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Série Perfil de Projetos

Unidade produtora de palmito


pupunha

Vitória,
Dezembro/1999
SUMÁRIO
Página

1. Apresentação .............................................................................................. 3
2. Introdução ................................................................................................... 4
3. Enquadramento Técnico do Negócio ......................................................... 5
4. O Projeto ..................................................................................................... 6
5. Mercado ...................................................................................................... 18
6. Aspectos Econômicos e Financeiros .......................................................... 19
6.1 Detalhamento dos Investimentos .............................................................. 19
6.2 Detalhamento do Fluxo de Produção e de Receitas ................................. 22
6.3 Fluxo de Caixa do Empreendimento ........................................................ 22
6.4 Análise do Custo de Produção do Empreendimento ................................ 23
7. Índices Financeiros do Empreendimento ................................................... 24
8. Incentivos e Fontes de Financiamento ........................................................ 26

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1. APRESENTAÇÃO

Iniciar uma atividade empresarial requer do investidor o pleno domínio da atividade que se
propõe a iniciar. Neste sentido, tão importante quanto o conhecimento do ambiente
econômico no qual está inserido, sua capacidade gerencial é um fator de fundamental
relevância para o bom desempenho do negócio.

A Série Perfil de Projetos tem como objetivo suprir de informações o empreendedor


disposto a realizar um novo investimento. Trata-se de um instrumento de auxílio ao
investidor na elaboração de um plano de negócios que deve ser adaptado para cada
situação. E este é o objetivo do SEBRAE/ES: auxiliar as micro e pequenas empresas e dar
as condições necessárias ao surgimento de novos empreendimentos que sejam bem
estruturados e capazes de enfrentar os desafios do mercado.

Este trabalho contém informações sobre o mercado, investimentos necessários à atividade,


previsão de resultados operacionais, fontes de financiamento e diversas informações
relevantes que, em conjunto com outras literaturas sobre o mercado que se pretende atuar,
contribuirá com eficiência maior para uma tomada de decisão segura e com consideráveis
perspectiva de sucesso.

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2. INTRODUÇÃO

O Brasil, é o maior produtor de palmito do mundo com 90% da produção


consumida internamente e o restante exportado. Além de maior consumidor (120.000 ton
de palmito/ano) é considerado, também, maior exportador, responsável pelo abastecimento
de 85% do mercado mundial. Os maiores importadores são os países da Europa, em
especial a França.
Sua exploração restringe-se ainda a uma atividade extrativista, quase
exclusivamente nas reservas naturais existentes.
Embora diversas palmeiras forneçam o palmito comestível, apenas duas espécies
são responsáveis pela quase totalidade do mercado. A Euterpe edulis (Juçara), nativa da
Região Sul do Brasil (Mata Atlântica) e a espécie Euterpe oleracea (Açaizeiro), nativa da
Região Norte do Brasil (Amazônia Tropical), a qual é responsável por mais de 90% da
produção do país. Ambas as espécies demoram cerca de 8 a 12 anos para estar aptas para
corte, com retorno financeiro demorado, sendo um dos principais fatores que desestimulam
seu cultivo.
O corte indiscriminado de palmeiras nativas, leva, invariavelmente, ao decréscimo
das populações naturais. Com o passar do tempo, as palmeiras que ainda não floresceram
são cortadas e, consequentemente, o risco de extinção aparece, como aconteceu com a
espécie Juçara e deve ocorrer, em breve, com o Açaizeiro. Dessa maneira, palmeiras
alternativas, que possam produzir, de forma econômica e ecológica, palmito em escala
comercial, começaram a ser identificadas.
A palmeira que reúne maior número de vantagens, às quais viabilizam seu plantio
em escala comercial, é a pupunheira, nativa da região Amazônica, podendo ser consumido
os seus frutos ou o palmito. Porém, o interesse no cultivo da pupunha, a partir dos anos 90,
é para produção de palmito. É uma iguaria valiosa, de grande aceitação no mercado, onde
consegue preços elevados.
O Estado do Espírito Santo é considerado um tradicional consumidor de palmito,
principalmente do Juçara. Desde o período da colonização, final do século passado e início
deste, os portugueses, italianos e alemães já utilizavam o conjunto macio das bainhas com
as folhas jovens como alimento e as estirpes como material para construção rural, todavia
com o avanço dos desmatamentos, principalmente nas áreas da Mata Atlântica na Região
Centro Serrana do Estado, ocorreu um rápido esgotamento desta palmeira, fazendo com que
se encerrasse o funcionamento da última industria produtora de palmito em Venda Nova do
Imigrante/ES, em 1983. As indústrias migraram para a região Norte do país, notadamente
para o Estado do Pará, onde se processa o Açaí.
Em 1990, houve uma retomada do cultivo do palmito no Estado do Espírito Santo ,
através do programa PROPALM, criado com os objetivos de desenvolver a cultura como
alternativa de diversificação agrícola, enriquecimento florestal, repovoamento ecológico
com as diversas palmeiras produtoras de palmito e incentivar o cultivo renovável. Surgiram
os projetos pioneiros no Estado, visando impulsionar o plantio a nível comercial, bem como
a industrialização do palmito.
No município de São Mateus/ES, em 1994, foi inaugurada uma nova indústria, a
ECOPLAM do grupo COIMEX, onze anos após o encerramento da última indústria da
Região Sudeste.

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Atualmente o Estado do Espírito Santo apresenta uma área superior a 600 ha,
cultivados com a palmeira pupunha, e já agrupa uma associação de produtores de palmito
que busca estimular a uniformização da produção e a obtenção de melhor qualidade do
produto.

3. ENQUADRAMENTO TÉCNICO DO NEGÓCIO

3.1 Tipo de Negócio

• Produção de Palmito

3.2 Setor da Economia

• Primário

3.3 Ramo de Atividade

• Produção de palmito

3.4 Produto a ser Ofertado

• Palmito

3.5 Investimento Previsto

Investimento total: ... R$ 115.553,76


Investimento fixo: ... R$ 74.488,00
Capital de giro: ........ R$ 38.800,00
Reserva Técnica: ..... R$ 2.265,82

3.6 Faturamento anual esperado

R$ 82.500,00

3.7 Índices de Avaliação

Ponto de Equilíbrio ......................................... 16,61 %


Valor Presente Líquido (a 15%) ............ R$ 107.525,02
Taxa Interna de Retorno (anual) ............ 54,06 %
Pay-Back Time (anos) ........................... 3,16
Índice de Lucratividade das Vendas ...... 42,39 %

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4. PROJETO

4.1 Objetivo:

O objetivo do presente perfil do projeto é sistematizar e apresentar informações que


permitam ao investidor potencial analisar a oportunidade de implantação e condução da
cultura da pupunheira visando a produção do palmito em regiões potenciais no Estado do
Espírito Santo.

4.2 Requisitos do Empreendedor

O empreendedor é um agente com visão inovadora, e com a capacidade de


perceber e transformar grandes idéias em negócios rentáveis. Deste modo, é importante
destacar que para o sucesso do cultivo da pupunheira como atividade econômica, é
fundamental o conhecimento do processo produtivo e econômico, para orientar e capacitar
o empreendedor no processo de tomada de decisão, considerando que é vasto o número de
variáveis interferentes no cultivo da pupunha.

