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Aquicultura Producao Fazenda Camarao
Aquicultura Producao Fazenda Camarao
PLANO DE NEGÓCIO:
FAZENDA DE CAMARÃO
Aluna:
Stella Maria de Sousa Rocha
o
(técnica em Química, estudante do 8 . período de administração - UFS,
funcionária pública estadual)
1. SUMÁRIO EXECUTIVO
2. ASPECTOS MERCADOLÓGICOS:
3. ASPECTOS OPERACIONAIS
3.1. Instalação
3.2. Tecnologias e Equipamentos
3.3. Custos da implantação
1. SUMÁRIO EXECUTIVO
O camarão tem sangue azul, só que ninguém vê a olho nu. Seu corpo, dividido em
cefalotórax (cabeça), abdome (cauda) e telso (leque), apresenta antenas na
cabeça, para tatear e cheirar. o cefalotórax aloja o coração, o cérebro, o estômago e
as brânquias. A casca, constituída de quitina e sais de cálcio, é trocada
periodicamente, mas o dono não a desperdiça: come-a simplesmente. A indústria
aeronáltica também a aproveita, transformada em cola de alta resistência.
Não vive em média mais de dois anos; Com um ano de vida já está pronto para a
aventura sexual: cada macho se cerca de uma ou duas fêmeas, cuja prole é
interminável: de 200.000 a 1 milhão de ovos de cada vez. Parecem todos iguais, mas
se agrupam em 10.000 espécies e recebem uma infinidade de nomes: camarão
pistola; camarão legítimo; camarão lixo; e camarão de barba- ruça são os mais
originais.
O maior deles é o pitu (Macrobrachium carcinus) que pode pesar 800 gramas; os
menores que nem nome têm, pesam 1 grama. Os camarões são bentônicos e
reptantes: vivem, caminham e comem no fundo de marés e rios. Satisfazem o
estômago com qualquer forma de detrito vegetal ou animal que encontram. Mas
também podem praticar o cabalismo. Todos surgiram no mar; depois, alguns se
adaptaram á água doce. Existem em grande quantidade no Brasil, livres ou em
cativeiro. As 28 espécies encontradas no mar são criadas em vinte fazendas, em
todo o país. principalmente no norte: a costa do território do Amapá é o maior banco
camaroeiro contínuo do mundo e o maior pólo pesqueiro do país. Nos rios brasileiros
proliferam 130 espécies e há cerca de cem fazendas para criá-los. A espécie de mais
alto valor comercial cultivada no Brasil é a do camarão do Pacífico (Litopenaeus
vannamei). O cultivo desta espécie, a partir de 1997, vem mostrando um acelerado
ritmo de crescimento chegando no ano 2000 a 6.250 hectares de viveiros produtivos
e 25.000 toneladas de produto despescado, o que
representa uma produtividade nacional de 4.000 kgs/ha/ano. No biênio 1999/2000,
registra-se pela primeira vez na carcinicultura brasileira uma acentuada reorientação
de mercado do camarão cultivado - antes quase que exclusivamente destinado ao
consumo nacional - para os mercados do exterior, notadamente para o mercado
europeu. Estima-se que pelo menos 40% da produção nacional em 2000, ou umas
10.000 toneladas, foram exportadas. O crescente ritmo de exportação do camarão
cultivado fica evidenciado ao analisar-se a contribuição do produto para a balança
comercial do país. Na verdade, o camarão marinho cultivado é a atividade
agropecuária que melhor vem respondendo aos apelos do Governo Federal de
aumentar as exportações. De US$ 2,8 milhões exportados em 1998, passou para
US$ 14,2 milhões em 1999 (+ 405%), e para um pouco mais de US$ 70,0 milhões
em 2000. Para 2001, as projeções indicam uns US$ 150,0 milhões. A meta de
exportação estabelecida no Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Camarão
Marinho Cultivado elaborado pelo DPA/MA é US$ FOB 433,0 milhões, com a
incorporação de 30.000 ha até o ano 2003. Cabe ressaltar que somente no nordeste
existem mais de 300.000 ha em condições de se implantar projetos de carcinicultura
(MINAGRI, 1999).
