação sensível (informação bancária, dados de cartão de
tador durante o uso de navegação privada serão salvos. crédito, Números de Seguridade Social, etc.) para um site
O Firefox Hello não está disponível na navegação pri- sem o ícone de cadeado na barra de endereço - neste caso
vativa. não é verificado que você está se comunicando com o site
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação pretendido nem que seus dados estão seguros contra es-
privativa? pionagem!
O Firefox está definido para lembrar o histórico por
padrão, mas você pode alterar essa configuração de pri- Cadeado verde
vacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox , Um cadeado verde (com ou sem um nome de organi-
escolha Opções e selecione o painel Privacidade). Quando zação) indica que:
alterar a configuração do histórico para nunca lembrar o Você está realmente conectado ao website cujjo en-
histórico, isto equivale a estar sempre no modo de nave- dereço é exibido na barra de endereço; a conexão não foi
gação privativa. interceptada.

102
INFORMÁTICA

A conexão entre o Firefox e o website é criptografada Configurações de segurança e senhas


para evitar espionagem. Este artigo explica as configurações disponíveis no pai-
nel Segurança da janela Opções do Firefox.
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua
segurança ao navegar na internet.

Um cadeado verde mais o nome da empresa ou or-


ganização, também em verde, significa que o website está
usando um Certificado de Validação Avançada. Um certi-
ficado de Validação Avançada é um tipo especial de cer-
tificado do site que requer um processo de verificação de
identidade significativamente mais rigoroso do que outros
tipos de certificados.

Configurações de Segurança
Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a instala-
Para sites usando certificados VE, o botão de identida- ção de complementos. Para evitar que tentativas de instalação
de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal não requisitadas resultem em instalações acidentais, o Firefox
da companhia ou organização do website, então você sabe exibe um aviso quando um site tentar instalar um complemen-
quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o to e bloqueia a tentativa de instalação. Para permitir que sites
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla. específicos instalem complementos, você deve clicar em Exce-
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta ções…, digitar o endereço do site e clicar em Permitir. Desmar-
que essa opção para desativar esse aviso para todos os sites.
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Marque
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox blo-
isso se você quer que o Firefox verifique se o site que você
queou o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não ne-
está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas funções
cessariamente exibir ou funcionar inteiramente correto.
normais do computador ou mandar dados pessoais sobre
você sem autorização através da Internet.
Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
A ausência deste aviso não garante que o site seja confiável.
Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se você
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas quer que o Firefox verifique ativamente se o site que você está
parcialmente criptografada e não impede espionagem. visitando pode ser uma tentativa de enganar você fazendo
com que passe suas informações pessoais (isto é frequente-
mente chamado de “phishing”).

Logins
Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com segu-
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível rança senhas que você digita em formulários web para facilitar
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números seu acesso aos websites. Desmarque essa opção para impedir
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden- o Firefox de memorizar suas senhas. No entanto, mesmo com
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo. isso marcado, você ainda será questionado se deseja salvar
Cadeado cinza com um traço vermelho ou não as senhas para um site quando você visitá-lo pela pri-
Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que meira vez. Se você selecionar Nunca para este site, aquele site
a conexão entre o Firefox e o website é apenas parcial- será adicionado à uma lista de exceções. Para acessar essa
mente criptografada e não previne contra espionagem ou lista ou para remover sites dela, clique no botão Exceções….
ataque man-in-the-middle. Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger informa-
ções sensíveis, como senhas salvas e certificados, criptogra-
fando eles usando uma senha mestra. Se você criar uma senha
mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será solicitado que
você digite a senha na primeira vez que for necessário aces-
Esse ícone não aparecerá a menos que você manual- sar um certificado ou uma senha salva. Você pode definir,
mente desativou o bloqueio de conteúdo misto. alterar, ou remover a senha mestra marcando ou desmar-
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível cando essa opção ou clicando no botão Modificar senha
(informação bancária, dados de cartão de crédito, números mestra…. Se uma senha mestra já estiver definida, você pre-
de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden- cisará digitá-la para alterar ou remover a senha mestra.
tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
listra vermelha. dividuais clicando no botão Logins salvos….

103
INFORMÁTICA

Encontrar e instalar complementos para adicionar


funcionalidades ao Firefox

Complementos são como os aplicativos que você ins-


tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.

Existem três tipos de complementos:

- Extensões
Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
mesmo adicionar recursos de outros navegadores.

- Aparência
Existem dois tipos de complementos de aparência:
temas completos, que mudam a aparência de botões e
menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
faixa de abas com uma imagem de fundo

- Plugins
Plugins permitem adicionar suporte para todos os tipos O Firefox irá fazer o download do complemento e pode
de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem forma- pedir que você confirme a sua instalação.
tos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight que Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresentações serão salvas e restauradas após a reinicialização.
e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por outras Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
empresas. ramentas após a instalação..
Para visualizar quais complementos estão instalados:

Clique no botão escolha complementos. A aba com- Como desativar extensões e temas
plementos irá abrir. Ao desativar um complemento ele deixará de funcio-
nar sem ser removido:
Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins. Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
Como faço para encontrar e instalar complementos? tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
Aqui está um resumo para você começar: No gerenciador de complementos, selecione o pai-
Clique no botão de menu e selecione Complemen- nel Extensões ou Aparência.
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. Selecione o complemento que deseja desativar.
No gerenciador de complementos, selecione o painel Clique no botão Desativar.
Get Add-ons. Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
Para ver mais informações sobre um complemento ou reiniciar.
tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão Para reativar um complemento, encontre-o na lista de
verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo. complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar
o Firefox.
Você também pode pesquisar por complementos es-
pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Poden- Como desativar plugins
do então instalar qualquer complemento que encontrar, Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem
com o botão Instalar. ser removido:
Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Plugins.
Selecione o plugin que deseja desativar.

104
INFORMÁTICA

Selecione Nunca Ativar no menu de seleção. Pop-ups


Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu- Bloquear janelas popup: Por padrão, o Firefox bloqueia
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção. janelas popup inconvenientes em sites da web. Desmarque
essa opção para desativar o Bloqueador de Popups. Alguns
Como remover extensões e temas sites utilizam popups com funções importantes. Para per-
Clique no botão de menu     e selecione Comple- mitir que sites específicos utilizem popups, clique em Exce-
mentos para abrir a aba do gerenciador de complementos. ções…, digite o domínio do site e clique em Permitir. Para
No gerenciador de complementos, selecione o pai- excluir um site da lista de sites permitidos, selecione-o e
clique em Excluir o site. Para limpar a lista completamente,
nel Extensões ou Aparência.
clique em Excluir tudo.
Selecione o complemento que você deseja remover.
Clique no botão Excluir. Fontes e cores
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em Rei- Fonte padrão e Tamanho: Normalmente as páginas da
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao web são exibidas na fonte e tamanho especificados aqui.
reiniciar. Entretanto, páginas da web podem definir fontes diferen-
Como desinstalar plugins tes, que serão exibidos a não ser que você especifique o
Geralmente os plugins vem com seus próprios desins- contrário na janela Fontes. Clique no botãoAvançado… para
taladores. Se precisar de ajuda para desinstalar alguns dos acessar mais opções de fontes.
plugins mais populares, vá para lista de artigos de plugins e Diálogo de fontes
Na lista Fontes padrão para, escolha um grupo de
selecione o artigo do respectivo plugin que você quer de-
caracteres/idioma. Por exemplo, para configurar o grupo
sinstalar.
de fontes padrão dos idiomas ocidentais (latinos), clique
em Latin.. Para um grupo de caracteres/idioma que não es-
Configurações de Conteúdo teja na lista, clique em Outros Sistemas de Escrita.
Escolha se a fonte proporcional deverá ser com serifa
(como “Times New Roman”) ou sem serifa (como “Arial”),
e então especifique o tamanho padrão da fonte propor-
cional.
Especifique as fontes utilizadas para fontes com seri-
fa, sem serifa e monoespaçada (largura fixa). Você também
pode especificar o tamanho para as fontes monoespaça-
das.

Você também pode especificar o tamanho mínimo de


fonte que pode ser exibido na tela. Isso pode ser útil em
sites que utilizam tamanhos de fonte muito pequenos e
pouco legíveis.
Páginas podem usar outras fontes: Por padrão, o Fi-
refox exibe as fontes especificadas pelo autor da página.
Desative essa opção para forçar todos os sites a usar as
fontes padrão.
Codificação de texto para conteudo legado: A codifica-
ção de caracteres selecionada nessa caixa será a codifica-
ção padrão utilizada para exibir páginas que não especifi-
quem uma codificação.
Diálogo de cores
DRM Content Cores padrão: Aqui você pode modificar as cores pa-
Reproduzir conteúdo DRM: Por padrão, o Firefox per- drão de texto e fundo que serão utilizadas nas páginas em
mite a reprodução de conteúdo de áudio e vídeo protegido que essas cores não foram especificadas por seu autor. Cli-
por Gerencimento de Direitos Digitais (DRM). Ao desmar- que nas amostras de cores para modificá-las.
car esta opção essa funcionalidade será desligada. Usar cores do sistema: Marque essa opção para usar as
cores de fonte e fundo definidas pelo seu Sistema Opera-
Notificações cional em vez das cores definidas acima.
O Firefox lhe permite escolher quais websites tem Aparência padrão dos links: Aqui você pode modificar
as cores padrão dos links das páginas. Clique nas amostras
permissão para lhe enviar notificações. Clique em  Esco-
de cores para modificá-las.
lher para fazer alterações na lista de sites permitidos. Sublinhar: Por padrão, o Firefox sublinha os links das
Não me perturbe: Selecione esta opção para suspen- páginas. Desmarque essa opção para modificar esse com-
der temporariamente todas as notificações até você fechar portamento. Note que vários sites especificam seus pró-
e reiniciar o Firefox. prios estilos de links e nesses sites essa opção não tem
efeito.

105
INFORMÁTICA

Páginas podem usar outras cores: Por padrão, o Firefox Página inicial Alt + Home
exibe as cores especificadas pelo autor da página. Desa-
Abrir arquivo Ctrl + O
tive essa opção para forçar todos os sites a usar as cores
padrão. F5
Atualizar a página
Idiomas Ctrl + R
Algumas páginas oferecem mais de um idioma para Atualizar a página (ignorar Ctrl + F5
exibição. Clique no botão  Selecionar…para especificar o o cache) Ctrl + Shift + R
idioma ou idiomas de sua preferência. Parar o carregamento Esc
Idiomas: Para adicionar um idioma à lista de idiomas
clique emSelecione um idioma para adicionar…, clique so- Página atual
bre o idioma escolhido e clique no botãoAdicionar. Exclua
um idioma da lista selecionando-o e clicando no botão Ex- Comando Atalho
cluir. Você também pode reordenar os idiomas usando os Ir uma tela para baixo Page Down
botões Para cima e Para baixo para determinar a ordem de Ir uma tela para cima Page Up
preferência no caso de haver mais de um idioma disponível.
Ir para o final da página End
Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns Ir para o início da
Home
no Firefox página
Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no Ir para o próximo frame F6
Mozilla Firefox. Ir para o frame anterior Shift + F6
Imprimir Ctrl + P
Comando Atalho Salvar página como Ctrl + S
Voltar Shift + Rolar para baixo Mais zoom Ctrl + +
Avançar Shift + Rolar para cima Menos zoom Ctrl + -
Aumentar Zoom Ctrl + Rolar para cima tamanho normal Ctrl + 0
Diminuir Zoom Ctrl + Rolar para baixo
Clicar com botão do meio Editando
Fechar Aba
na Aba
Clicar com botão do meio Comando Atalho
Abrir link em uma nova Aba Copiar Ctrl + C
no link
clicar com o botão do Recortar Ctrl + X
Nova aba
meio na barra de abas Apagar Del
Ctrl + Clicar com botão Colar Ctrl + V
Abrir em nova Aba em esquerdo no link Colar (como Ctrl + Shift
segundo plano* Clicar com botão do meio texto simples) +V
no link Refazer Ctrl + Y
Ctrl + Shift + Botão Selecionar
Abrir em nova Aba em Ctrl + A
esquerdo tudo
primeiro plano*
Shift + Botão do meio
Desfazer Ctrl + Z
Shift + Clicar com botão
Abrir em uma Nova Janela
esquerdo no link GOOGLE CHROME
Duplicar Aba ou Favoritos Ctrl + Arrastar Aba O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e
Recarregar (ignorar cache) Shift + Botão recarregar já conquistou legiões de adeptos no mundo todo. O pro-
Salvar como... Alt + Botão esquerdo grama apresenta excelente qualidade em seu desenvolvi-
* Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segun- mento, como quase tudo o que leva a marca Google. O
do plano serão trocadas se a opção Ao abrir um link em browser não deve nada para os gigantes Firefox e Internet
uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa Explorer e mostra que não está de brincadeira no mundo
no Painel de configurações geral.. dos softwares.
Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo
Atalhos de teclado Google Chrome.
Navegação
Comando Atalho Funções visíveis
Antes de detalhar melhor os aspectos mais complica-
Alt + ←
Voltar dos do navegador, vamos conferir todas as funções dis-
Backspace
poníveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração
Alt + → na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em
Avançar
Shift + Backspace seguida:

106
INFORMÁTICA

1.    As setas são ferramentas bem conhecidas por to-


dos que já utilizaram um navegador. Elas permitem avançar Abas
ou voltar nas páginas em exibição, sem maiores detalhes. A segunda tarefa importante para quem quer usar o
Ao manter o botão pressionado sobre elas, você fará com Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito
que o histórico inteiro apareça na janela. úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente,
2.   Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia.
Todos são sinônimos desta função, ideal para conferir no- Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao pres-
vamente o link em que você se encontra, o que serve para sionar a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda mais rá-
situações bem específicas – links de download perdidos, pido. Também é possível utilizar o botão direito sobre o novo
imagens que não abriram, erros na diagramação da página. endereço e escolher a opção “Abrir link em uma nova guia”.
3.   O ícone remete à palavra home (casa) e leva o na-
vegador à página inicial do programa. Mais tarde ensinare- Liberdade
mos você a modificar esta página para qualquer endereço É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É
de sua preferência. possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar
4.   A estrela adiciona a página em exibição aos favo- a aba da janela e desta forma abrir outra independente.
ritos, que nada mais são do que sites que você quer ter a Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para
disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar. testar suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse
5.   Abre uma nova aba de navegação, o que permite faz com que fechem automaticamente.
visitar outros sites sem precisar de duas janelas diferentes.
6.   A barra de endereços é o local em que se encontra
o link da página visitada. A função adicional dessa parte no
Chrome é que ao digitar palavras-chave na lacuna, o me-
canismo de busca do Google é automaticamente ativado e
exibe os resultados em questão de poucos segundos.
7. Simplesmente ativa o link que você digitar na la-
cuna à esquerda.
8. Abre as opções especiais para a página aberta no
navegador. Falaremos um pouco mais sobre elas em se-
guida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão me- O botão direito abre o menu de contexto da aba, em
lhor detalhadas nos próximos parágrafos. que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar
a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode
Para Iniciantes abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples-
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú- mente apertando o F1.
vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e Fechei sem querer!
poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os Quem nunca fechou uma aba importante acidental-
conceitos e ações mais básicas do programa. mente em um momento de distração? Pensando nisso,
Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no
forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe- menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio-
cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar ná-la para que a última página retorne ao navegador.
o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal
Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é
possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica-
mente pelo programa.)
No entanto nem sempre sabemos exatamente o link
que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa-
lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta
forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas
a palavra “Baixaki”.

107
INFORMÁTICA

Configuração Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do


Antes de continuar com as outras funções do Google navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique
Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione
isso, vamos às configurações. Vá até o canto direito da tela “Redefinir para o tema padrão”.
e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e
selecione “Opções”.

Configurações avançadas
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado
para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade,
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir
que o navegador pergunte o local para cada novo down-
load.
Básicas
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
Downloads
navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e
configurar as páginas que deseja abrir.
Todos os navegadores mais famosos da atualidade
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba
contam com pequenos gerenciadores de download, o que
anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam-
facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tem-
bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele
po. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em
em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador.
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, um link de download, muitas vezes o programa pergunta-
aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar rá se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado
na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista abaixo:
de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
pre que algum software ou link for executado, o Chrome
será automaticamente utilizado pelo sistema.

Coisas pessoais

Senhas: define basicamente se o programa salvará ou


não as senhas que você digitar durante a navegação. A op-
ção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o
que já foi inserido por você. Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-
Preenchimento automático de formulário: define se os xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es-
serão sugeridos automaticamente após a primeira digita- peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função
ção. “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é
Dados de navegação: durante o uso do computador, o exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que
Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar você está baixando.
sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim-
par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto
a função “Importar dados” coleta informações de outros
navegadores.

108
INFORMÁTICA

Pesquise dentro dos sites


CONCEITOS DE SEGURANÇA
Outra ferramenta muito prática do navegador é a possi-
bilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de alguns A Segurança da Informação refere-se à proteção exis-
sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a busca tente sobre as informações de uma determinada empresa,
normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o que instituição governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto
você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para que a as informações corporativas quanto as pessoais.
busca desejada seja feita diretamente na lacuna do Chrome. Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo
ou dado que tenha valor para alguma organização ou pes-
soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta
ao público para consulta ou aquisição.
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não
Navegação anônima de ferramentas) para a definição do nível de segurança
existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para
Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros análise da melhoria ou piora da situação de segurança exis-
ou históricos de navegação no computador, utilize a navega- tente.
ção anônima. Basta clicar no menu com o desenho da cha- A segurança de uma determinada informação pode ser
ve de boca e escolher a função “Nova janela anônima”, que afetada por fatores comportamentais e de uso de quem
também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift + N. se utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca
ou por pessoas mal intencionadas que tem o objetivo de
furtar, destruir ou modificar a informação.
Antes de proteger, devemos saber:
• O que proteger.
• De quem proteger.
• Pontos vulneráveis.
• Processos a serem seguidos.

Gerenciador de tarefas MECANISMOS DE SEGURANÇA


O suporte para as recomendações de segurança pode
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno ser encontrado em:
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o • CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o
botão direito no topo da página (como indicado na figura) contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”. (que garante a existência da informação) que a suporta.
Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas
nem sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâm-
pagos, alagamentos, problemas na rede elétrica, acesso
indevido de pessoas aos servidores ou equipamentos de
rede, treinamento inadequado de funcionários, etc.
Medidas de proteção física, tais como serviços de guar-
da, uso de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno
de televisão e sistemas de escuta são realmente uma parte
da segurança da informação. As medidas de proteção física
Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela. são frequentemente citadas como “segurança computacio-
Ela controla todas as abas e funções executadas pelo na- nal”, visto que têm um importante papel também na pre-
vegador. Caso uma das guias apresente problemas você venção dos itens citados no parágrafo acima.
pode fechá-la individualmente, sem comprometer todo o O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados
programa. A função é muito útil e evita diversas dores de por mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhu-
cabeça. ma se a segurança física não for garantida.

109
INFORMÁTICA

Instalação e Atualização Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de


um produto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a
A maioria dos sistemas operacionais, principalmente rede. Geralmente, essas regras são elaboradas consideran-
as distribuições Linux, vem acompanhada de muitos apli- do as políticas de acesso da organização.
cativos que são instalados opcionalmente no processo de Podemos observar que o firewall é único ponto de
instalação do sistema. entrada da rede, quando isso acontece o firewall também
Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos pode ser designado como check point.
sejam observados para garantir a segurança desde a insta- De acordo com os mecanismos de funcionamentos dos
lação do sistema, dos quais podemos destacar: firewalls podemos destacar três tipos principais:
• Seja minimalista: Instale somente os aplicativos ne- • Filtros de pacotes
cessários, aplicativos com problemas podem facilitar o • Stateful Firewalls
acesso de um atacante; • Firewalls em Nível de Aplicação
• Devem ser desativados todos os serviços de sistema
que não serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia au- - Filtros de Pacotes
Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele
tomaticamente diversos aplicativos que não são necessá-
controla a origem e o destino dos pacotes de mensagens
rios, esses aplicativos também podem facilitar a vida de um
da Internet. Quando uma informação é recebida, o firewall
atacante;
verifica as informações sobre o endereço IP de origem e
• Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações destino do pacote e compara com uma lista de regras de
de rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o acesso para determinar se pacote está autorizado ou não a
sistema vulnerável a ataques remotos que podem ser reali- ser repassado através dele.
zados através da rede ou Internet; Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na
• Use partições diferentes para os diferentes tipos de maioria dos roteadores e é transparente aos usuários, po-
dados: a divisão física dos dados facilita a manutenção da rém pode ser facilmente contornada com IP Spoofers. Por
segurança; isto, o uso de roteadores como única defesa para uma rede
• Remova todas as contas de usuários não utilizadas: corporativa não é aconselhável.
Contas de usuários sem senha, ou com a senha original de Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita dire-
instalação, podem ser facilmente exploradas para obter-se tamente no roteador, para uma maior performance e con-
acesso ao sistema. trole, é necessária a utilização de um sistema específico de
Grande parte das invasões na Internet acontece devi- firewall. Quando um grande número de regras é aplicado
do a falhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os diretamente no roteador, ele acaba perdendo performan-
administradores de sistemas não foram capazes de corrigir ce. Além disso, Firewall mais avançados podem defender a
a tempo. Essa afirmação pode ser confirmada facilmente rede contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS.
pelo simples fato de que quando uma nova vulnerabilidade
é descoberta, um grande número de ataques é realizado - Stateful Firewalls
com sucesso. Por isso é extremamente importante que os
administradores de sistemas se mantenham atualizados Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Fire-
sobre os principais problemas encontrados nos aplicati- wall. Ele utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Ins-
vos utilizados, através dos sites dos desenvolvedores ou pection, que é um tipo avançado de filtragem de pacotes.
específicos sobre segurança da Informação. As principais Esse tipo de firewall examina todo o conteúdo de um pa-
empresas comerciais desenvolvedoras de software e as cote, não apenas seu cabeçalho, que contém apenas os en-
principais distribuições Linux possuem boletins periódicos dereços de origem e destino da informação. Ele é chama-
do de ‘stateful’ porque examina os conteúdos dos pacotes
informando sobre as últimas vulnerabilidades encontradas
para determinar qual é o estado da conexão, Ex: Ele garante
e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até a
que o computador destino de uma informação tenha real-
possuir o recurso de atualização automática, facilitando
mente solicitado anteriormente a informação através da
ainda mais o processo. conexão atual.
Além de serem mais rigorosos na inspeção dos paco-
Firewalls tes, os stateful firewalls podem ainda manter as portas fe-
chadas até que uma conexão para a porta específica seja
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteli- requisitada. Isso permite uma maior proteção contra a
gente entre duas redes, geralmente a rede local e a Inter- ameaça de port scanning.
net, através da qual só passa tráfego autorizado. Este trá-
fego é examinado pelo firewall em tempo real e a seleção - Firewalls em Nível de Aplicação
é feita de acordo com um conjunto de regras de acesso Nesse tipo de firewall o controle é executado por apli-
Ele é tipicamente um roteador (equipamento que liga as cações específicas, denominadas proxies, para cada tipo de
redes com a Internet), um computador rodando filtragens serviço a ser controlado. Essas aplicações interceptam todo
de pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um o tráfego recebido e o envia para as aplicações correspon-
hardware proprietário específico para função de firewall), dentes; assim, cada aplicação pode controlar o uso de um
ou um conjunto desses sistemas. serviço.

110
INFORMÁTICA

Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de Assinatura digital
performance, já que ele analisa toda a comunicação uti-
lizando proxies, ele permite uma maior auditoria sobre o Um conjunto de dados encriptados, associados a um
controle no tráfego, já que as aplicações específicas podem documento do qual são função, garantindo a integridade
detalhar melhor os eventos associados a um dado serviço. do documento associado, mas não a sua confidencialidade.
A maior dificuldade na sua implementação é a necessi- A assinatura digital, portanto, busca resolver dois pro-
dade de instalação e configuração de um proxy para cada blemas não garantidos apenas com uso da criptografia para
aplicação, sendo que algumas aplicações não trabalham codificar as informações: a Integridade e a Procedência.
corretamente com esses mecanismos. Ela utiliza uma função chamada one-way hash function,
também conhecida como: compression function, crypto-
Considerações sobre o uso de Firewalls graphic checksum, message digest ou fingerprint. Essa fun-
ção gera uma string única sobre uma informação, se esse
Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e valor for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário,
são inestimáveis para segurança da informação, existem al- significa que essa informação não foi alterada.
guns ataques que os firewalls não podem proteger, como a Mesmo assim isso ainda não garante total integridade,
interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercepta- pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um
ção de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam pro- novo hash pode ter sido calculado.
ver um único ponto de segurança e auditoria, eles também Para solucionar esse problema, é utilizada a criptogra-
podem se tornar um único ponto de falha – o que quer dizer fia assimétrica com a função das chaves num sentido inver-
que os firewalls são a última linha de defesa. Significa que se so, onde o hash é criptografado usando a chave privada do
um atacante conseguir quebrar a segurança de um firewall, remetente, sendo assim o destinatário de posse da chave
ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportunidade de pública do remetente poderá decriptar o hash. Dessa ma-
roubar ou destruir informações. Além disso, os firewalls pro- neira garantimos a procedência, pois somente o remeten-
tegem a rede contra os ataques externos, mas não contra te possui a chave privada para codificar o hash que será
os ataques internos. No caso de funcionários mal intencio- aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da
nados, os firewalls não garantem muita proteção. Finalmen- informação original, protegido pela criptografia, garantirá
te, como mencionado os firewalls de filtros de pacotes são a integridade da informação.
falhos em alguns pontos. - As técnicas de Spoofing podem
ser um meio efetivo de anular a sua proteção.
Mecanismos de garantia da integridade da informação
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de se-
gurança existentes, os firewalls devem ser usados em con-
Usando funções de “Hashing” ou de checagem, con-
junto com diversas outras medidas de segurança.
sistindo na adição.
Existem, claro, outros mecanismos de segurança que
apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes / blin-
dagem / guardas / etc. Mecanismos de controle de acesso

• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões
ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente inteligentes.
controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo,
ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento mal Mecanismos de certificação
intencionado.
Existem mecanismos de segurança que apoiam os con- Atesta a validade de um documento. O Certificado Di-
troles lógicos: gital, também conhecido como Certificado de Identidade
Digital associa a identidade de um titular a um par de cha-
Mecanismos de encriptação ves eletrônicas (uma pública e outra privada) que, usadas
em conjunto, fornecem a comprovação da identidade. É
A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas uma versão eletrônica (digital) de algo parecido a uma Cé-
palavras gregas: dula de Identidade - serve como prova de identidade, reco-
• CRIPTO = ocultar, esconder. nhecida diante de qualquer situação onde seja necessária a
• GRAFIA = escrever comprovação de identidade.
Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou O Certificado Digital pode ser usado em uma grande
em códigos. É então um conjunto de técnicas que tornam variedade de aplicações, como comércio eletrônico, grou-
uma mensagem incompreensível permitindo apenas que o pware (Intranets e Internet) e transferência eletrônica de
destinatário que conheça a chave de encriptação possa de- fundos.
criptar e ler a mensagem com clareza. Dessa forma, um cliente que compre em um shopping
Permitem a transformação reversível da informação de virtual, utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certifi-
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal, cado de Identidade Digital deste Servidor para verificar: a
algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir identidade do vendedor e o conteúdo do Certificado por
de um conjunto de dados não encriptados, produzir uma ele apresentado. Da mesma forma, o servidor poderá so-
sequência de dados encriptados. A operação inversa é a licitar ao comprador seu Certificado de Identidade Digital,
desencriptação. para identificá-lo com segurança e precisão.

111
INFORMÁTICA

Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que
de Identidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e permitem que um desenvolvedor de programas de com-
a comunicação com segurança não será estabelecida. putador assine digitalmente seu software. Assim, ao baixar
O Certificado de Identidade Digital é emitido e assi- um software pela Internet, o usuário tem certeza da identi-
nado por uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate dade do fabricante do programa e que o software se man-
Authority). Para tanto, esta autoridade usa as mais avança- teve íntegro durante o processo de download. Os certifica-
das técnicas de criptografia disponíveis e de padrões inter- dos digitais se dividem em basicamente dois formatos: os
nacionais (norma ISO X.509 para Certificados Digitais), para certificados de uso geral (que seriam equivalentes a uma
a emissão e chancela digital dos Certificados de Identidade carteira de identidade) e os de uso restrito (equivalentes a
Digital. cartões de banco, carteiras de clube etc.). Os certificados
Podemos destacar três elementos principais: de uso geral são emitidos diretamente para o usuário final,
- Informação de atributo: É a informação sobre o obje- enquanto que os de uso restrito são voltados basicamente
to que é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode in- para empresas ou governo.
cluir seu nome, nacionalidade e endereço e-mail, sua orga-
nização e o departamento da organização onde trabalha. Integridade: Medida em que um serviço/informação é
- Chave de informação pública: É a chave pública da genuino, isto é, esta protegido contra a personificação por
entidade certificada. O certificado atua para associar a cha- intrusos.
ve pública à informação de atributo, descrita acima. A cha-
Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é
ve pública pode ser qualquer chave assimétrica, mas usual-
detectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spam-
mente é uma chave RSA. mer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema,
- Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA enganando-o, fazendo-o pensar que esteja de fato explo-
assina os dois primeiros elementos e, então, adiciona cre- rando uma vulnerabilidade daquele sistema.
dibilidade ao certificado. Quem recebe o certificado verifica
a assinatura e acreditará na informação de atributo e chave AMEAÇAS À SEGURANÇA
pública associadas se acreditar na Autoridade em Certifi-
cação. Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco
Existem diversos protocolos que usam os certificados algum ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de
digitais para comunicações seguras na Internet: alguma vulnerabilidade do ambiente.
• Secure Socket Layer ou SSL; Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME; de Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que
• Form Signing; existem as prioridades; essas prioridades são os pontos
• Authenticode / Objectsigning. que podem comprometer o “Negócio da Empresa”, ou seja,
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os cer- o que é crucial para a sobrevivência da Empresa é crucial no
tificados digitais e é usado em praticamente todos os sites seu projeto de Segurança.
que fazem comércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de
CD, bancos etc.). O SSL teve uma primeira fase de ado- FVRDNE:
ção onde apenas os servidores estavam identificados com Falsificação
certificados digitais, e assim tínhamos garantido, além da
identidade do servidor, o sigilo na sessão. Entretanto, ape- Falsificação de Identidade é quando se usa nome de
nas com a chegada dos certificados para os browsers é que usuário e senha de outra pessoa para acessar recursos ou
pudemos contar também com a identificação na ponta executar tarefas. Seguem dois exemplos:
cliente, eliminando assim a necessidade do uso de senhas • Falsificar mensagem de e-mail;
e logins. • Executar pacotes de autenticação.
Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt
O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois
com sua senha, grudado no seu monitor.
permite que as mensagens de correio eletrônico trafeguem
encriptadas e/ou assinadas digitalmente. Desta forma os
Violação
e-mails não podem ser lidos ou adulterados por terceiros
durante o seu trânsito entre a máquina do remetente e a A Violação ocorre quando os dados são alterados:
do destinatário. Além disso, o destinatário tem a garantia • Alterar dados durante a transmissão;
da identidade de quem enviou o e-mail. • Alterar dados em arquivos.
O Form Signing é uma tecnologia que permite que os
usuários emitam recibos online com seus certificados di- Repudiação
gitais. Por exemplo: o usuário acessa o seu Internet Ban- A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de
king e solicita uma transferência de fundos. O sistema do um ataque bem sucedido, pois é o ato de negar algo que
banco, antes de fazer a operação, pede que o usuário as- foi feito. Isso pode ser feito apagando as entradas do Log
sine com seu certificado digital um recibo confirmando a após um acesso indevido. Exemplos:
operação. Esse recibo pode ser guardado pelo banco para • Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu;
servir como prova, caso o cliente posteriormente negue ter • Comprar um produto e mais tarde negar que com-
efetuado a transação. prou.

112
INFORMÁTICA

Divulgação • Principiante – não tem nenhuma experiência em pro-


gramação e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não
A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/ou tem noção do que está fazendo ou das consequências da-
custar tão caro quanto um ataque de “Negação de Serviço”, quele ato.
pois informações que não podiam ser acessadas por ter- • Intermediário – tem algum conhecimento de pro-
ceiros, agora estão sendo divulgadas ou usadas para obter gramação e utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta
vantagem em negócios. pessoa pode querer algo além de testar um “Programinha
Dependendo da informação ela pode ser usada como Hacker”.
objeto de chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação: • Avançado – Programadores experientes, possuem co-
• Expor informações em mensagens de erro; nhecimento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar
• Expor código em sites. ataques estruturados. Certamente não estão só testando
os seus programas.
Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS) Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários
da empresa, e provavelmente estão se aproveitando de al-
A forma mais conhecida de ataque que consiste na guma vulnerabilidade do seu ambiente.
perturbação de um serviço, devido a danos físicos ou ló-
gicos causados no sistema que o suportam. Para provocar VULNERABILIDADES
um DoS, os atacantes disseminam vírus, geram grandes
volumes de tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles
aos servidores que causam subcarga e estes últimos ficam que exploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilida-
impedidos de processar os pedidos normais. de do sistema operacional, aplicativos ou políticas internas.
O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exem- Veja algumas vulnerabilidades:
plo: • Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas
• “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood); previsíveis ou que não usam requisitos mínimos de com-
• “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados. plexidade. Deixar um Postit com a sua senha grudada no
O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Server monitor é uma vulnerabilidade.
• Software sem Patches – Um gerenciamento de Ser-
contendo o site da empresa, ou até mesmo “inundar” o
vice Packs e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade co-
DHCP Server Local com solicitações de IP, fazendo com que
mum. Veja casos como os ataques do Slammer e do Blaster,
nenhuma estação com IP dinâmico obtenha endereço IP.
sendo que suas respectivas correções já estavam disponí-
veis bem antes dos ataques serem realizados.
Elevação de Privilégios
• Configuração Incorreta – Aplicativos executados com
contas de Sistema Local, e usuários que possuem permis-
Acontece quando o usuário mal-intencionado quer sões acima do necessário.
executar uma ação da qual não possui privilégios adminis- • Engenharia Social – O Administrador pode alterar
trativos suficientes: uma senha sem verificar a identidade da chamada.
• Explorar saturações do buffer para obter privilégios • Segurança fraca no Perímetro – Serviços desneces-
do sistema; sários, portas não seguras. Firewall e Roteadores usados
• Obter privilégios de administrador de forma ilegítima. incorretamente.
Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador • Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de
da Rede efetuou logon numa máquina e a deixou desblo- autenticação usando protocolos de texto simples, dados
queada, e com isso adicionar a sua própria conta aos gru- importantes enviados em texto simples pela Internet.
pos Domain Admins, e Remote Desktop Users. Com isso Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que
ele faz o que quiser com a rede da empresa, mesmo que não seja possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco
esteja em casa. de suas vulnerabilidades.
Nem todos os problemas de segurança possuem uma
Quem pode ser uma ameaça? solução definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento
de Risco, analisando e balanceando todas as informações
Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, sobre Ativos, Ameaças, Vulnerabilidades, probabilidade e
muitas vezes conhecidos como crackers, (hackers não são impacto.
agentes maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis
falhas). Estas pessoas são motivadas para fazer esta ilega- NÍVEL DE SEGURANÇA
lidade por vários motivos. Os principais motivos são: noto-
riedade, autoestima, vingança e o dinheiro. É sabido que Depois de identificado o potencial de ataque, as orga-
mais de 70% dos ataques partem de usuários legítimos de nizações têm que decidir o nível de segurança a estabele-
sistemas de informação (Insiders) -- o que motiva corpora- cer para um rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a
ções a investir largamente em controles de segurança para necessitar de proteção. No nível de segurança devem ser
seus ambientes corporativos (intranet). quantificados os custos associados aos ataques e os asso-
É necessário identificar quem pode atacar a minha ciados à implementação de mecanismos de proteção para
rede, e qual a capacidade e/ou objetivo desta pessoa. minimizar a probabilidade de ocorrência de um ataque .

113
INFORMÁTICA

POLÍTICAS DE SEGURANÇA (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios


De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Han- disponíveis por meio da instalação do pacote Office, en-
dbook), uma política de segurança consiste num conjunto tre eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários (E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do
dos recursos de uma organização. botão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encer-
As políticas de segurança devem ter implementação rar o Windows, dar saída no usuário correntemente em
realista, e definir claramente as áreas de responsabilidade uso na máquina e, em seguida, desligar o computador.
dos usuários, do pessoal de gestão de sistemas e redes e
da direção. Deve também adaptar-se a alterações na orga- Comentários: Para desinstalar um programa de forma
nização. As políticas de segurança fornecem um enquadra- segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
mento para a implementação de mecanismos de seguran- remover programas
ça, definem procedimentos de segurança adequados, pro- Resposta – Letra A
cessos de auditoria à segurança e estabelecem uma base 2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as
para procedimentos legais na sequência de ataques. informações estão contidas em arquivos de vários for-
O documento que define a política de segurança deve matos, que são armazenados no disco fixo ou em ou-
tros tipos de mídias removíveis do computador, orga-
deixar de fora todos os aspetos técnicos de implementação
nizados em:
dos mecanismos de segurança, pois essa implementação
(A) telas.
pode variar ao longo do tempo. Deve ser também um do- (B) pastas.
cumento de fácil leitura e compreensão, além de resumido. (C) janelas.
Algumas normas definem aspectos que devem ser le- (D) imagens.
vados em consideração ao elaborar políticas de segurança. (E) programas.
Entre essas normas estão a BS 7799 (elaborada pela British
Standards Institution) e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão bra- Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
sileira desta primeira). bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
Existem duas filosofias por trás de qualquer política mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
de segurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
permitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proi- sistema de armário e gavetas.
bido é permitido). Resposta: Letra B
Enfim, implantar Segurança em um ambiente não de-
pende só da Tecnologia usada, mas também dos Proces- 3- Um item selecionado do Windows XP pode ser
sos utilizados na sua implementação e da responsabilidade excluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira,
que as Pessoas têm neste conjunto. Estar atento ao surgi- pressionando-se simultaneamente as teclas
mento de novas tecnologias não basta, é necessário en- (A) Ctrl + Delete.
tender as necessidades do ambiente, e implantar políticas (B) Shift + End.
que conscientizem as pessoas a trabalhar de modo seguro. (C) Shift + Delete.
Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que ins- (D) Ctrl + End.
talando um bom Antivírus você elimina as suas vulnerabilida- (E) Ctrl + X.
des ou diminui a quantidade de ameaças. É extremamente ne- Comentário: Quando desejamos excluir permanente-
cessário conhecer o ambiente e fazer um estudo, para depois mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes
poder implementar ferramentas e soluções de segurança. para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun-
to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem
do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente-
mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que
QUESTÕES GERAIS
deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
Resposta: C
1- Com relação ao sistema operacional Windows,
assinale a opção correta. 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows arquivos, sem que haja perda de informação?
deve ser feita a partir de opção equivalente do Painel (A) Compactação
de Controle, de modo a garantir a correta remoção dos (B) Deleção
arquivos relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao (C) Criptografia
sistema operacional. (D) Minimização
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT (E) Encolhimento adaptativo
e DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso dire-
to aos diretórios de programas instalados na máquina Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
em uso. nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem-
de um computador, pois bastam o nome do usuário e a plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar,
senha da máquina para se ter acesso às contas dos de- SolusZip, etc.
mais usuários possivelmente cadastrados nessa máquina. Resposta: A

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INFORMÁTICA

5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel: Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:


• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
tempo;
Maiores Desvantagens:
• Ocupam espaço em disco;
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e • Compatibilidade com os servidores de e-mail
colado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será: (nem sempre são compatíveis).
(A) 7
A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne-
(B) 56
grito os mais conhecidos e utilizados atualmente):
(C) 448
Microsoft Office Outlook
(D) 511
(E) uma mensagem de erro Microsoft Outlook Express;
  Mozilla Thunderbird;
Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando IcrediMail
copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos Eudora
em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po- Pegasus Mail
sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser Apple Mail (Apple)
copiada de D1 para D3: Kmail (Linux)
Windows Mail
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL,
ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o
gabarito da questão.
Resposta: B.

7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e


correio eletrônico, analise:
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pe-
los navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e
Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so- Google Chrome) para localizar recursos e páginas da
mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam Internet (Exemplo: http://www.google.com.br).
‘até’), sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obten- II. Download significa descarregar ou baixar; é a
do-se o resultado 448. transferência de dados de um servidor ou computador
Resposta: C. remoto para um computador local.
III. Upload é a transferência de dados de um com-
6- “O correio eletrônico é um método que permite putador local para um servidor ou computador remoto.
compor, enviar e receber mensagens através de siste- IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail sig-
mas eletrônicos de comunicação”. São softwares geren- nifica movê-lo definitivamente da máquina local, para
ciadores de email, EXCETO: envio a um destinatário, com endereço eletrônico.
A) Mozilla Thunderbird. Estão corretas apenas as afirmativas:
B) Yahoo Messenger. A) I, II, III, IV
C) Outlook Express. B) I, II
D) IncrediMail. C) I, II, III
E) Microsoft Office Outlook 2003. D) I, II, IV
E) I, III, IV
Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur-
memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô-
so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de
nico podem funcionar por meio de um software instalado
em nosso computador local ou por meio de um progra- página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais
ma que funciona dentro de um navegador, via acesso por conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.
Internet. Este programa da Internet, que não precisa ser É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão. III são verdadeiros.

115
INFORMÁTICA

9- Com relação a conceitos de Internet e intranet,


assinale a opção correta.
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que con-
trola a entrada e a saída de conteúdo em uma rede,
como ocorre na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem
na barra de endereços do navegador: http://intranet.
com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em
uma rede local, pois sua função é conectar um compu-
tador à rede de telefonia fixa.
No item IV encontramos o item falso da questão, o que (D) O modelo cliente/servidor, em que uma máqui-
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men- na denominada cliente requisita serviços a outra, deno-
sagem de e-mail significa copiar e não mover! minada servidor, ainda é o atual paradigma de acesso
Resposta: C. à Internet.
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que
armazena os nomes dos usuários que possuem permis-
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos são de acesso a uma quantidade restrita de páginas da
do ambiente MS Office, assinale a opção correta. Internet.
(A) Ao se clicar no nome de um documento grava-
do com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Comentários: O modelo cliente/servidor é questiona-
Windows ativa o MS Access para a abertura do docu- do em termos de internet pois não é tão robusto quanto
mento em tela. redes P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda
(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obti- do servidor central impede o acesso aos usuários clientes,
das ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C no segundo mesmo que um servidor “caia” outros servi-
e CTRL + V,respectivamente, estão disponíveis no menu dores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo
Editar de todos os aplicativos da suíte MS Office. que o download continue. Ex: programas torrent, Emule,
(C) A opção Salvar Como, disponível no menu das Limeware, etc.
aplicações do MS Office, permite que o usuário salve Em relação às outras letras:
o documento correntemente aberto com outro nome. letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve
Nesse caso, a versão antiga do documento é apagada para localizar e identificar conjuntos de computadores na
e só a nova versão permanece armazenada no compu- Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na-
tador. vegador.
(D) O menu Exibir permite a visualização do docu-
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma
mento aberto correntemente, por exemplo, no formato
forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede
do MS Word para ser aberto no MS PowerPoint.
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo.
(E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu-
a elaboração de apresentações de slides que utilizem
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma
conteúdo e imagens de maneira estruturada e organi-
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim
zada.
acessar redes locais.
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com-
Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
mandos universais dos programas da Microsoft como é o putação que fornece serviços a uma rede de computado-
caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do res. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/
localizar. ou restringe acessos.
Em relação às outras letras: Resposta: D
Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
Excel e não o Access
Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma 10- Com relação à Internet, assinale a opção cor-
cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga. reta.
Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de (A) A URL é o endereço físico de uma máquina na
exibição do documento dentro do contexto de cada pro- Internet, pois, por esse endereço, determina-se a cida-
grama e não de um programa para o outro como é o caso de onde está localizada tal máquina.
da afirmativa. (B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuá-
Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação rios se conectarem a uma mesma máquina simultanea-
de slides e sim o Ms Power Point. mente, como no caso de salas de bate-papo.
Resposta: B (C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e re-
cebimento de arquivos na Internet.

116
INFORMÁTICA

(D) Quando se digita o endereço de uma página Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve-
web, o termo http significa o protocolo de acesso a pá- rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns
ginas em formato HTML, por exemplo. artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va-
de correio eletrônico envia uma mensagem com anexo lores e totais.
para outro destinatário de correio eletrônico. Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de-
vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
Comentários: Os itens apresentados nessa questão es- também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os informações guardadas.
protocolos mais comuns: Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car- na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
regamento de páginas de Hipertexto –  HTML informação prestada à sociedade, pelo órgão.
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma
O ambiente operacional de computação disponível para
máquina na rede
realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen-
to de emails direto no PC via gerenciador de emails MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa- eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
drão de envio de emails utilizadas atualmente.
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan- Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla-
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa- da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme-
gens de email direto no servidor. lhantes.
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe-
rência de arquivos 12- As células que contêm cálculos feitos na plani-
Resposta: D lha eletrônica,
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresen-
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção tarão resultados diferentes do original.
correta. (B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar (C) somente podem ser copiadas para o editor de
pastas e arquivos e por seu intermédio não é possível textos dentro de um limite máximo de dez linhas e cin-
acessar o Painel de Controle, o qual só pode ser acessa- co colunas.
do pelo botão Iniciar do Windows.
(D) só podem ser copiadas para o editor de texto
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos
uma a uma.
salvos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e
data de modificação, deve-se selecionar Detalhes nas (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
opções de Modos de Exibição. “coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de de tabela.
Rede oferece um histórico de páginas visitadas na In- Comentários: Sempre que se copia células de uma pla-
ternet para acesso direto a elas. nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci-
e a opção Renomear for acionada no Windows Explo- das e só os números são colados.
rer com o botão direito do mouse,será salva uma nova Resposta: E
versão do arquivo e a anterior continuará aberta com o
nome antigo. 13- O envio do arquivo que contém o texto, por
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na es- meio do correio eletrônico, deve considerar as opera-
trutura de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sí- ções de
tio de busca Google, pois é ele que dá acesso a todos os (A) anexação de arquivos e de inserção dos endere-
diretórios de máquinas ligadas à Internet. ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui- endereços eletrônicos dos destinatários no campo
vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
“Para”.
ras e Detalhes.
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos en-
Resposta: B
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.
Atenção: Para responder às questões de números (D) de desanexação de arquivos e de inserção dos
12 e 13, considere integralmente o texto abaixo: endereços eletrônicos dos destinatários no campo
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão “Cco”.
deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do (E) de anexação de arquivos e de inserção dos en-
órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
de computadores.

117
INFORMÁTICA

 Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo 16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento
seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en-
os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao
campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa- cliente, respectivamente, um
bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten- (A) download e um upload
de a segurança solicitada no enunciado. (B) downgrade e um upgrade
Resposta: A (C) downfile e um upfile
(D) upgrade e um downgrade
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário (E) upload e um download
Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio
de arquivos em lotes, também denominados scripts, o Resposta: “E”.
shell de comando é um programa que fornece comuni- Comentários:
 Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
cação entre o usuário e o sistema operacional de forma
Upload – Carregar para cima (enviar).
direta e independente. Nos sistemas operacionais Win-
Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de
um comando da pasta Acessórios denominado
17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
(A) Prompt de Comando Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus
(B) Comandos de Sistema do programa Microsoft Word XP, em sua configuração
(C) Agendador de Tarefas padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários:
(D) Acesso Independente (I) numerar as páginas do documento, (II) contar as pa-
(E) Acesso Direto lavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho
ao texto em edição.
Resposta: “A” a) Janela, Ferramentas e Inserir.
Comentários b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe- c) Formatar, Editar e Janela.
rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do d) Arquivo, Exibir e Formatar.
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros coman- e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
dos do computador. O mais importante é o fato de que, ao
digitar comandos, você pode executar tarefas no computa- Resposta: “B”
dor sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de Comentário:
Comando é normalmente usado apenas por usuários avan- • Ação numerar - “INSERIR”
çados. • Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
• Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”
15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
chado, o resultado obtido será

Resposta: “C”
Comentários:
Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens
d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras
formatações foi o item c.

118
ÉTICA

1. Conceitos: ética, moral, valores, virtudes e liberdades........................................................................................................................ 01


2. Código de Ética e Conduta da Administração Pública do Estado do Ceará, instituído pelo Decreto Nº 31.198, de
30/04/2013, publicado no DOE de 02/05/2013........................................................................................................................................... 02
ÉTICA

As instituições sociais e políticas têm uma história. É


1. CONCEITOS: ÉTICA, MORAL, VALORES, impossível não reconhecer o seu desenvolvimento e o seu
VIRTUDES E LIBERDADES. progresso em muitos aspectos, pelo menos do ponto de
vista formal.
A escravidão era legal no Brasil até 120 anos atrás.
As mulheres brasileiras conquistaram o direito de vo-
tar apenas há 60 anos e os analfabetos apenas há alguns
No contexto filosófico, ética e moral possuem dife- anos. Chamamos isso de ampliação da cidadania (MAR-
rentes significados. A ética está associada ao estudo fun- TINS, 2008).
damentado dos valores morais que orientam o compor- Existem direitos formais (civis, políticos e sociais) que
tamento humano em sociedade, enquanto a moral são os nem sempre se realizam como direitos reais. A cidadania
costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por nem sempre é uma realidade efetiva e nem sempre é para
cada sociedade. todos. A efetivação da cidadania e a consciência coletiva
Os termos possuem origem etimológica distinta. A dessa condição são indicadores do desenvolvimento mo-
palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo ral e ético de uma sociedade.
de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no Para a ética, não basta que exista um elenco de princí-
termo latino “morales” que significa “relativo aos costu- pios fundamentais e direitos definidos nas Constituições.
mes”. O desafio ético para uma nação é o de universalizar os
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da direitos reais, permitido a todos cidadania plena, cotidia-
investigação do comportamento humano ao tentar ex- na e ativa.
plicar as regras morais de forma racional, fundamentada, É preciso fundar a responsabilidade individual numa
científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. ética construída e instituída tendo em mira o bem co-
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano mum, visando à formação do sujeito ético. Desse modo,
e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras será possível a síntese entre ética e cidadania, na qual
orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os possa prevalecer muito mais uma ética de princípios do
seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou que uma ética do dever. A responsabilidade individual
errado, bom ou mau. deverá ser portadora de princípios e não de interesses
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é particulares.
muito semelhante. São ambas responsáveis por construir
as bases que vão guiar a conduta do homem, determi- Componentes Éticos e Cidadania
A tendência da maioria é pensar que o funcionamen-
nando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar
to da cidadania depende dos outros: prefeitos, vereado-
a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
res, deputados, enfim, do governo. Uma pessoa exemplar
comporta-se como se tudo dependesse do seu procedi-
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado
mento pessoal e não do próximo.
aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego,
Por outro lado, é preciso admitir que nenhum país é
e significa aquilo que pertence ao caráter.
subdesenvolvido por acaso, devido a uma série de coinci-
Num sentido menos filosófico e mais prático pode-
dências nefastas que acabaram prejudicando a nação ao
mos compreender um pouco melhor esse conceito exa-
longo do tempo, sem culpa de ninguém. A miséria é fruto
minando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos da omissão e do descaso sistemáticos, da cobiça e da ga-
referimos por exemplo, ao comportamento de alguns nância de alguns, durante séculos.
profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, A recuperação do tempo perdido exige uma mudança
empresário, um político e até mesmo um professor. Para radical, a partir da consideração dos seguintes itens:
estes casos, é bastante comum ouvir expressões como:
ética médica, ética jornalística, ética empresarial e ética Impostos
pública. O primeiro dever do cidadão responsável é colaborar
A ética pode ser confundida com lei, embora que, financeiramente no custeio das despesas comuns, como
com certa frequência a lei tenha como base princípios éti- por exemplo: pagar o Imposto Territorial Urbano, a Segu-
cos. Porém, diferente da lei, nenhum indivíduo pode ser ridade Social e todos os tributos embutidos em serviços e
compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos a cum- alimentos. Pedir a nota fiscal ao efetuar qualquer compra.
prir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela Infelizmente, nem sempre os governantes se compor-
desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa quanto a tam de modo isento na hora de estabelecer a carga tri-
questões abrangidas pela ética. butária ou o emprego dos recursos arrecadados. Alguns
A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada tributos, criados com determinado fim, mudam de des-
à vertente profissional. Existem códigos de ética profissio- tinação ao longo dos anos; outros, temporários na sua
nal, que indicam como um indivíduo deve se comportar implantação, eternizam-se inexplicavelmente; certos im-
no âmbito da sua profissão. A ética e a cidadania são dois postos incidem sobre outros, punindo desnecessariamen-
dos conceitos que constituem a base de uma sociedade te a população. Por tudo isso, um cidadão responsável:
próspera. mantém-se sempre vigilante; fiscaliza o poder executivo

1
ÉTICA

diretamente ou por intermédio do seu representante na O homem esclarecido prefere o transporte público,
Câmara, Assembleia ou Congresso; nega o voto aos polí- só se senta ao volante sóbrio, partilha sua condução com
ticos ineficientes ou corruptos, nas eleições. amigos, conhecidos ou colegas de trabalho.

Solidariedade Segurança
As organizações empregam grande parte dos tributos No mundo em que vivemos, ninguém está livre de as-
recolhidos para minimizar problemas sociais, os quais, por saltos. Pedestres, usuários de transportes coletivos e pro-
sua vez, não são tão graves quanto os dos povos subde- prietários de veículos correm perigos semelhantes. Os la-
senvolvidos. Em países emergentes, como o Brasil, o Es- drões são, via de regra, inteligentes e preguiçosos. Alguns
tado deve atender a tantas necessidades e os problemas escolhem suas vítimas pacientemente após um período
são tão numerosos que sempre ficam enormes lacunas de observação. Alguns são mais rápidos e agem intuitiva-
por preencher. Cabe aos cidadãos esclarecidos desdo- mente. Mulheres e pessoas idosas correm mais riscos. A
brar-se para ajudar os marginalizados do sistema. Além pessoa circunspecta (que denota seriedade) toma distân-
dos tributos obrigatórios, tais organizações - como ONGs, cia de pessoas envolvidas com drogas, veste-se de modo
hospitais, instituições civis e religiosas, orfanatos, escolas discreto, evita lugares isolados, estacionamentos vazios
especiais, creches, movimentos ou associações de pes- ou terrenos baldios. Antes de estacionar ou parar, dá uma
soas portadoras de deficiência - tentam diversas fórmulas olhada em volta do carro.
para canalizar ajuda.
Elas não só ajudam, mas fiscalizam as despesas, con- Saúde Pública
trolam contas e decidem, na medida do possível, sobre O zelo pela saúde individual tem sua dimensão social,
aplicações de recursos arrecadados. pois, cada vez que um cidadão adoece, a sociedade como
um todo fica prejudicada.
Meio Ambiente O cidadão ético evita que a água se acumule em qual-
Encontramos enormes problemas em nossa socieda- quer tipo de recipiente, para combater doenças parasi-
tárias, dá passagem imediata a veículos de emergência
de que devem ser resolvidos, porém o homem nunca vi-
(ambulância, polícia, bombeiros), dentre outras atitudes.
veu tanto, nem teve tanta saúde como agora.
Serviços Públicos
O principal problema do meio ambiente é que a po-
Delegacias, hospitais, escolas públicas e telefones
pulação da Terra aumenta, mas os recursos naturais con-
sofrem terríveis desgastes nas mãos da população. Pare-
tinuam os mesmos, com a ressalva de que, cada vez, pro-
des, objetos e móveis são arranhados, riscados, pichados,
duzimos mais alimentos. Em contrapartida, também con-
quando não arrancados do seu devido lugar, como é o
sumimos mais, gerando enormes quantidades de detritos
caso do telefone público.
que se voltam contra nós.
Um cidadão que se preza usa com cuidado os bens
Como seres humanos responsáveis, é necessário di- comuns; colabora com as escolas públicas; ao sair com
fundir o hábito de poupar água, energia, reciclar o lixo, o animal de estimação para passear, limpa os detritos e
usar fontes alternativas de energia e controlar a natali- excrementos deixados por este no percorrer do passeio.
dade. Texto adaptado de: http://ftp.comprasnet.se.gov.
br/sead/licitacoes/Pregoes2011/PE091/Anexos/ser-
Transportes vi%E7o_publico_modulo_I/Apostila%20Etica%20no%20
O automóvel, por seu avanço tecnológico, impul- Servi%E7o%20P%FAblico/Etica%20e%20Cidadania%20
sionou o desenvolvimento da indústria automobilística no%20Setor%20P%FAblico.pdf
e outros setores ligados direta ou indiretamente a ela.
As grandes cidades renderam-se aos carros, gerando o
transporte individual e, com isso, reformaram-se as ruas,
criaram-se avenidas, tudo em função da sua circulação 2. CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA
com maior rapidez. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO ESTADO
O pedestre foi esquecido e também o ciclista. O trans- DO CEARÁ, INSTITUÍDO PELO DECRETO Nº
porte público passou a um segundo plano. Resultado: o 31.198, DE 30/04/2013, PUBLICADO NO DOE
mundo ficou refém do automóvel. DE 02/05/2013.
Em um engarrafamento qualquer, os motoristas per-
cebem que estão parados, a maioria deles a sós, espre-
midos entre quatro latas, querendo ir todos ao mesmo
lugar, mas sem sucesso. Além de inviabilizar ou complicar DECRETO Nº 31.198, DE 30 DE ABRIL DE 2013
os deslocamentos, o trânsito rodado enerva as pessoas, INSTITUI O CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA AD-
produz inúmeros acidentes, polui o ambiente e empo- MINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL, E DÁ OUTRAS
brece muitos usuários, que perdem grandes somas de di- PROVIDÊNCIAS.
nheiro cada vez que decidem trocar de carro - tudo isso
em nome do prestígio, da privacidade e de um ilusório O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no uso da
conforto individual. atribuição que lhe confere o art.

2
ÉTICA

88, inciso IV, da Constituição Estadual, CONSIDE- VIII – cortesia – manifestar bons tratos a outros;
RANDO o Decreto nº 29.887, de 31 de agosto de 2009, IX – transparência – dar a conhecer a atuação de for-
que institui o Sistema de Ética e Transparência do Poder ma acessível ao cidadão;
Executivo Estadual e dá outras providências, e CONSI- X – eficiência – exercer atividades da melhor maneira
DERANDO a necessidade de regulamentar as regras de possível, zelando pelo patrimônio público;
conduta dos agentes públicos civis no âmbito da Admi- XI – presteza e tempestividade – realizar atividades
nistração Pública Estadual, DECRETA: com agilidade;
XII – Compromisso – comprometer-se com a missão
TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES e com os resultados organizacionais.
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS DA Art. 3º É vedado às pessoas abrangidas por este
CONDUTA ÉTICA Código auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial
ou financeira, salvo nesse último caso a contraprestação
Art. 1º Fica instituído o Código de Ética e Conduta da mensal, em razão do exercício de cargo, mandato, função,
Administração Publica Estadual, na forma disposta neste emprego ou atividade nos Órgãos e Entidades do Poder
Decreto, cujas normas aplicam-se aos agentes públicos Executivo Estadual, devendo eventuais ocorrências serem
civis e às seguintes autoridades da Administração Pública apuradas e punidas nos termos da legislação disciplinar,
Estadual: se também configurar ilícito administrativo.
I - Secretários de Estado, Secretários Adjuntos,
Secretários Executivos e quaisquer ocupantes de cargos Art. 4º Considera-se conduta ética a reflexão acer-
equiparados a esses, segundo a legislação vigente; ca da ação humana e de seus valores universais, não se
II - Superintendente da Polícia Civil, Delegado Supe- confundindo com as normas disciplinares impostas pelo
rintendente Adjunto da Polícia Civil, Perito Geral do Esta- ordenamento jurídico.
do, Perito Geral Adjunto do Estado e quaisquer ocupantes
TÍTULO II
de cargos equiparados a esses, segundo a legislação vi-
DA CONDUTA ÉTICA DAS AUTORIDADES ADMINIS-
gente;
TRAÇÃO ESTADUAL CAPÍTULO I
III - Dirigentes de Autarquias, inclusive as especiais,
DAS NORMAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS
fundações mantidas pelo Poder
Público, empresas públicas e sociedades de economia
Art. 5º As normas fundamentais de conduta ética das
mista.
Autoridades da Administração
Parágrafo Único. Está também sujeito ao Código de
Estadual visam, especialmente, às seguintes finalida-
Ética e Conduta da Administração Pública Estadual todo
des:
aquele que exerça atividade, ainda que transitoriamente
I – possibilitar à sociedade aferir a lisura do processo
e sem remuneração, por nomeação, designação, con- decisório governamental;
tratação ou qualquer outra forma de investidura ou II – contribuir para o aperfeiçoamento dos pa-
vínculo em órgão ou entidade da Administração Pública drões éticos da Administração Pública
Direta e Indireta do Estado. Estadual, a partir do exemplo dado pelas autoridades
de nível hierárquico superior;
Art. 2º A conduta ética dos agentes públicos subme- III – preservar a imagem e a reputação do administra-
tidos a este Decreto reger-se-á, especialmente, pelos se- dor público cuja conduta esteja de acordo com as normas
guintes princípios: éticas estabelecidas neste Código;
I – boa-fé - agir em conformidade com o direito, com IV – estabelecer regras básicas sobre conflitos de
lealdade, ciente de conduta correta; interesses públicos e privados e limitações às atividades
II – honestidade – agir com franqueza, realizando profissionais posteriores ao exercício de cargo público;
suas atividades sem uso de mentiras ou fraudes; V – reduzir a possibilidade de conflito entre o interes-
III – fidelidade ao interesse público – realizar ações se privado e o dever funcional das autoridades públicas
com o intuito de promover o bem público, em respeito da Administração Pública Estadual;
ao cidadão; VI – criar mecanismo de consulta destinado a possibi-
IV – impessoalidade – atuar com senso de justiça, sem litar o prévio e pronto esclarecimento de dúvidas quanto
perseguição ou proteção de pessoas, grupos ou setores; à conduta ética do administrador.
V – moralidade – evidenciar perante o público retidão
e compostura, em respeito aos costumes sociais; Art. 6º No exercício de suas funções, as pessoas
VI – dignidade e decoro no exercício de suas funções abrangidas por este código deverão pautar-se pelos pa-
– manifestar decência em suas ações, preservando a hon- drões da ética, sobretudo no que diz respeito à inte-
ra e o direito de todos; gridade, à moralidade, à clareza de posições e ao decoro,
VII – lealdade às instituições – defender interesse da com vistas a motivar o respeito e a confiança do público
instituição a qual se vincula; em geral.

3
ÉTICA

Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este CAPÍTULO III


artigo são exigidos no exercício e na relação entre suas DO RELACIONAMENTO ENTRE AS
atividades públicas e privadas, de modo a prevenir even- AUTORIDADES PÚBLICAS
tuais conflitos de interesses.
Art. 13. Eventuais divergências, oriundas do exercício
CAPÍTULO II do cargo, entre as autoridades públicas referidas no Art.
DOS CONFLITOS 1º, devem ser resolvidas na área administrativa, não
DE INTERESSES lhes cabendo manifestar-se publicamente sobre matéria
que não seja afeta a sua área de competência.
Art. 7º Configura conflito de interesse e conduta aé-
tica o investimento em bens cujo valor ou cotação pos- Art. 14. É vedado à autoridade pública, referida no
sa ser afetado por decisão ou política governamental a Art. 1º, opinar publicamente a respeito:
respeito da qual a autoridade pública tenha informações I - da honorabilidade e do desempenho funcional de
privilegiadas, em razão do cargo ou função. outra autoridade pública; e
II - do mérito de questão que lhe será submetida,
para decisão individual ou em órgão e entidade colegia-
Art. 8º Configura conflito de interesse e conduta aé-
dos, sem prejuízo do disposto no Art. 13.
tica aceitar custeio de despesas por particulares de for-
ma a permitir configuração de situação que venha
TÍTULO III
influenciar nas decisões administrativas.
DA CONDUTA ÉTICA DOS AGENTES
PÚBLICOS CAPÍTULO I
Art. 9º No relacionamento com outros Órgãos e En- DOS DIREITOS E GARANTIAS DO
tidades da Administração Pública, a autoridade pública AGENTE PÚBLICO
deverá esclarecer a existência de eventual conflito de in-
teresses, bem como comunicar qualquer circunstância ou Art. 15. Como resultantes da conduta ética que deve
fato impeditivo de sua participação em decisão coletiva imperar no ambiente de trabalho e em suas relações in-
ou em órgão e entidade colegiados. terpessoais, são direitos do agente público:
I - liberdade de manifestação, observado o respeito
Art. 10. As propostas de trabalho ou de negócio fu- à imagem da instituição e dos demais agentes públicos;
turo no setor privado, bem como qualquer negociação II - manifestação sobre fatos que possam prejudicar
que envolva conflito de interesses, deverão ser ime- seu desempenho ou sua reputação;
diatamente informadas pela autoridade pública à III - representação contra atos ilegais ou imorais;
Comissão de Ética Pública - CEP, independente- IV - sigilo da informação de ordem não funcional;
mente da sua aceitação ou rejeição. V - atuação em defesa de interesse ou direito legíti-
mo;
Art. 11. As autoridades regidas por este Código de VI - ter ciência do teor da acusação e vista dos autos,
Ética, ao assumir cargo, emprego ou função pública, de- quando estiver sendo apurada eventual conduta aética.
verão firmar termo de compromisso de que, ao deixar o
cargo, nos 6 meses seguintes, não poderão: Art. 16. Ao autor de representação ou denúncia, que
I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física tenha se identificado quando do seu oferecimento, é as-
ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, em segurado o direito de obter cópia da decisão da Comissão
processo ou negócio do qual tenha participado, em razão de Ética e, às suas expensas, cópia dos autos, resguarda-
do cargo, nos seis meses anteriores ao término do exercí- dos os documentos sob sigilo legal, e manter preservada
em sigilo a sua identidade durante e após a tramitação
cio de função pública;
do processo.
II - prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, in-
clusive sindicato ou associação de classe, valendo-se de
CAPÍTULO II
informações não divulgadas publicamente a respeito de
DOS DEVERES E DAS VEDAÇÕES AO
programas ou políticas do Órgão ou da Entidade da Ad-
AGENTE PÚBLICO Seção I
ministração Pública Estadual a que esteve vinculado ou Dos Deveres Éticos Fundamentais do
com que tenha tido relacionamento direto e relevante. Agente Público

Art. 12. A autoridade pública, ou aquele que tenha Art. 17. São deveres éticos do agente público:
sido, poderá consultar previamente a CEP a respeito de I – agir com lealdade e boa-fé;
ato específico ou situação concreta, nos termos do Art. II – ser justo e honesto no desempenho de suas fun-
7º, Inciso I, do Decreto nº 29.887, de 31 de agosto de ções e em suas relações com demais agentes públicos,
2009, que instituiu o Sistema de Ética e Transparência superiores hierárquicos e com os usuários do serviço pú-
do Poder Executivo Estadual. blico;

4
ÉTICA

III – atender prontamente às questões que lhe forem II - censura ética, aplicável às autoridades e agentes
encaminhadas; públicos que já tiverem deixado o cargo.
IV – aperfeiçoar o processo de comunicação e o con- Parágrafo Único. As sanções éticas previstas nes-
tato com o público; te artigo serão aplicadas pela Comissão de Ética Pública
V – praticar a cortesia e a urbanidade nas relações do - CEP e pelas Comissões Setoriais de Ética Publica - CSEPs,
serviço público e respeitar a capacidade e as limitações que poderão formalizar Termo de Ajustamento de Con-
individuais dos usuários do serviço público, sem qualquer duta, para os casos não previstos no Estatuto dos servi-
espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, orien- dores públicos civis, encaminhar sugestão de exoneração
tação sexual, nacionalidade, cor, idade, religião, prefe- do cargo em comissão à autoridade hierarquicamente
rência política, posição social e quaisquer outras for-
superior ou rescindir contrato, quando aplicável.
mas de discriminação;
VI – respeitar a hierarquia administrativa;
Art. 20. Os preceitos relacionados neste Código não
VII – Não ceder às pressões que visem a obter
quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas; substituem os deveres, proibições e sanções constantes
VIII – comunicar imediatamente a seus superiores dos Estatutos dos Funcionários Públicos Civis do Estado
todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse pú- do Ceará.
blico.
Art. 21. As infrações às normas deste Código,
Seção II quando cometidas por terceirizados, poderão acarretar
Das Vedações ao Agente Público na substituição destes pela empresa prestadora de servi-
ços.
Art. 18. É vedado ao Agente Público:
I – utilizar-se de cargo, emprego ou função, de TÍTULO V
facilidades, amizades, posição e influências, para obter DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
qualquer favorecimento, para si ou para outrem em qual-
quer órgão público; Art. 22. Os códigos de ética profissional existentes
II – imputar a outrem fato desabonador da moral e da em Órgãos e Entidades específicos mantêm a vigência no
ética que sabe não ser verdade; que não conflitem com o presente Decreto.
III – ser conivente com erro ou infração a este
Código de Ética e Conduta da
Art. 23. A Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado
Administração Estadual;
do Ceará deverá divulgar as normas contidas neste de-
IV – usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o
creto, de modo a que tenham amplo conhecimento no
exercício regular de direito por qualquer pessoa;
V – permitir que interesses de ordem pessoal interfi- ambiente de trabalho de todos os Órgãos e Entidades Es-
ram no trato com o público ou com colegas; taduais.
VI – Faltar com a verdade com qualquer pessoa que
necessite do atendimento em serviços públicos; Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data de sua
VII – dar o seu concurso a qualquer instituição que publicação.
atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da
pessoa humana; Art. 25. Revogam-se as disposições em contrário.
VIII – exercer atividade profissional antiética ou ligar
o seu nome a empreendimentos que atentem contra a PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTA-
moral pública. DO DO CEARÁ, aos 30 dias do mês
de abril de 2013.
TÍTULO IV
DAS SANÇÕES ÉTICAS Exercícios

Art. 19. A violação das normas estipuladas neste Có- 01) No que se refere a ética e conduta pública, julgue
digo acarretará as seguintes sanções éticas, sem prejuízo os itens a seguir.
das demais sanções administrativas, civis e criminais apli-
cadas pelo poder competente em procedimento próprio,
A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedi-
observado o disposto no Art. 26 do Decreto Estadual nº
cados ao serviço público caracterizam o esforço pela dis-
29.887, de 31 de agosto de 2009:
I - advertência ética, aplicável às autoridades e agen- ciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos di-
tes públicos no exercício do cargo, que deverá ser consi- reta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da
derada quando da progressão ou promoção desses, caso mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente
o infrator ocupe cargo em quadro de carreira no serviço ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou
público estadual; má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipa-

5
ÉTICA

mento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os ho-


mens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu
ANOTAÇÕES
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
C. Certo
E. Errado ___________________________________________________

Resposta: Certo ___________________________________________________

___________________________________________________
02) Julgue os itens a seguir, que versam sobre ética e
cidadania. Vive orientada pela ética a pessoa que pauta ___________________________________________________
sua vida na busca de auxiliar as pessoas que a cercam de
modo que tanto ela quanto essas pessoas vivam da me- ___________________________________________________
lhor maneira possível.
C. Certo ___________________________________________________
E. Errado
___________________________________________________
Resposta: Certo ___________________________________________________
03) Ética pública é o processo de geração de pautas ___________________________________________________
de condutas, no intuito de desenvolver uma melhor con-
vivência social e maior autonomia e liberdade de atuação ___________________________________________________
das pessoas. Nesse sentido, a ética pública é classificada
como ___________________________________________________
A. individual, pois enfatiza os direitos individuais. ___________________________________________________
B. valorativa, pois se baseia na valorização das regras
culturais de conduta humana. ___________________________________________________
C. profissional, pois se refere a determinada área es-
pecífica do conhecimento. ___________________________________________________
D. política, pois enfatiza a conduta de grupos ideoló-
___________________________________________________
gicos representativos.
E. coletiva, pois abrange organizações, instituições, ___________________________________________________
grupos sociais e cidadãos.
___________________________________________________
Resposta: E
___________________________________________________
04) A escolha entre ter uma conduta ética ou uma
___________________________________________________
conduta corrupta é o resultado de um processo complexo
de tomada de decisões, no qual influem múltiplas variá- ___________________________________________________
veis. Entre essas variáveis, é possível citar a autoestima, a
idade, o gênero e o autocontrole, que estão relacionadas ___________________________________________________
A. aos aspectos normativos da conduta humana.
B. aos modelos de condutas sociais. ___________________________________________________
C. aos aspectos morais da conduta humana. ___________________________________________________
D. às características culturais e valorativas.
E. às características individuais. ___________________________________________________

Resposta: E ___________________________________________________

___________________________________________________
05) Acerca da ética na administração, julgue os itens
que se seguem. ___________________________________________________
A edição do código de ética é suficiente para modi-
ficar o comportamento organizacional, transformando a ___________________________________________________
organização em uma instituição comprometida com va-
lores de conduta. ___________________________________________________
C. Certo
___________________________________________________
E. Errado
___________________________________________________
Resposta: Errado
___________________________________________________

6
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

1. Lei Estadual Nº 9.826 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará), de 14 de maio de 1974: Título
II: Capítulos II, III, IV, VI e VII; Título III: Capítulos I e II; Título IV: Capítulos IV, V (seções I a VI), VI (seções I a III); Título VI:
Capítulos I a VII. ....................................................................................................................................................................................................... 01
2. Alterações da Lei. Nº 9.826/1974. ................................................................................................................................................................ 01
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

Prof. Ma. Bruna Pinotti Garcia Oliveira a) de vinte e cinco (25) anos, quando se tratar de in-
gresso em categoria funcional que importe em exigência de
Advogada e pesquisadora. Doutoranda em Direito, Es- curso de nível médio; e
tado e Constituição pela Universidade de Brasília – UNB. b) de trinta e cinco (35) anos, quando se tratar de ingres-
Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Univer- so nas demais categorias;
sitário Eurípides de Marília (UNIVEM) – bolsista CAPES. Pro- c) independerá dos limites previstos nas alíneas anterio-
fessora de curso preparatório para concursos e universitária res a inscrição do candidato que já ocupe cargo integrante
da Universidade Federal de Goiás – UFG. Autora de diver- do Grupo Segurança Pública.
sos trabalhos científicos publicados em revistas qualificadas, § 1º - Das inscrições para o concurso constarão, obri-
anais de eventos e livros, notadamente na área do direito gatoriamente:
eletrônico, dos direitos humanos e do direito constitucional. I - o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de
dezoito (18) anos completos até cinquenta (50) anos incom-
pletos, na forma estabelecida no caput deste artigo;
1. LEI ESTADUAL Nº 9.826 (ESTATUTO DOS II - o grau de instrução exigível, mediante apresentação
do respectivo certificado;
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO
III - a quantidade de vagas a serem preenchidas, distri-
DO CEARÁ), DE 14 DE MAIO DE 1974: TÍTULO buídas por especialização da disciplina, quando referentes
II: CAPÍTULOS II, III, IV, VI E VII; TÍTULO III: a cargo do Magistério e de atividades de nível superior ou
CAPÍTULOS I E II; TÍTULO IV: CAPÍTULOS IV, V outros de denominação genérica;
(SEÇÕES I A VI), VI (SEÇÕES I A III); IV - o prazo de validade do concurso, de dois (2) anos,
TÍTULO VI: CAPÍTULOS I A VII. prorrogável a juízo da autoridade que o abriu ou o iniciou;
2. ALTERAÇÕES DA LEI Nº 9.826/1974. V - descrição sintética do cargo, incluindo exemplifica-
ção de tarefas típicas, horário, condições de trabalho e retri-
buição;
VI - tipos e Programa das Provas;
TÍTULO II VII - exigências outras, de acordo com as especificações
Do Provimento dos Cargos do cargo.
§ 2º - Independerá de idade, a inscrição do candidato
CAPÍTULO II que seja servidor de Órgãos da Administração Estadual Di-
Do Concurso reta ou Indireta.
§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, a habilitação
Art. 12 - Compete a cada Poder e a cada Autarquia ou no concurso somente produzirá efeito se, no momento da
órgão auxiliar, autônomo, a iniciativa dos concursos para posse ou exercício no novo cargo ou emprego, o candidato
provimento dos cargos vagos. ainda possuir a qualidade de servidor ativo, vedada a apo-
Art. 13 - A realização dos concursos para provimen- sentadoria concomitante para elidir a acumulação do cargo.
to dos cargos da Administração Direta do Poder Executivo Art. 15 - Encerradas as inscrições, legalmente proces-
competirá ao Órgão Central do Sistema de Pessoal. sadas, para concurso destinado ao provimento de qualquer
§ 1º - A execução dos concursos para provimento dos cargo, não se abrirão novas inscrições antes da realiza-
cargos da lotação do Tribunal de Contas do Estado, do ção do concurso.
Conselho de Contas dos Municípios e das Autarquias rece- Art. 16 - Ressalvado o caso de expressa condição básica
berá a orientação normativa e supervisão técnica do órgão para provimento de cargo prevista em regulamento, inde-
central referido neste artigo. penderá de limite de idade a inscrição, em concurso, de
§ 2º - O Órgão Central do Sistema de Pessoal poderá ocupante em cargo público.
delegar a realização dos concursos aos órgãos setoriais e No concurso de provas o candidato é avaliado apenas
seccionais de pessoal das diversas repartições e entidades, pelo seu desempenho nas provas, ao passo que nos con-
desde que estes apresentem condições técnicas para efeti- cursos de provas e títulos o seu currículo em toda sua ativi-
vação das atividades de recrutamento e seleção, permane- dade profissional também é considerado.
cendo, sempre, o órgão delegante, com a responsabilidade O edital delimita questões como valor da taxa de ins-
pela perfeita execução da atividade delegada. crição, casos de isenção, número de vagas e prazo de va-
Art. 14 - É fixada em cinquenta (50) anos a idade má- lidade.
xima para inscrição em concurso público destinado a in- Quando os requisitos para a ocupação do cargo exi-
gresso nas categorias funcionais instituídas de acordo com a gem, fixam-se idades limites para a inscrição no concurso
Lei Estadual nº. 9.634, de 30 de outubro de 1972, ressalvadas público.
as exceções a seguir indicadas:
I - para a inscrição em concurso para o Grupo de Tributa-
ção e Arrecadação a idade limite é de trinta e cinco (35) anos.
II - e para inscrição em concurso destinado ao ingresso
nas categorias funcionais do Grupo Segurança Pública, são
fixados os seguintes limites máximos de idade:

1
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

CAPÍTULO III mia mista, ou apresentar comprovante de exoneração ou


Da Nomeação dispensa do outro cargo que ocupava, ou da função ou
emprego que exerce, ou, ainda, nos casos de acumulação
Art. 17 - A nomeação será feita: legal, comprovante de ter sido a mesma julgada lícita pelo
I - em caráter vitalício, nos casos expressamente pre- órgão competente.
vistos na Constituição; Art. 21 - São competentes para dar posse:
II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação I - o Governador do Estado, às autoridades que lhe são
para cargo da classe inicial ou singular de determinada ca- diretamente subordinadas;
tegoria funcional; II - os Secretários de Estado, aos dirigentes de reparti-
III - em comissão, quando se tratar de cargo que assim ções que lhes são diretamente subordinadas;
deve ser provido. III - os dirigentes das Secretarias Administrativas, ou
Parágrafo único - Em caso de impedimento temporário unidades de administração geral equivalente, da Assembleia
do titular do cargo em comissão, a autoridade competen- Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, e do Conselho
te nomeará o substituto, exonerando-o, findo o período da de Contas dos Municípios, aos seus funcionários, se de outra
substituição. maneira não estabelecerem as respectivas leis orgânicas e
Art. 18 - Será tornada sem efeito a nomeação quando, regimentos internos;
por ato ou omissão do nomeado, a posse não se verificar no IV - o Diretor-Geral do órgão central do sistema de pes-
prazo para esse fim estabelecido. soal, aos demais funcionários da Administração Direta;
A nomeação em caráter vitalício se dá notadamente V - os dirigentes das Autarquias, aos funcionários dessas
nas carreiras da magistratura e do Ministério Público. entidades.
Os servidores em geral que se submetem a concurso Art. 22 - No ato da posse será apresentada declaração,
público ocupam cargo efetivo, podendo adquirir estabili- pelo funcionário empossado, dos bens e valores que consti-
dade após aprovação no estágio probatório. tuem o seu patrimônio, nos termos da regulamentação própria.
Os cargos em comissão são de confiança, seus ocu- Art. 23 - Poderá haver posse por procuração, quando
pantes permanecem nele enquanto a autoridade que os se tratar de funcionário ausente do País ou do Estado, ou,
nomeou desejar e no período em que ela ocupa uma po- ainda, em casos especiais, a juízo da autoridade competente.
sição de gestão. Art. 24 - A autoridade de que der posse verificará, sob
pena de responsabilidade:
CAPÍTULO IV I - se foram satisfeitas as condições legais para a posse;
Da Posse II - se do ato de provimento consta a existência de vaga,
com os elementos capazes de identificá-la;
Art. 19 - Posse é o fato que completa a investidura III - em caso de acumulação, se pelo órgão competente
em cargo público. foi declarada lícita.
Parágrafo único - Não haverá posse nos casos de pro- Art. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias
moção, acesso e reintegração. da publicação do ato de provimento no órgão oficial.
Art. 20 - Só poderá ser empossado em cargo público Parágrafo único - A requerimento do funcionário ou de
quem satisfizer os seguintes requisitos: seu representante legal, a autoridade competente para dar
I - ser brasileiro; posse poderá prorrogar o prazo previsto neste artigo, até o
II - ter completado 18 anos de idade; máximo de 60 (sessenta) dias contados do seu término.
III - estar no gozo dos direitos políticos; O termo de posse é dotado de conteúdo específico. É
IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais; possível tomar posse mediante procuração específica. Não
V - ter boa conduta; há posse nos cargos em comissão. A declaração de bens e
VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, na valores visa permitir a verificação da situação financeira do
forma legal e regulamentar; servidor, de forma a perceber se ele enriqueceu despropor-
VII - possuir aptidão para o cargo; cionalmente durante o exercício do cargo.
VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, ex-
ceto nos casos de nomeação para cargo em comissão ou ou- CAPÍTULO VI
tra forma de provimento para a qual não se exija o concurso; Do Estágio Probatório
IX - ter atendido às condições especiais, prescritas em
lei ou regulamento para determinados cargos ou categorias Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo exer-
funcionais. cício no cargo de provimento efetivo, contado do início
§ 1º - A prova das condições a que se refere os itens I do exercício funcional, durante o qual é observado o aten-
e II deste artigo não será exigida nos casos de transferência, dimento dos requisitos necessários à confirmação do servidor
aproveitamento e reversão. nomeado em virtude de concurso público
§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo efeti- § 1º - Como condição para aquisição da estabilidade, é
vo sem declarar, previamente, que não ocupa outro cargo obrigatória a avaliação especial de desempenho por comis-
ou exerce função ou emprego público da União, dos Es- são instituída para essa finalidade.
tados, dos Municípios, do Distrito Federal, dos Territórios, § 2º - A avaliação especial de desempenho do servidor
será realizada:
de Autarquias, empresas públicas e sociedades de econo-

2
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

a) extraordinariamente, ainda durante o estágio pro- Desde a Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a disci-
batório, diante da ocorrência de algum fato dela motivador, plina do estágio probatório mudou, notadamente aumen-
sem prejuízo da avaliação ordinária; tando o prazo de 2 anos para 3 anos. Tendo em vista que a
b) ordinariamente, logo após o término do estágio pro- norma constitucional prevalece sobre a lei federal, mesmo
batório, devendo a comissão ater-se exclusivamente ao de- que ela não tenha sido atualizada, deve-se seguir o dispos-
sempenho do servidor durante o período do estágio. to no artigo 41 da Constituição Federal:
§ 3º - Além de outros específicos indicados em lei ou regu- Art. 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo exer-
lamento, os requisitos de que trata este artigo são os seguintes: cício os servidores nomeados para cargo de provimento
I - adaptação do servidor ao trabalho, verificada por efetivo em virtude de concurso público.
meio de avaliação da capacidade e qualidade no desempe- § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
nho das atribuições do cargo; I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - equilíbrio emocional e capacidade de integração; II - mediante processo administrativo em que lhe seja as-
III - cumprimento dos deveres e obrigações do servi- segurada ampla defesa;
dor público, inclusive com observância da ética profissional. III - mediante procedimento de avaliação periódica de
§ 4º - O estágio probatório corresponderá a uma com- desempenho, na forma de lei complementar, assegurada am-
plementação do concurso público a que se submeteu o pla defesa.
servidor, devendo ser obrigatoriamente acompanhado e su- § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do ser-
pervisionado pelo Chefe Imediato. vidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
§ 5º - Durante o estágio probatório, os cursos de trei- da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
namento para formação profissional ou aperfeiçoamento do direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
servidor, promovidos gratuitamente pela Administração, se- em disponibilidade com remuneração proporcional ao tem-
rão de participação obrigatória e o resultado obtido pelo po de serviço.
servidor será considerado por ocasião da avaliação espe- § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade,
cial de desempenho, tendo a reprovação caráter eliminatório. o servidor estável ficará em disponibilidade, com remune-
§ 6º - Fica vedada qualquer espécie de afastamento dos
ração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
servidores em estágio probatório, ressalvados os casos pre-
aproveitamento em outro cargo.
vistos nos incisos I, II, III, IV, VI, X, XII, XIII, XV e XXI do art. 68
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é
da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974.
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comis-
§ 7º - O servidor em estágio probatório não fará jus a
são instituída para essa finalidade.
ascensão funcional.
§ 8º - As faltas disciplinares cometidas pelo servidor
após o decurso do estágio probatório e antes da conclusão CAPÍTULO VII
da avaliação especial de desempenho serão apuradas por Do Exercício
meio de processo administrativo-disciplinar, precedido
de sindicância, esta quando necessária. Art. 31 - O início, a interrupção e o reinício do exer-
§ 9º - São independentes as instâncias administrativas cício das atribuições do cargo serão registrados no cadastro
da avaliação especial de desempenho e do processo ad- individual do funcionário.
ministrativo-disciplinar, na hipótese do parágrafo anterior, Art. 32 - Ao dirigente da repartição para onde for desig-
sendo que resultando exoneração ou demissão do servi- nado o funcionário compete dar-lhe exercício.
dor, em qualquer dos procedimentos, restará prejudicado o Art. 33 - O exercício funcional terá início no prazo de
que estiver ainda em andamento. trinta dias, contados da data:
Art. 28 - O servidor que durante o estágio probatório I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração;
não satisfizer qualquer dos requisitos previstos no § 3º do II - da posse, nos demais casos.
artigo anterior, será exonerado, nos casos dos itens I e II, e Art. 34 - O funcionário terá exercício na repartição
demitido na hipótese do item III. onde for lotado o cargo por ele ocupado, não podendo
Parágrafo único - O ato de exoneração ou de demissão do dela se afastar, salvo nos casos previstos em lei ou regula-
servidor em razão de reprovação na avaliação especial de desem- mento.
penho será expedido pela autoridade competente para nomear. § 1º - O afastamento não se prolongará por mais de
Art. 29 – O ato administrativo declaratório da estabili- quatro anos consecutivos, salvo:
dade do servidor no cargo de provimento efetivo, após cum- I - quando para exercer as atribuições de cargo ou fun-
primento do estágio probatório e aprovação na avalia- ção de direção ou de Governo dos Estados, da União, Distrito
ção especial de desempenho, será expedido pela autorida- Federal, Territórios e Municípios e respectivas entidades da
de competente para nomear, retroagindo seus efeitos à data administração indireta;
do término do período do estágio probatório. II - quando à disposição da Presidência da República;
Art. 30 - O funcionário estadual que, sendo estável, to- III - quando para exercer mandato eletivo, estadual, fe-
mar posse em outro cargo para cuja confirmação se exi- deral ou municipal, observado, quanto a este, o disposto na
ge estágio probatório, será afastado do exercício das atri- legislação especial pertinente;
buições do cargo que ocupava, com suspensão do vínculo fun- IV - quando convocado para serviço militar obrigatório;
cional nos termos do artigo 66, item I, alíneas a, b e c desta lei. V - quando se tratar de funcionário no gozo de licença
Parágrafo único - Não se aplica o disposto neste artigo para acompanhar o cônjuge.
aos casos de acumulação lícita.

3
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

§ 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime co- II - no caso de opção em caráter temporário, pelo regime a
mum ou denunciado por crime inafiançável, em processo do que alude o art. 106 da Constituição Federal ou pelo regime da
qual não haja pronúncia, o funcionário será afastado do exer- legislação trabalhista;
cício, até sentença passada em julgado. III - no caso de disponibilidade;
§ 3º - O funcionário afastado nos termos do parágrafo IV - no caso de autorização para o trato de interesses particulares.
anterior terá direito à percepção do benefício do auxílio-reclu- Art. 66 - Os casos indicados no artigo anterior implicam em
são, nos termos da legislação previdenciária específica. suspensão do vínculo funcional, acarretando os seguintes efeitos:
Art. 35 - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por lo- I - em relação ao item I, do artigo anterior:
tação a quantidade de cargos, por grupo, categoria fun- a) dar-se-á, automaticamente, a suspensão do vínculo fun-
cional e classe, fixada em regulamento como necessária ao cional até que seja providenciada a exoneração ou demissão;
desenvolvimento das atividades das unidades e entidades do b) enquanto vigorar a suspensão do vínculo, o servidor não
Sistema Administrativo Civil do Estado. fará jus aos vencimentos do cargo desvinculado, não computan-
Art. 36 - Para entrar em exercício, o funcionário é obriga- do, quanto a este, para nenhum efeito, tempo de contribuição;
do a apresentar ao órgão de pessoal os elementos neces- c) o funcionário reingressará no exercício das atribuições do
sários à atualização de seu cadastro individual. cargo de que se desvinculou na hipótese de não lograr confirma-
ção no cargo para o qual se tenha submetido a estágio probatório.
TÍTULO III II - na hipótese do item II do artigo anterior, o funcioná-
Da Extinção e da Suspensão do Vínculo Funcional rio não fará jus à percepção dos vencimentos, computando-se,
entretanto, o período de suspensão do vínculo para fins de dis-
CAPÍTULO I ponibilidade e aposentadoria, obrigando o funcionário a conti-
Da Vacância dos Cargos nuar a pagar a sua contribuição de previdência com base nos
vencimentos do cargo de cujas atribuições se desvinculou;
Art. 62 - A vacância do cargo resultará de: III - no caso de disponibilidade, o servidor continuará sendo
I - exoneração; considerado como em atividade, computando-se o período de
II - demissão; suspensão do vínculo para aposentadoria;
III - ascensão funcional; IV - na hipótese de autorização de afastamento para o tra-
IV - aposentadoria; to de interesses particulares, o servidor não fará jus à percepção
V - falecimento. de vencimentos, tendo porém que recolher mensalmente o per-
Art. 63 - Dar-se-á exoneração: centual de 33 % (trinta e três por cento) incidente sobre o valor
I - a pedido do funcionário; de sua última remuneração para fins de contribuição previ-
II - de ofício, nos seguintes casos: denciária, que será destinada ao Sistema Único de Previdência
a) quando se tratar de cargo em comissão; Social e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.
b) quando se tratar de posse em outro cargo ou emprego da § 1° - A autorização de afastamento, de que trata o inciso IV
União, do Estado, do Município, do Distrito Federal, dos Territórios, deste artigo, poderá ser concedida sem a obrigatoriedade do re-
de Autarquia, de Empresas Públicas ou de Sociedade de Economia colhimento mensal da alíquota de 33 % (trinta e três por cento),
Mista, ressalvados os casos de substituição, cargo de Governo ou não sendo, porém, o referido tempo computado para obtenção
de direção, cargo em comissão e acumulação legal desde que, no de qualquer benefício previdenciário, inclusive aposentadoria.
ato de provimento, seja mencionada esta circunstância; § 2° - Os valores de contribuição, referidos no inciso IV
c) na hipótese do não atendimento do prazo para início de deste artigo, serão reajustados nas mesmas proporções da
exercício, de que trata o artigo 33; remuneração do servidor no respectivo cargo.
d) na hipótese do não cumprimento dos requisitos do está-
gio, nos termos do art. 27. TÍTULO IV
Art. 64 - A vaga ocorrerá na data: Dos Direitos, Vantagens e Autorizações
I - da vigência do ato administrativo que lhe der causa;
II - da morte do ocupante do cargo; CAPÍTULO IV
III - da vigência do ato que criar e conceder dotação para o Das Férias
seu provimento ou do que determinar esta última medida, se o
cargo já estiver criado; Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias consecutivos,
IV - da vigência do ato que extinguir cargo e autorizar que ou não, de férias por ano, de acordo com a escala organi-
sua dotação permita o preenchimento de cargo vago. zada pelo dirigente da Unidade Administrativa, na forma
Parágrafo único - Verificada a vaga serão consideradas do regulamento.
abertas, na mesma data, todas as que decorrerem de seu § 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou houver
preenchimento. alteração do exercício funcional, com a movimentação do
funcionário, a este caberá requerer, ao superior hierárqui-
CAPÍTULO II co, o gozo das férias, podendo a autoridade, apenas, fixar a
Da Suspensão do Vínculo Funcional oportunidade do deferimento do pedido, dentro do ano a
que se vincular o direito do servidor.
Art. 65 - O regime jurídico estabelecido neste Estatuto não § 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de
se aplicará, temporariamente, ao funcionário estadual: dois períodos de férias.
I - no caso de posse ou ingresso em outro cargo, função ou § 3º - O funcionário terá direito a férias após cada ano de
emprego não acumuláveis com o cargo que vinha ocupando; exercício no Sistema Administrativo.

4
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao losante, epilepsia vera, nefropatia grave, estado avançado da
serviço. doença de Paget (osteite deformante), síndrome da deficiên-
§ 5º - REVOGADO. cia imunológica adquirida – Aids, contaminação por radiação,
Art. 79 - A promoção, o acesso, a transferência e a remo- com base em conclusão da medicina especializada, hepatopa-
ção não interromperão as férias. tia e outras que forem disciplinadas em Lei.
Art. 90 - Verificada a cura clínica, o funcionário licenciado
CAPÍTULO V voltará ao exercício, ainda quando deva continuar o tratamen-
Das Licenças to, desde que comprovada por inspeção médica capacidade
para a atividade funcional.
SEÇÃO I Art. 91 - Expirado o prazo de licença previsto no laudo
Das Disposições Preliminares médico, o funcionário será submetido a nova inspeção, e apo-
sentado, se for julgado inválido.
Art. 80 - Será licenciado o funcionário: Parágrafo único – Na hipótese prevista neste artigo, o
I - para tratamento de saúde; tempo necessário para a nova inspeção será considerado como
II - por acidente no trabalho, agressão não provocada e de prorrogação da licença e, no caso de invalidez, a inspeção
doença profissional; ocorrerá a cada 2 (dois) anos.
III - por motivo de doença em pessoa da família; Art. 92 - No processamento das licenças para tratamento
IV - quando gestante; de saúde será observado sigilo no que diz respeito aos laudos
V - para serviço militar obrigatório; médicos.
VI - para acompanhar o cônjuge; Art. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-á
VII - em caráter especial. (seção revogada) de qualquer atividade remunerada, sob pena de interrupção
Art. 81 - A licença dependente de inspeção médica terá imediata da mesma licença, com perda total dos vencimentos,
a duração que for indicada no respectivo laudo. até que reassuma o exercício.
§ 1º - Findo esse prazo, o paciente será submetido a nova Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a inspeção mé-
inspeção, devendo o laudo concluir pela volta do funcionário dica determinada pela autoridade competente, sob pena de
ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela suspensão do pagamento dos vencimentos, até que seja rea-
aposentadoria. lizado exame.
§ 2º - Terminada a licença o funcionário reassumirá ime- Art. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o funcio-
diatamente o exercício. nário reassumirá o exercício imediatamente, sob pena de se
Art. 82 - A licença poderá ser determinada ou prorroga- apurarem como faltas os dias de ausência.
da, de ofício ou a pedido. Art. 96 - No curso da licença poderá o funcionário reque-
Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser rer inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir
apresentado antes de finda a licença, e, se indeferido, contar- o exercício.
se-á como licença o período compreendido entre a data do Art. 97 - Serão integrais os vencimentos do funcionário
término e a do conhecimento oficial do despacho. licenciado para tratamento de saúde.
Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, conta- Art. 98 – REVOGADO.
dos da determinação da anterior será considerada como pror-
rogação. SEÇÃO III
Art. 84 - O funcionário não poderá permanecer em licença Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
por prazo superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos dos Família
itens II, III, V e VI do art. 80, deste Estatuto.
Art. 85 – REVOGADO. Art. 99 – O servidor poderá ser licenciado por motivo de
Art. 86 - São competentes para licenciar o funcionário os doença na pessoa dos pais, filhos, cônjuge do qual não es-
dirigentes do Sistema Administrativo Estadual, admitida a de- teja separado e de companheiro(a), desde que prove ser in-
legação, na forma do Regulamento. dispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser
Art. 87 - VETADO. prestada simultaneamente com exercício funcional.
§ 1º - VETADO. § 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção médica
§ 2º - VETADO. realizada conforme as exigências contidas neste Estatuto
§ 3º - VETADO. quanto à licença para tratamento de saúde.
§ 2º - A necessidade de assistência ao doente, na forma
SEÇÃO II deste artigo, será comprovada mediante parecer do Serviço
Da Licença para Tratamento de Saúde de Assistência Social, nos termos do Regulamento.
§ 3° - O funcionário licenciado, nos termos desta seção,
Art. 88 - A licença para tratamento de saúde precederá a perceberá vencimentos integrais até 6 (seis) meses. Após este
inspeção médica, nos termos do Regulamento. prazo o servidor obedecerá o disposto no inciso IV, do art. 66
Art. 89 – O servidor será compulsoriamente licenciado desta Lei, até o limite de 4 (quatro) anos, devendo retornar a
quando sofrer uma dessas doenças graves, contagiosas ou in- suas atividades funcionais imediatamente ao fim do período.
curáveis: tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia malig-
na, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,
cardiopatia grave, doença de Parkson, espondiloartrose anqui-

5
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

SEÇÃO IV Art. 104 - Nas mesmas condições estabelecidas no artigo


Da Licença à Gestante anterior o funcionário será licenciado quando o outro cônjuge
esteja no exercício de mandato eletivo fora de sua sede funcional.
Art. 100 – Fica garantida a possibilidade de prorrogação,
por mais 60 (sessenta) dias, da licença-maternidade, pre- CAPÍTULO VI
vista nos art. 7º, inciso XVIII, e 39, §3º, da Constituição Federal Das Autorizações
destinada às servidoras públicas estaduais.
§1° - A prorrogação de que trata este artigo será assegura- SEÇÃO I
da à servidora estadual mediante requerimento efetivado até Das Disposições Preliminares
o final do primeiro mês após o parto, e concedida imediata-
mente após a fruição da licença-maternidade de que trata o Art. 110 - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual
art. 7º, inciso XVIII, da Constituição Federal. autorizarão o funcionário a se afastar do exercício funcio-
§2° - Durante o período de prorrogação da licença-ma- nal de acordo com o disposto em Regulamento:
ternidade, a servidora estadual terá direito à sua remuneração I - sem prejuízo dos vencimentos quando:
integral, nos mesmos moldes devido no período de percepção a) for estudante, para incentivo à sua formação profissional
do salário-maternidade pago pelo Sistema Único de Previdên- e dentro dos limites estabelecidos neste Estatuto;
cia Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes b) for estudar em outro ponto do território nacional ou no
Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC. estrangeiro;
§3° - É vedado durante a prorrogação da licença-mater- c) por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito) dias;
nidade tratada neste artigo o exercício de qualquer atividade d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em decorrência de
remunerada pela servidora beneficiária, e a criança não poderá falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes consanguí-
ser mantida em creches ou organização similar, sob pena da neos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e pais
perda do direito do benefício e consequente apuração da res- adotivos;
ponsabilidade funcional. e) por luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e cunha-
do;
SEÇÃO V
f) for realizar missão oficial em outro ponto do território na-
Da Licença para Serviço Militar Obrigatório
cional ou no estrangeiro.
II - sem direito à percepção dos vencimentos, quando se tra-
Art. 101 - O funcionário que for convocado para o serviço mili-
tar de afastamento para trato de interesses particulares;
tar será licenciado com vencimentos integrais, ressalvado o di-
reito de opção pela retribuição financeira do serviço militar. III - com ou sem direito à percepção dos vencimentos, con-
§1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo forme se dispuser em regulamento, quando para o exercício das
não excedente a 30 (trinta) dias para que reassuma o exercício atribuições de cargo, função ou emprego em entidades e órgãos
do cargo, sem perda de vencimentos. estranhos ao Sistema Administrativo Estadual.
§2° - O servidor, de que trata o caput deste artigo, con- §1° - Nos casos previstos nas alíneas a e b, o servidor só
tribuirá para o Sistema Único de Previdência Social dos Ser- poderá solicitar exoneração após o seu retorno, desde que tra-
vidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos balhe no mínimo o dobro do tempo em que esteve afastado,
Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, mesmo que ou reembolse o montante corrigido monerariamente que o Es-
faça opção pela retribuição financeira do serviço militar. tado desembolsou durante seu afastamento.
Art. 102 - O funcionário, Oficial da Reserva não remunera- § 2° - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual po-
da das Forças Armadas, será licenciado, com vencimentos inte- derão, ainda, autorizar o servidor, ocupante do cargo efetivo ou
grais, para cumprimento dos estágios previstos pela legislação em comissão, a integrar ou assessorar comissões, grupos de
militar, garantido o direito de opção. trabalho ou programas, com ou sem afastamento do exercício
funcional e sem prejuízo dos vencimentos.
SEÇÃO VI
Da Licença do Funcionário para Acompanhar o Côn- SEÇÃO II
juge Das Autorizações para Incentivo à Formação Profis-
sional do Funcionário
Art. 103 - O funcionário terá direito a licença sem venci-
mento, para acompanhar o cônjuge, também servidor pú- Art. 111 - Poderá ser autorizado o afastamento, até duas
blico, quando, de ofício, for mandado servir em outro pon- horas diárias, ao funcionário que frequente curso regular de 1º e
to do Estado, do Território Nacional, ou no Exterior. 2º graus ou de ensino superior.
§ 1º - A licença dependerá do requerimento devidamente Parágrafo único - A autorização prevista neste artigo poderá
instruído, admitida a renovação, independentemente de reas- dispor que a redução do horário dar-se-á por prorrogação do
sunção do exercício. início ou antecipação do término do expediente, diário, confor-
§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário retornará ao me considerar mais conveniente ao estudante e aos interesses
exercício de suas funções, no prazo de trinta dias, após o qual da repartição.
sua ausência será considerada abandono de cargo. Art. 112 - Será autorizado o afastamento do exercício fun-
§ 3º - Existindo no novo local de residência repartição es- cional nos dias em que o funcionário tiver que prestar exames
tadual, o funcionário nela será lotado, enquanto durar a sua para ingresso em curso regular de ensino, ou que, estudante, se
permanência ali. submeter a provas.

6
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

Art. 113 - O afastamento para missão ou estudo fora do CAPÍTULO I


Estado em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro Dos Princípios Fundamentais
será autorizado nos mesmos atos que designarem o funcionário
a realizar a missão ou estudo, quando do interesse do Sistema Art. 174 - O funcionário público é administrativamen-
Administrativo Estadual. te responsável, perante seus superiores hierárquicos, pelos
Art. 114 - As autorizações previstas nesta Seção depende- ilícitos que cometer.
rão de comprovação, mediante documento oficial, das condições Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo a conduta
previstas para as mesmas, podendo a autoridade competente comissiva ou omissiva, do funcionário, que importe em viola-
exigi-la prévia ou posteriormente, conforme julgar conveniente. ção de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado neste
Parágrafo único - Concedida a autorização, na dependência Estatuto e em sua legislação complementar, ou que constitua
da comprovação posterior, sem que esta tenha sido efetuada no comportamento incompatível com o decoro funcional ou social.
prazo estipulado, a autoridade anulará a autorização, sem pre- Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível, inde-
juízo de outras providências que considerar cabíveis. pendentemente de acarretar resultado perturbador do servi-
ço estadual.
SEÇÃO III Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será
Do Afastamento para o Trato de Interesses Particulares promovida, de ofício, ou mediante representação, pela autorida-
de de maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa
Art. 115 – Depois de três anos de efetivo exercício e após em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito ad-
declaração de aquisição de estabilidade no cargo de provimen- ministrativo praticado fora do local de trabalho, a apuração da
to efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento responsabilidade será promovida pela autoridade de maior hie-
para tratar de interesses particulares, por um período não supe- rarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário
rior a quatro anos e sem percepção de remuneração. a quem se imputar a prática da irregularidade.
Parágrafo único - O funcionário aguardará em exercício a Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a vários
autorização do seu afastamento. funcionários lotados em órgãos diversos do Poder Executivo, a
Art. 116 - Não será autorizado o afastamento do funcioná- competência para determinar a apuração da responsabilidade
rio removido antes de ter assumido o exercício. caberá ao Governador do Estado.
Art. 117 - O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta
da autorização concedida, reassumindo o exercício das atribui- funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que
ções do seu cargo. acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entida-
Art. 118 - Quando o interesse do Sistema Administrativo o des ou de terceiros.
exigir, a autorização poderá ser cassada, a juízo da autoridade §1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às
competente, de- vendo, neste caso, o funcionário ser expressa- suas entidades, no que exceder os limites da fiança, quando
mente notificado para a- presentar-se ao serviço no prazo de 30 for o caso, será liquidada mediante prestações mensais des-
(trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o qual caracte- contadas em folha de pagamento, não excedentes da décima
rizar-se-á o abandono do cargo. parte do vencimento, à falta de outros bens que respondam
Art. 119 - A autorização para afastamento do exercício para pelo ressarcimento.
o trato de interesses particulares somente poderá ser prorrogada §2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário res-
por período necessário para complementar o prazo previsto no ponderá perante o Estado ou suas entidades, através de ação
art. 115 deste Estatuto. regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão
Art. 120 - O funcionário somente poderá receber nova auto- judicial, que houver condenado a Fazenda Pública a indenizar
rização para o afastamento previsto nesta Seção após decorridos, o terceiro prejudicado.
pelo menos, dois anos de efetivo exercício contado da data em que Art. 178 - A responsabilidade penal abrange os crimes e
o reassumiu, em decorrência do término do prazo autorizado ou contravenções imputados, por lei, ao funcionário, nesta qualidade.
por motivo de desistência ou de cassação de autorização concedida. Art. 179 - São independentes as instâncias administra-
tivas civil e penal, e cumuláveis as respectivas cominações.
TÍTULO VI §1º - Sob pena de responsabilidade, o funcionário que
Do Regime Disciplinar exercer atribuições de chefia, tomando conhecimento de um
fato que possa vir a se configurar, ou se configure como ilícito
O regime disciplinar do servidor público civil federal está administrativo, é obrigado a representar perante a autoridade
estabelecido basicamente de duas maneiras: deveres e proibi- competente, a fim de que esta promova a sua apuração.
ções. Ontologicamente, são a mesma coisa: ambos deveres e §2º - A apuração da responsabilidade funcional será feita
proibições são normas protetivas da boa Administração. Nas através de sindicância ou de inquérito.
duas hipóteses, violado o preceito, cabível é uma punição. §3º - Se o comportamento funcional irregular configurar,
Deve-se notar, porém, que os deveres constam da lei como ao mesmo tempo, responsabilidade administrativa, civil e pe-
ações, como conduta positiva; as proibições, ao contrário, são nal, a autoridade que determinou o procedimento disciplinar
descritas como condutas vedadas ao servidor, de modo que adotará providências para a apuração do ilícito civil ou penal,
ele deve abster-se de praticá-las. Os deveres estão inscritos de quando for o caso, durante ou depois de concluídos a sindi-
modo exaustivo, porque o servidor deve obediência a todas cância ou o inquérito.
as normas legais ou infralegais1.
1 LIMA, Fábio Lucas de Albuquerque. O regime <http://www.sato.adm.br/artigos/o_regime_disciplinar_
disciplinar dos servidores federais. Disponível em: dos_servidores_federais.htm>. Acesso em: 11 ago. 2013.

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LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

§4º - Fixada a responsabilidade administrativa do funcio- IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar
nário, a autoridade competente aplicará a sanção que enten- testemunhas, e requerer acareações;
der cabível, ou a que for tipificada neste Estatuto para determi- V - no direito de requerer todas as provas em direito permi-
nados ilícitos. Na aplicação da sanção, a autoridade levará em tidas, inclusive as de natureza pericial;
conta os antecedentes do funcionário, as circunstâncias em VI - no direito de arguir prescrição;
que o ilícito ocorreu, a gravidade da infração e os danos que VII - no direito de levantar suspeições e arguir impedimentos.
dela provierem para o serviço estatal de terceiros. Art. 185 - A defesa do funcionário no procedimento discipli-
§5º - A legítima defesa e o estado de necessidade excluem nar, que é de natureza contraditória, é privativa de advogado,
a responsabilidade administrativa. que a exercitará nos termos deste Estatuto e nos da legislação
§6º - A alienação mental, comprovada através de perícia federal pertinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).
médica oficial excluirá, também, a responsabilidade adminis- § 1º - A autoridade competente designará defensor para
trativa, comunicando o sindicante ou a Comissão Permanente o funcionário que, pobre na forma da lei, ou revel, não indicar
de Inquérito à autoridade competente o fato, a fim de que seja advogado, podendo a indicação recair em advogado do Insti-
providenciada a aposentadoria do funcionário. tuto de Previdência do Estado do Ceará (IPEC).
§7º - Considera-se legítima defesa o revide moderado e §2º - O funcionário poderá defender-se, pessoalmente, se
proporcional à agressão ou à iminência de agressão moral ou tiver a qualidade de advogado.
física, que atinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus supe- Art. 186 - O funcionário público fica sujeito ao poder dis-
riores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição ciplinar desde a posse ou, se esta não for exigida, desde o seu
administrativa a que servir. ingresso no exercício funcional.
§8º - Considera-se em estado de necessidade o funcioná- Art. 187 - Se no transcurso do procedimento disciplinar ou-
rio que realiza atividade indispensável ao atendimento de uma tro funcionário for indiciado, o sindicante ou a Comissão Per-
urgência administrativa, inclusive para fins de preservação do manente de Inquérito, conforme o caso, reabrirá os prazos de
patrimônio público. defesa para o novo indiciado.
§9º - O exercício da legítima defesa e de atividades em Art. 188 - A inobservância de qualquer dos preceitos deste
virtude do estado de necessidade não serão excludentes de Capítulo relativos à forma do procedimento, à competência e ao
responsabilidade administrativa quando houver excesso, imode- direito de ampla defesa acarretará a nulidade do procedimento
ração ou desproporcionalidade, culposos ou dolosos, na conduta disciplinar.
do funcionário. Art. 189 - Aplica-se o disposto neste Título ao procedimento em
Art. 180 - A apuração da responsabilidade do funcionário que for indiciado aposentado ou funcionário em disponibilidade.
processar-se-á mesmo nos casos de alteração funcional, inclusi-
ve a perda do cargo. CAPÍTULO II
Art. 181 - Extingue-se a responsabilidade administra- Dos Deveres
tiva:
I - com a morte do funcionário; Em resumo, o servidor público deve desempenhar suas
II - pela prescrição do direito de agir do Estado ou de suas funções com cuidado, rapidez e pontualidade, sendo leal à
entidades em matéria disciplinar. instituição que compõe, respeitando as ordens de seus supe-
Art. 182 - O direito ao exercício do poder disciplinar pres- riores que sejam adequadas às funções que desempenhe e
creve passados cinco anos da data em que o ilícito tiver ocorrido. buscando conservar o patrimônio do Estado. No tratamento
Parágrafo único - São imprescritíveis o ilícito de abandono do público, deve ser prestativo e não negar o acesso a infor-
de cargo e a respectiva sanção. mações que não sejam sigilosas. Caso presencie alguma ilega-
Art. 183 - O inquérito administrativo para apuração da lidade ou abuso de poder, deve denunciar. Tomam-se como
responsabilidade do funcionário produzirá, preliminarmente, os base os ensinamentos de Lima2 a respeito destes deveres:
seguintes efeitos: “O primeiro dos deveres insculpidos no regime estatutário
I - afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou é o dever de zelo. O zelo diz respeito às atribuições funcionais
função, nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa; e também ao cuidado com a economia do material, os bens da
II - sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária; repartição e o patrimônio público. Sob o prisma da disciplina e
III - proibição do afastamento do exercício, salvo o caso do da conservação dos bens e materiais da repartição, o servidor
item I deste artigo; deve sempre agir com dedicação no desempenho das funções
IV - proibição de concessão de licença, ou o seu sobresta- do cargo que ocupa, e que lhe foram atribuídas desde o termo
mento, salvo a concedida por motivo de saúde; de posse. O servidor não é o dono do cargo. Dono do cargo
V - cessação da disposição, com retorno do funcionário ao é o Estado que o remunera. Se o referido cargo não lhe per-
seu órgão de origem. tence, o servidor deve exercer suas funções com o máximo de
Art. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no procedimento zelo que estiver ao seu alcance. Sua eventual menor capacida-
disciplinar, ampla defesa, consistente, sobretudo:
de de desempenho, para não configurar desídia ou insuficiên-
I - no direito de prestar depoimento sobre a imputação que
cia de desempenho, deverá ser compensada com um maior
lhe é feita e sobre os fatos que a geraram;
esforço e dedicação de sua parte. Se um servidor altamente
II - no direito de apresentar razões preliminares e finais, por
escrito, nos termos deste Estatuto; 2 LIMA, Fábio Lucas de Albuquerque. O regime
III - no direito de ser defendido por advogado, de sua indi- disciplinar dos servidores federais. Disponível em:
cação, ou por defensor público, também advogado, designado <http://www.sato.adm.br/artigos/o_regime_disciplinar_
pela autoridade competente; dos_servidores_federais.htm>. Acesso em: 11 ago. 2013.

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LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

preparado e capaz, vem a praticar atos que configurem desídia “O agente público deve guardar sigilo sobre o que se pas-
ou mesmo falta mais grave, poderá vir a ser punido. Porque sa na repartição, principalmente quanto aos assuntos oficiais.
o que se julgará não é a pessoa do servidor, mas a conduta Pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, hoje está re-
a ele imputável. O zelo não deve se limitar apenas às atribui- gulamentado o acesso às informações. Porém, o servidor deve
ções específicas de sua atividade. O servidor deve ter zelo não ter cuidado, pois até mesmo o fornecimento ou divulgação
somente com os bens e interesses imateriais (a imagem, os das informações exigem um procedimento. Maior cuidado há
símbolos, a moralidade, a pontualidade, o sigilo, a hierarquia) que se ter, quando a informação possa expor a intimidade da
como também para com os bens e interesses patrimoniais do pessoa humana. As informações pessoais dos administrados
Estado”. em geral devem ser tratadas forma transparente e com res-
“O servidor que cumprir todos os deveres e normas ad- peito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das
ministrativas já positivadas, consequentemente, é leal à insti- pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais, se-
tuição que lhe remunera. Sob o prisma constitucional é que gundo o artigo 31, da Lei nº 21.527, 2011. A exceção para o
devemos entender a norma hoje. Sendo assim, o dever de sigilo existe, pois, não devemos tratar a questão em termos de
lealdade está inserido no Estatuto como norma programática, cláusula jurídica de caráter absoluto, podendo ter autorizada
orientadora da conduta dos servidores”. a divulgação ou o acesso por terceiros quando haja previsão
“O servidor integra a estrutura organizacional do órgão em legal. Outra exceção é quando há o consentimento expresso
que presta suas atribuições funcionais. O Estado se movimenta da pessoa a que elas se referirem. No caso de cumprimento de
através dos seus diversos órgãos. Dentro dos órgãos públicos, ordem judicial, para a defesa de direitos humanos, e quando
há um escalonamento de cargos e funções que servem ao a proteção do interesse público e geral preponderante o exi-
cumprimento da vontade do ente estatal. Este escalonamento, gir, também devem ser fornecidas as informações. Portanto,
posto em movimento, é o que vimos até agora chamando de o servidor há que ter reserva no seu comportamento e fala,
hierarquia. A hierarquia existe para que do alto escalão até a esquivando-se de revelar o conteúdo do que se passa no seu
prática dos administrados as coisas funcionem. Disso decorre trabalho. Se o assunto pululante é uma irregularidade absurda,
que quando é emitida uma ordem para o servidor subordina- deve então reduzir a escrito e representar para que se apure o
do, este deve dar cumprimento ao comando. Porém quando caso. Deveriam diminuir as conversas de corredor e se efetivar
a ordem é visivelmente ilegal, arbitrária, inconstitucional ou a apuração dos fatos através do processo administrativo disci-
absurda, o servidor não é obrigado a dar seguimento ao que plinar. Os assuntos objeto do serviço merecem reserva. Devem
lhe é ordenado. Quando a ordem é manifestamente ilegal? Há ficar circunscritos aos servidores designados para o respectivo
uma margem de interpretação, principalmente se o servidor trabalho interno, não devendo sair da seção ou setor de traba-
subordinado não tiver nenhuma formação de ordem jurídica. lho, sem o trâmite hierárquico do chefe imediato. Se o assunto
Logo, é o bom senso que irá margear o que é flagrantemente ou o trabalho, enfim, merecer divulgação mais ampla, deve ser
inconstitucional”. contatado o órgão de assessoria de comunicação social, que
“Exige-se que atue com presteza no atendimento a infor- saberá proceder de forma oficial, obedecendo ao bom senso
mações solicitadas pela Fazenda Pública. Esta engloba o fisco e às leis vigentes”.
federal, estadual, municipal e distrital. O servidor público tem “Dois conceitos diferentes, porém parecidos. Ser assíduo
que ser expedito, diligente, laborioso. Não há mais lugar para significa ser presente dentro do horário do expediente. O
o burocrata que se afasta do administrado, dificultando a vida oposto do assíduo é o ausente, o faltoso. Pontual é aquele ser-
de quem necessita de atendimento rápido e escorreito. En- vidor que não atrasa seus compromissos. É o que comparece
tretanto, há um longo caminho a ser percorrido até que se no horário para as reuniões de trabalho e demais atividades
atinja um mínimo ideal de atendimento e de funcionamento relacionadas com o exercício do cargo que ocupa. Embora
dos órgãos públicos, o que deve necessariamente passar por sejam conceitos diferentes, aqui o dever violado, seja por im-
critérios de valorização dos servidores bons e de treinamento pontualidade, seja por inassiduidade (que ainda não aquela
e qualificação permanente dos quadros de pessoal”. inassiduidade habitual de 60 dias ensejadora de demissão),
“Todo servidor público é obrigado a dar conhecimento ao merece reprimenda de advertência, com fins educativos e de
chefe da repartição acerca das irregularidades de que toma correção do servidor”.
conhecimento no exercício de suas atribuições. Deve levar ao “No mundo moderno, e máxime em nossa civilização oci-
conhecimento da chefia imediata pelo sistema hierárquico. dental, o trato tem que ser o mais urbano possível. Urbano,
Supõe-se que os titulares das chefias ou divisões detêm um nessa acepção, não quer dizer citadino ou oriundo da urbe (ci-
conhecimento maior de como corrigir o erro ou comunicar aos dade), mas, sim, educado, civilizado, cordato e que não possa
órgãos de controle para a devida apuração. De nada adiantaria criar embaraços aos usuários dos serviços públicos”.
o servidor, ciente de um ato irregular, ir comunicar ao público “O servidor tem obrigação legal de dar conhecimento às
ou a terceiros. Além do dever de sigilo, há assuntos que exi- autoridades de qualquer irregularidade de que tiver ciência
gem certas reservas, visando ao bem do serviço público, da em razão do cargo, principalmente no processo em que está
segurança nacional e mesmo da sociedade”. atuando ou quando o fato aconteceu sob as suas vistas. Não é
“Se o agente não zelar pela economia e pela conserva- concebível que o servidor se defronte com uma irregularidade
ção dos bens públicos presta um desserviço à nação que lhe administrativa e fique inerte. Deve provocar quem de direito
remunera. E como se verá adiante poderá ser causa inclusive para que a irregularidade seja sanada de imediato. Caso haja
de demissão, se não cumprir o presente dever, quando por indiferença no seu círculo de atuação, i.e., no seu setor ou se-
descumprimento dele a gravidade do fato implicar a infração ção, deverá representar aos órgãos superiores. Assim é que
a normas mais graves”. o dever de informar acerca de irregularidades anda de braço

9
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

dado com o dever de representar. Não surtindo efeito a no- II - não se contiver a ordem na área da competência do ór-
tícia da irregularidade, não corrigida esta, sobrevém o dever gão a que servir o funcionário seu destinatário, ou não se referir
de representar. O dever de representação não deixa de ser a nenhuma das atribuições do servidor;
uma prerrogativa legal, investindo o servidor de um múnus III - for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;
público importante, constituindo o servidor em um curador IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tal formali-
legal do ente público. O mais humilde servidor passa a ser um dade for essencial à sua validade;
agente promotor de legalidade. É claro o inciso XII do art. 116 V - não tiver a ordem como causa uma necessidade admi-
quando diz que é dever do servidor “representar contra ilega- nistrativa ou pública, ou visar a fins não estipulados na regra de
lidade, omissão ou abuso de poder”. De modo que também a competência da autoridade da qual promanou ou do funcioná-
omissão pode ensejar a representação. A omissão do agente rio a quem se dirige;
que ilegalmente não pratica ato a que se acha vinculado pode VI - a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de
até configurar o ilícito penal de prevaricação. O dever de re- autoridade.
presentação deve ser privilegiado, mas deve ser usado com o § 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo, o fun-
devido equilíbrio, não podendo servir a finalidades egoísticas, cionário representará contra a ordem, fundamentadamente, à
político-partidárias, induzido por inimizades de cunho pessoal, autoridade imediatamente superior a que ordenou.
o que de pronto trespassará o representante de autor a réu por § 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente da
prática de abuso de poder ou denunciação caluniosa”. Assembleia Legislativa, do Chefe do Poder Executivo, do Pre-
sidente do Tribunal de Contas e do Presidente do Conselho de
Art. 190 - Os deveres do funcionário são gerais, quando Contas dos Municípios, o funcionário justificará perante essas
fixados neste Estatuto e legislação complementar, e especiais, autoridades a escusa da obediência.
quando fixados tendo em vista as peculiaridades das atribui-
ções funcionais. CAPÍTULO III
Art. 191 - São deveres gerais do funcionário: Das Proibições
I - lealdade e respeito às instituições constitucionais e ad-
ministrativas a que servir; Art. 193 - Ao funcionário é proibido:
I - salvo as exceções constitucionais pertinentes, acumular
II - observância das normas constitucionais, legais e re-
cargos, funções e empregos públicos remunerados, inclusive
gulamentares;
nas entidades da Administração Indireta (autarquias, empresas
III - obediência às ordens de seus superiores hierárquicos;
públicas e sociedades de economia mista);
IV - continência de comportamento, tendo em vista o
II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em qual-
decoro funcional e social;
quer ato funcional que praticar, ressalvado o direito de crítica
V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade supe-
doutrinária aos atos e fatos administrativos, inclusive em traba-
rior irregularidades administrativas de que tiver ciência em lho público e assinado;
razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça; III - retirar, modificar ou substituir qualquer documento ofi-
VI - assiduidade; cial, com o fim de constituir direito ou obrigação, ou de alterar a
VII - pontualidade; verdade dos fatos, bem como apresentar documento falso com
VIII - urbanidade; a mesma finalidade;
IX - discrição; IV - valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilí-
X - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de cito para si, ou para outrem;
natureza reservada de que tenha conhecimento em razão do V - promover manifestação de desapreço ou fazer circular
cargo que ocupa, ou da função que exerça; ou subscrever lista de donativos, no recinto do trabalho;
XI - zelar pela economia e conservação do material que VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos político
lhe for confiado; -partidários;
XII - atender às notificações para depor ou realizar pe- VII - participar de diretoria, gerência, administração, conselho
rícias ou vistorias, tendo em vista procedimentos disciplinares; técnico ou administrativo, de empresa ou sociedades mercantis;
XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos
requisições para defesa da Fazenda Pública; órgãos e entidades estaduais, salvo quando se tratar de percep-
XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ção de vencimentos, proventos ou vantagens de parente con-
ou regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de sanguíneo ou afim, até o segundo grau civil;
direitos e esclarecimentos de situações; IX - praticar a usura;
XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, no X - receber propinas, vantagens ou comissões pela prática
assentamento individual, sua declaração de família; de atos de oficio;
XVI - atender, prontamente, e na medida de sua compe- XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência
tência, os pedidos de informação do Poder Legislativo e às em razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de depoi-
requisições do Poder Judiciário; mento em processo judicial, policial ou administrativo;
XVII - cumprir, na medida de sua competência, as decisões XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou
judiciais ou facilitar-lhes a execução. ato administrativo, o desempenho de sua atividade funcional;
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com ativi-
autoridade superior quando: dades estranhas às relacionadas com as suas atribuições, cau-
I - a autoridade de quem emanar a ordem for incompe- sando prejuízos a estas;
tente; XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;

10
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

XV - ser comerciante; Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito,


XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os por prazo não superior a 90 (noventa) dias, nos casos de rein-
casos de prestação de serviços técnicos ou científicos, inclusive cidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa
os de magistério em caráter eventual; cominação, por lei, de outro tipo de sanção.
XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades em Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a suspensão
serviço particular; poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por
XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no local de cento) por dia de vencimento, obrigado, neste caso, o funcioná-
trabalho, para o trato de assuntos particulares; rio a permanecer em exercício.
XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo Art. 199 - A demissão será obrigatoriamente aplicada nos
quando autorizado pelo superior hierárquico e desde que para seguintes casos:
atender a interesse público. I - crime contra a administração pública;
Parágrafo único - Excluem-se da proibição do item XVI os II - crime comum praticado em detrimento de dever ineren-
contratos de cláusulas uniformes e os de emprego, em geral, te à função pública ou ao cargo público, quando de natureza
quando, no último caso, não configurarem acumulação ilícita. grave, a critério da autoridade competente;
Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de acu- III - abandono de cargo;
mular cargo, funções e empregos remunerados, nos casos IV - incontinência pública e escandalosa e prática de jogos
excepcionais da Constituição Federal. proibidos;
§1º - Verificada, em inquérito administrativo, acumulação V - insubordinação grave em serviço;
proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos VI - ofensa física ou moral em serviço contra funcionário
cargos, funções ou empregos, não ficando obrigado a restituir o ou terceiros;
que houver percebido durante o período da acumulação vedada. VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resul-
§2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os cargos, tem em lesão para o Erário Estadual ou dilapidação do seu pa-
funções ou empregos acumulados ilicitamente devolvendo ao trimônio;
Estado o que houver percebido no período da acumulação. VIII - quebra do dever de sigilo funcional;
IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal;
Estabelece o artigo 37, XVI da Constituição Federal: X - falta de atendimento ao requisito do estágio probatório
estabelecido no art. 27, § 1º, item III;
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, XI - desídia funcional;
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observa- XII - descumprimento de dever especial inerente a cargo em
do em qualquer caso o disposto no inciso XI.  comissão.
a) a de dois cargos de professor;  § 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada ausên-
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cia ao serviço, sem justa causa, por trinta (30) dias consecutivos
científico; ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante 12 (doze) meses.
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profis- § 2º - Entender-se-á por ausência ao serviço com jus-
sionais de saúde, com profissões regulamentadas; ta causa não só a autorizada por lei, regulamento ou outro
Art. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por in- ato administrativo, como a que assim for considerada após
validez não poderá acumular seus proventos com a ocu- comprovação em inquérito ou justificação administrativa, esta
pação de cargo ou o exercício de função ou emprego público. última requerida ao superior hierárquico pelo funcionário in-
Parágrafo único - Não se compreendem na proibição de teressado, valendo a justificação, nos termos deste parágrafo,
acumular nem estão sujeitos a quaisquer limites: apenas para fins disciplinares.
I - a percepção conjunta de pensões civis e militares; Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão
II - a percepção de pensões com vencimento ou salário; poderá ser aplicada com a nota “a bem do serviço público”, a
III - a percepção de pensões com vencimentos de disponibi- qual constará sempre nos casos de demissão referidos nos itens
lidade e proventos de aposentadoria e reforma; I e VII do artigo 199.
IV - a percepção de proventos, quando resultantes de car- Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em processo dis-
gos legalmente acumuláveis. ciplinar de revisão, o funcionário demitido com a nota a que se
refere este artigo não poderá reingressar nos quadros funcionais
CAPÍTULO IV do Estado ou de suas entidades, a qualquer título.
Das Sanções Disciplinares e seus Efeitos Art. 201 - Ao ato que cominar sanção, precederá sempre
procedimento disciplinar, assegurada ao funcionário indiciado
Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são as seguintes: ampla defesa, nos termos deste Estatuto, pena de nulidade da
I - repreensão; cominação imposta.
II - suspensão; Parágrafo único - As sanções referidas nos itens II e VI do
III - multa; artigo 196 serão cominadas por escrito e fundamentalmente,
IV - demissão; pena de nulidade.
V - cassação de disponibilidade; Art. 202 - São competentes para aplicação das sanções dis-
VI - cassação de aposentadoria. ciplinares:
Art. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em qual-
ao funcionário que, em caráter primário, a juízo da autoridade quer caso, e privativamente, nos casos de demissão e cassação
competente, cometer falta leve, não cominável, por este Estatu- de aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se tratar de puni-
to, com outro tipo de sanção. ção de funcionário autárquico;

11
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

II - os dirigentes superiores das autarquias, em qualquer Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo anterior, será
caso, e, privativamente, nos casos de demissão e cassação, da cumprida em local especial.
aposentadoria ou disponibilidade; Art. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o disposto no §
III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos 2º do art. 205 deste Estatuto.
subordinados ou auxiliares, em todos os casos, salvo os referidos
nos itens I e II; CAPÍTULO V
IV - os chefes de unidades administrativas em geral, nos Da Sindicância
casos de repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias e multa cor-
respondente. Art. 209 - A sindicância é o procedimento sumário atra-
Art. 203 - Além da pena judicial que couber, serão conside- vés do qual o Estado ou suas autarquias reúnem elementos
rados como de suspensão os dias em que o funcionário, notifi- informativos para determinar a verdade em torno de possí-
cado deixar de atender à convocação para prestação de serviços veis irregularidades que possam configurar, ou não, ilícitos
estatais compulsórios, salvo motivo justificado. administrativos, aberta pela autoridade de maior hierarquia,
Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade no órgão em que ocorreu a irregularidade, ressalvadas em
se ficar provado, em inquérito administrativo, que o aposentado qualquer caso, permitida a delegação de competência:
ou disponível: I - do Governador, em qualquer caso;
I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos
com demissão; e dos Presidentes da Assembleia Legislativa, Tribunal de Con-
II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia tas e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas respec-
ocupar, ou exercer, provada a má-fé; tivas áreas funcionais.
III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar fun- § 1º - Abrir-se-á, também, sindicância para apuração
cional em que foi aproveitado, salvo motivo de força maior; das aptidões do funcionário, no estágio probatório, para
IV - perdeu a nacionalidade brasileira. fins de demissão ou exoneração, quando for o caso, asse-
Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou dispo- gurada ao indiciado ampla defesa, nos termos dos artigos
nibilidade ex-tingue o vínculo do aposentado ou do disponível estatutários que disciplinam o inquérito administrativo, re-
com o Estado ou suas entidades autárquicas. duzidos os prazos neles estabelecidos, à metade.
Art. 205 - A suspensão preventiva será ordenada pela au- § 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a fluência do
toridade que determinar a abertura do inquérito administrativo,
período do estágio probatório.
se, no transcurso deste, a entender indispensável, nos termos do
§ 3º - A sindicância será realizada por funcionário estável,
§ 1º deste artigo.
designado pela autoridade que determinar a sua abertura.
§ 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de
§ 4º - A sindicância precede o inquérito administrativo,
90 (noventa) dias e somente será determinada quando o afas-
quando for o caso, sendo-lhe anexada como peça informa-
tamento do funcionário for necessário, para que, como indicia-
do, não venha a influir na apuração de sua responsabilidade. tiva e preliminar.
§ 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá, en- § 5º - A sindicância será realizada no prazo máximo de
tretanto, direito: 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, a pedido do
I - a computar o tempo de serviço relativo ao período de sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua
suspensão para todos os efeitos legais; abertura.
II - a computar o tempo de serviço para todos os fins de § 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes de auto-
lei, relativo ao período que ultrapassar o prazo da suspensão ria do ilícito administrativo, o sindicante indiciará o funcioná-
preventiva; rio, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A
III - a perceber os vencimentos relativos ao período de sus- seguir, com o seu relatório, encaminhará o processo de sindi-
pensão, se reconhecida a sua inocência no inquérito adminis- cância à autoridade que determinou a sua abertura.
trativo; § 7º - O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de
IV - a perceber as gratificações por tempo de serviço já pres- preferência pertencentes aos quadros funcionais, devendo todos os
tado e o salário-família. atos da sindicância serem reduzidos a termo por secretário designado
Art. 206 - Os Chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a que pertencer.
Judiciário, os Presidentes do Tribunal de Contas e do Conselho § 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a responsa-
de Contas dos Municípios, os Secretários de Estado e os dirigen- bilidade administrativa, ou o descumprimento dos requisi-
tes das Autarquias poderão ordenar a prisão administrativa do tos do estágio probatório, o processo será arquivado, fixada
funcionário responsável direto pelos dinheiros e valores públicos, a responsabilidade funcional, a autoridade que determinou a
ou pelos bens que se encontrarem sob a guarda do Estado ou de sindicância encaminhará os respectivos autos para a Comissão
suas Autarquias, no caso de alcance ou omissão no recolhimen- Permanente de Inquérito Administrativo, que funcionará:
to ou na entrega a quem de direito nos prazos e na forma da lei. I - no Poder Executivo, na Governadoria, nas Secretarias de
§ 1º - Recolhida aos cofres públicos a importância desvia- Estado, órgãos desconcentrados e nas autarquias;
da, a autoridade que ordenou a prisão revogará imediatamen- II - no Poder Legislativo, na Diretoria Geral;
te o ato gerador da custódia. III - no Tribunal de Contas e no Conselho de Contas dos
§ 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que não poderá Municípios.
ultrapassar a 90 (noventa) dias, comunicará imediatamente o
fato à autoridade judiciária competente e providenciará a aber-
tura e realização urgente do processo de tomada de contas.

12
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

CAPÍTULO VI Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de Estado


Do Inquérito Administrativo e do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios caberá
recurso, com efeito suspensivo, no prazo deste artigo, para o Go-
Art. 210 - O inquérito administrativo é o procedimento vernador. Das decisões do Presidente da Assembleia Legislativa
através do qual os órgãos e as autarquias do Estado apuram a e do Tribunal de Contas caberá recurso, com os efeitos deste
responsabilidade disciplinar do funcionário. parágrafo, para o Plenário da Assembleia e do Tribunal, respec-
Parágrafo único - São competentes para instaurar o inquérito: tivamente.
I - o Governador, em qualquer caso; Art. 221 - O inquérito administrativo será concluído no pra-
II - os Secretários de Estado, os dirigentes das Autarquias e zo máximo de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado por
os Presidentes da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas igual período, a pedido da Comissão, ou a requerimento do in-
e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas áreas funcio- diciado, dirigido à autoridade que determinou o procedimento.
nais, permitida a delegação de competência. Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será permitida a
Art. 211 - O inquérito administrativo será realizado por Comis- intervenção do indiciado, por si, ou por seu defensor.
sões Permanentes, instituídas por atos do Governador, do Presidente Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e diversidade de
da Assembleia Legislativa, do Presidente do Tribunal de Contas, do sanções caberá o julgamento à autoridade competente para im-
Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, dos dirigentes das posição da sanção mais grave. Neste caso, os prazos assinados
Autarquias e dos órgãos desconcentrados, permitida a delegação de aos indiciados correrão em comum.
poder, no caso do Governador, ao Secretário de Administração. Art. 224 - O funcionário só poderá ser exonerado, estando
Art. 212 - As Comissões Permanentes de Inquérito Adminis- respondendo a inquérito administrativo, depois de julgado este
trativo compor-se-ão de três membros, todos funcionários está- com a declaração de sua inocência.
veis do Estado ou de suas autarquias, presidida pelo servidor que Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a autoridade
for designado pela autoridade competente, que colocará à dis- julgadora proferirá sua decisão no prazo improrrogável de 20
posição das Comissões o pessoal necessário ao desenvolvimento (vinte) dias.
de seus trabalhos, inclusive os de secretário e assessoramento. Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou
Art. 213 - Instaurado o inquérito administrativo, a autori-
em parte, por falta do cumprimento de formalidade essencial,
dade encaminhará seu ato para a Comissão de Inquérito que
inclusive o reconhecimento de direito de defesa, novo procedi-
for competente, tendo em vista o local da ocorrência da irre-
mento será aberto.
gularidade verificada, ou a vinculação funcional do servidor a
Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de esgotamento
quem se pretende imputar a responsabilidade administrativa.
do prazo para a conclusão do inquérito, o indiciado, se tiver sido
Art. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da
Comissão mandará citar o funcionário acusado, para que, como afastado de seu cargo, retornará ao seu exercício funcional.
indiciado, acompanhe, na forma do estabelecido neste Estatuto,
todo o procedimento, requerendo o que for do interesse da defesa. CAPÍTULO VII
Parágrafo único - A citação será pessoal, mediante proto- Da Revisão
colo, devendo o servidor dele encarregado consignar, por escri-
to, a recusa do funcionário em recebê-la. Em caso de não ser Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão
encontrado o funcionário, estando ele em lugar incerto e não do procedimento administrativo de que resultou sanção disci-
sabido, a citação far-se-á por edital, publicado no Diário Oficial plinar, quando se aduzam fatos ou circunstâncias que possam
do Estado, com prazo de 15 (quinze) dias, depois do que, não justificar a inocência do requerente, mencionados ou não no
comparecendo o citado, ser-lhe-á designado defensor, nos ter- procedimento original.
mos do art. 184, item III e § 1º do art. 185. Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido ou
Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas provas desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo cônjuge, com-
no prazo de 5 (cinco) dias, podendo renovar o pedido, no curso panheiro, descendente, ascendente colateral consanguíneo até
do inquérito, se necessário para demonstração de fatos novos. o 2º grau civil.
Art. 216 - A falta de notificação do indiciado ou de seu de- Art. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao processo
fensor, para todas as fases do inquérito, determinará a nulidade original.
do procedimento. Parágrafo único - Não constitui fundamento para a revisão
Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado será no- a simples alegação de injustiça da sanção.
tificado para apresentar, por seu defensor, no prazo de 10 (dez) Art. 230 - O requerimento devidamente instruído será diri-
dias, suas razões finais de defesa. gido à autoridade que aplicou a sanção, ou àquela que a tiver
Art. 218 - Apresentadas as razões finais de defesa, a Co- confirmado, em grau de recurso.
missão encaminhará os autos do inquérito, com relatório cir- Parágrafo único - Para processar a revisão, a autoridade
cunstanciado e conclusivo, à autoridade competente para o seu que receber o requerimento nomeará uma comissão composta
julgamento. de três funcionários efetivos, de categoria igual ou superior à do
Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligên- requerente.
cias realizadas pela Comissão de Inquérito serão consignadas Art. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para
em atas. inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso Parágrafo único - Será considerada informante a teste-
no prazo de 10 (dez) dias, com efeito suspensivo, para a auto- munha que, residindo fora da sede onde funcionar a comissão,
ridade hierárquica imediatamente superior, ou para a que for prestar depoimento por escrito.
indicada em regulamento ou regimento.

13
LEGISLAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

Art. 232 - Concluído o encargo da comissão, no prazo de Resposta: “A”. Prevê o Estatuto dos funcionários Públicos
60 (sessenta) dias, prorrogável por trinta (30) dias, nos casos de Civis do Estado do Ceará (Lei 9826/74): “Art. 33 - O exercício
força maior, será o processo, com o respectivo relatório, encami- funcional terá início no prazo de trinta dias, contados da data:
nhado à autoridade competente para o julgamento. I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração; II - da
Parágrafo único - O prazo para julgamento será de 20 (vin- posse, nos demais casos. Art. 34 - O funcionário terá exercício
te) dias, prorrogável por igual período, no caso de serem deter- na repartição onde for lotado o cargo por ele ocupado, não
minadas novas diligências. podendo dela se afastar, salvo nos casos previstos em lei ou
Art. 233 - Das decisões proferidas em procedimento de revi- regulamento. § 1º - O afastamento não se prolongará por mais
são cabe recurso, na forma do art. 220. de quatro anos consecutivos, salvo: I - quando para exercer as
atribuições de cargo ou função de direção ou de Governo dos
EXERCÍCIOS Estados, da União, Distrito Federal, Territórios e Municípios e
respectivas entidades da administração indireta; II - quando à
1. (IF-RR - JORNALISTA - FUNCAB/2013) A responsabi- disposição da Presidência da República; III - quando para exer-
lização do servidor público pode se dar no âmbito civil, penal e cer mandato eletivo, estadual, federal ou municipal, observado,
administrativo. Em relação à referida responsabilização, é cor- quanto a este, o disposto na legislação especial pertinente; IV -
reto afirmar que: quando convocado para serviço militar obrigatório; V - quando
a) o servidor, ao cometer uma infração, não poderá ser se tratar de funcionário no gozo de licença para acompanhar o
punido nas esferas administrativa, cível e penal. cônjuge. § 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime
b) o processo administrativo e o penal não podem ser ins- comum ou denunciado por crime inafiançável, em processo do
taurados concomitantemente. qual não haja pronúncia, o funcionário será afastado do exercí-
c) a responsabilidade administrativa do servidor será afas- cio, até sentença passada em julgado. § 3º - O funcionário afas-
tada no caso de absolvição criminal que negue a existência do tado nos termos do parágrafo anterior terá direito à percepção
fato ou de sua autoria. do benefício do auxílio-reclusão, nos termos da legislação pre-
d) quando a decisão judicial afirmar “não constituir o fato videnciária específica. Art. 36 - Para entrar em exercício, o fun-
a infração penal”, acarreta vinculação na esfera administrativa. cionário é obrigado a apresentar ao órgão de pessoal os ele-
mentos necessários à atualização de seu cadastro individual”.
Resposta: “C”. Pela lei, as sanções civis, penais e adminis-
3. (FCC/2015 - TCE-CE - Analista de Controle Externo
trativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
-Auditoria Governamental) Josué é funcionário público, ocu-
Além disso, a responsabilidade administrativa do servidor será
pando cargo efetivo no quadro da Secretaria da Fazenda Es-
afastada no caso de absolvição criminal que negue a exis-
tadual. Em razão de sua formação superior na área de ciências
tência do fato ou sua autoria. A alternativa “C” está correta contábeis, foi convidado a ocupar a função de diretor financei-
porque traz previsão exata da lei, excepcionando a indepen- ro da empresa estatal que atua na exploração de rodovias es-
dência das esferas cível e administrativa em relação à criminal. taduais. Josué, não obstante tenha se interessado pelo convite,
Alternativa “a”: incorreta. O servidor pode ser punidos ficou com receio de que seu afastamento desfavorecesse os
nas três esferas porque elas são independentes entre si. direitos e vantagens a que faz jus como titular de cargo efetivo.
Alternativa “b”: incorreta. Se as instâncias administrativa A propósito desse aspecto, a Lei n° 9.826/1974 estabelece que
e penal são independentes, nada impede a instauração conco- a) os direitos e vantagens conferidos aos ocupantes de
mitante dos processos. cargos públicos efetivos não se transferem aos ocupantes de
Alternativa “d”: incorreta. Se o fato não constitui infra- empregos públicos, posto que estes prescindem de concurso
ção penal nada impede que constitua infração administrativa, público para serem preenchidos.
logo, é comum que um fato não seja infração penal e ainda b) o afastamento de funcionário público ocupante de car-
assim seja punível, mas pelas esferas cível e/ou administrativa. go efetivo não impacta no recebimento de nenhum direito ou
vantagem, em razão da irredutibilidade de vencimentos dos
2. (FUNECE/2017 - UECE - Assistente de Administra- servidores públicos.
ção) Considerando o Estatuto dos funcionários Públicos Civis c) em se tratando de ocupar outro cargo estadual de pro-
do Estado do Ceará (Lei 9826/74), assinale a afirmação verda- vimento em comissão, o tempo de serviço será computável
deira. para todos os fins em favor do servidor Josué.
a) O exercício funcional terá início no prazo de trinta dias, d) é vedado o afastamento de servidor público ocupante
contados da data da publicação oficial do ato, no caso de rein- de cargo efetivo para ocupar outro cargo na Administração
tegração, e da data da posse, nos demais casos. pública, tendo em vista que equivaleria a colocar o cargo origi-
b) O funcionário terá exercício na repartição onde for lota- nal em disponibilidade.
do o cargo por ele ocupado, não podendo dela se afastar em e) apenas o afastamento que dependa de autorização le-
nenhuma hipótese. gislativa pode ser computado como tempo de efetivo serviço.
c) Para entrar em exercício, é facultada ao funcionário a
apresentação, ao órgão de pessoal, dos elementos necessários Resposta: “C”. O que disciplina o caso específico de Josué
à atualização de seu cadastro individual. é o art. 68, inciso V, da lei estadual 9.826/74, senão vejamos:
d) O afastamento do funcionário da repartição onde foi “Art. 68 - Será considerado de efetivo exercício o afastamento
lotado nunca poderá se prolongar por mais de quatro anos em virtude de: [...] V - exercício das atribuições de outro cargo
consecutivos. estadual de provimento em comissão, inclusive da Administra-
ção Indireta do Estado”.

14
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

1. Lei Federal Nº 9.503/97, de 23/09/1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e suas alterações: Capítulos III, IV,
VI, VII, XI, XII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII; Anexo I (Conceitos e Definições)............................................................................................ 01
2. Legislação de Transportes: .............................................................................................................................................................................. 30
2.1. Lei Estadual Nº 13.094/2001 (DOE de 12/01/2001), alterada pelas Leis Estaduais Nº 14.288/2009 (DOE 26/01/2009),
Nº 14.719 /2010 (DOE de 31/05/2010) e Nº 15.491/2013 (DOE de 30/12/2013). ................................................................... 30
2.2. Decreto Estadual Nº 29.687/2009 (DOE de 24/03/2009, alterado pelo Decreto Estadual Nº 31.658/2014 (DOE de
31/12/2014)........................................................................................................................................................................................................... 44
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

PROF. GREICE ALINE DA Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Trans-


COSTA SARQUIS PINTO. portes
Desempenha as funções relativas à construção, ma-
Bacharel em Direito - Faculdade de Direito da Alta Pau- nutenção e operação da infra-estrutura dos segmentos
lista - FADAP/FAP. Advogada inscrita na OAB/ SP sob nº do Sistema Federal de Viação sob administração direta da
298.596. Membro da Comissão do Jovem Advogado na 34ª União nos modais rodoviário, ferroviário e aquaviário.
Subseção de Tupã/SP.
Polícia Rodoviária Federal
Tem a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento
das normas de trânsito pelo patrulhamento ostensivo das
1. LEI FEDERAL Nº 9.503/97, DE 23/09/1997, rodovias federais
QUE INSTITUI O CÓDIGO DE TRÂNSITO
BRASILEIRO, E SUAS ALTERAÇÕES: Conselho Estadual de Trânsito - CETRAN
CAPÍTULOS III, IV, VI, VII, XI, XII, XIV, XV, Órgão normativo, consultivo e coordenador do trân-
XVI, XVII, XVIII; ANEXO I (CONCEITOS E sito.
DEFINIÇÕES). DETRAN
Departamentos Estaduais de Trânsito
Responsáveis pela administração da frota de veículos
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define atribuições nos Estados, incluindo-se registros, emplacamentos e veri-
das diversas autoridades e órgãos ligados ao trânsito do ficação dos itens de segurança obrigatórios. Cabe também
Brasil, fornece diretrizes para a engenharia de tráfego e es- aos DETRANs a formação, habilitação e controle dos mo-
tabelece normas de conduta, infrações e penalidades para toristas.
os diversos usuários desse complexo sistema.
Acerca do trânsito, é importante ilustrar que conside- DER e Polícia Rodoviária Estadual
ra-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e Responsável pela construção, manutenção e sinaliza-
animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para ção das rodovias estaduais.
fins de circulação, parada, estacionamento e operação de As polícias rodoviárias estaduais são agentes dos DERs,
carga ou descarga. atuando na fiscalização das rodovias estaduais.
O referido Código tem, como base, a Constituição Fe-
deral de 1988, respeita a Convenção de Viena e o Acordo LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
Mercosul e entrou em vigor no ano de 1998.
Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
Para compreensão deste dispositivo basta conhecer os
seguintes conceitos:
(...)
Assim, podemos conceituar Trânsito como a movimen-
CAPÍTULO III-A DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR
tação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias
MOTORISTAS PROFISSIONAIS
terrestres. A Via por sua vez é a superfície por onde transi-
tam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos mo-
calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. Já a Parada toristas profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
é a imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo 2015) (Vigência)
estritamente necessário para efetuar embarque ou desem- I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros;
barque de passageiros. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela
São Órgãos do Sistema Nacional de Trânsito: Lei nº 13.103, de 2015)
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
Conselho Nacional de Trânsito 2015)
Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito e Órgão § 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
normativo e consultivo máximo, responsável pela regula- 2015)
mentação do Código e pela atualização permanente das § 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
leis de trânsito. 2015)
§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103,
Departamento Nacional de Trânsito de 2015)
Órgão executivo da União que tem por obrigação § 5o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
supervisionar, coordenar, controlar e fiscalizar a polí- 2015)
tica do Programa Nacional de Trânsito, estão sob seu § 6o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
controle os DETRANs estaduais. Nos casos em que este 2015)
apresentarem deficiências técnicas ou qualquer tipo de § 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
dificuldade operacional que impeça a correta prestação 2015)
de seus serviços, o DENATRAN atua como órgão corre- § 8o (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vi-
gedor. gência)

1
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art 67-B. (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) § 1o A não observância dos períodos de descanso es-
(Vigência) tabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional
às penalidades daí decorrentes, previstas neste Código. (In-
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir cluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos § 2o O tempo de direção será controlado mediante re-
de transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de gistrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e,
transporte rodoviário de cargas. (Redação dada pela Lei nº ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta
13.103, de 2015) ou ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos insta-
§ 1o Serão observados 30 (trinta) minutos para descan- lados no veículo, conforme norma do Contran. (Incluído pela
so dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de Lei nº 13.103, de 2015)
transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento § 3o O equipamento eletrônico ou registrador deverá
e o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 funcionar de forma independente de qualquer interferência
(cinco) horas e meia contínuas no exercício da condução. do condutor, quanto aos dados registrados. (Incluído pela
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) Lei nº 13.103, de 2015)
§ 1o-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para § 4o A guarda, a preservação e a exatidão das informa-
ções contidas no equipamento registrador instantâneo inal-
descanso a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo
terável de velocidade e de tempo são de responsabilidade
rodoviário de passageiros, sendo facultado o seu fracio-
do condutor. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
namento e o do tempo de direção. (Incluído pela Lei nº
13.103, de 2015) CAPÍTULO IV
§ 2o Em situações excepcionais de inobservância jus- DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO
tificada do tempo de direção, devidamente registradas, o MOTORIZADOS
tempo de direção poderá ser elevado pelo período neces-
sário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos pas-
a um lugar que ofereça a segurança e o atendimento de- seios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acos-
mandados, desde que não haja comprometimento da se- tamentos das vias rurais para circulação, podendo a autori-
gurança rodoviária. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) dade competente permitir a utilização de parte da calçada
(Vigência) para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de
§ 3o O condutor é obrigado, dentro do período de 24 pedestres.
(vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) § 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equi-
horas de descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas para-se ao pedestre em direitos e deveres.
no veículo e coincidir com os intervalos mencionados no § § 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou
1o, observadas no primeiro período 8 (oito) horas ininter- quando não for possível a utilização destes, a circulação de
ruptas de descanso. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade
§ 4o Entende-se como tempo de direção ou de con- sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, ex-
dução apenas o período em que o condutor estiver efeti- ceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em
vamente ao volante, em curso entre a origem e o destino. que a segurança ficar comprometida.
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) § 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento
§ 5o Entende-se como início de viagem a partida do ou quando não for possível a utilização dele, a circulação de
veículo na ida ou no retorno, com ou sem carga, conside- pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade
rando-se como sua continuação as partidas nos dias sub- sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em
sequentes até o destino. (Incluído pela Lei nº 13.103, de sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em
2015) § 6o O condutor somente iniciará uma viagem após locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a
segurança ficar comprometida.
o cumprimento integral do intervalo de descanso previsto
§ 4º (VETADO).
no § 3o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de
§ 7o Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
arte a serem construídas, deverá ser previsto passeio desti-
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, opera- nado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas
dor de terminais de carga, operador de transporte multi- condições, usar o acostamento.
modal de cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer § 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem
motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que con- para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição so-
duza veículo referido no caput sem a observância do dis- bre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção
posto no § 6o. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) para circulação de pedestres.