Aspectos fundamentais de um empreendedor:

- Criatividade : aceitar desafios e buscar soluções viáveis para o equacionamento de


problemas.

- Liderança: capacidade de inspirar confiança, motivar, delegar responsabilidades,


formar equipe, criar um clima de moral elevado, saber compartilhar idéias, ouvir ,
aceitar opiniões, elogiar e criticar pessoas.

- Perseverança: capacidade de manter-se firme num dado propósito, sem deixar de


enxergar os limites de sua possibilidade, buscar metas viáveis até mesmo em situações
adversas.

- Flexibilidade: poder de controle os seus impulsos para ajustar-se quando a situação


demandar uma mudança, rever posições estar aberto para estudar e aprender sempre.

- Vontade de trabalhar: dedicação plena e entusiasmada ao seu negócio com tempo e


envolvimento pessoal, um negócio é tocado com inspiração mas também com muita
transpiração.

- Auto-motivação: vontade de encontrar a realização pessoal no trabalho e seus


resultados.

- Formação permanente: capacidade de buscar um processo de permanente atualização


de informações sobre o mercado no qual ele se insere, tendências econômicas em todos
os níveis, e atualização profissional sobre novas técnicas gerenciais.

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- Organização: compreender as relações internas para ordenar o processo produtivo e
administrativo de forma lógica e racional , entender as alterações ocorridas no meio
ambiente externo de forma a estruturar a empresa para melhor lidar com estas
mudanças.

- Senso crítico: capacidade de se antecipar aos problemas principais, analisando-os


friamente através de questionamentos que levem a indicações de possíveis alternativas
de solução.

- Visão global do negócio;

- “Capacidade de desaprender”- a evolução exige que o empreendedor tenha uma


capacidade de deletar da memória antigos conceitos e velhas tecnologias, para que esses
espaços possam ser preenchidos com conceitos modernos de gestão e novas
tecnologias;

- Visão sistêmica - os desafios das empresas em um cenário de mercado competitivo


exigirão que o empreendedor entenda do negócio proposto.

- Empreendedorismo- as empresas estão demandando profissionais dinâmicos que têm


coragem de correr riscos e também que não têm medo de cometer erros, que criem
novos empreendimentos e alavanquem o crescimento do negócio proposto.

4.3 Condicionantes Locacionais

A pupunheira é uma planta rústica e vem sendo explorada com sucesso, em razão
da alta capacidade de adaptação às diversas condições climáticas. As condições ambientais
ideais encontram-se nos climas quentes e úmidos, com temperatura média acima de 22oC e
abundância de chuvas (acima de 1300 mm anuais), bem distribuídas ao longo do ano. Outra
limitação importante é a altitude, que não deve ser superior a 850m, provavelmente devido
às baixas temperaturas noturnas das regiões altas.
Na região Norte do Espírito Santo, nos Tabuleiros Costeiros (Zonas 7, 8 e 9) , onde
estão implantados os projetos pioneiros de pupunha, ocorrem com maior freqüência os
solos classificados como Latossolo Amarelo, Podzólico Amarelo e o Latossolo Vermelho
Escuro, com distribuição irregular das chuvas, necessitando de irrigação, uma vez que a
precipitação pluviométrica concentra-se nos meses de verão. Para desenvolver-se bem, a
planta exige solos bem drenados, com textura média a leve e não tolera solos encharcados.

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. Zonas naturais do Estado do Espírito Santo

ÁREA: 46.184
Km2

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4.4 Processo Produtivo

O processo de produção da cultura da pupunha segue diversas etapas que estão


interligadas, no sentido de viabilizar técnica e economicamente os sistemas de produção.
As principais características da pupunheira que interessam para a produção de
palmito são a precocidade, o perfilhamento e a ausência de espinhos. Todas as populações
de pupunheiras perfilham, embora ocorra uma variabilidade muito grande entre plantas. Há
plantas que perfilham logo após 6 meses do plantio definitivo no campo, enquanto outras só
o fazem após o corte da planta-mãe. Para a produção do palmito é interessante plantas quer
perfilhem bem, pois o corte contínuo do palmito dependerá da característica de
regeneração permanente.
A ausência de espinhos, principalmente no pecíolo/raquis das folhas é outra
característica de grande importância quando o objetivo é o cultivo do palmito . Plantas com
espinhos são muito agressivas, dificultam sobremaneira o plantio, tratos culturais e colheita,
necessitam de maior espaçamento devido a esses fatores e produzem um sedimento na
salmoura do produto processado, o que deprecia sua qualidade.

Vantagens do cultivo da Pupunheira:

• Vantagens ecológicas: Plantio a céu aberto, não necessitando ser plantada sob
mata ou capoeira, e consequentemente, sem causar dano às florestas nativas.
Com a expansão desta cultura, ir-se-ão diminuindo as pressões sobre a extração
devastadora das palmeiras nativas nas matas Atlântica a Amazônia.
• Custo relativamente baixo de implantação da lavoura.
• Baixo custo de manutenção.
• Maior precocidade de produção - em média, 18 meses após o plantio efetua-se o
primeiro corte.
• Capacidade de perfilhamento, permitindo que se possa repetir o corte nos anos
seguintes, sem necessidade de replantio da área.
• Boa produtividade de palmito por área e com bom rendimento no
processamento.
• Boas características organolépticas e textura do palmito de pupunha.
• Sem problemas de aceitação pelo mercado consumidor.
• Segurança para o produtor: o palmito não estraga, já que o produtor pode deixá-
lo no campo, ou então, envasá-lo, realizando a venda quando for mais
conveniente.

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4.4.1 O Fluxograma

PUPUNHA

PLANEJAMENTO DA LAVOURA

SELEÇÃO E PREPARO DA ÁREA

PRODUÇÃO DE MUDAS

IMPLANTAÇÃO DA LAVOURA

MANEJO DA CULTURA

COLHEITA

PROCESSAMENTO

COMERCIALIZAÇÃO

4.4.2 Formação das Mudas

A maior dificuldade para implantação da lavoura de pupunha consiste na formação


de mudas e na escolha de sementes para o plantio, uma vez que é difícil a obtenção de
sementes, principalmente porque a região de origem da pupunha sem espinho fica fora das
divisas do Brasil, mais precisamente em Yurimagoas/Peru.
É, então, necessário escolher um fornecedor de sementes idôneo, que garanta a
procedência das mesmas, para que o empreendimento inicie com sucesso. Dessa maneira, a
formação de mudas de pupunheira torna-se um processo simples e seguro; entretanto, é
necessário seguir as recomendações mínimas para formação das mudas, tais como:

