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Vitória,
Dezembro/1999
SUMÁRIO
Página
1. Apresentação .............................................................................................. 3
2. Introdução ................................................................................................... 4
3. Enquadramento Técnico do Negócio ......................................................... 5
4. O Projeto ..................................................................................................... 6
5. Mercado ...................................................................................................... 18
6. Aspectos Econômicos e Financeiros .......................................................... 19
6.1 Detalhamento dos Investimentos .............................................................. 19
6.2 Detalhamento do Fluxo de Produção e de Receitas ................................. 22
6.3 Fluxo de Caixa do Empreendimento ........................................................ 22
6.4 Análise do Custo de Produção do Empreendimento ................................ 23
7. Índices Financeiros do Empreendimento ................................................... 24
8. Incentivos e Fontes de Financiamento ........................................................ 26
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1. APRESENTAÇÃO
Iniciar uma atividade empresarial requer do investidor o pleno domínio da atividade que se
propõe a iniciar. Neste sentido, tão importante quanto o conhecimento do ambiente
econômico no qual está inserido, sua capacidade gerencial é um fator de fundamental
relevância para o bom desempenho do negócio.
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2. INTRODUÇÃO
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Atualmente o Estado do Espírito Santo apresenta uma área superior a 600 ha,
cultivados com a palmeira pupunha, e já agrupa uma associação de produtores de palmito
que busca estimular a uniformização da produção e a obtenção de melhor qualidade do
produto.
• Produção de Palmito
• Primário
• Produção de palmito
• Palmito
R$ 82.500,00
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4. PROJETO
4.1 Objetivo:
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- Organização: compreender as relações internas para ordenar o processo produtivo e
administrativo de forma lógica e racional , entender as alterações ocorridas no meio
ambiente externo de forma a estruturar a empresa para melhor lidar com estas
mudanças.
A pupunheira é uma planta rústica e vem sendo explorada com sucesso, em razão
da alta capacidade de adaptação às diversas condições climáticas. As condições ambientais
ideais encontram-se nos climas quentes e úmidos, com temperatura média acima de 22oC e
abundância de chuvas (acima de 1300 mm anuais), bem distribuídas ao longo do ano. Outra
limitação importante é a altitude, que não deve ser superior a 850m, provavelmente devido
às baixas temperaturas noturnas das regiões altas.
Na região Norte do Espírito Santo, nos Tabuleiros Costeiros (Zonas 7, 8 e 9) , onde
estão implantados os projetos pioneiros de pupunha, ocorrem com maior freqüência os
solos classificados como Latossolo Amarelo, Podzólico Amarelo e o Latossolo Vermelho
Escuro, com distribuição irregular das chuvas, necessitando de irrigação, uma vez que a
precipitação pluviométrica concentra-se nos meses de verão. Para desenvolver-se bem, a
planta exige solos bem drenados, com textura média a leve e não tolera solos encharcados.
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. Zonas naturais do Estado do Espírito Santo
ÁREA: 46.184
Km2
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4.4 Processo Produtivo
• Vantagens ecológicas: Plantio a céu aberto, não necessitando ser plantada sob
mata ou capoeira, e consequentemente, sem causar dano às florestas nativas.
Com a expansão desta cultura, ir-se-ão diminuindo as pressões sobre a extração
devastadora das palmeiras nativas nas matas Atlântica a Amazônia.
• Custo relativamente baixo de implantação da lavoura.
• Baixo custo de manutenção.
• Maior precocidade de produção - em média, 18 meses após o plantio efetua-se o
primeiro corte.
• Capacidade de perfilhamento, permitindo que se possa repetir o corte nos anos
seguintes, sem necessidade de replantio da área.
• Boa produtividade de palmito por área e com bom rendimento no
processamento.
• Boas características organolépticas e textura do palmito de pupunha.
• Sem problemas de aceitação pelo mercado consumidor.
• Segurança para o produtor: o palmito não estraga, já que o produtor pode deixá-
lo no campo, ou então, envasá-lo, realizando a venda quando for mais
conveniente.
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4.4.1 O Fluxograma
PUPUNHA
PLANEJAMENTO DA LAVOURA
PRODUÇÃO DE MUDAS
IMPLANTAÇÃO DA LAVOURA
MANEJO DA CULTURA
COLHEITA
PROCESSAMENTO
COMERCIALIZAÇÃO
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a) Obtenção de Sementes
Uma pupunheira produz até 8 cachos por ano, os quais podem apresentar até 350
frutos cada um. A época de frutificação é, normalmente, de janeiro a abril e uma vez
adquiridas, devem ser imediatamente semeadas, pois o poder germinativo cai rapidamente.
Para retirada das sementes, os frutos devem ser colhidos maduros, provenientes de
plantas matrizes sadias, vigorosas e que produzam muitos perfilhos, mas não em estágio
avançado de maturação, pois a polpa poderia conter uma série de fungos que poderiam
afetar a semente, prejudicando a germinação. Descartar as sementes que estejam
deformadas, furadas ou atacadas por fungos ou insetos.
