CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA TÊXTIL
MARIA TEREZA LONGO
Goioerê
2015
MARIA TEREZA LONGO
Goioerê
2015
Para minha avó, Josefina Maria Turcatto
Doneda, pois os laços que nos unem são
difíceis de explicar. Eles nos conectam até
quando deveriam ser quebrados. Porque
alguns laços desafiam a distância, o tempo
e a lógica, porque alguns laços
simplesmente devem existir.
Aos meus pais, por sonharem meus
sonhos.
AGRADECIMENTOS
The market growth and the increased number of competitors is a reality for all
kinds of market, but, on the food market, all and every kind of differential is shown as
a competitive factor. Adapt market strategies, and obtain a competitive advantage is
the ideal for the industries on the food sector. Using the PDCA method and qualities
tools, this present study accomplished on a food business industry, aims to seek a
continuous improvement on the services offered by the company, being applied in the
marketing and purchasing sectors. Introducing plans of actions that are satisfying in
these sector, including the Kanban system and marketing strategies, the aim of this
study was to adjust the company to the new market demand, improving the growth and
attending the demand, placing the company with a good strategic plan for a new
competitive market. Thus, the company was able to achieve a significant demand
increase, ensuring na increase of 12% in revenue, and also adjusted its operational
procedures so that the product arrived faster for their customers.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 PROBLEMA ........................................................................................................ 14
1.2 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS ............................................................... 15
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 16
1.4 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO ........................................................................ 16
2 Q-DELÍCIA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS............................................................. 17
3 MERCADO E ESTRATÉGIA COMPETITIVA ........................................................ 18
4 INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA .................................................................................... 21
4.1 DADOS GERAIS DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS....................................... 22
4.2 PROCESSOS PRODUTIVOS ............................................................................. 22
5 OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS E O CICLO PDCA ............................................. 24
6 FERRAMENTAS PARA GESTÃO DA QUALIDADE ............................................ 26
6.1 Brainstorming ...................................................................................................... 26
6.2 Estratificação ....................................................................................................... 26
6.3 Folha de verificação ............................................................................................ 27
6.4 Diagrama de causa e efeito................................................................................. 28
6.5 5W2H .................................................................................................................. 28
7 ANÁLISE SWOT .................................................................................................... 30
8 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO ............................................. 31
8.1 Curva ABC .......................................................................................................... 31
9 KANBAN ................................................................................................................ 34
10 O MARKETING COMO ESTRATÉGIA DE MERCADO ...................................... 35
11 MARKETING: ESTRATÉGIA DE PRODUTO ...................................................... 37
12 A EMBALAGEM E SUAS FUNÇÕES.................................................................. 39
12.1 A COR E O DESIGN DE EMBALAGENS .......................................................... 39
13 METODOLOGIA .................................................................................................. 41
14 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 43
14.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA.................................................................... 43
14.2 ANÁLISE DO FENÔMENO ............................................................................... 45
14.2.1 Análise do fenômeno para o design de produto ...................................... 45
14.2.2 Análise do fenômeno para o não atendimento à demanda ...................... 46
14.3 ANÁLISE DO PROCESSO ................................................................................ 50
14.3.1 Análise do Processo para o design de produto ....................................... 50
14.3.2 Análise do Processo para o não atendimento da demanda ..................... 51
14.4 PLANO DE AÇÃO ............................................................................................. 52
14.4.1 Plano de Ação para o design de produto ................................................. 52
14.4.2 Plano de Ação para o não atendimento à demanda ................................ 53
14.5 EXECUÇÃO ...................................................................................................... 55
14.5.1 Execução para o design de produto ........................................................ 55
14.5.2 Execução para o não atendimento à demanda ....................................... 60
14.6 VERIFICAÇÃO .................................................................................................. 72
14.6.1 Verificação para o design de produto ...................................................... 73
14.6.2 Verificação para o não atendimento à demanda...................................... 80
14.7 PADRONIZAÇÃO .............................................................................................. 82
14.7.1 Padronização para o design de produto .................................................. 82
14.7.2 Padronização para o não atendimento à demanda ................................. 83
15 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 86
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 89
LISTA DE FIGURAS
O atual mercado competitivo está cada vez mais exigente. Com a abertura de
novos mercados e concorrências, as empresas devem procurar novas formas de se
adaptarem, a fim de sobreviverem às novas exigências do mercado e de seus clientes.
Atender às necessidades dos clientes vai além de entregar um produto de
qualidade. Há diversos fatores acrescentados às novas exigências, como a
disponibilidade do produto, atendimento das especificações propostas, atendimento
ao cliente, variedade de opções, qualificação do produto, valor, reputação e a
atratividade do produto.