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a) Obtenção de Sementes

Uma pupunheira produz até 8 cachos por ano, os quais podem apresentar até 350
frutos cada um. A época de frutificação é, normalmente, de janeiro a abril e uma vez
adquiridas, devem ser imediatamente semeadas, pois o poder germinativo cai rapidamente.
Para retirada das sementes, os frutos devem ser colhidos maduros, provenientes de
plantas matrizes sadias, vigorosas e que produzam muitos perfilhos, mas não em estágio
avançado de maturação, pois a polpa poderia conter uma série de fungos que poderiam
afetar a semente, prejudicando a germinação. Descartar as sementes que estejam
deformadas, furadas ou atacadas por fungos ou insetos.
Após a colheita dos frutos, faz-se a retirada das sementes manualmente, colocando-
as de molho em água durante 36 a 72 horas, descartando as que boiarem. Friccionar a cada
24 horas, as sementes uma às outras e trocar a água. Depois de limpas, desinfectá-las em
uma solução de hipoclorito de sódio (1,5 parte de água sanitária para 1 parte de água)
durante 10 a 15 minutos. Lavá-las a seguir, em água corrente e colocá-las parar secar à
sombra por um período de 3 a 4 horas, semeando-as em seguida..
Quando da aquisição de sementes, observar se as mesmas estão devidamente limpas
e desinfectadas. Se preencherem todos os requisitos de controle de qualidade, mergulhá-las
em água durante 12 a 24 horas, para reidratá-las.

b) Semeadura e Germinação

A semeadura deve ser feita em canteiros com areia e serragem curtida (1:1). Os
canteiros deverão ter uma largura de 1m e comprimento variável com a dimensão do
viveiro. Esta mistura para a formação do substrato facilita a retirada da plântula por ocasião
do transplante para os sacos de polietileno preto. Distribuir as sementes em sulcos
distanciados de 5 centímetros entre si, e à profundidade de 3 centímetros, cobrindo-as com
uma fina camada da mistura (cerca de um centímetro) da mistura areia-serragem. Cobrir a
sementeira com palhas de palmeira a uma altura de 50 cm do solo. Quando as sementeiras
são bem conduzidas, não apresentam problemas de doenças fúngicas, entretanto, caso seja
necessário, pode ser utilizado o Benlate (2g/l), alternando a cada semana com Cerconil
(3,5g/l).
Os canteiros devem ser irrigados diariamente, evitando-se o encharcamento.
O tempo para germinação é bastante variado. O processo inicia-se logo após a
colocação das sementes no substrato. A germinação ocorrerá cerca de 60 dias após a
semeadura, porém, deve dar o processo por terminado aos 150 dias, pois as plântulas que
germinam a partir desta data são menos vigorosas e apresentarão problemas de
desenvolvimento a nível de campo. A percentagem de germinação média é de 70 a 80%.

c) Transplantio para o Viveiro

Transferir as plântulas para os sacos de polietileno preto (capacidade de 2 quilos)


quando apresentarem de 2 a 10 cm de altura (plântulas com duas folhas). Estes recipientes
devem estar cheios de terriço (terra pura de mata), para que ocorra menor incidência de
doenças e morte de plântulas. A germinação deve ocorrer à meia sombra (50%), e o
plantio a pleno sol. Logo, deve-se manter as mudas enviveiradas por 4 a 6 meses em
ambiente a meia sombra. Deve-se fazer a adaptação das mesmas da condição de

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sombreamento para o pleno sol. De maneira geral, a semeadura ocorre em março/abril, a
germinação e o transplante para os sacos plásticos em julho/agosto e o plantio a nível de
campo, em janeiro, quando as mudas estiverem com seis folhas (no mínimo quatro folhas).

d) Repicagem e Seleção

Por ocasião da repicagem ou transplantio inicia-se a seleção das plantas para


ausência de espinhos. As plantas que terão espinhos no pecíolo/raquis apresentam espinhos
na parte aérea (estágio de “vela”) já nesta fase. Elas devem ser eliminadas ou plantadas
separadas das sem espinhos, devido às dificuldades de manejo futuro. Evitar transplantar
depois que o segundo par de folhas estiver aberto, pois nesta fase o sistema radicular estará
muito desenvolvido e será certamente danificado no transplante.
A profundidade de transplante deve ser em torno de 2 cm; ou seja, encobrindo a
semente, deixando apenas a parte aérea exposta. Manter o viveiro irrigado, evitando-se o
excesso, para que não ocorra a incidência de fungos.

e) Tratos Culturais em Viveiro

O controle de plantas daninhas, a nível de viveiro, é feito manualmente, evitando-se


competição com as mudas.
Não é recomendado aplicação de fertilizantes durante a fase de viveiro.
Ataques de cochonilha, pulgão, ácaros e gafanhotos, devem der combatidos com o
uso de inseticidas específicos (Dipterex, por exemplo, para os gafanhotos). Formigas
cortadeiras devem ser controladas com o uso de iscas. Doenças como a antracnose e
helmintosporiose são comuns em mudas enviveiradas, principalmente em épocas mais
frias, às quais são controladas reduzindo-se o volume de irrigação e com aplicação de
fungicidas específicos (Cerconil (2g/l) e Ridomil-Mancozeb (3,5g/l), alternados a cada 8
dias). O fungo Phytophtora tem aparecido esporadicamente, podendo causar grande danos
às plantas enviveiradas. Pode ocorrer também a presença de Phomopis (as plantas
apresentam bordas pretas e desfiadas). Caso ocorra a presença de Fusarium, as mudas
afetadas e o substrato devem ser descartados.
Paralelamente ao sistema de aplicação de fungicidas, diariamente deve-se fazer a
toylette nas folhas que por ventura estejam atacadas por fungos.

f) Plantio da Cultura no Campo

Deve-se evitar fazer o transplantio definitivo, para o campo, de mudas novas novas.
O ideal é que tenham seis folhas e cerca de 40 cm de altura. O transplantio deve ser em dias
chuvosos ou nublados e com boa umidade do solo. Deve-se evitar dias claros e muito
quentes. Mesmo com todos estes cuidados, as plantas sentem o transplante para o campo,
ficando com as folhas amareladas. Por seis meses subseqüentes, o crescimento é muito
reduzido. Após este período as plantas começam a crescer lentamente. O pique de
crescimento ocorre após 10 a 12 meses do plantio definitivo.

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g) Locação do pupunhal

A locação do pupunhal, deve ser em áreas a pleno sol. A pupunha ao contrário de


algumas palmeiras não requer sombreamento, nem mesmo no seu estágio inicial.

h) Preparo do Solo

Antes do plantio no campo, alguns cuidados são indispensáveis para o cultivo da


pupunha. Desse modo recomenda-se a limpeza da área, considerando que a pupunha não
suporta a competição com o mato, principalmente a braqui;ária.
O preparo da área a ser cultivado com a palmeira pupunha deve ser feito com
critério, principalmente quanto à estrutura do solo, fator de grande importância, pois os
solos pesados e compactados são passíveis de encharcamento, que é prejudicial à
pupunheira que não tolera áreas sujeitas a encharcamento.
A aração e gradagem são práticas recomendadas, porém em solos muito
compactados, isso apenas não resolve, sendo necessário a subsolagem. Nos solos
compactados, a aração deve ser feita à profundidade de 25 a 30 cm, usando-se os
tradicionais arados de discos Em áreas de pastagens, é recomendável que se faça uma série
de gradagens.
Para a correção da acidez do solo e deficiências nutricionais no solo, recomenda-se
a amostragem do solo na profundidade de 0 a 20 cm, visando a recomendação de calagem
e adubação de plantio. Caso haja necessidade de realizar a correção da acidez do solo,
através da aplicação do calcário, a mesma deverá ser efetuada com antecedência mínima
de três meses do plantio, período esse necessário para que ocorra grande parte da reação de
neutralização da acidez. . A gradeação ajuda a incorporação do calcário ao solo, criando
melhores condições para sua reação.