Art. 67-D. (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre to-
mará precauções de segurança, levando em conta, principal-
Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por mente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos,
controlar e registrar o tempo de condução estipulado no utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas
art. 67-C, com vistas à sua estrita observância. (Incluído sempre que estas existirem numa distância de até cinquenta
pela Lei nº 13.103, de 2015) metros dele, observadas as seguintes disposições:

2
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento § 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de
da via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu Trânsito deverão promover outras campanhas no âmbito
eixo; de sua circunscrição e de acordo com as peculiaridades lo-
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pe- cais.
destres ou delimitada por marcas sobre a pista: § 2º As campanhas de que trata este artigo são de ca-
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indica- ráter permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora
ções das luzes; de sons e imagens explorados pelo poder público são obri-
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que gados a difundi-las gratuitamente, com a frequência reco-
o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de mendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional
veículos; de Trânsito.
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não
existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na
a via na continuação da calçada, observadas as seguintes pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
normas: planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e en-
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar tidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da
de que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedes- nas respectivas áreas de atuação.
tres não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste ar-
parar sobre ela sem necessidade. tigo, o Ministério da Educação e do Desporto, mediante
proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante con-
sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade vênio, promoverá:
de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um cur-
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código. rículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização segurança de trânsito;
semafórica de controle de passagem será dada preferência II - a adoção de conteúdos relativos à educação para
aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mes- o trânsito nas escolas de formação para o magistério e o
mo em caso de mudança do semáforo liberando a passa- treinamento de professores e multiplicadores;
gem dos veículos. III - a criação de corpos técnicos interprofissionais
para levantamento e análise de dados estatísticos relativos
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre ao trânsito;
a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de IV - a elaboração de planos de redução de acidentes
pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, se- de trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitá-
gurança e sinalização. rios de trânsito, com vistas à integração universidades-so-
ciedade na área de trânsito.
(...)
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá
CAPÍTULO VI ao Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN,
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a
serem seguidas nos primeiros socorros em caso de aci-
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e dente de trânsito.
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Parágrafo único. As campanhas terão caráter perma-
Nacional de Trânsito. nente por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS,
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educa- sendo intensificadas nos períodos e na forma estabeleci-
cional em cada órgão ou entidade componente do Sistema dos no art. 76.
Nacional de Trânsito.
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades
deverão promover, dentro de sua estrutura organizacional componentes do Sistema Nacional de Trânsito os meca-
ou mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públi- nismos instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação
cas de Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo de mensagens educativas de trânsito em todo o território
CONTRAN. nacional, em caráter suplementar às campanhas previstas
nos arts. 75 e 77.
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os te-
mas e os cronogramas das campanhas de âmbito nacional Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação
que deverão ser promovidas por todos os órgãos ou en- ou promoção, nos meios de comunicação social, de pro-
tidades do Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos duto oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
períodos referentes às férias escolares, feriados prolonga- obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser
dos e à Semana Nacional de Trânsito. conjuntamente veiculada.

3
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1o Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram- VAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de
se produtos oriundos da indústria automobilística ou afins: 1974, serão repassados mensalmente ao Coordenador do
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em
espécie, incluídos os de passageiros e os de carga; programas de que trata este artigo.
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados
nos veículos mencionados no inciso I. Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito po-
§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se à pro- derão firmar convênio com os órgãos de educação da União,
paganda de natureza comercial, veiculada por iniciativa do dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando
fabricante do produto, em qualquer das seguintes moda- o cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo.
lidades:
I – rádio; CAPÍTULO VII
II – televisão; DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
III – jornal;
IV – revista; Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo
V – outdoor. da via, sinalização prevista neste Código e em legislação com-
§ 3o Para efeito do disposto no § 2o, equiparam-se ao plementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a uti-
fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o lização de qualquer outra.
revendedor autorizado dos veículos e demais produtos dis- § 1º A sinalização será colocada em posição e condições
criminados no § 1o deste artigo. que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a
noite, em distância compatível com a segurança do trânsito,
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada conforme normas e especificações do CONTRAN.
em outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora § 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experi-
da respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art. mental e por período prefixado, a utilização de sinalização
77-B estende-se à propaganda de qualquer tipo de pro- não prevista neste Código.
duto e anunciante, inclusive àquela de caráter institucional § 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas
ou eleitoral. vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por
unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu proprie-
especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das tário. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016).
mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na
respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar
fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que pos-
refere o art. 75. sam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização e
comprometer a segurança do trânsito.
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desa-
cordo com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D cons- Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito
titui infração punível com as seguintes sanções: e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de
I – advertência por escrito; publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se rela-
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publi- cionem com a mensagem da sinalização.
cidade, de qualquer outra propaganda do produto, pelo
prazo de até 60 (sessenta) dias; Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer le-
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete gendas ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia
reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a
cobrada do dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. via.
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 1o As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativa- Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscri-
mente, conforme dispuser o regulamento. ção sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata reti-
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, rada de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da
qualquer infração acarretará a imediata suspensão da vei- sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para
culação da peça publicitária até que sejam cumpridas as quem o tenha colocado.
exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D.
Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres
Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas
intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão no leito da via.
programas destinados à prevenção de acidentes.
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do to- Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, ofici-
tal dos valores arrecadados destinados à Previdência So- nas, estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão
cial, do Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais ter suas entradas e saídas devidamente identificadas, na
causados por Veículos Automotores de Via Terrestre - DP- forma regulamentada pelo CONTRAN.

4
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certifica-
de que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser do de Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos
sinalizadas com as respectivas placas indicativas de destinação e especificações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo
e com placas informando os dados sobre a infração por es- as características e condições de invulnerabilidade à falsifi-
tacionamento indevido. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) cação e à adulteração.

Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em: Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro
I - verticais; de Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o ca-
II - horizontais; dastro do RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes
III - dispositivos de sinalização auxiliar; documentos:
IV - luminosos; I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor,
V - sonoros; ou documento equivalente expedido por autoridade com-
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor. petente;
II - documento fornecido pelo Ministério das Rela-
Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue
ções Exteriores, quando se tratar de veículo importado por
após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realiza-
membro de missões diplomáticas, de repartições consula-
ção de obras ou de manutenção, enquanto não estiver de-
vidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a res de carreira, de representações de organismos interna-
garantir as condições adequadas de segurança na circulação. cionais e de seus integrantes.
Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras
deverá ser afixada sinalização específica e adequada. Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certifi-
cado de Registro de Veículo quando:
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de preva- I - for transferida a propriedade;
lência: II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de residência;
circulação e outros sinais; III - for alterada qualquer característica do veículo;
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; IV - houver mudança de categoria.
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de § 1º No caso de transferência de propriedade, o pra-
trânsito. zo para o proprietário adotar as providências necessárias
à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro
Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as
Código por inobservância à sinalização quando esta for in- providências deverão ser imediatas.
suficiente ou incorreta. § 2º No caso de transferência de domicílio ou residên-
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição cia no mesmo Município, o proprietário comunicará o novo
sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, endereço num prazo de trinta dias e aguardará o novo li-
respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colo- cenciamento para alterar o Certificado de Licenciamento
cação. Anual.
§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no § 3º A expedição do novo certificado será comunicada
que se refere à interpretação, colocação e uso da sinalização. ao órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao
RENAVAM.
(...)
Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Re-
CAPÍTULO XI
gistro de Veículo serão exigidos os seguintes documentos:
DO REGISTRO DE VEÍCULOS
I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, II - Certificado de Licenciamento Anual;
reboque ou semi-reboque, deve ser registrado perante o ór- III - comprovante de transferência de propriedade,
gão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, quando for o caso, conforme modelo e normas estabeleci-
no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, das pelo CONTRAN;
na forma da lei. IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de
§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração
Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de pro- de características do veículo;
priedade da administração direta, da União, dos Estados, V - comprovante de procedência e justificativa da pro-
do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos priedade dos componentes e agregados adaptados ou
poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, montados no veículo, quando houver alteração das carac-
do nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo terísticas originais de fábrica;
nome o veículo será registrado, excetuando-se os veículos VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores,
de representação e os previstos no art. 116. no caso de veículo da categoria de missões diplomáticas,
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de repartições consulares de carreira, de representações de
de uso bélico. organismos internacionais e de seus integrantes;

5
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
expedida no Município do registro anterior, que poderá ser automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
substituída por informação do RENAVAM; agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado,
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a sem ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tributos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veí- tecimento, diretamente ou mediante convênio. (Incluído
culo, independentemente da responsabilidade pelas infra- pela Lei nº 13.154, de 2015)
ções cometidas;
IX – (Revogado). CAPÍTULO XII
X - comprovante relativo ao cumprimento do dispos- DO LICENCIAMENTO
to no art. 98, quando houver alteração nas características
originais do veículo que afetem a emissão de poluentes e Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
ruído; reboque ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
de poluentes e ruído, quando for o caso, conforme regula- Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o
mentações do CONTRAN e do CONAMA. veículo.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, uso bélico.
os agregados e as características originais do veículo deve- § 2º No caso de transferência de residência ou domi-
rão ser prestadas ao RENAVAM: cílio, é válido, durante o exercício, o licenciamento de ori-
gem.
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comerciali-
zação, no caso de veículo nacional;
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será ex-
II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo impor-
pedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de
tado por pessoa física; Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo
III - pelo importador, no caso de veículo importado por CONTRAN.
pessoa jurídica. § 1º O primeiro licenciamento será feito simultanea-
Parágrafo único. As informações recebidas pelo RE- mente ao registro.
NAVAM serão repassadas ao órgão executivo de trânsito § 2º O veículo somente será considerado licenciado
responsável pelo registro, devendo este comunicar ao RE- estando quitados os débitos relativos a tributos, encargos
NAVAM, tão logo seja o veículo registrado. e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,
independentemente da responsabilidade pelas infrações
Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável, ou cometidas.
definitivamente desmontado, deverá requerer a baixa do § 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá com-
registro, no prazo e forma estabelecidos pelo CONTRAN, provar sua aprovação nas inspeções de segurança veicular
sendo vedada a remontagem do veículo sobre o mesmo e de controle de emissões de gases poluentes e de ruído,
chassi, de forma a manter o registro anterior. conforme disposto no art. 104.
Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo
é da companhia seguradora ou do adquirente do veículo Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licen-
destinado à desmontagem, quando estes sucederem ao ciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN
proprietário. durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos
Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega
efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadas- ou entreposto alfandegário e o Município de destino. (Re-
tro do RENAVAM. numerado do parágrafo único pela Lei nº 13.103, de 2015)
Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá § 2o (Revogado pela Lei nº 13.154, de 2015)
ser esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licen-
ciamento Anual.
Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Regis-
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no
tro de Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido
de trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo, indepen-
sistema informatizado para verificar se o veículo está licen-
dentemente da responsabilidade pelas infrações cometi- ciado. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
das.
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o
Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo
propulsão humana e dos veículos de tração animal obede- de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias,
cerão à regulamentação estabelecida em legislação muni- cópia autenticada do comprovante de transferência de
cipal do domicílio ou residência de seus proprietários. (Re- propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de
dação dada pela Lei nº 13.154, de 2015) ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades
impostas e suas reincidências até a data da comunicação.

6
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. O comprovante de transferência de V - Categoria E - condutor de combinação de veículos


propriedade de que trata o caput poderá ser substituído em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B,
por documento eletrônico, na forma regulamentada pelo C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque,
Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas)
ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao trans- (oito) lugares.
porte individual ou coletivo de passageiros de linhas re- § 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá
gulares ou empregados em qualquer serviço remunerado, estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não
para registro, licenciamento e respectivo emplacamento ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser
de característica comercial, deverão estar devidamente reincidente em infrações médias, durante os últimos doze
autorizados pelo poder público concedente. meses.
§ 2o São os condutores da categoria B autorizados a
(...) conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, defi-
nida nos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não
CAPÍTULO XIV exceda a 6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação
DA HABILITAÇÃO não exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista.
§ 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da
combinação de veículos com mais de uma unidade tracio-
Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automo-
nada, independentemente da capacidade de tração ou do
tor e elétrico será apurada por meio de exames que deve-
peso bruto total.
rão ser realizados junto ao órgão ou entidade executivos
do Estado ou do Distrito Federal, do domicílio ou residên- Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator
cia do candidato, ou na sede estadual ou distrital do pró- misto ou o equipamento automotor destinado à movimen-
prio órgão, devendo o condutor preencher os seguintes tação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de ter-
requisitos: raplenagem, de construção ou de pavimentação só podem
I - ser penalmente imputável; ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas
II - saber ler e escrever; categorias C, D ou E.
III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente. Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos
Parágrafo único. As informações do candidato à habi- automotores destinados a executar trabalhos agrícolas po-
litação serão cadastradas no RENACH. derão ser conduzidos em via pública também por condu-
tor habilitado na categoria B. (Redação dada pela Lei nº
Art. 141. O processo de habilitação, as normas relati- 13.097, de 2015)
vas à aprendizagem para conduzir veículos automotores e
elétricos e à autorização para conduzir ciclomotores serão Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para
regulamentados pelo CONTRAN. conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
§ 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candi-
humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios. dato deverá preencher os seguintes requisitos:
§ 2º (VETADO). I - ser maior de vinte e um anos;
II - estar habilitado:
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no míni-
outro país está subordinado às condições estabelecidas mo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-
em convenções e acordos internacionais e às normas do se na categoria D; e
CONTRAN. b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pre-
tender habilitar-se na categoria E;
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas cate- III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gra-
víssima ou ser reincidente em infrações médias durante os
gorias de A a E, obedecida a seguinte gradação:
últimos doze meses;
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso
duas ou três rodas, com ou sem carro lateral;
de treinamento de prática veicular em situação de risco,
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não
nos termos da normatização do CONTRAN.
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não ex- Parágrafo único. A participação em curso especializado
ceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação previsto no inciso IV independe da observância do dispos-
não exceda a oito lugares, excluído o do motorista; to no inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (§ 2o
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado uti- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015).
lizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exce-
da a três mil e quinhentos quilogramas; Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir
V - Categoria D - condutor de veículo motorizado uti- ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento
lizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5
oito lugares, excluído o do motorista; (cinco) anos, nos termos da normatização do Contran.

7
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o § 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão
condutor deverá realizar exames complementares exigidos para Dirigir, com validade de um ano.
para habilitação na categoria pretendida. § 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida
ao condutor no término de um ano, desde que o mesmo
Art. 147. O candidato à habilitação deverá submeter-se não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave
a exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na ou gravíssima ou seja reincidente em infração média.
seguinte ordem: § 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilita-
I - de aptidão física e mental; ção, tendo em vista a incapacidade de atendimento do dis-
II - (VETADO); posto no parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar
III - escrito, sobre legislação de trânsito; todo o processo de habilitação.
IV - de noções de primeiros socorros, conforme regu- § 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN po-
lamentação do CONTRAN; derá dispensar os tripulantes de aeronaves que apresenta-
V - de direção veicular, realizado na via pública, em rem o cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou
veículo da categoria para a qual estiver habilitando-se. pelo Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente,
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação dos da prestação do exame de aptidão física e mental.
respectivos examinadores serão registrados no RENACH.
§ 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deve-
e renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para rão submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, e renovação da Carteira Nacional de Habilitação. (Incluído
no local de residência ou domicílio do examinado. pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 3o O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psi- § 1o O exame de que trata este artigo buscará aferir
cológica preliminar e complementar sempre que a ele se o consumo de substâncias psicoativas que, comprovada-
submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao mente, comprometam a capacidade de direção e deverá
veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candi- ter janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos
datos apenas no exame referente à primeira habilitação. termos das normas do Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103,
§ 4º Quando houver indícios de deficiência física, men- de 2015)
tal, ou de progressividade de doença que possa diminuir § 2o Os condutores das categorias C, D e E com Cartei-
a capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no ra Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos
§ 2º poderá ser diminuído por proposta do perito exami- deverão fazer o exame previsto no § 1o no prazo de 2 (dois)
nador. anos e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto no
§ 5o O condutor que exerce atividade remunerada ao caput. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
veículo terá essa informação incluída na sua Carteira Nacio- § 3o Os condutores das categorias C, D e E com Car-
nal de Habilitação, conforme especificações do Conselho teira Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos
Nacional de Trânsito – Contran. deverão fazer o exame previsto no § 1o no prazo de 1 (um)
ano e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto no
Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é as- caput. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
segurada acessibilidade de comunicação, mediante empre- § 4o É garantido o direito de contraprova e de recurso
go de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em todas administrativo no caso de resultado positivo para o exame
as etapas do processo de habilitação. (Incluído pela Lei nº de que trata o caput, nos termos das normas do Contran.
13.146, de 2015) (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 1o O material didático audiovisual utilizado em aulas § 5o A reprovação no exame previsto neste artigo terá
teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no como consequência a suspensão do direito de dirigir pelo
art. 147 desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitu- período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da
lação com legenda oculta associada à tradução simultânea suspensão ao resultado negativo em novo exame, e veda-
em Libras. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) da a aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias.
§ 2o É assegurado também ao candidato com deficiên- (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
cia auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços § 6o O resultado do exame somente será divulgado
de intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas para o interessado e não poderá ser utilizado para fins es-
práticas e teóricas. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) tranhos ao disposto neste artigo ou no § 6o do art. 168
da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de dire- Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela
ção veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas Lei nº 13.103, de 2015)
ou privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito § 7o O exame será realizado, em regime de livre con-
dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com as nor- corrência, pelos laboratórios credenciados pelo Departa-
mas estabelecidas pelo CONTRAN. mento Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos termos das
§ 1º A formação de condutores deverá incluir, obri- normas do Contran, vedado aos entes públicos: (Incluído
gatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº
o trânsito. 13.103, de 2015) (Vigência)

8
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

II - limitar o número de empresas ou o número de lo- Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado
cais em que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei para aprendizagem, quando autorizado para servir a esse
nº 13.103, de 2015) fim, deverá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia
III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (Incluído altura, faixa branca removível, de vinte centímetros de lar-
pela Lei nº 13.103, de 2015) gura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.

Art. 149. (VETADO). Art. 155. A formação de condutor de veículo automo-


tor e elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo
Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo ante- órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Fe-
rior, o condutor que não tenha curso de direção defensiva e deral, pertencente ou não à entidade credenciada.
primeiros socorros deverá a eles ser submetido, conforme nor- Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autoriza-
matização do CONTRAN. ção para aprendizagem, de acordo com a regulamentação
Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores contra- do CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão fí-
tados para operar a sua frota de veículos é obrigada a fornecer sica, mental, de primeiros socorros e sobre legislação de
curso de direção defensiva, primeiros socorros e outros con- trânsito.
forme normatização do CONTRAN.
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamen-
Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre to para prestação de serviço pelas autoescolas e outras en-
legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só tidades destinadas à formação de condutores e às exigên-
poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da cias necessárias para o exercício das atividades de instrutor
divulgação do resultado. e examinador.

Art. 152. O exame de direção veicular será realizado pe- Art. 157. (VETADO).
rante comissão integrada por 3 (três) membros designados
pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo ór-
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo me- gão executivo de trânsito;
nos um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
superior à pretendida pelo candidato. § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utili-
§ 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e bom- zado na aprendizagem poderá conduzir apenas mais um
beiros dos órgãos de segurança pública da União, dos Esta- acompanhante.
dos e do Distrito Federal que possuírem curso de formação de § 2o Parte da aprendizagem será obrigatoriamente rea-
condutor ministrado em suas corporações serão dispensados, lizada durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a
para a concessão do documento de habilitação, dos exames carga horária mínima correspondente.
aos quais se houverem submetido com aprovação naquele
curso, desde que neles sejam observadas as normas estabele- Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida
cidas pelo Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) em modelo único e de acordo com as especificações do
§ 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste
na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condu-
ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade adminis- tor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade
trativa onde prestar serviço, do qual constarão o número do em todo o território nacional.
registro de identificação, naturalidade, nome, filiação, idade e § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou
categoria em que se habilitou a conduzir, acompanhado de da Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor es-
cópia das atas dos exames prestados. (Redação dada pela Lei tiver à direção do veículo.
nº 13.281, de 2016) § 2º (VETADO).
§ 4º (VETADO). § 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Ha-
bilitação será regulamentada pelo CONTRAN.
Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuário § 4º (VETADO).
a identificação de seus instrutores e examinadores, que serão § 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão
passíveis de punição conforme regulamentação a ser estabe- para Dirigir somente terão validade para a condução de
lecida pelo CONTRAN. veículo quando apresentada em original.
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores § 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
e examinadores serão de advertência, suspensão e cancela- expedida e a da autoridade expedidora serão registradas
mento da autorização para o exercício da atividade, conforme no RENACH.
a falta cometida. § 7º A cada condutor corresponderá um único registro
no RENACH, agregando-se neste todas as informações.
Art. 154. Os veículos destinados à formação de conduto- § 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de
res serão identificados por uma faixa amarela, de vinte centí- Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será
metros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia realizada após quitação de débitos constantes do prontuá-
altura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. rio do condutor.

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 9º (VETADO). III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão


§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação para Dirigir de categoria diferente da do veículo que este-
está condicionada ao prazo de vigência do exame de apti- ja conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
dão física e mental. Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº
§ 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na 13.281, de 2016)
vigência do Código anterior, será substituída por ocasião Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela
do vencimento do prazo para revalidação do exame de ap- Lei nº 13.281, de 2016)
tidão física e mental, ressalvados os casos especiais previs- Medida administrativa - retenção do veículo até a
tos nesta Lei. apresentação de condutor habilitado; (Redação dada pela
Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito
IV - (VETADO)
deverá ser submetido a novos exames para que possa vol-
tar a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação
CONTRAN, independentemente do reconhecimento da vencida há mais de trinta dias:
prescrição, em face da pena concretizada na sentença. Infração - gravíssima;
§ 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele en- Penalidade - multa;
volvido poderá ser submetido aos exames exigidos neste Medida administrativa - recolhimento da Carteira Na-
artigo, a juízo da autoridade executiva estadual de trânsito, cional de Habilitação e retenção do veículo até a apresen-
assegurada ampla defesa ao condutor. tação de condutor habilitado;
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade exe- VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho au-
cutiva estadual de trânsito poderá apreender o documento xiliar de audição, de prótese física ou as adaptações do
de habilitação do condutor até a sua aprovação nos exa- veículo impostas por ocasião da concessão ou da renova-
mes realizados. ção da licença para conduzir:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
CAPÍTULO XV Medida administrativa - retenção do veículo até o sa-
DAS INFRAÇÕES neamento da irregularidade ou apresentação de condutor
habilitado.
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância
de qualquer preceito deste Código, da legislação comple-
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas
mentar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator
sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas condições previstas no artigo anterior:
em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
XIX. Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III
resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas do artigo anterior.
administrativas definidas nas próprias resoluções.
Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas
Art. 162. Dirigir veículo: nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Per- e passe a conduzi-lo na via:
missão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomo- Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
tor: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
Infração - gravíssima;(Redação dada pela Lei nº 13.281, Medida administrativa - a mesma prevista no inciso
de 2016) III do art. 162.
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei
nº 13.281, de 2016) Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qual-
Medida administrativa - retenção do veículo até a quer outra substância psicoativa que determine depen-
apresentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº
dência:
13.281, de 2016)
Infração - gravíssima;
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão
para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cas- Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito
sada ou com suspensão do direito de dirigir: (Redação de dirigir por 12 (doze) meses.
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Medida administrativa - recolhimento do documento
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de habilitação e retenção do veículo, observado o dispos-
de 2016) to no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro.
nº 13.281, de 2016) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Medida administrativa - recolhimento do documento no caput em caso de reincidência no período de até 12
de habilitação e retenção do veículo até a apresentação de (doze) meses.
condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame Art. 173. Disputar corrida:
clínico, perícia ou outro procedimento que permita cer- Infração - gravíssima;
tificar influência de álcool ou outra substância psicoativa, Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito
na forma estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº de dirigir e apreensão do veículo;
13.281, de 2016) Medida administrativa - recolhimento do documento
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de de habilitação e remoção do veículo.
2016) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze)
de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, meses da infração anterior.
de 2016)
Medida administrativa - recolhimento do documento Art. 174. Promover, na via, competição, eventos orga-
de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto nizados, exibição e demonstração de perícia em manobra
no § 4º do art. 270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) de veículo, ou deles participar, como condutor, sem per-
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista missão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre
no caput em caso de reincidência no período de até 12 a via:
(doze) meses (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pes- de dirigir e apreensão do veículo;
soa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíqui- Medida administrativa - recolhimento do documento
co, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança: de habilitação e remoção do veículo
Infração - gravíssima; § 1º As penalidades são aplicáveis aos promotores e
Penalidade - multa. aos condutores participantes.
§ 2º Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da
cinto de segurança, conforme previsto no art. 65: infração anterior.
Infração - grave;
Penalidade - multa; Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exi-
Medida administrativa - retenção do veículo até colo- bir manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derra-
cação do cinto pelo infrator. pagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento
de pneus:
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor
Infração - gravíssima;
sem observância das normas de segurança especiais esta-
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito
belecidas neste Código:
de dirigir e apreensão do veículo;
Infração - gravíssima;
Medida administrativa - recolhimento do documento
Penalidade - multa;
de habilitação e remoção do veículo.
Medida administrativa - retenção do veículo até que a
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
irregularidade seja sanada.
no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze)
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indis-
pensáveis à segurança: meses da infração anterior.
Infração - leve;
Penalidade - multa. Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente
com vítima:
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, poden-
atravessando a via pública, ou os demais veículos: do fazê-lo;
Infração - gravíssima; II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no senti-
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; do de evitar perigo para o trânsito no local;
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhi- III - de preservar o local, de forma a facilitar os traba-
mento do documento de habilitação. lhos da polícia e da perícia;
IV - de adotar providências para remover o veículo do
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pe- local, quando determinadas por policial ou agente da au-
destres ou veículos, água ou detritos: toridade de trânsito;
Infração - média; V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar infor-
Penalidade - multa. mações necessárias à confecção do boletim de ocorrência:
Infração - gravíssima;
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direi-
ou substâncias: to de dirigir;
Infração - média; Medida administrativa - recolhimento do documento
Penalidade - multa. de habilitação.

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de
de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade água ou tampas de poços de visita de galerias subterrâ-
e seus agentes: neas, desde que devidamente identificados, conforme es-
Infração - grave; pecificação do CONTRAN:
Penalidade - multa. Infração - média;
Penalidade - multa;
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem Medida administrativa - remoção do veículo;
vítima, de adotar providências para remover o veículo do VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior:
local, quando necessária tal medida para assegurar a segu- Infração - leve;
rança e a fluidez do trânsito: Penalidade - multa;
Infração - média; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa. VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre,
sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios,
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de
na via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim pú-
de sua remoção e em que o veículo esteja devidamente blico:
sinalizado: Infração - grave;
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito Penalidade - multa;
rápido: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave; IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada
Penalidade - multa; destinada à entrada ou saída de veículos:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - média;
II - nas demais vias: Penalidade - multa;
Infração - leve; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa. X - impedindo a movimentação de outro veículo:
Infração - média;
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de Penalidade - multa;
combustível: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média; XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Medida administrativa - remoção do veículo. Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 181. Estacionar o veículo: XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo circulação de veículos e pedestres:
do alinhamento da via transversal: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta de ponto de embarque ou desembarque de passageiros de
centímetros a um metro: transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no
Infração - leve; intervalo compreendido entre dez metros antes e depois
Penalidade - multa; do marco do ponto:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - média;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de Penalidade - multa;
um metro: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave; XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Medida administrativa - remoção do veículo;
Código: XV - na contramão de direção:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, freado e sem calço de segurança, quando se tratar de veí-
das vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acosta- culo com peso bruto total superior a três mil e quinhentos
mento: quilogramas:
Infração - gravíssima; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;

12
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

XVII - em desacordo com as condições regulamenta- VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
das especificamente pela sinalização (placa - Estaciona- circulação de veículos e pedestres:
mento Regulamentado): Infração - média;
Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de Penalidade - multa;
2015) ; VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente IX - na contramão de direção:
pela sinalização (placa - Proibido Estacionar): Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; X - em local e horário proibidos especificamente pela
Medida administrativa - remoção do veículo; sinalização (placa - Proibido Parar):
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada Infração - média;
proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Esta- Penalidade - multa.
cionar):
Infração - grave; Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na
Penalidade - multa; mudança de sinal luminoso:
Medida administrativa - remoção do veículo. Infração - média;
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência Penalidade - multa.
ou idosos, sem credencial que comprove tal condição: (In-
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 184. Transitar com o veículo:
Infração - gravíssima; Incluído pela Lei nº 13.281, de I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como
2016) de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo,
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de exceto para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à di-
2016) reita:
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído Infração - leve;
pela Lei nº 13.281, de 2016)
Penalidade - multa;
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como
trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a re-
de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo:
moção do veículo.
Infração - grave;
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abando-
Penalidade - multa.
nar o calço de segurança na via.
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamen-
Art. 182. Parar o veículo: tada com circulação destinada aos veículos de transporte
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo público coletivo de passageiros, salvo casos de força maior
do alinhamento da via transversal: e com autorização do poder público competente: (Incluído
Infração - média; pela Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa; Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta 2015)
centímetros a um metro: Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído
Infração - leve; pela Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa; Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de pela Lei nº 13.154, de 2015)
um metro:
Infração - média; Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, dei-
Penalidade - multa; xar de conservá-lo:
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regula-
Código: mentação, exceto em situações de emergência;
Infração - leve; II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior
Penalidade - multa; porte:
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, Infração - média;
das vias de trânsito rápido e das demais vias dotadas de Penalidade - multa.
acostamento:
Infração - grave; Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
Penalidade - multa; I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário,
nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de respeitada a preferência do veículo que transitar em senti-
rolamento e marcas de canalização: do contrário:
Infração - leve; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;

13
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

II - vias com sinalização de regulamentação de sentido Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância
único de circulação: necessária a pequenas manobras e de forma a não causar
Infração - gravíssima; riscos à segurança:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela
regulamentação estabelecida pela autoridade competente: Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autori-
I - para todos os tipos de veículos: dade competente de trânsito ou de seus agentes:
Infração - média; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.

Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante
ou perturbando o trânsito: gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção
do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de
Infração - média;
parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circu-
Penalidade - multa.
lação:
Infração - grave;
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos Penalidade - multa.
de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia,
de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quan- Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veícu-
do em serviço de urgência e devidamente identificados por lo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da
dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação respectiva mão de direção, quando for manobrar para um
vermelha intermitentes: desses lados:
Infração - gravíssima; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quan-
este com prioridade de passagem devidamente identificada do solicitado:
por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e ilumina- Infração - média;
ção vermelha intermitentes: Penalidade - multa.
Infração - grave;
Penalidade - multa. Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo
da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando que vai entrar à esquerda:
em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo Infração - média;
outro ao realizar operação de ultrapassagem: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte
dirigir. coletivo ou de escolares, parado para embarque ou desem-
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no barque de passageiros, salvo quando houver refúgio de se-
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) gurança para o pedestre:
Infração - gravíssima;
meses da infração anterior.
Penalidade - multa.
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um
frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bi-
ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocida- cicleta:
de, as condições climáticas do local da circulação e do veículo: Infração - média;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) I - pelo acostamento;
meses da infração anterior. II - em interseções e passagens de nível;
Infração - gravíssima;
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, Penalidade - multa (cinco vezes).
passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos,
canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acosta- Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:
mentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos: I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade sufi-
Infração - gravíssima; ciente;
Penalidade - multa (três vezes). II - nas faixas de pedestre;

14
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - nas pontes, viadutos ou túneis; Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário po-
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, licial:
cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à Infração - gravíssima;
livre circulação; Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão
V - onde houver marcação viária longitudinal de di- do direito de dirigir;
visão de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou Medida administrativa - remoção do veículo e recolhi-
simples contínua amarela: mento do documento de habilitação.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes). Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em ra-
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista zão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou
no caput em caso de reincidência no período de até 12 qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não
(doze) meses da infração anterior. motorizados:
Infração - grave;
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à Penalidade - multa.
direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou
entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor
operação de retorno: linha férrea:
Infração - grave;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que in-
Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a res-
tegre cortejo, préstito, desfile e formações militares, sal-
vo com autorização da autoridade de trânsito ou de seus pectiva marcha for interceptada:
agentes: I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, pas-
Infração - leve; seatas, desfiles e outros:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Art. 206. Executar operação de retorno: II - por agrupamento de veículos, como cortejos, for-
I - em locais proibidos pela sinalização; mações militares e outros:
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e tú- Infração - grave;
neis; Penalidade - multa.
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajar-
dinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento, Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pe-
refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não moto- destre e a veículo não motorizado:
rizados; I - que se encontre na faixa a ele destinada;
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção II - que não haja concluído a travessia mesmo que
da via transversal; ocorra sinal verde para o veículo;
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e
ainda que em locais permitidos: gestantes:
Infração - gravíssima; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que
Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à não haja sinalização a ele destinada;
esquerda em locais proibidos pela sinalização: V - que esteja atravessando a via transversal para onde
Infração - grave; se dirige o veículo:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Penalidade - multa.
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de
parada obrigatória:
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
Infração - gravíssima;
I - em interseção não sinalizada:
Penalidade - multa.
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou ro-
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário tatória;
com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar b) a veículo que vier da direita;
de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos ou II - nas interseções com sinalização de regulamenta-
evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio: ção de Dê a Preferência:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.

15
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar X - quando o pavimento se apresentar escorregadio,
adequadamente posicionado para ingresso na via e sem defeituoso ou avariado;
as precauções com a segurança de pedestres e de outros XI - à aproximação de animais na pista;
veículos: XII - em declive;
Infração - média; XIII - ao ultrapassar ciclista:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Penalidade - multa;
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações
sem dar preferência de passagem a pedestres e a outros de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja
veículos: intensa movimentação de pedestres:
Infração - média; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima desacordo com as especificações e modelos estabelecidos
permitida para o local, medida por instrumento ou equi- pelo CONTRAN:
pamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias Infração - média;
arteriais e demais vias: Penalidade - multa;
I - quando a velocidade for superior à máxima em até Medida administrativa - retenção do veículo para regu-
20% (vinte por cento): larização e apreensão das placas irregulares.
Infração - média; Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele
Penalidade - multa; que confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de terceiros, placas de identificação não autorizadas pela
de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento): regulamentação.
Infração - grave;
Penalidade - multa; Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de
III - quando a velocidade for superior à máxima em atendimento de emergência, o sistema de iluminação ver-
mais de 50% (cinquenta por cento): melha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de
Infração - gravíssima; incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das
Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata ambulâncias, ainda que parados:
do direito de dirigir e apreensão do documento de habili- Infração - média;
tação. Penalidade - multa.

Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o
à metade da velocidade máxima estabelecida para a via, facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro
retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as con- condutor:
dições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo Infração - grave;
se estiver na faixa da direita: Penalidade - multa;
Infração - média; Medida administrativa - retenção do veículo para re-
Penalidade - multa. gularização.

Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em
forma compatível com a segurança do trânsito: vias providas de iluminação pública:
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, Infração - leve;
cortejos, préstitos e desfiles: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado os demais condutores e, à noite, não manter acesas as lu-
pelo agente da autoridade de trânsito, mediante sinais so- zes externas ou omitir-se quanto a providências necessá-
noros ou gestos; rias para tornar visível o local, quando:
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou
acostamento; permanecer no acostamento;
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser
sinalizada; retirada imediatamente:
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cer- Infração - grave;
cada; Penalidade - multa.
VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com adver- Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que
tência de obras ou trabalhadores na pista; tenha sido utilizado para sinalização temporária da via:
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; Infração - média;
IX - quando houver má visibilidade; Penalidade - multa.

16
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 227. Usar buzina: XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de


I - em situação que não a de simples toque breve como caráter publicitário afixados ou pintados no para-brisa e em
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veícu- toda a extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as
los; hipóteses previstas neste Código;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por pe-
III - entre as vinte e duas e as seis horas; lículas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas;
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização; XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autoriza-
V - em desacordo com os padrões e frequências esta- das pela legislação;
belecidas pelo CONTRAN: XVIII - em mau estado de conservação, comprometen-
Infração - leve; do a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de
Penalidade - multa. segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no
art. 104;
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em XIX - sem acionar o limpador de para-brisa sob chuva:
volume ou frequência que não sejam autorizados pelo Infração - grave;
CONTRAN: Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - retenção do veículo para regu-
Penalidade - multa; larização;
Medida administrativa - retenção do veículo para re- XX - sem portar a autorização para condução de escola-
gularização. res, na forma estabelecida no art. 136:
Infração - grave;
Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de Penalidade - multa e apreensão do veículo;
alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais
sossego público, em desacordo com normas fixadas pelo inscrições previstas neste Código;
CONTRAN: XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinaliza-
Infração - média; ção ou com lâmpadas queimadas:
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo. Penalidade - multa.
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no
Art. 230. Conduzir o veículo: art. 67-C, relativamente ao tempo de permanência do con-
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou dutor ao volante e aos intervalos para descanso, quando se
qualquer outro elemento de identificação do veículo viola- tratar de veículo de transporte de carga ou coletivo de pas-
do ou falsificado; sageiros: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
II - transportando passageiros em compartimento de Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
carga, salvo por motivo de força maior, com permissão da 2015)
autoridade competente e na forma estabelecida pelo CON- Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103,
TRAN; de 2015)
III - com dispositivo anti-radar; Medida administrativa - retenção do veículo para cum-
IV - sem qualquer uma das placas de identificação; primento do tempo de descanso aplicável. (Redação dada
V - que não esteja registrado e devidamente licencia- pela Lei nº 13.103, de 2015)
do; XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem (Vigência)
condições de legibilidade e visibilidade: § 1o Se o condutor cometeu infração igual nos últimos
Infração - gravíssima; 12 (doze) meses, será convertida, automaticamente, a pena-
Penalidade - multa e apreensão do veículo; lidade disposta no inciso XXIII em infração grave. (Incluído
Medida administrativa - remoção do veículo; pela Lei nº 13.103, de 2015)
VII - com a cor ou característica alterada; § 2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança do veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósi-
veicular, quando obrigatória; to, judicial ou administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ine- 13.103, de 2015)
ficiente ou inoperante;
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o Art. 231. Transitar com o veículo:
estabelecido pelo CONTRAN; I - danificando a via, suas instalações e equipamentos;
XI - com descarga livre ou silenciador de motor de ex- II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
plosão defeituoso, deficiente ou inoperante; a) carga que esteja transportando;
XII - com equipamento ou acessório proibido; b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
de sinalização alterados; Infração - gravíssima;
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velo- Penalidade - multa;
cidade e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exi- Medida administrativa - retenção do veículo para re-
gência desse aparelho; gularização;

17
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas
superiores aos fixados pelo CONTRAN; nos incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores peso ou excedendo à capacidade máxima de tração, não
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, computado o percentual tolerado na forma do disposto
sem autorização: na legislação, somente poderá continuar viagem após des-
Infração - grave; carregar o que exceder, segundo critérios estabelecidos na
Penalidade - multa; referida legislação complementar.
Medida administrativa - retenção do veículo para re-
gularização; Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte
V - com excesso de peso, admitido percentual de to- obrigatório referidos neste Código:
lerância quando aferido por equipamento, na forma a ser Infração - leve;
estabelecida pelo CONTRAN: Penalidade - multa;
Infração - média; Medida administrativa - retenção do veículo até a
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilo- apresentação do documento.
gramas ou fração de excesso de peso apurado, constante
na seguinte tabela:
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco
prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito,
reais e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016) ocorridas as hipóteses previstas no art. 123:
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilo- Infração - grave;
gramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos); Penalidade - multa;
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Medida administrativa - retenção do veículo para re-
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogra- gularização.
mas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos);
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilita-
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) ção e de identificação do veículo:
- R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); Infração - gravíssima;
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Penalidade - multa e apreensão do veículo;
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilo- Medida administrativa - remoção do veículo.
gramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ externas do veículo, salvo nos casos devidamente autori-
53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação zados:
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Medida administrativa - Infração - grave;
retenção do veículo e transbordo da carga excedente; Penalidade - multa;
VI - em desacordo com a autorização especial, expedi- Medida administrativa - retenção do veículo para
da pela autoridade competente para transitar com dimen- transbordo.
sões excedentes, ou quando a mesma estiver vencida:
Infração - grave; Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou
Penalidade - multa e apreensão do veículo; corda, salvo em casos de emergência:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - média;
VII - com lotação excedente; Penalidade - multa.
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou
bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as
de força maior ou com permissão da autoridade compe-
especificações, e com falta de inscrição e simbologia neces-
tente:
Infração - média; sárias à sua identificação, quando exigidas pela legislação:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Medida administrativa - retenção do veículo; Penalidade - multa;
IX - desligado ou desengrenado, em declive: Medida administrativa - retenção do veículo para re-
Infração - média; gularização.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo; Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito
X - excedendo a capacidade máxima de tração: ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos de ha-
Infração - de média a gravíssima, a depender da rela- bilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros
ção entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxi- exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade:
ma de tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida Administrativa - retenção do veículo e trans- Medida administrativa - remoção do veículo.
bordo de carga excedente.

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para IX – efetuando transporte remunerado de mercado-
regularização, sem permissão da autoridade competente rias em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei
ou de seus agentes: ou com as normas que regem a atividade profissional dos
Infração - gravíssima; moto taxistas:
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Infração – grave;
Medida administrativa - remoção do veículo. Penalidade – multa; Medida administrativa – apreensão
do veículo para regularização.
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e
registro de veículo irrecuperável ou definitivamente des- VIII, além de:
montado: a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento es-
Infração - grave; pecial a ele destinado;
Penalidade - multa; b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
de Registro e do Certificado de Licenciamento Anual. c) transportar crianças que não tenham, nas circunstân-
cias, condições de cuidar de sua própria segurança.
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do § 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do
parágrafo anterior:
veículo ou de habilitação do condutor:
Infração - média;
Infração - leve;
§ 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste
Penalidade - multa.
artigo não se aplica às motocicletas e motonetas que tracio-
nem semi-reboques especialmente projetados para esse fim
Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins e devidamente homologados pelo órgão competente.
de registro, licenciamento ou habilitação: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, ma-
teriais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou enti-
Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar dade de trânsito com circunscrição sobre a via:
ao órgão executivo de trânsito competente a ocorrência Infração - grave;
de perda total do veículo e de lhe devolver as respectivas Penalidade - multa;
placas e documentos: Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do
Infração - grave; material.
Penalidade - multa; Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa
Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável.
documentos.
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou ócu- da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via inde-
los de proteção e vestuário de acordo com as normas e vidamente:
especificações aprovadas pelo CONTRAN; Infração - gravíssima;
II - transportando passageiro sem o capacete de segu- Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a crité-
rança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do rio da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança.
assento suplementar colocado atrás do condutor ou em Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa físi-
carro lateral; ca ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a autori-
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas dade com circunscrição sobre a via providenciar a sinalização
de emergência, às expensas do responsável, ou, se possível,
em uma roda;
promover a desobstrução.
IV - com os faróis apagados;
V - transportando criança menor de sete anos ou que
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de ro-
não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua lamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão
própria segurança: humana e os de tração animal, sempre que não houver acos-
Infração - gravíssima; tamento ou faixa a eles destinados:
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; Infração - média;
Medida administrativa - Recolhimento do documento Penalidade - multa.
de habilitação;
VI - rebocando outro veículo; Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transpor-
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo te de passageiros carga excedente em desacordo com o
eventualmente para indicação de manobras; estabelecido no art. 109:
VIII – transportando carga incompatível com suas es- Infração - grave;
pecificações ou em desacordo com o previsto no § 2º do Penalidade - multa;
art. 139-A desta Lei; Medida administrativa - retenção para o transbordo.

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamen-
posição, quando o veículo estiver parado, para fins de em- te, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via
barque ou desembarque de passageiros e carga ou descar- sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com cir-
ga de mercadorias: cunscrição sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
Infração - média; Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Penalidade - multa. Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito
de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281,
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: de 2016)
I - deixar de manter acesa a luz baixa: Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído
a) durante a noite; pela Lei nº 13.281, de 2016)
b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e § 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes
nas rodovias; (Redação dada pela Lei nº 13.290, de 2016) aos organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído
c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte pela Lei nº 13.281, de 2016)
coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles § 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reinci-
destinadas; dência no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº
d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores; 13.281, de 2016)
II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de po-
sição sob chuva forte, neblina ou cerração; § 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite; jurídicas que incorram na infração, devendo a autoridade
Infração - média; com circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se
Penalidade - multa. possível, as condições de normalidade para a circulação na
via. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações Art. 254. É proibido ao pedestre:
de emergência; I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exce-
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas se- to para cruzá-las onde for permitido;
guintes situações: II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir túneis, salvo onde exista permissão;
a outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo; III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento,
b) em imobilizações ou situação de emergência, como salvo quando houver sinalização para esse fim;
advertência, utilizando pisca-alerta; IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de per-
c) quando a sinalização de regulamentação da via deter- turbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo,
minar o uso do pisca-alerta: esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com
Infração - média; a devida licença da autoridade competente;
Penalidade - multa. V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aé-
rea ou subterrânea;
Art. 252. Dirigir o veículo: VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
I - com o braço do lado de fora; Infração - leve;
II - transportando pessoas, animais ou volume à sua es- Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do
querda ou entre os braços e pernas; valor da infração de natureza leve.
III - com incapacidade física ou mental temporária que VII (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
comprometa a segurança do trânsito; § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
comprometa a utilização dos pedais; § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva
fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja
veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo; permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em de-
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a sacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
aparelhagem sonora ou de telefone celular; Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa. Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em recibo para o pagamento da multa.
movimento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) CAPÍTULO XVI
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) DAS PENALIDADES

Art. 253. Bloquear a via com veículo: Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das com-
Infração - gravíssima; petências estabelecidas neste Código e dentro de sua cir-
Penalidade - multa e apreensão do veículo; cunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as
Medida administrativa - remoção do veículo. seguintes penalidades:

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

I - advertência por escrito; Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-
II - multa; se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias:
III - suspensão do direito de dirigir; I - infração de natureza gravíssima, punida com mul-
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) ta no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; e quarenta e sete centavos); (Redação dada pela Lei nº
VI - cassação da Permissão para Dirigir; 13.281, de 2016)
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem. II - infração de natureza grave, punida com multa no
§ 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e
não elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes três centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
de crimes de trânsito, conforme disposições de lei. III - infração de natureza média, punida com multa no
§ 2º (VETADO). valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centa-
§ 3º A imposição da penalidade será comunicada aos ór- vos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
gãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo IV - infração de natureza leve, punida com multa no va-
licenciamento do veículo e habilitação do condutor. lor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos).
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
2016)
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres
impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente men- § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator mul-
cionados neste Código. tiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste
§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão im- Código.
postas concomitantemente as penalidades de que trata este § 3º (VETADO).
Código toda vez que houver responsabilidade solidária em in- § 4º (VETADO).
fração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo Art. 259. A cada infração cometida são computados os
cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída. seguintes números de pontos:
§ 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade I - gravíssima - sete pontos;
pela infração referente à prévia regularização e preenchimen- II - grave - cinco pontos;
to das formalidades e condições exigidas para o trânsito do III - média - quatro pontos;
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas IV - leve - três pontos.
características, componentes, agregados, habilitação legal e § 1º (VETADO).
compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e ou- § 2º (VETADO).
tras disposições que deva observar. § 3o (VETADO).
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infra- § 4o Ao condutor identificado no ato da infração será
ções decorrentes de atos praticados na direção do veículo. atribuída pontuação pelas infrações de sua responsabilida-
§ 4º O embarcador é responsável pela infração relativa de, nos termos previstos no § 3o do art. 257, excetuando-se
ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no aquelas praticadas por passageiros usuários do serviço de
peso bruto total, quando simultaneamente for o único reme- transporte rodoviário de passageiros em viagens de lon-
tente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou ga distância transitando em rodovias com a utilização de
manifesto for inferior àquele aferido. ônibus, em linhas regulares intermunicipal, interestadual,
§ 5º O transportador é o responsável pela infração rela- internacional e aquelas em viagem de longa distância por
tiva ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, excetua-
ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador das as situações regulamentadas pelo Contran a teor do
ultrapassar o peso bruto total.
art. 65 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código
§ 6º O transportador e o embarcador são solidariamente
de Trânsito Brasileiro. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto
for superior ao limite legal. Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo
§ 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a
proprietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a no- via onde haja ocorrido a infração, de acordo com a compe-
tificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que tência estabelecida neste Código.
dispuser o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será § 1º As multas decorrentes de infração cometida em
considerado responsável pela infração. unidade da Federação diversa da do licenciamento do veí-
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não ha- culo serão arrecadadas e compensadas na forma estabele-
vendo identificação do infrator e sendo o veículo de proprie- cida pelo CONTRAN.
dade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprie- § 2º As multas decorrentes de infração cometida em
tário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor unidade da Federação diversa daquela do licenciamento
é o da multa multiplicada pelo número de infrações iguais do veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entida-
cometidas no período de doze meses. de responsável pelo seu licenciamento, que providenciará
§ 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime a notificação.
do disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259. § 3º (Revogado).

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licen- § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art.
ciado no exterior, em trânsito no território nacional, a multa 162 o condutor que, notificado da penalidade de que trata
respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, res- este artigo, dirigir veículo automotor em via pública. (In-
peitado o princípio de reciprocidade. cluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir re-
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de di- ferente ao inciso II do caput deste artigo deverá ser instau-
rigir será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela rado concomitantemente com o processo de aplicação da
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) penalidade de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 § 11. O Contran regulamentará as disposições deste
(vinte) pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
pontuação prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016) Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
II - por transgressão às normas estabelecidas neste Có- gência)
digo, cujas infrações preveem, de forma específica, a pena-
lidade de suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-
nº 13.281, de 2016) se-á:
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de sus- I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator con-
pensão do direito de dirigir são os seguintes: (Redação duzir qualquer veículo;
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses,
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a das infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts.
1 (um) ano e, no caso de reincidência no período de 12 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
(doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído III - quando condenado judicialmente por delito de
pela Lei nº 13.281, de 2016) trânsito, observado o disposto no art. 160.
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) § 1º Constatada, em processo administrativo, a irregu-
meses, exceto para as infrações com prazo descrito no dis- laridade na expedição do documento de habilitação, a au-
positivo infracional, e, no caso de reincidência no período toridade expedidora promoverá o seu cancelamento.
de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, res- § 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Na-
peitado o disposto no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei cional de Habilitação, o infrator poderá requerer sua rea-
nº 13.281, de 2016) bilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de Art. 264. (VETADO).
reciclagem.
§ 3o A imposição da penalidade de suspensão do di- Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de di-
reito de dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados rigir e de cassação do documento de habilitação serão apli-
para fins de contagem subsequente. (Incluído pela Lei nº cadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito
12.547, de 2011) competente, em processo administrativo, assegurado ao
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) infrator amplo direito de defesa.
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada em
veículo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente,
participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativa-
no período de 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos, mente, as respectivas penalidades.
conforme regulamentação do Contran. (Redação dada pela
Lei nº 13.281, de 2016) Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de adver-
§ 6o Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o, tência por escrito à infração de natureza leve ou média,
o condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido passível de ser punida com multa, não sendo reinciden-
atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído te o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses,
pela Lei nº 13.154, de 2015) quando a autoridade, considerando o prontuário do infra-
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º tor, entender esta providência como mais educativa.
não poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) me- § 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o
ses. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258,
§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissioná- imposta por infração posteriormente cometida.
ria de serviço público tem o direito de ser informada dos § 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos
pontos atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas pedestres, podendo a multa ser transformada na participa-
que integrem seu quadro funcional, exercendo atividade ção do infrator em cursos de segurança viária, a critério da
remunerada ao volante, na forma que dispuser o Contran. autoridade de trânsito.
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 268. O infrator será submetido a curso de recicla- § 2o Não sendo possível sanar a falha no local da infra-
gem, na forma estabelecida pelo CONTRAN: ção, o veículo, desde que ofereça condições de segurança
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua ree- para circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
ducação; regularmente habilitado, mediante recolhimento do Cer-
II - quando suspenso do direito de dirigir; tificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de
III - quando se envolver em acidente grave para o qual recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor para re-
haja contribuído, independentemente de processo judicial; gularizar a situação, para o que se considerará, desde logo,
IV - quando condenado judicialmente por delito de notificado. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
trânsito; § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devol-
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condu- vido ao condutor no órgão ou entidade aplicadores das
tor está colocando em risco a segurança do trânsito; medidas administrativas, tão logo o veículo seja apresenta-
VI - em outras situações a serem definidas pelo CON- do à autoridade devidamente regularizado.
TRAN. § 4º Não se apresentando condutor habilitado no local
da infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-
CAPÍTULO XVII se neste caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS Lei nº 13.281, de 2016)
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção ime-
diata, quando se tratar de veículo de transporte coletivo
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes,
transportando passageiros ou veículo transportando pro-
na esfera das competências estabelecidas neste Código
duto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições
e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes
de segurança para circulação em via pública.
medidas administrativas: § 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se
I - retenção do veículo; refere o § 2o, será feito registro de restrição administrativa
II - remoção do veículo; no Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; dos Estados e do Distrito Federal, que será retirada após
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; comprovada a regularização. (Incluído pela Lei nº 13.160,
V - recolhimento do Certificado de Registro; de 2015)
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento § 7o O descumprimento das obrigações estabelecidas
Anual; no § 2o resultará em recolhimento do veículo ao depósito,
VII - (VETADO). aplicando-se, nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído
VIII - transbordo do excesso de carga; pela Lei nº 13.160, de 2015)
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou
perícia de substância entorpecente ou que determine de- Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos
pendência física ou psíquica; neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entida-
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos de competente, com circunscrição sobre a via.
nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, res- § 1o A restituição do veículo removido só ocorrerá me-
tituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de diante prévio pagamento de multas, taxas e despesas com
multas e encargos devidos. remoção e estada, além de outros encargos previstos na
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
legislação, de prática de primeiros socorros e de direção § 2o A liberação do veículo removido é condicionada
veicular. ao reparo de qualquer componente ou equipamento obri-
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medi- gatório que não esteja em perfeito estado de funciona-
das administrativas e coercitivas adotadas pelas autorida- mento. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
des de trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário § 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providên-
a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa. cia que não possa ser tomada no depósito, a autoridade
responsável pela remoção liberará o veículo para reparo,
§ 2º As medidas administrativas previstas neste artigo
na forma transportada, mediante autorização, assinalan-
não elidem a aplicação das penalidades impostas por infra-
do prazo para reapresentação. (Redação dada pela Lei nº
ções estabelecidas neste Código, possuindo caráter com-
13.281, de 2016)
plementar a estas. § 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de
§ 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional veículo poderão ser realizados por órgão público, direta-
de Habilitação e a Permissão para Dirigir. mente, ou por particular contratado por licitação pública,
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inci- sendo o proprietário do veículo o responsável pelo paga-
so X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber. mento dos custos desses serviços. (Redação dada pela Lei
nº 13.281, de 2016)
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expres- § 5o O proprietário ou o condutor deverá ser notifica-
sos neste Código. do, no ato de remoção do veículo, sobre as providências
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local necessárias à sua restituição e sobre o disposto no art. 328,
da infração, o veículo será liberado tão logo seja regulari- conforme regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei
zada a situação. nº 13.160, de 2015)

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja pre- Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente
sente no momento da remoção do veículo, a autoridade é condição para que o veículo possa prosseguir viagem e
de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias contado da data da será efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem
remoção, deverá expedir ao proprietário a notificação pre- prejuízo da multa aplicável.
vista no § 5º, por remessa postal ou por outro meio tecno- Parágrafo único. Não sendo possível desde logo aten-
lógico hábil que assegure a sua ciência, e, caso reste frus- der ao disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao
trada, a notificação poderá ser feita por edital. (Redação depósito, sendo liberado após sanada a irregularidade e
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) § 7o A notificação de- pagas as despesas de remoção e estada.
volvida por desatualização do endereço do proprietário do
veículo ou por recusa desse de recebê-la será considerada Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de
recebida para todos os efeitos (Incluído pela Lei nº 13.160, sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às pe-
de 2015) nalidades previstas no art. 165.
§ 8o Em caso de veículo licenciado no exterior, a no- Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de
tificação será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, tolerância quando a infração for apurada por meio de apa-
de 2015) relho de medição, observada a legislação metrológica.
§ 9o Não caberá remoção nos casos em que a irregula-
ridade puder ser sanada no local da infração. (Incluído pela Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido
Lei nº 13.160, de 2015) em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, pe-
será correspondente ao período integral, contado em dias, rícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou
em que efetivamente o veículo permanecer em depósito, científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita
limitado ao prazo de 6 (seis) meses. (ncluído pela Lei nº certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa
13.281, de 2016) que determine dependência.
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada pres- § 1o (Revogado).
tados por particulares poderão ser pagos pelo proprietário § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser
diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de si-
2016) nais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, al-
§ 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de teração da capacidade psicomotora ou produção de quais-
o respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por quer outras provas em direito admitidas.
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas admi-
meio de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13.281,
nistrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao
de 2016)
condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos pro-
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do
cedimentos previstos no caput deste artigo. (Redação dada
recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente,
pela Lei nº 13.281, de 2016)
que o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no
período de retenção em depósito, é da responsabilidade
Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não
do ente público a devolução das quantias pagas por força
submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de
deste artigo, segundo os mesmos critérios da devolução pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade pre-
de multas indevidas. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) vista no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto
de evasão para fim de pesagem obrigatória.
Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habi- Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação
litação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante reci- policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja loca-
bo, além dos casos previstos neste Código, quando houver lizado, aplicando-se, além das penalidades em que incorre,
suspeita de sua inautenticidade ou adulteração. as estabelecidas no art. 210.
Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo
dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste veículo equipado com registrador instantâneo de veloci-
Código, quando: dade e tempo, somente o perito oficial encarregado do
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração; levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade
II - se, alienado o veículo, não for transferida sua pro- armazenadora do registro.
priedade no prazo de trinta dias.
CAPÍTULO XVIII
Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licencia- DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
mento Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos Seção I
previstos neste Código, quando: Da Autuação
I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido; Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de
III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:
não puder ser sanada no local. I - tipificação da infração;
II - local, data e hora do cometimento da infração;

24
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua § 5º No caso de penalidade de multa, a data estabele-
marca e espécie, e outros elementos julgados necessários cida no parágrafo anterior será a data para o recolhimento
à sua identificação; de seu valor.
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
V - identificação do órgão ou entidade e da autorida- Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor
de ou agente autuador ou equipamento que comprovar a autuado poderá optar por ser notificado por meio eletrô-
infração; nico se o órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsá-
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valen- vel pela autuação oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº
do esta como notificação do cometimento da infração. 13.281, de 2016)
§ 1º (VETADO). § 1º O proprietário ou o condutor autuado que optar
§ 2º A infração deverá ser comprovada por declaração pela notificação por meio eletrônico deverá manter seu ca-
da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por dastro atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado
aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, rea- ou do Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
ções químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente § 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o
disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN. proprietário ou o condutor autuado será considerado no-
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o tificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no
agente de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio sistema eletrônico. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
auto de infração, informando os dados a respeito do veícu- § 3º O sistema previsto no caput será certificado digi-
lo, além dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedi- talmente, atendidos os requisitos de autenticidade, integri-
mento previsto no artigo seguinte. dade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestru-
§ 4º O agente da autoridade de trânsito competente tura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela
para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, es- Lei nº 13.281, de 2016)
tatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado
pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no Art. 283. (VETADO).
âmbito de sua competência.
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado
Seção II
até a data do vencimento expressa na notificação, por oi-
Do Julgamento das Autuações e Penalidades
tenta por cento do seu valor.
§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da compe-
eletrônica, se disponível, conforme regulamentação do
tência estabelecida neste Código e dentro de sua circuns-
Contran, e opte por não apresentar defesa prévia nem
crição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará
recurso, reconhecendo o cometimento da infração, pode-
a penalidade cabível.
rá efetuar o pagamento da multa por 60% (sessenta por
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e
seu registro julgado insubsistente: cento) do seu valor, em qualquer fase do processo, até o
I - se considerado inconsistente ou irregular; vencimento da multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedi- § 2º O recolhimento do valor da multa não implica re-
da a notificação da autuação. núncia ao questionamento administrativo, que pode ser
realizado a qualquer momento, respeitado o disposto no §
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notifica- 1º. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
ção ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa § 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser
postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de licencia-
assegure a ciência da imposição da penalidade. mento e transferência, enquanto não for encerrada a ins-
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do en- tância administrativa de julgamento de infrações e penali-
dereço do proprietário do veículo será considerada válida dades. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
para todos os efeitos. § 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de infrações e penalidades, a multa não paga até o venci-
de repartições consulares de carreira e de representações mento será acrescida de juros de mora equivalentes à taxa
de organismos internacionais e de seus integrantes será re- referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
metida ao Ministério das Relações Exteriores para as provi- (Selic) para títulos federais acumulada mensalmente, calcu-
dências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa. lados a partir do mês subsequente ao da consolidação até
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento)
condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
a notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
responsável pelo seu pagamento.
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto
do prazo para apresentação de recurso pelo responsável perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual reme-
pela infração, que não será inferior a trinta dias contados tê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.
da data da notificação da penalidade. § 1º O recurso não terá efeito suspensivo.

25
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o III - o pagamento da multa, com reconhecimento da
recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis subse- infração e requerimento de encerramento do processo na
quentes à sua apresentação, e, se o entender intempestivo, fase em que se encontra, sem apresentação de defesa ou
assinalará o fato no despacho de encaminhamento. recurso. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for
julgado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade (...)
que impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do
recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo. ANEXO I
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá
ser interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu Para efeito deste Código adotam-se as seguintes de-
valor. finições:
§ 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-
se-á o estabelecido no parágrafo único do art. 284. ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de
§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar rolamento destinada à parada ou estacionamento de veí-
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á culos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres
devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse
índice legal de correção dos débitos fiscais. fim.
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil
Art. 287. Se a infração for cometida em localidade di- ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito
versa daquela do licenciamento do veículo, o recurso po- para o exercício das atividades de fiscalização, operação,
derá ser apresentado junto ao órgão ou entidade de trân- policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
sito da residência ou domicílio do infrator. AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo,
Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber originário dos alvéolos pulmonares.
o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao trans-
impôs a penalidade acompanhado das cópias dos prontuá- porte de passageiros, com capacidade para até oito pes-
rios necessários ao julgamento. soas, exclusive o condutor.
AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de ór-
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser inter- gão ou entidade executivo integrante do Sistema Nacional
posto, na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada.
contado da publicação ou da notificação da decisão. BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical
§ 1º O recurso será interposto, da decisão do não pro- passando pelos centros das rodas traseiras extremas e o
vimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os
provimento, pela autoridade que impôs a penalidade. elementos rigidamente fixados ao mesmo.
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à
apreciado no prazo de trinta dias: motocicleta, motoneta e ciclomotor.
I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao
entidade de trânsito da União: estacionamento de bicicletas.
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move
de seis meses, cassação do documento de habilitação ou sobre trilhos.
penalidade por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN; BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser de-
b) nos demais casos, por colegiado especial integrado marcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a
pelo Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta parte da via destinada à circulação de veículos.
que apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta; CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou em nível diferente, não destinada à circulação de veículos,
entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Fe- reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à
deral, pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente. implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação
Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quan- e outros fins.
do houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a
seus próprios membros. tracionar ou arrastar outro.
CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de
Art. 290. Implicam encerramento da instância adminis- carga com peso bruto total de até três mil e quinhentos
trativa de julgamento de infrações e penalidades: (Redação quilogramas.
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 de passageiros e carga no mesmo compartimento.
e 289; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (In- como separador de duas pistas de rolamento, eventual-
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) mente substituído por marcas viárias (canteiro fictício).

26
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permis-
a unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo são ou impedimento de locomoção na faixa apropriada.
fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado
geração e multiplicação de momento de força e resistência a manter o veículo imóvel na ausência do condutor ou, no
dos elementos que compõem a transmissão. caso de um reboque, se este se encontra desengatado.
CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo desti-
automotores em sinal de regozijo, de reivindicação, de pro- nado a diminuir a marcha do veículo no caso de falha do
testo cívico ou de uma classe. freio de serviço.
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utili- FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a
zado no transporte de pequenas cargas. diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.
CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de
transporte de carga. braço, adotados exclusivamente pelos agentes de autori-
CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da dades de trânsito nas vias, para orientar, indicar o direito
luz utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-ga- de passagem dos veículos ou pedestres ou emitir ordens,
to). sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou nor-
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao ma constante deste Código.
transporte de pessoas. GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencio-
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão nais de braço, adotados exclusivamente pelos condutores,
humana. para orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada mudança de direção, redução brusca de velocidade ou pa-
à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização rada.
específica. ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamen-
CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido to, destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma
de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não interseção.
exceda a cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da le-
cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exce- gislação de trânsito, às normas emanadas do Código de
da a cinquenta quilômetros por hora. Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamen-
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ci- tação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do
clos, separada fisicamente do tráfego comum. trânsito.
CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entronca-
direita, de mudança da direção original do veículo. mento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais
CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível. cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo
tenha a função específica de proporcionar maior segurança
para atender circunstância momentânea do trânsito.
ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo
LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obri-
que possam colocar em risco sua integridade física e dos
gações do proprietário de veículo, comprovado por meio
demais usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.
de documento específico (Certificado de Licenciamento
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por
Anual).
tempo superior ao necessário para embarque ou desem-
LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela
barque de passageiros.
municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de
ESTRADA - via rural não pavimentada.
veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada,
ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor
parques, áreas de lazer, calçadões.
alcoólico no ar alveolar.
FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e
delimitada por lei específica e sob responsabilidade do ór- passageiros, que o veículo transporta, expressa em quilo-
gão ou entidade de trânsito competente com circunscrição gramas para os veículos de carga, ou número de pessoas,
sobre a via. para os veículos de passageiros.
FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas lon- LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias ur-
gitudinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada banas ou rurais e que com elas se limita.
ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar
largura suficiente para permitir a circulação de veículos au- a via até uma grande distância do veículo.
tomotores. LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a ilumi-
FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das nar a via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou
normas estabelecidas na legislação de trânsito, por meio incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários
do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbi- da via que venham em sentido contrário.
to de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos
trânsito e de acordo com as competências definidas neste demais usuários da via, que se encontram atrás do veículo,
Código. que o condutor está aplicando o freio de serviço.

27
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de
veículo destinada a indicar aos demais usuários da via que vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
o condutor tem o propósito de mudar de direção para a PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamen-
direita ou para a esquerda. to, neste último caso, separada por pintura ou elemento
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a ilu- físico separador, livre de interferências, destinada à cir-
minar atrás do veículo e advertir aos demais usuários da via culação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de
que o veículo está efetuando ou a ponto de efetuar uma ciclistas.
manobra de marcha à ré. PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Ro-
LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumen- doviária Federal com o objetivo de garantir obediência
tar a iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou às normas de trânsito, assegurando a livre circulação e
nuvens de pó. evitando acidentes.
LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área
a indicar a presença e a largura do veículo. rural.
MANOBRA - movimento executado pelo condutor PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo
para alterar a posição em que o veículo está no momento transmite ao pavimento, constituído da soma da tara mais
em relação à via.
a lotação.
MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo
linhas, marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores
transmitido ao pavimento pela combinação de um cami-
diversas, apostos ao pavimento da via.
MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte co- nhão-trator mais seu semi-reboque ou do caminhão mais
letivo com capacidade para até vinte passageiros. o seu reboque ou reboques.
MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada
ou sem side-car, dirigido por condutor em posição mon- em caráter de advertência, destinada a indicar aos demais
tada. usuários da via que o veículo está imobilizado ou em si-
MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigi- tuação de emergência.
do por condutor em posição sentada. PISTA - parte da via normalmente utilizada para a cir-
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor culação de veículos, identificada por elementos separado-
cuja carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, es- res ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas
critório, comércio ou finalidades análogas. ou aos canteiros centrais.
NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do- PLACAS - elementos colocados na posição vertical,
sol e o nascer do sol. fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo
ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, va-
com capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, riáveis, mediante símbolo ou legendas pré-reconhecidas
em virtude de adaptações com vista à maior comodidade e legalmente instituídas como sinais de trânsito.
destes, transporte número menor. POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de preve-
veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carrega- nir e reprimir atos relacionados com a segurança pública
mento ou descarregamento de animais ou carga, na forma e de garantir obediência às normas relativas à segurança
disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando aci-
competente com circunscrição sobre a via. dentes.
OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico PONTE - obra de construção civil destinada a ligar
baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das con- margens opostas de uma superfície líquida qualquer.
dições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de
forma a reduzir as interferências tais como veículos que-
um veículo automotor.
brados, acidentados, estacionados irregularmente atrapa-
REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinaliza-
lhando o trânsito, prestando socorros imediatos e informa-
ção de regulamentação pelo órgão ou entidade compe-
ções aos pedestres e condutores.
tente com circunscrição sobre a via, definindo, entre ou-
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e
pelo tempo estritamente necessário para efetuar embar- tros, sentido de direção, tipo de estacionamento, horários
que ou desembarque de passageiros. e dias.
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e pro-
uma via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista tegida, destinada ao uso de pedestres durante a travessia
própria. da mesma.
PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilita-
passagem à frente de outro veículo que se desloca no mes- dos.
mo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automo-
da via. tores.
PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à RETORNO - movimento de inversão total de sentido
transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de da direção original de veículos.
pedestres ou veículos. RODOVIA - via rural pavimentada.

28
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sen-
apóia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio do o primeiro um veículo automotor e os demais rebo-
de articulação. ques ou equipamentos de trabalho agrícola, construção,
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária terraplenagem ou pavimentação.
que se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor
controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinado ao transporte de carga com peso bruto total
destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito máximo superior a dez mil quilogramas e de passageiros,
dos veículos e pedestres. superior a vinte passageiros.
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispo- VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao
sitivos de segurança colocados na via pública com o ob- transporte de pessoas e suas bagagens.
jetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao
melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos transporte simultâneo de carga e passageiro.
e pedestres que nela circulam. VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e
SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusiva- animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamen-
mente pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, to, ilha e canteiro central.
para orientar ou indicar o direito de passagem dos veículos VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por
ou pedestres, sobrepondo-se ou completando sinalização acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em
existente no local ou norma estabelecida neste Código. nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos travessia de pedestres em nível.
da carroçaria e equipamento, do combustível, das ferra- VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções
mentas e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de em nível, geralmente controlada por semáforo, com aces-
incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em qui- sibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
logramas. possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir
duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à tra- o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias
seira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito
atividades turísticas como alojamento, ou para atividades dentro das regiões da cidade.
comerciais. VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local
pessoas e animais nas vias terrestres. ou a áreas restritas.
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo VIA RURAL - estradas e rodovias.
de uma faixa demarcada para outra. VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e
TRATOR - veículo automotor construído para realizar similares abertos à circulação pública, situados na área ur-
trabalho agrícola, de construção e pavimentação e tracio- bana, caracterizados principalmente por possuírem imó-
nar outros veículos e equipamentos. veis edificados ao longo de sua extensão.
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias
outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em me- destinadas à circulação prioritária de pedestres.
nor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando VIADUTO - obra de construção civil destinada a trans-
sair e retornar à faixa de origem. por uma depressão de terreno ou servir de passagem su-
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versati- perior.
lidade do seu uso, inclusive fora de estrada.
VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos aco-
plados, sendo um deles automotor.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de pro-
pulsão que circule por seus próprios meios, e que serve
normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas,
ou para a tração viária de veículos utilizados para o trans-
porte de pessoas e coisas. O termo compreende os veí-
culos conectados a uma linha elétrica e que não circulam
sobre trilhos (ônibus elétrico).
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte
de carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive
o condutor.
VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo
sido fabricado há mais de trinta anos, conserva suas ca-
racterísticas originais de fabricação e possui valor histórico
próprio.

29
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

se às regras pactuadas na legislação, no edital de licitação


2. LEGISLAÇÃO DE TRANSPORTES: e no contrato. O poder público deve prever no edital de
2.1. LEI ESTADUAL Nº 13.094/2001 licitação a possibilidade de receitas extratarifárias (receitas
(DOE DE 12/01/2001), ALTERADA PELAS LEIS alternativas, complementares, acessórias ou de projetos as-
ESTADUAIS Nº 14.288/2009 sociados, inclusive proveniente do transporte de encomen-
da) com o objetivo de atender à modicidade das tarifas (art.
(DOE 26/01/2009), Nº 14.719 /2010
43, § 1º a § 3º).
(DOE DE 31/05/2010) E Nº 15.491/2013 A Lei Nº 13.094/2001 foi posteriormente regulamenta-
(DOE DE 30/12/2013). da pelos Decretos Nº 26.103/2001 e Nº 26.803/2002. Entre-
tanto, por se tratar do papel das cooperativas será analisa-
do apenas o segundo Decreto, que regulamenta os serviços
No ano de 2001, o Estado do Ceará promulgou a Lei regulares de linhas radiais (liga determinada localidade à
Nº 13.094, que instituía o Sistema de Transporte Rodoviá- Fortaleza)
rio Intermunicipal de Passageiros no âmbito do estado, e diametrais (liga localidades passando por Fortaleza)
sendo regulamentada pelos Decretos Nº 26.103/2001 e explorados por veículos utilitários de passageiros (VUP),
Nº 26.803/2002. A referida lei define que “compete ao bem como as linhas regionais (liga localidades não passan-
Estado do Ceará explorar, organizar, dirigir, coordenar, do por Fortaleza), que além do uso dos
executar, delegar e controlar a prestação de serviços pú- VUPs, podem utilizar veículos utilitários mistos (VUM),
blicos relativos ao Sistema de Transporte Rodoviário In- de acordo com a Lei Nº 13.094/2001, no art. 4º, PP 5º, 6º e
termunicipal de Passageiros e aos Terminais Rodoviários 7º, passando a se denominar Serviço Regular Complemen-
de passageiros” (art. 2º), subdividindo tal serviço em dois tar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
tipos: a) “Serviços Regulares de Transporte Rodoviário In- do Estado do Ceará (SRC/STRIP-CE).
termunicipal de Passageiros” e b) “Serviços de Transporte
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamen- LEI Nº 13.094, DE 12 DE JANEIRO DE 2001
to” (art. 3º). Deixa à regulamentação, o detalhamento das
“características e subclassificações de cada modalidade Dispõe sobre o Sistema de Transporte Rodoviário
do serviço prevista no caput deste artigo” (art. 3º, pará- Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará e dá
grafo único). Quanto ao regime de delegação, a permis- outras providências.
são e a concessão foram definidas como instrumentos
legais à outorga da delegação dos Serviços Regulares de O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros (art.
4º), estabelecendo que a respectiva outorga somente se Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu
dê após licitação pública. O regime de concessão será na sanciono a seguinte Lei:
modalidade de concorrência e formalizada mediante con-
trato administrativo (art. 4º, § 2º). CAPÍTULO I
A lei trata a permissão como um ato administrativo DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
precedido de licitação, delegado através de termo de per-
missão (sic) e por prazo indeterminado (art. 4º, § 3º). Sobre Art. 1º O Sistema de Transporte Rodoviário Intermu-
a impropriedade quanto ao uso dado a esse instrumento nicipal de Passageiros do Estado do Ceará e os Terminais
da permissão vide doutrina de Oliveira Júnior (2002, 2003, Rodoviários de Passageiros reger-se-ão por esta Lei, seu Re-
2005 e 2006). gulamento, e demais normas legais, regulamentares e pac-
De acordo com a Lei Nº 13.094/2001, as linhas regu- tuadas pertinentes, em especial pela Lei Federal nº 8.987, de
lares operadas por ônibus devem ser delegadas sob o re- 13 de fevereiro de 1995, e Lei Estadual nº 12.788, de 30 de
gime de concessão e as exploradas por veículos utilitários dezembro de 1997.
através do regime de permissão (art. 4º, § 6º e § 7º). As
delegações em regime de concessão ou permissão deve- Art. 2º Compete ao Estado do Ceará explorar, organi-
rão observar três princípios: a) as linhas não são exclusivas zar, dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a pres-
dos operadores; tação de serviços públicos relativos ao Sistema de Transpor-
b) os usuários devem ter liberdade de escolha; e c) se- te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos Terminais
rem competitivos os serviços ofertados (art. 5º). Esta lei es- Rodoviários de passageiros, conforme o disposto no art.
pecifica que as viagens devem seguir padrões técnico-ope- 303 da Constituição Estadual.
racionais definidos pelo poder público no que diz respeito
aos tipos de serviços, horários, seccionamentos, pontos de Art. 3º O Serviço de Transporte Rodoviário Intermuni-
parada intermediários, de início e fim das viagens (art.24). cipal de Passageiros fica classificado em Serviços Regulares
Estabelece, ainda, que a forma de remuneração do de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e
mercado de transporte intermunicipal de passageiros será Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passa-
mediante a tarifa paga pelos usuários (art. 43), cabendo ao geiros por Fretamento.
poder público a definição do valor tarifário a ser cobrado, Parágrafo único. A regulamentação desta Lei disporá
bem como, sua revisão e reajuste, que pode ser motivado sobre as características e subclassificações de cada modali-
pela solicitação dos operadores ou de ofício, obedecendo- dade do serviço prevista no caput deste artigo.

