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FACULDADE PADRE DOURADO - FACPED


CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AUDITORIA E CONTROLADORIA CONTÁBIL

ALISSON ARAÚJO DE CARVALHO HOLANDA


ALDEZIO SOARES DO CARMO

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO FATOR


DETERMINANTE NA REDUÇÃO DE CUSTOS

IGUATU-CE
2018
2

ALDEZIO SOARES DO CARMO


ALISSON ARAÚJO DE CARVALHO HOLANDA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO FATOR


DETERMINANTE NA REDUÇÃO DE CUSTOS

Artigo apresentado à Faculdade Padre Dourado –


FACPAD, como requisito parcial para a obtenção
do título de Especialista em auditoria e
controladoria contábil.

Orientadora: Esp. Hilda Roberta Pereira Lima


Diniz

IGUATU
2018
3

ALDEZIO SOARES DO CARMO


ALISSON ARAÚJO DE CARVALHO HOLANDA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO FATOR


DETERMINANTE NA REDUÇÃO DE CUSTOS

Artigo apresentado á Faculdade Padre Dourado - FACPED, como requisito parcial


para a obtenção do título de Especialista em auditoria e controladoria contábil.

Aprovada em:________/________/_________

BANCA EXAMINADORA

______________________________________
Prof.ª. Esp. Hilda Roberta Pereira Lima Diniz
Orientador

______________________________________
Prof. Esp. Nome completo do avaliador
1º Examinador

______________________________________
Prof. Esp. Nome completo do avaliador

2º Examinador
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A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO FATOR


DETERMINANTE NA REDUÇÃO DE CUSTOS

Aldezio Soares do Carmo e Alisson Araújo de Carvalho Holanda 1


2
Hilda Roberta Pereira Lima Diniz

RESUMO

Vivemos em um mundo globalizado onde a tecnologia faz parte do dia do ser humano,
caracterizado como a era da informação, e é com essas informações que atualmente no Brasil
nota-se que a carga tributária imposta às empresas é de alta complexidade em razão do
elevado número de normas aplicadas para o devido cumprimento dessas obrigações, por essa
razão ocasionam demasiadas perdas na obtenção do retorno financeiro, visto que, grande parte
desses impostos poderiam ser reduzidos com o adequado planejamento tributário. Então as
empresas têm tentado buscar meios que minimizem o custo dos impostos e ainda dos custos
gerados pelo cumprimento de obrigações burocráticas. Portanto um dos instrumentos
utilizados nos últimos tempos tem sido o planejamento tributário, como parte da gestão de
tributos realizada pela controladoria de uma empresa, visam à redução, postergação ou
anulação dos altos custos tributários, principalmente através da prática da elisão fiscal.

Palavras chave: Elisão, Sonegação, Tributo, Planejamento, Custos.

ABSTRACT

We live in a globalized world where technology is part of the human being's day,
characterized as the information age, and it is with this information that currently in Brazil it
is noted that the tax burden imposed on companies is highly complex due to the high number
of norms applied for the proper fulfillment of these obligations, for that reason they cause too
many losses in obtaining the financial return, since, a great part of these taxes could be
reduced with the appropriate tax planning. So companies have been trying to find ways to

1
Alunos do curso de especialização em auditoria e controladoria contábil da Faculdade Padre Dourado.
aldezionevesiguatu@outlook.com e alisson_ach@hotmail.com.
2
Professora do curso de especialização em auditoria e controladoria contábil da Faculdade Padre Dourado.
roberta.diniz@idj.com.br.
5

minimize the cost of taxes and even the costs of fulfilling bureaucratic obligations. Therefore,
one of the instruments used in recent times has been tax planning, as part of the management
of taxes carried out by a company's controlling company, aiming at reducing, postponing or
canceling high tax costs, mainly through the practice of tax avoidance.