i) Calagem

Quando necessária, deve-se proceder a correção da acidez do solo através da


aplicação de calcário elevando-se o pH do solo para 5,0 a 5,5 e a saturação de bases para
60%.

j) Coveamento

As covas devem ter as dimensões de 40 cm de comprimento x 40 cm de largura x 40


cm de profundidade. Em áreas mecanizáveis, o modo mais prático para marcar as linhas e
abrir as covas consiste em traçar paralelas a partir das niveladas básicas, com o sulcador
regulado para aprofundar 40 a 50 cm, formando um sulco de 40cm de largura ao nível do
solo. No sulco aberto, completa-se a operação de abertura das covas com o enxadão. Em
áreas não mecanizáveis a abertura das covas é feita manualmente.

k) Preparo das covas

A adubação de cova é feita de acordo com a análise química do solo, no sentido de


otimizar os recursos e evitar desperdícios. De maneira geral, recomenda-se colocar na cova,
por ocasião do plantio, 150 g de superfosfato simples mais 5 litros de esterco de curral, ou

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de galinha, ou outra fonte de matéria orgânica. Os adubos devem ser misturados com a terra
da camada superficial que é mais fértil, e em seguida colocadas no fundo da cova.

l) Nutrição e Fertilidade

O cultivo da pupunheira no Estado do Espírito Santo ocorre, normalmente, em solos


de baixa fertilidade natural, necessitando de correções com o uso de fertilizantes para
obtenção do equilíbrio entre os nutrientes e consequentemente a alta produtividade. Nesse
sentido a recomendação de adubação é feita para suprir, no mínimo, a quantidade de
nutrientes que é extraída pela pupunheira, em Kg/ha/ano. Para o Nitrogênio 28,0; Fósforo
4,8; Potássio 31,0; Cálcio 4,70; Magnésio 3,9; Enxofre 3,36; Ferro 0,03; Zinco 0,05;
Manganês 3,90; Boro 0,029 e Cobre 0,021.
Após o pegamento das mudas, deve-se dar início às adubações de cobertura com
nitrogênio e potássio. A recomendação de adubação deve ser feita com base nos resultados
da análise do solo.

m) Adubação e correção da cova de plantio

Quantidade recomendada para uma cova de 40 x 40 x 40cm:

• 10 litros de esterco de curral ou 5 litros de esterco de galinha


• 300 g de calcário dolomítico
• 150 g de superfosfato simples

n) Adubação de Formação e Manutenção

Deve ser feita de acordo com a análise de solo e a produção média do ano anterior.
O sistema radicular da pupunheira é superficial, razão pela qual recomenda-se a adubação
entre as linhas. É importante o uso de matéria orgânica e suplementação com cloreto de
potássio, sulfato de amônia e superfosfato simples. A pupunha responde bem a adubações
de nitrogênio e potássio.
Embora a adubação deva ser recomendada de acordo com os resultados da análise
do solo, a fórmula 20:05:15 tem sido uma das mais recomendadas quando da adubação da
pupunha. A aplicação da fórmula deve ser parcelada em 4 a 5 vezes ao ano, utilizando-se
em cada aplicação cerca de 50 g por planta.
O nitrogênio e o potássio tem apresentado resultados bastantes significativos com
relação ao crescimento geral das plantas. O potássio atua ainda no perfilhamento.

o) Espaçamento

O espaçamento mais utilizado visando a produção de palmito, é o de 2,0 x 1,0 m com


5.000 plantas por hectare, podendo adensar mais quando as condições são favoráveis, para
o espaçamento em linhas duplas, de 2,0 x 1,0 x 1,0 metros, obtendo-se cerca de 6.000
plantas por hectare.

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p) Consorciação com outras Culturas

A pupunha não deve ser consorciada com outras culturas no espaçamento


recomendado para produção de palmito (2,0 x 1,0 m). No início da implantação, o uso de
culturas anuais pode prejudicar o sistema radicular pela constante necessidade de capinas.
Culturas permanentes também não são indicadas, a não ser que se faça plantio em
faixa, deixando-se espaço suficiente entre a cultura escolhida e a pupunha, para não afetar
o seu desenvolvimento. A pupunha quando sombreada, mesmo que levemente, cresce em
altura e não desenvolve bem em diâmetro, o que é indesejável.
A utilização de leguminosas nas entre linhas, visando reduzir o desenvolvimento de
plantas daninhas, é uma prática que tende a elevar o desenvolvimento inicial da
pupunheira, entretanto, para realização desta prática há necessidade de uma avaliação mais
criteriosa da área de plantio.

q) Tratos Culturais

No cultivo da pupunheira não se recomenda capinar, pois o sistema radicular dessas


palmeiras é muito superficial e pode ser facilmente danificado por essa operação. Os tratos
culturais consistem apenas em roçadas periódicas para eliminação do mato mais agressivo.
O uso de herbicidas nesta cultura, como por exemplo o Finale, tem apresentado bons
resultados para o controle de plantas daninhas. O uso de cobertura vegetal, é normalmente
indicado, principalmente quando do plantio em áreas com declividade mais acentuada.

r) Tratos Fitossanitários

Até o momento, não existem pragas e doenças limitantes ao cultivo da pupunha,


todavia é importante estar atento para a proteção das plantas, buscando boa produtividade e
vigor. Nas fases iniciais, logo após o transplantio, quando as plantas se estressam devido à
retirada do viveiro para o campo, estando mais susceptíveis, é comum ocorrer danos
foliares causados por fungos, principalmente a Antracnose, os quais poderão ser
minimizados utilizando-se fungicidas, como já descritos anteriormente.
A nível de campo, poderá ocorrer o ataque intenso de um coleóptero grande do
gênero Rhynchophorus (bicudo do coqueiro) e outros menores do gênero Strategus.
Recomenda-se praticar o controle preventivo, através de iscas que podem ser feitas com
tronco seccionado de bananeira, sobre o qual se espalha uma mistura de melado de cana
(atrativo) e um inseticida específico. Pode-se utilizar também armadilhas do tipo alçapão, a
cada 500 metros ao longo dos bordos da plantação. A armadilha consiste em um balde
plástico (capacidade de 100 litros) com um furo de 10 cm de diâmetro no centro da tampa,
dentro do qual são colocados 35 toletes de cana-de-açúcar, com 40 cm de comprimento,
regados, em seguida, com 1 litro de calda de melado (200 ml de melado para cada 800 ml
de água). Para acelerar a atratividade da isca, os pedaços de cana deverão ser esmagados
antes de serem colocados no balde. A renovação das iscas deverá ocorrer a cada 15 dias,
ocasião em que de realizará a coleta e destruição dos insetos.