30
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO II pios de Aracati, Itapipoca, Baturité e Quixadá, contemplan-


DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS RE- do os seguintes eixos, partindo de Fortaleza para: Itapipo-
GULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNI- ca, Aracati - CE 040, Aracati - BR 116, Beberibe, Cascavel,
CIPAL DE PASSAGEIROS Morada Nova, Russas, Canoa Quebrada, Fortim, Redenção,
Guaramiranga - CE 060, Guaramiranga - CE 065, Baturité, Ara-
Art. 4º Compete ao Estado do Ceará explorar direta- tuba, Quixadá, Tejuçuoca, Itapipoca, Paracuru, Paraipaba, Trairi,
mente ou mediante concessão ou permissão os Serviços Uruburetama, Pentecoste, Apuiarés, General Sampaio, Capon-
Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas- ga, Barreira - CE 060, Barreira - BR 116, Caio Prado/Itapiuna,
sageiros, no âmbito de sua jurisdição, sempre através de Capistrano, Aratuba/Mulungu, Choro Limão, Ibaretama, Ocara,
licitação, nos termos desta Lei, da Lei Federal nº 8.987/95 e Ibicuitinga, Itapajé. (Acrescido pela Lei nº 14.288, de 06 de ja-
demais normas legais e regulamentares pertinentes. neiro de 2009)
§ 1º As concessões e permissões de Serviços Regula-
res de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros Art. 5º Na exploração dos Serviços Regulares de Transpor-
sujeitar-se-ão à direção e fiscalização pelo Poder Público te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, mediante conces-
Estadual concedente, nos termos das normas legais e re- são ou permissão, observar-se-ão três princípios básicos:
gulamentares, com a cooperação dos usuários. I - ausência de exclusividade;
§ 2º A concessão de Serviço Regular de Transporte Ro- II - liberdade de escolha do usuário;
doviário Intermunicipal de Passageiros será formalizada III - competitividade.
mediante contrato administrativo, precedido de licitação Art. 6º Na concessão do serviço, o edital da licitação es-
na modalidade de concorrência, observado o disposto no pecificará, durante o respectivo prazo, o número de delega-
inciso II do art. 2º da Lei Federal nº 8.987, de 13 de feve- tários de cada linha, o número mínimo de veículos a serem
reiro de 1995, e demais normas legais, regulamentares e empregados por cada um e critérios de desempate.
pactuadas. Parágrafo único. Respeitado o número mínimo fixado no
§ 3º A permissão de Serviço Regular de Transporte edital de licitação, poderá o Poder Concedente alterar o núme-
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros será formaliza- ro de veículos a serem empregados na prestação de serviço,
da mediante termo de permissão, precedido de licitação, tendo como base a relação demanda x oferta por ele auferida,
observadas as normas legais, regulamentares e pactuadas. objetivando sempre a satisfação do usuário e a segurança do
tráfego.
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
§ 4º As linhas regulares serão criadas, alteradas ou ex-
Art. 7º A concessão será outorgada pelo prazo máximo
tintas a critério exclusivo do Poder Concedente, visando à
de 10 (dez) anos, podendo ser prorrogada, por uma única vez,
satisfação do interesse público, observadas a oportunidade
por até igual período, a critério exclusivo do poder conceden-
e a conveniência da medida.
te, desde que haja interesse público e anuência da concessio-
§ 5º As linhas regulares são classificadas em:
nária na prorrogação do contrato e na continuidade da pres-
a) radial: linha que liga determinada localidade do tação do serviço. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
Estado do Ceará ao Município de Fortaleza; janeiro de 2009)
b) regional: linha que liga localidades do Estado do § 1º Caberá exclusivamente ao Poder Concedente reco-
Ceará, sem passar pelo Município de Fortaleza; nhecer o interesse público na continuidade da prestação do
c) diametral: linha que liga localidades do Estado do serviço, de acordo com a conveniência e oportunidade da Ad-
Ceará passando pelo Município de Fortaleza. ministração, caso em que a prorrogação do contrato depen-
§ 6º As linhas radiais, diametrais e regionais, quando derá do resultado do índice de que trata o art. 80 desta Lei, na
operadas por ônibus, serão outorgadas mediante conces- forma de seu Regulamento.
são, e quando operadas por miniônibus, veículos utilitários § 2º A permissão poderá ser outorgada por prazo máximo
de passageiros e veículo utilitário misto serão outorgadas de 6 (seis) anos, podendo ser prorrogada, por uma única vez,
por permissão. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de por até igual período, a critério exclusivo do poder conceden-
janeiro de 2009) te, desde que haja interesse público, atendimento do resul-
§ 7º Ato do Poder Concedente definirá as áreas de tado do índice de que trata o art. 80 desta Lei e anuência do
operação e a extensão máxima das linhas que poderão ser permissionário na prorrogação do termo de permissão e na
operadas por miniônibus, microônibus, veículos utilitários continuidade da prestação do serviço. (Redação dada pela Lei
de passageiros e veículo utilitário misto. (Redação dada nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
§ 8º Áreas de operação são espaços geográficos for- Art. 8º O edital de licitação para concessão ou permissão
mados pelos territórios dos municípios por afinidades viá- conterá as condições e as características do serviço, especifi-
rias, sob influência de um ou mais municípios pólos socioe- cando:
conômicos, e instituídos pelo Estado do Ceará. (Acrescido I - linha, itinerário, características do veículo, horários
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) e freqüências, extensão, pontos de parada, além de eventuais
§ 9º As ligações radiais do Sistema de Transporte Re- seccionamentos e restrições de trechos;
gular Complementar do Estado do Ceará terão extensão II - frota mínima necessária à execução do serviço e
máxima de 165 km a partir do Município de Fortaleza, e respectiva renovação, bem como a frota reserva, observa-
serão divididas em 4 (quatro) lotes, com pólos nos Municí- do o disposto no art. 31 desta Lei;

31
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - vigência do contrato de concessão, sua natureza II - apólice de seguro de responsabilidade civil, com
e a possibilidade de renovação; valor determinado no edital;
IV - valor da outorga da concessão ou permissão e III - certidão de inexistência de débito para com a Fa-
sua forma de pagamento; zenda Pública do Estado do Ceará, Fazenda Pública Nacional,
V - forma de reajuste da tarifa; Previdência Social e FGTS.
VI - na concessão, prazos máximos de amortização § 1º Em caso de ocorrência da decadência prevista no
para veículos, estoque de peças de reposição (estoque de caput deste artigo, o Poder Concedente poderá outorgar a
almoxarifado), dos equipamentos e instalações; concessão à classificada imediatamente posterior.
VII - relação de bens reversíveis ao término da con- § 2º Todas as minutas de editais e de contratos de con-
cessão, ainda não amortizados, mediante indenização; cessão ou de termos de permissão relativos à outorga de
VIII - critério de indenização, em caso de encampação; Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
IX - percentual sobre o valor total da receita bruta Passageiros deverão ser obrigatoriamente encaminhados à
tarifária mensal, a ser recolhido mensalmente à Agência Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Es-
Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do tado do Ceará - ARCE, para exame e homologação prévios,
Ceará – ARCE, ao órgão ou entidade responsável pela fis- caso esta não tenha sido responsável pela elaboração das
calização por parte do Poder Concedente, nos termos do mesmas.
art. 64 desta Lei.
Parágrafo único. Além dos requisitos estabelecidos Art. 10-A. Em situações excepcionais, em observância
nesta Lei e em seu regulamento, o edital de licitação de ao princípio da continuidade dos serviços públicos, o Poder
Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Concedente poderá, nas ligações cujas licitações forem de-
Passageiros e o respectivo contrato de concessão ou ter- sertas ou fracassadas, contratar mediante dispensa de licita-
mo de permissão obedecerão às demais exigências legais ção, nos termos do art. 24, inciso IV, da Lei nº 8.666, de 21 de
e regulamentares aplicáveis, inclusive às constantes da Lei junho de 1993. (Acrescido pela Lei nº 14.719, de 26 de maio
Federal nº 8.666/93, e suas alterações, da Lei Federal nº de 2010)
8.987/95, e da Lei Estadual nº12.788/97.
Art. 10-B. Ficam ratificados os atos, e respectivos efeitos,
de operação das ligações expedidos pelo Poder Concedente
Art. 9º Na qualificação técnica exigida da transpor-
a partir do ano de 2007 até as licitações realizadaspara o ser-
tadora licitante, além do estabelecido na Lei Federal nº
viço complementar de transporte intermunicipal de passa-
8.666/93, e suas alterações, exigir-se-á:
geiros. (Acrescido pela Lei nº 14.719, de 26 de maio de 2010)
I - a comprovação da disponibilidade da frota, nos
termos e condições apresentados na proposta vencedora,
Art. 11. Para exploração de Serviço Regular de Trans-
para atender ao serviço licitado deverá ser feita mediante
porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros através de
comprovantes de propriedade ou arrendamento mercantil, concessão ou permissão, a transportadora prestará garantia,
devendo os veículos encontrarem-se disponibilizados no podendo optar por uma das modalidades previstas no art. 56
prazo fixado no edital, o qual deverá ser no máximo de 90 da Lei nº 8.666/93, no valor de até 5% (cinco por cento) do
(noventa) dias após o recebimento da Ordem de Serviço, contrato, atualizado nas mesmas condições daquele. (Reda-
e não podendo tais veículos estarem comprometidos com ção dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
outros serviços à época da prestação do serviço objeto da § 1º A extinção da concessão ou permissão, por infração
licitação, obedecido o prazo acima e o disposto no art. 31 à norma legal, regular ou pactuada, incluindo esta Lei, implica
desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janei- na perda da garantia pela concessionária ou permissionária,
ro de 2009) em favor do poder concedente. (Redação dada pela Lei nº
II - termo de compromisso de disponibilidade da 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
frota, no caso de impossibilidade de apresentação imedia- § 2º Em caso de extinção da concessão ou permissão que
ta da comprovação prevista no inciso anterior, respeitado não resultou em aplicação de penalidade, a garantia será li-
o prazo nele previsto; berada ou restituída em favor da concessionária ou permis-
III - prova de que possui, ou compromisso de dispo- sionária. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro
nibilizar, imóvel destinado à instalação de garagem para de 2009)
dar suporte à execução do contrato pelo período da pres-
tação dos serviços, exceto para veículos utilitários de pas- Art. 12. A prestação da garantia resguardará a execução
sageiros. do serviço e pagamento de multas e/ou débitos, quando não
forem recolhidos no devido tempo.
Art. 10. Para assinatura do contrato de concessão ou
do termo de permissão, a licitante deverá apresentar, den- Art. 13. Sempre que for deduzida a garantia ou parte
tre outros exigidos no respectivo edital, os seguintes docu- dela, no exercício do direito que trata o artigo anterior, a con-
mentos, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob pena cessionária ou permissionária fica obrigada a proceder a sua
de decadência: recomposição no prazo de 10 (dez) dias a contar do recebi-
I - comprovação de cursos de capacitação do pes- mento da notificação, sob pena de caducidade da conces-
soal de operação necessários para o cadastramento da tri- são e cancelamento da permissão. (Redação dada pela Lei
pulação, conforme a regulamentação desta Lei; nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)

32
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 14. Os Serviços Regulares de Transporte Rodoviá- XI - tomar as providências necessárias com relação
rio Intermunicipal de Passageiros serão executados somen- a empregado ou preposto que, comprovadamente, não
te por transportadoras registradas junto ao Poder Conce- atenda satisfatoriamente aos usuários e à fiscalização do
dente, nos termos da regulamentação desta Lei, devendo o Poder Concedente.
registro cadastral ser atualizado anualmente. Art. 17. A transportadora deverá apresentar mensal-
mente quadro demonstrativo do movimento de passagei-
Art. 15. A regulamentação desta Lei disporá também ros, na forma regulamentada pelo Poder Concedente.
sobre a criação, modificação e extinção de linhas regulares Art. 18. Os prepostos, empregados e contratados das
de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. transportadoras, ou quem quer que atue em seu nome, de-
verão:
CAPÍTULO III I - conduzir-se com atenção e urbanidade para com
DOS ENCARGOS DA TRANSPORTADORA PRESTA- os usuários do serviço e representantes do Poder Conce-
DORA DE SERVIÇO REGULAR DE TRANSPORTE RODO- dente no exercício de suas funções;
VIÁRIO INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS II - apresentar-se em serviço corretamente unifor-
mizados e identificados com o respectivo crachá;
Art. 16. Sem prejuízo dos encargos previstos em nor- III - prestar aos usuários, quando solicitados, as in-
mas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, a formações necessárias, principalmente sobre itinerários,
transportadora prestadora de Serviço Regular de Transpor- tempo de percurso, pontos de parada, distâncias e preços
te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros deverá: das passagens;
I - prestar serviço adequado, na forma prevista em IV - cumprir as normas legais, regulamentares e pac-
normas legais, regulamentares e pactuadas, e em especial tuadas relativas à execução dos serviços.
nesta Lei, nas ordens de serviço e no respectivo contrato; Parágrafo único. É vedado o transporte do pessoal da
II - submeter-se à direção e fiscalização do Poder transportadora quando em serviço, incluindo a tripulação,
Concedente, diretamente ou através da Agência Regula- sem o respectivo crachá.
dora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Cea-
Art. 19. Sem prejuízo do cumprimento dos encargos
rá – ARCE, ou outro órgão ou entidade da Administração
e deveres previstos nas normas legais, regulamentares e
Estadual designado, facilitando-lhes a ação e cumprindo
pactuadas pertinentes, o motorista de transportadora con-
as suas determinações, especialmente no correto forne-
cessionária ou permissionária é obrigado a:
cimento e atendimento de informações, dados, planilhas
de custo, fontes de receitas principal, alternativa, acessória,
I - dirigir o veículo, de modo a não prejudicar a se-
gurança e o conforto dos usuários;
complementar ou global, documentos e outros elementos,
II - não movimentar o veículo, sem que as portas es-
sempre na forma e periodicidade requisitados; tejam totalmente fechadas;
III - manter as características fixadas pelo Poder Con- III - manter uma velocidade compatível com a situa-
cedente para o veículo, segundo a categoria do serviço em ção de segurança das vias, respeitando os limites fixados
execução, nos termos das normas legais e regulamentares pela legislação de trânsito;
pertinentes; IV - diligenciar para o fiel cumprimento dos horários
IV - preservar a inviolabilidade dos instrumentos e freqüências estabelecidos;
contadores de passageiros, equipamento registrador ins- V - não fumar no interior do veículo;
tantâneo inalterável de velocidade e tempo e outros ins- VI - não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) ho-
trumentos, conforme exigidos nesta Lei e em sua regula- ras antecedentes ao início de sua jornada de trabalho e até
mentação; o seu término;
V - apresentar seus veículos para início de operação VII - não se afastar do veículo no ponto de parada,
em condições de segurança, conforto e higiene, bem como orientando o embarque e o desembarque de passageiros;
atender as especificações, normas e padrões técnicos esta- VIII - prestar à fiscalização do Poder Concedente, exer-
belecidos pelas normas legais, regulamentares e pactuadas cida diretamente ou através de órgãos e entidades delega-
pertinentes; das, os esclarecimentos que lhe forem solicitados;
VI - manter em serviço somente os motoristas, co- IX - exibir à fiscalização do Poder Concedente, exer-
bradores, fiscais e despachantes cadastrados junto ao Po- cida diretamente ou através dos órgãos e entidades de-
der Concedente; legadas, quando solicitado, ou entregar, contra recibo, os
VII - preencher as guias e formulários referentes a da- documentos do veículo, o mapa de viagem e outros que
dos operacionais, cumprindo prazos e normas fixadas pelo forem exigíveis;
Poder Concedente; X - não conversar, enquanto estiver na condução do
VIII - tomar imediatas providências para prossegui- veículo em movimento;
mento da viagem quando de sua interrupção; XI - atender aos sinais de parada em locais permiti-
IX - efetuar o reabastecimento e manutenção em lo- dos e somente neles;
cais apropriados, e sem passageiros a bordo; XII - observar, rigorosamente, o esquema de opera-
X - não operar com veículo que esteja derramando ção dos corredores e faixas exclusivas para ônibus;
combustível ou lubrificantes na via pública e terminais ro- XIII - diligenciar na obtenção de transporte para usuá-
doviários ou com ameaça de apresentar defeito; rios, em caso de avaria e interrupção da viagem;

33
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

XIV - desviar o veículo para o acostamento VII - conduzir objetos de dimensões e acondiciona-
nas calçadas e/ou rodovias, fora dos casos permitidos, para mentos incompatíveis com o porta- volume;
embarque e desembarque de passageiros; VIII - incorrer em comportamento incivil;
XV - recolher o veículo à respectiva garagem, quando IX - comprometer a segurança, o conforto e a tran-
ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que possam por qüilidade dos demais passageiros;
em risco a segurança e conforto dos usuários; X - usar aparelhos sonoros durante a viagem;
XVI - prestar socorro aos usuários feridos, em XI - fumar no interior do veículo.
caso de acidente.
CAPÍTULO IV
Art. 20. Os demais componentes da equipe de opera- DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS
ção do veículo deverão:
I - auxiliar o embarque e desembarque de passa- Art. 23. Sem prejuízo de direitos previstos em outras
geiros, especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e normas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes,
deficientes motores, sendo que, no caso de serviço regular
são direitos dos usuários:
de transporte de passageiros metropolitano, tal exigência
só será devida nos terminais;
I - ser transportado em condições de segurança,
higiene e conforto, do início ao término da viagem;
II - procurar dirimir as pendências ou dúvidas refe-
rentes a bagagens, passagens e outras que possam surgir
II - ter assegurado seu lugar no veículo, nas condi-
na relação entre passageiro e transportadora; ções fixadas no bilhete de passagem;
III - diligenciar para manutenção da ordem e para a III - ser atendido com urbanidade, pelos dirigen-
limpeza do veículo; tes, prepostos e empregados da transportadora e pelos
IV - colaborar com o motorista em tudo que diga agentes dos órgãos e entidades responsáveis pela fisca-
respeito à regularidade da viagem, especialmente à como- lização por parte do Poder Concedente;
didade e à segurança dos passageiros; IV - ser auxiliado no embarque e desembarque
V - não fumar no interior do veículo; pelos prepostos da transportadora, em especial quando
VI - não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) ho- tratar-se de crianças, senhoras, pessoas idosas ou com
ras antecedentes ao início e durante a sua jornada de tra- dificuldade de locomoção;
balho; V - receber informações sobre as características
VII - diligenciar junto a transportadora, no sentido de dos serviços, tais como, tempo de viagem, localidades
evitar insuficiência de moeda fracionária para o troco cor- atendidas e outras de seu interesse;
reto. VI - ter sua bagagem transportada no bagageiro
e porta-volume, observado o disposto nesta Lei e em
Art. 21. A transportadora manterá em seus veículos um normas regulamentares pertinentes;
livro de ocorrência, em local visível, rubricado e numerado VII - receber os comprovantes dos volumes trans-
em suas folhas pela fiscalização do Poder Concedente, à portados no bagageiro;
disposição dos usuários para consignarem suas sugestões VIII - pagar apenas o valor da tarifa correta
ou reclamações, e do pessoal de operação para registrar as fixada para o serviço utilizado, bem como receber even-
ocorrências da viagem. tual troco em dinheiro.
Parágrafo único. No caso de serviço regular de trans-
porte de passageiros metropolitano, a exigência de que CAPÍTULO V
trata o caput só será devida nos terminais. DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS REGULARES DE
TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE
Art. 22. O usuário dos Serviços Regulares de Transpor-
PASSAGEIROS
te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros terá recusado
o embarque ou determinado o seu desembarque, em local
Seção I Das Viagens
seguro e adequado, quando:
I - não se identificar, quando exigido;
II - encontrar-se em estado de embriaguez; Art. 24. As viagens serão executadas de acordo com
III - encontrar-se em trajes manifestamente impró- o padrão técnico-operacional estabelecido pelo Poder
prios ou ofensivos a moral pública; Concedente com relação às classificações de serviços,
IV - portar arma de fogo ou de qualquer natureza, observados os horários, ponto inicial e final, itinerários,
salvo quando legalmente autorizado; pontos de parada e os seccionamentos determinados.
V - pretender transportar, como bagagem, produtos
que, pelas suas características, sejam considerados perigo- Art. 25. Fica estabelecida uma tolerância máxima de
sos ou representem riscos para os demais passageiros, nos 10 (dez) minutos, além do horário marcado, para a che-
termos da legislação específica sobre Transporte Rodoviá- gada do veículo no ponto inicial da linha.
rio de Cargas Perigosas; § 1º Decorrido o prazo fixado neste artigo, o Poder
VI - conduzir animais domésticos ou selvagens, quan- Concedente notificará a transportadora para a coloca-
do não devidamente acondicionados, em desacordo com ção de outro veículo, no prazo máximo de 30 (trinta)
as disposições legais e regulamentares pertinentes; minutos.

34
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 2º Caso a transportadora não adote a providência VIII - veículo utilitário misto;


referida no parágrafo anterior, o Poder Concedente po- IX - miniônibus. (Acrescido pela Lei nº 14.288 de 06 de
derá requisitar um veículo de outra transportadora para a janeiro de 2009)
realização da viagem. § 1º As dimensões, lotação e características internas e ex-
§ 3º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo ante- ternas dos veículos utilizados na prestação dos serviços Regu-
rior, o Poder Concedente notificará a transportadora falto- lares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
sa para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, efetuar o obedecerão as normas e especificações técnicas que determi-
pagamento à transportadora requisitada, do valor presu- nam os padrões dos respectivos serviços a serem prestados
mido para a viagem completa, obedecendo aos coeficien- pelos mesmos, nos termos das normas legais, regulamentares
tes tarifários e à taxa de ocupação constante da planilha e pactuadas pertinentes.
tarifária em vigor. § 2º Os veículos a que se refere o inciso VIII deste artigo
prestarão serviços regulares de transporte intermunicipal de
Art. 26. Os pontos terminais de parada e de escala só passageiros somente nas linhas regionais, nos moldes da letra
poderão ser utilizados pelas transportadoras após devida- “b” do § 5º do artigo 4º desta Lei.
mente homologados pelo Poder Concedente.
Parágrafo único. O Poder Concedente somente ho- Art. 31. A frota de cada transportadora deverá ser com-
mologará terminais rodoviários, pontos de parada e pon- posta de veículos, em número suficiente para a prestação do
tos de escala compatíveis com o seu movimento e que serviço, conforme fixado no respectivo edital de licitação, mais
apresentem padrões adequados de operacionalidade, se- a frota reserva equivalente ao mínimo de 10% (dez por cento)
gurança, higiene e conforto. e máximo de 20% (vinte por cento) da frota operacional.

Art. 27. O Poder Concedente fixará o tempo de du- Art. 32. Deverá o Poder Concedente realizar constante ação
ração da viagem e de suas etapas, observados os critérios fiscalizadora sobre as condições dos veículos, podendo, em qual-
técnicos. quer tempo e independentemente da vistoria ordinária prevista
na legislação de trânsito, realizar inspeções e vistorias nos veícu-
los, determinando, se observada qualquer irregularidade quanto
Art. 28. A interrupção de viagem decorrente de de-
às condições de funcionamento, higiene, conforto e segurança,
feito mecânico, acidente do veículo ou motivo de força
sua retirada de operação, até que sanadas as deficiências.
maior, será objeto de comunicação imediata da transpor-
tadora ao Poder Concedente.
Art. 33. Semestralmente a transportadora apresentará ao
§ 1º A interrupção da viagem pelos motivos elencados
Poder Concedente relação dos veículos componentes de sua
no caput deste artigo, por um período superior a 03 (três)
frota, declarando que estão em perfeitas condições de segu-
horas, dará direito ao passageiro à alimentação e pousa- rança, conforto e uso para operar.
da, por conta da transportadora, além do transporte até o
destino de viagem. Art. 34. Além dos documentos exigidos pela legislação
§ 2º Nos casos de substituição de veículo por outro de de trânsito e demais normas legais e regulamentares perti-
características inferiores, a transportadora deverá ressarcir nentes, os veículos deverão conduzir:
o passageiro, ao término da viagem, a diferença de preço I - no seu interior:
de tarifa, qualquer que tenha sido o percurso desenvolvi- a) um indicativo com nome do motorista e cobrador;
do anteriormente à interrupção da viagem. b) quadro de preços das passagens;
c) capacidade de lotação do veículo;
Art. 29. Os horários serão fixados em função da de- d) número do telefone da Agência Reguladora de Ser-
manda de passageiros e características de cada linha, ob- viços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, ou de
jetivando a satisfação do usuário, a segurança de tráfego e outro órgão ou entidade designado pelo Poder Concedente,
a rentabilidade das viagens, evitadas sempre que possível, para eventuais reclamações pelos usuários.
as superposições de horários. II - na parte externa:
a) indicação da origem e destino final da linha;
SEÇÃO II b) número de registro do veículo no Poder Concedente
Dos Veículos (Selo de Registro);
c) número de ordem do veículo;
Art. 30. Na prestação dos Serviços Regulares de d) pintura em cor e desenhos padronizados, emblema
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão ou logotipo e/ou razão social da empresa, aprovados pelo
utilizados os seguintes tipos de veículos: Poder Concedente.
I - ônibus interurbano convencional;
II - ônibus interurbano executivo; Art. 35. Todos os veículos registrados junto ao Poder
III - ônibus interurbano leito; Concedente pelas transportadoras deverão circular com equi-
IV - ônibus metropolitano convencional; pamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e
V - ônibus metropolitano executivo; tempo ou outro dispositivo eletrônico de registro diário
VI - microônibus; aferido, ou ainda outros instrumentos que vierem a ser de-
VII - veículo utilitário de passageiros; terminados pelo Poder Concedente.

35
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 36. A transportadora manterá, pelo período de § 1º Os veículos que tiverem seus registros cancela-
90 (noventa dias), os dados do equipamento registrador dos serão substituídos, no prazo máximo de 90 (noventa)
instantâneo inalterável de velocidade e tempo, ou de outro dias, caso haja necessidade de complementação do número
dispositivo eletrônico com tal finalidade, de todos os seus estipulado para a frota dimensionada da transportadora, in-
veículos em operação, devidamente arquivados, em perfeito cluindo a frota reserva prevista no art. 31, desta Lei.
estado de conservação, acompanhados da análise de cada § 2º A regulamentação desta Lei disporá sobre as condi-
viagem realizada, podendo os mesmos serem requisitados ções necessárias para o registro do veículo, bem como sobre
pelo Poder Concedente. o cancelamento deste.

Art. 37. Será permitida a fixação de publicidade na parte SEÇÃO III


externa do veículo, exceto quando colocar em risco a segu- Do Cadastramento da Tripulação
rança do trânsito.
§ 1º Não poderão ser veiculadas na parte externa dos Art. 40. É obrigatório o cadastramento junto ao Poder
veículos propagandas políticas, religiosas, filosóficas, e as Concedente da tripulação que operará em todos os veículos
que firam a moral e os bons costumes. das transportadoras prestadoras de Serviços Regulares de
§ 2º Somente serão permitidas na parte interna do veícu- Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, con-
lo mensagens de interesse dos usuários, a critério do Poder forme as condições e requisitos estabelecidos na regula-
Concedente. mentação desta Lei.
§ 1º Após efetuado e aprovado o cadastro, o Poder
Art. 38. Considera-se, para efeito da capacidade de lo- Concedente emitirá Carteira Padrão que terá validade de 02
tação do veículo, todas as poltronas disponíveis, exceto a do (dois) anos, sendo seu porte obrigatório quando o empre-
motorista e a do cobrador, quando houver este último. gado estiver em serviço.
§ 1º Considerar-se-á lotado o veículo que estiver com § 2º O Poder Concedente poderá a qualquer momento
sua capacidade completa. exigir a apresentação da documentação necessária ao ca-
§ 2º Não é permitido o excesso de lotação, ressalvado o dastramento da tripulação ou revalidação daquela já apre-
disposto nos parágrafos 3º e 4º deste artigo. sentada, nos termos da regulamentação desta Lei.
§ 3º Excepcionalmente, por ocasião de feriados prolonga-
dos, eventos religiosos e datas cívicas, o poder concedente po-
SEÇÃO IV
derá, a seu critério, autorizar passageiros excedentes até o limite
Dos Acidentes
de 20% (vinte por cento) da lotação sentada no serviço regular
interurbano convencional, observadas as seguintes condições:
Art. 41. No caso de acidente, a transportadora fica obri-
(Redação dada pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009)
gada a:
I - nas linhas com extensão de até 200 Km (duzentos
quilômetros), quando operadas por ônibus; (Acrescido pela
I - adotar as medidas necessárias visando prestar
Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) imediata e adequada assistência aos usuários e prepostos;
II - nas linhas com extensão de até 100 Km (cem qui- II - comunicar, por escrito, o fato ao órgão ou en-
lômetros), quando operadas por miniônibus, microônibus e tidade do Poder Concedente, no prazo de 48 (quarenta e
veículo utilitário de passageiro. (Acrescido pela Lei nº 14.288 oito) horas, indicando as circunstâncias e o local do acidente,
de 06 de janeiro de 2009) além das medidas adotadas para atendimento do disposto
§ 4º No serviço de transporte regular e complementar no inciso anterior.
metropolitano quando operado por ônibus ou microônibus III - manter, pelo período de 1 (um) ano, os dados do
e interurbano até a distância de 75 Km (setenta e cinco qui- equipamento registrador instantâneo inalterável de veloci-
lômetros), o poder concedente, a seu critério, poderá autori- dade e tempo, ou de outro dispositivo eletrônico com tal
zar o transporte de passageiros excedente no limite igual ao finalidade, do veículo envolvido no acidente, devidamente
da lotação sentada, cuja autorização se dará pelo prazo de 6 arquivados, em perfeito estado de conservação, acompa-
(seis) meses, podendo ser renovado. (Redação dada pela Lei nhados da análise da viagem realizada, podendo os mesmos
nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) serem requisitados pelo Poder Concedente.
§ 5º A autorização excepcional prevista neste artigo de-
verá ser requerida para período determinado, com antece- Art. 42. Quando do acidente resultar morte ou lesões
dência mínima de 72 (setenta e duas) horas, acompanhada graves, serão avaliadas suas causas tendo em vista os se-
da devida justificativa, indicando com precisão as linhas e guintes elementos:
respectivos horários, ficando autorizada a viagem apenas de- I - dados constantes do equipamento registrador
pois de expedida autorização expressa do Poder Concedente. instantâneo inalterado de velocidade e tempo, ou outro dis-
(Redação dada pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) positivo eletrônico;
II - regularidade da jornada de trabalho do motorista;
Art. 39. Como condição para prestarem Serviços Regu- III - seleção, treinamento e reciclagem do motorista; IV -
lares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passagei- manutenção do veículo;
ros, os veículos da frota das transportadoras deverão estar V - perícia realizada por órgão ou entidade competente.
devidamente registrados junto ao Poder Concedente, nos Parágrafo único. O Poder Concedente manterá contro-
termos da regulamentação desta Lei. le estatístico de acidente de veículo por transportadora.

36
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO VI VIII - os mecanismos de controle que garantam a con-


DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS REGULARES fiabilidade das informações;
DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE IX - outros princípios e critérios básicos adotados no
PASSAGEIROS regulamento desta Lei para aprimoramento do modelo ta-
SEÇÃO I rifário.
Das Tarifas Art. 44. Os parâmetros operacionais adotados na pla-
nilha tarifária, serão analisados periodicamente, objetivan-
Art. 43. A remuneração dos Serviços Regulares de do o aperfeiçoamento do nível do serviço.
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros rea-
SEÇÃO II
lizar-se-á através do pagamento de tarifa pelos usuários e
Dos Bilhetes de Passagem e sua Venda
por outras fontes alternativas de receitas estabelecidas no
contrato de concessão ou termo de permissão. (Redação
Art. 45. É vedada a prestação de Serviço Regular de
dada pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, sem a
§ 1º Compete ao DETRAN/CE, de ofício ou a pedido do emissão do respectivo bilhete de passagem a cada usuário,
interessado, promover o reajuste e a revisão extraordinária exceto nos serviços metropolitanos.
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte Parágrafo único. Os bilhetes de passagem serão emi-
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, nos termos das tidos conforme a regulamentação desta Lei.
normas regulamentares e pactuadas pertinentes. (Redação
dada pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009) Art. 46. A venda de passagens será feita pela própria
§ 2º Compete à ARCE/CE promover a revisão ordinária transportadora nos terminais rodoviários e em suas agên-
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte cias e, na ausência destes, por agentes credenciados, ad-
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, bem como ho- mitindo-se, ainda, que, ao longo do itinerário, seja feita
mologar o reajuste e a revisão extraordinária praticados dentro do veículo.
pelo DETRAN/CE, nos termos das normas regulamentares Parágrafo único. Nas localidades dotadas de termi-
e pactuadas pertinentes. (Redação dada pela Lei nº 14.288 nais rodoviários é vedado o embarque de passageiros sem
de 06 de janeiro de 2009) o respectivo bilhete de passagem, com exceção dos servi-
§ 3º Deverá o Poder Concedente prever, em favor da ços metropolitanos.
concessionária ou permissionária, no edital de licitação,
Art. 47. As passagens deverão estar à venda em horá-
a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas
rios compatíveis com o serviço e o interesse público, com a
alternativas, complementares, acessórias ou de projetos
abertura de reservas no prazo mínimo de 15 (quinze) dias
associados, inclusive proveniente de transporte de enco- antecedentes ao da respectiva viagem, exceto com relação
menda, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a aos serviços metropolitanos.
modicidade das tarifas, nos termos dos arts. 11 e 17 da Lei
Federal n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Art. 48. É livre a concessão de desconto ou promoção
§ 4º A definição, revisão e reajuste das tarifas referentes de tarifa pelas transportadoras ou seus prepostos, devendo
aos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário Intermu- efetivá-los em caráter uniforme para todos os usuários e
nicipal de Passageiros levará em consideração os seguintes para todas as secções da linha, devendo no entanto avisar
aspectos, conforme disciplinado no regulamento desta Lei: ao Poder Concedente com uma antecedência mínima 48
I - a média dos parâmetros dos índices de consumo (quarenta e oito) horas.
de cada serviço;
II - a remuneração do capital empregado para a Art. 49. A transportadora obriga-se a proporcionar se-
prestação do serviço e o equilíbrio econômico-financeiro guro de responsabilidade civil, no limite mínimo fixado no
do contrato, consideradas obrigatoriamente para a aferi- respectivo Edital de Licitação, emitindo o respectivo com-
ção do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato provante.
as fontes de receita previstas no § 3º deste artigo;
III - a manutenção do nível do serviço estipulado Art. 50. Fica isento do pagamento de tarifa, o agente
responsável pela fiscalização por parte do Poder Conce-
para as linhas e a possibilidade de sua melhoria;
dente ou da Agência Reguladora de Serviços Públicos De-
IV - o recolhimento mensal de percentual sobre o legados do Estado do Ceará - ARCE, quando relacionado
valor total da receita bruta tarifária mensal obtida pela em serviço de transporte, devendo a transportadora re-
transportadora à Agência Reguladora de Serviços Públicos servar-lhe uma poltrona, desde que a reserva tenha sido
Delegados do Estado do Ceará – ARCE, ou outro órgão ou requisitada pelo menos 12 (doze) horas antes da partida
entidade indicados pelo Poder Concedente, nos termos do do veículo.
art. 64, desta Lei; Parágrafo único. Outros agentes responsáveis pela
V - o nível de serviço prestado; fiscalização por parte do Poder Concedente ou da ARCE
VI - a coleta de dados e a prestação de informação estarão isentos do pagamento de tarifa quando necessi-
pelas transportadoras através de procedimentos unifor- tarem executar trabalho de caráter emergencial, vinculado
mes; à atividade de transporte, independentemente de reserva.

37
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

SEÇÃO III Parágrafo único. A autorização a que se refere o caput


Da Bagagem e das Encomendas deste artigo poderá ser cassada, a critério do Poder Con-
cedente, em caso de concorrência com Serviço Regular de
Art. 51. O preço da tarifa abrange necessariamente, a Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros exis-
título de franquia, o transporte obrigatório e gratuito, para tente.
o passageiro, de volumes no bagageiro e no porta-volume
do veículo, nos termos desta Lei e de sua regulamentação. Art. 56. As empresas de Serviço de Transporte Rodo-
§ 1º Cada passageiro terá direito de portar bagagem: viário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento deve-
a) no bagageiro: até o limite de 35kg (trinta e cinco rão obter registro junto ao Poder Concedente, de acordo
quilogramas) de peso, sem que o volume total ultrapasse com a regulamentação desta Lei.
240dm³ (duzentos e quarenta decímetros cúbicos) ou, cada
volume, 1m (um metro) em sua maior dimensão; e, Art. 57. Os veículos prestadores de Serviços de Trans-
b) no porta-volume: até o limite de 5kg (cinco quilo- porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Freta-
gramas), com dimensões que se adaptem ao porta-volu- mento serão devidamente registrados junto ao Poder Con-
me, desde que não comprometa o conforto e a segurança cedente, conforme as condições e requisitos estabelecidos
dos passageiros. na regulamentação desta Lei.
§ 2º Excedidos os limites indicados no parágrafo ante- § 1º Nos veículos utilizados nos Serviços de Transporte
rior, o passageiro pagará apenas o que exceder do permiti- Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamen-
do na base de 50% (cinqüenta por cento) do valor indicado to é obrigatória a instalação de equipamento registrador
na tabela de preços de encomendas da transportadora, instantâneo inalterável de velocidade e tempo, devendo a
respeitados os direitos dos demais passageiros. transportadora mantê-lo em perfeito estado de funciona-
mento e analisar os dados relativos a cada viagem realiza-
Art. 52. O transporte de encomendas e bagagens, da.
conduzidas no bagageiro, somente poderá ser feito me- § 2º Sempre que necessário, a critério do Poder Conce-
diante a respectiva emissão de documento fiscal apropria- dente, poderá ser exigida a exibição dos dados do equipa-
mento registrador instantâneo inalterável de velocidade e
do e talão de bagagem.
tempo, o qual deverá ser preservado pela empresa trans-
portadora pelo prazo de 90 (noventa) dias.
Art. 53. O transporte de encomendas, quando admiti-
§ 3º Os veículos utilizados em Serviço de Transporte
do pelo Poder Concedente, atenderá ao disposto nos §§ 3º
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento
e 4º do art. 43 desta Lei.
deverão apresentar, na parte externa, letreiro indicativo,
Art. 54. Nos casos de extravio ou dano de bagagem,
nos termos da regulamentação desta Lei.
conduzida no bagageiro, a transportadora indenizará o
§ 4º Quanto à fixação de publicidade nos veículos
passageiro, em quantia equivalente a 10 (dez) vezes o valor
utilizados em Serviço de Transporte Rodoviário Intermu-
da maior tarifa vigente do serviço utilizado, no prazo má- nicipal de Passageiros por Fretamento, aplica-se o art.
ximo de 15 (quinze) dias, contados da data da reclamação. 37, desta Lei.
§ 1º As transportadoras somente serão responsáveis § 5º Nos Serviços de Transporte Rodoviário Intermuni-
pelo extravio da bagagem transportada no bagageiro, cipal de Passageiros por Fretamento somente poderão ser
desde que apresentado pelo passageiro comprovante do transportados passageiros sentados.
respectivo talão de bagagem ou documento fiscal e até o
limite fixado no caput deste artigo. Art. 58. Quanto à ocorrência de acidentes, aplicam-
§ 2º Para ter direito à indenização no caso de dano ou se aos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
extravio da bagagem cujo valor exceda o limite previsto no Passageiros por Fretamento os arts. 41 e 42, desta Lei.
caput deste artigo, o interessado fica obrigado a declará-lo
e a pagar prêmio de seguro para a cobertura do excesso. Art. 59. Ocorrendo interrupção da viagem de Servi-
§ 3º Para fins do parágrafo anterior, as transportadoras ço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
são obrigadas a proporcionar ao usuário a contratação de por Fretamento, a transportadora deverá utilizar, para sua
seguro específico, sob pena de ficar pessoalmente respon- continuidade, o mesmo veículo ou outro de característica
sável pelos danos verificados. idêntica ou superior ao que vinha sendo utilizado, obser-
vados os requisitos de conforto e segurança estabelecidos.
CAPÍTULO VII Parágrafo único. Fica a transportadora obrigada a
DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO IN- comunicar a interrupção de viagem ao Poder Concedente,
TERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS POR FRETAMENTO no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, especificando-lhes
as causas e as providências adotadas, as quais deverão ser
Art. 55. Os Serviços de Transporte Rodoviário Intermu- comprovadas sempre que exigido.
nicipal de Passageiros por Fretamento serão executados
mediante autorização expedida pelo Poder Concedente, Art. 60. Será dispensada a presença de cobrador na
conforme as condições e requisitos estabelecidos na regu- tripulação dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermu-
lamentação desta Lei. nicipal de Passageiros por Fretamento.

38
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. Ao motorista de viagem relativa a § 2º No desempenho do poder regulatório, incluindo as


Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passa- competências atribuídas neste artigo, a ARCE usufruirá de to-
geiros por Fretamento, aplicam-se todos os encargos re- das as prerrogativas asseguradas através da Lei Estadual nº
lativos ao motorista de viagem relativa a Serviço Regular 12.786, de 30 de dezembro de 1997, e outras normas legais e
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, regulamentares pertinentes.
inclusive no tocante ao cadastramento previsto no art. 40 § 3º As prestadoras de Serviço de Transporte Rodoviário
desta Lei. Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a modalida-
de de serviço prestado, tornam-se entidades reguladas pela
Art. 61. A regulamentação desta Lei disporá sobre a ARCE por força desta Lei, estando submetidas à competência
operação dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermu- regulatória desta, nos termos da Lei Estadual nº 12.786/97 e
nicipal de Passageiros por Fretamento, dispondo inclusive demais normas legais e regulamentares pertinentes.
sobre as características dos veículos que poderão ser uti-
lizados na prestação do serviço. Art. 64. A prestadora de Serviço Regular de Transporte
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a
modalidade do serviço prestado, fica obrigada ao pagamento
CAPÍTULO VIII DA FISCALIZAÇÃO
de percentual de até 4% (quatro por cento) sobre o valor total
da receita bruta tarifária mensal, nos termos do edital e respec-
Art. 62. A fiscalização dos Serviços de Transporte Ro- tivo contrato de concessão ou termo de permissão, a ser re-
doviário Intermunicipal de Passageiros, em tudo quanto colhido mensalmente, até o dia 5 (cinco) do mês subseqüente,
diga respeito a segurança da viagem, conforto do pas- junto ao órgão ou entidade responsável pela fiscalização por
sageiro e ao cumprimento da legislação de trânsito e de parte do Poder Concedente, a Agência Reguladora de Serviços
tráfego rodoviário intermunicipal, inclusive desta Lei, será Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, ou outro ór-
exercida pelo Poder Concedente através dos órgãos e en- gão ou entidade indicado pelo Poder Concedente, sob pena
tidades competentes, visando ao cumprimento das nor- de caducidade da concessão ou cancelamento da permissão.
mas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes. Parágrafo único. No caso de Serviço Regular de Trans-
Parágrafo único. Os órgãos ou entidades competen- porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros prestado por
tes para realizar a fiscalização dos Serviços de Transporte veículos utilitários de passageiros, veículos utilitários mistos e
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão definidos microônibus, o valor a que se refere o caput deste artigo é
conforme a regulamentação desta Lei. fixado em R$ 100,00 (cem reais), por veículo, sendo este valor
reajustado pelo percentual médio da variação dos serviços.
Art. 63. Além da fiscalização de que trata o artigo
anterior, as prestadoras de Serviços de Transporte Rodo- Art. 65. O Poder Concedente no exercício da fiscalização
viário Intermunicipal de Passageiros no Estado do Ceará dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas-
submeter-se-ão ao poder regulatório da Agência Regula- sageiros, através da Agência Reguladora de Serviços Públicos
dora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará Delegados do Estado do Ceará - ARCE e de outros órgãos e
– ARCE. entidades da administração pública estadual incumbidos des-
§ 1º O poder regulatório da ARCE será exercido nos sa atividade, tem pleno acesso a qualquer veículo ou instala-
termos desta Lei e da Lei Estadual nº 12.788, de 30 de de- ção que diga respeito aos serviços, exercendo poder de polí-
zembro de 1997, e demais normas legais, regulamentares cia, nos termos desta Lei.
e pactuadas pertinentes, cabendo à ARCE, com relação
aos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Art. 66. O Poder Concedente promoverá, quando julgar
necessário, a realização de auditorias contábil-financeira e téc-
Passageiros, sem prejuízo de outras atribuições:
nico-operacional na transportadora.
I - fiscalizar indiretamente os órgãos e entidades § 1º Por ocasião das auditorias, fica a transportadora obri-
privadas e públicas envolvidos na prestação do serviço,
gada a fornecer os livros e documentos requisitados, satisfa-
através de auditagem técnica de dados fornecidos por es- zendo e prestando outros dados e exigências do Poder Con-
tes ou coletados pela ARCE; cedente.
II - atender e dar provimento às reclamações dos § 2º Os resultados das auditorias serão encaminhados à
usuários do serviço, decidindo inclusive sobre indeniza- transportadora, acompanhados de relatório contendo as re-
ções ou reparações a serem pagas pelas transportadoras, comendações, determinações, advertências e outras sanções
independentemente de outras sanções a estas aplicáveis; ou observações do Poder Concedente.
III - expedir normas regulamentares sobre a presta-
ção do serviço; CAPÍTULO IX
IV - responder a consultas de órgãos e entidades DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
públicas e privadas sobre a prestação do serviço; Seção I
V - encaminhar ao órgão ou entidade responsável Das Espécies de Penalidade
pela aplicação de penalidades a constatação, através de
decisão definitiva proferida pela ARCE, de infração come- Art. 67. Verificada a inobservância de qualquer das dis-
tida por transportadora, caso não tenha sido delegada à posições previstas nesta Lei, aplicar-se-ão à transportadora
ARCE tal aplicação. infratora as penalidades legais.

39
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º As penalidades aplicadas pelo Poder Concedente c) não apresentar tripulação corretamente uniformi-
não isentam o infrator da obrigação de reparar ou ressar- zada e identificada em serviço; (Redação dada pela Lei nº
cir dano causado a passageiro ou terceiro, decorrente da 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
infração. d) não prestar aos usuários, quando solicitados, as
§ 2º Para os fins desta Lei, considera-se transportadora a informações necessárias; (Redação dada pela Lei nº 14.288,
pessoa física, jurídica ou consórcio de empresas que preste de 06 de janeiro de 2009)
serviço de transporte rodoviário intermunicipal de passagei- e) fumar dentro do ônibus ou permitir que passagei-
ros, mediante concessão, permissão ou autorização. ros fumem; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
janeiro de 2009)
Art. 68. As infrações aos preceitos desta Lei sujeitarão f) afastar-se do veículo no horário de trabalho, sem
a transportadora infratora, conforme a natureza da falta, às motivo justo; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
seguintes penalidades: janeiro de 2009)
I - advertência por escrito; g) o motorista conversar, enquanto o veículo estiver
II - multa; em movimento; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
III - retenção do veículo; janeiro de 2009)
IV - apreensão de veículo; h) não atender aos sinais de parada em locais permi-
V - revogação unilateral da permissão; tidos; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro
VI - caducidade da concessão. de 2009)
§ 1º Aplicar-se-á a pena de advertência por escrito no i) não observar o esquema de operação dos corre-
caso de infração a qualquer dispositivo desta Lei para a qual dores e faixas exclusivas para ônibus; (Redação dada pela
inexista expressa previsão de penalidade diversa. Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
§ 2º As penas de multa, retenção e apreensão de veícu- j) não auxiliar o embarque e desembarque de pas-
lo serão aplicadas nos casos previstos nas seções seguintes sageiros, especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas
deste capítulo. e deficientes motores, quando solicitado; (Redação dada
§ 3º Aplicar-se-á a pena de revogação unilateral da per- pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
missão no caso de prestação inadequada ou ineficiente do l) não procurar dirimir as pendências ou dúvidas referen-
serviço, a critério do Poder Concedente, sem prejuízo da me-
tes a bagagens, passagens e outras que possam surgir na
dida administrativa de revogação unilateral da permissão,
relação entre passageiro e transportadora; (Redação dada
por conveniência e oportunidade da Administração, dada a
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
supremacia do interesse público sobre o particular e a preca-
m) utilizar pontos para parada e para escala sem que es-
riedade da permissão.
teja devidamente autorizado pelo poder concedente; (Re-
§ 4º Aplicar-se-á a pena de caducidade da concessão nos
dação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
casos previstos no art. 35, § 1º, da Lei Estadual nº 12.788 de
n) não comunicar ao poder concedente, dentro do prazo
30 de dezembro de 1997.
legal, a interrupção de viagem decorrente de defeito me-
§ 5º A aplicação das penas previstas neste artigo não está
limitada à observância de gradatividade. cânico, acidente do veículo ou motivo de força maior; (Re-
dação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
Art. 69. O cometimento de duas ou mais infrações, in- o) não ressarcir ao passageiro a diferença de preço de
dependentemente de sua natureza, sujeitará o infrator à con- tarifa, nos casos de substituição de veículo por outro de
comitante aplicação das penalidades correspondentes a cada características inferiores; (Redação dada pela Lei nº 14.288,
uma delas. de 06 de janeiro de 2009)
p) não transportar gratuitamente a bagagem de pas-
SEÇÃO II sageiro, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei
Das Multas e em normas regulamentares pertinentes; (Redação dada
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
Art. 70. A pena de multa, calculada em função do valor q) reincidir, em período inferior a 90 (noventa) dias, na
da Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará - UFIRCE, prática de infração que já tenha sido objeto de advertência
ou outro índice estadual que venha substituí-la, será aplicada por escrito por parte do poder concedente, nos termos do
quando do cometimento das seguintes infrações: (Redação § 1º do art. 68 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.288,
dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) de 06 de janeiro de 2009)
I - a transportadora, através de dirigente, gerente, r) recusar injustificavelmente o embarque gratuito de
empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue passageiro para o qual a Lei determine isenção do paga-
em seu nome, alternativamente: (Redação dada pela Lei nº mento da tarifa, especialmente os maiores de 65 (sessenta
14.288, de 06 de janeiro de 2009) e cinco) anos de idade, militares estaduais da ativa e os
a) não apresentar seus veículos para início da operação agentes responsáveis pela fiscalização por parte do Poder
em perfeito estado de conservação e limpeza; (Redação Concedente ou da Agência Reguladora de Serviços Públi-
dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) cos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, nos termos da
b) tratar passageiro com falta de urbanidade; (Reda- legislação pertinente; (Acrescido pela Lei nº 14.719, de 26
ção dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) de maio de 2010)

40
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

s) não conceder o benefício da meia entrada estudantil c) não desviar o veículo para o acostamento nas cal-
nas passagens dos transportes rodoviários intermunicipais çadas e/ou rodovias para o embarque e o desembarque
aos estudantes regularmente matrículados nos estabeleci- de passageiros; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
mentos de ensino público ou particular, situados nos muni- janeiro de 2009)
cípios que compõem as macrorregiões do Estado do Ceará, d) não manter em seus veículos, nos locais próprios,
nos termos da legislação pertinente; (Acrescido pela Lei nº livro de ocorrência; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06
14.719, de 26 de maio de 2010) de janeiro de 2009)
Pena - Multa correspondente ao valor de 40 (quarenta) e) ultrapassar a tolerância máxima de até 10 (dez)
UFIRCEs. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro minutos, além do horário marcado, para a chegada do veí-
de 2009) culo no ponto inicial da linha; (Redação dada pela Lei nº
II - a transportadora, através de dirigente, gerente, em- 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
pregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu f) não pagar ao passageiro alimentação, pousada e
nome, alternativamente: (Redação dada pela Lei nº 14.288, de transporte até o destino da viagem, quando houver inter-
06 de janeiro de 2009) rupção de viagem, por um período superior a 3 (três) horas,
a) efetuar reabastecimento e manutenção em locais caso em que a multa será cobrada por cada passageiro;
inadequados ou com passageiros a bordo; (Redação dada
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
b) atrasar ou adiantar horário de viagem sem motivo jus- g) não apresentar semestralmente ao poder conceden-
te relação dos veículos componentes de sua frota e de-
to; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
claração de que os referidos veículos estão em perfeitas
c) não diligenciar para manutenção da ordem e para a
limpeza do veículo; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 condições de segurança, conforto e uso para operar, no
de janeiro de 2009) caso de transportadora prestadora de Serviço Regular de
d) recusar-se a devolver o troco, aplicando-se, neste Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros; (Re-
caso, um auto de infração por cada valor de tarifa alterado, dação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
sem prejuízo do cumprimento da obrigação de entrega do h) permitir o transporte de passageiros sem a emis-
troco devido; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de ja- são do bilhete de passagem, no caso de transportadora
neiro de 2009) prestadora de Serviço Regular de Transporte Rodoviário
e) transportar passageiros excedentes sem autorização Intermunicipal de Passageiros, aplicando-se um auto de
do poder concedente, sendo neste caso, a multa cobrada com infração por cada passageiro embarcado sem o respecti-
relação a cada passageiro excedente; (Redação dada pela Lei vo bilhete, salvo na hipótese dos serviços metropolitanos;
nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
f) deixar de fazer constar nos locais adequados do veí- i) efetuar a venda de passagens em locais não per-
culo as legendas obrigatórias, internas ou externas; (Redação mitidos ou fora dos prazos estabelecidos, nos termos dos
dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) arts. 46 e 47 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de
g) deixar de garantir o espaço adequado no bagageiro 06 de janeiro de 2009)
para transporte da bagagem a que tem direito os passagei- j) permitir o embarque de passageiros nas localida-
ros, utilizando, no todo ou em parte, o espaço existente para des dotadas de terminais rodoviários, sem o respectivo bi-
finalidade diversa; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de lhete de passagem, no caso de transportadora prestadora
janeiro de 2009) de Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal
h) transportar encomendas e bagagens, conduzidas de Passageiros, aplicando-se um auto de infração por cada
no bagageiro, sem a respectiva emissão de documento fiscal passageiro embarcado, salvo na hipótese dos serviços me-
apropriado ou talão de bagagem; (Redação dada pela Lei nº tropolitanos; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
14.288, de 06 de janeiro de 2009) janeiro de 2009)
i) afixar material publicitário ou inserir inscrições nos l) não apresentar letreiro indicativo na parte externa
veículos, com violação ao disposto nos arts. 37 e 57, § 4º, des-
dos veículos utilizados em Serviço de Transporte Rodoviá-
ta Lei, conforme a espécie de serviço prestado. (Redação dada
rio Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, nos ter-
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
mos da regulamentação desta Lei. (Redação dada pela Lei
Pena - Multa correspondente ao valor de 80 (oitenta)
UFIRCEs. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
de 2009) Pena - Multa correspondente ao valor de 170 (cento e
III - a transportadora, através de dirigente, gerente, em- setenta) UFIRCEs. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06
pregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu de janeiro de 2009)
nome, alternativamente: (Redação dada pela Lei nº 14.288, de IV - a transportadora, através de dirigente, gerente,
06 de janeiro de 2009) empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue
a) não observar as características fixadas para o veículo em seu nome, alternativamente: (Redação dada pela Lei nº
pelas normas legais, regulamentares e pactuadas; (Redação 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) a) alterar o itinerário ou interromper a viagem, sem
b) retardar a entrega de informações ou documentos motivo justificado e sem comunicar o fato ao poder conce-
exigidos pelo poder concedente; (Redação dada pela Lei nº dente; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro
14.288, de 06 de janeiro de 2009) de 2009)

41
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

b) não renovar os documentos necessários para o s) colocar ou manter o veículo em movimento com
registro da transportadora, conforme estabelecidos na re- as portas abertas, colocando em risco a segurança de pas-
gulamentação desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.288, sageiro; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro
de 06 de janeiro de 2009) de 2009)
c) não preservar a inviolabilidade dos instrumentos t) recusar informação ou a exibição de documenta-
registradores de velocidade e tempo; (Redação dada pela ção requisitada pelo poder concedente, sem prejuízo da
Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) obrigação de prestar as informações e de exibir os docu-
d) mantiver em serviço motoristas, cobradores, fis- mentos requisitados; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de
cais ou despachantes não cadastrados junto ao poder con- 06 de janeiro de 2009)
cedente; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro u) resistir, dificultar ou impedir a fiscalização por par-
de 2009) te do poder concedente; (Redação dada pela Lei nº 14.288,
e) deixar de adotar ou retardar as providências rela- de 06 de janeiro de 2009)
tivas ao transporte de passageiros, no caso de interrupção v) circular com veículos da frota sem estar devida-
da viagem; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de ja- mente registrados no poder concedente; (Redação dada
neiro de 2009) pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
f) dirigir o veículo colocando em risco a segurança x) não enviar ao poder concedente, no prazo de 5 (cin-
ou em prejuízo do conforto dos usuários; (Redação dada co) dias úteis, a cópia do contrato, nos casos de serviço de
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) fretamento contínuo, conforme definido na regulamenta-
g) ingerir bebida alcoólica nas 12 (doze) horas ante- ção desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
cedentes ao início de sua jornada até o seu término; (Re- janeiro de 2009)
dação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) z) operar o serviço de transporte rodoviário intermuni-
h) não recolher o veículo à respectiva garagem ou cipal de passageiros sem regular concessão, permissão ou
utilizá-lo, quando ocorrerem indícios de defeitos mecâni- autorização do Poder Concedente. (Acrescido pela Lei nº
cos, que possam por em risco a segurança dos usuários; 14.719, de 26 de maio de 2010)
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
Pena - Multa correspondente ao valor de 340 (trezen-
i) não prestar socorro aos usuários feridos, em caso tas e quarenta) UFIRCEs. (Redação dada pela Lei nº 14.288,
de acidente; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de
de 06 de janeiro de 2009)
janeiro de 2009)
j) não colocar outro veículo após notificação do po- Art. 71. As multas serão aplicadas em dobro, quando
der concedente no ponto inicial da linha; (Redação dada
houver reincidência da mesma infração, no período de até
pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
90 (noventa) dias.
l) retirar o “Selo de Registro” afixado no pára-brisa
Parágrafo único. A reincidência será computada:
dianteiro, pelo poder concedente; (Redação dada pela Lei
nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) I - no Serviço Regular de Transporte Rodoviário de
m) não substituir os veículos que tiverem seus regis- Passageiros prestado por ônibus, tomando-se por base
tros cancelados; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de ocorrência em cada linha, por evento;
janeiro de 2009) II - no Serviço Regular de Transporte Rodoviário de
n) operar veículo sem o dispositivo de controle de Passageiro prestado por veículo utilitário de passageiros,
número de passageiros ou com catracas violadas, no caso tomando-se por base ocorrência por cada veículo, por
dos transportes metropolitanos, e, em qualquer caso, sem evento;
o equipamento registrador instantâneo inalterável de velo- III - no Serviço de Transporte Rodoviário de Passa-
cidade e tempo, conforme estabelecido nesta Lei para cada geiros por Fretamento, tomando-se por base ocorrência
espécie de serviço; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 relativa a cada empresa, por evento.
de janeiro de 2009)
o) não portar a devida Autorização, no caso de via- SEÇÃO III
gem relativa a Serviço de Transporte Rodoviário Intermuni- Da Retenção do Veículo
cipal de Passageiros por Fretamento; (Redação dada pela
Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) Art. 72. Sem prejuízo da aplicação de multa ou de
p) colocar em tráfego veículo sem cobrador para outra sanção cabível, a penalidade de retenção de veícu-
atender ao serviço, salvo nos casos autorizados pelo poder lo será aplicada, independentemente de a transportadora
concedente; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de ou pessoa física ou jurídica infratora encontrar-se, ou não,
janeiro de 2009) operando serviço mediante regular concessão, permissão
q) suspender total ou parcialmente o serviço sem au- ou autorização do Poder Concedente, quando:
torização do poder concedente, aplicando-se um auto de I - o veículo não oferecer condições de segurança,
infração por cada horário desatendido; (Redação dada pela conforto e higiene, ou não apresentar especificações esta-
Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) belecidas em normas legais e regulamentares pertinentes;
r) operar veículo com vazamento de combustível ou II - o veículo transportar cargas perigosas sem o de-
lubrificantes; (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de vido acondicionamento e autorização do Poder Conceden-
janeiro de 2009) te ou dos órgãos ou entidades competentes;

42
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - o motorista apresentar sinais de embriaguez; III - local, data e horário da infração;
IV - o equipamento registrador de velocidade e tem- IV - descrição sumária da infração cometida e disposi-
po estiver adulterado ou sem funcionamento; tivo legal violado;
V - o veículo não estiver cadastrado junto ao Poder V - assinatura do infrator ou de preposto ou, sendo o
Concedente. caso, declaração de recusa firmada pelo fiscal;
§ 1º Em se tratando das hipóteses previstas nos incisos VI - matrícula e assinatura do fiscal que a lavrou.
I, II e III, deste artigo, a retenção será feita de imediato, § 2º Será garantido ao indiciado oportunidade de de-
sendo o veículo retido no local onde for constatada a irre- fesa, conforme prazos e disposições estabelecidos na regu-
gularidade, devendo a transportadora providenciar a subs- lamentação desta Lei e em normas expedidas pela Agência
tituição por veículo padrão em condições adequadas de Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do
operação. Ceará - ARCE.
§ 2º Ocorrendo as hipóteses previstas nos incisos IV e § 3º Não efetuado o pagamento da multa aplicada, no
V, o veículo poderá ser retido de imediato ou poderá ser prazo devido, nem interposto recurso em tempo hábil, a
determinada sua retenção após o fim da viagem, a critério mesma será inscrita na dívida ativa, para ser cobrada por via
do agente fiscalizador competente. judicial, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades ca-
§ 3º O veículo retido será recolhido à garagem da trans- bíveis.
portadora, quando possível, ou a local indicado pelo órgão
ou entidade responsável pela fiscalização, sendo liberado CAPÍTULO XI
somente quando comprovada a correção da irregularida- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
de que motivou a retenção, sem prejuízo da aplicação das
penalidades cabíveis. Art. 76. A transportadora que explorar Serviço Regular
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros em
SEÇÃO IV sua modalidade convencional, não poderá explorar, em li-
Da Apreensão do Veículo nhas com itinerário idêntico, o serviço em suas modalidades
executivo ou leito, valendo esta vedação para qualquer das
Art. 73. A penalidade de apreensão do veículo será modalidades exploradas com relação às demais.
aplicada sem prejuízo da multa cabível, quando a trans- Parágrafo único. Fica assegurado às transportadoras
portadora ou qualquer pessoa física ou jurídica estiver que já exploram duas ou mais modalidades diferentes de
operando o serviço sem regular concessão, permissão ou Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
autorização do Poder Concedente. (Redação dada pela Lei Passageiros, sejam elas convencional, executivo ou leito, em
nº 14.719, de 26 de maio de 2010) linhas com itinerários idênticos, o direito de continuar a pres-
Parágrafo único. O veículo apreendido será recolhi- tar os serviços até findar o prazo máximo estipulado no art.
do a local determinado pelo Poder Concedente, e somente 43 da Lei Estadual no 12.788, de 30 de dezembro de 1997.
será liberado mediante a apresentação da guia de recolhi-
mento comprovando o pagamento das multas exigíveis e Art. 77. Na concessão do Serviço Regular de Transpor-
das despesas decorrentes da apreensão, sendo o tempo de te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, Interurbano ou
custódia definido em função das circunstâncias da infração Metropolitano, o edital da licitação especificará, durante o
e obedecendo aos critérios abaixo: (Redação dada pela Lei respectivo prazo, dados estimados de receita operacional, fi-
nº 14.719, de 26 de maio de 2010) cando a participação de cada concessionária limitada ao per-
I - de 1 (um) a 10 (dez) dias, quando se tratar da pri- centual máximo correspondente a 40% (quarenta por cento)
meira apreensão no prazo de 12 (doze) meses; (Acrescido da referida receita em cada sistema. (Redação dada pela Lei
pela Lei nº 14.719, de 26 de maio de 2010) nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
I- de 11 (onze) a 30 (trinta) dias, quando de reincidência § 1º É vedada, na concessão do Serviço Regular Interur-
na infração no prazo de 12 (doze) meses. (Acrescido pela bano de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passagei-
Lei nº 14.719, de 26 de maio de 2010) ros, a participação da mesma concessionária em mais de 3
(três) áreas de operação, mesmo que o percentual de receita
CAPÍTULO X não ultrapasse o percentual máximo previsto no caput deste
DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO DE MULTA artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de
2009)
Art. 74. O procedimento para aplicação das penalida- § 2º O limite estipulado no caput deste artigo será ob-
des de multa terá início mediante a lavratura de Termo de servado durante todo o período da concessão, ressalvada,
Abertura de processo administrativo ou de Auto de Infra- apenas, a hipótese de crescimento da receita decorrente do
ção, por servidor público incumbido das atividades de fis- incremento de demanda na área contratada. (Acrescido pela
calização dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermuni- Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009)
cipal de Passageiros.
§ 1º O Auto de Infração será lavrado em 03 (três) vias Art. 78. As transportadoras atuantes nos Serviços de
de igual teor e conterá: Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do
I - nome do infrator; Estado do Ceará são obrigadas a contratar, para seus veí-
II - número de ordem do auto de infração, identifi- culos cadastrados junto ao Poder Concedente, seguro de
cação do veículo e da linha; responsabilidade civil por acidente de que resulte morte

43
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

ou danos pessoais ou materiais, em favor da tripulação do


veículo, dos passageiros, de pedestres e de terceiros, nos 2.2. DECRETO ESTADUAL Nº 29.687/2009
valores mínimos fixados em regulamento desta Lei. (DOE DE 24/03/2009, ALTERADO PELO
Parágrafo único. As atuais permissionárias que te- DECRETO ESTADUAL Nº 31.658/2014 (DOE DE
nham seguro de acidente pessoal terão o prazo máximo de
31/12/2014).
6(seis) meses, a contar da publicação desta Lei, para cum-
prir o disposto no caput deste artigo.

Art. 79. Será mantido pelo Poder Concedente um ca- O Decreto n° 29.687, de 18 de março de 2009, apro-
dastro atualizado de cada transportadora, devendo qual- vou o regulamento dos serviços de transporte rodoviário
quer alteração de seus contratos, estatutos sociais ou re- intermunicipal de passageiros estadual. As regras elabora-
gistro de firma individual ser prontamente comunicado, das estão em consonância com os contratos de concessão
sob pena de caducidade da concessão ou cancelamento firmados no âmbito do processo de concorrência pública
da permissão ou autorização. nº 002/2009/DETRAN/2009.
O decreto dispõe ainda que é atribuição da ARCE,
Art. 80. O desempenho operacional das transpor- Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do
tadoras será quantificado e qualificado através do Índice Estado do Ceará, proceder a revisão ordinária das tarifas
de Desempenho Operacional – IDO, que visa o acompa- referentes aos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário
nhamento de forma direta e continuada das condições de Intermunicipal de Passageiros
prestação do serviço. Desse modo, compete ao Estado do Ceará regular,
§ 1º O Índice de Desempenho Operacional calculado explorar, organizar, dirigir, coordenar, executar, delegar e
pelo Poder Concedente terá sua metodologia, critérios de controlar a prestação de serviços públicos relativos ao Sis-
pontuação e avaliação estabelecidos no Decreto que regu- tema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passagei-
lamentar esta Lei. ros e aos Terminais Rodoviários de Passageiros. O artigo 3
§ 2º Será decretada pelo Poder Concedente a caduci- trata das definições dos serviços de transporte rodoviário
dade da concessão ou a revogação da permissão daquelas intermunicipal de passageiros, especificando-as.
concessionárias e permissionárias que não atingirem os ín- O valor das tarifas é estabelecido por meio da defini-
dices mínimos de aprovação no período considerado. ção do coeficiente tarifário, definido, no artigo 3º Decreto
Estadual nº 29.687/2009, como a “constante representativa
Art. 81. A transferência de concessão ou permissão, do custo operacional do serviço, calculada por quilômetro,
ou do controle societário da concessionária, ou alteração por passageiro, observando-se a manutenção do equilíbrio
da composição societária ou equivalente da permissioná- econômico-financeiro da delegação”.
ria, sem prévia anuência do poder concedente, implicará Por fim, serão respeitados, até a finalização de seus
a caducidade da concessão e cancelamento da permissão. prazos, os termos de permissão e contratos de concessão
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) celebrados antes da publicação do Decreto 29.687.
Parágrafo único. Para fins de obtenção da anuência
de que trata o caput deste artigo o pretendente deverá : Decreto Estadual Nº 29.687/2009
I - atender às exigências de capacidade técnica,
idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal neces- Norma Estadual - Ceará
sárias à assunção do serviço, inclusive no que se refere ao Publicado no DOE em 24 mar 2009
limite máximo de participação no Serviço Regular de Trans-
porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros; e, (Reda- Aprova o Regulamento dos Serviços de Transporte Ro-
ção dada pela Lei nº 14.288, de 06 de janeiro de 2009) doviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará
II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do e dá outras providências.
contrato em vigor. O Governador do Estado do Ceará, no uso das atribui-
ções que lhe confere o Art. 88, incisos IV e VI, da Constitui-
Art. 82. O Poder Executivo no prazo de 30 (trinta) dias ção Estadual, e
regulamentará esta Lei através de Decreto.
Considerando os termos da Lei Estadual nº 13.094 ,
Art. 83. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publi- de 12 de janeiro de 2001, com as alteraçoes determinadas
cação, revogadas as disposições em contrário. pela Lei nº 14.288 de 06 de janeiro de 2009, que dispõem
sobre o Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em de Passageiros do Estado do Ceará e a conveniência de
Fortaleza, aos 12 de janeiro de 2001. regulamentá-las;

Tasso Ribeiro Jereissati


GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

44
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Decreta: VIII - Concessão de Serviço: a delegação de sua presta-


ção, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na mo-
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, DE- dalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
FINIÇÕES E CLASSIFICAÇÕES empresas, cooperativa ou consórcio de cooperativas que de-
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco e por prazo determinado; (Redação dada ao inciso pelo
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento dos Serviços de Decreto nº 31.658, de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Es- IX - Concorrência ruinosa: exploração do serviço de
tado do Ceará, nos termos deste Decreto. transporte de passageiros por linha regular sem observância
Parágrafo único. O Sistema de Transporte Rodoviário das normas deste regulamento;
Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará reger- X - CRAJUBAR: Denominação dada à conurbação dos
se-á por este Regulamento e demais normas legais, regu- Municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte e Missão
lamentares e pactuadas pertinentes, em especial pelas Lei Velha;
Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, Lei Estadual XI - Demanda: volume de passageiros por itinerário con-
nº 12.788, de 30 de dezembro de 1997 e Lei Estadual nº siderado;
13.094 , de 12 de janeiro de 2001, bem como as respectivas XII - Frequência: número estabelecido de viagens por
alterações. unidade de tempo ou período fixado;
XIII - Frota Operante: Aquela constituída pelo número de
Art. 2º Compete ao Estado do Ceará regular, explorar, veículos suficiente para a operação do serviço;
organizar, dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar XIV - Frota Reserva: Número de veículos necessários para
a prestação de serviços públicos relativos ao Sistema de a eventual substituição da frota operante;
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos XV - Frota Total: Correspondente à soma da Frota Ope-
Terminais Rodoviários de Passageiros, conforme o disposto rante e da Frota Reserva;
no art. 303 da Constituição Estadual. XVI - Horário: momento de partida, trânsito e chegada,
determinado pelo poder concedente;
CAPÍTULO II - DAS DEFINIÇÕES XVII - Horário antecipado: partida do veículo antes do
horário determinado;
Art. 3º Serão consideradas, para efeito deste Regula- XVIII - Horário extra: horário permitido pelo poder con-
mento, as seguintes definições: cedente, quando do aumento eventual da demanda;
I - Área Espelho: área de operação, com as mesmas XIX - Índice de aproveitamento: relação entre o passa-
características operacionais e delimitação geográfica de geiro equivalente e o número de lugares oferecidos;
outra área de operação anteriormente definida, criada pelo XX - Índice de Desempenho Operacional - IDO: índice
Estado do Ceará com o objetivo de promover maior com- que traduz o acompanhamento de forma direta e continuada
petição no mercado, respeitado o equilíbrio econômico- das condições de prestação do serviço;
financeiro das delegações. XXI - Intervalo de horário: resguardo de tempo entre os
II - Áreas de operação são espaços geográficos forma- horários de partidas ordinárias das linhas de cada transporta-
dos pelos territórios dos municípios por afinidades viárias, dora ao longo das secções realizadas;
sob influência de um ou mais municípios pólos socioeco- XXII - Itinerário: trajeto entre os pontos terminais de uma
nômicos, e instituídos pelo Estado do Ceará. linha previamente estabelecido pelo poder concedente e de-
III - Atraso de horário: finido pelas vias e localidades atendidas;
a) no regime de freqüência: a partida de veículo reali- XXIII - Linha: ligação entre municípios por itinerário e
zada fora do horário programado correspondente ao índi- secções preestabelecidos;
ce acima de 10% dos horários programados durante o dia XXIV - Linha alimentadora: linha regular que tem como
em cada linha. característica principal a alimentação de uma ou mais linhas
b) no regime de horário: partida do veículo entre 10 de maior relação passageiro transportado por quilometra-
(dez) a 30 (trinta) minutos, após o horário estabelecido; gem percorrida;
IV - Autorização: ato unilateral pelo qual o Estado do XXV - Linha diametral: linha regular que liga localidades,
Ceará, através do órgão ou entidade competente, discri- passando pelo Município de Fortaleza;
cionariamente, faculta o exercício de atividade, em caráter XXVI - Linha Espelho: linha regular, com as mesmas ca-
precário; racterísticas operacionais de outra anteriormente definida,
V - Bagageiro: compartimento destinado exclusiva- criada pelo Estado do Ceará com o objetivo de promover
mente ao transporte de volumes ou bagagens, com acesso maior competição no mercado, respeitado o equilíbrio eco-
pela parte externa do veículo; nômico-financeiro das delegações.
VI - Bilhete de passagem: documento que comprova o XXVII - Linha experimental: linha regular em cujo serviço
contrato de transporte entre a transportadora e o usuário é definido para ser explorado por um período determinado,
do serviço; para verificação de sua viabilidade;
VII - Coeficiente tarifário: constante representativa do XXVIII - Linha integrada: linha regular que possui meca-
custo operacional do serviço, calculada por quilômetro, nismos físico-operacionais e/ou tarifários que permitem a
por passageiro, observando-se a manutenção do equilíbrio transferência dos seus usuários para outra linha, indepen-
econômico-financeiro da delegação. dentemente da espécie de transporte;

45
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

XXIX - Linha isolada: Linha regular cuja delegação se dá XLVII - Permissão de serviço: a delegação, mediante
individual e isoladamente; licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo po-
XXX - Linha radial: linha regular que liga determinada der concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
localidade do Estado do Ceará ao Município de Fortaleza; capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
XXXI - Linha regional: linha regular que liga localidades XLVIII - Pessoal de Operação: compõe-se de motorista,
do Estado do Ceará, sem passar pelo Município de Forta- cobrador, fiscal e despachante;
leza; XLIX - Poder Concedente: Estado do Ceará, atuando di-
XXXII - Linha regular: linha utilizada na prestação de retamente ou através de entidade ou órgão da Administra-
serviço regular de transporte rodoviário intermunicipal de ção Estadual direta ou indireta a quem este delegar com-
passageiro, com características operacionais definidas pelo petência originária sua relativa ao Sistema de Transporte
Poder Concedente; Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos terminais
XXXIII - Linha social: linha regular que funciona com rodoviários de passageiros, inclusive no tocante ao exercí-
características específicas que exigem que o custo opera- cio de fiscalização e regulação de tais serviços;
cional seja coberto por receita oriunda de fontes diversas; L - Ponto de apoio: local destinado à prestação de ser-
XXXIV - Lotação: número máximo permitido de passa- viço de manutenção, socorro e troca de tripulação, instala-
geiros por veículo; do ao longo do itinerário;
XXXV - Microônibus: veículo automotor de transporte LI - Ponto de escala: local previamente estabelecido
coletivo e capacidade de até 20 (vinte) passageiros; para o descanso e alimentação de passageiros e tripulan-
XXXVI - Miniônibus: veículo automotor de transporte tes;
coletivo com corredor central, capacidade superior a 20 LII - Ponto de parada: local determinado para embar-
(vinte) e até 28 (vinte e oito) passageiros, e demais carac- que e desembarque de passageiros, ao longo do itinerário;
terísticas especificadas pelo poder concedente; (Redação LIII - Porta-volume: bagageiro dentro do ônibus, desti-
dada ao inciso pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE nado ao transporte de pequenos volumes;
CE de 31.12.2014) LIV - Reforço de horário: aumento de horários em uma
XXXVII - Omissão de viagem: viagem não realizada ou linha, autorizado pelo poder concedente, devido a um
quando a partida do veículo tiver atraso superior a 100% acréscimo da demanda, ocorrido após a criação da linha,
entre secções;
(cem por cento) do intervalo de tempo para o regime de
LV - Regime de freqüência: número de viagens de um
freqüência, ou após 30 (trinta) minutos do horário estabe-
linha com intervalos de, no máximo, 30 (trinta) minutos,
lecido para o regime de horário;
entre si;
XXXVIII - Ônibus urbano/metropolitano: veículo auto-
LVI - Reajuste do valor da tarifa: é a correção do valor
motor de transporte coletivo de passageiros que apresen-
da tarifa à variação regular dos custos, realizado uma única
te, no mínimo, duas portas e saídas de emergência, com
vez em cada período de um ano;
mecanismo embarcado de controle de demanda, além das LVII - Regime de horário: número de viagens de uma
condições exigidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e de- linha com mais de 30 (trinta) minutos de intervalo, entre si;
mais normas pertinentes; LVIII - Revisão extraordinária da tarifa: é a revisão da ta-
XXXIX - Ônibus interurbano: veículo automotor de rifa em caso de evento excepcional, posterior, imprevisível
transporte coletivo de passageiros que apresente saídas de ou de conseqüência imprevisível, desde que devidamente
emergência, e uma única porta de entrada e saída, além comprovado o desequilíbrio econômico-financeiro do con-
das condições exigidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e trato, considerando todas as fontes de receita;
demais normas pertinentes; LIX - Revisão ordinária da tarifa: é a revisão da tarifa,
XL - Operação coexplorada: serviço operado por con- após os dois primeiros reajustes anuais concedidos, em
cessionários ou permissionários de lotes distintos, na mes- decorrência de ganhos de produtividade, inovações tec-
ma linha; nológicas ou outros fatores que repercutam na fixação da
XLI - Operação compartilhada: serviço operado por mesma;
concessionários ou permissionários utilizando veículos de LX - Secção ou Seccionamento: trecho de linha regular
tipos distintos em uma mesma linha; em que é autorizado o fracionamento da tarifa;
XLII - Ordem de serviço: documento emitido pelo DE- LXI - Serviço adequado: Serviço prestado conforme pa-
TRAN/CE para início de operação dos serviços outorgados; drões de conforto, segurança, pontualidade, regularidade e
XLIII - Padrão técnico: conjunto de índices e parâme- com tarifa acessível à população, determinados pelo Poder
tros fixados pelo poder concedente utilizados para avaliar Concedente;
operacionalmente cada linha; LXII - Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal
XLIV - Partida ordinária: saída do veículo no horário de Passageiros: conjunto de todos os serviços de transpor-
preestabelecido; te rodoviário intermunicipal de passageiros e os Terminais
XLV - Passageiro-equivalente: cálculo efetuado com Rodoviários, nas diversas espécies previstas neste Regula-
base na relação entre a receita e a tarifa integral de deter- mento, prestados no âmbito do Estado do Ceará;
minada linha; LXIII - Sub-área de operação: espaços geográficos den-
XLVI - Percurso: distância percorrida entre o ponto ini- tro dos limites de uma área de operação formados pelos
cial e o ponto terminal de uma linha regular por um itine- territórios dos municípios por afinidades viárias, e instituí-
rário previamente estabelecido; dos pelo Estado do Ceará.