Após a colheita dos frutos, faz-se a retirada das sementes manualmente, colocando-
as de molho em água durante 36 a 72 horas, descartando as que boiarem. Friccionar a cada
24 horas, as sementes uma às outras e trocar a água. Depois de limpas, desinfectá-las em
uma solução de hipoclorito de sódio (1,5 parte de água sanitária para 1 parte de água)
durante 10 a 15 minutos. Lavá-las a seguir, em água corrente e colocá-las parar secar à
sombra por um período de 3 a 4 horas, semeando-as em seguida..
Quando da aquisição de sementes, observar se as mesmas estão devidamente limpas
e desinfectadas. Se preencherem todos os requisitos de controle de qualidade, mergulhá-las
em água durante 12 a 24 horas, para reidratá-las.
b) Semeadura e Germinação
A semeadura deve ser feita em canteiros com areia e serragem curtida (1:1). Os
canteiros deverão ter uma largura de 1m e comprimento variável com a dimensão do
viveiro. Esta mistura para a formação do substrato facilita a retirada da plântula por ocasião
do transplante para os sacos de polietileno preto. Distribuir as sementes em sulcos
distanciados de 5 centímetros entre si, e à profundidade de 3 centímetros, cobrindo-as com
uma fina camada da mistura (cerca de um centímetro) da mistura areia-serragem. Cobrir a
sementeira com palhas de palmeira a uma altura de 50 cm do solo. Quando as sementeiras
são bem conduzidas, não apresentam problemas de doenças fúngicas, entretanto, caso seja
necessário, pode ser utilizado o Benlate (2g/l), alternando a cada semana com Cerconil
(3,5g/l).
Os canteiros devem ser irrigados diariamente, evitando-se o encharcamento.
O tempo para germinação é bastante variado. O processo inicia-se logo após a
colocação das sementes no substrato. A germinação ocorrerá cerca de 60 dias após a
semeadura, porém, deve dar o processo por terminado aos 150 dias, pois as plântulas que
germinam a partir desta data são menos vigorosas e apresentarão problemas de
desenvolvimento a nível de campo. A percentagem de germinação média é de 70 a 80%.
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sombreamento para o pleno sol. De maneira geral, a semeadura ocorre em março/abril, a
germinação e o transplante para os sacos plásticos em julho/agosto e o plantio a nível de
campo, em janeiro, quando as mudas estiverem com seis folhas (no mínimo quatro folhas).
d) Repicagem e Seleção
Deve-se evitar fazer o transplantio definitivo, para o campo, de mudas novas novas.
O ideal é que tenham seis folhas e cerca de 40 cm de altura. O transplantio deve ser em dias
chuvosos ou nublados e com boa umidade do solo. Deve-se evitar dias claros e muito
quentes. Mesmo com todos estes cuidados, as plantas sentem o transplante para o campo,
ficando com as folhas amareladas. Por seis meses subseqüentes, o crescimento é muito
reduzido. Após este período as plantas começam a crescer lentamente. O pique de
crescimento ocorre após 10 a 12 meses do plantio definitivo.
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g) Locação do pupunhal
h) Preparo do Solo
i) Calagem
j) Coveamento
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de galinha, ou outra fonte de matéria orgânica. Os adubos devem ser misturados com a terra
da camada superficial que é mais fértil, e em seguida colocadas no fundo da cova.
l) Nutrição e Fertilidade
Deve ser feita de acordo com a análise de solo e a produção média do ano anterior.
O sistema radicular da pupunheira é superficial, razão pela qual recomenda-se a adubação
entre as linhas. É importante o uso de matéria orgânica e suplementação com cloreto de
potássio, sulfato de amônia e superfosfato simples. A pupunha responde bem a adubações
de nitrogênio e potássio.
Embora a adubação deva ser recomendada de acordo com os resultados da análise
do solo, a fórmula 20:05:15 tem sido uma das mais recomendadas quando da adubação da
pupunha. A aplicação da fórmula deve ser parcelada em 4 a 5 vezes ao ano, utilizando-se
em cada aplicação cerca de 50 g por planta.
O nitrogênio e o potássio tem apresentado resultados bastantes significativos com
relação ao crescimento geral das plantas. O potássio atua ainda no perfilhamento.
o) Espaçamento
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p) Consorciação com outras Culturas
q) Tratos Culturais
r) Tratos Fitossanitários
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s) Irrigação
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4.4.4 Desbaste de Perfilhos
4.4.6 Produtividade
4.4.7 Beneficiamento
“In Natura” – Pode ser simplesmente envolvido em filme plástico, ainda com
casca.
Pode também ser embalado em pequenas bandejas de isopor com invólucro de
plástico. Cada bandeja acondicionado em torno de 400 gramas, tanto para o caso de palmito
de primeira, como para o de segunda. Nesta embalagem o palmito sofreria refrigeração,
podendo permanecer por 6 dias sem comprometimento das suas características
organolépticas.