Keywords: Elision, Eviction, Tribute, Planning, Costs.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo, evidenciar de que forma um planejamento


tributário realizado dentro das empresas é eficaz na redução de custos, sendo assim podemos
demonstrar que desde a abertura das empresas se devem buscar o melhor enquadramento
tributário, conforme projeções feitas através das informações iniciais. Pois este é um
instrumento de busca de conhecimento eficaz e legal, visando uma economia de tributos
através da exclusão, redução ou postergação do ônus tributário; pois desta forma poderemos
observar a influência que os tributos representam no resultado econômico das empresas.
A contenção dos custos tem sido uma necessidade permanente e imprescindível de
todos os empreendimentos brasileiros, visto que este é um fator preponderante a sua
sobrevivência no mercado; assim além da escrituração fiscal o planejamento tributário é uma
das maneiras de minimizar o nível de risco de pagamentos de tributos de forma desnecessária,
que chegam a inviabilizar certos negócios. Chegando ao ponto de decretarem falência devido
a elevadas dívidas fiscais, e nem as sucessivas “renegociações” (Programa de Recuperação
Fiscal - REFIS) trazem alívio ao contribuinte.
Para a realização desta pesquisa, do tipo qualitativa descritiva, procuramos os
entendimentos e opiniões existentes entre auditores e acadêmicos da área contábil, sobre
como o planejamento tributário afeta diretamente os resultados das empresas.
O estudo exploratório proporciona o aprendizado com maior profundidade do tema,
tornando o assunto mais claro e oportuno para a condução da pesquisa (BEUREN et al, 2008).
A pesquisa exploratória estende uma visão macro, acerca de determinado caso.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Planejamento Tributário

O ponto de partida do Planejamento Tributário é entender o que é Tributo conforme


o (Código Tributário Nacional) - CTN, no seu Art. 3°: “Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Podemos classificá-los em: taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório,
contribuições especiais e impostos.

O Planejamento Tributário pode ser definido como tomadas de decisões


empresariais, tendo como objetivo a obtenção da redução de impostos com base em
procedimentos legais, além disso, é uma forma preventiva que analisa os tributos e os
compara trazendo assim a alternativa menos onerosa para as empresas.

Segundo Fabretti e Ramos (2009), planejamento tributário define-se como atividade


preventiva que estuda a priori os atos e negócios jurídicos que o agente econômico (empresa,
instituição financeira, cooperativa, associação etc.) pretende realizar, e sua finalidade é: obter
a maior econômica fiscal possível, reduzindo a carga tributária para o valor realmente devido
por lei (Ibidem).

Conforme a Consultoria Trevisan, gerenciar impostos é administrar custos


particularmente no Brasil, cujo sistema tributário além de complexo, passa por frequentes
alterações, acrescentando dificuldades imprevistas para o gerenciamento dos negócios.

No intuito de reduzir a incidência de tributos que sobrecarregam os custos, as


empresas procuram formas de se desvencilharem de tais custos, que podem ser o fiel da
balança na hora de empreender, sendo assim as empresas podem optar por duas vias: a
legalidade (Elisão Fiscal) e a ilegalidade (Sonegação Fiscal).

Para a doutrinadora Young (2008), afirma sobre a finalidade do planejamento


tributário: Visa em especial a três aspectos: evitar a incidência do fato gerador; reduzir o valor
do tributo a pagar, seja através da aplicação da alíquota ou formação da base de cálculo; e
postergar o pagamento do tributo, sem, contudo, ocorrer a incidência de penalidades fiscais
(multa e juros).
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2.2 Planejamento Tributário, na conjuntura econômica brasileira.

O Brasil com sua elevada e complexa carga tributária tem levado muitas empresas
que não levaram o planejamento tributário em consideração a falência, primeiro devido ao
pagamento de tributos muitas vezes de forma inadequada quando deixam de fazer este
pagamento ou deixam de declarar determinados gastos ou receitas da forma correta e ainda a
forma de Tributação, ou seja, o “momento” em que a tributação ocorre.