Dessa forma, o objetivo deste trabalho é a aplicação das ferramentas da
qualidade como forma de melhoria contínua nos setores de projeto de produto, com
foco no design de produto e no planejamento e controle da produção – que já se
mostrava deficiente e deveria atender à demanda resultante do impacto na reforma
do design do produto.
A empresa estudada neste trabalho é a LD Indústria e Comércio de Alimentos
LTDA, presente há mais de 24 anos no mercado, situada na cidade de Porto Velho,
Rondônia. A empresa trabalha com empacotamento e produção de alimentos,
apresentando cerca de 70 produtos em seu mix, entre ervas, temperos, cereais, chás,
condimentos, farináceos e alimentos para pássaros.
Devido ao crescimento do mercado de alimentos e do desenvolvimento da
região atendida, ao surgimento de novos mercados e atacadistas, às empresas que
se beneficiam do produto e ao grande tempo de atuação da empresa, dentre outros
fatores, surge a necessidade de criar otimizações no produto e em seu processo
produtivo a fim de atender a essa nova demanda. Para tal, utilizou-se a gestão de
processos, mais especificamente o ciclo PDCA (Plan, do, check e act), baseado no
controle de processos.
Para manter a qualidade de processos produtivos, são necessárias a análise e
a medição dos processos para a manutenção e melhoria dos mesmos, contemplando,
inclusive, o planejamento, padronização e documentação desses (REZENDE, 2005).
Esse método consiste em uma concepção sistêmica, ou ciclo de desenvolvimento, no
sentido de fluxo interdependente de ações que geram um contínuo melhoramento.
13
Seu objetivo é tornar mais claros e ágeis os processos que envolvem a execução da
gestão da qualidade (GUELBERT, 2012).
1.1 PROBLEMA
14
Assim, para atender à atual necessidade do mercado, é necessário criar um
plano estratégico para que o produto, bem como o planejamento e controle de sua
produção estejam bem alinhados com a demanda.
A pesquisa é um modo programado do homem aprender. Ao pesquisar, ao
procurar respostas para suas indagações e ao questionar-se, o homem desenvolve o
processo de diálogo crítico com a realidade. A pesquisa faz parte do processo
educativo e a sua edificação e aprimoramento são conquistas do pesquisador ao
longo dos estudos, investigações e elaborações de trabalho. Um projeto consiste em
planejar, traçar o caminho mais eficiente até o objetivo que se pretende alcançar
(KAHLMEYER-MERTENS et al.., 2007).
O objetivo deste trabalho é articular a teoria estudada a fim de operacionaliza-
la no setor desejado. Para tanto, a metodologia utilizada será o estudo de caso, visto
que se trata de uma investigação empírica compreendendo um método abrangente,
com a lógica do planejamento e da análise de dados, podendo ser a abordagem
quantitativa ou qualitativa (VENTURA, 2007).
Para apresentar este estudo, a parte introdutória demonstra um breve relato do
ambiente organizacional estudado, juntamente com os fatores pertencentes ao
estudo. Ainda nesse capítulo, apresenta-se a problemática estudada e as suas
justificativas.
No segundo capítulo, apresenta-se o referencial teórico, que visa abordar de
forma ampla o conteúdo da organização estudada e as definições conceituais para
que o conteúdo do trabalho seja melhor compreendido.
O terceiro capítulo, por fim, apresenta os resultados obtidos em pesquisa de
campo, bem como o estudo de caso na organização e as conclusões e
recomendações.
15
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
16
2 Q-DELÍCIA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
17
3 MERCADO E ESTRATÉGIA COMPETITIVA
18
Figura 2. Fatores cruciais no desenvolvimento do produto
Fonte: CONSALTER, 1996.
20
4 INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
21
4.1 DADOS GERAIS DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS
22
serviços, porém, em menor escala. Eles são componentes das operações, porém,
outras funções também têm processos que necessitam de gerenciamento. Cada uma
das partes de qualquer organização está relacionada a processos, não importando o
setor ou a indústria e tampouco a função (SLACK et al., 2009).
A justificativa da gestão de processos e da qualidade dos processos está
associada à crescente demanda das organizações por incorporarem tarefas que as
permitam responder a mudanças internas e externas. Tal incorporação causa impacto
na forma como os processos são projetados, documentados ou desenhados. A
consequência reside em mudanças efetivas na organização desses processos no dia
a dia e em implicações que resultam na capacidade de sustentar a geração do
aprendizado sobre os processos da organização (PAIM et al., 2009).