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s) Irrigação

A palmácea pupunha por ser um vegetal proveniente da região equatorial, onde a


pluviosidade anual chega em torno de 4.000 mm, torna-se necessário a utilização de
irrigação, visto que as áreas potenciais para o cultivo da pupunha estão localizadas na
Região Norte do Estado do Espírito Santo com uma média pluviométrica em torno de
1.200 mm anuais, mal distribuídos, concentrando-se nos meses de verão.
A sistema de irrigação a ser utilizado para condução da pupunheiras dependerá do tipo de
solo no qual será implantada a cultura. Tanto a irrigação por aspersão convencional,
irrigação por microaspersão e gotejamento possuem vantagens e desvantagens, sendo a
escolha baseada principalmente na capacidade de retenção e distribuição da água do solo. O
cálculo da quantidade de água a ser aplicada deverá ser baseado na evapotranspiração e/ou
no monitoramento da disponibilidade de água no solo.

4.4.3 Colheita (Corte do Palmito)

A colheita do palmito é feita entre 18 a 36 meses do plantio, dependendo do solo,


clima, irrigação, espaçamento, adubação e tratos culturais adotados. Aos 18 meses o
palmito terá entre 150 e 300 gramas. Aos três anos pode-se colher plantas com até 500
gramas de palmito. Não é aconselhável colher-se à idades superiores a esta, pois o maior
diâmetro do palmito trará problemas na industrialização (acomodação dentro do vidro ou
lata, padronização do tempo de cozimento, etc).
A pupunheira estará apta a ser cortada quando o “tronco” apresentar o diâmetro de
10 cm, medidos a 10 cm do solo. O retardamento da colheita, nas condições de cultivo
descritas, afetará a produtividade e o perfilhamento.
A colheita do palmito de pupunha será sempre escalonada, com cortes sucessivos e
anuais. A colheita inicial é feita por volta de 18 meses, terminando o primeiro ciclo após 2
a 3 anos de plantio.
De inicio deve-se cortar algumas plantas para que se aprenda onde fica, exatamente
o palmito. Normalmente faz-se o primeiro corte, contando de cima para baixo, na base da
terceira folha. Esse primeiro corte é o menos produtivo: corta-se apenas a planta mãe e o
palmito tende a ser mais curto e de forma um pouco mais cônica. A partir do ano seguinte é
que a cultura irá mostrar todo o seu potencial produtivo, quando se cortam os perfilhos.
O número de palmitos a serem cortados por planta/ano, varia de 1 a 3, em função do
número de perfilhos que se deixa para o ano seguinte e do diâmetro de corte. Essa é uma
decisão que cada produtor tem que tomar em função do mercado que ele pretende atingir.
O corte do palmito pode ser feito durante todo o ano, porém deve-se evitar o corte
na época seca, uma vez que 90% do palmito é composto por água. Portanto, a colheita em
períodos chuvosos proporciona maior produtividade.
O palmito sai do campo quase limpo, medindo de 60 a 70 cm de comprimento e
com apenas 2 a 3 bainhas extras a serem posteriormente descartadas. A perda de água do
palmito após a colheita é grande, chegando até a 10% por dia.
As “cascas”, subproduto retirado durante a limpeza do palmito para o transporte, e
toda a parte foliar da palmeira, podem passar por uma picadeira, sendo utilizadas para
alimentação animal.

16
4.4.4 Desbaste de Perfilhos

Normalmente, por ocasião da colheita faz-se o desbaste dos perfilhos em excesso.


Recomenda-se deixar de 4 a 6 perfilhos com acima de 25 a 30 cm de altura, por planta. Os
perfilhos pequenos, abaixo dessas medidas, não são cortados. Durante o desbaste, os
perfilhos a serem mantidos devem estar bem distribuídos na touceira e serem escalonados
para propiciar colheitas periódicas.

4.4.5 Características do Palmito

O palmito de pupunha apresenta a grande vantagem de não escurecer rapidamente


após o corte, facilitando o processamento e permitindo a comercialização do produto de
formas diferenciadas em relação ao palmito tradicional, como por exemplo o consumo “in
natura”. No entanto, como todo o produto vegetal, é perecível, devendo ser processado ou
consumido num prazo máximo de 4 a 10 dias após a colheita.
Quando o destino da produção for o processamento, os mesmos devem ser
transportados para a fábrica no prazo máximo de 24 horas.

4.4.6 Produtividade

No primeiro corte, a produtividade esperada é de aproximadamente 1 tonelada de


palmito industrial por hectare/ano, aumentando no segundo corte, com a colheita dos
rebentos, para 1,5 tonelada.

4.4.7 Beneficiamento

“In Natura” – Pode ser simplesmente envolvido em filme plástico, ainda com
casca.
Pode também ser embalado em pequenas bandejas de isopor com invólucro de
plástico. Cada bandeja acondicionado em torno de 400 gramas, tanto para o caso de palmito
de primeira, como para o de segunda. Nesta embalagem o palmito sofreria refrigeração,
podendo permanecer por 6 dias sem comprometimento das suas características
organolépticas.

4.4.8 Industrialização

O palmito da pupunha é de coloração mais amarelada do que o do Juçara e do Açaí,


possuindo também um sabor mais adocicado. Sendo mantido numa salmoura branda desde
os primeiros cortes, o palmito processado fica mais claro do que aquele que recebe a
solução de enchimento apenas no final do processo. Dessa forma é possível fazer o
processamento da pupunha com coloração clara sem o uso de aditivos como o
metabissulfito de sódio.
O palmito pode ser integralmente aproveitado durante o processo de
industrialização, em função da sua constituição, uma vez que a parte basal pode ser cortada
em fatias, ideal para saladas e aperitivos; palmito picado, sempre prático para ser utilizado
em tortas, pasteis, pizzas (pedaços de palmito que quebram durante o processamento do
palmito de primeira); palmito picado, porém em forma cilíndrica (1,5 a 2 cm), para

17
aperitivos; e o palmito em cilindros em torno de 9 cm de comprimento (palmito de
primeira - tradicional).

5. MERCADO DO PALMITO PUPUNHA

5.1 Principais mercados consumidores

O comércio internacional do palmito mostra que nos três maiores países


importadores deste produto (França, Argentina e Chile), são comercializadas cerca de
30.000 toneladas por ano, se bem que também são considerados consumidores, em menor
proporção, porém com forte potencial de expansão a Espanha, Bélgica, Itália, Alemanha e
Japão.

Preços praticados recentemente em embalagens de 250 g de peso líquido à CEE


foram: França (12,00 Francos), Itália (3,500.00 Liras), Alemanha (3.50 Marcos).
Considerando-se que em dezembro de 1999 a cotação do Franco está em torno de
R$ 0,288, da Lira Italiana R$ 0,00097 e do Marco Alemão de R$ 0,965 ,tem-se que 1Kg de
massa comestível de palmito vem sendo vendido nestes países por R$13,8, R$13,58 e
R$13,58, respectivamente.
O Brasil apresenta-se como o maior mercado mundial e principal produtor de
palmito. Se se observar o consumo do palmito no Brasil nota-se que são consumidas cerca
de 100.000 toneladas por ano, quantidade esta três vezes maior daquela comercializada no
mercado internacional.
Estatísticas mostram que o consumo “per cápita” no Brasil é de 300 gramas/ano,
sendo que o maior mercado consumidor do Brasil é o Estado de São Paulo, com um
consumo “per cápita” de cerca de 1 kg/ano o que eqüivale a inferência de um consumo
daquele estado de 30.000 toneladas por ano.