Outro fator atrelado ao Planejamento Tributário que pode determinar a sobrevivência


das empresas é a concorrência excessiva, que no mercado atual praticamente transformou
muitos produtos numa espécie de Commodities, devido a sua padronização, assim, reduzindo
cada vez mais as margens de lucro ou de erro de projeções econômicas de determinado item,
evidenciando assim, cada vez mais que o mercado não admite erros no Planejamento
Tributário devido às exíguas margens de lucro que determinam de forma preponderante a
permanência ou não em determinada atividade.

Quanto ao momento que em que ocorre a maior parte da Tributação do Estado


Brasileiro, e quando falamos de momento queremos dizer que a composição tributária advém
do consumo, ou seja, a arrecadação Brasileira é composta quase em sua metade pela
tributação baseada na movimentação de bens e serviços que segundo a OCDE (Organização
de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), no ano de 2015, o percentual arrecadado
sobre a movimentação de bens e serviços brasileira, 49,3 % do total arrecadado. Ainda nesta
seara, vale ressaltar que em Países que optam por tributar o consumo de forma mais acentuada
em detrimento da renda, só reforça a tese de que o planejamento tributário pode determinar a
continuidade das empresas.

2.3 Elaboração do Planejamento Tributário (Abertura e Enquadramento das


empresas).

Para o início de um eficiente planejamento devemos optar pelo regime tributário que
melhor se adéqua as atividades desenvolvidas pela empresa que atualmente no Brasil são os
seguintes: simples nacional lucro presumido e lucro real; já na abertura da empresa é de suma
importância um enquadramento adequado, pois a legislação tributária não permite a mudança
de regime tributário, dentro do mesmo exercício fiscal, sendo um fator preponderante para a
sobrevivência das mesmas, visto que, o momento da abertura da empresa é o momento mais
decisivo para sua entrada no mercado e consequentemente sua permanência no mesmo. E
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dentro das opções aqui destacadas segue uma breve descrição da constituição de cada uma
delas, a primeira delas é o Simples Nacional;

Segundo o Manual do Simples nacional elaborado Pelo Serviço Brasileiro de Apoio


às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE:

O Simples Nacional é um regime de arrecadação, cobrança e fiscalização


de impostos que unifica oito impostos municipais, estaduais e federais em uma só
guia de pagamento. A medida completou dez anos em 2017 e veio para
desburocratizar o pagamento de impostos e incentivar o micro e pequeno
empresário.

Somente as microempresas, microempreendedores individuais e empresas de


pequeno porte podem optar por esse tipo de regime tributário. Desde Agosto de 2018, o
Comitê Gestor do Simples Nacional apresentou uma ampliação no teto anual de faturamento
para que os contribuintes possam se adequar as novas exigências do sistema. Segue
informações validas para ano calendário 2018.

 Microempreendedor Individual: até R$ 81 mil;


 Microempresa: até R$ 900 mil;
 Empresa de Pequeno Porte: até R$ 4,8 milhões.

A seguir vamos expor um pouco sobre o a opção do Lucro Real; Conforme o


entendimento de Silva (2006) demonstra que:

Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das


normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda.