Dentro do posicionamento dos processos, os mesmos devem ser projetados
para que atendam às necessidades de variedade e volume, os leiautes, tecnologias e
projetos de trabalho devem ser apropriados, tais como as características de fluxo
(SLACK et al., 2009).
23
5 OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS E O CICLO PDCA
Toda organização tem um rumo de ação para atingir os seus objetivos, ou seja,
uma estratégia. Todo indivíduo participante da organização tem uma ideia diferente
de como atender a necessidade de um grupo de clientes e/ou consumidores, e para
que esses objetivos sejam atingidos, é necessária uma estratégia adequada. O
planejamento estratégico nesse caso é um processo gerencial que possibilita ao
executivo estabelecer um rumo a ser seguidos pela empresa, com vistas a obter maior
nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente. Essa otimização é
baseada na análise dos pontos fortes e fracos da empresa, das ameaças e
oportunidades encontradas no ambiente externo e de fatores chave/críticos de
sucesso referentes ao negócio da empresa (BATALHA, 2008).
A melhoria contínua é uma abordagem de otimização que presume mais e
menores processos de melhoria incremental, também chamada de Kaizen. Trata-se
de um processo de aprimoramento contínuo que busca de otimização pela inovação
dos processos produtivos, dos métodos, dos produtos, das regras e dos
procedimentos. Ele visa eliminar todos os problemas de uma organização por meio
da identificação de potenciais de melhoria, o que se torna possível pela participação
de todos os colaboradores na resolução dos problemas (JUNIOR, 2008).
Para sustentar o atual sistema de produção, é necessária a aplicação contínua
e profunda da Qualidade Total (TQC), onde o controle deve ser exercido por todas as
pessoas da organização para a satisfação das necessidades de todos (CÉSAR,
2011). Para auxiliar na tarefa do gerenciamento processo e melhoria contínua,
diversas ferramentas e técnicas foram desenvolvidas por grandes autores.
Um dos planos de ações para a gestão de processos, ligado ao detalhamento
dos objetivos e esclarecimento da forma com que a empresa agirá, é o ciclo PDCA,
(do inglês: plan, do, check e action), que consiste em uma ferramenta de melhoria
contínua, sendo um instrumentos básico de controle gerencial (fundamento da gestão
da qualidade total), com o qual se busca a eliminação dos problemas através de ações
de combate às causas que são sua raiz (JUNIOR, 2008).
O método PDCA (Figura 3) é baseado no controle de processos, e foi
desenvolvido na década de 30 pelo americano Shewart, tendo sido, porém,
amplamente divulgado por Deming. O uso acontece da seguinte forma: a) P (Plan =
24
Planejar), onde é definido que se deseja, planeja-se o que será feito, estabelecem-se
as metas e definem-se os métodos para atingir as propostas; b) D (Do = Executar),
trata-se de tomar a iniciativa, educar, treinar, implementar e executar o planejado
conforme as metas e métodos definidos; c) C (Check = Verificar), etapa na qual
verificam-se os resultados que estão sendo obtidos, observando continuamente os
trabalhos para avaliar se estão sendo executados conforme o planejado; e, por fim, d)
A (Action = Agir), momento no qual devem ser feitas as correções de rotas, se
necessárias, e tomar ações corretivas ou de melhoria, caso tenha sido constatada na
fase anterior a necessidade de corrigir ou otimizar o processo (REZENDE, 2005).
Algumas ferramentas são mais comumente utilizadas no TQC, mas não são as
únicas. Tais ferramentas são usadas por todos em uma organização e são
extremamente úteis no estudo associado às etapas quando rodado o ciclo PDCA,
sendo elas: estratificação, folha de verificação, gráficos, gráfico de pareto, diagrama
de causa e efeito, histograma, diagrama de dispersão, gráfico de controle, fluxograma,
brainstorming e 5W2H. Estas ferramentas devem sempre ser encaradas como um
meio para atingir as metas ou objetivos. Os meios são as ferramentas que podem ser
usadas para identificar e melhorar a qualidade, enquanto que a meta é onde se quer
chegar, ou seja, o fim (CÉSAR, 2011).