4.4.8 Industrialização
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aperitivos; e o palmito em cilindros em torno de 9 cm de comprimento (palmito de
primeira - tradicional).
• Mercado Interno:
• Mercado Externo:
A preferência do mercado exterior é consumir o palmito cozido e conservado em
salmoura acidificada ou marinado, e embalado em latas.
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5.3 Mercado Alvo
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b) Orçamento para produção de mudas para 10 hectares (30.000).
2. Insumos
Sacolas ud. 30.000 0,06 1800,00
Sementes kg 30 100,00 3000,00
Esterco Curtido l 10.000 0,10 1000,00
Mourões(2,5m x 0,16m) un 160 1,00 160,00
Bambú ( 4 m ) un 240 0,20 48,00
Folha de Palmácea um 900 0,20 180,00
3. Total 7.388,00
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c) Orçamento de formação e manutenção de 10 hectares plantados com Palmito
Pupunha.
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d) Estimativa do Total de Capital Necessário
2 5 27.500,00
3 15 82.500,00
4 15 82.500,00
5 15 82.500,00
6 15 82.500,00
7 15 82.500,00
8 15 82.500,00
9 15 82.500,00
10 15 82.500,00
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Quadro 4 – Fluxo de Caixa do Empreendimento, em R$ 1,00 – Módulo de dez
hectares plantados com Palmito Pupunha.
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No Quadro encontram-se os indicadores do capital e custos e de rentabilidade
financeira.
O custo operacional médio por ano de produção de palmito pupunha é estimado em
de R$ 3.168,12 por tonelada. Considerando o preço médio de R$ 5.500,00 por tonelada,
tem-se um lucro médio operacional de R$ 2.331,88 por tonelada.
Especificação Valor(R$)
O Valor Presente Líquido foi calculado a partir de uma taxa mínima de atratividade de
15% ao ano, ou do chamado custo de oportunidade do capital, representando um desejo do
empreendedor de obter nesse negócio um retorno de pelo menos 15% ao ano. A partir da
determinação deste percentual é então calculado o valor atual (presente ou descontado) de
todos os componentes do fluxo líquido de caixa, cujos valores são então somados para
encontrar o Valor Presente Líquido. Para o presente perfil o VPL está calculado em R$
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107.525,02 para um módulo de 10 hectares, conforme Quadro 7, significando que os
resultados obtidos remuneram o valor do investimento feito, em 15% ao ano e ainda
permitem aumentar o valor da empresa daquela importância, o que indica a viabilidade
desse empreendimento.
É a taxa de desconto que torna nulo o valor atual do investimento, isto é, a taxa de
remuneração anual do empreendimento. Neste perfil, a Taxa Interna de Retorno é de 54,06
% ao ano, conforme Quadro 7. Por esse indicador, pode-se concluir que o investimento do
empreendedor será remunerado a esta taxa anual. Significa que o empreendimento
apresenta uma taxa de retorno sobre o investimento inicial superior à taxa média de
atratividade do mercado. Em síntese, o projeto é considerado viável.
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8. INCENTIVOS E FONTES DE FINANCIAMENTO
8.2.1 BNDES/Automático
Agente Operador
Objetivo
Beneficiários
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Itens Financiáveis
Condições Operacionais
Prazo
Taxas de Juros
Garantias
Reais: Equivalentes, no mínimo, a 1,5 vezes o valor financiado. Os bens dados como
garantia deverão ter seguro.
Pessoais: Aval ou fiança de terceiros.
8.2.2 FUNRES/PROPEN/MIPEQ
Agente Operador
Somente o Bandes.
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Objetivo
Apoio financeiro, assistência técnica e gerencial a micros e pequenas empresas dos setores
industrial, agro-industrial, de comércio e serviços, visando implementar política de geração
de empregos e renda.
Beneficiários
Empresas existentes, classificadas com base na receita operacional líquida anual, relativa ao
último exercício social, e empresas novas, classificadas com base na previsão da receita, da
mesma forma, verificadas, em ambas situações o número de empregados, observados os
seguintes parâmetros:
a) Micro empresas: cujas receitas operacionais líquidas sejam de até 250.000 UFIR, e
tenham até 19 empregados, no caso de indústria, e 9, no caso de comércio e serviços;
b) Pequenas empresas: cujas receitas operacionais líquidas sejam acima de 250.000 e até
750.000 UFIR, e tenham de 20 até 99 empregados, no caso de indústria, e de 10 a 49,
no caso de comércio e serviços.
Itens Financiáveis
Investimentos fixos e mistos, limitado o apoio para capital de giro a 20% do total do
investimento fixo financiável: pequenas reformas e instalações físicas; máquinas e
equipamentos novos e usados; móveis e utensílios novos e usados.
Condições Operacionais
Utilização do Crédito
Forma de Pagamento
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Garantias
Reais e Pessoais, preferencialmente, definidas na ocasião da análise da operação. Os bens
dados em garantia deverão ter seguro.
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