5.2 Características do produto comercializado

• Mercado Interno:

No mercado brasileiro são encontrados mais de 128 variedades de palmitos


distribuindo-se entre 75 diferentes marcas. Neste mercado não tem sido encontrada
uma marca visivelmente preponderante.
Existe ainda, a comercialização “in natura” principalmente nas épocas de
comemoração da Semana Santa, Natal e Ano Novo. No entanto, o mercado interno,
prefere o palmito cozido em salmoura acidificada e embalado em vidros.

• Mercado Externo:
A preferência do mercado exterior é consumir o palmito cozido e conservado em
salmoura acidificada ou marinado, e embalado em latas.

Tanto o mercado interno, com o mercado internacional, têm preferência pelo


palmito processado em porções que facilitem o consumo imediato.

18
5.3 Mercado Alvo

Ambos mercados , interno e externo,apresentam-se promissores à expansão do


consumo do palmito:no que diz respeito ao mercado nacional nota-se um grande di
fererencial entre os cosumos “per capita”observados no mercado de São Paulo e restante do
País indicando a possibilidade de incremento do consumo “per capita”do contingente
populacional que vive nesta última área, desde que sejam ofertados produtos de boa
qualidade e sob condições de preços mais acessíveis o que pode ser atingido pelo cultivo de
variedades mais produtivas, explorados com processos tecnológicos modernos que, por sua
vez, propiciarão uma maior produtividade, redução de custos e, consequentemente, uma
oferta do produto a preços mais baixos, sendo que isto tem se tornado possível com a
exploração do pupunha em detrimento da utilização do palmito nativo (juçara e açaí).
No que tange ao mercado externo a demanda tem se expandido consideravelmente,
apresentando um nível médio de preço bastante atrativo, de R$13,70 por Kg de massa
comestível. Esta situação parece mostrar que ambos mercados (interno e externo),
apresentam forte potencial no que diz respeito a absorção de uma produção crescente do
palmito.

6. ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS

6.1 Detalhamento dos Investimentos

6.1.1 Cultura do Palmito Pupunha – Módulo de 10 hectares

a) Custos fixos anuais

- Remuneração do encarregado (R$/ano) ............. 3.600,00


- Remuneração do contador (R$/ano) ................... 1.800,00
- Energia elétrica e telefonia (R$/ano) .................. 960,00
- Imposto SIMPLES:
- Segundo ano (R$/ano)................. 825,00
- Terceiro ano (R$/ano) ................. 3.300,00
- Quarto ano (R$/ano) ................... 3.300,00
(Relação constante até o décimo ano).

Para estimativa dos custos de produção da cultura do Palmito Pupunha


irrigado, dividiu-se o processo produtivo em três etapas: a) produção das
mudas, b) formação dos pomares – 1° ano e c) manutenção dos pomares – 2°,
3° anos e daí para frente a exploração estará estabilizada. As duas primeiras
etapas juntamente com os equipamentos de irrigação compõem os
investimentos necessários à implantação desse empreendimento. Os preços dos
insumos e dos serviços refletem valores médios da região no ano de 1999.

19
b) Orçamento para produção de mudas para 10 hectares (30.000).

Quadro 1 – Coeficientes técnicos e orçamento para produção de 30.000 mudas de


Palmeira Pupunha – Módulo de 10 hectares.

Especificação Unidade Quantidade Preço Unitário Valor Total


(R$) (R$)
1. Serviços
Preparo do substrato e Dh 80 10,00 800,00
enchimento das sacolas
Preparo da semente e dh 30 10,00 300,00
semeadura
Capinas e Seleção dh 10 10,00 100,00

2. Insumos
Sacolas ud. 30.000 0,06 1800,00
Sementes kg 30 100,00 3000,00
Esterco Curtido l 10.000 0,10 1000,00
Mourões(2,5m x 0,16m) un 160 1,00 160,00
Bambú ( 4 m ) un 240 0,20 48,00
Folha de Palmácea um 900 0,20 180,00
3. Total 7.388,00

20
c) Orçamento de formação e manutenção de 10 hectares plantados com Palmito
Pupunha.

Quadro 2 - Custo de implantação de um módulo de 10 hectares plantados com


palmito Pupunha irrigada, espaçamento 1,00m x 2,00m.

Especificação Unidade Preço Ano 1 Ano 2 Ano 3


(R$) Quant. Valor Quant Valor Quant. Valor
1. INSUMOS
.Sulfato de amônia kg 0,33 5.000 1.650,00 10.000 3.300,00 15.000 4.950,00
.Superfosfato simples kg 0,35 6.000 2.100,00 3.000 1.050,00 6.000 2.100,00
.Cloreto de potássio kg 0,48 2.000 960,00 4.000 1.920,00 6.000 2.880,00
.Calcário kg 0,06 20.000 1.200,00 20.000 1.300,00
.Esterco kg 0,10 100.000 10.000,00
.Herbicida l 13,00 60 780,00 120 1.560,00 120 1.560,00
. Energia Elétrica p/ irrigação mês 40,00 60 2.400,00 60 2.400,00 60 2.400,00
2. PREPARO DO SOLO E
PLANTIO
.Limpeza do terreno d-h 10,00 100 1.000,00
.Aração h-tr 25,00 50 1.250,00
.Calagem d-h 10,00 50 500,00
.Gradagem h-tr 25,00 30 750,00
.Marcação d.h 10,00 80 800,00
.Coveamento d.h 10,00 200 2.000,00
.Adubação na cova de plantio d.h 10,00 100 1.000,00
.Plantio d.h 10,00 50 500,00
3. TRATOS CULTURAIS
E FITOSSANITÁRIOS
.Aplicação de herbicida d-h 10,00 30 300,00 30 300,00 30 300,00
.Aplicação de calcário d.h 10,00 50 500,00 50 500,00
.Aplicação de fertilizantes d.h 10,00 80 800,00 80 800,00 80 800,00
.Manejo dos perfilhos d.h 10,00 60 600,00 60 600,00
.Irrigação d-h 10,00 200 2.000,00 200 2.000,00 200 2.000
.Capinas d.h 10,00 50 500,00 50 500,00 50 500,00
4. CORTE DO PALMITO d-h 10,00 100 1.000,00 300 3.000,00
. Equipamentos para conjunto 16.000,00 1 16.000,00
irrigação microaspersão
.Transporte h-tr 25,00 150 3.750,00 200 5.000,00 250 6.250,00
. Terra ha 1.000,00 10 10.000,00
. Despesas fixas anuais 6.360,00 7.185,00 9.660,00

Total 67.100,00 27.615,00 38.800,00

A exploração estabiliza-se a partir do terceiro ano.

21
d) Estimativa do Total de Capital Necessário

- Capital Fixo (Custo de Implantação – Anos 1 e 2) .................................... R$ 74.488,00


- Capital de Giro (Custo de manutenção na estabilização) ............................R$ 38.800,00
Reserva Técnica (2% do somatório do Capital Fixo e Capital de Giro).......R$ 2.265,82
Necessidade Total de Capital ................................................................. R$ 115.553,76

6.2 Detalhamento do fluxo de produção e de receitas

A palmeira pupunha já apresenta produção a partir do 2º ano de cerca de 0,5


toneladas por hectare e no 3º ano em diante apresentam uma produção estável de 1,5
toneladas/ano.
Para estimativa do fluxo de produção e de receitas, foram considerados alguns
parâmetros característicos desse empreendimento, conforme mostra o Quadro 3.