25
6 FERRAMENTAS PARA GESTÃO DA QUALIDADE
6.1 Brainstorming
6.2 Estratificação
27
6.4 Diagrama de causa e efeito
6.5 5W2H
28
O método consiste basicamente em fazer perguntas para que se obtenha
informações primordiais que servirão de apoio ao planejamento de forma geral. Sua
origem está na língua inglesa e refere-se aos termos What, Who, Why, Where, When,
How, How Much/How Many (DAYCHOUM, 2010). Em outras palavras, é preciso
responder a sete perguntas básicas sobre a ação (LENZI; KIESEL; ZUCCO, 2010):
29
7 ANÁLISE SWOT
30
8 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
31
Figura 7. Forma gráfica da curva ABC
Fonte: COBRA, 2005
33
9 KANBAN
O termo kanban pode ser traduzido como “cartão”, sendo uma metodologia
utilizada para controlar um sistema puxado. O kanban é um dispositivo que deve
sinalizar a autorização e dar instruções para produção ou retirada de itens. Como o
próprio nome diz, cartões são utilizados para controlar o fluxo de materiais em um
processo produtivo (WERKEMA, 2006).
O método fornece informações necessárias no lugar e no instante em que são
necessários, e foi desenvolvido com o objetivo de simplificar e aumentar a rapidez das
atividades de programação, controle e acompanhamento de sistemas de produção
em lotes. De acordo com o modo de estrutura da empresa em relação ao seu sistema
de produção, há diversos tipos de sistemas kanban, como: kanban com dois cartões,
kanban de um cartão e kanban de fornecedor (FILHO, 2006).
O sistema de um cartão é indicado para empresas que tenham um leiaute
contínuo, com postos de fabricação lado a lado. Assim, quando o cliente requer um
novo lote, ele retira o material do estoque e deixa o cartão kanban, informando qual
material foi requisitado e, quando a presença do cartão é notada, o fornecedor
processa um lote igual ao que foi retirado pelo cliente (LUSTOSA et al., 2008).
Para o sistema de dois cartões, há um cartão de movimentação e um cartão de
produção. O cartão de movimentação autoriza o movimento de uma quantidade
específica de peças de um ponto de origem para o ponto no qual vai ser usado. Esse
cartão é associado ao container de peças padrão durante a movimentação das peças
até o ponto no qual vão ser utilizados (COX; SCHLEIER, 2013).
O kanban de fornecedor relaciona-se ao fornecedor externo, informando o que
deverá ser entregue e em quais horários. Para operacionalizar o sistema, deve ser
utilizado um painel porta-kanban, onde é possível tornar visível a todos quais os
materiais para o centro de trabalho que estão sendo requisitados, priorizando a
produção (FILHO, 2006).
34
10 O MARKETING COMO ESTRATÉGIA DE MERCADO
35
Para a operação da administração do marketing ter eficiência, deve haver
profundo envolvimento na organização com cada atividade: as atividades de análise
(avaliar ameaçar e oportunidade no mercado), atividades de planejamento
(desenvolver estratégias a longo prazo, para cultivar oportunidades atrativas no
mercado), atividades de implementação (coordenar, motivar e direcionar as pessoas
para atingir objetivos de negócios e do mercado) e atividades de controle e
monetarização (medidas apropriadas quando o desempenho fica aquém dos
objetivos) (HONORATO, 2011).
Para criar seus planos estratégicos, a organização deve analisar a criação e
manutenção da demanda e os estados da demanda. Ao criar e implementar as
estratégias para relacionar a oferta de produtos e serviços às necessidades do
mercado, a organização se depara com diferentes situações, as quais deve gerenciar
para poder atingir os objetivos organizacionais (HONORATO, 2011)
36
11 MARKETING: ESTRATÉGIA DE PRODUTO
37
e deve transmitir a política de marketing para os públicos alvos e seduzir esses
consumidores de modo que queiram entrar na loja ou centro comercial (MOZOTA,
2003).
Dentro de um departamento de marketing estão todos os cargos que são
necessários para aumentar o apelo dos produtos aos clientes, como promoção,
fotografia e a comunicação visual (JONES; GEORGE, 2011).
No atual mercado de trabalho, uma linha de produtos ou serviços que
permaneça estática é rapidamente passada para trás em termos de tecnologia,
opinião pública e margem de lucros. Para garantir que uma organização acompanhe
as tendências, a concorrência deve ser observada, pois a linha de produtos e serviços
sobrevive em um ambiente cheio de categorias semelhantes. Para isso, é necessário
acompanhar o esforço de marketing dos concorrentes, a fim de enfrentar a
concorrência ou aproveitar as oportunidades significativas (LOOSE, 1999).
O padrão estético de uma marca ilustra o significado e a cultura dela por meio
de grafismo e/ou imagens, como logotipos, símbolos ou logomarcas. Essa última
consiste na junção do logotipo com o símbolo aglutinado em um único elemento visual.
Algumas marcas possuem também um elemento simbólico que é um personagem ou
objeto associado a marca. Dessa forma, esse elemento pode representar a marca
sem a necessidade de descrição do padrão estético ou de verbalização. Como
exemplo, pode-se citar a "moça" do leite condensado Moça da Nestlé® ou o Ronald
da marca McDonald's® (TAVARES, 2003).