46
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

LXIV - Tarifa: contraprestação paga pelo usuário pela o especificado nos Editais de Licitação que devem estabe-
utilização de serviço de transporte rodoviário intermunici- lecer sua área de abrangência, ligações e seccionamentos
pal de passageiros; permitidos; (Redação dada à alínea pelo Decreto nº 31.658 , de
LXV - Tempo de viagem: tempo de duração total da 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
viagem, computando-se os tempos de paradas; b) Serviço Regular Interurbano Executivo: serviço regular
LXVI - Transportadora: pessoa física, pessoa jurídica ou interurbano prestado com um número reduzido de paradas,
consórcio de empresas que preste Serviço de Transporte passageiros somente sentados e realizado com ônibus com
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, mediante con- ar-condicionado, poltronas reclináveis com encosto de pernas
cessão, permissão ou autorização, conforme estabelecido e banheiro com sanitário;
neste Regulamento e nas demais normas legais, regula- c) Serviço Regular Interurbano Leito: serviço regular inte-
mentares e pactuadas pertinentes;
rurbano prestado com um número reduzido de paradas, e rea-
LXVII - Transporte clandestino: exploração do serviço
lizado com ônibus dotado de poltrona reclinável tipo leito com
de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros
sem outorga do poder concedente ou sem observância encosto de pernas, ar condicionado e banheiro com sanitário;
deste regulamento; d) Serviço Regular Metropolitano Convencional: transpor-
LXVIII - Terminal: ponto inicial ou final de uma linha; te de passageiros com características urbanas realizado entre
LXIX - Terminal Rodoviário: equipamento destinado municípios do Estado do Ceará, de acordo com o especificado
ao embarque e desembarque de passageiros dotado de nos Editais de Licitação que devem estabelecer sua área de
infraestrutura e serviços adequados para segurança e con- abrangência, ligações e seccionamentos permitidos; (Redação
forto dos usuários; dada à alínea pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE
LXX - Tripulação: compõe-se de motorista e cobra- de 31.12.2014)
dor, excetuados os casos previstos neste Regulamento nos e) Serviço Regular Metropolitano Executivo: serviço regu-
quais inexiste a obrigatoriedade de cobrador; lar metropolitano realizado com ônibus com ar-condicionado,
LXXI - Veículo de transporte de passageiros: ônibus número reduzido de paradas e passageiros somente sentados;
urbano e interurbano, miniônibus, microônibus e veículos f) Serviço Regular Interurbano Complementar: transporte
utilitários utilizados no transporte de passageiros, nos ter- de passageiros com características rodoviárias realizado entre
mos deste Regulamento; municípios do Estado do Ceará, de acordo com o especificado
LXXII - Veículo utilitário misto: veículo automotor des- nos Editais de Licitação que devem estabelecer sua área de
tinado ao transporte simultâneo de carga e passageiro, e abrangência, ligações e seccionamentos permitidos, e realiza-
demais características especificadas pelo poder conceden-
do com Miniônibus, Microônibus, Veículo Utilitário de Passa-
te; (Redação dada ao inciso pelo Decreto nº 31.658 , de
geiro - VUP ou Veículo Utilitário Misto - VUM, com caracterís-
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
LXXIII - Veículo padrão: veículo que atenda os requisi- ticas fixadas pelo poder concedente; (Redação dada à alínea
tos e especificações estabelecidos no edital e contrato de pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
concessão ou termo de permissão, bem como nas demais g) Serviço Regular Metropolitano Complementar: trans-
normas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes; porte de passageiros com características urbanas realizado
LXXIV - Veículo utilitário de passageiro: veículo auto- entre municípios do Estado do Ceará, de acordo com o es-
motor de transporte coletivo, com ou sem corredor cen- pecificado nos Editais de Licitação que devem estabelecer sua
tral, capacidade mínima de 07 (sete) passageiros sentados área de abrangência, ligações e seccionamentos permitidos,
e máxima de 19 (dezenove) passageiros sentados, mais a e realizado com Miniônibus, Microônibus, Veículo Utilitário
tripulação, e demais características especificadas pelo po- de Passageiro - VUP ou Veículo Utilitário Misto - VUM, com
der concedente; (Redação dada ao inciso pelo Decreto nº características fixadas pelo poder concedente; (Redação dada
31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) à alínea pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de
LXXV - Viagem: deslocamento de um veículo ao longo 31.12.2014)
do itinerário, entre dois pontos terminais; II - Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
LXXVI - Viagem completa: deslocamento de um veí- Passageiros por Fretamento: transporte de pessoas sem as ca-
culo ao longo de um itinerário, com retorno ao ponto de racterísticas do serviço regular, mediante o aluguel global do
origem; veículo, podendo ser contínuo ou eventual.
LXXVII - Viagem-expressa: viagem realizada sem pon-
tos de parada ao longo do itinerário.
TÍTULO II - DOS SERVIÇOS REGULARES DE TRANS-
CAPÍTULO III - DA CLASSIFICAÇÃO PORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS
CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA
Art. 4º Os Serviços de Transporte Rodoviário Intermu-
nicipal de Passageiros são divididos nos seguintes gêneros: Art. 5º A prestação dos serviços regulares de transporte
I - Serviços Regulares de Transporte Rodoviário Inter- rodoviário intermunicipal de passageiros poderá ser organi-
municipal de Passageiros, divididos nas seguintes espécies: zada por linhas isoladas ou por áreas de operação, segundo
a) Serviço Regular Interurbano Convencional: transpor- discricionariedade técnica do poder público que garanta a efi-
te de passageiros com características rodoviárias realiza- ciência, a qualidade dos serviços e modicidade das tarifas.
do entre municípios do Estado do Ceará, de acordo com

47
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 6º As linhas isoladas terão suas características de- § 1º Se o respectivo serviço estiver organizado por
finidas pelo poder concedente, inclusive no concernente a áreas de operação, a nova linha criada é considerada par-
itinerário, seccionamentos, extensão e horários das viagens. te integrante das áreas e sub-áreas e será explorada pelos
Parágrafo único. O poder público poderá estabelecer respectivos delegatários dos serviços nas mesmas condições
operação coexplorada para uma linha mediante a criação pactuadas e fixadas no certame licitatório em que se sagra-
de linhas espelhos com características similares à original. ram vencedores.
§ 2º Se o respectivo serviço estiver organizado por linhas
Art. 7º As áreas de operação concentrarão linhas com isoladas, a delegação da nova linha dependerá de prévia lici-
quantidade, especificações e itinerários definidos por ato tação na modalidade de concorrência.
do Poder Público, que, em seu conjunto, deverão atender
a todas as necessidades de cada região, podendo o Poder Art. 11. O processo de estudo de criação de linha regular
Público adequá-las, a qualquer momento, mediante cria- poderá ser iniciado a critério do poder concedente ou a pedi-
ção, extinção e modificação das linhas, para melhor aten- do dos interessados no qual constará os seguintes elementos:
der o interesse público. I - Dados gerais sobre o desenvolvimento sócio-eco-
§ 1º A criação, a extinção e a modificação das linhas nômico da região que se pretende servir e informações que
levarão em conta as necessidades e características específi- permitam aquilatar a conveniência do serviço e da influência
cas da respectiva área de operação. deste sobre os meios de transportes existentes;
§ 2º Quando as linhas criadas, extintas ou modificadas II - Vias a serem utilizadas, com croquis e distâncias;
afetarem mais de uma área de operação, serão considera- III - Estimativa de atendimento, quanto a horário e fre-
das as características de todas as envolvidas. qüência;
§ 3º É possível o poder público estabelecer coexplora- IV - Viabilidade de exploração econômica;
ção dentro de uma mesma área de operação mediante a V - Consideração do mercado de outros serviços já em
criação, concomitante ou posterior, de sub-áreas de ope- execução, outorgados pelo poder concedente, ou nos li-
ração em quantidade e com características definidas pelo mites das respectivas competências, por órgão federal ou
poder público. municipal.
Parágrafo único. O poder concedente poderá adicionar
Art. 8º As áreas de operação do serviço regular com- novos critérios técnicos para a criação de linha regular.
plementar de transporte de passageiros só possuirão
Art. 12. O processo de estudo de extinção de linha regular
linhas radiais que não superarem a extensão de 165 Km a
poderá ser iniciado a critério do poder concedente ou a pedi-
partir do Município de Fortaleza.
do da transportadora.
§ 1º As linhas radiais do Serviço Regular Complementar
Parágrafo único. O pedido da transportadora relativo à
de Transporte de Passageiros serão divididas em 4 (quatro)
extinção de linha regular deverá conter os seguintes elemen-
áreas de operação, com pólos nos Municípios de Aracati,
tos:
Itapipoca, Baturité e Quixadá, contemplando os seguintes I - Estudo global da demanda;
eixos, partindo de Fortaleza para: Itapipoca, Aracati - CE II - Verificação da real necessidade da população;
040, Aracati - BR 116, Beberibe, Cascavel, Morada Nova, III - Avaliação econômico-financeira da exploração do
Russas, Canoa Quebrada, Fortim, Redenção, Guaramiranga serviço.
- CE 060, Guaramiranga - CE 065, Baturité, Aratuba, Quixa-
dá, Tejuçuoca, Itapipoca, Paracuru, Paraipaba, Trairi, Urubu- Art. 13. Antes da efetiva criação da nova linha regular,
retama, Pentecoste, Apuiarés, General Sampaio, Caponga, poderá haver a implementação de linha experimental, com
Barreira - CE 060, Barreira - BR 116, Caio Prado/Itapiuna, as mesmas características da que se pretende criar, durante
Capistrano, Aratuba/Mulungu, Choro Limão, Ibaretama, prazo fixado pelo poder concedente, que não poderá ser su-
Ocara, Ibicuitinga, Itapajé. perior a 180 dias, para que se verifique os dados concernentes
§ 2º Os seccionamentos das viagens radiais realizadas à demanda, necessidade da população e viabilidade econô-
nos pólos descritos no parágrafo anterior deverão respei- mico-financeira.
tar a divisão das espécies de serviços complementares, não
podendo haver superposição da operação dos serviços CAPÍTULO III - DAS MODIFICAÇÕES DE LINHAS RE-
metropolitano e interurbano. GULARES
Seção I - Das Disposições Gerais
Art. 9º A tecnologia veicular para exploração das linhas
será fixada por ato do poder concedente. Art. 14. O poder concedente poderá, a seu critério ou a
requerimento de interessados, proceder modificações em li-
CAPÍTULO II - DA CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE LI- nhas regulares, antecedidas de estudo para analisar a viabili-
NHAS REGULARES dade das mesmas, referentes a:
I - Prolongamento;
Art. 10. Poderão ser criadas novas linhas regulares ou II - Alteração de itinerário;
extintas as existentes a critério do poder concedente, visan- III - Inclusão ou exclusão de seccionamento;
do à satisfação do interesse público e observadas a oportu- IV - Horários;
nidade e a conveniência da implantação dos serviços. V - Encurtamento.

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NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. É vedado às transportadoras em dé- Seção IV - Da Inclusão ou Exclusão de Seccionamento


bito para com o poder concedente, referente a tributos,
multas, cadastros, remuneração de serviço, entrega da re- Art. 18. A inclusão de seccionamento em linha regular
lação dos veículos componentes de sua frota ou da decla- poderá ser autorizada, a critério do poder concedente, quan-
ração de que os mesmos estão em perfeitas condições de do existir demanda justificável entre localidades que serão
segurança, conforto e uso para operar, proporem qualquer exploradas pelo operador da área ou linha isolada onde es-
alteração nos serviços, até que seja efetuado o devido pa- tão inseridos.
gamento ou adimplemento da obrigação, sem prejuízo das § 1º A autorização de seccionamento entre localidades
demais cominações legais. situadas dentro das Regiões Metropolitanas é exclusiva às
linhas metropolitanas. (Antigo parágrafo único renomeado
Art. 15. Para os casos de operação compartilhada ou e com redação dada pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014,
coo explorada, a modificação de linha regular será co- DOE CE de 31.12.2014)
municada aos órgãos representativos das transportado- § 2º No caso de criação ou modificação de Regiões Me-
ras. (Redação dada ao caput pelo Decreto nº 31.658, de tropolitanas e, mediante características operacionais específi-
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) cas, o Poder Concedente poderá criar seccionamentos, aten-
§ 1º Os interessados terão um prazo de 10 (dez) dias, didos o interesse público e o equilíbrio econômico financeiro
contados da data da comunicação da modificação da linha dos contratos administrativos celebrados. (Parágrafo acres-
regular aos órgãos representativos da categoria das trans- centado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de
portadoras, para se manifestarem sobre a mesma. 31.12.2014)
§ 2º As manifestações apresentadas fora do prazo pre-
visto no parágrafo anterior não serão apreciadas pelo po- Art. 19. A exclusão de secção poderá ocorrer, a critério do
der concedente. poder concedente, quando a mesma se apresentar inviável,
§ 3º Diante das manifestações dos interessados, o po- desde que preservado o atendimento de eventual demanda
der concedente poderá, a seu critério, rever as modifica- remanescente.
ções previstas.
Seção V - Dos Horários
Seção II - Do Prolongamento de Linha Regular
Art. 20. Os horários das viagens referentes às linhas re-
gulares serão fixados pelo poder concedente em função da
Art. 16. Linha regular poderá ser prolongada pela
demanda de transporte e características de cada linha, obje-
transferência de um dos seus pontos terminais, a critério
tivando a satisfação do usuário.
do poder concedente, observando os estudos técnicos e
§ 1º Horário extra poderá ser autorizado pelo poder con-
de demanda.
cedente, em caso de acréscimo eventual de demanda. (Anti-
Parágrafo único. O prolongamento das linhas regula-
go parágrafo único renomeado pelo Decreto nº 31.658 , de
res não poderá alcançar área de operação distinta da ori-
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
ginária, nem linha isolada já existente, salvo na hipótese de § 2º Horário experimental poderá ser autorizado pelo
operações coexploradas ou compartilhadas. poder concedente, por um prazo de até 90 (noventa) dias,
de forma a avaliar a conveniência de fixá-lo no quadro or-
Seção III - Da Alteração de Itinerário dinário. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Art. 17. O poder concedente poderá alterar itinerário § 3º Reforço de horário poderá ser autorizado pelo poder
da linha regular, a seu critério, nas seguintes hipóteses: concedente, de forma a atender especificamente a acrésci-
I - Quando o itinerário se mostrar impraticável, impe- mo de demanda entre seções de linhas. (Parágrafo acres-
dindo o tráfego de veículos; centado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de
II - Quando implantada nova estrada ou trecho me- 31.12.2014)
lhorado;
III - Para prestação de um serviço mais eficiente. Art. 21. Constatada a necessidade de aumento de horá-
§ 1º Ocorrendo impraticabilidade de itinerário, a trans- rios na linha regular, a transportadora será consultada para
portadora, enquanto não se verificar o restabelecimento do que, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre o inte-
mesmo, executará o serviço por outras vias, comunicando resse de executar o novo horário.
o fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas ao poder con- § 1º Em caso de resposta positiva da transportadora
cedente que poderá estabelecer novo trajeto provisório. em executar os serviços de que trata o presente artigo, esta
§ 2º A alteração de itinerário decorrente da implanta- terá um prazo de 08 (oito) dias para iniciar a nova opera-
ção de nova via ou trecho melhorado, será autorizada, a ção, sendo este prazo ampliado para 90 (noventa) dias se o
critério do poder concedente, de ofício ou a requerimento acréscimo de horário acarretar necessidade de elevação da
de interessado, quando proporcionar atendimento mais frota, ressalvada a falta de veículo no mercado, devidamente
econômico e confortável ao usuário, preservado eventual comprovada.
atendimento da demanda remanescente. § 2º Não havendo resposta por parte da transportadora,
ou sendo esta intempestiva ou negativa, o poder concedente
poderá declarar a caducidade da concessão ou permissão.

49
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Seção VI - Do Encurtamento de Linha Regular § 4º As execuções dos serviços regulares de transpor-


te rodoviário intermunicipal de passageiros, realizadas em
Art. 22. O poder concedente, atendendo as peculiari- linhas radiais, diametrais e regionais, organizadas por áreas
dades dos serviços e objetivando racionalizar e reduzir os de operação ou por linhas isoladas, quando operadas por
custos operacionais, poderá autorizar, a seu critério, de ônibus, serão outorgadas mediante concessão, e quando
ofício ou a requerimento da transportadora interessada, o operadas por miniônibus, microônibus, veículos utilitários de
encurtamento de linha regular. passageiros e veículo utilitário misto, serão outorgadas por
permissão, observado o disposto no Art. 2º da Lei 15.494 , de
CAPÍTULO IV - DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS 27 de dezembro de 2013. (Redação dada ao parágrafo pelo
SERVIÇOS REGULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS § 5º A concessão outorgada tornará lícita para o con-
Seção I - Das Disposições Gerais cessionário a exploração do serviço na respectiva área de
operação ou na específica linha isolada, nas espécies leito,
Art. 23. Compete ao Estado do Ceará explorar direta- executivo e convencional, nos moldes previstos no edital de
mente ou mediante concessão ou permissão os Serviços licitação.
Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas- § 6º No caso de delegação de área espelho ou sub-área
sageiros, no âmbito de sua competência sempre através de de operação, o serviço será coexplorado entre o delegatário
licitação, nos termos deste Regulamento, da Lei Federal nº da área e o da área espelho ou subárea de operação.
8.987/1995, da Lei estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de § 7º É vedada a delegação de uma área espelho ou de uma
2001, e suas alterações, e demais normas legais e regula- subárea para o mesmo delegatário da respectiva área de ope-
mentares pertinentes. ração, assim como é proibida a delegação de uma linha espe-
§ 1º Caberá ao DETRAN/CE e à Agência Reguladora de lho para o mesmo delegatário da linha correspondente.
Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE
fiscalizar o cumprimento da Lei estadual nº 13.094 , de 12 Art. 25. Na exploração dos Serviços Regulares de Trans-
de janeiro de 2001, e suas alterações. porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, mediante
§ 2º As concessões e permissões de Serviços Regula- concessão ou permissão, observar-se-ão três princípios bá-
sicos:
res de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
I - Ausência de exclusividade na exploração do serviço;
sujeitar-se-ão à gestão e fiscalização pelo DETRAN/CE, nos
II - Liberdade de escolha do usuário;
termos das normas legais, regulamentares e pactuadas,
III - Competitividade.
com a cooperação dos usuários.
§ 1º A efetivação dos três princípios está subordinada às
§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014,
possibilidades fáticas e jurídicas do sistema.
DOE CE de 31.12.2014)
§ 2º As modificações das situações fáticas e jurídicas,
§ 4º (Revogado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, especialmente no que concerne à demanda e à viabilidade
DOE CE de 31.12.2014) econômica, que permitam a efetivação dos três princípios
obrigarão o poder público a estabelecer as medidas cabíveis
Art. 24. O objeto da delegação do serviço, mediante para tanto, mediante a criação de áreas espelhos, subáreas,
concessão ou permissão, dependerá da forma de organi- linhas espelhos ou outra forma de operação coexplorada/
zação escolhida, dando-se da seguinte maneira: compartilhada.
I - em sendo organizado por área de operação, consis-
tirá na transferência, nos termos do edital, das atividades Seção II - Da Licitação e Contratos
da espécie de serviço inerentes à respectiva área, ficando
o delegatário responsável por prestálos segundo linhas, iti- Art. 26. O julgamento da licitação para concessão ou
nerários, seccionamentos, horários e demais especificações permissão dos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário
fixadas pelo Poder Concedente. Intermunicipal de Passageiros observará um dos seguintes
II - em sendo organizado por linhas isoladas, consistirá critérios:
na transferência, nos termos do edital, das atividades ine- I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser pres-
rentes à específica linha. tado;
§ 1º O edital disciplinará o número de delegatários das II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder
áreas de operações ou das linhas isoladas, o número míni- concedente pela outorga;
mo de veículos a serem empregados por cada um e crité- III - a combinação dos critérios referidos nos incisos I e
rios de desempate. II deste artigo;
§ 2º Respeitado o número mínimo fixado no edital de IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital;
licitação, poderá o poder concedente alterar o número de V - melhor proposta em razão da combinação de pro-
veículos a serem empregados na prestação de serviço, ten- postas técnica e de oferta de pagamento pela outorga;
do como base a relação demanda X oferta por ele aferida, VI - melhor oferta de pagamento pela outorga após qua-
objetivando sempre a satisfação do usuário e a segurança lificação de propostas técnicas;
de tráfego. VII - melhor proposta em razão da combinação dos
§ 3º As linhas regulares são classificadas em radiais, re- critérios do menor valor da tarifa de serviço público a ser
gionais e diametrais. prestado com o de melhor técnica;

50
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º A aplicação do critério previsto no inciso III só será VI - Na concessão ou permissão, prazos máximos de
admitida quando previamente estabelecida no edital de li- amortização para veículos, estoque de peças de reposição
citação, inclusive com regras e fórmulas precisas para ava- (estoque do almoxarifado), dos equipamentos e instalações;
liação econômico-financeira. VII - Relação de bens reversíveis ao término da conces-
§ 2º O poder concedente recusará propostas manifes- são ou permissão, se for o caso, ainda não amortizados, me-
tamente inexequíveis ou financeiramente incompatíveis diante justa indenização;
com os objetivos da licitação. VIII - Critério de indenização, em caso de encampação;
§ 3º Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, § 1º Este Regulamento será parte integrante do edital de
VI e VII deste artigo, o edital de licitação conterá parâme- licitação de Serviço Regular de Transporte Rodoviário Inter-
tros e exigências para a formulação de propostas técnicas. municipal de Passageiros e do respectivo contrato ou termo
§ 4º O edital poderá prever a inversão da ordem das de permissão.
fases de habilitação e julgamento, hipótese em que: § 2º Além dos requisitos estabelecidos neste Regula-
I - encerrada a fase de classificação das propostas ou mento, o edital de licitação de Serviço Regular de Transpor-
oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os do- te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e o respectivo
cumentos de habilitação do licitante mais bem classificado contrato de concessão ou termo de permissão obedecerão
para verificação do atendimento das condições fixadas no aos requisitos constantes na Lei Federal nº 8.666/1993 e al-
edital; terações, na Lei Federal nº 8.987/1995, na Lei Estadual nº
II - verificado o atendimento das exigências do edital, o 12.788/1997, na Lei Estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de
licitante será declarado vencedor; 2001, com suas respectivas alterações, e nas demais normas
III - inabilitado o licitante melhor classificado serão legais e regulamentares pertinentes.
analisados os documento habilitatórios do licitante com a
proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessiva- Art. 30. Na qualificação técnica exigida da transporta-
mente, até que um licitante classificado atenda às condi- dora licitante, além do estabelecido na Lei de Licitações e
ções fixadas no edital; Contratos nº 8.666/1993, exigir-se-á:
IV - proclamado o resultado final do certame, o objeto I - A comprovação da disponibilidade da frota para
será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e eco- atender ao serviço licitado, que poderá ser feita mediante
nômicas por ele ofertadas. comprovantes de propriedade ou arrendamento mercantil,
devendo os veículos encontrarem-se disponibilizados no
Art. 27. A concessão será outorgada pelo prazo má- prazo fixado no edital, o qual deverá ser no máximo de 90
ximo de 10 (dez) anos, podendo ser prorrogada, por uma (noventa) dias após o recebimento da Ordem de Serviço,
única vez, por até igual período, a critério exclusivo do po- e não podendo tais veículos estarem comprometidos com
der concedente, desde que haja interesse público, anuên- outros serviços à época da prestação do serviço objeto da
cia da concessionária na prorrogação do contrato e na licitação, obedecido o prazo acima e o disposto no art. 31 da
continuidade da prestação do serviço, bem como o aten- Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas alterações;
dimento do resultado do índice de que trata o art. 80 da II - Termo de compromisso de disponibilidade da fro-
Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas alterações. ta, no caso de impossibilidade de apresentação imediata da
comprovação prevista no inciso anterior, respeitado o prazo
Art. 28. A permissão poderá ser outorgada por prazo nele previsto;
máximo de 6 (seis) anos, podendo ser prorrogada, por uma III - Prova de que possui, ou compromisso de disponi-
única vez, por até igual período, a critério exclusivo do po- bilizar, imóvel destinado à instalação de garagem para dar
der concedente, desde que haja interesse público, atendi- suporte à execução do contrato pelo período da prestação
mento do resultado do índice de que trata o art. 80 da Lei dos serviços, exceto para veículos utilitários;
nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas alterações, e IV - Atestado de Capacidade técnica expedida por órgão
anuência do permissionário na prorrogação do termo de Público ou Privado, que ateste haver a licitante prestado ser-
permissão e na continuidade da prestação do serviço. viço de transporte rodoviário de passageiros.

Art. 29. O edital de licitação para concessão ou per- Art. 31. Para assinatura do contrato de concessão ou ter-
missão conterá as condições e as características do serviço, mo de permissão, a licitante deverá apresentar, dentre ou-
especificando: tros exigidos no respectivo edital, os seguintes documentos,
I - Linha, itinerário, características do veículo, horários no prazo máximo de 90 (noventa) dias:
e freqüências, extensão, pontos de parada, além de even- I - Comprovação de cursos de capacitação do pessoal
tuais seccionamentos e restrições de trechos; de operação necessários para o cadastramento da tripula-
II - Frota mínima necessária à execução do serviço e ção, conforme disposto no Art. 82, § 1º, inciso V, deste Re-
respectiva renovação, bem como a frota reserva, observa- gulamento;
do o disposto no art. 67, deste Regulamento; II - Apólice de seguro de responsabilidade civil, com va-
III - Vigência da concessão ou permissão, sua natureza lor determinado no edital;
e a possibilidade de renovação; III - Certidão de inexistência de débito para com a Fa-
IV - Valor da outorga da concessão ou permissão e zenda Pública do Estado do Ceará, Fazenda Pública Nacio-
sua forma de pagamento; nal e Previdência Social e FGTS, bem como demais certi-
V - Forma de reajuste da tarifa; dões exigidas no Edital.

51
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º Em caso de não cumprimento do prazo estabele- Art. 35. Após transcorrido o prazo para alegações fi-
cido no “caput” deste artigo, o poder concedente poderá nais, com ou sem a apresentação destas, serão os autos con-
outorgar a concessão ou permissão à classificada imedia- clusos para o interventor para decidir a respeito da questão.
tamente posterior. § 1º Os elementos probatórios deverão ser considera-
§ 2º Todas as minutas de editais e contratos de con- dos na motivação do relatório e da decisão.
cessão ou termos de permissão relativos a outorga de Ser- § 2º Da decisão do interventor caberá recurso escrito no
viço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de prazo de dez dias para o Governador do Estado.
Passageiros deverão ser obrigatoriamente encaminhados à
ARCE, para exame e homologação prévias, caso esta não Art. 36. Os casos omissos serão supridos pelo interven-
tenha sido responsável pela elaboração das mesmas. tor.

Seção III - Da Intervenção Art. 37. Não haverá nulidade sem prejuízo.

Art. 32. O Poder Concedente poderá intervir na con- Art. 38. O processo administrativo a que se refere esta
cessão ou permissão, com o fim de assegurar a adequação secção deverá ser concluído no prazo de até 180 (cento e
na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das oitenta) dias, sob pena de considerar-se sem validade a in-
normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes. tervenção, salvo se o atraso decorrer de comportamento do
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do delegatário.
Poder Concedente, que conterá a designação do interven-
tor, o prazo da intervenção, além dos objetivos e limites da Art. 39. Cessada a intervenção, se não for extinta a con-
medida. cessão ou permissão, a administração do serviço será de-
volvida à transportadora, precedida de prestação de contas
Art. 33. Declarada a intervenção, o Poder Conceden- pelo interventor, que responderá pelos atos praticados na
te deverá, no prazo de 30 (trinta) dias, instaurar processo sua gestão.
administrativo para comprovar as causas determinantes da
medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito
Seção IV - Da Extinção da Concessão ou permissão
de ampla defesa.
§ 1º Será dado o prazo de 15 dias, contados da data
Art. 40. Extingue-se a concessão ou a permissão, por:
de recebimento da intimação, para que o delegatário apre-
I - Advento do termo contratual ou do termo de per-
sente defesa escrita ao interventor, que será o presidente
missão;
do feito.
II - Encampação;
§ 2º A intimação pode ser efetuada por ciência no pro-
cesso, por via postal, por telegrama, fac-símile ou outro III - Caducidade;
meio que assegure a certeza da ciência do interessado, IV - Rescisão;
inclusive e-mail ou verbalmente por funcionário indicado V - Anulação;
pelo interventor, que certificará o ato. VI - Falência ou extinção da transportadora, e falecimen-
§ 3º O comparecimento do delegatário, independente- to ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
mente de intimação existente ou válida, supre sua falta ou § 1º Extinta a concessão ou permissão, retornam ao po-
irregularidade. der todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transfe-
ridos a transportadora conforme previsto no edital e esta-
Art. 34. As provas de interesse do delegatário deverão belecido em contrato de concessão ou termo de permissão.
acompanhar a defesa escrita, só podendo ser produzidas § 2º Extinta a concessão ou permissão, haverá a imediata
posteriormente caso demonstre sua impossibilidade mate- assunção do serviço pelo Poder Concedente, procedendo-se
rial de produzi-las nesse momento adequado. aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários.
§ 1º Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha § 3º A assunção do serviço autoriza a ocupação das ins-
alegado. talações e a utilização, pelo Poder Concedente, de todos os
§ 2º O interventor poderá determinar de ofício a pro- bens reversíveis.
dução de provas adicionais. § 4º Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o
§ 3º Caso julgue necessário, o interventor poderá no- poder púbico, antecipando-se à extinção da concessão ou
mear perito para prestar auxílio mediante parecer ou laudo permissão, procederá aos levantamentos, avaliações neces-
em matéria de ordem técnica, sendo garantido ao dele- sárias à determinação do montante da indenização que será
gatário o direito de indicação de assistente que também devida à transportadora, na forma do art. 41 deste Regula-
poderá emitir parecer ou laudo. mento.
§ 4º Sendo produzida prova adicional, será aberta a
oportunidade para o delegatário apresentar alegações fi- Art. 41. A reversão no advento do termo contratual ou
nais sobre as mesmas no prazo de cinco dias, contados da do termo de permissão far-se-á com a indenização das par-
data da intimação. celas dos investimentos vinculados a bens reversíveis ainda
§ 5º São inadmissíveis no processo administrativo as não amortizados ou depreciados, que tenham sido realiza-
provas obtidas por meios ilícitos, assim como todas as que dos com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade
dela derivarem. do serviço concedido ou permitido.

52
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Parágrafo único. Em caso de reversão, esta se dará au- Art. 44. O contrato de concessão ou termo de permis-
tomaticamente com relação aos bens já amortizados ou são poderá ser rescindido por iniciativa da transportadora,
depreciados. no caso de descumprimento das normas contratuais pelo
Poder Concedente, mediante ação judicial especialmente
Art. 42. Considera-se encampação a retomada do ser- intentada para esse fim.
viço pelo poder concedente durante o prazo de concessão Parágrafo único. Na hipótese prevista no “caput” deste
ou permissão, por motivo de interesse público, mediante artigo, os serviços prestados pela transportadora não po-
lei autorizativa específica e após prévio pagamento da in- derão ser interrompidos ou paralisados, até decisão judicial
denização, na forma do artigo anterior. transitada em julgado.

Art. 43. A inexecução total ou parcial da avença acar- Art. 45. A anulação da licitação tornará sem efeito o
retará, a critério do Poder Concedente, a declaração de respectivo contrato de concessão ou termo de permissão.
caducidade da concessão ou permissão ou a aplicação de
sanções, nos termos deste Regulamento e demais normas Art. 46. Não poderá habilitar-se à nova concessão ou
legais, regulamentares e pactuadas. permissão a transportadora que tiver seu contrato de con-
§ 1º A caducidade da concessão ou da permissão po- cessão ou termo de permissão rescindido, pelo período de
derá ser declarada pelo Poder Concedente quando: 02 (dois) anos, a partir da data do trânsito em julgado da
I - O serviço estiver sendo prestado de forma inade- decisão judicial a que se refere o parágrafo único do art.
quada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, 44, deste Regulamento.
indicadores e parâmetros definidores da qualidade do ser-
viço, inclusive o Índice de Desempenho Operacional - IDO; Art. 47. Para exploração do Serviço Regular de Trans-
II - A transportadora descumprir cláusulas pactuadas porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros através de
ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão ou permissão, a transportadora prestará garan-
concessão ou permissão; tia, podendo optar por uma das modalidades previstas no
III - A transportadora paralisar o serviço ou concorrer art. 56 da Lei nº 8.666/1993 , no valor de até 5% (cinco
para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso por cento) do contrato, atualizado nas mesmas condições
fortuito ou força maior; daquele.
IV - A transportadora perder as condições econômicas, § 1º A extinção da concessão ou permissão, por infra-
técnicas ou operacionais para manter a adequada presta- ção a norma legal, regular ou pactuada implica na perda
ção do serviço concedido ou permitido; da garantia pela concessionária ou permissionária, em fa-
V - A transportadora não cumprir as penalidades im- vor do poder concedente.
postas por infrações, nos devidos prazos; § 2º Em caso de extinção da concessão ou permissão
VI - A transportadora não atender a intimação do po-
que não resultou em aplicação de penalidade, a garantia
der concedente no sentido de regularizar a prestação do
será liberada ou restituída em favor da concessionária ou
serviço;
permissionária.
VII - A transportadora for condenada em sentença
transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive
Art. 48. A prestação da garantia resguardará a exe-
contribuições sociais;
cução do serviço e pagamento de multas e/ou débitos,
VIII - A transportadora não efetuar o pagamento do
quando não forem recolhidos no devido tempo.
repasse de regulação.
§ 2º A declaração da caducidade da concessão ou da
permissão deverá ser precedida da verificação da inadim- Art. 49. Sempre que for deduzida a garantia ou parte
plência da transportadora em processo administrativo, as- dela, no exercício do direito que trata o artigo anterior, a
segurado o direito de ampla defesa. concessionária ou permissionária fica obrigada a proceder
§ 3º Não será instaurado processo administrativo de a sua recomposição no prazo de 10 (dez) dias a contar do
inadimplência antes de comunicados à transportadora de- recebimento da notificação, sob pena de caducidade da
talhadamente os descumprimentos contratuais referidos concessão ou permissão.
no parágrafo primeiro deste artigo, dando-lhe um prazo
para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para Seção V - Do Registro de Transportadora
efetuar as alterações devidas.
§ 4º Instaurado o processo administrativo e compro- Art. 50. Os Serviços Regulares de Transporte Rodo-
vada a inadimplência, a caducidade será declarada por de- viário Intermunicipal de Passageiros serão executados
creto do Poder Concedente, independentemente de inde- somente por transportadoras registradas junto ao poder
nização prévia. concedente.
§ 5º Declarada a caducidade, não resultará para o Po- Parágrafo único. As transportadoras concessionárias e
der Concedente qualquer espécie de responsabilidade em permissionárias serão automaticamente registradas junto
relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos ao poder concedente, por ocasião da assinatura do con-
com terceiros ou com empregados da transportadora. trato de concessão ou termo de permissão.

53
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 51. O registro cadastral deverá ser atualizado IX - Efetuar o reabastecimento e manutenção em locais
anualmente, no mês de agosto, sob pena de caducidade apropriados, e sem passageiros a bordo;
da concessão ou permissão. X - Não operar com veículo que esteja derramando
§ 1º Na atualização do registro cadastral, a transporta- combustível ou lubrificantes na via pública e terminais ro-
dora apresentará os seguintes documentos: doviários ou com ameaça de apresentar defeito;
I - Certidão negativa de falência e recuperação judicial XI - Tomar as providências necessárias com relação
expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou a empregado ou preposto que, comprovadamente, não
de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa atenda satisfatoriamente aos usuários e à fiscalização do
física, quando pessoa jurídica organizada sob as regras do poder concedente.
direito empresarial;
II - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do Art. 53. A transportadora deverá apresentar mensal-
último exercício social; mente quadro demonstrativo do movimento de passagei-
III - Certidão de inexistência de débito pecuniário junto ros, na forma regulamentada pelo poder concedente.
ao DETRAN/CE e ARCE;
IV - Apólice de seguro de responsabilidade civil. Art. 54. Os prepostos, empregados, contratados das
§ 2º Trimestralmente a transportadora apresentará ao transportadoras, ou qualquer que atue em seu nome, de-
poder concedente a apólice de seguro de responsabilidade verão:
civil, mediante a apresentação dos recibos de quitação. I - Conduzir-se com atenção e urbanidade para com os
usuários do serviço e representantes do Poder Concedente
Seção VI - Dos Encargos da Transportadora no exercício de suas funções;
II - Apresentar-se em serviço corretamente uniformiza-
Art. 52. Sem prejuízo dos encargos previstos em nor- dos e identificados com o respectivo crachá;
mas legais, regulamentares, editalícias e pactuadas perti- III - Prestar aos usuários, quando solicitados, as infor-
nentes, a transportadora prestadora de Serviço Regular de mações necessárias, principalmente sobre itinerários, tem-
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros deve- po de percurso, pontos de parada, distâncias e preços das
rá: passagens;
I - Prestar serviço adequado, na forma prevista em IV - Cumprir as normas legais, regulamentares e pac-
normas legais, regulamentares e pactuadas, e em especial tuadas relativas à execução dos serviços.
neste Regulamento, nas ordens de serviço e no respectivo Parágrafo único. É vedado o transporte do pessoal da
contrato e termo; transportadora quando em serviço, incluindo a tripulação,
II - Submeter-se à gestão e fiscalização do poder con- sem o respectivo crachá.
cedente, exercida diretamente ou pelas entidades da ad-
ministração indireta competentes, facilitando-lhes a ação e Art. 55. Sem prejuízo do cumprimento dos encargos
cumprindo as suas determinações, especialmente no cor- e deveres previstos nas normas legais, regulamentares e
reto fornecimento e atendimento de informações, dados, pactuadas pertinentes, o motorista da transportadora é
planilhas de custo, fontes de receitas principal, alternativa, obrigado a:
acessória, complementar ou global, documentos e outros I - Dirigir o veículo, de modo a não prejudicar a segu-
elementos, sempre na forma e periodicidade requisitados; rança e conforto dos usuários;
III - Manter as características fixadas pelo poder con- II - Não movimentar o veículo, sem que as portas este-
cedente para o veículo, segundo a categoria do serviço em jam totalmente fechadas;
execução, nos termos das normas legais, regulamentares e III - Manter uma velocidade compatível com a situação
pactuadas pertinentes; das vias, respeitando os limites fixados pela legislação de
IV - Preservar a inviolabilidade dos instrumentos con- trânsito;
tadores de passageiros, equipamento registrador instantâ- IV - Diligenciar para o fiel cumprimento dos horários e
neo inalterável de velocidade e tempo e outros instrumen- freqüências estabelecidos;
tos, conforme exigidos em normas legais e regulamentares; V - Não fumar no interior do veículo;
V - Apresentar seus veículos para início de operação VI - Não ingerir bebidas alcoólicas ou quaisquer outras
em condições de segurança, conforto e higiene, bem como substâncias entorpecentes;
atender as especificações, normas e padrões técnicos esta- VII - Não se afastar do veículo no ponto de parada,
belecidos pelas normas legais, regulamentares e pactuadas orientando o embarque e o desembarque de passageiros;
pertinentes; VIII - Prestar à fiscalização do Poder Concedente, exer-
VI - Manter somente em serviço os motoristas, cobra- cida diretamente ou através de órgãos e entidades delega-
dores, fiscais e despachantes cadastrados junto ao poder das, os esclarecimentos que lhe forem solicitados;
concedente; IX - Exibir à fiscalização do poder concedente, exerci-
VII - Preencher as guias e formulários referentes a da- da diretamente ou através dos órgãos e entidades, quando
dos operacionais, cumprindo prazos e normas fixadas pelo solicitado, ou entregar, contra recibo, os documentos do
poder concedente; veículo, o mapa de viagem e outros que forem exigíveis;
VIII - Tomar imediatas providências para prossegui- X - Não conversar, enquanto estiver na condução do
mento da viagem quando de sua interrupção; veículo;

54
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

XI - Atender aos sinais de parada em locais permitidos Art. 58. O usuário dos Serviços Regulares de Transporte
e somente neles; Rodoviário Intermunicipal de Passageiros terá recusado o
XII - Observar, rigorosamente, o esquema de operação embarque ou determinado o seu desembarque, em local
dos corredores e faixas exclusivas para ônibus; seguro e adequado, quando:
XIII - Diligenciar na obtenção de transporte para usuá- I - Não se identificar, quando exigido;
rios, em caso de avaria e interrupção da viagem; II - Encontrar-se em estado de embriaguez;
XIV - Desviar o veículo para o acostamento nas calça- III - Encontrar-se em trajes manifestamente impró-
das e/ou rodovias, fora dos casos permitidos, para embar- prios ou ofensivos a moral pública;
que e desembarque de passageiros; IV - Portar arma de fogo ou de qualquer natureza, sal-
XV - Recolher o veículo à respectiva garagem, quando vo legalmente autorizado;
ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que possam por V - Pretender transportar, como bagagem, produtos
em risco a segurança e conforto dos usuários; que, pelas suas características, sejam considerados perigo-
XVI - Prestar socorro aos usuários feridos, em caso de sos ou representem riscos para os demais passageiros, nos
acidente. termos da legislação específica sobre Transporte Rodoviá-
§ 1º O veículo prestador de Serviço de Transporte Ro- rio de Cargas Perigosas;
doviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento VI - Conduzir animais domésticos ou selvagens, quan-
será excluído da frota da empresa autorizada em caso de do não devidamente acondicionados, em desacordo com
concorrência com Serviço Regular de Transporte Rodoviá- as disposições legais e regulamentares próprias;
rio Intermunicipal de Passageiros existente, quando hou- VII - Conduzir objetos de dimensões e acondiciona-
ver reincidência. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº mentos incompatíveis com o porta-volume;
31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) VIII - Incorrer em comportamento incivil;
§ 2º A autorização a que se refere o caput deste ar- IX - Comprometer a segurança, o conforto e a tranqui-
tigo poderá ser cassada a critério do Poder Concedente, lidade dos demais passageiros;
em caso de reiterada concorrência com Serviço Regular de X - Usar aparelhos sonoros durante a viagem, salvo
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros exis-
com utilização de fones de ouvidos e desde que não per-
tente. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de
tube outros passageiros;
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
XI - Fumar no interior do veículo.
Art. 56. Os demais componentes da equipe de opera-
Seção VII - Dos Direitos dos Usuários
ção do veículo deverão:
I - Auxiliar o embarque e desembarque de passageiros,
Art. 59. Sem prejuízo dos direitos previstos em normas
especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e neces-
legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, são direi-
sidades especiais sendo que, no caso de serviço regular de
transporte de passageiros metropolitano, tal exigência só tos dos usuários:
será devida nos terminais; I - Ser transportado em condições de segurança, higie-
II - Procurar dirimir as pendências ou dúvidas referen- ne e conforto, do início ao término da viagem;
tes a bagagens, passagens e outras que possam surgir na II - Ter assegurado seu lugar no veículo, nas condições
relação entre passageiro e transportadora; fixadas no bilhete de passagem;
III - Diligenciar para manutenção da ordem e para a III - Ser atendido com urbanidade, pelos dirigentes,
limpeza do veículo; prepostos e empregados da transportadora e pelos agen-
IV - Colaborar com o motorista em tudo que diga res- tes dos órgãos e entidades responsáveis pela fiscalização
peito à regularidade da viagem, especialmente à comodi- por parte do poder concedente;
dade e à segurança dos passageiros; IV - Ser auxiliado no embarque e desembarque pelos
V - Não fumar no interior do veículo; prepostos da transportadora, em especial quando tratar-
VI - Não ingerir bebidas alcoólicas ou quaisquer outras se de crianças, senhoras, pessoas idosas ou com dificulda-
substâncias entorpecentes; de de locomoção;
VII - Diligenciar junto a transportadora, no sentido de V - Receber informações sobre as características dos
evitar insuficiência de moeda fracionária para o troco cor- serviços, tais como, tempo de viagem, localidades atendi-
reto. das e outras de seu interesse;
VI - Ter sua bagagem transportada no bagageiro e
Art. 57. A transportadora manterá em seus veículos um porta-volume, observado o disposto no art. 96 deste Re-
livro de ocorrência, em local visível, rubricado e numerado gulamento e demais normas legais e regulamentares;
em suas folhas pela fiscalização do poder concedente, à VII - Receber os comprovantes dos volumes transpor-
disposição dos usuários para consignarem suas sugestões tados no bagageiro;
ou reclamações, e do pessoal de operação para registrar as VIII - Pagar a tarifa correta fixada para o serviço utiliza-
ocorrências da viagem. do, bem como receber eventual troco em dinheiro.
Parágrafo único. No caso de serviço regular de trans-
porte de passageiros metropolitano, a exigência de que
trata o caput só será devida nos terminais.

55
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

CAPÍTULO V - DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS RE- Art. 65. Os horários serão fixados em função da de-
GULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNI- manda de passageiros e características de cada linha, obje-
CIPAL DE PASSAGEIROS tivando a satisfação do usuário, a segurança de tráfego e a
Seção I - Das Viagens rentabilidade das viagens, evitadas sempre que possível, as
superposições de horários.
Art. 60. As viagens serão executadas de acordo com o
padrão técnico-operacional estabelecido pelo poder con- Seção II - Dos Veículos
cedente, pelo Edital de licitação e pelo contrato de conces-
são ou termo de permissão com relação às classificações Art. 66. Na prestação dos Serviços Regulares de Trans-
de serviços, observados os horários, ponto inicial e final, porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão utili-
itinerários, pontos de parada e os seccionamentos deter- zados os seguintes tipos de veículos, observadas as carac-
minados. terísticas de cada espécie dos serviços:
I - Ônibus interurbano convencional;
Art. 61. Fica estabelecida uma tolerância máxima de 10 II - Ônibus interurbano executivo;
III - Ônibus interurbano leito;
(dez) minutos, além do horário marcado, para a chegada
IV - Ônibus metropolitano convencional;
do veículo no ponto inicial da linha.
V - Ônibus metropolitano executivo;
§ 1º Decorrido o prazo fixado neste artigo, o poder
VI - Microônibus;
concedente notificará a transportadora para a colocação VII - Veículo utilitário de passageiros-VUP;
de outro veículo, no prazo máximo de 30 (trinta) minutos. VIII - Veículo utilitário misto-VUM;
§ 2º Caso a transportadora não adote a providência re- IX - Miniônibus.
ferida no parágrafo anterior, o poder concedente poderá Parágrafo único. As dimensões, lotação e característi-
requisitar um veículo de outra transportadora para a reali- cas internas e externas dos veículos utilizados na prestação
zação da viagem. dos serviços Regulares de Transporte Rodoviário Intermu-
§ 3º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo ante- nicipal de Passageiros obedecerão as normas e especifica-
rior, o poder concedente notificará a transportadora faltosa ções técnicas que determinam os padrões dos respectivos
para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, efetuar o pa- serviços a serem prestados pelos mesmos, nos termos das
gamento à transportadora requisitada, no valor presumido normas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes.
para a viagem completa, obedecendo os coeficientes tari-
fários e a taxa de ocupação constante da planilha tarifária Art. 67. A frota de cada transportadora deverá ser com-
em vigor. posta de veículos, em número suficiente para prestação do
serviço, conforme fixado no respectivo edital de licitação,
Art. 62. Os pontos terminais de parada e de escala só mais a frota reserva equivalente ao mínimo de 10% (dez
poderão ser utilizados pelas transportadoras após devida- por cento) e máximo de 20% (vinte por cento) da frota ope-
mente homologados pelo poder concedente. racional.
Parágrafo único. O poder concedente somente homo-
logará terminais rodoviários, pontos de parada e pontos de Art. 68. Deverá o poder concedente realizar constante
escala compatíveis com o seu movimento e que apresen- ação fiscalizadora sobre as condições dos veículos, poden-
tem padrões adequados de operacionalidade, segurança, do, em qualquer tempo e independentemente da vistoria
higiene e conforto. ordinária prevista na legislação de trânsito, realizar inspe-
ções e vistorias nos veículos, determinando, se observada
Art. 63. O poder concedente fixará o tempo de duração qualquer irregularidade quanto às condições de funciona-
mento, higiene, conforto e segurança, sua retirada de ope-
da viagem, observados os critérios técnicos.
ração, até que sejam sanadas as deficiências.
Art. 64. A interrupção de viagem decorrente de defeito
Art. 69. Semestralmente a transportadora apresentará
mecânico, acidente do veículo ou motivo de força maior, ao Poder Concedente relação dos veículos componentes
será objeto de comunicação imediata da transportadora ao de sua frota, declarando que estão em perfeitas condições
poder concedente. de segurança, conforto e uso para operar.
§ 1º A interrupção da viagem pelos motivos elencados
no “caput” deste artigo, por um período superior a 03 (três) Art. 70. Além dos documentos exigidos pela legislação
horas, dará direito ao passageiro, à alimentação e pousa- de trânsito e demais normas legais e regulamentares perti-
da, por conta da transportadora, além do transporte até o nentes, os veículos deverão conduzir:
destino de viagem. I - No seu interior:
§ 2º Nos casos de substituição de veículo por outro de a) um indicativo com nome do motorista e cobrador;
características inferiores, a transportadora deverá ressarcir b) quadro de preços das passagens;
o passageiro, ao término da viagem, a diferença de preço c) capacidade de lotação do veículo;
de tarifa, qualquer que tenha sido o percurso desenvolvido d) número do telefone do DETRAN/CE, ARCE, ou de
anteriormente à interrupção da viagem. outro órgão ou entidade designado pelo Poder Conceden-
te para eventuais reclamações pelos usuários.

56
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

II - Na parte externa: Parágrafo único. Na ocorrência de acidente, a trans-


a) indicação da origem e destino final da linha; portadora manterá os dados do equipamento registrador
b) número de registro do veículo no Poder Concedente instantâneo de velocidade das últimas 24 (vinte e quatro)
(Selo de Registro); horas, pelo prazo de 01 (um) ano.
c) número de ordem do veículo;
d) pintura em cor e desenhos padronizados, emblema Art. 74. Será permitida a fixação de publicidade na parte
ou logotipo e/ou razão social da transportadora, aprovados externa do veículo, exceto quando colocar em risco a segu-
pelo Poder Concedente. rança do trânsito.
§ 1º Não poderão ser veiculadas na parte externa dos
Art. 71. Considera-se, para efeito da capacidade de lota- veículos propagandas políticas, religiosas, filosóficas, e as
ção do veículo, todas as poltronas disponíveis, exceto a do que firam a moral e os bons costumes.
motorista e a do cobrador, quando houver este último. § 2º Somente serão permitidas na parte interna do veí-
§ 1º Excepcionalmente, por ocasião de feriados prolon- culo mensagens de interesse dos usuários, a critério do Po-
gados, eventos religiosos e datas cívicas, o poder conceden- der Concedente.
te poderá, a seu critério, autorizar passageiros excedentes § 3º O Edital de Licitação definirá percentual de espaço
até o limite de 20% (vinte por cento) da lotação sentada no publicitário nos veículos a ser destinado ao Poder Público
serviço regular interurbano convencional, observadas as se- para realização de campanhas de caráter educativo, infor-
guintes condições: mativo ou de orientação social.
I - nas linhas com extensão de até 200 Km (duzentos
quilômetros), quando operadas por ônibus; Seção III - Do Registro dos Veículos
II - nas linhas com extensão de até 100 Km (cem qui-
lômetros), quando operadas por miniônibus, microônibus e Art. 75. Como condição para prestarem Serviços Regula-
veículo utilitário de passageiro. res de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros,
§ 2º No serviço de transporte regular e complementar os veículos da frota das transportadoras deverão estar devi-
metropolitano quando operado por ônibus ou microônibus damente registrados junto ao poder concedente.
e interurbano até a distância de 75 Km (setenta e cinco qui- § 1º Ao proceder o registro, o poder concedente vin-
lômetros), o poder concedente, a seu critério, poderá autori- culará o veículo a um dos serviços previstos no Art. 4º do
zar o transporte de passageiros excedente no limite igual ao presente Regulamento.
da lotação sentada, cuja autorização se dará pelo prazo de 6 § 2º O veículo deverá ser emplacado no Estado do Ceará.
(seis) meses, podendo ser renovado.
§ 3º A autorização excepcional prevista neste artigo de- Art. 76. A transportadora para obter o registro e vistoria
verá ser requerida para período determinado, com antece- do veículo, deverá apresentar os seguintes documentos:
dência mínima de 72 (setenta e duas) horas, acompanhada I - Certificado de propriedade ou contrato de arrenda-
da devida justificativa, indicando com precisão as linhas e mento mercantil;
respectivos horários, ficando autorizada a viagem apenas II - Apólice de seguro previsto em lei e neste regulamento;
depois de expedida autorização expressa do Poder Conce- III - Documento de licenciamento;
dente. IV - Categoria do veículo;
§ 4º No serviço regular interurbano, por ocasião de pe- V - Número de ordem do veículo, modelo e ano do
ríodos de demanda atípica e devidamente fundamentada, o chassi da carroceria, número do chassi, placa e capacidade
poder concedente, a seu critério, poderá autorizar as trans- de lotação.
portadoras a utilizar veículos próprios e de terceiros cadas- § 1º Registrado o veículo, o poder concedente emitirá “Selo
trados no serviço de transporte rodoviário intermunicipal de de Registro” que deverá ser afixado no pára-brisa dianteiro.
passageiros por fretamento. (Parágrafo acrescentado pelo § 2º O número de ordem do veículo será regulamentado
Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) pelo poder concedente.
§ 3º O registro de veículos para os quais a transporta-
Art. 72. Todos os veículos registrados junto ao poder dora tenha apresentado instrumento de cessão distinto de
concedente pelas transportadoras deverão circular com arrendamento mercantil somente será possível para o caso
equipamento registrador instantâneo inalterável de velo- de operação temporária devidamente justificada.
cidade e tempo ou outro dispositivo eletrônico de registro
diário aferido, ou ainda outros instrumentos que vierem a Art. 77. Dar-se-á o cancelamento do registro de veículo,
ser determinados pelo poder concedente. quando:
I - Não mais tiver condições de atender aos serviços, a
Art. 73. A transportadora manterá, pelo período de 90 critério do poder concedente;
(noventa) dias, os dados do equipamento registrador instan- II - Ultrapassar a idade de 07 (sete) anos, se destinado
tâneo inalterável de velocidade e tempo ou de outro dispo- aos serviços regular metropolitano e regular interurbano; e
sitivo eletrônico com tal finalidade de todos os seus veículos idade de 08 (oito) anos, se destinado aos serviços regular
em operação, devidamente arquivados, em perfeito estado metropolitano complementar e regular interurbano com-
de conservação, acompanhados da análise de cada viagem plementar; (Redação dada ao inciso pelo Decreto nº 31.658
realizada, podendo os mesmos serem solicitados pelo po- , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
der concedente. III - A pedido da transportadora, para sua substituição.

57
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 1º A idade máxima prevista no inciso II poderá ser I - Carteira de Identidade;


ultrapassada, por período determinado, mediante expressa II - Carteira Nacional de Habilitação, categoria “D” ou
autorização no edital de licitação, para atender necessida- “E”, para motorista;
de excepcional referente ao início das operações, desde III - Quitação militar e eleitoral;
que atendidas as condições de segurança, conforto e tra- IV - Atestado médico de sanidade física e mental;
fegabilidade destes veículos, como determinadas pela le- V - Certificado de aprovação em curso de relações hu-
gislação estadual de transporte. (Antigo parágrafo único e manas, de princípios básicos deste Regulamento, de pro-
com redação dada pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, cedimentos de primeiros socorros, e de direção defensiva,
DOE CE de 31.12.2014) este último aplicável apenas aos motoristas;
§ 2º Para execução do contrato/termo, a idade média VI - Comprovação de residência e domicílio;
da frota deverá ser de 04 (quatro) anos para os serviços re- VII - Duas fotos coloridas atualizadas 3x4 (três por qua-
gular metropolitano e regular interurbano; e de 4,5 (quatro tro);
virgula cinco) anos para os serviços regular metropolitano VIII - Certidão negativa do distribuidor criminal;
complementar e regular interurbano complementar. (Pará- X - Comprovante do pagamento da taxa de inscrição.
grafo acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, § 2º Após efetuado e aprovado o cadastro, o poder
DOE CE de 31.12.2014) concedente emitirá Carteira Padrão que terá validade de 02
(dois) anos, sendo seu porte obrigatório quando o empre-
Art. 78. Os veículos que tiverem seus registros cance- gado estiver em serviço.
lados deverão ser substituídos, no máximo, dentro de 90 § 3º A tripulação deverá apresentar novo documento
(noventa) dias, caso haja necessidade de complementação ou revalidar os já apresentados, dentre os relacionados no
do número estipulado para a frota dimensionada da trans- parágrafo primeiro deste artigo, quando assim for exigido
portadora, incluindo a frota reserva prevista no art. 67, des- pelo poder concedente.
te Regulamento. § 4º O Poder Concedente poderá a qualquer momento
exigir a apresentação da documentação necessária ao ca-
Art. 79. O poder concedente não fará registro de veícu- dastramento da tripulação ou revalidação daquela já apre-
los oriundos de cessão celebrada entre as suas transporta- sentada.
doras concessionárias ou permissionárias. § 5º O atestado médico de sanidade física e mental de-
verá ser apresentado no prazo máximo de 15 (quinze) dias,
Art. 80. Não será efetuado registro de veículos com a contar da data de sua expedição e renovado a cada dois
idade superior àquela disciplinada no Art. 77, observadas anos.
as seguintes disposições. (Redação dada pelo Decreto nº § 6º No serviço de transporte regular interurbano exe-
cutivo e leito e no serviço de transporte regular metropo-
31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
litano executivo não existe a obrigatoriedade de cobrador.
I - Para efeito de contagem da vida útil, será considera-
§ 7º Nos demais serviços de transporte regular inte-
do o ano e o mês de fabricação do veículo ou do primeiro
rurbano, em função de suas peculiaridades, a dispensa de
encarroçamento de chassi, devidamente comprovado por
cobrador deverá ser submetida a aprovação do poder con-
nota fiscal do encarroçador ou pela observação no Certifi-
cedente.
cado de Registro e Licenciamento de Veículo;
II - O prazo máximo para a diferença entre a fabricação Art. 83. O poder concedente poderá exigir, para maior
do chassi e o seu encarroçamento é de 01 (um) ano; qualidade na prestação do serviço, a presença adicional de
III - Quando o veículo novo (zero quilômetro) for ad- auxiliar de bordo, respeitado o equilíbrio econômico-finan-
quirido no ano seguinte ao da sua fabricação, diretamente ceiro do contrato.
do fabricante ou de concessionário seu, conforme compro-
vado por nota fiscal, será considerada a data de entrega Seção V - Dos Acidentes
para contagem da vida útil.
Parágrafo único. O registro de veículos com idade su- Art. 84. No caso de acidente, a transportadora fica obri-
perior à definida no caput deste artigo só será admitida na gada a:
hipótese do parágrafo único do art. 77. I - Adotar as medidas necessárias visando prestar ime-
diata e adequada assistência aos usuários e prepostos;
Art. 81. A renovação do veículo deverá ser procedida II - Comunicar, por escrito, o fato ao Poder Conce-
até o mês de vencimento da sua vida útil. dente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indicando
as circunstâncias e o local do acidente, além das medidas
Seção IV - Do Cadastramento da Tripulação adotadas para atendimento do disposto no inciso anterior;
III - Manter, pelo período de 1 (um) ano, os dados do
Art. 82. É obrigatório o cadastramento junto ao poder equipamento registrador instantâneo inalterável de veloci-
concedente da tripulação que operará em todos os veícu- dade e tempo, ou de outro dispositivo eletrônico com tal
los das transportadoras prestadoras de Serviços Regulares finalidade do veículo envolvido no acidente devidamente
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros. arquivados, em perfeito estado de conservação, acompa-
§ 1º O cadastramento será efetuado mediante apre- nhados da análise da viagem realizada, podendo os mes-
sentação dos seguintes documentos: mos serem requisitados pelo Poder Concedente.

58
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 85. Quando do acidente resultar morte ou lesões II - a remuneração do capital empregado para a pres-
graves, serão avaliadas suas causas tendo em vista os se- tação do serviço e o equilíbrio econômico-financeiro do
guintes elementos: contrato, consideradas obrigatoriamente para a aferição
I - Dados constantes do equipamento registrador ins- do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato as
tantâneo inalterado de velocidade e tempo, ou outro dis- fontes de receitas previstas no § 3º deste artigo;
positivo eletrônico; III - a manutenção do nível do serviço estipulado para as
II - Regularidade da jornada de trabalho do motorista; linhas isoladas ou das áreas de operação e a possibilidade de
III - Seleção, treinamento e reciclagem do motorista; sua melhoria;
IV - Manutenção dos veículos; IV - o recolhimento mensal do repasse de regulação pre-
V - Perícia, realizada por órgão ou entidade compe- visto na legislação pertinente;
tente. V - o nível de serviço prestado;
Parágrafo único. O Poder Concedente manterá contro- VI - a coleta de dados e a prestação de informação pelas
le estatístico de acidente de veículo por transportadora. transportadoras através de procedimentos uniformes;
VII - Os mecanismos de controle que garantam a confia-
Art. 86. O poder concedente poderá emitir norma re- bilidade das informações.
gulamentar dispondo sobre investigações das causas dos
Art. 88. Os parâmetros operacionais adotados na planilha
acidentes, envolvendo veículos que operem nos Serviços
tarifária serão analisados periodicamente, mediante revisão
Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas-
ordinária, objetivando o aperfeiçoamento do nível do serviço
sageiros e propor medidas preventivas de aumento da se- e a modicidade da tarifa.
gurança do Sistema de Transporte Rodoviário Intermunici-
pal de Passageiros. Seção II - Dos Bilhetes de Passagem e sua Venda
CAPÍTULO VI - DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS Art. 89. É vedada a prestação de Serviço Regular Intermu-
REGULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMU- nicipal de Passageiros sem a emissão do respectivo bilhete de
NICIPAL DE PASSAGEIROS passagem a cada usuário, exceto nos serviços metropolitanos.
Seção I - Das Tarifas
Art. 90. Os bilhetes de passagem serão emitidos prefe-
Art. 87. A remuneração dos Serviços Regulares de rencialmente por via eletrônica ou ainda manual ou mecânica,
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros rea- em 03 (três) vias, contendo as seguintes indicações:
lizar-se-á através do pagamento de tarifa pelos usuários e I - Nome, endereço, número de inscrição no Cadastro
por outras fontes alternativas de receitas estabelecidas no Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ ou Cadastro de Pessoa
contrato de concessão ou termo de permissão. Física - CPF e no Cadastro Geral dos Fornecedores no Estado
§ 1º Compete ao DETRAN/CE, de ofício ou a pedido do do Ceará - CGF da transportadora;
interessado, promover o reajuste e a revisão extraordinária II - Data da emissão;
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte III - Tipo de serviço prestado, nos termos do art. 4º, deste
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, nos termos das Regulamento;
normas regulamentares e pactuadas pertinentes. IV - Denominação: “Bilhete de Passagem”;
§ 2º Compete à ARCE/CE promover a revisão ordinária V - Preço da tarifa;
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte VI - Número do bilhete, número da via, série ou sub-série,
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, bem como ho- conforme o caso;
mologar o reajuste e a revisão extraordinária praticados VII - Origem e destino da viagem;
pelo DETRAN/CE, nos termos das normas regulamentares VIII - Identificação do passageiro;
IX - Prefixo da linha e seus pontos terminais;
e pactuadas pertinentes.
X - Data e horário da viagem;
§ 3º No edital de licitação, o Poder Concedente de-
XI - Número da poltrona;
verá prever, em favor da concessionária ou permissioná-
XII - Agência emissora do bilhete;
ria, outras fontes de receita além da tarifária, com vistas à XIII - Nome da empresa gráfica impressora do bilhete,
propiciar a modicidade da tarifa, as quais poderão ser al- seu número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
ternativas, complementares, acessórias ou decorrentes de Jurídicas - CNPJ e no Cadastro Geral dos Fornecedores no Es-
projetos associados, inclusive proveniente de transporte de tado do Ceará - CGF.
encomenda, com ou sem exclusividade. § 1º O bilhete de passagem será emitido em 03 (três) vias,
§ 4º A fixação, o reajuste, a revisão ordinária e a re- respectivamente destinadas ao usuário, à transportadora e ao
visão extraordinário das tarifas remuneratórias dos Servi- órgão ou entidade fiscalizadora competente do poder con-
ços Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de cedente.
Passageiros levarão em consideração, dentre outros fatores § 2º Com relação aos serviços metropolitanos, poderão
previstos no instrumento editalício, contratual ou de per- ser utilizados bilhetes simplificados, aparelhos de contagem
missão: mecânica ou eletrônica de passageiros, desde que assegu-
I - a média dos parâmetros dos índices de consumo de radas as condições necessárias ao controle e à coleta de
cada serviço; dados estatísticos.

59
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 91. A venda de passagens será feita pela própria I - no bagageiro: até o limite de 35kg (trinta e cinco
transportadora nos terminais rodoviários e em suas agên- quilogramas) de peso, sem que o volume total ultrapas-
cias, e, na ausência destes, por agentes credenciados, ad- se 240 dm3 (duzentos e quarenta decímetros cúbicos) ou,
mitindo-se, ainda, que, ao longo do itinerário, seja feita cada volume, 1m (um metro) na maior dimensão; e,
dentro do veículo. II - no porta-volume: até o limite de 5kg (cinco quilo-
Parágrafo único. Nas localidades dotadas de terminais gramas), com dimensões que se adaptem ao porta-volu-
rodoviários é vedado o embarque de passageiros sem o me, desde que não sejam comprometidos o conforto e a
respectivo bilhete de passagem, com exceção dos serviços segurança dos passageiros.
metropolitanos. Parágrafo único. Excedidos os limites de peso e di-
mensão fixados nos incisos I e II, deste artigo, o passagei-
Art. 92. As passagens deverão estar à venda em horá- ro pagará apenas o que exceder do permitido na base de
rios compatíveis com o serviço e o interesse público, com a 50% (cinquenta por cento) da tabela de preços de enco-
abertura de reservas no prazo mínimo de 15 (quinze) dias mendas, respeitados os direitos dos demais passageiros.
antecedentes ao da respectiva viagem, exceto com relação
aos serviços regular metropolitano, regular metropolitano Art. 97. Garantida a prioridade de espaço no bagagei-
complementar e regular interurbano complementar. ro para condução de bagagem dos passageiros e das ma-
Parágrafo único. Os procedimentos relativos à valida- las postais, a transportadora, respeitada a legislação em
de, remarcação, reembolso ou extravio de bilhetes de pas- vigor, referente ao peso bruto total máximo do veículo,
sagem correspondem àqueles previstos na legislação fede- aos pesos brutos por eixo ou conjunto de eixos e a relação
ral aplicável, sem prejuízo de ser ultimado outras normas potência líquida/peso bruto total máximo, poderá utilizar
regulamentares pertinentes. (Redação dada ao artigo pelo o espaço remanescente para o transporte de encomendas.
Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) Parágrafo único. O transporte de encomendas só po-
derá ser efetuado no bagageiro, resguardada a segurança
Art. 93. É permitida a concessão de desconto ou pro- dos passageiros e da tripulação.
moção de tarifa pelas transportadoras ou seus prepostos,
devendo efetivá-los em caráter uniforme para todos os
Art. 98. O transporte de encomendas e bagagens, con-
usuários e para todas as secções das linhas, com autoriza-
duzidas no bagageiro, somente poderá ser feito mediante
ção expressa do Poder Concedente mediante requerimen-
a respectiva emissão de documento fiscal apropriado e ta-
to com uma antecedência mínima de 48 (quarenta e oito)
lão de bagagem.
horas. (Redação dada ao caput pelo Decreto nº 31.658 , de
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Art. 99. A receita do transporte de encomendas, quan-
Parágrafo único. Nos seccionamentos ocorridos em li-
nha isolada ou área de operação explorada por outro con- do admitido pelo Poder Concedente, deverá ser, necessa-
cessionário ou permissionário, o desconto ou promoção riamente, utilizada para propiciar a modicidade da tarifa,
deverá ser praticado conjuntamente. nos termos do art. 87 desde regulamento.