Quadro 3 – Fluxo de produção e de receita de palmito pupunha, módulo de 10


hectares, até o décimo ano

Ano Produção (ton) Receita Bruta (R$)

2 5 27.500,00
3 15 82.500,00
4 15 82.500,00
5 15 82.500,00
6 15 82.500,00
7 15 82.500,00
8 15 82.500,00
9 15 82.500,00
10 15 82.500,00

6.3 Fluxo de caixa do empreendimento

Para elaboração do fluxo de caixa, mostrado no Quadro 8, foram adotados os


seguintes critérios:

a) Vida útil, para análise financeira de 10 anos;


b) Vida útil dos equipamentos de irrigação foi estimada em 10 anos;
c) Os valores do fluxo de caixa descontados a partir de uma taxa de juros de 15% ao
ano, que corresponde ao custo de oportunidade do capital empatado.
d) As receitas foram estimadas considerando a evolução da produtividade esperada e o
preço médio recebido pelo produtor de R$ 5,50 por quilo de massa comestível do
Palmito Pupunha.

22
Quadro 4 – Fluxo de Caixa do Empreendimento, em R$ 1,00 – Módulo de dez
hectares plantados com Palmito Pupunha.

Valor residual Fluxo de Fluxo


Ano Investimentos do investimento Receitas Despesas Caixa Descontado Saldos
1 7.388,00 -7.388,00 -7.388,00 -7.388,00
2 67.100,00 27.500,00 27.615,00 -67.215,00 -58.447,83 -65.835,83
3 82.500,00 38.800,00 43.700,00 33.043,48 -32.792,35
4 82.500,00 38.800,00 43.700,00 28.733,46 -4.058,89
5 82.500,00 38.800,00 43.700,00 24.985,62 20.926,73
6 82.500,00 38.800,00 43.700,00 21.726,62 42.653,35
7 82.500,00 38.800,00 43.700,00 18.892,72 61.546,07
8 82.500,00 38.800,00 43.700,00 16.428,45 77.974,52
9 82.500,00 38.800,00 43.700,00 14.285,61 92.260,12
10 10.000,00 82.500,00 38.800,00 53.700,00 15.264,89 107.525,02

Valor Presente Líquido (VPL) .................................................................. R$ 107.525,02


Taxa Interna de Retorno (TIR) ................................................................. 54,06 % a.a.
Custo de Oportunidade Anual(Cop) .......................................................... 15 % a.a.
Tempo de Recuperação do Capital(TRC) .................................................. 3,16 anos

6.4 Análise do custo de produção do empreendimento


O custo de produção é um importante indicador para que o empreendedor possa
inferir sobre a competitividade de seu processo produtivo. Há várias medidas de custos de
produção. Neste perfil, foram utilizados os conceitos de custos variáveis, custos fixos,
custos operacionais e os respectivos custos unitários de produção.
Os custos variáveis relacionam-se com o capital circulante empregado no processo
produtivo, ou seja, insumos e serviços. Inicialmente, estimou-se o custo variável total por
ano, a partir da média dos valores considerados no fluxo de caixa durante o horizonte do
investimento.
Os custos fixos estão associados ao capital imobilizado no investimento, os quais
compreendem os dispêndios efetivados para formação da lavoura e equipamentos de
irrigação. Os valores foram distribuídos ao longo do horizonte do investimento, para
estimar o custo fixo anual.
O custo operacional total é, aqui, definido como sendo a soma do custo variável
total e o custo fixo total.
Os custos unitários anuais são representados pelos custos totais anuais divididos
pela produção média anual. São eles: O custo variável médio, o custo fixo médio e o custo
operacional médio.
O custo variável médio é obtido pela divisão do custo variável total pelo volume
médio de produção.
O custo fixo médio é obtido pela divisão do custo fixo total pelo volume médio de
produção.
O custo operacional médio é obtido pela soma do custo variável médio e o custo
fixo médio.

23
No Quadro encontram-se os indicadores do capital e custos e de rentabilidade
financeira.
O custo operacional médio por ano de produção de palmito pupunha é estimado em
de R$ 3.168,12 por tonelada. Considerando o preço médio de R$ 5.500,00 por tonelada,
tem-se um lucro médio operacional de R$ 2.331,88 por tonelada.

Quadro 8 – Capital e indicadores de custos de produção

Especificação Valor(R$)

Capital Fixo Total ( 10 anos) 74.488,00


Capital Circulante Total ( 10 anos) 338.015,00
Custo Variável Total por Ano 37.557,22
Custo Fixo Total por Ano 6.448,00
Custo Operacional Total por Ano 44.005,22
Receita Bruta Média Anual 76.388,69
Receita Líquida Média Anual 32.383,47
Índice de lucratividade Anual(%) 42,39
Custo Variável Médio por Ano(R$/ton) 2.703,90
Custo Fixo Médio por Ano(R$/ton) 464,22
Custo Operacional Médio por Ano(R$/ton) 3.168,12

7. ÍNDICES FINANCEIROS DO EMPREENDIMENTO

7.1 Ponto de nivelamento

O ponto de nivelamento é também chamado de ponto de equilíbrio é definido pelo nível


de produção (ou de faturamento) mínimo para que a empresa comece a gerar lucros. Na
formulação matemática este ponto é encontrado pela divisão dos Custos Fixos por ano pela
diferença entre a Receita Total e os Custos Variáveis anuais, indicando o percentual da
receita operacional líquida necessário para remunerar os custos fixos. Para o presente perfil,
o ponto de nivelamento foi estimado em 16,61%, mostrando o baixo nível de
comprometimento das receitas anuais na remuneração dos custos fixos anuais do
empreendimento.

7.2 Valor presente líquido

O Valor Presente Líquido foi calculado a partir de uma taxa mínima de atratividade de
15% ao ano, ou do chamado custo de oportunidade do capital, representando um desejo do
empreendedor de obter nesse negócio um retorno de pelo menos 15% ao ano. A partir da
determinação deste percentual é então calculado o valor atual (presente ou descontado) de
todos os componentes do fluxo líquido de caixa, cujos valores são então somados para
encontrar o Valor Presente Líquido. Para o presente perfil o VPL está calculado em R$

24
107.525,02 para um módulo de 10 hectares, conforme Quadro 7, significando que os
resultados obtidos remuneram o valor do investimento feito, em 15% ao ano e ainda
permitem aumentar o valor da empresa daquela importância, o que indica a viabilidade
desse empreendimento.

7.3 Taxa interna de retorno

É a taxa de desconto que torna nulo o valor atual do investimento, isto é, a taxa de
remuneração anual do empreendimento. Neste perfil, a Taxa Interna de Retorno é de 54,06
% ao ano, conforme Quadro 7. Por esse indicador, pode-se concluir que o investimento do
empreendedor será remunerado a esta taxa anual. Significa que o empreendimento
apresenta uma taxa de retorno sobre o investimento inicial superior à taxa média de
atratividade do mercado. Em síntese, o projeto é considerado viável.