Este regime tributário está ao alcance da totalidade das empresas, ou seja, todas as
empresas, qualquer que seja o seu ramo de atividade ou do seu porte, podem escolher pela
tributação com fundamento no lucro real, a legislação determina apenas as que estão
obrigadas a aderir a este regime, e essas pessoas jurídicas são norteadas pelo art. 246 do
Decreto 3.000, de 1999.
Os tributos de âmbito federais que tem uma incidência nas empresas que Optam pelo
Lucro Real são os mesmos que incidem no Lucro Presumido: podemos cita o Programa de
Integração Social - PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS,
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Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido -
CSLL, podemos destacar que o PIS e COFINS podem ser contabilizados mensalmente sobre
o faturamento já o IRPJ e CSLL podem ser apurados anualmente ou trimestralmente, como de
acordo com o Lucro Líquido contábil. A escolha para esse tipo de regime de tributação é
permite aos contribuintes o uso de apoios fiscais colocados pela legislação do Imposto de
Renda.
É de suma importância ainda destacar que esse tipo de opção tributaria é mais
favorável às instituições. Devemos analisar e observar suas peculiaridades, tais como sua
operação, os tipos de atividades que desenvolvem, para se adequar a forma tributaria mais
econômica, devemos ter certa precaução no momento de fazermos o enquadramento tributário
pois a mesmo não poderá ser modificado no decorrer de todo o exercício atual, e por último e
não menos importante o Lucro Presumido;

Segundo Santos (2008) O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada


para efeito da determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas
jurídicas que não são sujeitas à apuração do lucro real. Existem pessoas jurídicas que não
podem optar pelo Lucro Presumido e estão obrigadas a recolherem impostos e contribuições
com base no Lucro Real, conforme Art. 14 da Lei nº. 9.718/98, com alterações da Lei nº.
10.637/02.
As empresas enquadradas no regime de apuração pelo Lucro Presumido estão
proibidas de deduzir qualquer incentivo fiscal no imposto devido, segundo Art. 10 da Lei nº.
9.532 de 1997.

2.4 Evasão Fiscal x Elisão Fiscal.

Na área da obrigação tributária e da evasão fiscal, sempre existiram grandes tensões


entre a obrigação de pagar tributos e os meios criados pelos contribuintes para como intuito de
burlá-la a legislação. Assim surgiu uma resistência, pois as empresas sendo contribuintes
entendem que tem o direito de diminuir seus custos tributários. Sendo Assim o estado por sua
vez exige o cumprimento da legislação tributaria, com esse efeito de imposição tributaria,
diante dessa situação nasce o planejamento tributário, que por sua vez se dispõe dos negócios
jurídicos do contribuinte de forma que haja uma redução nos seus tributos, mais sempre
respeitando os devidos limites determinados pela lei.
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Antes que ocorra o fato gerador, não existe uma obrigação tributária, por isso o
contribuinte pode deixar de entrar na situação legal de tributação ou mesmo ter que optar por
situações legais que resultem uma menor incidência tributária. Entretanto, existe uma
dificuldade no momento de conceituar o que seja evasão fiscal, fraude fiscal ou economia
legítima de tributos.

O termo “evasão”, segundo o dicionário De Plácido e Silva (2009) vem do latim


evadere que significa na terminologia do Direito Fiscal, “fuga ou subtração do contribuinte ao
pagamento do imposto, que lhe é atribuído, usando para isso de meios que evitem a incidência
tributária a seu cargo”. Assim, a evasão fiscal consiste nas práticas ou omissões do
contribuinte a extinguir ou prolongar o cumprimento de uma obrigação tributária. Segundo os
ensinamentos do doutrinador Hugo Brito de Machado (2017), a expressão evasão tributária
designa a fuga ao dever de pagar tributos.

Por meio dessa ação ilícita, é possível identificar a veracidade dos fatos de que cada
vez mais a contribuição de tributos é sonegada de forma fraudulenta, e os atos praticados
podem lhe trazer punições cabíveis pela constituição, e mesmo sabendo disso, os gestores
insistem em sonegar seus impostos.

De acordo com a Lei n 4.729, de 14 de julho 1965 estabelece:

Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal:

I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que


deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno,
com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de
tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei;

II - inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de


qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a
intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda
Pública;

III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis


com o propósito de fraudar a Fazenda Pública;

IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas,


majorando-as, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à
Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis;
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V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da


paga, qualquer percentagem sobra a parcela dedutível ou deduzida do
imposto sobre a renda como incentivo fiscal.