Art. 94. A transportadora obriga-se a proporcionar se- Art. 100. Nos casos de extravio ou dano de encomen-
guro de responsabilidade civil, no limite mínimo fixado no da ou bagagem, conduzidas no bagageiro, a transporta-
respectivo edital de licitação, emitindo o respectivo com- dora indenizará o passageiro, em quantia equivalente a
provante. 10 (dez) vezes o valor da maior tarifa vigente do serviço
utilizado, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data
Art. 95. Fica isento do pagamento de tarifa, o agente da reclamação.
responsável pela fiscalização por parte do poder conce- § 1º As transportadoras somente serão responsáveis
dente ou por parte da Agência Reguladora de Serviços Pú- pelo extravio da bagagem transportada no bagageiro,
blicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, quando em desde que apresentado pelo passageiro comprovante do
serviço, devendo a transportadora reservar-lhe uma poltro- respectivo talão de bagagem ou documento fiscal e até o
na, desde que a reserva tenha sido requisitada pelo menos limite fixado no “caput” deste artigo.
12 (doze) horas antes da partida do veículo. § 2º Para ter direito à indenização no caso de dano ou
Parágrafo único. Outros agentes responsáveis pela fis- extravio da bagagem cujo valor exceda o limite previsto
calização por parte do poder concedente ou da ARCE esta- no “caput” deste artigo, o interessado fica obrigado a de-
rão isentos do pagamento de tarifa quando necessitarem clará-lo e a pagar prêmio de seguro para a cobertura do
executar trabalho de caráter emergencial, independente- excesso.
mente de reserva. § 3º Para fins do parágrafo anterior, as transportadoras
são obrigadas a proporcionar ao usuário a contratação de
Seção III - Da Bagagem e das Encomendas seguro específico, sob pena de ficar pessoalmente respon-
sável pelos danos verificados.
Art. 96. O preço da tarifa abrange necessariamente, a
título de franquia, o transporte obrigatório e gratuito, para
o passageiro, de volumes no bagageiro e no porta-volume,
observados os seguintes limites de peso e dimensão:

60
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

TÍTULO III - DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE RO- Seção III - Da Autorização dos Serviços de Freta-
DOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS POR mento Eventual
FRETAMENTO
CAPÍTULO I - DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS Art. 104. Compete ao poder concedente autorizar a pres-
SERVIÇOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNI- tação de serviço de fretamento eventual por parte de trans-
CIPAL DE PASSAGEIROS POR FRETAMENTO portadora mediante a expedição de Autorização Especial
Seção I - Das Disposições Gerais para Fretamento Eventual.
Parágrafo único. Para obtenção da Autorização Especial
Art. 101. Os Serviços de Transporte Rodoviário Inter- para Fretamento Eventual, a transportadora pagará valor fi-
municipal de Passageiros por Fretamento serão executados xado pelo poder concedente.
mediante autorização expedida pelo poder concedente.
Parágrafo único. A autorização a que se refere o “caput” Art. 105. Na execução do serviço rodoviário de fretamen-
deste artigo poderá ser cassada, a critério do poder con- to eventual, levar-se-ão em conta:
cedente, em caso de concorrência com Serviço Regular de I - As disposições do Conselho Nacional de Turismo, do
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros. poder concedente e da Secretaria de Turismo do Estado do
Ceará;
Art. 102. Os Serviços de Transporte Rodoviário Intermu- II - As condições de segurança, conforto, higiene e trafe-
nicipal de Passageiros por Fretamento classificam-se em: gabilidade do veículo, nos termos das normas legais e regu-
I - Serviço de fretamento contínuo: serviço de transporte lamentares pertinentes.
rodoviário de passageiros prestado à pessoa jurídica, median-
te contrato escrito, para um determinado número de viagens Art. 106. A viagem relativa a serviço de fretamento even-
ou por um período pré-determinado, não superior a 12 (doze) tual será executada por veículo de empresa de turismo, agên-
meses, com horários fixos, destinado ao transporte de usuá- cia de viagem ou entidade de transporte eventual, registrada
rios definidos, que se qualificam por manterem vínculo espe- junto ao poder concedente.
cífico com a contratante para desempenho de sua atividade, Parágrafo único. O veículo utilizado em serviço de freta-
mediante prévia autorização do poder concedente.
mento eventual deverá apresentar, no para-brisa dianteiro,
o nome da transportadora contratante e o selo de registro
II - Serviço de fretamento eventual: serviço de trans-
expedidos pelo poder concedente.
porte rodoviário de passageiros prestado a uma pessoa
ou a um grupo de pessoas, em circuito fechado, para uma
Seção IV - Do Registro das Transportadoras
viagem com fins culturais ou recreativos, mediante prévia
autorização do poder concedente.
Art. 107. As transportadoras prestadoras de Serviço de
Seção II - Da Autorização dos Serviços de Freta- Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fre-
mento Contínuo tamento deverão obter registro junto ao poder concedente.
Parágrafo único. Para obtenção do registro junto ao
Art. 103. Compete ao poder concedente autorizar, a seu poder concedente, as prestadoras de Serviço de Transpor-
critério, a operação dos serviços de fretamento contínuo te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento
mediante atendimento dos seguintes requisitos por parte deverão apresentar requerimento instruído com a seguinte
da prestadora do serviço: documentação:
I - Documento que comprove instalações de sede ou I - Certidão Negativa de Falência e Concordata expedida
escritório no Estado do Ceará; pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução
II - Instalações próprias ou alugadas contendo área patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
apropriada para estacionamento do(s) veículo(s); II - Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,
III - Registro na Junta Comercial; devidamente registrado, em se tratando de sociedades co-
IV - Cópia autenticada do contrato social da transpor- merciais e, no caso de sociedades por ações, acompanhado
tadora; de documentos de eleição de seus administradores;
V - Certificado Geral do Ministério da Fazenda; III - Prova de regularidade para com a Fazenda Federal,
VI - Certidões negativas junto à Secretaria de Finanças Estadual e Municipal do domicílio ou sede da transportadora;
do Município, Secretaria da Fazenda do Estado, Receita Fe- IV - Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
deral e DETRAN/CE, referentes respectivamente aos tribu- Jurídicas - CNPJ;
tos federais, estaduais, municipais e taxas e multas de trân- V - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do
sito e transporte do DETRAN/CE; último exercício social, exceto as transportadoras com menos
VII - Cópia autenticada do contrato firmado entre a de um ano de constituição.
transportadora e a pessoa jurídica a quem o serviço será
prestado, contendo a qualificação dos contratantes, o obje- Art. 108. As transportadoras registradas receberão o
to do serviço, valor e o prazo do contrato, horário, duração, Certificado de Registro do poder concedente - CR, do qual
itinerário e distância das viagens; constará:
VIII - Apresentação da apólice de seguro de responsa- I - Número do processo de registro;
bilidade civil. II - Número do registro;

61
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

III - Data da emissão do registro e o prazo de sua va- Parágrafo único. Fica a transportadora obrigada a co-
lidade; municar a interrupção de viagem ao poder concedente,
IV - Espécies de serviços em que operam; no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, especificando-lhes
V - Nome, cargo ou função e assinatura da autoridade as causas e as providências adotadas, as quais deverão ser
expedidora do Certificado. comprovadas sempre que exigido.

Art. 109. A renovação cadastral das empresas de freta- Art. 113. Nos Serviços de Transporte Rodoviário Intermu-
mento junto ao Poder Concedente deverá ocorrer anual- nicipal de Passageiros por Fretamento somente poderão ser
mente, distribuindo-se os operadores proporcionalmente transportados passageiros sentados.
pelo calendário anual, apresentando-se os documentos § 1º Será dispensada a presença de cobrador na tripula-
abaixo relacionados, sob pena de cancelamento da autori- ção dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
zação para prestação de serviços rodoviários de fretamento: Passageiros por Fretamento.
(Redação dada pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE § 2º Ao motorista de viagem relativa a Serviço de Trans-
CE de 31.12.2014) porte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Freta-
I - Certidão Negativa de falência e concordata expedida mento, aplicam-se todos os encargos relativos ao motorista
pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução de viagem relativa a Serviço Regular de Transporte Rodoviário
patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; Intermunicipal de Passageiros, inclusive no tocante ao cadas-
II - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do tramento previsto no art. 82, deste Regulamento.
último exercício social;
III - Certidão de inexistência de débito pecuniário junto Seção II - Dos Veículos
ao poder concedente;
IV - Apólice de seguro de responsabilidade civil. Art. 114. Na prestação de Serviços de Transporte Rodo-
§ 1º A empresa de fretamento, que deixar de compare- viário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento serão
cer à renovação anual do cadastro em período determinado utilizados os seguintes tipos de veículos:
e/ou deixar de apresentar regularmente a documentação I - Ônibus interurbano convencional;
necessária, terá sua autorização para prestação de serviços II - Ônibus interurbano executivo;
rodoviários de fretamento cancelada e baixada sua frota do III - Ônibus interurbano leito;
sistema. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de IV - Ônibus metropolitano convencional;
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) V - Ônibus metropolitano executivo;
§ 2º Trimestralmente a transportadora apresentará ao VI - Micro-ônibus;
poder concedente a apólice de seguro de responsabilidade VII - Veículo utilitário de passageiros;
civil, mediante a apresentação dos recibos de quitação. (An- VIII - Veículo utilitário misto-VUM;
tigo parágrafo único renomeado pelo Decreto nº 31.658 , de IX - Mini ônibus.
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) § 1º As dimensões, lotação e características internas e ex-
ternas dos veículos obedecerão aos padrões e especificações
Art. 110. Anualmente será procedida vistoria nos veícu- técnicas estabelecidas nas normas legais e regulamentares
los pelo poder concedente para verificação do atendimento pertinentes.
às condições de conforto e segurança. § 2º Ônibus metropolitano só poderá ser utilizado em
§ 1º Realizada a vistoria e aprovado o veículo, será expe- serviço rodoviário de fretamento cuja distância entre a origem
dido o Certificado de Vistoria, bem como o Selo de Registro. e destino não ultrapasse 75 (setenta e cinco) quilômetros.
§ 2º Não será permitida a utilização em prestadoras de
Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passa- Art. 115. Nos veículos utilizados nos Serviços de Transpor-
geiros por Fretamento de veículo que não seja portador de te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento é
Certificado de Vistoria. obrigatória a instalação de equipamento registrador instan-
tâneo inalterável de velocidade e tempo, devendo a trans-
CAPÍTULO II - DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS RO- portadora mantê-lo em perfeito estado de funcionamento e
DOVIÁRIOS DE FRETAMENTO analisar os dados relativos a cada viagem realizada.
Seção I - Das Viagens Parágrafo único. Sempre que necessário, a critério do po-
der concedente, poderá ser exigida a exibição dos dados do
Art. 111. Quanto à ocorrência de acidentes, aplicam-se equipamento registrador instantâneo inalterável de velocida-
aos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas- de e tempo, o qual deverá ser preservado pela transportadora
sageiros por Fretamento os arts.84 a 86, deste Regulamento. pelo prazo de 90 (noventa) dias.

Art. 112. Ocorrendo interrupção da viagem de Serviço Art. 116. Os veículos utilizados em Serviços de Transpor-
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento
Fretamento, a transportadora deverá utilizar, para sua conti- deverão apresentar, na parte externa, letreiro indicativo com
nuidade, o mesmo veículo ou outro de característica idênti- o nome ou razão social do cliente, no caso de fretamento
ca ou superior ao que vinha sendo utilizado, observados os contínuo; ou a palavra “TURISMO”, no caso de fretamento
requisitos de conforto e segurança estabelecidos. eventual.

62
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 117. Quanto à fixação de publicidade nos veículos § 1º O DETRAN/CE poderá celebrar convênio ou con-
utilizados em Serviço de Transporte Rodoviário Intermu- sórcio público para realizar de maneira indireta, associada
nicipal de Passageiros por Fretamento, aplica-se o art. 74, ou por cooperação, suas atribuições de fiscalização dos
deste Regulamento. Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas-
sageiros.
Seção III - Do Registro dos Veículos § 2º Além da competência prevista no “caput” deste
artigo, caberá ao DETRAN/CE exercer as atribuições relati-
Art. 118. Como condição para prestarem os Serviços vas ao planejamento do Sistema de Transporte Rodoviário
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros Intermunicipal.
por Fretamento no âmbito do Estado do Ceará, os veículos
da frota das transportadoras de Fretamento deverão estar Art. 122. Além da fiscalização de que trata o artigo an-
emplacados no Estado do Ceará e devidamente registrados terior, as prestadoras de Serviços de Transporte Rodoviário
junto ao poder concedente. (Redação dada ao caput pelo Intermunicipal de Passageiros no Estado do Ceará subme-
Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014) ter-se-ão ao poder regulatório da ARCE.
Parágrafo único. Não será efetuado registro de ônibus, § 1º O poder regulatório da ARCE será exercido nos
miniônibus e microônibus com idade superior a 15 (quinze) termos das Leis Estaduais nº 12.786/1997 e nº 13.094/2001,
anos e Veículo Utilitário de Passageiros e Veículo Utilitário e suas posteriores modificações, e demais normas legais,
Misto-VUM com idade superior a 10 (dez) anos, observa- regulamentares e pactuadas pertinentes, cabendo à ARCE
dos os requisitos abaixo: com relação aos Serviços de Transporte Rodoviário Inter-
I - Para efeito de contagem da vida útil, será conside- municipal de Passageiros, sem prejuízo de outras atribui-
rado o ano de fabricação do veículo ou do primeiro encar- ções:
roçamento de chassi, devidamente comprovado por nota I - fiscalizar indiretamente os órgãos ou entidades pri-
fiscal do encarroçador ou pela observação no Certificado vados e públicos envolvidos na prestação do serviço, atra-
de Registro e Licenciamento de Veículo; vés de auditagem técnica de dados fornecidos por estes ou
II - O prazo máximo para a diferença entre a fabricação coletados pela ARCE;
do chassi e o seu encarroçamento é de 01 (um) ano; II - atender e dar provimento às reclamações dos usuá-
III - Quando o veículo novo (zero quilômetro) for ad- rios do serviço, decidindo inclusive sobre indenizações ou
quirido no ano seguinte à sua fabricação, diretamente do reparações a serem pagas pelas transportadoras, indepen-
fabricante ou de concessionário seu, comprovado por nota dentemente de outras sanções a estas aplicáveis;
fiscal, será considerado a data de entrega para contagem III - expedir normas regulamentares sobre a prestação
da vida útil. do serviço, no âmbito de sua competência;
IV - responder a consultas de órgãos ou entidades pú-
Art. 119. O registro dos veículos utilizados para a pres- blicas e privadas sobre a prestação do serviço;
tação do serviço rodoviário por fretamento será cancelado, V - quando for o caso, encaminhar ao órgão ou enti-
quando atingirem as seguintes idades: dade responsável pela aplicação de penalidades a consta-
I - 20 (vinte) anos, em caso de ônibus, miniônibus e tação, através de decisão definitiva proferida pela ARCE, de
microônibus; infração cometida por transportadora.
II - 15 (quinze) anos, no caso de Veículos Utilitário de § 2º No desempenho do poder regulatório, incluindo
Passageiro-VUP e Veículo Utilitário Misto-VUM. as competências atribuídas neste artigo, a ARCE usufruirá
de todas as prerrogativas conferidas pelas Leis Estaduais nº
TÍTULO IV - DA FISCALIZAÇÃO, INFRAÇÕES E PE- 12.876/1997 e nº 13.094/2001, com suas respectivas altera-
NALIDADES ções, e demais normas legais e regulamentares pertinentes.
CAPÍTULO I - DA FISCALIZAÇÃO § 3º As prestadoras de Serviço de Transporte Rodo-
viário Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a
Art. 120. A fiscalização dos Serviços de Transporte Ro- espécie de serviço prestado, são submetidas à regulação
doviário Intermunicipal de Passageiros, em tudo quanto estabelecida pela ARCE, nos termos das Leis Estaduais nº
diga respeito a segurança da viagem, conforto do pas- 12.876/1997 e nº 13.094/2001, com suas respectivas altera-
sageiro e ao cumprimento da legislação de trânsito e de ções e demais normas legais e regulamentares pertinentes.
tráfego rodoviário intermunicipal será exercida pelo Poder
Concedente, através dos órgãos e entidades competentes, Art. 123. A prestadora de Serviço Regular de Transpor-
visando ao cumprimento das normas legais, regulamenta- te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, qualquer que
res e pactuadas pertinentes. seja a espécie de serviço prestado, estará obrigada ao re-
passe de regulação nos termos da legislação pertinente.
Art. 121. O DETRAN/CE e a ARCE exercerão as atribui-
ções de fiscalização dos Serviços de Transporte Rodoviário Art. 124. O poder concedente no exercício da fiscaliza-
Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará previstas ção dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal
neste Regulamento, observado o disposto nos parágrafos de Passageiros, ARCE, do DETRAN/CE e de outros órgãos
deste artigo. e entidades da Administração Pública Estadual incumbidos

63
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

dessa atividade, tem pleno acesso a qualquer veículo ou Art. 128. O cometimento de duas ou mais infrações,
instalação que diga respeito aos serviços, exercendo o po- independentemente de sua natureza, sujeitará o infrator
der de polícia, nos termos das normas legais e regulamen- à aplicação das penalidades correspondentes a cada uma
tares pertinentes. delas.

Art. 125. O poder concedente promoverá, quando jul- Seção II - Das Multas
gar necessário, a realização de auditorias contábil-financei-
ra e técnicooperacional na transportadora. Art. 129. A pena de multa, calculada em função do valor
§ 1º Por ocasião das auditorias, fica a transportadora da Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará - UFIR-
obrigada a fornecer os livros e documentos requisitados, CE, ou outro índice estadual que venha substituí-la, será
satisfazendo e prestando outros dados e exigências do Po- aplicada quando do cometimento das seguintes infrações:
der Concedente. I - a transportadora, através de dirigente, gerente, em-
§ 2º O resultado das auditorias serão encaminhados pregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em
à transportadora, acompanhados de relatório contendo as seu nome, alternativamente:
recomendações, determinações, advertências e outras san- a) não apresentar seus veículos para início da operação
ções ou observações do poder concedente. em perfeito estado de conservação e limpeza;
b) tratar passageiro com falta de urbanidade;
CAPÍTULO II - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES c) não apresentar tripulação corretamente uniformiza-
Seção I - Das Espécies de Penalidade da e identificada em serviço;
d) não prestar aos usuários, quando solicitados, as
Art. 126. Verificada a inobservância de qualquer das informações necessárias;
disposições deste Regulamento, aplicar-se-á à transporta- e) fumar dentro do ônibus ou permitir que passageiros
dora infratora a penalidade cabível, conforme estabelecido fumem;
na Lei estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, com f) afastar-se do veículo no horário de trabalho, sem
suas respectivas alterações, e demais disposições legais motivo justo;
pertinentes.
g) o motorista conversar, enquanto o veículo estiver
Parágrafo único. As penalidades aplicadas pelo poder
em movimento;
concedente não isentam o infrator da obrigação de reparar
h) não atender aos sinais de parada em locais permi-
ou ressarcir dano material ou pessoal resultante da infra-
tidos;
ção, causado a passageiro ou a terceiro.
i) não observar o esquema de operação dos corredores
e faixas exclusivas para ônibus;
Art. 127. As infrações aos preceitos deste Regulamento,
j) não auxiliar o embarque e desembarque de passa-
baseados na Lei estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de
geiros, especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e
2001, com suas respectivas alterações, sujeitarão a trans-
portadora infratora, conforme a natureza da falta, às se- deficientes motores, quando solicitado;
guintes penalidades: l) não procurar dirimir as pendências ou dúvidas refe-
I - Advertência por escrito; rentes a bagagens, passagens e outras que possam surgir
II - Multa; na relação entre passageiro e transportadora;
III - Retenção do veículo; m) utilizar pontos para parada e para escala sem que
IV - Apreensão do veículo; esteja devidamente autorizado pelo poder concedente;
V - Caducidade. n) não comunicar ao poder concedente, dentro do
§ 1º Aplicar-se-á a pena de advertência por escrito no prazo legal, a interrupção de viagem decorrente de defeito
caso de infração a qualquer dispositivo deste Regulamento mecânico, acidente do veículo ou motivo de força maior;
para a qual inexista expressa previsão de penalidade di- o) não ressarcir ao passageiro a diferença de preço de
versa. tarifa, nos casos de substituição de veículo por outro de
§ 2º As penas de multa, retenção e apreensão de veícu- características inferiores;
lo serão aplicadas nos casos previstos nas seções seguintes p) não transportar gratuitamente a bagagem de pas-
deste capítulo. sageiro, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei e
§ 3º Aplicar-se-á a pena de caducidade da permissão em normas regulamentares pertinentes;
no caso de prestação inadequada ou ineficiente do serviço, q) reincidir, em período inferior a 90 (noventa) dias, na
a critério do poder concedente, atendida da legislação em prática de infração que já tenha sido objeto de advertência
vigor. por escrito por parte do poder concedente, nos termos do
§ 4º Aplicar-se-á a pena de caducidade da concessão § 1º do art. 68 da Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001,
nos casos previstos no art. 35, § 1º, da Lei estadual nº 12.788 e suas alterações.
de 30 de dezembro de 1997, e na Lei estadual nº 13.094 , Pena - Multa correspondente ao valor de 40 (quarenta)
de 12 de janeiro de 2001, com suas respectivas alterações. UFIRCEs.
§ 5º A aplicação das penas previstas neste artigo não II - a transportadora, através de dirigente, gerente, em-
está limitada à observância de gradatividade. pregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em
seu nome, alternativamente:

64
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

a) efetuar reabastecimento e manutenção em locais i) efetuar a venda de passagens em locais não permiti-
inadequados ou com passageiros a bordo; dos ou fora dos prazos estabelecidos, nos termos dos arts.
b) atrasar ou adiantar horário de viagem sem motivo 46 e 47 da Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas
justo; alterações;
c) não diligenciar para manutenção da ordem e para a j) permitir o embarque de passageiros nas localidades
limpeza do veículo; dotadas de terminais rodoviários, sem o respectivo bilhe-
d) recusar-se a devolver o troco, aplicando-se, neste te de passagem, no caso de transportadora prestadora de
caso, um auto de infração por cada valor de tarifa alterado, Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal
sem prejuízo do cumprimento da obrigação de entrega do de Passageiros, aplicando-se um auto de infração por cada
troco devido; passageiro embarcado, salvo na hipótese dos serviços me-
e) transportar passageiros excedentes sem autorização tropolitanos;
do poder concedente, sendo neste caso, a multa cobrada l) não apresentar letreiro indicativo na parte externa
com relação a cada passageiro excedente; dos veículos utilizados em Serviço de Transporte Rodoviá-
f) deixar de fazer constar nos locais adequados do veí- rio Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, nos ter-
culo as legendas obrigatórias, internas ou externas; mos da regulamentação da Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro
g) deixar de garantir o espaço adequado no bagageiro de 2001, e suas alterações.
para transporte da bagagem a que tem direito os passa- Pena - Multa correspondente ao valor de 170 (cento e
geiros, utilizando, no todo ou em parte, o espaço existente setenta) UFIRCEs.
para finalidade diversa; IV - a transportadora, através de dirigente, gerente,
h) transportar encomendas e bagagens, conduzidas no empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue
bagageiro, sem a respectiva emissão de documento fiscal em seu nome, alternativamente:
apropriado ou talão de bagagem; a) alterar o itinerário ou interromper a viagem, sem
i) afixar material publicitário ou inserir inscrições nos motivo justificado e sem comunicar o fato ao poder con-
veículos, com violação ao disposto nos arts. 37 e 57 , § 4º, cedente;
da Lei nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001, e suas altera- b) não renovar os documentos necessários para o re-
ções, conforme a espécie de serviço prestado. gistro da transportadora, conforme estabelecidos nesta re-
Pena - Multa correspondente ao valor de 80 (oitenta) gulamentação;
UFIRCEs. c) não preservar a inviolabilidade dos instrumentos re-
III - a transportadora, através de dirigente, gerente, gistradores de velocidade e tempo;
empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue d) mantiver em serviço motoristas, cobradores, fiscais
em seu nome, alternativamente: ou despachantes não cadastrados junto ao poder conce-
a) não observar as características fixadas para o veículo dente;
pelas normas legais, regulamentares e pactuadas; e) deixar de adotar ou retardar as providências relativas
b) retardar a entrega de informações ou documentos ao transporte de passageiros, no caso de interrupção da
exigidos pelo poder concedente; viagem;
c) não desviar o veículo para o acostamento nas calça- f) dirigir o veículo colocando em risco a segurança ou
das e/ou rodovias para o embarque e o desembarque de em prejuízo do conforto dos usuários;
passageiros; g) ingerir bebida alcoólica nas 12 (doze) horas antece-
d) não manter em seus veículos, nos locais próprios, dentes ao início de sua jornada até o seu término;
livro de ocorrência; h) não recolher o veículo à respectiva garagem ou uti-
e) ultrapassar a tolerância máxima de até 10 (dez) mi- lizá-lo, quando ocorrerem indícios de defeitos mecânicos,
nutos, além do horário marcado, para a chegada do veículo que possam por em risco a segurança dos usuários;
no ponto inicial da linha; i) não prestar socorro aos usuários feridos, em caso de
f) não pagar ao passageiro alimentação, pousada e acidente;
transporte até o destino da viagem, quando houver inter- j) não colocar outro veículo após notificação do poder
rupção de viagem, por um período superior a 3 (três) horas, concedente no ponto inicial da linha;
caso em que a multa será cobrada por cada passageiro; l) retirar o “Selo de Registro” afixado no para-brisa
g) não apresentar semestralmente ao poder conceden- dianteiro, pelo poder concedente;
te relação dos veículos componentes de sua frota e de- m) não substituir os veículos que tiverem seus registros
claração de que os referidos veículos estão em perfeitas cancelados;
condições de segurança, conforto e uso para operar, no n) operar veículo sem o dispositivo de controle de nú-
caso de transportadora prestadora de Serviço Regular de mero de passageiros ou com catracas violadas, no caso
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros; dos transportes metropolitanos, e, em qualquer caso, sem
h) permitir o transporte de passageiros sem a emissão o equipamento registrador instantâneo inalterável de velo-
do bilhete de passagem, no caso de transportadora presta- cidade e tempo, conforme estabelecido nesta Lei para cada
dora de Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermu- espécie de serviço;
nicipal de Passageiros, aplicando-se um auto de infração o) não portar a devida Autorização, no caso de viagem
por cada passageiro embarcado sem o respectivo bilhete, relativa a Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal
salvo na hipótese dos serviços metropolitanos; de Passageiros por Fretamento;

65
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

p) colocar em tráfego veículo sem cobrador para aten- § 1º Em se tratando das hipóteses previstas nos incisos
der ao serviço, salvo nos casos autorizados pelo poder con- I, II e III, deste artigo, a retenção será feita de imediato,
cedente; sendo o veículo retido no local onde for constatada a irre-
q) suspender total ou parcialmente o serviço sem au- gularidade, devendo a transportadora providenciar a subs-
torização do poder concedente, aplicando-se um auto de tituição por veículo padrão em condições adequadas de
infração por cada horário desatendido; operação.
r) operar veículo com vazamento de combustível ou lu- § 2º Ocorrendo as hipóteses previstas nos incisos IV e
brificantes; V, o veículo poderá ser retido de imediato ou poderá ser
s) colocar ou manter o veículo em movimento com as determinada sua retenção após o fim da viagem, a critério
portas abertas, colocando em risco a segurança de passa- do agente fiscalizador competente.
geiro; § 3º O veículo retido será recolhido à garagem da trans-
t) recusar informação ou a exibição de documentação portadora, quando possível, ou a local indicado pelo órgão
requisitada pelo poder concedente, sem prejuízo da obri- ou entidade responsável pela fiscalização, sendo liberado
gação de prestar as informações e de exibir os documen- somente quando comprovada a correção da irregularida-
tos requisitados; de que motivou a retenção, sem prejuízo da aplicação das
u) resistir, dificultar ou impedir a fiscalização por parte penalidades cabíveis.
do poder concedente;
v) circular com veículos da frota sem estar devidamente Seção IV - Da Apreensão do Veículo
registrados no poder concedente;
x) não enviar ao poder concedente, no prazo de 5 (cin- Art. 132. A penalidade de apreensão do veículo será
co) dias úteis, a cópia do contrato, nos casos de serviço de aplicada sem prejuízo da multa cabível, quando a transpor-
fretamento contínuo, conforme definido nesta regulamen- tadora ou qualquer pessoa física ou jurídica estiver operan-
tação. do o serviço sem regular concessão, permissão ou autori-
Pena - Multa correspondente ao valor de 340 (trezentas zação do Poder Concedente.
e quarenta) UFIRCEs § 1º O veículo apreendido será recolhido a local deter-
minado pelo Poder Concedente, e somente será liberado
Art. 130. As multas serão aplicadas em dobro, quando
mediante a apresentação da guia de recolhimento com-
houver reincidência da mesma infração, no período de até
provando o pagamento das multas cabíveis e das despesas
90 (noventa) dias.
decorrentes da apreensão.
Parágrafo único. A reincidência será computada:
§ 2º O infrator fica obrigado ao pagamento de diária
I - no Serviço Regular de Transporte Rodoviário de Pas-
fixada em tabela própria expedida pelo DETRAN/CE, por
sageiros prestado por ônibus, tomando-se por base ocor-
veículo apreendido, até a data de liberação do mesmo, in-
rência em cada linha, por evento;
II - no Serviço Regular Complementar de Transporte Ro- cluindo esta, independentemente de outras sanções cabí-
doviário de Passageiro quando prestado por mini ônibus, veis.
micro-ônibus e veículos utilitários de passageiros, toman-
do-se por base ocorrência por cada veículo, por evento; CAPÍTULO III - DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO
III - no Serviço de Transporte Rodoviário de Passageiros ADMINISTRATIVO
por Fretamento, tomando-se por base ocorrência relativa a Seção I - Disposições Gerais
cada transportadora, por evento.
Art. 133. Os processos administrativos de julgamento
Seção III - Da Retenção do Veículo de autos de infração e de apuração de infrações e aplicação
de penalidades decorrentes de condutas que infrinjam a
Art. 131. Sem prejuízo da aplicação de multa ou de legislação de transportes terrestres e os deveres estabele-
outra sanção cabível, a penalidade de retenção de veícu- cidos nos editais de licitação, nos contratos de concessão e
lo será aplicada, independentemente de a transportadora de permissão, regem-se pelas disposições da Lei Estadual
ou pessoa física ou jurídica infratora encontrar-se, ou não, nº 13.094/2001, com suas alterações, pelas regras deste
operando serviço mediante regular concessão, permissão Regulamento e demais normas legais, regulamentares e
ou autorização do Poder Concedente, quando: pactuadas pertinentes.
I - o veículo não oferecer condições de segurança, con- § 1º Na condução dos processos administrativos de
forto e higiene, ou não apresentar especificações estabele- que trata este Regulamento, o DETRAN/CE obedecerá,
cidas em normas legais e regulamentares pertinentes; dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
II - o veículo transportar cargas perigosas sem o devido motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
acondicionamento e autorização do poder concedente ou ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
dos órgãos ou entidades competentes; público e eficiência.
III - o motorista apresentar sinais de embriaguez; § 2º Os processos administrativos serão públicos, salvo
IV - o equipamento registrador de velocidade e tempo se para preservar a intimidade e a proteção de dados sigi-
estiver adulterado ou sem funcionamento; losos dos interessados, quando assim deverá ser declarado
V - o veículo não estiver cadastrado junto ao poder nos autos pela autoridade competente.
concedente.

66
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 134. O processo administrativo será organizado V - assinatura do infrator ou de preposto ou, sendo o
com todas as folhas, exceto capa e contracapa, rubrica- caso, declaração de recusa firmada pelo fiscal;
das e numeradas seguidamente, e todos os despachos e VI - matrícula e assinatura do fiscal que a lavrou.
documentos em ordem cronológica de sua elaboração ou VII - Prazo de apresentação de defesa.
juntada. § 1º A primeira via do auto de infração será entregue
Parágrafo único. Cabe ao agente público que proferir ao infrator ou ao preposto ou representante da empresa;
despachos ou efetuar a juntada de documentos adotar as a segunda via, a ser juntada aos autos do processo, servirá
providências de que trata este artigo. como recibo, devendo o infrator ou o preposto ou repre-
sentante da empresa nela apor seu “ciente” (quando possí-
Seção II - Da instauração do processo vel); a terceira via ficará arquivada no DETRAN/CE.
§ 2º A aposição do “ciente” equivale, para todos os fins,
Art. 135. O processo administrativo ordinário de julga- à intimação do infrator ou do preposto ou representante
mento de autos de infração será instaurado de ofício, como da empresa, presumindo-se conhecedor de todos os ter-
decorrência da própria lavratura do auto. mos nele contido.
§ 3º Em caso de recusa de aposição do “ciente” ou na
Art. 136. O processo administrativo ordinário de apu- hipótese de impossibilidade de sua obtenção, o agente au-
ração de infrações e aplicação de penalidades será ins- tuante registrará no auto de infração tais circunstâncias.
taurado de ofício ou mediante denúncia fundamentada e § 4º Nas hipóteses de que trata o § 3º, a autoridade
acompanhada dos documentos pertinentes formulada por competente enviará, ao infrator ou ao representante legal
qualquer pessoa. da empresa, “Notificação de Autuação” ou, mediante cor-
§ 1º Recebida a denúncia pelo órgão competente do respondência registrada, com aviso de recebimento (AR), a
DETRAN/CE, e não sendo caso de imediata lavratura de primeira via do auto de infração, ou cópia autenticada por
auto de infração, o pretenso infrator será cientificado da servidor autorizado, no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
mesma para apresentar resposta que entender de direito. contados da data de sua lavratura.
§ 2º A cientificação do denunciado será acompanhada § 5º A “Notificação de Autuação”, que observará os
de cópia da denúncia formulada, assim como dos docu- modelos aprovados pelo Conselho de Coordenação Admi-
mentos que a acompanharem, e deverá indicar: nistrativa do DETRAN/CE, poderá ser efetuada:
I - os fatos constitutivos da denúncia; I - pessoalmente, por intermédio de servidor do DE-
II - os dispositivos legais, regulamentares ou contra- TRAN/CE, mediante recibo do destinatário ou de seu repre-
tuais infringidos e as penalidades previstas; sentante legal na segunda via do documento;
III - o prazo para apresentação de defesa. II - mediante correspondência registrada, com aviso de
recebimento (AR), contendo indicação expressa de que se
Seção III - Do auto de infração destina a notificar o destinatário;
III - por qualquer outro meio, inclusive eletrônico, que
Art. 137. O auto de infração será lavrado no momento assegure a certeza da ciência do infrator; ou
em que verificada a prática de infração, seja em flagrante, IV - por edital, quando desconhecido ou incerto o lu-
seja no curso de procedimento de fiscalização. gar em que se encontrar o infrator, circunstância que será
§ 1º O auto de infração será lavrado no local em que certificada nos autos.
verificada a falta, salvo se realizado com a utilização inter- § 6º O edital de notificação a que se refere o inciso IV
posta de meio tecnológico ou como resultado de processo do § 5º será publicado uma vez no Diário Oficial do Estado.
administrativo ordinário de apuração de infrações, hipóte- § 7º Serão juntados aos autos, conforme o caso, có-
se em que poderá ser lavrado nas dependências dos ór- pia da “Notificação de Autuação”, o recibo do destinatá-
gãos competentes. rio (§ 5º, I), o aviso de recebimento (§ 5º, II), o documento
§ 2º A autuação será feita, sempre que possível, na que comprove inequivocamente a ciência (§ 5º, III), ou um
pessoa do infrator; e, em se tratando de pessoa jurídica, exemplar da publicação de edital (§ 5º, IV).
a autuação far-se-á na pessoa de seus diretores ou, se au-
sentes, na pessoa de preposto ou representante legal. Seção IV - Da defesa
§ 3º Para efeitos de autuação, consideram-se prepos-
tos os motoristas dos veículos flagrados pela fiscalização. Art. 139. Cientificado o infrator da Notificação de Au-
§ 4º Verificada a prática de duas ou mais infrações, po- tuação ou da denúncia de infração, será conferido o prazo
derão ser lavrados tantos autos quantas forem aquelas. de 10 (dez) dias corridos, a contar da ciência do auto ou do
recebimento da intimação, para o oferecimento da compe-
Art. 138. O Auto de Infração será lavrado em 03 (três) tente defesa.
vias de igual teor e conterá: § 1º Não sendo apresentada defesa, será o fato certi-
I - nome do infrator; ficado nos autos, prosseguindo o processo com a prática
II - número de ordem do auto de infração, identificação dos atos processuais subseqüentes.
do veículo e da linha; § 2º O autuado ou denunciado poderá, a qualquer
III - local, data e horário da infração; tempo, ingressar nos autos, prosseguindo o processo na
IV - descrição sumária da infração cometida e disposi- fase em que se encontra, sem reabertura dos prazos já de-
tivo legal violado; corridos.

67
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 140. A defesa tempestiva suspende a aplicação e, § 1º Acolhida a defesa, o Auto de Infração será cancela-
em sendo o caso, a exigibilidade da penalidade de mul- do ou a denúncia será julgada improcedente, sendo ambos
ta correspondente, ressalvadas as hipóteses de retenção e arquivados, devendo o DETRAN/CE comunicar o fato ao
apreensão de veículo, nos termos da Lei nº 13.094/2001 e autuado ou denunciado.
deste regulamento. § 2º Em caso do não acolhimento da defesa ou de seu
não exercício no prazo previsto, o agente competente veri-
Art. 141. Na fluência do prazo para oferecimento da ficará a regularidade do Auto de Infração ou a procedência
defesa, será facultada o exame do processo aos interes- da denúncia, e, em sendo o caso, aplicará a respectiva san-
sados, representantes legais ou mandatários com poderes ção, expedindo a Notificação de Penalidade, da qual deve-
expressos, nas dependências do DETRAN/CE e durante o rão constar os dados informativos da autuação/denúncia, o
expediente normal. valor da multa devido, o prazo para pagamento e a comu-
Parágrafo único. Não será permitida a retirada dos au- nicação do não acolhimento da defesa, quando for o caso.
tos do processo, das dependências do DETRAN/CE, para
exame dos interessados sem a autorização do responsável, Art. 146. O prazo para pagamento da penalidade de
podendo ser substituída a retirada, quando possível, pelo multa, que deverá constar na Notificação de Penalida-
fornecimento de cópia integral dos autos. de, será, no mínimo, de 5 dias, contados do recebimen-
to da respectiva comunicação, ressalvadas as hipóteses
Seção V - Das provas de retenção e apreensão de veículo, nos termos da Lei nº
13.094/2001 e deste regulamento.
Art. 142. Por força do atributo de presunção de vera- Parágrafo único. Não efetuado o pagamento da pena-
cidade, inerente aos atos administrativos, cabe ao interes- lidade de multa aplicada, no prazo devido, nem interposto
sado a prova dos fatos que alegar, sem prejuízo do dever recurso em tempo hábil, a mesma será inscrita na dívida
atribuído ao órgão competente para a instrução. ativa, para ser cobrada por via judicial, sem prejuízo da
aplicação de outras penalidades cabíveis.
§ 1º As provas deverão ser produzidas no prazo para
defesa e apresentadas junto com esta.
Seção VIII - Dos Recursos Administrativos
§ 2º Ultrapassada a fase de defesa, se novos elementos
de prova vierem aos autos, será assegurado ao(s) interes-
Art. 147. Da decisão proferida pelo DETRAN/CE caberá
sado(s) abertura de prazo para manifestação.
recurso à ARCE, em face de razões de legalidade e de méri-
to, a ser interposto no prazo de 5 dias, contados da ciência
Seção VI - Das nulidades
do interessado.
Art. 143. A nulidade de qualquer ato ou fase do pro- § 1º O recurso será interposto mediante requerimento
cesso administrativo só prejudica os posteriores que dele escrito, no qual o recorrente deverá expor os fundamentos
diretamente dependam ou decorram. do pedido de reexame, devendo ser instruído, obrigato-
§ 1º Os atos que apresentarem vícios sanáveis poderão riamente, com cópias do auto de infração recorrido e de
ser convalidados pela autoridade competente, em decisão decisão proferida pelo DETRAN/CE, e facultativamente,
que evidencie não acarretarem lesão ao interesse público e de outros documentos que julgar convenientes. (Redação
nem prejuízo a terceiros. dada ao parágrafo pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014,
§ 2º Quando a lei prescrever determinada forma, sem DOE CE de 31.12.2014)
cominação de nulidade, a autoridade competente poderá § 2º O não cumprimento do disposto no caput deste
considerar válido o ato se, realizado de outro modo, alcan- artigo, importa inadmissibilidade do recurso pelo DETRAN/
çar a finalidade. CE. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto nº 31.658 ,
de 30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Art. 144. Ao declarar qualquer nulidade, a autoridade § 3º O recurso será dirigido à Autoridade que proferiu
competente para o julgamento especificará os atos alcan- a decisão, a qual, no prazo de 10 dias úteis, encaminhará
çados e determinará as providências necessárias. os autos à ARCE para o julgamento. (Redação dada ao pa-
Parágrafo único. Verificada, no entanto, a existência de rágrafo pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE CE de
vicio insanável, poderá ser declarada a nulidade parcial ou 31.12.2014)
total do processo. § 4º A ARCE, no julgamento do recurso, poderá confir-
mar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a
Seção VII - Do Julgamento e Aplicação da Penali- decisão recorrida, na matéria que for de sua competência.
dade (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto nº 31.658 , de
30.12.2014, DOE CE de 31.12.2014)
Art. 145. Interposta defesa, será ela dirigida à Diretoria § 5º Os recursos serão recebidos apenas no efeito de-
de Trânsito e Transportes, que autuará e organizará o pro- volutivo. No entanto, excepcionalmente, poderá ser con-
cesso administrativo, acrescentando capa e contra-capa, cedido efeito suspensivo ao recurso por despacho funda-
rubricando e numerando seguidamente todas as páginas. mentado da autoridade responsável da ARCE. (Parágrafo
Após, encaminhará à Procuradoria Jurídica do DETRAN/CE acrescentado pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE
para apreciação da defesa apresentada. CE de 31.12.2014)

68
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Art. 148. O recurso não será conhecido quando inter- Art. 154. As transportadoras atuantes nos Serviços de
posto: Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do
I - fora do prazo; Estado do Ceará são obrigadas a contratar, para seus veí-
II - perante órgão ou autoridade incompetente; culos cadastrados junto ao poder concedente, seguro de
III - por quem não tenha legitimidade para tanto; responsabilidade civil por acidente de que resulte morte
ou danos pessoais ou materiais, em favor da tripulação do
Art. 149. A decisão proferida pela ARCE no julgamento veículo, dos passageiros, de pedestres e de terceiros, nos
do pertinente recurso administrativo é definitiva, devendo valores mínimos fixados neste Regulamento.
esta ser formalmente comunicada ao DETRAN/CE e ao in- Parágrafo único. O usuário legalmente provido de seu
frator. bilhete de passagem, passe ou cortesia, além do seguro
obrigatório previsto na Lei nº 6.194 , de 19 de dezembro
Seção IX - Das disposições transitórias e finais de 1974 (DPVAT), deverá estar garantido pelo seguro de
responsabilidade civil, na forma definida neste regula-
Art. 150. Salvo disposição em contrário, os prazos são
mento.
contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia do início e
incluindo-se o do vencimento.
Art. 155. O prestador do serviço deverá contratar se-
§ 1º Os prazos iniciam-se e vencem em dias de expe-
diente normal no DETRAN/CE. guro de responsabilidade civil por acidente de veículo, em
§ 2º O prazo será automaticamente prorrogado até o favor da tripulação, dos passageiros, de pedestres e de
primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em terceiros, para cobertura de danos materiais e pessoais,
que não houver expediente ou este for encerrado antes do em valor fixado no edital.
horário normal.
§ 3º O término de prazo será certificado nos autos. Art. 156. O valor mínimo da apólice de seguro de res-
ponsabilidade civil por acidente de veículo, em favor da
Art. 151. Nos processos administrativos de que trata tripulação, dos passageiros, de pedestres e de terceiros,
este Regulamento, o direito de consultar os autos, de pedir para cobertura de danos materiais e pessoais, será fixados
cópias de documentos deles constantes e de pedir certidão nos seguintes montantes:
é restrito às partes diretamente envolvidas nos processos, I - 500.000 (quinhentas mil) UFIRCE por ônibus;
a seus representantes legais e mandatários devidamente II - 350.000 (trezentos e cinqüenta mil) UFIRCE por
constituídos. miniônibus;
§ 1º O DETRAN/CE poderá exigir ressarcimento das III - 250.000 (duzentas e cinquenta mil) UFIRCE por
despesas decorrentes do disposto neste artigo. microônibus, VUP e VUM.
§ 2º A consulta aos autos fora das hipóteses previstas
neste Regulamento, bem como as solicitações de certidões, Art. 157. Será mantido pelo Poder Concedente um
devem ser requeridas por escrito à autoridade processante. cadastro atualizado de cada transportadora, devendo
qualquer alteração de seus contratos, estatutos sociais ou
Art. 152. A alegação de ignorância ou errada com- registro de firma individual ser prontamente comunicado,
preensão das normas legais e regulamentares não exime sob pena de caducidade da concessão ou permissão ou
de pena o infrator. cancelamento da autorização, conforme for o caso, obser-
vando a precariedade ou não da forma de outorga.
TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSI-
TÓRIAS Art. 158. O desempenho operacional das transporta-
doras será quantificado e qualificado através do Índice de
Art. 153. Na concessão do Serviço Regular de Transpor- Desempenho Operacional - IDO, que traduz o acompa-
te Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, Interurbano nhamento de forma direta e continuada das condições de
ou Metropolitano, o edital da licitação especificará, durante prestação do serviço.
o respectivo prazo, dados estimados de receita operacio-
§ 1º O cálculo do IDO levará em consideração aspectos
nal, ficando a participação de cada concessionária limitada
relacionados a qualidade e ao nível de serviço prestado por
ao percentual máximo correspondente a 40% (quarenta
meio de dados coletados através de pesquisas, dados for-
por cento) da referida receita em cada sistema.
necidos pelas empresas e/ou coletados por meio de equi-
§ 1º É vedada, na concessão do Serviço Regular Inte-
pamentos embarcados.
rurbano de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Pas-
§ 2º O IDO deverá ser apurado anualmente, pela ARCE,
sageiros, a participação da mesma concessionária em mais
com resultados apresentados por empresa, por coope-
de 3 (três) áreas de operação, mesmo que o percentual de
receita não ultrapasse o percentual máximo previsto no rativa, por área de operação e por sistema. A ARCE deve
caput deste artigo. garantir sua divulgação e publicidade incluindo as pon-
§ 2º O limite estipulado no caput deste artigo será ob- tuações e classificação obtida. Após cada apuração a ARCE
servado durante todo o período da concessão, ressalvada, deverá avaliar o processo, a metodologia aplicada e os re-
apenas, a hipótese de crescimento da receita decorrente sultados visando o contínuo aperfeiçoamento do IDO e da
do incremento de demanda na área contratada. prestação dos serviços.

69
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

§ 3º A metodologia de cálculo e os atributos a serem con- Questões


siderados serão detalhados por resolução específica da ARCE a
ser publicada em até 180 dias após a publicação do presente de- 01. (PC/CE – Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe
creto para fins de apuração do IDO relativo ao período seguinte, – 2015 - VUNESP) Sobre o Código de Trânsito Brasileiro,
podendo ser atualizada e revisada anualmente para incorporar está correto afirmar que:
os eventuais aperfeiçoamentos conforme parágrafo anterior. (A) A punição da conduta de participação em racha (ar-
§ 4º Será decretado pelo Poder Concedente a caducida- tigo 308), está condicionada à ocorrência de acidente.
de da concessão ou da permissão daquelas concessionárias (B) O agente que deixa de prestar socorro à vítima em
e permissionárias que não atingirem, na apuração do IDO, os acidente de trânsito fica isento de pena, quando essa omis-
índices mínimos de aprovação (satisfatório) no período con- são for suprida por terceiros.
siderado, de conformidade com o que estabelece o Art. 80 da (C) A conduta de violar ordem de suspensão para diri-
Lei Estadual nº 13.094 , de 12 de janeiro de 2001. (Redação gir veículo automotor é punida, administrativamente, com
dada ao artigo pelo Decreto nº 31.658 , de 30.12.2014, DOE nova suspensão.
CE de 31.12.2014)
(D) O crime do artigo 311 exige perigo de dano para
a conduta de trafegar em velocidade incompatível com a
Art. 159. Serão respeitados, até a finalização de seus pra-
segurança nas proximidades de escolas.
zos, os termos de permissão e contratos de concessão cele-
brados antes da publicação deste Decreto. (E) A conduta de entregar a direção de veículo automo-
tor à pessoa não habilitada é punida, administrativamente,
Art. 160. Revogam-se os Decretos nº 26.103, de 12 de com suspensão do direito de dirigir pelo prazo previsto em
janeiro de 2001, e 26.803, de 24 de outubro de 2002, e as lei.
demais disposições em contrário.
02. (MPE/SC – Motorista – 2014 - FEPESE) Assinale
Art. 161. As questões omissas neste Regulamento serão a alternativa correta em relação à sinalização de trânsito
solucionadas pelo poder concedente, através do órgão ou prevista no Código de Trânsito Brasileiro.
entidade competente. (A) Os gestos do agente de trânsito e do condutor são
considerados sinais de trânsito.
Art. 162. Este Decreto entra em vigor na data de sua pu- (B) Apenas os locais destinados a estacionamentos e
blicação. garagens de uso coletivo é que deverão ter suas entradas e
saídas devidamente identificadas.
Art. 163. Revogam-se as disposições em contrário. (C) Todos os cruzamentos e intersecções entre ruas se-
rão considerados como destinados à travessia de pedes-
PALÁCIO IRACEMA, DO GOVERNO DO ESTADO DO CEA- tres, sendo desnecessária a sua sinalização expressa.
RÁ, em Fortaleza, aos 18 de março 2009. (D) A afixação de publicidade ou de quaisquer legen-
Cid Ferreira Gomes das ou símbolos ao longo das vias públicas é livre à inicia-
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ tiva privada.
Francisco Adail de Carvalho Fontenele (E) Os semáforos luminosos estão em primeiro lugar na
SECRETÁRIO DA INFRA-ESTRUTURA ordem de prevalência de atendimento aos sinais de trân-
Fernando Antônio Costa de Oliveira sito.
PROCURADOR GERAL DO ESTADO
03. (DETRAN/RO – Motorista – 2014- IDECAN) Se-
gundo o Código de Trânsito Brasileiro, é PROIBIDA a circu-
lação de ciclomotores:
(A) Em qualquer via arterial.
(B) Apenas sobre as calçadas das vias arteriais.
(C) Apenas sobre as calçadas das vias urbanas.
(D) Nas vias arteriais e sobre as calçadas das vias ur-
banas.
(E) Nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das
vias urbanas.

04. (DETRAN/RO – Motorista – 2014 - IDECAN) Se-


gundo o Código de Trânsito Brasileiro, transitar em marcha
à ré é
(A) Proibido.
(B) Permitido, apenas em casos de vias sinalizadas ver-
ticalmente.
(C) Permitido, apenas em casos de vias sinalizadas ho-
rizontalmente.

70
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

(D) Permitido, em casos de congestionamento para sair (C) Os veículos de polícia, sob qualquer circunstância, e
do fluxo de veículos. os de caráter oficial, apenas, quando em urgência.
(E) Permitido, na distância necessária a pequenas ma- (D) Os veículos de socorro de incêndio e salvamento, os
nobras e de forma a não causar riscos à segurança. quais terão prioridade no trânsito, apenas, quando em pres-
05. (Prefeitura de Recife/PE – Guarda Municipal – tação de serviço de urgência, com os dispositivos sonoros e
2014 - IPAD) São medidas administrativas que podem ser luminosos acionados, sendo que os pedestres devem aguar-
adotadas pela autoridade de trânsito ou seus agentes de dar sua passagem na calçada para, somente após, atravessar
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, exceto: a via.
(A) Retenção do veículo. (E) Os veículos oficiais de transporte de autoridades
(B) Recolhimento do Certificado de Licenciamento públicas têm prioridade de trânsito em relação aos demais
Anual. veículos, quando no efetivo transporte de autoridade, po-
(C) Transbordo do excesso de carga. rém, não possuem a prerrogativa de livre circulação e parada
(D) Retirada compulsiva de película. como os veículos de polícia.
(E) Recolhimento de animais que se encontrem soltos
nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, res- 10. (SURG – Agente de Trânsito – 2014 - CONSUL-
tituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de PAM) Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, compete aos
multas e encargos devidos. órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios,
no âmbito de sua circunscrição, à EXCEÇÃO de:
06. (SURG – Motorista de Caminhão – 2014 - CON- (A) Registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclomo-
SUKPAM) Qual das hipóteses abaixo relacionadas Não tores, veículos de tração e propulsão humana e de tração
corresponde às classificações dos sinais de trânsito, segun- animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e ar-
do o Código de Trânsito Brasileiro: recadando multas decorrentes de infrações.
(A) Dispositivos de sinalização auxiliar. (B) Realizar, fiscalizar e controlar o processo de forma-
(B) Luminosos. ção, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de conduto-
(C) Gestos oriundos exclusivamente dos agentes de res, expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão
trânsito. para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante de-
legação do órgão federal competente.
(D) Horizontais.
(C) Registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclomo-
tores, veículos de tração e propulsão humana e de tração
07. (DETRAN/RO – Motorista – 2014 - IDECAN) De
animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e ar-
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, NÃO faz parte
recadando multas decorrentes de infrações.
do Sistema Nacional de Trânsito o seguinte órgão:
(D) Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
(A) PRF.
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
(B) CONTRANDIFE.
veículos, escolta e transporte de carga indivisível.
(C) DETRAN dos estados
(D) Polícias Civis dos estados. Respostas
(E) Polícias Militares dos estados.
01. D.
08. (DETRAN/RO – Motorista – 2014 - IDECAN) De CTB
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o Conselho Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
Nacional de Trânsito possui, em sua composição, um repre- segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações
sentante de cada um dos seguintes Ministérios, EXCETO: de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
(A) Ministério da Saúde. estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentra-
(B) Ministério do Exército. ção de pessoas, gerando perigo de dano.
(C) Ministério da Agricultura. Observamos a ocorrência de erro na alternativa E:Quem
(D) Ministério dos Transportes. determina pena é o juiz:
(E) Ministério da Ciência e Tecnologia. Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veí-
culo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação
09. (TRF/4ª Região – Técnico Judiciário – Seguran- cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a
ça e Transporte – 2014 - FCC) Segundo o Código de Trân- quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por em-
sito Brasileiro - CTB, são veículos que gozam de prioridade briaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segu-
no trânsito, livre circulação e parada: rança: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
(A) As ambulâncias, apenas, quando no atendimento
de urgência, com os dispositivos sonoros e luminosos acio- 02. A.
nados, sendo que os demais veículos devem deixar livre a A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
faixa da direita para a sua passagem. 1º - as ordens do agente de trânsito prevalecem sobre
(B) Os veículos oficiais que transportam autoridades as normas de circulação e outros sinais;
públicas representantes de um dos poderes (legislativo, 2º - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
executivo e judiciário), quando em deslocamento com as 3º - as indicações dos sinais sobre as demais normas
respectivas autoridades. de trânsito.

71
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

03. E. III - dispositivos de sinalização auxiliar


Art. 57 CTB: Os ciclomotores devem ser conduzidos IV - luminosos
pela direita da pista de rolamento, preferencialmente no V - sonoros
centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pis- VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
ta sempre que não houver acostamento ou faixa própria a
eles destinada, proibida a sua circulação nas vias de trânsi- 07. D.
to rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. Órgãos e entidades executivos de trânsito da União –
DENATRAN;
04. E. Órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados
CTB – DETRAN;
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância Órgãos e entidades executivos rodoviários da União –
necessária a pequenas manobras e de forma a não causar DNIT;
riscos à segurança: Órgãos e entidades executivos rodoviários dos Estados
Infração - grave; – DER;
Penalidade - multa. Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
seguintes órgãos e entidades:
05. D. I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coor-
CTB denador do Sistema e órgão máximo normativo e consul-
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, tivo;
na esfera das competências estabelecidas neste Código II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o
e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE,
medidas administrativas: órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
I - retenção do veículo; III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da
II - remoção do veículo; União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir; União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
V - recolhimento do Certificado de Registro; V - a Polícia Rodoviária Federal;
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Fe-
Anual; deral; e
VII - (VETADO) VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações
VIII - transbordo do excesso de carga; - JARI.
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou
perícia de substância entorpecente ou que determine de- 08. C.
pendência física ou psíquica; Art. 10, CTB: O Conselho Nacional de Trânsito (Con-
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos tran), com sede no Distrito Federal e presidido pelo diri-
nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, res- gente do órgão máximo executivo de trânsito da União,
tituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de tem a seguinte composição:
multas e encargos devidos. III - um representante do Ministério da Ciência e Tec-
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de nologia;
legislação, de prática de primeiros socorros e de direção IV - um representante do Ministério da Educação e do
veicular. Desporto;
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medi- V - um representante do Ministério do Exército;
das administrativas e coercitivas adotadas pelas autorida- VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente
des de trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário e da Amazônia Legal;
a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa. VII - um representante do Ministério dos Transportes;
§ 2º As medidas administrativas previstas neste artigo XX - um representante do ministério ou órgão coorde-
não elidem a aplicação das penalidades impostas por infra- nador máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
ções estabelecidas neste Código, possuindo caráter com- XXII - um representante do Ministério da Saúde.
plementar a estas. XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça.
§ 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional XXIV - 1 (um) representante do Ministério do Desen-
de Habilitação e a Permissão para Dirigir. volvimento, Indústria e Comércio Exterior;
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inci- XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de
so X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber. Transportes Terrestres (ANTT).

06. C. 09. D.
NÃO corresponde a classificação: Art. 29, CTB:
Art. 87 do CTB VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e
I - verticais salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação
II - horizontais de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trân-

72
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

sito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada,


quando em serviço de urgência e devidamente identifica- ANOTAÇÕES
dos por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes
disposições: ___________________________________________________
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indi-
cando a proximidade dos veículos, todos os condutores ___________________________________________________
deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda,
indo para a direita da via e parando, se necessário; ___________________________________________________
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão ___________________________________________________
aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veí-
culo já tiver passado pelo local; ___________________________________________________
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de ilumi-
nação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da ___________________________________________________
efetiva prestação de serviço de urgência.
___________________________________________________
10. B. ___________________________________________________
Art. 24, CTB: Compete aos órgãos e entidades executi-
vos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circuns- ___________________________________________________
crição:
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclo- ___________________________________________________
motores, veículos de tração e propulsão humana e de tra-
___________________________________________________
ção animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades
e arrecadando multas decorrentes de infrações; ___________________________________________________
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e ado-
tar medidas de segurança relativas aos serviços de remo- ___________________________________________________
ção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
Art. 22, CTB: Compete aos órgãos ou entidades exe- ___________________________________________________
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no ___________________________________________________
âmbito de sua circunscrição:
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de forma- ___________________________________________________
ção, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condu-
tores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permis- ___________________________________________________
são para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, median-
___________________________________________________
te delegação do órgão federal competente.
___________________________________________________
Referências
___________________________________________________
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9503Compilado.htm. Acesso em setembro de 2017. ___________________________________________________

___________________________________________________
Disponível em: http://www.detran.pr.gov.br/. Acesso
em setembro de 2017. ___________________________________________________

Disponível em: http://www.normasbrasil.com.br/nor- ___________________________________________________


ma/decreto-29687-2009-ce_281293.html. Acesso em se-
tembro de 2017. ___________________________________________________

___________________________________________________
Disponível em: http://www.denatran.gov.br/pergun-
tas-frequentes. Acesso em setembro de 2017. ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

73
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 03-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MI-


NAS GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010)
Sobre: Língua Portuguesa Assinale a afirmativa em que se aplica a mesma regra
de acentuação.
01-) (TRF/5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - A) tevê – pôde – vê
FCC/2012) O detetive Gervase Fen, que apareceu em B) únicas – histórias – saudáveis
1944, é um homem de face corada, muito afeito ...... C) indivíduo – séria – noticiários
frases inteligentes e citações dos clássicos; sua esposa, D) diário – máximo – satélite
Dolly, uma dama meiga e sossegada, fica sentada trico-
tando tranquilamente, impassível ...... propensão de seu A) tevê – pôde – vê
marido ...... investigar assassinatos. Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito perfei-
(Adaptado de P.D.James, op.cit.) to do Indicativo) = acento diferencial (que ainda prevalece
após o Novo Acordo Ortográfico) para diferenciar de “pode”
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, – presente do Indicativo; vê = monossílaba terminada em “e”
na ordem dada: B) únicas – histórias – saudáveis
(A) à - à - a Únicas = proparoxítona; história = paroxítona terminada
(B) a - à - a em ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em ditongo.
(C) à - a - à C) indivíduo – séria – noticiários
(D) a - à - à Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria =
(E) à - a – a paroxítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona
terminada em ditongo.
Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está no D) diário – máximo – satélite
singular e “frases”, no plural) Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo =
Impassível à propensão (regência nominal: pede pre- proparoxítona; satélite = proparoxítona.
posição)
A investigar (antes de verbo no infinitivo não há acen- RESPOSTA: “C”.
to indicativo de crase)
Sequência: a / à / a. 04-) (TRF/ 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
FCC/2012) Ou pretendia.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que
RESPOSTA: “B”.
o grifado acima está em:
a) ... ao que der ...
02-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MI-
b) ... virava a palavra pelo avesso ...
NAS GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010)
c) Não teria graça ...
Considerando o acento tônico e a classificação quanto
d) ... um conto que sai de um palíndromo ...
ao número de sílabas, assinale a alternativa CORRETA.
e) ... como decidiu o seu destino de escritor.
A) Psiquiatra – Paroxítona – Quatro sílabas
B) Noticiário – Proparoxítona – Seis sílabas Pretendia = pretérito imperfeito do Indicativo
C) Absoluto – Paroxítona – Cinco sílabas a) ... ao que der ... = futuro do Subjuntivo
D) Ódio – Oxítona – Duas sílabas b) ... virava = pretérito imperfeito do Indicativo
c) Não teria = futuro do pretérito do Indicativo
A) Psiquiatra – Paroxítona – Quatro sílabas d) ... um conto que sai = presente do Indicativo
Psi - qui - a - tra = quatro sílabas; sílaba tônica: “a” e) ... como decidiu = pretérito perfeito do Indicativo
= paroxítona
B) Noticiário – Proparoxítona – Seis sílabas RESPOSTA: “B”.
No - ti - ci - á - rio = cinco sílabas; sílaba tônica:
“á” = paroxítona 05-) (TRF/5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
C) Absoluto – Paroxítona – Cinco sílabas FCC/2012) Ao se substituir o elemento grifado em um
Ab - so - lu - to = quatro sílabas; sílaba tônica: “lu” segmento do texto, o pronome foi empregado de modo
= paroxítona INCORRETO em:
D) Ódio – Oxítona – Duas sílabas a) Julio Cortázar tem um conto = Julio Cortázar tem-
Ó - dio = duas sílabas; sílaba tônica: “ó” = paroxítona no
b) ele encontrou esta frase = ele encontrou-a
RESPOSTA: “A”. c) desarticular as palavras = desarticular-lhes
d) dava arroz à raposa = dava-lhe arroz
e) não só encantou o menino = não só o encantou

74
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

a) Julio Cortázar tem um conto = Julio Cortázar tem-no 08-) (TRF/5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
b) ele encontrou esta frase = ele encontrou-a FCC/2012) O verbo flexionado no singular que também
c) desarticular as palavras = desarticular-lhes = desar- pode ser corretamente flexionado no plural, sem que
ticulá-las nenhuma outra alteração seja feita na frase, está des-
d) dava arroz à raposa = dava-lhe arroz tacado em:
e) não só encantou o menino = não só o encantou a) Para promover os direitos humanos, a consolida-
ção da democracia em todos os países é extremamente
RESPOSTA: “C”. necessária.
b) Cada um dos países do Conselho de Direitos Hu-
06-) (TRF/5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – manos da Organização das Nações Unidas (ONU) há de
FCC/2012) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exer- zelar pela manutenção dos Direitos Humanos.
cer a responsabilidade de proteger pela via militar, a c) A comunidade internacional trata os direitos hu-
comunidade internacional [...] observe outro preceito ... manos de forma global, justa e equitativa, em pé de
Transpondo-se o segmento grifado acima para a igualdade e com a mesma ênfase.
voz passiva, a forma verbal resultante será: d) A maior parte dos países compreende que o di-
a) é observado. reito ao trabalho é de vital importância para o desen-
b) seja observado. volvimento de povos e nações.
c) ser observado. e) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de
d) é observada. 1993, reconhece uma série de direitos fundamentais,
como o direito ao desenvolvimento.
e) for observado.
Sublinhei os termos que se relacionam, justificando a
a comunidade internacional [...] observe outro preceito
concordância verbal:
= se na voz ativa a) Para promover os direitos humanos, a consolidação
temos um verbo, na passiva teremos dois: outro pre- da democracia em todos os países é extremamente neces-
ceito seja observado. sária.
b) Cada um dos países do Conselho de Direitos Huma-
RESPOSTA: “B”. nos da Organização das Nações Unidas (ONU) há de zelar
pela manutenção dos Direitos Humanos.
07-) (TRF/5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – c) A comunidade internacional trata os direitos huma-
FCC/2012) nos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade
... o recurso à coerção atenta contra os princípios do e com a mesma ênfase.
direito internacional ... d) A maior parte dos países compreende (ou “com-
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento preendem” = facultativo; tanto concorda com “a maior par-
que o grifado acima está empregado em: te” quanto com “países”) que o direito ao trabalho é de vi-
a) Se nossos objetivos maiores incluem a decidida tal importância para o desenvolvimento de povos e nações.
defesa dos direitos humanos ... e) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de
b) ... o Brasil incorpora plenamente esses valores a 1993, reconhece uma série de direitos fundamentais, como
sua ação externa ... o direito ao desenvolvimento.
c) A ONU constitui o foro privilegiado para ...
d) Em meados da década de 90 surgiram vozes que ... RESPOSTA: “D”.
e) ... a relação [...] passou por várias etapas.
09-) (TRF/5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
Atenta = verbo transitivo indireto (pede objeto indi- FCC/2012) Está inteiramente adequada a pontuação da
reto) frase:
a) Se nossos objetivos maiores incluem a decidida = a) Como já se disse, poeta é aquele que, ao aplicar-
verbo transitivo direto / objeto direto se conscientemente à difícil arte do desaprender, passa
a ver o mundo com olhar infantil, despido das camadas
b) ... o Brasil incorpora plenamente esses valores a sua
de preconceitos e prejuízos que, quase sempre à nossa
ação externa = verbo transitivo direto e indireto – objeto
revelia, acumulamos ao longo da vida adulta.
direto e indireto
b) Como, já se disse, poeta é aquele que ao aplicar-
c) A ONU constitui o foro privilegiado para = verbo se conscientemente à difícil arte do desaprender, passa
transitivo direto / objeto direto ... a ver o mundo, com olhar infantil, despido das camadas
d) Em meados da década de 90 surgiram vozes = verbo de preconceitos e prejuízos, que quase sempre à nossa
transitivo direto / objeto direto ... revelia, acumulamos ao longo da vida adulta.
e) ... a relação [...] passou por várias etapas = verbo c) Como já se disse poeta é aquele, que ao aplicar-
transitivo indireto (pede objeto indireto) se conscientemente à difícil arte do desaprender, passa
a ver o mundo com olhar infantil despido das camadas
RESPOSTA: “E”. de preconceitos e prejuízos que, quase sempre à nossa
revelia acumulamos, ao longo da vida adulta.

75
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

d) Como já se disse poeta, é aquele que ao aplicar- Fiz as correções entre parênteses:
se conscientemente à difícil arte do desaprender, passa a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
a ver o mundo com olhar infantil despido das camadas entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofis-
de preconceitos, e prejuízos, que quase sempre à nossa ticadas às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns
revelia acumulamos ao longo da vida adulta. (comum) nos dias de hoje.
e) Como já se disse, poeta é aquele que ao aplicar- b) A importância de intelectuais como Edward Said e
se, conscientemente, à difícil arte do desaprender passa Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
a ver, o mundo, com olhar infantil despido das camadas polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos li-
de preconceitos e prejuízos que quase sempre, à nossa vros que escreveram.
revelia, acumulamos ao longo da vida adulta. c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en-
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto
Devido à igualdade textual, a indicação da alternativa sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem
correta aponta as inadequações nas demais. (ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter)
alguma trégua.
RESPOSTA: “A”.
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo
10-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores
constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ... que admiradores.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- e) No final do século XX já não se via (viam) muitos in-
ma verbal resultante é: telectuais e escritores como Edward Said, que não apenas
a) se constituiu. era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas
b) chegou a ser constituído. posições que corajosamente assumiam.
c) teria chegado a constituir.
d) chega a se constituir. RESPOSTA: “D”.
e) chegaria a ser constituído.
(TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012
O engajamento moral e político não chegou a consti- - ADAPTADO) Atenção: As questões de números 102 e
tuir um deslocamento da atenção intelectual de Said = dois 103 baseiam-se nos Textos I e II, a seguir.
verbos na voz ativa, mas com presença de preposição e, um
deles, no infinitivo, então o verbo auxiliar “ser” ficará no infi- Texto I
nitivo (na voz passiva) e o verbo principal (constituir) ficará no No Pão de Açúcar
particípio: Um deslocamento da atenção intelectual de Said De cada dia
não chegou a ser constituído pelo engajamento... Dai-nos Senhor
A Poesia
RESPOSTA: “B”. De cada dia
(Andrade, Oswald. Pau-Brasil. Obras completas de
11-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – Oswald de Andrade. São Paulo, Globo, Secretaria de Esta-
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de con- do da Cultura, 1990, p. 63)
cordância verbal e nominal em:
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais Texto II
como entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais
O texto abaixo reproduz algumas afirmativas do
sofisticadas às mais humildes, são cada vez mais comuns
Manifesto Pau-Brasil, que Oswald de Andrade, um
nos dias de hoje.
dos mentores do movimento modernista brasileiro de
b) A importância de intelectuais como Edward Said e
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões 1922, lançou no Correio da Manhã em 18 de março de
polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que 1924.
escreveram. A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre de ocre nos verdes da Favela, sob o sol cabralino, são
árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto fatos estéticos. O carnaval do Rio é o acontecimento
sofrimento, estejam próximos de serem resolvidos ou religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante
pelo menos de terem alguma trégua. os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a étnica rica.
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detrato- criança.
res que admiradores. A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e
e) No final do século XX já não se via muitos intelec- neológica. A contribuição milionária de todos os erros.
tuais e escritores como Edward Said, que não apenas era Como falamos. Como somos.
notícia pelos livros que publicavam como pelas posi- Nenhuma fórmula para a contemporânea expres-
ções que corajosamente assumiam. são do mundo. Ver com olhos livres.

76
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

Temos a base dupla e presente − a floresta e a esco- 14-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
la. A raça crédula e dualista e a geometria, a álgebra e FCC/2012) O verbo que, dadas as alterações entre pa-
a química logo depois da mamadeira e do chá de erva- rênteses propostas para o segmento grifado, deverá ser
doce. Um misto de “dorme nenê que o bicho vem pegá” colocado no plural, está em:
e de equações. (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvi-
Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a das)
sábia preguiça solar. A reza. O Carnaval. A energia ínti- (B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do
ma. O sabiá. A hospitalidade um pouco sensual, amo- planeta)
rosa. (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O
(http://www.lumiarte.com/luardeoutono/oswald/ma- consumo mundial de barris de petróleo)
nifpaubr.html acesso em 11/02/2012) (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-
se no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos)
12-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os
FCC/2012) Wagner submerge ante os cordões de Bota- esforços mundiais... (a preocupação em torno das mu-
fogo. danças climáticas)
A afirmativa que exprime corretamente, com ou-
tras palavras, o sentido original da frase acima é: (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) =
(A) Os cordões de Botafogo superam Wagner. “há” permaneceria no singular
(B) Wagner supera o que se faz nos cordões de Bo- (B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla-
tafogo. neta) = “sabe” permaneceria no singular
(C) Botafogo, com seus cordões, retoma a superio- (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O
ridade de Wagner. consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permane-
(D) Diante dos cordões de Botafogo, Wagner será ceria no singular
a superação. (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se
(E) Para os cordões de Botafogo, Wagner é superior. no custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “re-
flete” passaria para “refletem-se”
Pela leitura do texto e analisando a afirmativa do enun- (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es-
ciado, entende-se que os cordões de Botafogo superam forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças
Wagner. climáticas) = “pressiona” permaneceria no singular

RESPOSTA: “A”. RESPOSTA: “D”.

13-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - 15-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
FCC/2012) ... o tema das mudanças climáticas pressiona FCC/2011) “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth
os esforços mundiais para reduzir a queima de combus- ao poeta Robert Lowell...
tíveis. No segmento acima, o verbo “gostar” está empre-
A mesma relação entre o verbo grifado e o comple- gado exatamente com a mesma regência com que está
mento se reproduz em: empregado o verbo da seguinte frase:
(A) ... a Idade da Pedra não acabou por falta de pe- (A) Os manifestantes de todas as idades desfilaram
dras... pelas ruas da cidade.
(B) ... o estilo de vida e o modo da produção (...) são (B) Não junte este líquido verde com aquele abra-
os principais responsáveis... sivo.
(C) ... que ameaçam a nossa própria existência. (C) A casa pertence aos Nemer desde 1982.
(D) ... e a da China triplicou. (D) Patrocinou o evento do último sábado.
(E) Mas o homem moderno estaria preparado... (E) Encontraram com um comerciante essas anota-
ções.
O verbo grifado é transitivo direto (pressiona quem?
o quê?): Regência do verbo “gostar”: transitivo indireto.
A – acabou – intransitivo A – desfilaram – intransitivo
B – são – verbo de ligação B – junte – transitivo direto
C – ameaçam quem? – transitivo direto C – pertence – transitivo indireto
D – triplicou = no contexto: intransitivo D – patrocinou – transitivo direto
E – estaria – verbo de ligação E – transitivo direto preposicionado

RESPOSTA: “C”. RESPOSTA: “C”.

77
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES

16-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - 18-) (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013)


FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na Assinale a alternativa em que a concordância das for-
seguinte frase: mas verbais destacadas está de acordo com a norma
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é -padrão da língua.
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de pas- (A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em hi-
sageiros nos aeroportos. gienização subterrânea.
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua esponta- (B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os
neidade, mas nada que ponha em cheque sua reputa- trabalhadores da área de limpeza.
ção de pessoa cortês. (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do riscos de se contrair alguma doença.
sócio de descançar após o almoço sob a frondoza ár- (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
vore do pátio. sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa (E) As companhias de limpeza, apenas recentemen-
mágoa pode estar sendo o grande impecilho na supe- te, começou a adotar medidas mais rigorosas para a
ração dessa sua crise. proteção de seus funcionários.
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta
quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na con- Fiz as correções:
cessão de privilégios ilegítimos. (A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular)
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem
Fiz a correção entre parênteses: (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é riscos
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa- (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
geiros nos aeroportos. sete da manhã = eram
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) começou = começaram
sua reputação de pessoa cortês.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio RESPOSTA: “C”.
de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
(frondosa) árvore do pátio. 19-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE –
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012)
dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe- Apenas uma das opções abaixo está correta quanto à
cilho) na superação dessa sua crise. concordância nominal. Aponte-a.
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção A) O Brasil apresenta bastante problemas sociais.
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni- B) A situação ficou meia complicada depois das mu-
vente na concessão de privilégios ilegítimos. danças.
C) É necessário segurança para se viver bem.
RESPOSTA: “A”. D) Esses cidadãos estão quite com suas obrigações.
E) Os soldados permaneceram alertas durante a
17-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – manifestação.
FCC/2010) A substituição do elemento grifado pelo
pronome correspondente, com os necessários ajustes Fiz as correções:
no segmento, está INCORRETA em: A) O Brasil apresenta bastante = bastantes.
a) continua a provocar irritação = continua a pro- B) A situação ficou meia = meio
vocá-la. C) É necessário segurança para se viver bem.
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. D) Esses cidadãos estão quite = quites
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra E) Os soldados permaneceram alertas = alerta
ela.
d) que treinavam a elite = que a treinavam. RESPOSTA: “C”.
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a.

a) continua a provocar irritação = continua a provo-


cá-la.
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. =
constituí-lo
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra ela.
d) que treinavam a elite = que a treinavam.
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a.

RESPOSTA: “B”.