7.4 Pay-back período ou tempo de recuperação descontado

Este indicador tem a mesma função do tempo de recuperação do capital investido


calculado da forma simples, sendo que a única e substancial diferença é que seu cálculo é
realizado com os valores do fluxo de caixa descontados a partir da taxa mínima de
atratividade, ou do custo de oportunidade do capital. A vantagem deste indicador sobre o
simples é que ele leva em consideração em seu cálculo o valor do dinheiro no tempo.
Assim, de acordo com os dados apresentados do Quadro 7 o Tempo de Recuperação do
Capital (Descontado) do presente perfil é de 3,16 anos, indicando o período de tempo que
seria suficiente para a recuperação do capital investido.

7.5 Índice de lucratividade das vendas

É uma medida de avaliação econômica e um dos fatores que influencia a Taxa de


Retorno do Investimento. Expressa em percentagem, é encontrada pela divisão do Lucro
Líquido Operacional pelo valor das Vendas Totais. Com base nos dados anuais, este perfil
apresenta um “índice de lucratividade das vendas” de 42,39% (Quadro 8).

Quadro 9 – Resumo dos Índices Financeiros do Empreendimento

Discriminação Especificação Resultado

Ponto de Equilíbrio % do faturamento 16,61


Valor Presente Líquido 15% 107.525,02
Taxa Interna de Retorno Em % ao ano 54,06
Tempo de Recuperação anos 3,16
Índice de lucratividade das Vendas Em % 42,39

25
8. INCENTIVOS E FONTES DE FINANCIAMENTO

8.1 Incentivos fiscais potenciais

Para credenciar-se aos recursos do FUNRES e portanto receber recursos do


FUNRES - Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo, comumente chamado de
Incentivo Fiscal, é necessário que a empresa seja constituída sob a forma de sociedade
anônima, requerendo para tanto procedimentos legais mais custosos, não compatíveis com
este tipo de empreendimento. A disponibilidade de recursos FUNRES para micro e
pequenas empresas é para financiamentos, conforme explicado em seguida.

8.2 Fontes de financiamento potenciais

As linhas de financiamento direcionadas às micros e pequenas empresas geralmente


não apresentam muita variação. No caso específico do Espírito Santo elas tem como fonte
básica recursos do FUNRES, relativamente limitados, e do BNDES, que são repassados
por bancos credenciados sejam eles públicos ou privados. As condições apresentadas não
diferem muito. Todas usam a TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo como taxa básica de
juros, acrescida de uma taxa fixa que pode variar de 4 a 6 por cento ao ano.
A linha do BNDES mais difundida é chamada de BNDES/ AUTOMÁTICO que é
operada pela maioria dos bancos públicos( Banco do Brasil, Banestes e Bandes) e também
pelos bancos privados.
No Espírito Santo, o Bandes opera também a linha FUNRES/ PROPEN/MIPEQ,
orientada para pequenos investimentos, não podendo o financiamento ultrapassar o valor de
R$ 25.000,00.

A seguir são apresentadas duas linhas básicas de financiamento.

8.2.1 BNDES/Automático

Agente Operador

Operado por Bancos Comerciais e de Desenvolvimento devidamente credenciados.

Objetivo

Financiamento a investimentos, inclusive aquisição de máquinas e equipamentos novos de


fabricação nacional, importação de máquinas e equipamentos, e capital de giro associado ao
investimento fixo.

Beneficiários

Empresas privadas, pessoais físicas residentes e domiciliadas no País, entidades da


administração pública direta e indireta, e demais entidades que
contribuam para os objetivos do Sistema BNDES.

26
Itens Financiáveis

Ativos fixos de qualquer natureza, exceto: terrenos e benfeitorias já existentes; máquinas e


equipamentos usados (no caso de microempresas e empresas de pequenos porte poderão ser
apoiados máquinas e equipamentos de qualquer natureza); animais para revenda, formação
de pastos em Áreas de Preservação Ambiental. Capital de giro associado ao investimento
fixo. Despesas pré-operacionais.

Condições Operacionais

Limite Máximo:: Investimentos limitados a R$ 7 milhões, por empresa, por ano.


Participação: Equipamentos nacionais ou importado: até 100%.
Outros itens: - microempresas e empresas de pequeno porte e programas de
desenvolvimento regional: até 90% e demais casos: até 70%. A participação está limitada a
50% do ativo total projetado da empresa ou do grupo empresarial ou a 5% do Patrimônio
Líquido Ajustado do BANDES, o que for menor.
No caso de Bancos privados não há esta limitação. Neste caso, o financiamento será
analisado de acordo com os interesses e reciprocidades apresentados pelo Banco.

Prazo

O prazo total será determinado em função da capacidade de pagamento do


empreendimento, da empresa ou do grupo econômico.

Taxas de Juros

Micro e Pequena Empresas: 6% a.a. + TJLP.


Média e grande empresas: 7,5% a.a. + TJLP.
IOF: Cobrado na forma legal, descontado no ato da liberação.
Custo de Análise de Projeto: Isento.

Garantias

Reais: Equivalentes, no mínimo, a 1,5 vezes o valor financiado. Os bens dados como
garantia deverão ter seguro.
Pessoais: Aval ou fiança de terceiros.

8.2.2 FUNRES/PROPEN/MIPEQ

Subprograma de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Agente Operador

Somente o Bandes.

27
Objetivo

Apoio financeiro, assistência técnica e gerencial a micros e pequenas empresas dos setores
industrial, agro-industrial, de comércio e serviços, visando implementar política de geração
de empregos e renda.

Beneficiários

Empresas existentes, classificadas com base na receita operacional líquida anual, relativa ao
último exercício social, e empresas novas, classificadas com base na previsão da receita, da
mesma forma, verificadas, em ambas situações o número de empregados, observados os
seguintes parâmetros:

a) Micro empresas: cujas receitas operacionais líquidas sejam de até 250.000 UFIR, e
tenham até 19 empregados, no caso de indústria, e 9, no caso de comércio e serviços;

b) Pequenas empresas: cujas receitas operacionais líquidas sejam acima de 250.000 e até
750.000 UFIR, e tenham de 20 até 99 empregados, no caso de indústria, e de 10 a 49,
no caso de comércio e serviços.

Itens Financiáveis

Investimentos fixos e mistos, limitado o apoio para capital de giro a 20% do total do
investimento fixo financiável: pequenas reformas e instalações físicas; máquinas e
equipamentos novos e usados; móveis e utensílios novos e usados.

Condições Operacionais

Limite Máximo: R$ 25.000,00, por tomador.


Participação: Até 80% do total financiável, condicionado à política de risco do BANDES.
Prazo: Até 48 meses, incluindo a carência de até 12 meses.
Taxa de Juros: 6% a.a. (seis por cento ao ano) + TJLP.
Obs: O BANDES poderá cobrar Custo de Análise de Projeto, conforme Tabela de
Ressarcimento de Custos, com exceção das micro empresas.
IOF: Isento.

Utilização do Crédito

Em uma ou em várias parcelas periódicas, fixadas em função do cronograma físico-


financeiro do empreendimento.

Forma de Pagamento

Amortização mensal, juntamente com os encargos financeiros, pagos no período da


carência, trimestralmente.

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Garantias
Reais e Pessoais, preferencialmente, definidas na ocasião da análise da operação. Os bens
dados em garantia deverão ter seguro.

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