Pena: Detenção, de seis meses a dois anos, e multa de duas a cinco vezes o
valor do tributo

§ 1º Quando se tratar de criminoso primário, a pena será reduzida à multa de


10 (dez) vezes o valor do tributo;

§ 2º Se o agente cometer o crime prevalecendo-se do cargo público que


exerce, a pena será aumentada da sexta parte;

§ 3º O funcionário público com atribuições de verificação, lançamento ou


fiscalização de tributos, que concorrer para a prática do crime de sonegação
fiscal, será punido com a pena deste artigo aumentada da terça parte, com a
abertura obrigatória do competente processo administrativo.

Conforme Amaral et. al, (2009): A sonegação das empresas brasileiras vem
diminuindo, mas, ainda corresponde a 25% do seu faturamento; Faturamento não declarado é
de R$ 1,32 trilhão; Tributos sonegados pelas empresas somam R$ 200 bilhões por ano;
Somados aos tributos sonegados pelas pessoas físicas, sonegação fiscal no Brasil atinge 9%
do Produto Interno Bruto - PIB; Cruzamento de informações, retenção de tributos e
fiscalização mais efetiva são os principais responsáveis pela queda da sonegação;
Contribuição Previdenciária Instituto Nacional do Seguro Social - INSS é o tributo mais
sonegado, seguida do Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços - ICMS e do
Imposto de Renda; Indícios de sonegação estão presentes em 65% das empresas de pequeno
porte, 49% das empresas de médio porte e 27% das grandes empresas; Em valores, a
sonegação é maior no setor industrial, seguido das empresas do comércio e das prestadoras de
serviços; Com os novos sistemas de controles fiscais, em 5 anos o Brasil terá o menor índice
de sonegação empresarial da América Latina e em 10 anos índice comparado ao dos países
desenvolvidos.

Conforme Amaral et. al, (2009) os principais tipos de sonegação ou fraude fiscal são:
venda sem nota; venda com “meia” nota; venda com “calçamento” de nota duplicidade de
numeração de nota fiscal.
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Por último, outro fator que leva à evasão fiscal é o de obtenção de economias
capitalistas de ter maiores retornos com poucos custos possíveis sendo Assim, em um sistema
capitalista, no qual a ordem econômica se funda na livre iniciativa, um planejamento
tributário utilizando-se da elisão fiscal chega a ser mesmo necessidade. Mediante a elisão
fiscal, as empresas procura, sempre por métodos legais , formas de atingir os resultados
econômicos pretendidos, atendendo as legislações vigentes.

O termo “elisão”, segundo o dicionário de Plácido e Silva (2009) tem sua origem
etimológica no vocábulo latino elisione, que significa: “ato ou efeito de elidir, eliminar,
suprimir”. No direito tributário “elisão” tem sido utilizada para designar a maneira válida de
evitar, retardar ou reduzir o pagamento de um tributo antes da ocorrência de seu fato gerador.
A elisão visa impedir o nascimento da obrigação tributária, ou seja, a ocorrência daquela
situação definida em lei como necessária e suficiente para o surgimento da obrigação
tributária.

Segundo o doutrinador Gutierrez (2006) Com efeito, o contribuinte tem a liberdade


de optar entre duas ou mais formas jurídicas disponíveis, por aquela que lhe seja fiscalmente
menos onerosa. Não existe preceito legal que proíba ao contribuinte a escolha do caminho de
menor dispêndio dentre várias possibilidades que o ordenamento jurídico oferece para
realização de um ato ou negócio jurídico. Assim, se o legislador deixou de tributar
determinados fatos ou os tributou de forma menos gravosa, o contribuinte pode optar por
realiza-los, ao invés de praticar outros fatos que o legislador escolheu como hipóteses de
incidência tributária.