78
CONHECIMENTOS GERAIS

História e geografia do Brasil e do Ceará;...................................................................................................................................................... 01


Aspectos econômicos, políticos e sociais; Problemas ambientais, meio ambientes e desenvolvimento sustentável; Políti‐
ca; Economia; Sociedade; Educação; Tecnologia; Ciências; Energia; Relações Internacionais; Segurança; Artes e Literatura;
e suas vinculações históricas destes tópicos em nível estadual, regional, nacional e internacional....................................... 11
CONHECIMENTOS GERAIS

Em 1548, a Coroa portuguesa instituiu o governo ge‐


HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO BRASIL ral, para melhor controlar a administração da colônia. O
E DO CEARÁ; governador-geral Tomé de Sousa possuía extensos pode‐
res, e administrava em nome do rei a capitania da Bahia,
cuja sede, Salvador -- primeira cidade fundada no Brasil, foi
também sede do governo geral até 1763, quando a capital
A descoberta do Brasil, em 22 de abril de 1500, pela es‐ da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro. A admi‐
quadra comandada por Pedro Álvares Cabral, com destino nistração local era exercida pelas câmaras municipais, para
às Índias, integra o ciclo da expansão marítima portuguesa. as quais eram eleitos os colonos ricos, chamados “homens
Inicialmente denominada Terra de Vera Cruz, depois Santa bons”.
O papel da Igreja Católica era da mais alta importância.
Cruz e, finalmente, Brasil, a nova terra foi explorada a prin‐
A ela cabiam tarefas administrativas, a assistência social, o
cípio em função da extração do pau-brasil, madeira de cor
ensino e a catequese dos indígenas. Dentre as diversas or‐
vermelha usada em tinturaria na Europa, e que deu o nome
dens religiosas, destacaram-se os jesuítas.
à terra.
Invasões estrangeiras. Durante o período colonial, o
Várias expedições exploradoras (Gonçalo Coelho, Gas‐ Brasil foi alvo de várias incursões estrangeiras, sobretudo
par de Lemos) e guarda-costas (Cristóvão Jacques) foram de franceses, ingleses e holandeses. Os franceses chega‐
enviadas pelo rei de Portugal, a fim de explorar o litoral ram a fundar, em 1555, uma colônia, a França Antártica, na
e combater piratas e corsários, principalmente franceses, ilha de Villegaignon, na baía de Guanabara. Somente foram
para garantir a posse da terra. O sistema de feitorias, já expulsos em 1567, em combate do qual participou Estácio
utilizado no comércio com a África e a Ásia, foi empregado de Sá, fundador da cidade do Rio de Janeiro (1565). Mais
tanto para a defesa como para realizar o escambo (troca) tarde, entre 1612 e 1615, novamente os franceses tentaram
do pau-brasil com os indígenas. A exploração do pau-bra‐ estabelecer uma colônia no Brasil, desta vez no Maranhão,
sil, monopólio da Coroa portuguesa, foi concedida ao cris‐ chamada França Equinocial.
tão-novo Fernão de Noronha. Os holandeses, em busca do domínio da produção do
A partir de 1530, tem início a colonização efetiva, com açúcar (do qual eram os distribuidores na Europa), inva‐
a expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos efeitos fo‐ diram a Bahia, em 1624, sendo expulsos no ano seguinte.
ram o melhor reconhecimento da terra, a introdução do Em 1630, uma nova invasão holandesa teve como alvo Per‐
cultivo da cana-de-açúcar e a criação dos primeiros enge‐ nambuco, de onde estendeu-se por quase todo o Nordes‐
nhos, instalados na recém-fundada cidade de São Vicente, te, chegando até o Rio Grande do Norte. Entre 1637 e 1645,
no litoral de São Paulo, que no século 16 chegou a ter treze o Brasil holandês foi governado pelo conde Maurício de
engenhos de açúcar. A economia açucareira, entretanto, vai Nassau, que realizou brilhante administração. Em 1645, os
se concentrar no Nordeste, principalmente em Pernambu‐ holandeses foram expulsos do Brasil, no episódio conheci‐
co. Estava baseada no tripé latifúndio--monocultura--es‐ do como insurreição pernambucana.
cravidão. A cana-de-açúcar, no Nordeste, era cultivada e
beneficiada em grandes propriedades, que empregavam Expansão geográfica
mão-de-obra dos negros africanos trazidos como escravos, Durante o século 16, foram organizadas algumas entra‐
e destinava-se à exportação. das, expedições armadas ao interior, de caráter geralmente
oficial, em busca de metais preciosos. No século seguin‐
Ao lado do ciclo da cana-de-açúcar, ocorrido na zona
te, expedições particulares, conhecidas como bandeiras,
da mata, desenvolveu-se o ciclo do gado. A pecuária aos
partiram especialmente de São Paulo, com três objetivos:
poucos ocupou toda a área do agreste e do sertão nordes‐
a busca de índios para escravizar; a localização de agru‐
tinos e a bacia do rio São Francisco. No século 18, o ciclo da
pamentos de negros fugidos (quilombos), para destruí-los;
mineração do ouro e dos diamantes em Minas Gerais levou e a procura de metais preciosos. As bandeiras de caça ao
à ocupação do interior da colônia. A sociedade mineradora índio (Antônio Raposo Tavares, Sebastião e Manuel Preto)
era mais diversificada do que a sociedade açucareira, extre‐ atingiram as margens do rio Paraguai, onde arrasaram as
mamente ruralizada. Na zona mineira, ao lado dos proprie‐ “reduções” (missões) jesuíticas. Em 1695, depois de qua‐
tários e escravos, surgiram classes intermediárias, consti‐ se um século de resistência, foi destruído Palmares, o mais
tuídas por comerciantes, artesãos e funcionários da Coroa. célebre quilombo do Brasil, por tropas comandadas pelo
Política e administrativamente a colônia estava subor‐ bandeirante Domingos Jorge Velho.
dinada à metrópole portuguesa, que, para mais facilmente Datam do final do século 17 as primeiras descobertas
ocupá-la, adotou, em 1534, o sistema de capitanias here‐ de jazidas auríferas no interior do território, nas chama‐
ditárias. Consistia na doação de terras pelo rei de Portugal das Minas Gerais (Antônio Dias Adorno, Manuel de Borba
a particulares, que se comprometiam a explorá-las e po‐ Gato), em Goiás (Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangue‐
voá-las. Apenas duas capitanias prosperaram: São Vicente ra) e Mato Grosso (Pascoal Moreira Cabral), onde foram
e Pernambuco. As capitanias hereditárias somente foram estabelecidas vilas e povoações. Mais tarde, foram encon‐
extintas em meados do século 18. trados diamantes em Minas Gerais. Um dos mais célebres
bandeirantes foi Fernão Dias Pais, o caçador de esmeraldas.

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CONHECIMENTOS GERAIS

Ao mesmo tempo que buscavam o oeste, os bandeiran‐ A partir de 1821, com a volta do rei e da corte para
tes ultrapassaram a vertical de Tordesilhas, a linha imaginária Portugal, o Brasil passou a ser governado pelo príncipe re‐
que, desde 1494, separava as terras americanas pertencentes gente D. Pedro. Atendendo principalmente aos interesses
a Portugal e à Espanha, contribuindo para alargar o território dos grandes proprietários rurais, contrários à política das
brasileiro. As fronteiras ficaram demarcadas por meio da as‐ Cortes portuguesas, que desejavam recolonizar o Brasil,
sinatura de vários tratados, dos quais o mais importante foi bem como pretendendo libertar-se da tutela da metrópole,
o de Madri, celebrado em 1750, e que praticamente deu ao que visava diminuir-lhe a autoridade, D. Pedro proclamou
Brasil os contornos atuais. Nas negociações com a Espanha, a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, às
Alexandre de Gusmão defendeu o princípio do uti posside‐ margens do riacho do Ipiranga, na província de São Paulo.
tis, o que assegurou a Portugal as terras já conquistadas e É importante destacar o papel de José Bonifácio de Andra‐
ocupadas. da e Silva, à frente do chamado Ministério da Independên‐
cia, na articulação do movimento separatista.
Revoltas coloniais Primeiro reinado. Aclamado imperador do Brasil, D. Pe‐
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na dro I tratou de dar ao país uma constituição, outorgada em
colônia várias revoltas, geralmente provocadas por interesses 1824. No início do seu reinado, ocorreu a chamada “guerra
econômicos contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, da independência”, contra as guarnições portuguesas se‐
no Maranhão, voltou-se contra o monopólio exercido pela diadas principalmente na Bahia. Em 1824, em Pernambu‐
Companhia de Comércio do Estado do Maranhão. Já no sé‐ co, a confederação do Equador, movimento revoltoso de
culo 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e “foras‐ caráter republicano e separatista, questionava a excessiva
teiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os co‐ centralização do poder político nas mãos do imperador,
merciantes de Recife aos aristocráticos senhores de engenho mas foi prontamente debelado. Em 1828, depois da guerra
de Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos San‐ contra as Províncias Unidas do Rio da Prata, o Brasil reco‐
tos, em 1720, combateu a instituição das casas de fundição nheceu a independência do Uruguai.
e a cobrança de novos impostos sobre a mineração do ouro. Depois de intensa luta diplomática, em que foi muito
Os mais importantes movimentos revoltosos desse sécu‐ importante a intervenção da Inglaterra, Portugal reconhe‐
lo foram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais ceu a independência do Brasil. Frequentes conflitos com a
possuíam, além do caráter econômico, uma clara conotação Assembleia e interesses dinásticos em Portugal levaram D.
política. A conjuração mineira, ocorrida em 1789, também em Pedro I, em 1831, a abdicar do trono do Brasil em favor do
Vila Rica, foi liderada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tira‐ filho D. Pedro, então com cinco anos de idade.
dentes, que terminou preso e enforcado, em 1792. Pretendia, Período regencial. O reinado de D. Pedro II teve início
entre outras coisas, a independência e a proclamação de uma com um período regencial, que durou até 1840, quando foi
república. A conjuração baiana -- também chamada revolu‐ proclamada a maioridade do imperador, que contava cerca
ção dos alfaiates, devido à participação de grande número de quinze anos. Durante as regências, ocorreram intensas
de elementos das camadas populares (artesãos, soldados, lutas políticas em várias partes do país, quase sempre pro‐
negros libertos) --, ocorrida em 1798, tinha idéias bastante vocadas pelos choques entre os interesses regionais e a
avançadas para a época, inclusive a extinção da escravidão. concentração do poder no Sudeste (Rio de Janeiro). A mais
Seus principais líderes foram executados. Mais tarde, estou‐ importante foi a guerra dos farrapos ou revolução farrou‐
rou outro importante movimento de caráter republicano e pilha, movimento republicano e separatista ocorrido no Rio
separatista, conhecido como revolução pernambucana de Grande do Sul, em 1835, e que só terminou em 1845. Além
1817. dessa, ocorreram revoltas na Bahia (Sabinada), no Mara‐
Independência. Em 1808, ocorreu a chamada “inversão nhão (Balaiada) e no Pará (Cabanagem).
brasileira”, isto é, o Brasil tornou-se a sede da monarquia por‐ Segundo reinado. O governo pessoal de D. Pedro II co‐
tuguesa, com a transferência da família real e da corte para o meçou com intensas campanhas militares, a cargo do ge‐
Rio de Janeiro, fugindo da invasão napoleônica na península neral Luís Alves de Lima e Silva, que viria a ter o título de
ibérica. Ainda na Bahia, o príncipe regente D. João assinou o duque de Caxias, com a finalidade de pôr termo às revoltas
tratado de abertura dos portos brasileiros ao comércio das provinciais. A partir daí, a política interna do império brasi‐
nações amigas, beneficiando principalmente a Inglaterra. Ter‐ leiro viveu uma fase de relativa estabilidade, até 1870.
minava assim o monopólio português sobre o comércio com A base da economia era a agricultura cafeeira, desen‐
o Brasil e tinha início o livre-cambismo, que perduraria até volvida a partir de 1830, no Sudeste, inicialmente nos mor‐
1846, quando foi estabelecido o protecionismo. ros como o da Tijuca e a seguir no vale do Paraíba flumi‐
Além da introdução de diversos melhoramentos (Im‐ nense (província do Rio de Janeiro), avançando para São
prensa Régia, Biblioteca Pública, Academia Militar, Jardim Bo‐ Paulo (vale do Paraíba e oeste paulista). Até 1930, o ciclo do
tânico, faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia e café constituiu o principal gerador da riqueza brasileira. A
outros), no governo do príncipe regente D. João (que passaria partir da década de 1850, graças aos empreendimentos de
a ter o título de D. João VI a partir de 1816, com o falecimen‐ Irineu Evangelista de Sousa, o barão e depois visconde de
to da rainha D. Maria I) o Brasil foi elevado à categoria de Mauá, entre os quais se destaca a construção da primeira
reino e teve anexadas a seu território a Guiana Francesa e a estrada de ferro brasileira, ocorreu um primeiro surto de
Banda Oriental do Uruguai, que tomou o nome de província industrialização no país.
Cisplatina.

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CONHECIMENTOS GERAIS

A base social do império era a escravidão. Desde o pe‐ República Nova


ríodo colonial, os negros escravos constituíam a principal, Sob a chefia de Getúlio Vargas, foi instaurado um go‐
e quase exclusiva, mão-de-obra no Brasil. As restrições ao verno provisório que durou até 1934. Embora vitorioso so‐
tráfico negreiro começaram por volta de 1830, por pres‐ bre a revolução constitucionalista de 1932, ocorrida em São
sões da Inglaterra, então em plena revolução industrial. Fi‐ Paulo, Vargas viu-se obrigado a convocar uma assembleia
nalmente, em 1888, após intensa campanha abolicionista, constituinte, que deu ao país uma nova constituição (1934),
a chamada Lei Áurea declarava extinta a escravidão no país. de cunho liberal.
Nesse período, houve uma grande imigração para o Brasil, Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) promo‐
sobretudo de alemães e italianos. veu uma revolta militar, conhecida como intentona comu‐
Na política externa, sobressaíram as guerras do Prata, nista. Aproveitando-se de uma conjuntura favorável, Vargas
em que o Brasil enfrentou o Uruguai e a Argentina, e a da deu um golpe de estado, em 1937, fechando o Congresso
Tríplice Aliança ou do Paraguai, que reuniu o Brasil, a Ar‐ e estabelecendo uma ditadura de cunho corporativo-fas‐
gentina e o Uruguai numa coligação contra o ditador pa‐ cista, denominada Estado Novo, regida por uma carta ou‐
raguaio Solano López. A guerra do Paraguai (1864--1870), torgada, de caráter autoritário. Vargas governou até 1945,
um dos episódios mais sangrentos da história americana, quando foi deposto por novo golpe militar.
terminou com a vitória dos aliados. Durante seu governo, incentivou-se a industrialização,
A partir de 1870, a monarquia brasileira enfrentou su‐ inclusive com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacio‐
cessivas crises (questão religiosa, questão militar, questão nal, foi estabelecida uma legislação trabalhista, reorgani‐
da abolição), que culminaram com o movimento militar, li‐ zou-se o aparelho administrativo do Estado, com a criação
derado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que depôs o de novos ministérios, e cuidou-se da previdência social,
imperador e proclamou a república, em 15 de novembro entre outros melhoramentos.
de 1889. Terceira República. As eleições de 1945 apontaram o
República Velha. A Primeira República, ou Repúbli‐ general Eurico Gaspar Dutra como o novo presidente da
ca Velha, estendeu-se de 1889 até 1930. Sob a chefia do República. Em seu governo, o Brasil ganhou uma nova
marechal Deodoro, foi instalado um governo provisório, constituição, foi modernizada a estrada de rodagem en‐
que convocou uma assembleia constituinte para elaborar tre o Rio de Janeiro e São Paulo (rodovia Presidente Dutra)
a primeira constituição republicana, promulgada em 1891. e começou o aproveitamento hidrelétrico da cachoeira de
Os governos do marechal Deodoro, e, depois, do marechal Paulo Afonso.
Floriano Peixoto foram plenos de conflitos com o Legislati‐ Nesse período, firmaram-se os três grandes partidos
vo e rebeliões, como as duas revoltas da Armada. que tiveram importância na vida política brasileira até a de‐
Com a eleição de Prudente de Morais, tem início a flagração do movimento militar de 1964: o Partido Traba‐
chamada “política do café com leite”, segundo a qual os lhista Brasileiro (PTB), o Partido Social Democrático (PSD) e
presidentes da República seriam escolhidos dentre os re‐ a União Democrática Nacional (UDN). O Partido Comunista
presentantes dos estados mais ricos e populosos -- São Brasileiro (PCB) foi posto na ilegalidade.
Paulo e Minas Gerais -- prática que foi seguida, quase sem Em 1951, Vargas, candidato do PTB, voltou ao poder,
interrupções, até 1930. eleito pelo voto popular. Em seu segundo governo, desta‐
A economia agrário-exportadora continuou dominan‐ cou-se a criação da Petrobrás, empresa estatal destinada
te. O café representava a principal riqueza brasileira, e os a monopolizar a pesquisa, extração e refino do petróleo.
fazendeiros paulistas constituíam a oligarquia mais pode‐ Foi um período conturbado, que teve no atentado da rua
rosa. As classes médias eram pouco expressivas e começa‐ Tonelero (dirigido ao jornalista Carlos Lacerda, mas em que
va a existir um embrião de proletariado. Por ocasião da pri‐ morreu um oficial da Aeronáutica) um dos seus episódios
meira guerra mundial (1914--1918), ocorreu um surto de mais importantes. Pressionado pelas classes conservado‐
industrialização, em função da substituição de importações ras, e ameaçado de deposição por seus generais, Vargas
européias por produtos fabricados no Brasil. suicidou-se em 24 de agosto de 1954.
A partir da década de 1920, o descontentamento dos A eleição de Juscelino Kubitschek de Oliveira, candida‐
militares explodiu em uma série de revoltas, destacando-se to do PSD, inaugurou a era do desenvolvimentismo. Duran‐
a marcha da coluna Prestes, entre 1924 e 1927, que per‐ te seu governo, orientado pelo Plano de Metas, construiu-
correu grande parte do Brasil. As oligarquias alijadas do se a nova capital, Brasília, inaugurada em 21 de abril de
poder central também se mostravam insatisfeitas. Quando 1960; foram abertas numerosas estradas, ligando a capital
ocorreu a crise de 1929 -- iniciada com o crash da bol‐ às diversas regiões do país, entre as quais a Belém--Brasí‐
sa de Nova York --, com seus reflexos negativos sobre os lia; implantou-se a indústria automobilística; e foi impul‐
preços do café, a desorganização da economia, as diver‐ sionada a construção das grandes usinas hidrelétricas de
gências político-eleitorais das oligarquias dominantes e as Três Marias e Furnas. A sucessão presidencial coube a Jânio
aspirações de mudança de amplos setores da sociedade Quadros, apoiado pela UDN, que, após sete meses de go‐
provocaram a deflagração da revolução de 1930, que levou verno, renunciou.
Getúlio Vargas ao poder.

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CONHECIMENTOS GERAIS

A subida de João Goulart ao poder contrariou as clas‐ A vitória de Fernando Collor provocou uma euforia
ses conservadoras e altos chefes militares. No início de seu momentânea, logo dissipada pelo fracasso dos sucessivos
governo, o Brasil viveu uma curta experiência parlamenta‐ planos econômicos e pelas denúncias de corrupção que
rista, solução encontrada para dar posse a Goulart. Foi um atingiam figuras próximas ao presidente. Depois de inten‐
período marcado por greves e intensa agitação sindical. O sa movimentação popular, Collor foi afastado do governo,
presidente terminou sendo deposto pelos militares, com em 1992, pelo processo de impeachment, conduzido pelo
apoio da classe média, em 1964. Congresso Nacional.
Regime militar. Os governos militares preocuparam-se
sobretudo com a segurança nacional. Editaram vários atos Fonte: http://www.sohistoria.com.br/ef2/histbrasil/p2.php
institucionais e complementares, promovendo modifica‐
ções no funcionamento do Congresso e tomando medi‐ Relevo
das de caráter econômico, financeiro e político. Os partidos O relevo brasileiro é de formação antiga ou pré-cam‐
políticos tradicionais foram extintos, e criadas duas novas briana, sendo erodido e, portanto, aplainado. Apresenta o
agremiações políticas, a Aliança Renovadora Nacional (Are‐ predomínio de planaltos, terrenos sedimentares e certas
na) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). áreas com subsolo rico em recursos minerais. Um outro as‐
Em 1967, promulgou-se nova constituição, que esta‐ pecto importante consiste na ausência de vulcanismo ativo
beleceu um poder executivo ainda mais forte. Com o cres‐ e fortes abalos sísmicos, fatos explicados pela distância em
cimento da agitação estudantil e operária, foi editado o relação à divisa ou encontro das placas tectônicas, somado
Ato Institucional nº 5, que fechou o Congresso. Em 1969, a à idade antiga do território.
Emenda Constitucional nº 1 deu ao país praticamente uma
nova carta política. Clima
No campo do desenvolvimento econômico, as aten‐ O país apresenta o predomínio de climas quentes ou
ções dos governantes e dos tecnocratas voltaram-se prio‐ macrotérmicos, devido à sua localização no planeta, apre‐
ritariamente para o combate à inflação, que atingira níveis sentando uma grande porção de terras na Zona Intertro‐
alarmantes; para a construção de obras de infraestrutura, pical e uma pequena porção na Zona Intertropical e uma
sobretudo nas áreas de transportes -- como a rodovia pequena porção na Zona Temperada do Sul.
Transamazônica e a ponte Rio--Niterói (oficialmente, ponte É fundamental perceber que a diversidade climática do
Presidente Costa e Silva) --, de comunicações -- com a im‐ País é positiva para a agropecuária e é explicada por vários fa‐
plantação do sistema de comunicação por satélite -- e de tores, destacando-se a latitude e a atuação das massas de ar.
energia, com a construção da usina hidrelétrica de Itaipu
-- por meio de um convênio com o Paraguai -- e com a as‐ DOMÍNIO AMAZÔNICO
sinatura de um acordo com a Alemanha para a construção
de usinas nucleares. Relevo
O governo Geisel iniciou um processo de abertura O Domínio Geoecológico Amazônico apresenta um re‐
democrática, lenta e gradual, desembocando na anistia levo formado essencialmente por depressões , originando
política, que permitiu a volta ao país de numerosos exi‐ os baixos planaltos e as planícies aluviais. Apenas nos ex‐
lados. Em seguida à anistia, veio o fim do bipartidarismo, tremos norte e sul desse domínio, é que ocorrem maiores
e foram criados vários partidos políticos. No final da dé‐ altitudes, surgindo os planaltos das Guianas ao norte e o
cada de 1970, o movimento popular e sindical tomou um Central (Brasileiro) ao sul. (Classificação de Aroldo de Aze‐
novo alento, o que levaria, nos primeiros anos da década vedo).
seguinte, ao movimento das “diretas já”, que, embora não O planalto das Guianas, situado no extremo norte do
fosse vitorioso, permitiu em 1985 a eleição indireta pelo Brasil, corresponde ao escudo cristalino das Guianas. Tra‐
Congresso de Tancredo Neves, do Partido do Movimento ta-se, portanto, de terrenos cristalinos do pré-cambriano,
Democrático Brasileiro (PMDB), para a presidência da Re‐ altamente desgastado pela erosão, apresentando, como
pública. Com a morte de Tancredo Neves, na véspera da consequência, modestas cotas altimétricas em sua maior
posse, assumiu seu vice-presidente, José Sarney. parte. Entretanto, nas fronteiras com as Guianas e a Ve‐
  nezuela, existe uma região de serras, onde aparecem os
Nova República pontos culminantes do relevo brasileiro: o pico da Neblina
O governo Sarney teve como fato econômico mais (serra do Imeri), o pico 31 de Março e o monte Roraima.
importante a implantação do Plano Cruzado, com vistas Dentre as serras podemos citar: Parima, Pacaraima, Suru‐
a combater a inflação pelo congelamento de preços e da cucu, Tapirapecó, Imeri, etc.
troca da moeda. O fato político marcante do período foi a A maior parte do Domínio Amazônico apresenta um
eleição de uma assembleia nacional constituinte, que em relevo caracterizado por terras baixas. As verdadeiras planí‐
1988 deu ao Brasil uma nova constituição. O fracasso do cies (onde predomina a acumulação de sedimentos) ocor‐
plano econômico e a corrupção generalizada contribuíram rem somente ao longo de alguns trechos de rios regionais;
para polarizar as preferências eleitorais em 1989 em torno os baixos planaltos (ou platôs), também de origem sedi‐
das candidaturas de Fernando Collor de Mello, apoiado por mentar, mas em processo de erosão, apresentam a princi‐
poderosas forças políticas, e Luís Inácio Lula da Silva, do pal e mais abrangente forma de relevo da Amazônia.
Partido dos Trabalhadores.

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CONHECIMENTOS GERAIS

Clima Solos
A Amazônia apresenta o predomínio do clima Equato‐ A maior parte do Domínio Amazônico apresenta solos de
rial. Trata-se de um clima quente e úmido. Região de baixa baixa fertilidade. Apenas em algumas áreas restritas, ocorrem
latitude, apresenta médias térmicas mensais elevadas que solos de maior fertilidade natural, como os solos de várzeas
variam de 24 ºC e 27 ºC. em alguns trechos dos rios regionais e a terras pretas, solo
A amplitude térmica anual, isto é, as diferenças de tem‐ orgânico bastante fértil (pequenas manchas).
peraturas entre as médias dos meses mais quentes e mais
frios, é bastante baixa (oscilações inferiores a 2 ºC); os índi‐ Vegetação
ces pluviométricos são extremamente elevados, de 1500 a A floresta amazônica, principal elemento natural do Domí‐
2500 mm ao ano, chegando a atingir 4.000 mm; o período nio Geoecológico Amazônico, abrangia quase 40% da área do
de estiagens é bastante curto em algumas áreas. A região é País. Além do Brasil, ocupa áreas das Guianas, Venezuela, Colôm‐
marcada por chuvas o ano todo. bia, Peru, Equador e Bolívia, cobrindo cerca de 5 milhões de km².
A floresta Amazônica possui as seguintes características:
Clima Equatorial • Latifoliada: com vegetais de folhas largas e grandes;
Este pluviograma apresenta a região de Uaupés, no Es‐ • Heterogênea: apresenta grande variedade de espé‐
tado do Amazonas, com o tipo de clima predominante na cies vegetais, ou grande biodiversidade;
área. Observe que a linha de temperatura não cai a menos • Densa: bastante compacta ou intricada com plantas
de 24 ºC e que a pluviosidade é alta durante o ano todo, muito próximas uma das outras;
não se observando estação seca. • Perene: sempre verde, pois não perde as folhas no
As precipitações que ocorrem nessa região são exem‐ outono-inverno como as florestas temperadas (caducifólias);
plos de chuvas de convecção, resultantes do movimento • Higrófila: com vegetais adaptados a um clima bas‐
ascendente do ar carregado de umidade; essas correntes tante úmido;
de ar ascendentes são consequências do encontro dos • Outros nomes: Hiléia, denominação dada por Ale‐
ventos alísios (convergência dos alísios). xandre Von Humboldt, Inferno Verde, por Alexandre Rangel e
Floresta Latifoliada Equatorial.
A massa de ar Equatorial Continental (Ec) é responsável
Apresenta aspectos diferenciados dependendo, princi‐
pela dinâmica do clima em quase toda a região. Somente
palmente da maior ou menor proximidade dos cursos fluviais.
na porção ocidental a frente fria (Polar Atlântica) atinge a
Pode ser dividida em três tipos básicos ou florestais:
Amazônia durante o inverno, ocasionando uma queda de
• Caaigapó: ou mata de igapó, localizada ao longo dos
temperatura denominando friagem.
rios nas planícies permanentemente inundadas. São espécies
A massa de ar Equatorial Atlântica (Ea) exerce alguma
do Igapó a vitória-régia, piaçava, açaí, cururu, marajá, etc.
influência somente em áreas litorâneas (AP e PA). • Mata de várzea: localizada nas proximidades dos
rios, parte da floresta que sofre inundações periódicas. Como
Hidrografia principais espécies temos a seringueira (Hevea brasiliensis),
A hidrografia regional é riquíssima, representada quase cacaueiro, sumaúma, copaíba, etc.
que totalmente pela bacia amazônica. • Caaetê: ou mata de terra firme, parte da floresta da
O rio principal, Amazonas, é um enorme coletor das maior extensão localizada nas áreas mais elevadas (baixos
chuvas abundantes na região (clima Equatorial); seus planaltos), que nunca são atingidas pelas enchentes. Além de
afluentes provêm tanto do hemisférico norte (margem es‐ apresentar a maior variedade de espécies, possui as árvores
querda), como o Negro, Trombetas, Jari, Japurá, etc., quan‐ de maior porte. São espécies vegetais do Caaetê o angelim,
to do hemisfério sul (margem direita), como o Juruá, Purus, caucho, andiroba, castanheira, guaraná, mogno, pau-rosa, sal‐
Madeira, Tapajós, Xingu, etc. Esse fato explica o duplo pe‐ saparrilha, sorva, etc.
ríodo de cheias anuais em seu médio curso.
O rio Amazonas (e alguns trechos de seus afluentes) O DOMÍNIO DOS CERRADOS
é altamente favorável à navegação. Por outro lado, o po‐
tencial hidráulico dessa bacia é atualmente considerado o O Cerrado é um domínio geoecológico característico do
mais elevado do Brasil, localizado sobretudo nos afluentes Brasil Central, apresentando terrenos cristalinos (as chamadas
da margem direita que formam grande número de quedas “serras”) e sedimentares (chapadas), com solos muito precá‐
e cachoeiras nas áreas de contatos entre o planalto Brasilei‐ rios, ácidos, muito porosos, altamente lixiviados e laterizados.
ro e as terras baixas amazônicas (Tocantis, Tucuruí). A expansão contínua da agricultura e pecuária modernas
Apresenta a maior variedade de peixes existentes em exige o uso de corretivos com calagens e nutrientes, que é
todas as bacias hidrográficas do mundo. A pesca tem uma a fertilização artificial do solo. A mecanização intensiva tem
grande expressão na alimentação da população local. aumentado a erosão e a compactação dos solos. A região tem
Além da grande quantidade de rios na região existem sido devastada nas últimas décadas pela agricultura comercial
os igarapés (córregos ou riachos); os furos (braços de água policultora (destaque para a soja).
que ligam um rio a outro ou a um lago); os paranás-mirins O Cerrado apresenta dos estratos: o arbóreo-arbustivo
(braços de rios que contornam elevações formando ilhas e o herbáceo. As árvores de pequeno porte, com troncos e
fluviais) e lagos e várzea. galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, deno‐
tam raquitismo, e o lençol freático profundo. A produção
da lenha e de carvão vegetal continua a ocorrer, apesar das
proibições e alertas, bem como da prática das queimadas.

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CONHECIMENTOS GERAIS

Localização Ao longo dos rios, consequência da maior umidade do


O Domínio Geoecológico do Cerrado ocupa quase solo, surgem pequenas e alongas florestas, denominadas
todo o Brasil Central, abrangendo não somente a maior Matas Galeiras ou Ciliares. Essas formações vegetais são
parte da região Centro-Oeste, mas também trechos de Mi‐ de grande importância para a ecologia local, pois evitam
nas Gerais, parte ocidental da Bahia e sul do Maranhão / a erosão das margens impedindo o assoreamento dos rios;
Piauí. favorecem ainda a fauna e a vida do rio.
Nos últimos anos, como consequências da expansão
Relevo da agricultura na região, as Matas Galerias e o Cerrado so‐
A principal unidade geomorfológica do Cerrado é o frem intenso processo de destruição, afetando o meio am‐
planalto Central, constituído por terrenos cristalinos, bas‐ biente regional.
tante desgastados pelos processos erosivos, e por terrenos
sedimentares que formam as chapadas e os chapadões. O DOMÍNIO DAS CAATINGAS
Destacam-se nesse planalto as chapadas dos Parecis,
dos Guimarães, das Mangabeiras e o Espigão Mestre, que Este domínio é marcado pelo clima tropical semi-árido,
divide das águas das bacias do São Francisco e Tocantins. vegetação de caatinga, relevo erodido, destacando-se o
Na porção sul desse domínio (MS e GO) localiza-se maciço nordestino e a hidrografia intermitente.
parte do planalto Meridional, com a presença de rochas A Zona da Mata ou litoral oriental é a sub-região mais
vulcânica (basalto) intercaladas por rochas sedimentares, industrializadas, mais populosa, destacando-se o solo de
formando as cuestas Maracaju, Caiapó, etc. massapé (calcário e gnaisse), com as tradicionais lavouras
comerciais de cana e cacau. O agreste apresenta pequena
Solos propriedades com policultura visando a abastecer o litoral.
No Domínio do Cerrado predominam os solos pobres O sertão é marcado pela pecuária em grandes proprieda‐
e bastante ácidos (pH abaixo de 6,5). São solos altamente des. Já o Meio-Norte, apresenta grandes propriedades com
lixiviados e laterizados, que para serem utilizados na agri‐ extrativismo.
cultura, necessitam de corretivos; utiliza-se normalmente
o método da calagem, que é a adição de calcário ao solo,
Clima
visando à correção do pH.
O Domínio da Caatinga apresenta como característica
Ao sul desse domínio (planalto Meridional) aparecem
mais marcante a presença do clima semi-árido. É um tipo
significativas manchas de terra roxa, de grande fertilidade
de clima tropical, portanto, quente, mais próximo do árido
natural (região de Dourados e Campo Grande).
(seco); as médias de chuvas anuais são inferiores a 1000
mm (Cabaceiras, PB – 278 mm, mais baixa do Brasil), con‐
Hidrografia
centradas num curto período (três meses do ano) – chuvas
A densidade hidrográfica é baixa; as elevações do
planalto Central (chapadas) funcionam como divisores de de outono-inverno. A longa estação seca é bastante quen‐
águas entre as bacias Amazônica (rios que correm para o te, com estiagens acentuadas.
norte) e Platina (Paraná e Paraguai que correm para o sul) Esse pluviograma da região Cabaceiras, Na Paraíba, é o
e do São Francisco. mais representativo do clima semi-árido do Sertão nordes‐
São rios perenes com regime tropical, isto é, as cheias tino. A região apresenta o menor índice pluviométrico do
ocorrem no verão e as vazantes no inverno. Brasil, com 278 mm de chuvas. Observe o predomínio do
tempo seco e a temperatura elevada durante o ano todo.
Clima A baixa e irregular quantidade de chuvas dói Domínio
O principal clima do Cerrado é tropical semi-úmido; da Caatinga pode ser explica pela situação da região em
apresenta estações do ano bem definidas, uma bastante relação à circulação atmosférica (massa de ar), relevo, geo‐
chuvosa (verão) e outra seca (inverno); as médias térmicas logia, etc.
são elevadas, oscilando entre 20 ºC a 28 ºC e os índices Trata-se de uma área de encontro ou ponto final de
pluviométricos variam em torno de 1.500 mm. quatro sistemas atmosféricos: as massas de ar Ec, Ta, Ea e
Verifica-se pelo climograma anterior a estação seca no Pa. Quando essas massas de ar atingem a região, já perdem
meio do ano, destacando-se a queda de temperatura. grande parte de sua umidade.
O Planalto de Borborema raramente ultrapassa 800 m
Vegetação de altitude, sendo descontínuo. Portanto, é incapaz de pro‐
O Cerrado é a vegetação dominante; apresenta normal‐ vocar a semi-aridez da área sertaneja.
mente dois estratos: um arbóreo-arbustivo, com árvores de A presença de rochas cristalinas (impermeáveis) e solos
pequeno porte (pau-santo, lixeira, pequi) e outro herbáceo, rasos dificulta a formação do lençol freático em algumas
de gramíneas e vegetação rasteiras com várias espécies de áreas, acentuando o problema da seca.
capim (barba-de-bode, flechinha, colonião, gordura, etc.). Um dos mitos ou explicações falsas do subdesenvol‐
Os arbustos possuem os troncos e galhos retorcidos, vimento nordestino é a afirmação de que as secas cons‐
caule grosso, casca espessa e dura e raízes profundas. O es‐ tituem a principal causa do atraso socioeconômico dessa
paçamento entre arbusto e árvores é grande favorecendo a região, causando também migração para São Paulo e Rio
prática da pecuária extensiva. de Janeiro.

6
CONHECIMENTOS GERAIS

Na realidade, a pobreza regional é muito mais bem ex‐ É comum no quadro geomorfológico nordestino a pre‐
plicada pelas causas históricas e sociais. sença de inselbergs, que são morros residuais, composto nor‐
As arcaicas estruturas socioeconômicas regionais (es‐ malmente por rochas cristalinas.
truturas fundiária, predomínio da agricultura tradicional de Os solos do Domínio da Caatinga são, geralmente, pouco
exportação, governos controlados pelas elites locais, baixos profundas devido às escassas chuvas e ao predomínio do in‐
níveis salariais, analfabetismo, baixa produtividade nas ativi‐ temperismo físico. Apesar disso, apresentam boa quantidade
dades econômicas, etc.) explicam muito melhor o subdesen‐ de minerais básicos, fator favorável à prática da agricultura. A
volvimento nordestino que as causas naturais. limitação da atividade agrícola é representada pelo regime in‐
certo e irregular das chuvas, problema que poderia ser solucio‐
A seca é apenas mais agravante, que poderia ser solu‐
nado com a prática de técnicas adequadas de irrigação.
cionada com o progresso socioeconômico regional.
A paisagem arbustiva típica do Sertão Nordestino, que
dá o nome a esse domínio geoecológico, é a Caatinga (caa =
Hidrografia mata; tinga = branco). Possui grande heterogeneidade quanto
A mais importante bacia hidrográfica do Domínio da ao seu aspecto e composição vegetal.
Caatinga é a do São Francisco. Apesar de percorrer áreas Em algumas áreas, forma-se uma mata rala ou aberta,
de clima semi-árido, é um rio perene embora na época das com muitos arbustos e pequenas árvores, tais como juazeiro, a
secas possua um nível baixíssimo de águas. É navegável em aroeira, baraúna, etc. Em outras áreas o solo apresenta-se qua‐
seu médio curso numa extensão de 1370 km, no trecho que se que descoberto, proliferando os vegetais xerófilos, como as
vai de Juazeiro (BA) a Pirapora(MG). Atualmente essa nave‐ cactáceas (mandacaru, facheiro, xique-xique, coroa de frade,
gação é de pouca expressão na economia regional, devido etc.) e as bromeliáceas (macambira).
à concorrência das rodovias. Rio de planalto, apresenta, so‐ É uma vegetação caducifólia, isto é, na época das secas as
bretudo em seu baixo curso, várias quedas, favorecendo a plantas perdem suas folhas, evitando-se assim a evapotrans‐
produção de energia elétrica (usinas de Paulo Afonso, So‐ piração.
bradinho etc.). Os brejos são as mais importantes áreas agrícolas do ser‐
A maior parte de seus afluentes são intermitentes ou tão. São áreas de maior umidade, localizadas em encostas das
temporários, reflexo das condições locais. serras ou vales fluviais, isto é, regatos e riachos. As cabeceiras
Além do São Francisco, existem vários outros que dre‐ são formadas pelos “olhos d’água” (minas).
nam a Caatinga: os rios intermitentes da bacia do Nordeste
Projetos
como o Jaguaribe, Acaraú, Apodi, Piranhas, Capibaribe, etc.
A região Nordeste é marcada por projetos, destacando os
relacionados à irrigação. O mais famoso envolve as cidades vi‐
Convém lembrar que o rio São Francisco possui três zinhas e separadas pelo rio São Francisco, Petrolina (PE) e Jua‐
apelidos importantes: zeiro (BA). O clima seco e a irrigação controlada favorecem o
• Rio dos Currais: devido ao desenvolvimento da pe‐ controle de pragas, e o cultivo de frutas para exportação marca
cuária extensiva no sertão. a paisagem, com influência de capital estrangeiro.
• Rio da Unidade Nacional: devido ao seu trecho na‐ Porém, existem projetos eleitoreiros, que não saem do pa‐
vegável ligando o Sudeste ao Nordeste, sendo as regiões pel, como o da transposição das águas do São Francisco: an‐
mais importantes na fase colonial. tiga ideia de construir um canal artificial, envolvendo Cabrobó
• Rio Nilo Brasileiro: devido à semelhança com o rio (PE) e Jati (CE), ligando os rios São Francisco ao Jaguaribe, com
africano, pois nasce numa área úmida (MG – serra da Ca‐ 115 km. Deste canal, nasceriam outros, levando águas para o
nastra) e atravessa uma área seca, sendo perene. Além de Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Mas o projeto é
apresentar o sentido sul-norte e ser axorréico. polêmico, podendo colocar em risco o rio São Francisco.

Relevo O DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS


No domínio das Caatingas predominam depressões
interplanálticas, exemplificadas pela Sertaneja e a do São Localização
Francisco. Esse domínio geoecológico localiza-se na porção oriental do
País, desde o Nordeste até o Sul. Na região Sudeste, penetra para
A leste atinge o planalto de Borborema (PE) e a Chapada
o interior, abrangendo o centro-sul de Minas Gerais e São Paulo.
Diamantina (sul da Bahia). A oeste estende-se até o Espigão
Mestre e a Chapada das Mangabeiras. Nos limites setentrio‐ Relevo
nais desse domínio, localizam inúmeras serras ou chapadas O aspecto característico do Domínio dos Mares de Morros
residuais, como Araripe, Grande, Ibiapada, Apodi, etc. encontra-se no relevo e nos processos erosivos.
O interior do planalto Nordestino é uma área em pro‐ O planalto Atlântico (Classificação Aroldo Azevedo) é a
cesso de pediplanação, isto é, a importância das chuvas é unidade do relevo que mais se destaca; apresenta terrenos
pequena (clima semi-árido) nos processos erosivos, predomi‐ cristalinos antigos, datados do pré-cambriano, correspon‐
nando o intemperismo físico (variação de temperatura) e ação dendo ao Escudo Atlântico. Nesse planalto estão situadas as
dos ventos (erosão eólica), que vão aplainando progressiva‐ terras altas do Sudeste, constituindo um conjunto de saliência
mente o relevo (fragmentação de rochas e de blocos). ou elevações, abrangendo áreas que vão do Espírito Santo a
Santa Catarina.

7
CONHECIMENTOS GERAIS

Entre as várias serras regionais como a do Mar, Manti‐ Vegetação


queira, Espinhaço, Geral, Caparão (Pico da Bandeira = 2 890 A principal paisagem vegetal desse domínio era, ori‐
m), etc. ginalmente, representada pela mata Atlântica ou floresta
A erosão, provocada pelo clima tropical úmido, asso‐ latifoliada tropical. Essa formação florestal ocupava as ter‐
ciada a um intemperismo químico significativo sobre os ras desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul,
terrenos cristalinos (granito/gnaisse), é um dos fatores res‐ cobrindo as escarpas voltadas para o mar e os planaltos in‐
ponsáveis pela conformação do relevo, com a presença de teriores do Sudeste. Apresentava, em muitos trechos, uma
morros com vertentes arredondadas (morros em Meia La‐ vegetação imponente, com árvores de 25 a 30 metros de
ranja, Pães-de-Açúcar). altura, como perobas, pau-d’alho, figueiras, cedros, jaca‐
Entre a serra do Mar e a da Mantiqueira, localiza-se a randá, jatobá, jequitibá, etc.
depressão do rio Paraíba do Sul (vale do Paraíba) formada a Com o processo de ocupação dessas terras brasileiras,
partir de uma fossa tectônica. essa floresta sofreu grandes devastações. No início, foi a
extração do pau-brasil; posteriormente, a agricultura da ca‐
Solos na-de-açúcar (Nordeste) e a do café (Sudeste).
Na Zona da Mata Nordestina encontra-se um solo de Atualmente, restam apenas alguns trechos esparsos
grande fertilidade, denominando massapé; originou-se da em encostas montanhosas.
decomposição do granito, gnaisse e, ás vezes, do calcário.
No Sudeste, ocorre a presença de um solo argiloso, de O DOMÍNIO DAS ARAUCÁRIAS
razoável fertilidade, formado, principalmente, pela decom‐
posição do granito em climas úmidos, denominado sal‐ Localização
mourão. Abrange áreas altas do Centro-Sul do País, sobretudo
É o domínio geoecológico brasileiro mais sujeito aos Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
processos erosivos, consequência do relevo acidentado e
da ação de clima tropical úmido. O intemperismo quími‐ Relevo
co atinge profundamente as rochas dessa área, formando O Domínio das Araucárias ocupa áreas pertencentes ao
Planalto Meridional do Brasil; as altitudes variam entre 800
solos profundos, intensamente trabalhados pela ação das
e 1.300 metros; apresentam terrenos sedimentares (Paleo‐
chuvas e enxurradas. É comum a ocorrência de deslizamen‐
zóico), recobertos, em partes, por lavas vulcânicas (basalto)
tos, causados pela destruição da vegetação natural, práticas
datadas do Mesozóico.
agrícolas inadequadas, etc.
Além do planalto arenito basáltico, surgem a Depres‐
são Periférica e suas cuestas. São relevos salientes, forma‐
Hidrografia
dos pela erosão diferencial, ou seja, ação erosiva sobre ro‐
As terras altas do Sudeste dividem as águas de várias chas de diferentes resistências; apresentam uma vertente
bacias Paranaica (Grande Tietê, etc.), bacias Secundárias do inclinada, denominada frente ou front e um reverso suave.
Leste (Paraíba do Sul, Doce) e Sul. Essas frentes de cuestas são chamadas serras: Geral, Botu‐
A maior parte dos rios são planálticos, encachoeirados, catu, Esperança, etc.
com grande número de quedas ou saltos, corredeiras e com
elevado poder de erosão. O potencial hidráulico é também Solos
de vários rios de maior extensão que correm diretamente Aparecem, nesse domínio, solos de grande fertilidade
para o mar (bacias Secundárias ). A serra do Mar representa natural, como a terra roxa a oeste do Paraná, solo de ori‐
uma linha de falhas que possibilita, também, a produção gem vulcânica, de cor vermelha, formado pela decomposi‐
energética (exemplo: usinas Henry Borden I e II que apro‐ ção do basalto.
veitam as águas do sistema Tietê – Pinheiros- Billings). Em vários trechos do Rio Grande do Sul, ocorrem vas‐
Esses rios apresentam cheias de verão e vazante de in‐ tas áreas do solos fértil, denominando brunizem (elevado
verno (regime pluvial tropical). teor de matéria orgânica).
São encontrados ainda, nesse domínio, solos ácidos,
Clima pobre em mineiras e de baixa fertilidade natural.
O Domínio dos Mares de Morros apresenta o predomí‐
nio do clima tropical úmido. Na Zona da Mata Nordestina, Clima
as chuvas concentram-se no outono e inverno. O domínio das araucárias apresenta como clima pre‐
Na região Sudeste, devido a maiores altitudes, o clima dominante o subtropical. Ao contrário dos demais climas
é o tropical de altitude, com médias térmicas anuais entre brasileiros, pode ser classificado como mesotérmico, isto é,
14 ºC e 22 ºC. As chuvas ocorrem no verão, que é muito temperaturas médias, não muito elevadas.
quente. No inverno, as médias térmicas são mais baixas, por As chuvas ocorrem durante o ano todo; durante o ve‐
influência da altitude e da massa de ar Pa (Polar Atlância). rão são provocadas pela massa deserta (Tropical Atlânti‐
No litoral, sobretudo no norte de São Paulo, a pluviosi‐ ca). No inverno, é frequente a penetração da massa Polar
dade é elevadíssima, consequência da presença da serra do Atlântica (Pa) ocasionando chuvas frontais, precipitações
Mar, que barra a umidade vinda do Atlântico (chuvas oro‐ causadas pelo encontro da massa de ar quente (Ta) com a
gráficas ou de relevo). Em Itapanhaú, litoral de São Paulo, foi fria (Pa). Os índices pluviométricos são elevados, variando
registrado o maior anual de chuvas (4.514 mm). de 1.250 a 2.000 mm anuais.

8
CONHECIMENTOS GERAIS

Forte influência da massa de ar Polar Atlântica principal‐ Relevo


mente no outono e no inverno, quando é responsável pela Este domínio engloba três unidades do relevo brasi‐
formação de geadas, quedas de neve em São Joaquim (SC). leiro: planaltos e chapadas da bacia do paraná (oeste), de‐
Gramado (RS) e São José dos Ausentes (RS), chuvas frontais e pressão periférica sul-rio-grandense (centro) e o planalto
redução acentuada de temperatura. sul-rio-grandense (centro) e o planalto sul-rio-grandense
(leste). Trata-se de um baixo planalto cristalino com alti‐
Vegetação tudes médias entre 200 e 400 metros, onde se destacam
O Domínio das Araucárias apresenta o predomínio da conjuntos de colinas onduladas denominadas coxilhas, ou
floresta aciculifoliada subtropical ou floresta das Araucárias. seja, pequenas elevações onduladas. As saliências mais sig‐
Originalmente, localizava-se das terras altas de São Paulo até nificativas (cristas), de maior altitudes, são chamadas regio‐
o Rio Grande do Sul, sendo o único exemplo brasileiro de co‐ nalmente de cerros.
nífera. Também denominada mata dos Pinhais, apresenta as No litoral do Rio Grande do Sul são comuns as lagoas
seguintes características gerais: costeiras (Patos, Mirim e Mangueira), isoladas pelas restin‐
• Os pinheiros apresentam folhas em forma de agulha gas, as faixas de areia depositada paralelamente ao litoral,
(aciculifoliadas). graças ao dinamismo oceânico, formando um aterro na‐
• Ocupam principalmente os planaltos meridionais do tural.
Brasil.
• Não é uma floresta homogênea porque possui manchas Clima
de vegetais latifoliados. O clima é subtropical com temperatura média anual
• É uma formação de vegetação menos densa. baixa, devido a vários fatores, destacando-se a latitude e a
• Foi intensamente devastada. ocorrência de frentes frias (mPa).
• Área de colonização europeia no século XIX (italianos e Apresenta considerável amplitude térmica e, no verão,
alemães) as áreas mais quentes são Vale do Uruguai e a Campanha
Gaúcha, que registram máximas diárias acima de 38º. As
Hidrografia chuvas são regulares.
O Domínio das Araucárias é drenado, principalmente, por
rios pertencentes às bacias Paranaica e do Uruguai (alto curso). Vegetação
São rios de planaltos com belíssimas cachoeiras e quedas, A paisagem vegetal típica é constituída pelos Campos
o que lhes confere em elevado potencial hidráulico. Limpos ou Pampas, onde predominam gramíneas, cuja al‐
Embora o Paraná apresente um regime tropical, com tura varia de 10 a 50 cm aproximadamente. É a vegetação
cheias de verão (dezembro a março), a maior parte dos rios brasileira (natural) mais favorável à prática da pecuária, tra‐
desse domínio possui regime subtropical (Uruguai, por exem‐ dicional atividade dessa região.
plo), com duas cheias e duas vazantes anuais, apresentando
pequena variação em sua vazão, consequência do regime de Nos vales fluviais, surgem capões de matas (matas de
chuvas, distribuído durante o ano todo. galerias ou ciliares) que quebram a monotonia da paisa‐
gem rasteira, formando verdadeiras ilhas de vegetação em
Características Gerais meio aos campos.
• Bacias do rio Paraná (parte) e do rio Uruguai (alto curso).
• Os afluentes da margem esquerda do rio Paraná se for‐ Solos
mam nos planaltos e nas serras da porção oriental das regiões Apresentam boa fertilidade natural.
Sudeste e Sul; portanto, correm de leste para o oeste. Formação de areais e campos de dunas no sudoeste do
• A bacia hidrográfica do Paraná possui o maior potencial Rio Grande do Sul (Alegrete, Quarai, Cacequi).
hidrelétrico instalado no País. A utilização do conceito de desertificação é conside‐
• Hidrovia do Tietê-Paraná. rado inadequado para a região, porque ela não apresenta
• O rio Uruguai e rio Iguaçu apresentam um regime sub‐ um clima árido ou semi-árido, como também não existem
tropical. evidências de que o processo estaria alterando o clima re‐
gional, sendo assim o termo mais indicado, segundo a pes‐
O DOMÍNIO DAS PRADARIAS quisadora Dirce Suertegaray, é arenização.
O geógrafo José Bueno Conti utiliza o termo deserti‐
O Domínio das Pradarias, também, conhecido como Cam‐ ficação ecológica, que corresponde ao processo interativo
panha Gaúcha ou Pampas, abrange vastas áreas (Centro-Sul) entre o homem (uso predatório dos recursos naturais por
do Rio Grande do Sul, constituindo-se em um prolongamento meio da agricultura e da pecuária) e o meio ambiente (cli‐
dos campos ou pradarias do Uruguai e Argentina pelo territó‐ ma úmido – arenito Botucatu).
rio brasileiro.
O centro-sul do Rio Grande do Sul é marcado por baixa Hidrografia
densidade demográfica, clima subtropical e por uma eco‐ Envolve partes das bacias hidrográficas do Uruguai e
nomia que apresenta cultivos mecanizados (soja) ou gran‐ do Sudeste e Sul. Os rios desse domínio são perenes mas
des estâncias com pecuárias extensiva. O povoamento é de de baixa densidade hidrográfica, com traçados meândricos
origem ibérica. (curvas), favoráveis à navegação.

9
CONHECIMENTOS GERAIS

Alguns correm para o Leste (bacia Secundária do Sul), 11º menor estado do Brasil em área, distribuído ao lon‐
desaguando nas lagoas litorâneas como Patos (maior do go de 148.887,632 km², o Ceará apresenta uma formação
Brasil), Mangueira e Mirim. Os rios Jacuí (Guaíba) e Camaquã geomorfológica relativamente simples. Na porção norte
são exemplos. Outros correm em direção ao Oeste (bacia do encontram-se as planícies. O centro é marcado pela de‐
Uruguai), como os rios Quarai, Ijuí, etc. pressão sertaneja, que domina boa parte do território. E
Antes da chegada de europeus ao atual Ceará, viviam em partes do seu entorno, porções planálticas surgem e
naquela região índios Tupis (Tabajaras e Potiguares) e Cariris. diferenciam os terrenos da paisagem cearense.
Há relatos de historiadores de que, antes de Pedro Ál‐ A planície costeira abrange faixa estreita ao longo do
vares Cabral  chegar ao Brasil, espanhóis já tinham estado litoral cearense, composta por planícies fluviomarinhas e
no território que hoje conhecemos como Ceará, seus nomes campos de dunas. Essas, formadas pela ação dos ventos,
eram Diogo Lepe e Vicente Pinzón. Pinzón foi o primeiro a estendem-se de 5 a 10 km em direção ao interior do con‐
chegar, desembarcou onde hoje seria o município de Icapuí tinente, podendo chegar a mais de 30 metros de altura.
Ao longo da costa surgem desembocaduras de rios que
e Lepe teria desembarcado em Fortaleza. Dado o tratado de
viabilizam o desenvolvimento de manguezais. Rios como
Tordesilhas  (1494) estas descobertas não puderam ser ofi‐
Acaraú, Ceará, Cocó, Coreaú, Jaguaribe, Mundaú e Piranji
cializadas.
são alguns dos que chegam ao litoral, garantindo a lodo‐
A ocupação portuguesa tem início no ano de 1603, sob
sidade do terreno junto às suas margens e servindo como
o comando de Pero Coelho de Souza que, ao chegar, cons‐ hábitat de diversas espécies de seres vivos.
truiu o Forte de São Tiago. Anos depois, em 1612, Martins A suavidade da planície costeira cearense é por vezes
Soares Moreno anexa oficialmente o Estado do ceará, cons‐ rompida pela presença de tabuleiros do Grupo Barreiras
truindo o Forte de São Sebastião, erguido sobre as ruínas do com desníveis superiores a 25 metros, que formam grandes
primeiro Forte. falésias ao longo da costa. Estas formações estão esculpi‐
No ano de 1637, chegam àquela localidade os holan‐ das sob rochas sedimentares e possuem topos planos, o
deses. Estes foram expulsos pelos índios em 1644. Mas, em que dificulta o processo erosivo em seus terrenos. Sua alti‐
1649, os holandeses retornaram e construíram um Forte tude varia entre 30 e 100 metros, podendo se elevar ainda
(Shoonenborch) às margens do rio Pagéu (onde seria ergui‐ mais em direção ao interior do estado. Seus solos espessos
da a cidade de Fortaleza. O comandante português Álvaro e arenosos deixam a fertilidade natural dos terrenos muito
de Azevedo Barreto foi o responsável pela expulsão efetiva baixa.
dos holandeses no ano de 1654. Grande parte do território cearense é constituído pela
A partir de 1680, o Ceará tornou-se capitania subalter‐ Depressão Sertaneja. Tal formação se caracteriza pelas su‐
na de Pernambuco, desligando-se do Maranhão. O Forte perfícies aplainadas, resultantes da ação erosiva sobre o re‐
holandês teve seu nome mudado para Fortaleza de Nossa levo. Estas superfícies, marcadas por um embasamento íg‐
Senhora da Assunção, local a partir do qual surgiria a vila neo-metamórfico do Pré-Cambriano e vastamente arrasa‐
que daria início ao município de Fortaleza, fundado em abril das, possuem cotas altimétricas baixas que ficam entre 40
de 1726. Foi só no fim do século XVIII que (17 de janeiro e 550 metros. Os solos da região são rasos e pedregosos,
de 1799) que a capitania do Ceará alcançou autonomia. Em variando no nível de fertilidade em razão da profundidade
1823, D. Pedro I elevou a vila à condição de província, e com e de suas propriedades químicas. Em alguns pontos, é pos‐
a proclamação da república (1889) tornou-se o atual Estado sível encontrar colinas e morros recobertos pela caatinga.
do Ceará. Ao longo da depressão surgem pequenos montes rocho‐
O Ceará foi o primeiro estado brasileiro a libertar os es‐ sos isolados (inselbergs) com altitudes variáveis entre 50 e
cravos (25 de março de 1884 - quatro anos antes da Lei Áu‐ 500 metros. Suas rochas, mais resistentes ao intemperismo,
possuem terrenos com maior fertilidade natural. É em meio
rea), fato que lhe rendeu o cognome de Terra da Luz, título
à Depressão Sertaneja que está o ponto mais alto do esta‐
dado por José do Patrocínio.
do, o Pico Serra Branca, na Serra do Olho d’Água, municí‐
No final do século XIX, devido à seca, um grande núme‐
pio de Catunda. A formação de 1154 metros de altitude é
ro de cearenses foge em direção à Amazônia em busca de
um dos maciços residuais dispersos pelo interior do Ceará.
trabalho nos seringais. Outras formações geomorfológicas importantes para
Em 1914, um grupo de jagunços, apoiados pelo padre o estado são as chapadas. A Chapada do Araripe, carac‐
Cícero Romão Batista, líder político-religioso da região do terizada por rochas sedimentares e pelo planalto elevado,
Cariri, dirigem-se à capital do Estado e depõe o governador tem seu flanco norte no território cearense e se estende
indicado pelo Governo Federal. por todo o sul do estado. Possui aproximadamente 180 km
Nos anos 40 e 50 do século passado, o Governo Federal de comprimento com cotas altimétricas que chegam a 900
construiu uma série de açudes no Ceará, a fim de melhorar metros em alguns pontos. Por outro lado, a Chapada do
a vida dos sertanejos que, em função da seca, não podiam Apodi, que marca a divisa do Ceará com o Rio Grande do
plantar pra comer, criar gado e tinham de deixar suas terras Norte, se distingue pela altitude, que não ultrapassa os 250
para sobreviver em outros estados. metros. Delimitada pela Depressão Sertaneja e pelo vale do
rio Jaguaribe, a unidade marca a transição entre a depres‐
são e a Zona da Mata Cearense.

10
CONHECIMENTOS GERAIS

Por fim, planaltos compostos por rochas magmáticas No dia 18, o conselho seccional da Ordem se reunirá
e sedimentares, conhecidos como cuestas, constituem a para definir o melhor encaminhamento político-jurídico
divisa do Ceará com o Piauí. O principal deles, o Planalto para o caso.
de Ibiapaba (ou Chapada de Ibiapaba), se caracteriza por Caso o conselho aprove o pedido de impeachment,
um conjunto de platôs, degraus litoestruturais e planaltos este será encaminhado à Assembleia Legislativa, explicou
mais rebaixados, sustentados por rochas sedimentares. Sua Santa Cruz. Se o conselho optar pelo pedido de interven‐
altitude varia de 650 a 920 metros. Esta unidade se espalha ção federal, o tema será levado a exame da Procuradoria‐
pelo estado de norte a sul, mas tem seu caimento para oes‐ Geral da República. No caso de ação de improbidade, esta
te, o que constitui as escarpas íngremes com relevo bastan‐ será ajuizada no Poder Judiciário.
te acidentado em direção ao Piauí. Estes acidentes formam Fonte: Terra.com.br/ Acessado em 05/2017
vales onde se distribuem grandes cachoeiras.
Alvo da operação usou Lei de Repatriação para la‐
Fonte: http://www.infoescola.com/ceara/geografia-do- var dinheiro
ceara/ Pelo menos um dos alvos da Operação Asfixia, 40ª
fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (4) no Rio
de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais, usou a Lei
de Repatriação para lavar dinheiro de propina, segundo o
ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS
Ministério Público Federal (MPF). A lei foi sancionada em
E SOCIAIS; PROBLEMAS AMBIENTAIS, janeiro do ano passado e permite que cidadãos com valo‐
MEIO AMBIENTES E DESENVOLVIMENTO res não‐declarados no exterior regularizem estes recursos
SUSTENTÁVEL; POLÍTICA; ECONOMIA; junto ao Fisco.
SOCIEDADE; EDUCAÇÃO; TECNOLOGIA; O esquema de corrupção no setor de Energia e Gás
CIÊNCIAS; ENERGIA; RELAÇÕES da Diretoria de Engenharia da Petrobras foi detalhado por
INTERNACIONAIS; SEGURANÇA; ARTES representantes do MPF, da Polícia Federal (PF) e da Receita
E LITERATURA; E SUAS VINCULAÇÕES Federal, em entrevista coletiva, nesta manhã (4), em Curi‐
HISTÓRICAS DESTES TÓPICOS EM NÍVEL tiba.
ESTADUAL, REGIONAL, NACIONAL E
INTERNACIONAL. Segundo as investigações, o ex‐gerente da Petrobras
Marcio de Almeida Ferreira, preso nesta manhã no Rio de
Janeiro, usou a repatriação para “esquentar” cerca de R$
48 milhões proveniente de propinas que estavam deposi‐
POLÍTICA
tados em contas nas Bahamas.
Comissão da OAB‐RJ aprova pedido de impeach‐ O procurador Diogo Castor de Mattos, integrante da
ment de Pezão força‐tarefa da Lava Jato no MPF, disse que Ferreira fez a
A Comissão de Direito Constitucional da Ordem dos regularização dos recursos ilícitos no final do ano passado.
Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB‐RJ) apro‐ “Ele declarou que esses valores, em tese, teriam sido anga‐
vou hoje (4) o pedido de impeachment do governador Luiz riados da venda de um imóvel, pagou tributo de cerca de
Fernando Pezão e encaminhou a matéria ao conselho da R$ 14 milhões e, dessa forma, ‘esquentou’ o dinheiro que,
instituição para decisão final. certamente, tem origem em propina proveniente da Pe‐
O presidente da OAB‐RJ, Felipe Santa Cruz, disse que trobras”, contou Mattos. O MPF não descarta que a prática
a questão foi encaminhada ao conselho porque existem tenha sido replicada por outros agentes criminosos.
alternativas ao impeachment, que devem ser considera‐ “Eles usaram a legislação para lavar dinheiro. Isso é
das. Segundo Santa Cruz, alguns conselheiros defendem usar a lei para legalizar corrupção. Precisamos combater
intervenção federal e outros, uma ação de improbidade essa prática e abrir a caixa-preta da Lei de Repatriação”,
que afastaria tanto o governador quanto o vice, Francis‐ afirmou o procurador da República Carlos Fernando dos
co Dornelles. “O conselho, agora politicamente, vai tomar Santos Lima. Ele também destacou a “ousadia” dos crimi‐
a decisão.” nosos, que receberam pagamentos de propina até meados
De acordo com Santa Cruz, a Comissão de Direito de 2016, em pleno andamento da Operação Lava Jato.
Constitucional apenas mostrou que, tecnicamente, existem As investigações contabilizaram ao menos 15 con‐
elementos que justificam o pedido de impedimento. tratos usados para pagamento de propina envolvendo as
No próximo dia 12, a OAB‐RJ reunirá o que Santa Cruz empresas de consultoria Liderrol e Arxo, que também fo‐
chamou de “conselhão da sociedade civil”, para discutir a ram alvos da operação de hoje. A PF afirmou que estes
situação de calamidade no estado do Rio. “Não adianta o contratos foram revelados durante a delação premiada de
governo federal e o governo estadual ficarem nesse jogo Edison Krummenauer, ex‐gerente de Empreendimentos da
de empurra, com medidas ofensivas até, como foi o envio área de Gás e Energia da Petrobras.
de apenas 100 soldados para o Rio de Janeiro nesta se‐
mana. A sociedade civil vai dizer o seu basta”, afirmou o
advogado.

11
CONHECIMENTOS GERAIS

“Estes contratos foram minuciosamente detalhados Federação


pelo colaborador. Contratos em que ele afirma que rece‐ No caso das coligações, em seu lugar, a PEC deter‐
beu propina para agilizar procedimentos, aprovar aditivos, mina que os partidos políticos com afinidade ideológica
ou seja, o modus operandi que a gente já viu no curso da e programática poderão se juntar em federação que terá
Operação Lava Jato”, afirmou a delegada da Polícia Federal os mesmos direitos e atribuições regimentais dos partidos
Renata da Silva Rodrigues. nas casas legislativas e deverá atuar com identidade polí‐
Além de Marcio de Almeida Ferreira, foram presos ex- tica única, resguardada a autonomia estatutária dos parti‐
gerente da Petrobras, Maurício de Oliveira Guedes, e dois dos que a compõem.
representantes das empresas Liderrol e Arxo, Marivaldo do Para integrar a federação, os partidos terão que re‐
Rozário Escalfoni e Paulo Roberto Gomes Fernandes. A gistrar a deliberação do diretório nacional nesse sentido
PF informou que os quatro serão levados a Curitiba ainda no Tribunal Superior Eleitoral até a véspera do último dia
nesta quinta‐feira. do prazo para filiação partidária para concorrer às eleições
federais.
O nome desta nova fase da Operação Lava Jato – Asfi‐
Após o registro, os partidos terão que se reunir para a
xia é referência à tentativa de cessar as fraudes e o desvio
escolha do presidente, do nome da federação e dos can‐
de recursos públicos em áreas da estatal destinadas à pro‐
didatos.
dução, distribuição e comercialização de gás combustível.
“Após aprovada pela maioria absoluta dos integrantes
Fonte: terra.com.br/ acessado em 05/2017 das convenções nacionais dos partidos que a compõem, a
federação será reproduzida no Senado Federal, na Câmara
Maia cria comissão para PEC que pode acabar com dos Deputados, nas Assembleias Legislativas e na Câmara
coligações Legislativa do Distrito Federal”, diz a PEC.
Um dia após ter a admissibilidade aprovada na Comis‐ A vigência da união valerá até a véspera da data inicial
são de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente da Câma‐ do prazo para a realização das convenções para as elei‐
ra, Rodrigo Maia (DEM‐RJ), criou uma comissão especial ções federais subsequentes. O fundo partidário será pro‐
para analisar o mérito da Proposta da Emenda à Consti‐ porcional ao quociente de votos válidos obtidos por cada
tuição (PEC) um dos partidos para a Câmara dos Deputados e o tempo
282/16, que acaba com as coligações proporcionais de propaganda eleitoral será proporcional ao número de
nas eleições federal e estadual do ano que vem e para ve‐ deputados federais eleitos pela federação.
reador a partir de 2020 e institui a cláusula de barreira a
partir de 2018. Câmaras municipais
O ato criando a comissão foi lido hoje (4) pelo vice‐ No caso das câmaras municipais, a federação só terá
presidente da Casa, deputado Fábio Ramalho (PMDB‐MG), validade a partir do primeiro dia do prazo para a realização
que ocupa a presidência da casa legislativa enquanto Maia das convenções para as eleições municipais subsequentes.
está em viagem oficial ao Líbano. A comissão especial terá Contudo, a reprodução da federação não será auto‐
35 membros titulares e igual número de suplentes. Os lí‐ mática, pois os partidos poderão decidir pela não repro‐
deres partidários têm 48 horas para indicar os integrantes. dução da federação nas eleições municipais até a véspera
do último dia do prazo para filiação partidária para con‐
Aprovada no ano passado pelos senadores, a proposta correr às respectivas eleições.
recebeu parecer pela aprovação do relator na CCJ, depu‐ Qualquer partido poderá deixar a federação antes do
tado Betinho Gomes (PSDB‐PE). Ele também recomendou término de sua vigência, por decisão do respectivo dire‐
a aprovação de duas PECs (84/11 e 22/15), que tramitam tório nacional, mas a saída implicará o cancelamento dos
repasses do fundo partidário e impedimento do acesso
apensadas à 282.
gratuito partidário e eleitoral ao rádio e à televisão, os
Pela proposta, a cláusula de barreira estabelece que
quais serão redistribuídos proporcionalmente entre todos
nas eleições de 2018 apenas os partidos que obtiverem
os partidos com funcionamento parlamentar.
2% dos votos válidos em pelo menos 14 estados, com no
Fonte: terra.com.br/Acessado em 05/2017
mínimo
2% de votos válidos em cada um deles, terão direito CCJ aprova reconhecimento da união de pessoas
aos recursos do Fundo Partidário, ao acesso gratuito par‐ do mesmo sexo
tidário e eleitoral ao rádio e à televisão e ao uso da estru‐ A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
tura própria e funcional nas casas legislativas. aprovou hoje (3), em turno suplementar, projeto de lei que
A partir de 2022, a cláusula de barreira sobe para 3% altera o Código Civil para reconhecer a união estável entre
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 14 estados, pessoas do mesmo sexo e possibilitar a conversão dessa
com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada um de‐ união em casamento.
les. Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
aprovou hoje (3), em turno suplementar, projeto de lei que
altera o Código Civil para reconhecer a união estável entre
pessoas do mesmo sexo e possibilitar a conversão dessa
união em casamento.

12
CONHECIMENTOS GERAIS

O texto, que tem a relatoria do senador Roberto Re‐ A decisão monocrática do ministro Henrique Neves
quião (PMDB‐RR), havia sido aprovado na CCJ em março, não precisou ser referendada pelo plenário do TSE, pois
mas ainda era preciso passar pela votação suplementar. uma resolução aprovada recentemente pelo tribunal auto‐
Hoje, a proposta foi aprovada em votação simbólica, rizou que, em determinados casos, a reprovação das contas
sem a contagem de votos. seja decidida individualmente pelo relator.
O Código Civil reconhece como entidade familiar “a O mandato de Henrique Neves como ministro do TSE
união estável entre o homem e a mulher, configurada na terminou no último dia 16 de abril. Ele foi substituído pelo
convivência pública, contínua e duradoura e estabeleci‐ jurista Admar Gonzaga.
da com o objetivo de constituição de família”. O projeto Por email, o PSDB disse que seus advogados já apre‐
estabelece que a lei seja alterada para estabelecer como sentaram recurso contra a decisão, que, para o partido,
família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o “deixa de cumprir uma etapa importante da análise das
restante do texto do artigo. contas do PSDB, conforme determina a própria resolução
O projeto é de autoria da senadora Marta Suplicy (PM‐ do TSE”. O partido não esclareceu qual etapa de análise
DB‐SP). Para ela, a aprovação na CCJ foi um “avanço ex‐ teria sido descumprida.
traordinário”. “Desde 2008 tentamos aprovar o casamento Fonte: terra.com.br/Acessado em 05/2017
homoafetivo, primeiro na Câmara, passou pelas comissões
e está até hoje no plenário. Hoje conseguimos aprovar o Lava Jato ‘distorce’ a reforma política Pesquisado‐
projeto com relatório do senador Requião que dá um pas‐ res afirmam que desdobramentos da operação refle‐
so muito grande em relação à situação que hoje vivem as tem nos debates do Congresso ligados a financiamento
pessoas do mesmo sexo que desejam ter uma união sacra‐ e sistema eleitoral
mentada, um casamento, na verdade”, disse. A Operação Lava Jato provoca impactos no debate
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, por atual da reforma política em pelo menos dois temas: finan‐
unanimidade, a união estável entre casais do mesmo sexo ciamento de campanha e sistema eleitoral. O que deveria
como entidade familiar. Na prática, a decisão significou ser modernizado por necessidade política acaba por re‐
que as regras que valem para relações estáveis entre ho‐ presentar oportunismo dos envolvidos hoje investigados
mens e mulheres serão aplicadas aos casais gays. pelo Supremo Tribunal Federal (STF). É o que concluem
No relatório que acompanha o substitutivo, o relator cientistas políticas ouvidos pelo Estado.
Roberto Requião citou a decisão do Supremo e registrou A partir do momento em que Marcelo Odebrecht as‐
que é responsabilidade do Legislativo adequar a lei em vi‐ sume à Justiça não haver campanha eleitoral no País sem
gor ao entendimento consagrado pelo STF. caixa 2, a tese de financiamento público de campanha da
Em 2013, em função das divergências de interpretação Comissão da Reforma Política na Câmara ganha ainda mais
sobre o tema, o Conselho Nacional de Justiça aprovou re‐ fôlego do que aquele obtido após a decisão do Supremo
solução que obriga os cartórios a celebrar o casamento ci‐ de proibir doações empresariais aos candidatos, em 2015.
vil e converter a união estável homoafetiva em casamento. O colegiado acredita que R$ 4 bilhões seriam suficientes
Fonte: terra.com.br/Acessado em 05/2017 para financiar partidos e candidatos a partir de 2018. Para
isso, terá de combater a impopularidade da ideia agravada
TSE desaprova contas do PSDB de 2011; sanção é pelo descrédito dos partidos perante os eleitores.
de R$ 10 mi Outro fator que estimula a aprovação do fundo públi‐
Em um de seus últimos atos como ministro do Tribu‐ co de campanha é o discurso de criminalização do caixa 1
nal Superior Eleitoral (TSE), o jurista Henrique Neves não por integrantes da força‐tarefa. “Como você vai arrecadar
aprovou, no último dia 11 de abril, as contas do PSDB re‐ em larga escala se mesmo a doação legal pode ser tomada
ferentes ao ano de 2011. como prova de crime? Só que eles (deputados) estão pe‐
Neves determinou que o partido devolva cerca de R$ gando um sistema altamente inflacionário, de campanhas
4 milhões ao erário, bem como que deixe de receber uma anteriores caríssimas, porque estão sendo impedidos de
das doze parcelas mensais do fundo partidário referentes arrecadar pela jurisprudência”, afirmou Bruno Reis, da Uni‐
a 2017 o que, no caso do PSDB, corresponde a R$ 6,6 mi‐ versidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
lhões. O diretório tucano também deverá destinar R$ 2,1 Para o procurador regional da Lava Jato Carlos Fer‐
milhões para o incentivo à participação de mulheres na nando dos Santos Lima, não cabe à operação apontar so‐
política. luções, mas “uma democracia de coalizão baseada em um
Entre as principais irregularidades identificadas pelo sistema eleitoral criminógeno, em uma divisão de cargos
ministro do TSE estão: despesas com passagens aéreas que não leva em consideração o mérito, mas a indicação
sem a comprovação de utilização dos bilhetes, despesas política, em um controle frágil pela Justiça Eleitoral das
dos diretórios estaduais sem comprovação da prestação prestações de contas, em um sistema de financiamento
de serviços e da vinculação com atividade partidária, não ilegal que revela um capitalismo de compadrio, somente
apresentação de notas fiscais de hospedagem e pagamen‐ pode chegar aonde chegou”, disse ao Estado.
to de hospedagem sem utilização de diária, entre outros.

13
CONHECIMENTOS GERAIS

Reis vê como ingenuidade a percepção da Lava Jato Para Maia, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
de que há uma sociedade virtuosa maculada por “forças que altera as regras de aposentadoria inicialmente envia‐
do mal”. “Não é isso. Como nossa legislação dá poder ao da pelo governo federal foi “profundamente” modificada
grande financiador, o plenário acaba representando antes pelos parlamentares e o texto‐base foi “construído pela
os interesses desses financiadores. Quando você faz acor‐ sociedade”.
dos de leniência com o doador para pegar o deputado, A declaração foi dada depois de reunião no Palácio
você está fazendo acordo com Dom Corleone para pegar da Alvorda da qual participaram, além de Maia, o presi‐
o gângster da esquina”, disse. dente da República, Michel Temer, os ministros Henrique
Meirelles (Fazenda), Moreira Franco (Secretaria‐Geral da
Lista fechada. O professor Leonardo Avritzer, também Previdência) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).
da UFMG, acredita que o combate à corrupção não deve O deputado Darcísio Perondi (PMDB‐RS) também compa‐
ser a “única preocupação” da reforma política. Ele aponta a receu ao encontro.
força que tem adquirido com os desdobramentos da Lava “Posso dizer que tivemos uma mudança considerável
Jato, por exemplo, a lista fechada, sistema em que o elei‐ no sentimento da Casa depois da aprovação que tivemos
tor vota no partido. Em tese, esse modelo poderia abrigar na semana passada lá na comissão especial. Porque ficou
políticos com pendências na Justiça. provado que o projeto foi profundamente modificado.
“Hoje ela está sendo discutida em termos de se vai Hoje nós temos um projeto que já não é mais aquele en‐
servir para dar foro privilegiado, o que me parece uma dis‐ viado pelo governo. É um projeto que foi construído pela
torção da própria ideia de reforma política”, disse. A Lava sociedade brasileira”, declarou o relator.
Jato não é favorável à lista aberta hoje em vigor. “Ques‐
tionamentos como o excesso de partidos, a onerosidade VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA
do sistema eleitoral de listas abertas, entre outros, foram Maia afirmou também que o plenário da Câmara é so‐
levantados em diversas palestras e artigos pelos próprios berano para a votação dos dez destaques (sugestões de
membros da força‐tarefa”, lembrou o procurador. mudanças ao texto) que ainda precisam ser analisados e
O relator da comissão, deputado Vicente Cândido (PT‐
que o governo não tem interferido nessa questão.
SP), no entanto, diz que se fosse verdade que a Lava Jato
Com relação à proposta de incluir os agentes peniten‐
altera os debates do colegiado, “teríamos 500 votos no
ciários federais na categoria que teria direito a aposenta‐
plenário hoje, e não temos”. “Não é a Lava Jato que vai
doria especial, assim como os policiais federais, que pode‐
mover o Congresso para fazer a reforma”, afirmou.
rão se aposentar aos 55 anos de idade, Maia afirmou que
Como não há consenso, como diz Cândido, em torno
essa não é uma “questão nuclear”. Segundo ele, nuclear é,
das várias propostas da comissão, talvez não seja o mo‐
por exemplo, a fixação de uma idade mínima para aposen‐
mento de colocá‐las em votação, segundo os acadêmicos.
tadoria e tempo de contribuição.
“A reforma é necessária, mas não é conveniente fazê‐la
agora. Dada a circunstância em jogo relacionada com a
Lava Jato, com vários parlamentares investigados, minis‐ Votação no plenário
tros arrolados nas denúncias, cria‐se uma inconveniência O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbas‐
política e moral agora”, destacou Aldo Fornazieri, professor sahy, afirmou que o governo não tem uma previsão de
da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. quando o projeto da reforma da Previdência será levado
Se por um lado a Lava Jato impulsiona a comissão em para votação no
direção ao dinheiro e blindagem, por outro, mais otimista, Plenário da Câmara. Imbassahy afirmou que “quando
provoca uma revisão do papel dos partidos. “O que temos, o governo tiver a avaliação de que o projeto tem condição
por enquanto, é a aprovação da cláusula de barreira (restri- para ir a plenário acontecerá a votação”.
ção de atuação parlamentar e de acesso ao fundo partidário “Não podemos precisar quando será essa dada, por‐
e tempo de TV) pelo Senado, mas a Câmara dá sinais de ir que é uma data que depende de uma avaliação perma‐
nessa direção”, disse José Álvaro Moisés, da USP. nente e constante dos parlamentares”, disse Imbassahy.
Fonte: Estadao.com.br/Acessado em 05/2017 Fonte: g1.com/ Acessado em 05/2017

Previdência: relator vê ‘mudança considerável’ ECONOMIA


no ‘sentimento’ da Câmara
Para Arthur Maia (PPS‐BA), proposta inicial do go‐ Mercado baixa estimativa de inflação para 2017 e
verno foi ‘profundamente’ modificada por deputados. vê PIB maior Expectativa dos economistas de bancos,
Relator participou de reunião com Temer e ministros divulgada nesta segunda (8) pelo Banco Central, é de
neste domingo. inflação em 4,01% e alta do PIB de 0,47% neste ano.
O relator da reforma da Previdência na Câmara, Arthur Os economistas do mercado financeiro reduziram sua
Maia (PPS‐BA), disse neste domingo (7) que, após a apro‐ previsão de inflação e passaram a estimar um crescimento
vação do texto‐base da reforma da Previdência na co‐ maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017.
missão especial que analisa o tema, houve uma «mudança
considerável no sentimento» dos deputados.