2.8. Metas
2.10. Clientela
O Estado de Sergipe produz atualmente 188 toneladas de camarão por ano, ficando
em 11º lugar no ranking dos produtores nacionais, o que equivale a cerca de 80% da
demanda estadual. Estados vizinhos como a Bahia e Alagoas produzem em maior
quantidade, entretanto, suas demandas são infinitamente maiores, o que aponta
como oportunidade de boas vendas.
Esse tipo de negócio não possui ainda uma concorrência acirrada devido a demanda
ser maior do que a sua oferta.
Os concorrentes substitutos são os que mais influenciam na demanda do produto,
pois possuem preços mais acessíveis à população.
2.12. Análise dos Fornecedores
Após consulta junto ao SEBRAE, concluiu-se que a melhor opção seria implantar a
fazenda de camarão na região do Baixo São Francisco, interior do Estado, devido
principalmente aos seguintes fatores:
3. ASPECTOS OPERACIONAIS
3.1. Instalação
Limpo o local, inicia-se a construção do muro que irá delimitar a fazenda de camarão.
O muro é construindo pela lama do próprio viveiro, e deve possuir uma altura de 1,5
m e uma largura de 2m. Essa etapa, para um viveiro de 3 hectares, dura
aproximadamente 1 mês e 20 dias, com cerca de 20 trabalhadores por dia.
Construído o muro, inicia-se a construção das levadas, canais mais profundos (1,40m
de profundidade) distribuídos em todo o viveiro, onde os camarões irão se
desenvolver. Esta etapa leva aproximadamente mais 1 mês, com 10 trabalhadores
em sua execução. A parte mais rasa do viveiro deve ter 0,7 m de profundidade.
As duas primeiras etapas citadas acima podem ser encurtadas e facilitadas com o
uso de máquinas e tratores apropriados. Neste projeto, não se fez o uso de tais
equipamentos, tendo em vista a existência de um projeto social, onde se deve
priorizar o uso da mão de obra local, gerando renda para a população.
Após esse trabalho, dá-se início à construção da porta d’água, que é um tipo de
comporta por onde a água vai entrar e sair de acordo com a maré. A água deve ser
filtrada antes de suprir os viveiros, com o uso de telas colocadas nesta porta d’água,
evitando a invasão de organismos indesejáveis.
O viveiro assim já está em sua fase de construção concluída. São feitas, então,
diversas lavagens do viveiro, enchendo-o e vazando-o para que toda a área esteja
totalmente limpa. Neste ínterim, faz-se a análise do solo e da água, procurando
parâmetros como temperatura, pH, salinidade, oxigênio dissolvido e amônia, para
que se possam fazer as correções do solo e da água necessárias. A temperatura
deve variar de 24 a 28° C. Abaixo disso, crescimento dos camarões pode ser
retardado. O pH da água de cultivo deve ser levemente alcalino, entre 8,0 a 8,5.
Caso o pH não esteja dentro desta faixa, deve-se trocar a água periodicamente, para
que não haja aumento de excreções de matérias orgânicas, que prejudicam o
desenvolvimento dos camarões. A salinidade da água deve ser em torno de 0,35%, e
deve ser medida todos os dias, o que se faz com a utilização de um refratômetro. Um
dos fatores mais importantes no criatório de camarão é a oxigenação da água. Deve-
se evitar que as concentrações de oxigênio dissolvido sejam mais baixas que 3 ppm,
sendo que 6 ppm são concentrações aceitáveis para o cultivo. Caso haja deficiência
de oxigênio, deve-se utilizar o método de aeradores de pás, colocados na superfície
da água. A amônia é produto da excreção dos próprios camarões, e pode ser tóxica
para os mesmos, se em concentrações acima do normal. Aconselha-se neste caso
uma maior freqüência na troca da água do viveiro.
Para um viveiro ideal, necessário se faz um quite para medição dos fatores acima
citados, como pH, salinidade, oxigênio, etc. Esse quite pode ser adquirido em casas
de material químico ou com representantes. Os aeradores de pás são equipamentos
de fácil construção e manuseio, podendo ser adquiridos com facilidade. A troca de
água é feita com o auxílio de moto-bombas.
3.3. Custos da implantação