3. METODOLOGIA.

O trabalho aqui exposto tentou associar a prática e a teoria. Um estudo foi realizado
para obter o levantamento bibliográfico, na forma de recolhimento de dados a partir das Leis
que tratam da matéria, revistas, artigos e consultas em sites que guardam relação de
pertinência com o estudo, visto que, elucidar o tema, planejamento tributário, é de suma
importância mediante a complexidade da carga tributária brasileira.

Para compor o escopo deste trabalho, foram utilizadas citações e opiniões de


profissionais da Área Contábil, encontradas em livros, trabalhos acadêmicos e sites oficiais do
governo. Tendo em vista que o objetivo da pesquisa foi fornecer prioritariamente dados e
informações que auxiliem o devido planejamento tributário, fornecer parâmetros e situar o
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leitor sobre a atual complexidade da carga tributária brasileira sem ferir as leis como tratado
no tópico de Elisão fiscal. Por isso a pesquisa é do tipo bibliográfica, uma vez que a situação a
qual foi proposta é defender, é embasada em dados já existentes e comprovados, segundo a
lei.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A realização deste estudo mostra a importância de um planejamento tributário, pois


são pontos que se não averiguados com antecedência, podem atribuir um resultado negativo
para as empresas, e é devido a esse fator que muitos contribuintes começam a realizar atos
ilícitos, visando à sonegação fiscal.

Sendo assim um adequado planejamento tributário, feito a partir de relatórios


contábeis, possibilita um correto enquadramento fiscal, auxiliando os Gestores no processo de
tomada de decisão até chegar na redução de impostos. Reafirmamos a importância de o
profissional contábil ter domínio da legislação tributária, além de ter vasto conhecimento da
atividade desenvolvida pela empresa para direcionar os gestores a melhor opção diante de
cada situação analisada. Diante desse contexto, torna-se indispensável o planejamento
tributário.

A contenção dos custos tem sido uma necessidade permanente e imprescindível de


todos os empreendimentos brasileiros, visto que este é um fator preponderante a sua
sobrevivência no mercado; assim a escrituração fiscal e o planejamento tributário são uma das
maneiras de minimizar o nível representativo quanto a apuração dos resultados. Desse modo,
conclui se que o objetivo deste artigo foi alcançado com êxito.

5. REFERÊNCIAS.

AMARAL, Gilberto Luiz. Riscos e implicações da sonegação fiscal. Estudos do IBPT,


Curitiba, out. 2009.
BEUREN, I. M. (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em Contabilidade – Teoria e
Prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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Manole, 2004. BRASIL, Secretaria da Receita Federal. Documento de Arrecadação do
Simples Nacional-DAS. Disponível em:
http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Manual.asp, acesso em 01/11/2018.
BRASIL, Secretaria da Receita Federal. Lei Complementar n° 123, de 14 de Dezembro de
2006. Disponível em
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm.
acesso em 01/11/2018.
DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário jurídico. 26. ed. Rio de Janeiro:Forense, 2009.
FABRETTI, L. C.; RAMOS, D. Direito tributário para cursos de administração e ciências
contábeis. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GUTIERREZ, M. D. Planejamento tributário: elisão e evasão fiscal. São Paulo: Quatier Latin,
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http://www.fetraconspar.org.br/index.php/noticias/noticias/2575-brasil-tem-menor-
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Lei n 4.729, de 14 de julho 1965.
Machado, Hugo de Brito. Curso de direito tributário / Hugo de Brito Machado. 38. ed. rev. e
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SANTOS, José Luiz; SCHMIDT, Paulo; FERNANDES, Luciane Alves. Imposto de
Rendas das Empresas com Base no Lucro Presumido, Arbitrado e SIMPLES. São Paulo:
Atlas, 2008.
SILVA, J. Miguel; RODRIGUES, Agostinho Inácio. LALUR – Guia Prático de
Escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real 2006. 4. ed. São Paulo, Cenofisco,
2006 p. 01
YOUNG, L. H. B. Planejamento tributário. 4. ed. Curitiba: Juruá, 2008.

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