14
CONHECIMENTOS GERAIS

As expectativas dos analistas do mercado financeiro Selic continuou em 8,5% ao ano. Com isso, estimaram que
foram coletadas pelo Banco Central na semana passada os juros ficarão estáveis no ano que vem. A taxa básica de
e divulgadas nesta segunda‐feira (8) por meio do relató‐ juros é o principal instrumento do BC para tentar conter
rio de mercado, também conhecido como Focus. Mais de pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os ju‐
cem instituições financeiras foram ouvidas. Para o com‐ ros para atingir índices pré‐determinados pelo sistema de
portamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor metas de inflação brasileiro.
Amplo (IPCA) em 2017, a “inflação oficial” do país, o mer‐ As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o
cado baixou sua previsão de 4,03% para 4,01%. Foi a nona crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
redução seguida do indicador. Entretanto, também prejudicam a economia e geram de‐
Com isso, manteve a expectativa de que a inflação semprego.
deste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A
meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacio‐ Câmbio, balança e investimentos
nal (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção
para isso eleva ou reduz a taxa de juros (Selic). do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de
2017 permaneceu em R$ 3,23. Para o fechamento de 2018,
A meta central de inflação não é atingida no Brasil des‐ a previsão dos economistas para o dólar subiu de R$ 3,38
de 2009. Naquele momento, o país ainda sentia os efeitos para R$ 3,40.
da crise financeira internacional de forma mais intensa, que A projeção do relatório Focus para o resultado da ba‐
acabou se espalhando pelo mundo. Pelo sistema vigente lança comercial (resultado do total de exportações menos
no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente as importações) em 2017 subiu de US$ 53,15 bilhões para
cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tole‐ US$ 53,3 bilhões de resultado positivo. Para o próximo
rância também fixado pelo CMN. Para 2017, esse intervalo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o su‐
é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do cen‐ perávit avançou de US$ 41,1 bilhões para US$ 42,3 bilhões.
tro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA A projeção do relatório para a entrada de investimen‐
terminar este ano entre 3% e 6%. tos estrangeiros diretos no Brasil em 2017 recuou de US$
No ano passado, a inflação ficou acima da meta cen‐ 78
tral, mas dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em
bilhões para US$ 76 bilhões. Para 2018, a estimativa
2015, a meta foi descumprida pelo BC - naquele ano, a
dos analistas caiu de US$ 80 bilhões para US$ 75 bilhões.
inflação superou a barreira dos 10%.
Fonte: g1.com/ Acessado em 05/2017
Para 2018, porém, a previsão do mercado financeiro
para a inflação subiu de 4,30% para 4,39%. Mesmo assim,
Dólar opera em alta, aguardando a reforma da Pre‐
o índice está abaixo da meta central de inflação para o
vidência
período (4,5%) e também do teto de 6% fixado para o ano
Na sexta‐feira (5), a moeda fechou em queda de
que vem.
0,24%, cotada a R$ 3,17.
O dólar opera em alta ante o real), com o mercado
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado acompanhando a valorização da moeda norte‐america‐
financeiro elevou sua estimativa de crescimento de 0,46% na no exterior em dia de fraqueza das commodities e em
para 0,47%. compasso de espera em torno da tramitação da reforma
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no da Previdência no Congresso, segundo a agência Reuters.
país, independentemente da nacionalidade de quem os Às 9h07, a moeda norte-americana subia 0,53% vendi‐
produz, e serve para medir o comportamento da econo‐ da a R$ 3,1917. Veja a cotação.
mia brasileira. Na terça‐feira (9), os destaques ao projeto de reforma
Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano segui‐ da Previdência deverão ser votados em comissão especial
do e confirmou a pior recessão da história do país, segun‐ da Câmara, que na semana passada aprovou o texto‐base.
do dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Em seguida, a proposta será encaminhada para tramitação
e Estatística (IBGE). em plenário. O Banco Central não anunciou qualquer in‐
Para 2018, os economistas das instituições financeiras tervenção para o mercado de câmbio para esta sessão, por
mantiveram sua estimativa de expansão do PIB estável em ora. Em junho, vencem US$ 4,4 bilhões em swap cambial
2,50%. tradicional, equivalente à venda futura de dólares
Na sexta‐feira (5), a moeda fechou em queda de 0,24%,
Taxa de juros cotada a R$ 3,17, com o mercado aliviado após os dados
O mercado financeiro manteve sua previsão para a sobre emprego nos Estados Unidos não endossarem apos‐
taxa básica de juros da economia, a Selic, em 8,5% ao ano tas de altas adicionais de juros no país, avalia a Reuters.
no fecha‐ mento de 2017. Ou seja, os analistas continuam No mês, o dólar tem alta de R$1,98%. No ano, a moe‐
estimando novas reduções de juros neste ano. Atualmen‐ da acumula queda de 2,30%.
te, a Selic está em 11,25% ao ano. Para o fechamento de Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa

15
CONHECIMENTOS GERAIS

Lucro líquido ajustado da BB Seguridade cresce do governo. A ordem agora é barrar movimentos de novas
3,7% no 1º tri, a R$ 992,8 milhões Volume total de prê‐ categorias que tentem obter direito a aposentadoria espe‐
mios de seguros emitidos, contribuições de previdên‐ cial, como os guardas municipais. A margem de negocia‐
cia e arrecadação com títulos de capitalização somou ção no plenário prevê a inclusão dos agentes penitenciá‐
R$ 14,8 bilhões no período. rios na regra que permite idade mínima menor, de 55 anos,
A BB Seguridade, que reúne as participações do Ban‐ e a revisão das exigências para que servidores públicos
co do Brasil em seguros e previdência, teve lucro líquido que ingressaram até 2003 se aposentem com salário inte‐
ajustado de R$ 992,8 milhões no primeiro trimestre, alta gral. Os dois pontos devem ser aprovados separadamente,
de 3,7% sobre o mesmo período de 2016 e em linha com em votação dos chamados destaques. O governo preten‐
a projeção de 1 a 5% de crescimento estipulada pela com‐ de ainda melhorar a comunicação com os parlamentares
panhia. e a população ao longo da semana, depois de reconhecer
Conforme material de divulgação do balanço, o de‐ que enfrenta problemas na área. Segundo um interlocutor
sempenho no período é explicado pela alta de 11% do da área política, a previsão é veicular propagandas em de‐
resultado operacional não decorrente de juros, o que com‐ fesa da reforma em cerca de 4 mil rádios de todo o Brasil
pensou a queda de 10,4% do resultado financeiro em meio que possuem cadastro na Secretaria de Comunicação da
à queda da taxa Selic. O retorno anualizado sobre patrimô‐ Presidência. Uma nova cartilha será distribuída aos depu‐
nio líquido médio foi de 47,3% nos três primeiros meses tados, explicando as mudanças ponto a ponto. Para evitar
do ano, queda de 2,6 pontos percentuais na comparação confusão, o documento trará apenas as novas regras se‐
anual. Já as despesas gerais e administrativas encolheram gundo o texto aprovado na comissão especial, sem incluir
23,7% na mesma base, para R$ 15,257 milhões. como é hoje.
O volume total de prêmios de seguros emitidos, con‐ Agrados Integrantes da base também começam nes‐
tribuições de previdência e arrecadação com títulos de ca‐ ta semana a montar um mapa de votos. O trabalho será
pitalização somou R$ 14,8 bilhões entre janeiro e março, coordenado pelo deputado Beto Mansur (PRB‐SP) e pelo
superando em 17,2% o montante apurado em igual pe‐ ministro‐chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. A ideia é iden‐
tificar a posição de cada deputado para saber com quem
ríodo de
é preciso negociar.
2016. Por segmento, a área de seguros de vida, habi‐
O governo só vai colocar a reforma em votação no
tação e rural, chamada pela BB Seguridade de SH1, teve
plenário quando contabilizar mais de 320 votos favoráveis.
lucro líquido ajustado de R$ 391,5 milhões no primeiro tri‐
mestre, alta anual de 3,2%. Os prêmios emitidos somaram
Dificuldade
R$ 1,6 bilhão, um volume 9,1% maior sobre um ano atrás.
O Placar da Previdência feito pelo Grupo Estado já
Já a divisão de automóvel e patrimônio (SH2) teve pre‐
mostra que o desafio será grande. Até a noite de sexta-fei‐
juízo líquido ajustado de R$ 4,6 milhões nos três primeiros
ra, havia 232 votos “não”, contra 87 votos a favor. Com esse
meses de 2017, ante resultado positivo de R$ 50,5 milhões
cenário, o governo sabe que terá de atuar firme no campo
no mesmo intervalo de 2016. Enquanto isso, os prêmios político, com liberação de recursos de emendas parlamen‐
emitidos aumentaram 1,7% na mesma comparação, para tares, nomeação de cargos para aliados e atendimento a
2,2 R$ bilhões. Em previdência, o lucro líquido ajustado en‐ demandas que vão além da reforma, como o parcelamen‐
tre janeiro e março cresceu 11,5% ano a ano, atingindo R$ to de dívidas previdenciárias do setor rural.
248,4 milhões, beneficiado pelo aumento de receitas com As mudanças no texto feitas em plenário integram a
taxas de gestão em função da expansão do volume de re‐ ação de convencimento dos deputados, que se viram pres‐
cursos administrados e da melhora no índice de eficiência. sionados por categorias como juízes e procuradores por
O volume de contribuições de previdência subiu 26,7% alterações na transição dos servidores. No dia da apro‐
no primeiro trimestre, enquanto a captação líquida totali‐ vação do texto na comissão especial, o relator, deputado
zou R$ 4,5 bilhões, evolução de 19,9% ante um ano atrás. Arthur Oliveira Maia (PPS‐BA), disse que é preciso deixar
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017 os parlamentares “mais confortáveis” para votar. As infor‐
mações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Governo parte para vale‐tudo para aprovar refor‐ Fonte: atarde.uol.com.br/Acessado em 05/2017
ma da Previdência
O presidente Michel Temer se prepara para a principal Mercado disputa clientes ‘premium’ de grandes
batalha na reforma da Previdência: a aprovação da pro‐ bancos
posta no plenário da Câmara dos Deputados, com o apoio O banco BTG Pactual, a exemplo das corretoras, tam‐
de pelo menos 308 deputados. O governo ainda não tem bém entrou na disputa pelo cliente de alta renda que hoje
esses votos, mas já traçou os movimentos que fará daqui está na carteira “premium” das grandes instituições finan‐
para a frente para conquistar a vantagem necessária. Para ceiras. O cliente‐alvo dos bancos são as pessoas físicas
isso, o Palácio do Planalto vai partir para o “vale‐tudo” na com renda superior a R$ 10 mil.
articulação política, lançando mão de agrados à base alia‐ No BTG, a plataforma digital começou a ser gestada
da, além de melhorar a estratégia de comunicação. As em 2014 e passou a ser testada no ano passado por fun‐
concessões no texto, porém, estão no limite, na avaliação cionários e familiares do banco. No fim de 2016, foi aberto

16
CONHECIMENTOS GERAIS

a todos, que podem investir em fundos de investimentos pou, neste ano, da coordenação do IPO (oferta pública de
de, no mínimo, R$ 3 mil, disse Marcelo Flora, sócio do BTG ações, na sigla em inglês) da locadora de veículos Movida
e responsável pelo projeto. A meta é abocanhar, em até e começa a trabalhar com emissões de títulos de dívida
cinco anos, 10% do mercado de alta renda, que hoje soma para empresas. Procurada pela reportagem, a companhia
cerca de R$ 700 bilhões. Se atingir o objetivo, o segmento não quis falar sobre o assunto.
será tão importante quanto sua área de gestão de fortu‐ Fonte: atarde.com.br/acessado em 05/2017
nas, que hoje soma R$ 80 bilhões. “A tecnologia permitiu
ter grande escala e oferecer produtos que antes eram só Vale prevê economia de mais de US$ 70 milhões
para o segmento com novo sistema até 2020
‘wealth manegement’ (grandes fortunas)”, disse Flora. Desenvolvimento começou em 2014, e implantação
O Banco Original, da holding J&F (dona da Friboi), teve início em 2016.
também quer avançar nesse segmento e oferece opção de A mineradora Vale prevê economizar mais de US$ 70
investimentos a partir de R$ 1 mil. Segundo a executiva milhões até 2020 com a implantação de um novo sistema
Sinara Polycarpo, do Original, o fato de não ter uma estru‐ de gestão das unidades de minério de ferro e manganês,
tura de agência, faz com que o banco, que já nasceu di‐ chamado de Gestão da Produção Vale Mineração (GPV‐M),
gital, possa oferecer taxas administrativas mais atraentes. que substitui outros 17 sistemas que vinham sendo usados.
Percebendo o movimento de instituições independentes, A empresa afirmou nesta sexta-feira (5) que serão 38
os bancos de varejo têm revisto suas estratégias. Antes, os minas, plantas e entrepostos com o novo sistema, e que
gigantes só ofereciam seus próprios fundos. Agora, come‐ a implantação já foi concluída em 20 unidades de Minas
çam a se abrir para opções de terceiros. Gerais, Maranhão e Pará. Com o início do desenvolvimento
O Itaú, por exemplo, criou a plataforma digital Inves‐ em 2014 pelas áreas de Tecnologia da Informação (TI) e Fer‐
timento 360, destinada aos clientes Personnalité e que rosos em parceria com a empresa Chemtech o novo sistema
oferece fundos de outras instituições. Essa plataforma foi da Vale começou a ser implantado em outubro de 2016.
lançada como uma campanha de marketing agressiva no O GPV‐M faz parte da plataforma tecnológica única de
mercado. gestão da cadeia de valor do negócio de ferrosos, composta
Já o Bradesco afirma que passou a oferecer uma as‐ por mina, ferrovia e porto, e engloba todo o processo de
sessoria financeira “mais proativa”, com consultores de in‐ produção, desde a mina e o beneficiamento até a expedição
vestimentos a todos os clientes de alta renda. Até 2016, do produto. A economia, segundo a Vale, vem da redução
era mais restrito. Fundos de outras instituições, porém, do custo de TI, com a manutenção e evolução de diferentes
são ofertados a clientes do chamado private banking, que sistemas e plataformas, e com a redução de impactos ope‐
exige cifras maiores. O diretor executivo do Bradesco, Cas‐ racionais causados por indisponibilidade do sistema.
siano Scarpelli, afirma que remunerar bem é um desafio Além disso, segundo a mineradora, “são esperados ga‐
para o setor. nhos relevantes com maior produtividade de mão de obra e
Em um evento, Sérgio Rial, presidente do Santander, redução de horas improdutivas dos ativos, suportados pela
afirmou que o setor está em uma transformação cultural melhor usabilidade do sistema e maior disponibilidade de
e a plataforma digital vem para eliminar a fricção huma‐ informações para tomada de decisão”.
na que ele considera desnecessária, mas não é apenas um O GPV‐M é capaz de processar 1,2 terabyte de informa‐
“software”. Procurados, Itaú, Caixa e Banco do Brasil não ções em tempo real e atender a mil usuários simultâneos.
retornaram os pedidos de entrevista. Desde que começou a ser implantado o sistema já foi
Para Luis Miguel Santacreu, da Austin Rating, a in‐ utilizado por 1 mil usuários diferentes, com acessos simul‐
vestida dos grandes bancos nas plataformas abertas não tâneos de 150 usuários.
se trata de uma reação ao avanço de corretoras, mas do
entendimento que a variedade de opções pode ser uma Nova campanha
opção rentável de negócio. Segundo uma fonte, no en‐ O anúncio foi feito pela Vale nesta sexta‐feira, juntamen‐
tanto, o trabalho dos bancos nessas plataformas traz risco te com o lançamento de uma campanha no ambiente digital,
de “canibalização”. Isso porque a oferta de fundos de ter‐ que tem como tema a inovação e a evolução da empresa.
ceiros, por vezes com menores taxas de administração, é O primeiro passo foi a publicação de um vídeo manifes‐
uma ameaça aos fundos próprios dos bancos. to chamado “O caminho é evoluir”. “Na segunda etapa da
campanha, os vídeos contarão histórias reais relacionadas
Diversificação de receita ao papel da mineração na vida e no dia a dia das pessoas
Após 15 anos de trabalho com educação financeira e mostrarão inovações que só foram possíveis na nossa
para tentar atrair investimentos de clientes, a corretora XP sociedade graças à atividade de mineração”, disse a Vale.
começa a mudar de foco e avança em diferentes frentes A empresa destacou que a campanha será voltada
para diversificar sua receita. para o público formador de opinião e vai ao ar no ano em
A empresa espera licença do Banco Central para poder que a Vale completa 75 anos.
atuar como banco na área de empréstimos para pessoas Fonte: g1.com.br/ Acessado em 05/2017
físicas. No segmento institucional, a corretora já partici‐

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CONHECIMENTOS GERAIS

Conexão entre o Rio e o Ceará busca democratizar A notícia foi divulgada após uma reunião de emer‐
a dança gência no Palácio de Buckingham convocada nesta manhã
A democratização da dança e a troca de experiências com todos os funcionários do local, o que gerou curiosida‐
entre profissionais de dois estados é o objetivo do projeto de e especulações na imprensa. Conhecido por seu senso
de ocupação Conexão Dança Ceará/Rio de Janeiro, que até de humor e por sua lealdade à rainha, Philip é o príncipe
o próximo dia 14 toma conta do Teatro Cacilda Becker, es‐ consorte mais longevo da história britânica e vai comple‐
paço da Fundação Nacional de Arte (Funarte) no bairro do tar 96 anos em junho. Aos 95 anos de idade, o príncipe
Catete, zona sul do Rio. Philip, marido da rainha Elizabeth II da Inglaterra, abando‐
A programação, aberta na quarta-feira (3), conta com nará a vida pública e os compromissos oficiais da realeza,
oficinas, palestras e debates gratuitos, além de espetáculos de acordo com anúncio feito nesta quinta‐feira (4) pelo
a preços populares, todos por iniciativa da Associação Dan‐ Palácio de Buckingham. “O duque de Edimburgo deci‐
ça Cariri, criada em Juazeiro do Norte (CE), em parceria com diu não participar mais de compromissos públicos a partir
a Funarte. No Cariri, região onde o grupo tem sede, o in‐ do outono [no Hemisfério Norte] deste ano”, informou um
tercâmbio já ocorre por meio da Semana Dança Cariri, que comunicado da família real. O príncipe cumprirá sua agen‐
realizou em abril sua oitava edição. É a primeira vez que o da até agosto e, depois, não aceitará mais convites para
projeto chega ao Rio de Janeiro, reunindo companhias de eventos, em um espécie de “aposentadoria”. Por sua vez,
dança e bailarinos dos dois estados. Elizabeth II, que está com 91 anos, manterá seus compro‐
De acordo com o cearense Alysson Amâncio, idealiza‐ missos oficiais. A notícia foi divulgada após uma reunião
dor do projeto, o Rio mantém uma relação estreita com a de emergência no Palácio de Buckingham convocada nes‐
dança cearense desde os anos 70, quando os bailarinos e ta manhã com todos os funcionários do local, o que gerou
coreógrafos Dennis Gray e Jane Blauth se mudaram da ca‐ curiosidade e especulações na imprensa. Conhecido por
pital fluminense para Fortaleza e implantaram a Escola de seu senso de humor e por sua lealdade à rainha, Philip é o
Dança do Sesi. “Muitos bailarinos do Ceará mudaram para príncipe consorte mais longevo da história britânica e vai
o Rio em busca de uma formação mais aprimorada, bem completar 96 anos em junho.
como muitos professores e grupos cariocas estiveram pelo
Príncipe Philip da Grécia e da Dinamarca é bisneto da
Ceará para ministrar oficinas e realizar espetáculos”, conta.
rainha Victoria, assim como a própria Elizabeth II. Porém,
São três espetáculos cariocas – Delicadeza, da Cia da
em 1922, sua família teve de se exilar.
Ideia, Sobre cisnes, de Giselda Fernandes, e O céu de Bas‐
Ingressou na Marinha britânica, participou da Segun‐
quiat, da Marcio Cunha Cia de Dança Contemporânea – e
da Guerra Mundial e se casou com Elizabeth em 1947. Em
dois cearenses – Mulata, da Cia Dita, e Manga com Leite, da
1952, quando a esposa assumiu o trono, Philip deixou sua
Cia Alysson Amâncio – com apresentações de quarta‐feira
carreira para apoiar a rainha.
a domingo, sempre às 20h, até o final do evento.
Em vários momentos, Philip foi criticado por fazer co‐
Em O Céu de Basquiat, o intérprete e criador Márcio
Cunha apresenta um espetáculo que trata de discrimina‐ mentários inadequados e até racistas em compromissos
ção, preconceito e sociedade, inspirado no universo insti‐ oficiais da monarca.
gante das obras do pintor neo‐expressionista norte‐ame‐ Em 1986, na China, ele recomendou que estudantes
ricano não ficassem muito tempo no país para não terminarem
Jean Michel Basquiat (1960‐1988). Já o espetáculo Mu‐ com “os olhos rasgados”.
lata marca as comemorações dos 50 anos de vida e 40 de Em 2002, na Austrália, ele perguntou a um aborígene
dança da bailarina cearense Wilemara Barros e ganha nar‐ se “ainda disparava feclas”. Gafe A notícia da aposentado‐
rativa com o corpo e a voz da artista. Ainda na programa‐ ria do príncipe gerou uma gafe no tabloide “The Sun”. Em
ção, serão realizadas oficinas de balé clássico e dinâmica vez de informar o afastamento de Philip, o jornal noticiou
muscular, aula de dança contemporânea, e no último dia sua morte. Aparentemente, o texto publicado era uma pá‐
(14), às 16h, um debate sobre políticas e micropolíticas de gina pronta sobre o falecimento do marido da rainha.
circulação da dança no Brasil, com coreógrafos convidados. Fonte: Jornaldobrasil.com.br/Acessado em 05/2017
Fonte: JornaldoBrasil.com.br/ Acessado em 05/2017
Perder‐se na rua pode ser um dos primeiros sinais
Aos 95 anos, príncipe Philip abandona vida pública do Alzheimer, indicam cientistas
Aos 95 anos de idade, o príncipe Philip, marido da ra‐ RIO Perder a habilidade de se localizar ou até mesmo
inha Elizabeth II da Inglaterra, abandonará a vida pública e se desencontrar em um ambiente que seja familiar podem
os compromissos oficiais da realeza, de acordo com anún‐ ser sinais de que o mal Alzheimer poderá chegar na ter‐
cio feito nesta quinta‐feira (4) pelo Palácio de Buckingham. ceira idade. Estas resultados preliminares são fruto de um
“O duque de Edimburgo decidiu não participar mais de estudo de longo prazo sobre a doença que está sendo de‐
compromissos públicos a partir do outono [no Hemisfé‐ senvolvido por pesquisadores da Universidade de Edim‐
rio Norte] deste ano”, informou um comunicado da família burgo, na Escócia, e deverão ser publicados em breve.
real. O príncipe cumprirá sua agenda até agosto e, depois,
não aceitará mais convites para eventos, em um espécie de
“aposentadoria”. Por sua vez, Elizabeth II, que está com 91
anos, manterá seus compromissos oficiais.

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CONHECIMENTOS GERAIS

O estudo, que tem o nome “Projeto Prevenção” e conta VIOLÊNCIA


também com a parceria de cientistas ingleses, visa mapear
de que forma o Alzheimer age inicialmente no cérebro. Por Onda de violência em Florianópolis assusta mora‐
isso, adultos com menos de 60 anos estão sendo acom‐ dores Guerras de traficantes e tiroteios nas comuni‐
panhados — é somente depois das seis décadas de vida dades viraram rotina em uma cidade conhecida pelas
que o sintomas mais consistentes da doença começam a belezas naturais e pela tranquilidade.
aparecer, quando o cérebro já está consideravelmente da‐ Uma onda de assassinatos tem assustado os morado‐
nificado pelo Alzheimer. res de Florianópolis. Guerras de traficantes e tiroteios nas
O que o “Projeto Prevenção” vem indicando é que, comunidades viraram rotina em uma cidade conhecida
para além da memória — que leva a “fama” como a habi‐ pelas belezas naturais e pela tranquilidade
lidade mais afetada pelo Alzheimer —, a capacidade de se Só nesta semana três homens morreram durante uma
localizar espacialmente é também um ponto importante troca de tiros entre facções criminosas no meio de uma
para se entender a doença. comunidade.
“O Alzheimer é considerado uma doença da memória, Esse clima de insegurança não é de hoje. No mês pas‐
mas nós agora vemos, a partir de trabalhos anteriores, que sado, um homem foi morto a tiros, à luz do dia, em frente
a dificuldade que as pessoas estão realmente tendo — ao ao Mercado Público, um dos lugares mais movimentados
menos para começar — não tem a ver com o declínio da do Centro de Florianópolis.
memória, mas com a decadência da habilidade de visuali‐ O número de roubos também não para de crescer. De
zar a localização das coisas e delas mesmas”, disse uma das janeiro a março deste ano foram 868, quase 100 a mais
pesquisadoras do grupo, Karen Ritchie, ao jornal britânico que nos três primeiros meses do ano passado.
“The Guardian”. “É a perda da habilidade de navegação”. A polícia e especialistas em segurança não têm dúvi‐
O projeto, financiado pela Sociedade do Alzheimer, das de que a escalada da violência em Santa Catarina está
envolve o estudo de dois grupos. O primeiro é de pessoas diretamente ligada à guerra entre grupos rivais, que dis‐
com idades entre 41e 59 anos com parentes próximos que putam pontos de venda de drogas. Na capital, só este ano,
desenvolveram a doença e têm alto risco de serem afeta‐
foram 57 homicídios. O número é quase três vezes maior
das por ela. O segundo consiste em indivíduos cujas vidas
do que o registrado no mesmo período do ano passado.
nunca foram afetadas pelo Alzheimer.
Fonte: g1.com/ Acessado em 05/2017
Fonte: oglobo.com/Acessado em 05/2017
Enfrentamento à violência contra a mulher é tema
Novo encontro definirá metas contra mudanças
de seminário Evento é gratuito e as inscrições podem
climáticas
ser feitas no local.
Países começarão a delinear operações para limitar
Ação ocorre em Aracaju (SE) e celebra o Dia Inter‐
o aquecimento global
nacional da Mulher.
As negociações sobre mudanças climáticas inicia‐
das em 2015, com o Acordo de Paris, serão retomadas Nesta quarta‐feira (8), Dia Internacional da Mulher,
esta segunda‐feira em Bonn, na Alemanha. A reunião dos ocorre o 1º Seminário “Conhecendo a Rede de Enfrenta‐
196 países que participaram da elaboração do documen‐ mento à Violência contra a Mulher” a partir das 9h, no
to ocorrerá em meio à ameaça do governo americano de auditório do Palácio da Justiça Tobias Barreto de Menezes,
retirar‐se do pacto internacional, cujo objetivo é limitar o localizado na Praça Fausto Cardoso, 112, Centro de Aracaju
aquecimento do planeta. (SE). O evento é gratuito e as inscrições podem ser
Área de Mata Atlântica no Rio: bioma é um dos que feitas no local.
pesquisa aponta que crescimento e absorção de carbono O seminário é uma promoção da Secretaria de Esta‐
vão aumentar junto com alta na temperatura e chuva Mu‐ do da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e
danças climáticas podem fomentar crescimento de flores‐ dos Direitos Humanos (Seidh) em parceria com o Tribunal
tas tropicais — Precisamos definir as operações do Acordo de Justiça de Sergipe (TJ/SE) sendo uma ação de fortale‐
de Paris antes da próxima Conferência do Clima (COP-23), cimento e integração das entidades que atuam no atendi‐
que será realizada no fim do ano — alerta David Levai, mento e proteção à mulher vítima de violência.
investigador do Instituto de Desenvolvimento Sustentável “Existem alguns pontos de estrangulamento. Inter‐
e de Relações Internacionais. rupções no atendimento a essa mulher vítima. A partir de
Na COP‐21, em Paris, 195 países e a União Europeia uma unificação de procedimentos, poderemos ter uma
concordaram em limitar o aumento da temperatura glo‐ continuidade salutar entre os diversos serviços aos quais
bal a, no máximo, 2 graus Celsius. A Palestina anunciou a a mulher deve recorrer em caso de violência, tornando o
adesão ao acordo depois. Para não ultrapassar esta marca, atendimento mais acolhedor e mais eficaz”, explica a coor‐
será necessária, entre outras medidas, uma radical tran‐ denadora Estadual de Políticas para as Mulheres da Seidh,
sição energética, que substitua os combustíveis fósseis Edivaneide Paes.
(carvão e petróleo) por fontes renováveis (biomassa, solar,
eólica).
Fonte: oglobo.com/Acessado em 05/2017

19
CONHECIMENTOS GERAIS

O evento contará com a palestrante Jane Curbani, que do governo americano, Michelle Roulbet, chegou a atacar
vai falar sobre “Redes Intersetoriais: encontros possíveis”, a “corrupção nas prisões” e a necessidade de se buscar
destacando a importância do trabalho em rede para ga‐ penas alternativas. A Casa Branca também recomendou o
rantir a proteção e o acolhimento da mulher vítima de vio‐ Brasil a acelerar julgamentos, diante de 40% de seus de‐
lência. Com a juíza coordenadora da Mulher do Tribunal tentos ainda aguardarem julgamento.
de Justiça de Sergipe, Isabela Sampaio, que vai apresentar A Alemanha, por exemplo, recomendou que o gover‐
o fluxograma da rede, contendo os diversos caminhos que no amplie o programa de audiências de custódia através
a mulher pode percorrer a partir das diferentes portas de da aprovação do projeto de lei 554/11 e demandou que
entrada, incluindo o acesso através de denúncia pelo dis‐ juízes e promotores que atuam nessas audiências passem
que 180, 190 e 181. A delegada Thais Lemos Santiago tam‐ por treinamento específico para combater a tortura.
bém participa com a palestra “Denunciei: o que fazer?”, so‐
bre o atendimento à mulher vítima de violência no DAGV. Polícia. Outra preocupação é a violência policial. Da‐
Fonte: g1.com/ Acessado em 2017 dos da Anistia Internacional apontam que, entre a última
sabatina do Brasil na ONU em 2012 e hoje, as mortes por
Governos e ONU denunciam ‘violência generaliza‐ policiais aumentaram de 419 casos no Rio de Janeiro para
da’ no Brasil 920 em 2016.
Brasil anuncia meta de redução de 10% da popula‐ Por isso, o governo do Reino Unido quer que a polícia
ção carcerária, mas não diz como isso será feito; ongs brasileira seja treinada e que, em quatro anos, as mortes
acusam ‘demagogia’ ocorridas pelas forças de ordem sejam reduzidas em 10%.
A violência no Brasil, nos centros urbanos, no campo Mesmo a Guatemala, um dos países mais violentos do
ou dentro das prisões, é o maior desafio de direitos huma‐ mundo, usou seu discurso para dizer que estava “preocu‐
nos do País e se transformou em um fenômeno generali‐ pada com o aumento de violência no Brasil”.
zado. Esse foi o resultado da sabatina realizada pela ONU Em seu discurso, a ministra brasileira indicou que tem
sobre a situação no Brasil e que levou governos de todo “investido na qualificação das forças policiais, na garantia
o mundo a soar o alerta para o aumento da violência nos do acesso à justiça, no fortalecimento das Defensorias Pú‐
últimos anos no País e pedir medidas concretas para lidar blicas, e no combate à impunidade nos casos de uso ex‐
com o fenômeno. cessivo da força policial”. “Cabe ressaltar nesse sentido um
Pressionado, o governo brasileiro sinalizou na quinta‐ conjunto de iniciativas, tanto do Ministério Público, quan‐
feira, 4, em Genebra, que irá reduzir em 10% a população to das Forças Policiais no sentido de abolir os ‘autos de
carcerária do País até 2019, cerca de 70 mil pessoas. Mas resistência’ e de conduzir com prioridade inquéritos que
não explicou como isso ocorreria, levando ongs brasileiras envolvam mortes por oposição à ação policial”, garantiu.
e internacionais a acusar o governo de fazer “demagogia”. Sobre as prisões, a ministra insistiu na meta de reduzir
Durante o debate, países cobraram explicações e me‐ a população carcerária em 10% em dois anos. Mas apenas
dida por parte do Brasil para lidar com a violência da polí‐ indicou que “a situação do sistema penitenciário é reflexo
cia, intolerância, assassinatos, violência nas prisões, contra também dos desafios em matéria de segurança pública”.
mulheres, negros, crianças, gays, defensores de direitos “É preciso reduzir a superpopulação carcerária e humani‐
humanos e jornalistas, além de indígenas. Por todos crité‐ zar os presídios”, defendeu, sem explicar como isso seria
rios apresentados, a taxa de violência hoje é mais alta que feito.
em 2012, ano da última vez que o Brasil foi examinado “O Departamento Penitenciário Nacional tem promo‐
pela ONU. vido a adoção de penas alternativas para crimes de baixa
Não por acaso, relatores das Nações Unidas alertam gravidade como forma de reverter a preocupante tendên‐
que existe uma “violência generalizada” e respostas insu‐ cia de aumento das taxas de encarceramento no país, além
ficientes, levando o país a regredir na defesa dos direitos de forças tarefas, em coordenação com a Defensoria Públi‐
humanos. O governo brasileiro, porém, foi à sabatina sem ca, para verificar a situação de presos que podem postular
sequer um representante do Ministério da Justiça, o que seu retorno ao convívio familiar”, disse. “Outro avanço po‐
deixou delegações e ativistas surpresos. sitivo foi o Programa de Promoção de Audiências de Cus‐
Durante o encontro oficial, pelo menos 17 recomen‐ tódia, que levou, segundo estudos, a uma redução de 50%
dações sobre as condições do sistema prisional e acesso nas detenções provisórias e que contribui para o combate
à Justiça foram feitas ao Brasil por países como Estados às detenções arbitrárias”, completou.
Unidos, Espanha, Itália, Tailândia, Japão, África do Sul, Sué‐
cia, Reino Unido e Dinamarca. Citando dados da ONU, a Ativistas. Outro tema recorrente foi o ataque contra
Alemanha chegou a indicar em documentos que existe um ativistas de direitos humanos, assunto tratado pelo gover‐
“retrocesso” na garantia do direito à vida de determinados no dos EUA, Holanda, Noruega, Eslováquia e outros. Os
grupos minoritários. Estados Unidos, por exemplo, pediram investigação dos
As autoridades da República Checa, da Namíbia e Sér‐ casos de execuções extrajudiciais. A Eslováquia recomen‐
via foram alguns dos que criticaram a superlotação das dou que a polícia brasileira adote um código de conduta
prisões. Segundo os suecos, a população carcerária é o sobre uso da força em protestos, enquanto os relatores
dobro da capacidade hoje das detenções. A representante da ONU indicaram em seus informes que o número de

20
CONHECIMENTOS GERAIS

assassinatos tem aumentado. Em 2016, foram 61 casos e, “Ele foi muito sortudo, porque encontrou uma situa‐
para muitos governos, isso seria um sinal da impunidade. ção totalmente inesperada”, afirmou Marc-Olivier Padis,
Com a ONU usando dados do IPEA que apontam para do centro de estudos Terra Nova, de Paris.
5 mil mulheres assassinadas por ano no Brasil e 500 mil
tentativas de estupros, a violência contra a mulher tam‐ Ele foi esperto
bém chamou a atenção. O tema foi levantado por gover‐ A sorte não explica toda a história.
nos como Rússia e Itália. A Espanha, por exemplo, pediu Macron poderia ter tentado a candidatura dentro do
“medidas concretas”. Essa violência, segundo a Suécia, Partido Socialista, mas percebeu, após anos de poder e
continua na prisão, onde existe apenas uma ginecologista popularidade baixa da gestão, que seria muito difícil fazer
para cada 900 detentas no País. com que o público ouvisse a voz do partido.
“Ele conseguiu ver uma oportunidade onde ninguém
Críticas. O discurso brasileiro e a falta de medidas viu”, afirma Padis. Macron analisou movimentos políticos
concretas foi duramente criticado pelas entidades da so‐ que tinham surgido pela Europa como o Podemos na Es‐
ciedade civil. Renata Neder, da Anistia Internacional, aler‐ panha e o
tou que, desde a última sabatina em 2012 na ONU, o que Cinco Estrelas na Itália e viu que não havia na França
se viu foi “um grande aumento da violência e violações nenhuma força semelhante com possibilidade de embara‐
de direitos humanos no Brasil”. “Não foi um período de lhar a luta pelo poder.
avanços. Mas um período de retrocesso no campo e nas Em abril de 2016, ele lançou o seu movimento En Mar-
cidades”, disse. “Os homicídios aumentaram, inclusive pela che! (Em Marcha) e quatro meses depois deixou a gestão
polícia. O Estado brasileiro não agiu. Não há um plano de do presidente François Hollande.
redução de homicídios”, insistiu.
Para a entidade Conectas, o que o governo sugere não Ele tentou algo novo na França
basta. “Essa promessa não dialoga com o tamanho dos de‐ Após a fundação do En Marche, Macron seguiu as pis‐
safios do sistema prisional. O Brasil prende cerca de 40 mil tas da campanha de 2008 do ex‐presidente americano
Barack Obama e apostou na ajuda de voluntários, diz
pessoas por ano, ou seja, quando a ‘meta’ anunciada for
a jornalista freelancer baseada em Paris Emily Schultheis.
cumprida, o país já terá prendido outras 120 mil”, afirma
A primeira grande ação do movimento foi a Grande
Camila Asano, coordenadora do programa de Política Ex‐
Marche (Grande Marcha), quando mobilizou um crescente
terna da Conectas.
contingente de ativistas inexperientes mas cheios de ener‐
“Da maneira como foi apresentado, o compromisso é
gia.
demagógico. Não há nada que indique que a política atual
“A campanha usou algoritmos de uma empresa de
esteja mudando. Ao contrário: o Plano Nacional de
consultoria política com a qual trabalharam e que já tinha
Segurança apresentado pela ministra Valois como um
sido voluntária na campanha de Obama em 2008 para
‘sucesso’ apenas reforça a militarização que está na base identificar distritos e setores mais representativos da Fran‐
do encarceramento massivo de jovens pobres e negros ça como um todo”, afirma Schultheis.
das periferias”, completa. “Eles enviaram pessoas para bater em 300 mil portas.”
Fonte: estadão.com/Acessado em 05/2017 Esses voluntários não só entregaram panfletos – eles
conduziram 25 mil entrevistas em profundidade de cerca
INTERNACIONAL de 15 minutos com eleitores de todo o país. Essas informa‐
Eleições na França: cinco razões para entender a vi‐ ções foram incluídas em um amplo banco de dados que
tória de Macron subsidiou a definição de prioridades e propostas para a
Há um ano, ele integrava o gabinete de um dos presi‐ campanha.
dentes mais impopulares da história recente do país. “Foi uma enorme pesquisa qualitativa para medir
Quem é Emmanuel Macron, o novo presidente elei‐ a temperatura do país, mas também possibilitou que as
to da França pessoas logo tivessem contato com seu movimento. Foi
Agora, aos 39 anos, venceu a eleição presidencial, der‐ um treinamento que preparou o terreno para o que ele fez
rotando primeiramente a centro‐esquerda e a centro‐di‐ neste ano”, diz a jornalista.
reita que predominavam no país, e depois a extrema di‐
reita. Ele tinha uma mensagem positiva
A imagem política de Macron parece cheia de contra‐
Ele teve sorte dições.
Não há dúvida: os ventos da sorte sopraram para Ma‐ O “novato” que era protegido do presidente Hollande
cron e impulsionaram seu triunfo eleitoral. e depois seu ministro da Economia, o ex‐alto funcionário
Um escândalo de nepotismo derrubou as chances do de banco liderando um movimento popular, o centrista
favorito no começo da disputa, o candidato da centro di‐ com um programa radical de reforma do setor público.
reita François Fillon. E o candidato do Partido Socialista Era a munição perfeita para sua rival no segundo tur‐
(centro‐esquerda), Benoît Hamon, de ala mais à esquerda no, Marine Le Pen, que afirma que ele foi o candidato da
dentro do próprio partido, sofreu com o abandono de elei‐ elite, e não o iniciante que dizia ser.
tores mais tradicionais, que buscaram outros nomes. Fonte: bbc.com/Acessado em 05/2017

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CONHECIMENTOS GERAIS

Kim contra Kim? O que diz o ‘plano’ para matar lí‐ Policiais israelenses matam palestina que tentou
der que a Coreia do Norte alega ter descoberto atacá‐los com faca
A escalada nas tensões entre Estados Unidos e Co‐ Jovem foi identificada como Fatima Hajiji, de 16
reia do Norte ganhou um novo capítulo nesta sexta‐feira, anos, originária de Qarawat Beni Zeid, ao norte de Ra‐
quando o governo norte‐coreano acusou os EUA e a Co‐ mallah.
reia do Sul de orquestrarem um “plano” para matar o líder Policiais israelenses mataram neste domingo (7) uma
Kim Jong‐un. palestina de 16 anos que tentou atacá‐los com uma faca
O suposto plano, segundo um comunicado norte‐co‐ em uma entrada da Cidade Velha de Jerusalém, informou
reano, seria executado por um homem identificado ape‐ a polícia de Israel.
nas como “Kim”, também norte‐coreano, contratado pelos A mulher “brandiu uma faca em direção aos policiais
países “inimigos” para fazer o serviço. no Portão de Damasco”, uma das principais entradas da
O ataque seria feito com “substâncias bioquímicas”, Cidade Velha, indicou a polícia em um comunicado.
mas foi “frustrado” antes de ser executado, diz a Coreia Os policiais atiraram e a mulher morreu devido aos
do Norte. Não se sabe, porém, o paradeiro do homem ferimentos, acrescentou.
chamado “Kim”. O ministro palestino da Saúde identificou a jovem
Até agora, nem a CIA, agência de inteligência america‐ como Fatima Hajiji, de 16 anos, originária de Qarawat Beni
na, nem a Coreia do Sul se pronunciaram sobre o assunto. Zeid, ao norte de Ramallah.
Mas analistas dizem que uma operação desse nível se‐ Onda de violência
ria muito difícil de planejar e executar, considerando‐se o Desde 1º de outubro de 2015, uma onda de violência
forte esquema de segurança em torno do líder coreano. em Israel e nos Territórios Palestinos ocupados causou a
O plano morte de 262 palestinos, 41 israelenses, dois americanos,
O governo norte‐coreano não forneceu provas das um jordaniano, um eritreu, um sudanês e um britânico, se‐
acusações nem detalhes sobre como o plano teria sido gundo um balanço de AFP.
descoberto. A maioria dos palestinos mortos eram autores ou su‐
Mas, em comunicado divulgado pelo Ministério de Se‐
postos autores de ataques contra israelenses, cometidos
gurança de Estado, diz que a CIA e a inteligência da Coreia
muitas vezes com armas brancas.
do Sul elaboraram um “plano perverso para ferir o líder
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
supremo (como os norte‐coreanos se referem a Kim
Jong‐un) da República Democrática da Coreia do Nor‐
Trump sanciona lei sobre gastos e evita paralisação
te”.
do governo dos EUA
O texto alega que seria usada uma “bomba terrorista”
Lei prevê orçamento de US$ 1,2 trilhão, e ocorreu
para alvejar o líder supremo durante um desfile militar ou
após acordo que tirou do orçamento recursos para a
em um evento no Palácio Kumsusan do Sol, o mausoléu de
construção do muro na fronteira com o México.
Kim II‐sung, o fundador do regime norte‐coreano.
Segundo o comunicado, “Kim” teria recebido a orien‐ O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, san‐
tação de que o melhor método seria “usar substâncias bio‐ cionou nesta sexta‐feira (5) uma lei de gastos de US$ 1,2
químicas, incluindo substâncias radioativas e nanosubs‐ trilhão aprovada pelo Congresso, evitando uma paralisa‐
tâncias venenosas, cujos resultados apareceriam de‐ pois ção do governo que começaria à meia‐noite.
de seis a 12 meses”. A porta‐voz da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders
“Apenas a CIA poderia fazer algo desse tipo”, diz o co‐ confirmou durante briefing à imprensa que o presidente
municado, acrescentando que a Coreia do Sul teria ajuda‐ havia sancionado a lei.
do a financiar o plano. Ainda de acordo com o ministério, o No início da semana, líderes do Congresso apresenta‐
homem norte‐coreano contratado foi recrutado pelas in‐ ram um acordo para dotar o governo federal de um orça‐
teligências americana e sul‐coreana enquanto trabalhava mento que mantém o plano da Casa Branca para a defesa,
na Rússia, em 2014. mas não inclui no orçamento recursos para a construção
O ministério diz que foram feitos dois pagamentos a do muro na fronteira com o México.
“Kim”, de US$ 20 mil, e mais outros dois de US$ 100 mil O acordo alcançado é o resultado de semanas de ne‐
como “suborno” e para pagar os equipamentos. O comu‐ gociações entre legisladores republicanos e democratas e
nicado também menciona outros US$ 50 mil, mas não fica permite financiar o funcionamento federal pelo menos até
claro se foram adicionais ao que já havia sido combinado. 30 de setembro sem o risco de uma paralisação do
Ao voltar para a Coreia do Norte, o homem teria sido governo por falta de orçamento.
instruído a providenciar informações detalhadas sobre um Fonte: g1.com/ Acessado em 05/2017
possível local onde o atentado poderia ser realizado.
O ministério disse que as “organizações de inteligên‐
cia e de conspiração dos imperialistas dos EUA e seus fan‐
toches” seriam “varridas”.
Fonte: bbc.com/ Acessado em 05/2017

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CONHECIMENTOS GERAIS

Hillary Clinton diz que Rússia, WikiLeaks e FBI con‐ Papa Francisco envergonhado com a “mãe de todas
tribuíram para sua derrota nas eleições as bombas”
‘Razão pela qual perdemos está nos acontecimen‐ O Papa Francisco criticou a chamada “mãe de todas
tos dos 10 últimos dias de campanha’, diz ex‐candidata as bombas”, o explosivo mais potente do arsenal não‐nu‐
presidencial. clear dos Estados Unidos, lançada no Afeganistão no úl‐
A ex-candidata presidencial Hillary Clinton afirmou timo mês de abril. Um vídeo mostra poder de destruição
nesta terça‐feira (2) que teria sido eleita presidente dos Es‐ do engenho que matou 36 combatentes do grupo Estado
tados Unidos, se não fosse pela intervenção do WikiLeaks Islâmico. A declaração foi feita, sábado, num encontro com
e da Rússia e pelo diretor do FBI, James Comey, nas últimas jovens no Vaticano, durante o qual o líder da Igreja Católi‐
semanas da campanha. ca respondeu a perguntas sobre diversos assuntos.
“Estava no caminho para a vitória até que a carta de “Fiquei envergonhado pelo nome de uma bomba, cha‐
Jim Comey de 28 de outubro e o WikiLeaks russo geraram mada “mãe de todas as bombas”. Mas a mãe dá a vida, e
dúvidas na cabeça das pessoas que se inclinavam a meu essa dá a morte, e chamamos mãe a esse artefato, o que
favor e que acabaram ficando com medo”, declarou a ex- está a acontecer?
candidata democrata à Casa Branca em Nova York, ao ser Em momento algum o Sumo Pontífice mencionou os
entrevistada por um jornalista durante uma atividade da EUA, mas referia‐se ao armamento conhecido pelo acrô‐
ONG Women for Women International. nimo “Maob”, que significa, em inglês, “Munição Maciça
“Se a eleição tivesse acontecido no dia 27 de outubro, de Destruição Aérea” ou “Mãe de Todas as Bombas”. O
eu teria sido presidente”, disse. explosivo foi lançado pela primeira vez em abril passado,
Em 7 de outubro, um mês antes das eleições, o site na província de Nangarhar, no leste do Afeganistão, para
WikiLeaks vazou mensagens do presidente da equipe de atingir alvos do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Se‐
campanha de Hillary, John Podesta, menos de uma hora gundo o governo afegão, cerca de 80 jihadistas morreram
depois de a imprensa divulgar um vídeo de 2005, no qual no ataque.
Donald Trump falava de mulheres em um tom gros‐ Este poderá ser um dos temas a ser invocados durante
seiro.
o encontro, no próximo dia 24 de maio, entre o Papa e
“Que coincidência”, ironizou Hillary Clinton, sugerindo
o presidente Donald Trump recebido no Vaticano, no que
que Wikileaks e Rusia agiram para atenuar o impacto do
será o primeiro encontro entre os dois líderes.
vídeo de Trump.
Fonte: euronews.com/Acessado em 05/2017
Semanas depois, em 27 de outubro, James Comey
anunciou ao Congresso que agentes do FBI (a Polícia Fe‐
Coreia do Sul vota em eleições presidenciais ante‐
deral americana) haviam encontrado novas mensagens
cipadas
que justificavam reabrir as investigações sobre os e-mails
Depois do escândalo que resultou na destituição de
apagados pela democrata na época em que utilizava um
servidor privado quando era secretária de Estado. Park Geun‐hye enquanto Presidente da República da
O FBI não encontrou, porém, qualquer dado incrimi‐ Coreia – a primeira a figurar na história do país – a votação
natório nos e‐mails de Hillary Clinton e arquivou as inves‐ para eleger um novo Presidente está em jogo na terça
tigações dois dias antes das eleições de 8 de novembro. feira, 9 de maio.
“Cometi erros? Por Deus, sim”, acrescentou Hillary. Os 3 principais candidatos
“Mas a razão, pela qual perdemos, está nos aconte‐ Moon Jae‐in pode ser o primeiro Presidente liberal da
cimentos dos dez últimos dias” da campanha, disse a ex‐ Coreia do Sul em 9 anos, se vencer as eleições presiden‐
candidata, insistindo em que os votos antecipados e as ciais antecipadas na Coreia do Sul, esta terça feira. Tudo
pesquisas lhe davam a vitória. aponta para que isso aconteça.
Seguindo as conclusões do governo de Barack Oba‐ Apresenta‐se pelo Partido Democrático, de oposição,
ma, ela acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de ter e as últimas sondagens davam‐lhe 40% dos votos. Con‐
operado contra ela pelo ódio que sentia desde 2011. Na correu nas presidenciais de 2012, mas Geun‐hye obteve a
época, a então chefe da diplomacia americana criticou as vitória.
eleições na Rússia. Moon Jae‐in quer mais bombeiros, professores e po‐
“Quando se observa meu adversário e as declarações lícia, mas o objetivo principal é proteger a frágil recupera‐
de sua equipe de campanha, vê‐se que estavam bastante ção da quarta maior economia asiática. Tem um conserva‐
coordenados com os objetivos do líder, cujo nome não di‐ dor ao seu lado para a área de economia, Kim Kwang‐doo,
rei”, afirmou, referindo-se a Putin. que os media apontam como provável primeiro‐ministro.
Defende negociações com a Coreia do Norte em vez
“Tive três milhões de votos a mais do que meu adver‐ de persistir nas agressões mútuas e já apelou a alguma
sário”, lembrou a democrata. Trump perdeu pelo sufrágio contenção por parte de Donald Trump quanto a Pyongya‐
popular, mas ganhou pelo voto indireto. ng, manifestando‐se contra um primeiro ataque america‐
“Sou outra vez uma cidadã ativa, membro da resistên‐ no, para além de exprimir preocupação quanto ao massi‐
cia”, anunciou Hillary, somando‐se ao movimento informal vo sistema defensivo Thaad, dos Estados Unidos, instalado
de resistência ao presidente republicano. no sul do país.
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017 É um defensor dos direitos humanos.

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CONHECIMENTOS GERAIS

Já Ahn Cheol‐so, ex líder do Partido do Povo, é vis‐ Mas a oposição sustenta que a intenção do processo
to como o único candidato a poder fazer frente a Moon é adiar duas eleições regionais previstas para este ano e
Jae‐in, mas as sondagens davam‐lhe apenas 20% dos vo‐ as presidenciais, no que chamam de um auto‐golpe de Es‐
tos. Por vezes comparado a Bernie Sanders, quer reformar tado promovido por Maduro para perpetuar‐se no poder.
educação, saúde e economia e desnuclearizar a península Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
coreana, para além de querer reduzir o poderio económico
controlado por algumas famílias sul‐coreanas. MEIO‐AMBIENTE
Nas presidenciais de 2012 desistiu da candidatura a
favor de Moon para poder consolidar votos contra Park Com 90 milhões de anos, raro fóssil de réptil mari‐
Geun‐hye, objetivo gorado. nho é encontrado na França
Hong Joon-pyo, do Partido Liberdade da Coreia, Ossos fossilizados pertencem à família dos plesios‐
emergido do Partido conservador depois do escândalo sauros e foram descobertos em 2013; eles foram apre‐
que destituiu a presidente Park Geun‐hye, é leal à ex‐Pre‐
sentados nesta quinta no Museu de Ciências Naturais
sidente que vai ser agora julgada por suborno, coerção e
de Angers.
abuso de poder entre outras acusações.
O fóssil de um grande réptil marinho de 90 milhões
Segundo as projeções, encontra‐se ombro a ombro
de anos, encontrado em uma caverna no centro da França,
com o segundo candidato e cerca de 20% de intenção de
voto. foi apresentado como uma “rara descoberta” nesta quin‐
Viu o escândalo bater‐lhe à porta quando escreveu ta‐feira (4) no Museu de Ciências Naturais de Angers.
que, em 2005, teria dado um pó afrodisíaco a um amigo Os ossos fossilizados desse predador pertencem à fa‐
que lhe terá confessado a intenção de violar uma colega. mília dos plesiossauros, grandes répteis que viveram na
Afirmações como “os homens têm trabalho para ho‐ época dos dinossauros nos mares e oceanos, e foram des‐
mens e as mulheres têm o trabalho próprio de mulheres” cobertos em 2013, conta Benoît Mellier, responsável pelo
ou acervo do museu de Angers.
“lavar pratos é trabalho de mulheres” não fizeram cres‐ Os fósseis foram extraídos e levados para o museu em
cer a popularidade do candidato. fevereiro, e serão submetidos a um estudo paleontológico
Fonte: euronews.com/Acessado em 05/2017 aprofundado antes de serem expostos ao público.
Foram encontrados um fêmur de 51 cm de extensão,
Oposição venezuelana diz que não participará de “peças de um punho ou de um pé”, uma série de “peque‐
Constituinte convocada por Maduro nos ossos da mão”, e uma mandíbula completa de um me‐
Poder eleitoral deu nesta semana aval para uma tro de comprimento.
Assembleia Constituinte, em meio a uma onda de pro‐ A descoberta desse exemplar, que provavelmente me‐
testos comandados pela oposição. dia de cinco a seis metros de comprimento, representa
A oposição venezuelana disse neste domingo (07) algo “excepcional, e será interessante para todos os pes‐
que não participará da Assembleia Nacional Constituinte quisadores que trabalham com répteis marinhos no mun‐
convocada pelo presidente Nicolás Maduro, que buscará do”, disse Peggy Vincent, paleontóloga do Museu de His‐
reescrever a Constituição, por considerar que ela se trata tória Natural de Paris.
de uma “fraude”. “Esse animal foi achado em níveis que datam de quase
O poder eleitoral venezuelano deu nesta semana aval 90 milhões de anos atrás. Não sabíamos nada sobre o gru‐
para que Maduro convoque uma Assembleia Constituinte, po dos plesiossauros dessa idade em território europeu, a
em meio a uma onda de protestos comandados pela opo‐ não ser pequenos elementos isolados, mas nada tão signi‐
sição nos quais já morreram 37 pessoas em pouco mais
ficativo e completo”, complementou.
de um mês.
Fósseis de répteis marinhos dessa idade já tinham sido
“Essa não é uma Constituinte, nós não poderíamos
encontrados no norte da África e nos Estados Unidos. “Sa‐
participar de um processo absolutamente fraudulento,
ber que existiam na Europa muda muitas coisas. (...) Não
não vamos fazer com que os venezuelanos sejam parte de
uma fraude”, disse o líder da coalizão de oposição Mesa da é certo, mas é provável que seja uma nova espécie. Se for
Unidade Democrática (MUD), Henrique Capriles. uma espécie que já existe, significa que houve imigrações”,
MAIS: Mais um ferido em protesto morre na Venezue‐ concluiu Vincent.
la; número de mortos sobe para 37 Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017

“Esses personagens que não querem se submeter ao


escrutínio popular inventaram um processo que não está
na Constituição, porque eleições setoriais não existem”,
adicionou Capriles.
O governo socialista de Maduro insiste que a Consti‐
tuinte buscará criar “condições” de normalidade que per‐
mitam realizar processos eleitorais normais que estão em
andamento, como as eleições presidenciais de 2018.

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CONHECIMENTOS GERAIS

Pregão para contratar monitoramento por satélite Levantamento mostra que Brasil perdeu 20% dos
na Amazônia e outras regiões é suspenso manguezais em 17 anos
Licitação é alvo de polêmica porque edital previa Observatório do Clima divulgou mapeamento dos
monitoramento da região amazônica, que já é monito‐ biomas brasileiros feito em parceria com outras enti‐
rada pelo Inpe. Novas datas serão anunciadas em breve. dades. 70 a 80% dos peixes, crustáceos e moluscos que
Um pregão eletrônico do Ministério do Meio Ambiente a população consome precisam do mangue em alguma
(MMA) para contratar serviços de monitoramento ambien‐ fase da vida.
tal por imagens de satélite foi suspenso nesta quinta‐feira O Brasil perdeu 20% de sua área de manguezais em 17
(4), conforme aviso da pregoeira Simone Marcia Borges anos, em parte destruídos pela expansão urbana. O dado
publicado no site da pasta. O documento diz que haverá faz parte da segunda coleção de mapas do Projeto de
ajustes no termo de referência da licitação e que em breve Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil
serão anunciadas novas datas para sua realização. (MapBiomas), feito pelo Observatório do Clima em cola‐
O processo de R$ 78,5 milhões estava gerando polê‐
boração com 18 instituições. Universidades, organizações
mica porque, entre os diversos serviços previstos no edital
não governamentais e empresas de tecnologia contribuí‐
da licitação, há o monitoramento ambiental na região da
ram para o trabalho, considerado o maior levantamen‐
Amazônia, algo que o Instituto Nacional de Pesquisas Es‐
to sobre a cobertura vegetal do Brasil. A mais recente
paciais (Inpe), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia
e Inovações e Comunicações (MCTIC), já faz há mais de 20 radiografia dos biomas brasileiros comparou imagens de
anos por meio dos projetos Prodes e Deter, que vigiam o satélite nos últimos 17 anos.
desmatamento na região. O ministério, no entanto, afirma A pesquisa mostra que, no Paraná, os manguezais di‐
que os novos serviços contratados serão complementares minuíram 23%. Na Bahia, a redução foi 21%, enquanto em
aos do Inpe. Alagoas foi de 14%. A redução da área de mangue é ligada
Em nota, o MMA disse que “pretende aumentar a efi‐ a uma série de fatores, mas a expansão urbana se destaca.
ciência e capacidade da gestão ambiental, auxiliando a exe‐ “Principalmente ocupação imobiliária, tanto causada
cução e avaliação das políticas públicas ambientais, com pelo crescimento do turismo, a instalação de novos re‐
maior transparência e padronização dos procedimentos”. sorts, hotéis, pousadas como também pela ocupação tam‐
Além disso, o Ministério do Meio Ambiente também bém das comunidades. Algumas comunidades vulneráveis
informou que “nenhuma dessas tarefas [que estão previs‐ acabam sendo pressionadas e ocupando as margens dos
tas no novo edital] se sobrepõe aos trabalhos realizados manguezais, construindo suas casas com a madeira do
pelo Inpe, que continuará a produzir os dados oficiais do mangue, inclusive”, explica José Ulisses Santos, analista
desmatamento da Amazônia e outros relacionados às suas ambiental e chefe substituto da área de Proteção
competências institucionais.” Ambiental Costa dos Corais AL/PE.
O mangue é o berçário da inúmeras espécies mari‐
Dependência de serviço terceirizado nhas: 70 a 80% dos peixes, crustáceos e moluscos que a
Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa população consome precisam do bioma em alguma fase
de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do da vida. “Tem diversos peixes que utilizam a área de repro‐
Clima (SEEG), observa que a contratação de uma empresa dução e depois voltam pro mar, espécies economicamente
para realizar as atividades descritas no edital do MMA pode importantes. Então você acaba afetando não só a biodi‐
tornar o ministério dependente de um serviço terceirizado versidade como a própria economia”, explica Fernanda
muito caro e de formato antiquado. Niemeyer, veterinária do Centro de Pesquisas do
“Tecnologias novas permitem gerar plataformas que Nordeste (Cepene).
usam inteligência artificial e algoritimos de classificação au‐
Sem o mangue, várias espécies correm o risco de de‐
tomática que permitem fazer interpretação de imagens de
saparecer do planeta. Entre elas está o peixe‐boi, que fre‐
satélite em escala maior, mais rápida e barata”, diz Azevedo.
quenta o mangue pra procriar, se alimentar e beber água
Investir em uma plataforma do tipo seria uma alternativa
doce. O peixe‐boi é o mamífero marinho mais ameaçado
mais razoável ao formato previsto pelo MMA, segundo o
pesquisador, já que permitiria que analistas entrassem na de extinção do país e o manguezal é o seu principal
plataforma e gerassem as informações no momento em refúgio.
que necessitassem, em vez de depender de análises gera‐ “Se não forem tomadas medidas urgentes, essas es‐
das por uma empresa. pécies que vivem diretamente em volta do mangue elas
“É importante lembrar que temos no Brasil hoje, já im‐ podem ser totalmente afetadas, inclusive vir a se extinguir
plantadas, as melhores tecnologias de monitoramento de algumas espécies ou acabar, ou quase acabar com outras
cobertura e uso do solo no mundo. O Brasil é referência que possam estar dependendo deste ambiente”, alerta a
por trabalhos feitos tanto por órgãos públicos, como o veterinária.
Inpe, quanto pela sociedade civil e instituições de pesqui‐ As fazendas de produção de camarão, a construção de
sa. Com tantas coisas disponíveis, seria importante investir estradas e o assoreamento dos estuários braços de mar
nessas iniciativas”, conclui Azevedo. que encontram os rios também estão devastando os man‐
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017 guezais.

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CONHECIMENTOS GERAIS

A regeneração do mangue pode demorar décadas, Mais cedo, uma fonte do governo disse à Reuters que
alertam os especialistas. “São árvores jovens, não muito autoridades da gestão Trump provavelmente irão se reunir
velhas, duram até 60, 70 anos, mas em 30 anos, até no má‐ em maio para decidir se mantêm os EUA no acordo climá‐
ximo 20, 30 anos a gente pode ter uma floresta de man‐ tico. Eles já fizeram uma reunião inicial na quinta-feira na
gue com a sua fauna associada”, aponta o oceanógrafo e Casa Branca.
biólogo da Universidade de Pernambuco (UPE), professor O grupo de conselheiros, que inclui o secretário de Es‐
Clemente Coelho Junior. tado, Rex Tillerson, o secretário de Energia, Rick Perry, e o
conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, deve
Esperança tomar uma decisão antes da cúpula do G7 em 26 de maio,
Por outro lado, a volta gradual da floresta atlântica segundo a fonte.
é um exemplo de que é possível reverter o processo. O Tillerson, ex‐diretor da petroleira Exxon Mobil Corp, e
bioma, que teve sua cobertura original reduzida a 12,5%, Perry disseram que os EUA deveriam permanecer no acor‐
cresceu de 276 mil quilômetros quadrados em 2001 para do, e McMaster compartilha essa opinião, disse uma fonte
301 mil quilômetros quadrados em 2015. de fora do governo.
No Paraná, houve um crescimento de 5 mil quilôme‐ Entre os opositores do pacto estão o diretor da Agên‐
tros quadrados de mata, principalmente por recuperação cia de Proteção Ambiental, Scott Pruitt –ex‐procurador‐
de áreas de preservação permanente, como margens de geral de Oklahoma, Estado produtor de petróleo–, e o es‐
rios. Em relação à área total, o Rio de Janeiro teve 17,8% de trategista‐chefe da Casa Branca, Steve Bannon.
florestas a mais em 2015 em comparação com 2001, um Fonte:g1.com/Acessado em 05/2017
crescimento de 10 mil para 12 mil quilômetros quadrados.
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017 CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
Trump diz que EUA querem tratamento justo em Um adolescente mexicano diz ter criado um sutiã que
acordo climático consegue, em até 90 minutos, detectar o câncer de mama
Presidente americano disse que vai anunciar deci‐
em mulheres.
são sobre permanência do EUA no pacto em duas se‐
Com um protótipo do sutiã Eva, Julian Rios Cantu, de
manas. Em campanha, Trump prometeu que iria retirar
18 anos, e três amigos, arrecadaram dinheiro para dar co‐
os EUA do pacto de Paris.
meçar os testes e ganharam o primeiro prêmio do Global
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
Student Entrepreneur Awards uma premiação internacio‐
queixou‐se na quinta‐feira (27) de que seu país está rece‐
nal para universitários empreendedores.
bendo um tratamento injusto no Acordo Climático de
A empresa dos mexicanos, Higia Technologies, ganhou
Paris e disse à Reuters que vai anunciar uma decisão
US$ 20 mil para desenvolver comercialmente o produto.
em cerca de duas semanas sobre a permanência dos EUA
Mas como um sutiã que detecta câncer funcionaria?
no pacto.
O republicano Trump, eleito em novembro, prometeu Tumores malignos podem aumentar a temperatura da
durante a campanha que iria retirar os EUA do pacto de pele por causa de um aumento no fluxo de sangue para
Paris até 100 dias depois de assumir a Presidência, parte a região onde estão. Biossensores colocados no sutiã Eva
de um plano mais amplo para revogar as proteções am‐ tomariam medidas de temperatura periódicas da mulher
bientais do governo de seu antecessor, Barack Obama, que que seriam registradas em um aplicativo de celular.
ele disse estarem prejudicando a economia. O aplicativo, por sua vez, alerta a usuária caso os sen‐
Desde então ele afirmou estar aberto a continuar no sores detectem mudanças de temperatura que possam ser
acordo se Washington tiver termos melhores, e dezenas de preocupantes.
grandes empresas norte‐americanas e vários parlamenta‐ Seria necessário usar o sutiã por 60 a 90 minutos para
res de seu partido o exortaram a manter a filiação como ter medições precisas.
forma de proteger os interesses industriais de seu país no Ressalvas
exterior. Julian afirmou que a ideia de colocar os sensores den‐
Trump, que completa 100 dias no cargo no sábado, tro de um sutiã pode melhorar a precisão das medições, já
disse à Reuters em uma entrevista que irá anunciar sua que os seios da mulher estariam na mesma posição a
decisão “em cerca de duas semanas”, mas reclamou que cada vez que sua temperatura for medida.
China, Índia, Rússia e outros países estão pagando muito Mas, como o protótipo ainda não foi testado, especia‐
pouco para ajudar nações mais pobres a combaterem a listas têm ressalvas em relação a sua edicácia para detectar
mudança climática nos termos do Fundo Clima Verde. o câncer.
“Não é uma situação justa porque eles não estão pa‐ “Sabemos que tumores costumam ter um siste‐
gando virtualmente nada, e nós estamos pagando quanti‐ ma anormal de vasos sanguíneos, mas também sabemos
dades enormes de dinheiro.” que o aumento do fluxo sanguíneo para uma região não é
Instado a dar uma dica sobre sua decisão, ele respon‐ necessariamente um indicativo confiável de câncer”, disse
deu: “Posso dizer isto: queremos ser tratados justamente.” à BBC Anna Perman, do instituto de pesquisa Cancer Re‐
search UK.

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CONHECIMENTOS GERAIS

“É ótimo ver jovens como Julian se envolvendo com Além disso, a equipe de cientistas descobriu que os
ciência e tendo ideias que podem ajudar no diagnóstico, anticorpos podem ser usados na produção de uma vacina.
mas uma parte importante da ciência são os testes rigoro‐ Os pesquisadores da Universidade Rockefeller tiveram
sos para garantir que uma inovação realmente beneficiará acesso a amostras de sangue de mais de 400 pessoas atra‐
os pacientes.” vés de colaboradores no Brasil e no México.
Julian quase perdeu a mãe para o câncer de mama Uma análise profunda mostrou que cinco delas conti‐
quando tinha 13 anos de idade, porque a doença foi diag‐ nham anticorpos praticamente idênticos e que sugeriram
nosticada tardiamente. que essas moléculas eram especialmente efetivas na luta
O médico que a acompanhava disse que os caroços contra o vírus da zika.
encontrados em seu seio não eram malignos, mas ele es‐ Os anticorpos, batizados como Z004, foram inseridos
tava errado. Seis meses depois, uma segunda mamografia em ratos de laboratório que desenvolveram uma proteção
revelou o câncer. A mãe de Julian teve ambos os seios re‐ contra uma infecção séria da doença. Eles também pare‐
movidos. ceram ser efetivos na luta contra a dengue, um vírus muito
Depois de pesquisar sobre a doença e seus atuais mé‐ parecido com o da zika.
todos de diagnósticos, o adolescente teve a ideia, regis‐ Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
trou a patente e pediu a ajuda de amigos para administrar
a empresa. Eles esperam poder vender o sutiã no fim de Mar do Caribe invadiu Amazônia duas vezes há mi‐
2018. lhões de anos Estudo foi publicado na revista “Science
Advances”
Sinais Mar do Caribe invadiu Amazônia duas vezes há mi‐
De acordo com Perman, detectar o câncer de mama lhões de anos
em seu estágio inicial pode aumentar muito as chances de Estudo foi publicado na revista “Science Advances”
sobreviver à doença. Agência ANSA
“Nosso conselho é que a pessoa conheça seu corpo, Partes da Floresta Amazônica na Colômbia e no Brasil
saiba o que é normal para ela e, se vir algo incomum, pro‐ foram inundadas pela água do Mar do Caribe em dois mo‐
cure um clínico geral”, diz. mentos no período Mioceno, cerca de 23 milhões de anos
Alguns dos primeiros sinais de câncer de mama são: atrás, revelou um estudo publicado pela revista Science
Caroços na área do peito ou das axilas; Advances.
Mudanças no tamanho, no formato ou na sensação De acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta‐fei‐
do seio; ra (3), a descoberta foi possível graças a 933 tipos de evi‐
- Vazamento de fluido pelo bico do seio, que não seja dências que incluem um minúsculo dente de tubarão, par‐
leite materno. tes de camarões, pólen e diversos organismos marinhos.
Fonte:g1.com/Acessado em 05/2017 O estudo foi realizado por cientistas do Instituto de
Pesquisa Tropical Smithsonian, com sede no Panamá,
Universidade dos EUA descobre anticorpo que e liderado pelo geólogo colombiano Carlos Jaramillo. O
pode virar vacina contra a zika grupo examinou sedimentos da bacia Llanos, no leste da
Cientistas usaram amostras de sangue de mais de Colômbia, e a bacia do Amazonas e Solimões, no Noroeste
400 pessoas do Brasil e do México. Cinco delas conti‐ do Brasil.
nham anticorpos praticamente idênticos gerados em De acordo com o pesquisador, as inundações foram
um contato anterior com vírus da zika. “rápidas”, com duração de menos de um milhão de anos
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Rocke‐ cada uma. A questão é um tema de debate entre os cien‐
feller de Nova York afirmou ter identificado uma possível tistas por se tratar de um terreno que continua sendo difí‐
nova forma de lutar contra o vírus da zika e que também cil de estudar, e os dados consistentes são poucos.
pode resultar no desenvolvimento de uma vacina contra Fonte: jb.com.br/Acessado em 05/2017
a doença.
A instituição indicou em um artigo publicado em seu Hackers usam e-mails falsos para acessar dados de
site que os cientistas encontraram em amostras de sangue usuários do Google
coletadas de pessoas do México e do Brasil anticorpos em Empresa informou que já trabalha na resolução do
formas de proteínas produzidas pelo sistema imunológico problema. Criminosos enviavam links do Google Docs
que previnem que o vírus se desenvolva. para ter acesso a contas de usuários.
Esses anticorpos, segundo a pesquisa, teriam sido ge‐ Google alertou seus usuários para que tomem cuida‐
rados inicialmente em uma resposta a uma infecção ante‐ do com e‐mails de contatos conhecidos pedindo‐lhes para
rior do vírus, indica o texto. clicar em um link do Google Docs, após um grande nú‐
“Em futuro próximo, esses anticorpos poderiam ser mero de pessoas reclamar nas redes sociais de terem suas
muito úteis. Poderíamos, por exemplo, administrá‐los de contas hackeadas.
forma segura para prevenir o zika em mulheres grávidas A empresa informou nesta quarta-feira (3) que tomou
ou em outras pessoas sob risco de contrair a doença”, ex‐ medidas para proteger os usuários dos ataques: desativou
plicou o pesquisador Davide Robbiani. contas ofensivas e removeu páginas mal‐intencionadas.

27
CONHECIMENTOS GERAIS

“Nossa equipe está trabalhando para evitar que este


tipo de fraude aconteça novamente”, informou a empresa
ANOTAÇÕES
em um e‐mail.
Segundo especialistas em segurança que analisaram
o esquema, usuários recebem por e‐mail um pedido para ___________________________________________________
clicar em um link para visualizar um documento do Goo‐
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gle Docs e, sem saber, fornecem aos hackers acesso ao
conteúdo de suas contas do Google, incluindo o correio ___________________________________________________
de e‐mail, contatos e documentos online.
“Esta é uma situação muito séria para quem está infec‐ ___________________________________________________
tado porque as vítimas têm suas contas controladas por
alguém mal‐intencionado”, disse Justin Cappos, professor ___________________________________________________
de segurança cibernética da Tandon School of Enginee‐ ___________________________________________________
ring da Universidade de Nova York. Cappos afirmou que
recebeu sete desses e-mails maliciosos em três horas na ___________________________________________________
tarde de quarta‐feira, uma indica‐ ção de que os hackers
estavam usando um sistema auto‐ matizado para realizar ___________________________________________________
os ataques.
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Ele disse não saber o objetivo do golpe, mas ressaltou
que as contas comprometidas podem ser usadas para re‐ ___________________________________________________
definir senhas de contas de bancos online ou dar acesso a
informações financeiras. ___________________________________________________
Fonte: g1.com/Acessado em 05/2017
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Questões ___________________________________________________

01) Sobre as investigações da chamada “Lava‐Jato”, ___________________________________________________


analise as seguintes afirmativas.
I. O promotor público Sergio Moro é um dos principais ___________________________________________________
agentes no que se refere ao andamento das investigações, ___________________________________________________
o que fez com que ele ficasse conhecido nacionalmente.
II. Até o momento, diversos políticos e representantes ___________________________________________________
de empreiteiras foram denunciados, sendo que alguns já
foram presos. ___________________________________________________
III. A denominação dada à operação é proveniente de ___________________________________________________
uma investigação semelhante ocorrida em postos de ga‐
solina nos Estados Unidos nos anos 90. ___________________________________________________
Está correto o que se afirma em:
a) I, somente. ___________________________________________________
b) I e II, somente.
___________________________________________________
c) I e III, somente.
d) II, somente. ___________________________________________________
e) todas.
Resposta : D ___________________________________________________

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28
CONHECIMENTOS GERAIS

ANOTAÇÕES

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29
CONHECIMENTOS GERAIS

ANOTAÇÕES

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