38
12 A EMBALAGEM E SUAS FUNÇÕES
A cor faz parte da história do homem desde os seus primórdios, tendo maior
atuação sobre as necessidades psicológicas do que as estéticas, como para os
egípcios, que sentiam na cor um profundo sentido psicológico, sendo que cada cor
era dada como um símbolo. Hoje, estudos mostram que para o receptor da
comunicação visual, a cor pode impressionar a retina, provocar uma reação e construir
uma linguagem própria, comunicando uma ideia, dando um valor de símbolo e
capacidade (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2006).
A cor é uma forma de comunicação que pode expressar sentimentos, ideias e
contextos e, principalmente, criar ligações emocionais com seus receptores. O
marketing e a publicidade entram nesse intuito, atingindo seu objetivo máximo quando
39
criam ligações emocionais positivas entre as marcas, produtos e consumidores,
influenciando as decisões de compra, atingindo, dessa forma, as vendas. Sendo uma
ferramenta de marketing, a embalagem deve, além de suas funções utilitárias,
trabalhar nesse sentido (BATTISTELA; COLOMBO; ABREU, 2011).
A cor em uma embalagem atua sobre a mente e a sensibilidade, estando
ligadas diretamente às funções ópticas, fisiológicas e neurológicas, conferindo à
embalagem visibilidade, impacto e atração (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2006). A
função da cor na embalagem, em primeira instância, é chamar a atenção do público
consumidor. O poder de atração e o fascínio que a cor exerce atuam diretamente na
sensibilidade humana, atingindo a parte motivacional e levando o indivíduo a reagir
com a ideia de que vai realizar um desejo despertado improvisadamente por meio da
aquisição (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2006).
As cores quentes (vermelhos, amarelo e laranja) dão a sensação de
proximidade, calor, densidade, opacidade e secura, além de serem estimulantes; já
as cores frias dão a sensação de distância, porém, são transparentes, úmidas, aéreas,
leves e acalmam (CREPALDI, 2006).
A cor vermelha remete à alimentação, energia e fluxo, além de acolhimento e
fraternidade. É uma cor quente muito excitante para o olhar, chamando a atenção e a
adesão aos elementos em destaque. Remete ainda a festividade, comemoração. Já
o amarelo, um pouco mais frio do que o vermelho, remete à alegria, espontaneidade,
ação, poder, dinamismo e impulsividade. Em contraste com uma cor mais quente, o
amarelo adquire uma luminosidade maior, chama mais atenção e desperta os
impulsos de adesão. Utilizado com o vermelho, o amarelo pode estimular a fome
(FARINA; PEREZ; BASTOS, 2006).
40
13 METODOLOGIA
41
O método escolhido para o estudo de caso foi a implantação do ciclo PDCA.
Abaixo, são citadas suas fases:
a) Identificar o problema: nesta etapa, serão identificados e definidos os
problemas a serem tratados dentro dos setores, com o emprego do método
brainstorming com os funcionários e a administração para coletar os problemas mais
comuns, além do preenchimento da folha de verificação para coletas os dados
necessários;
b) Análise do fenômeno: verificação das características mais marcantes do
problema, utilizando a estratificação de informações sob os pontos de vista
necessários e o gráfico de Pareto;
c) Análise do processo: busca das causas vitais do problema, utilizando como
ferramenta o diagrama de causa e efeito para analisar os inputs que afetam a
qualidade;
d) Plano de ação: concepção de um plano para bloquear as causas vitais
identificadas na fase de análise do processo, estabelecendo contramedidas às causas
principais. Nesta etapa, será utilizada a pesquisa 5W2H;
e) Execução: atuação de acordo com o plano de ação firmado no item anterior.
Serão coletados dados a serem utilizados na fase seguinte. Neste ponto, será utilizada
a carta de controle para dispor as informações sobre a estabilidade do processo;
f) Verificação: deve-se confirmar a efetividade da ação de bloqueio por meio do
emprego dos dados coletados antes e após a ação de bloqueio, para que sejam
comparados os resultados. Aqui, continuar-se-á o uso da carta de controle;
g) Padronização: esta etapa consiste em eliminar definitivamente as causas
influentes detectadas, de forma a evitar o reaparecimento do problema, tornando o
novo procedimento operacional padrão;
h) Conclusão: deve ser recapitulado todo o processo de solução dos problemas
identificados e também o planejamento de atividades futuras.
42
14 RESULTADOS E DISCUSSÕES
14.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Como resultado desta etapa, foram escolhidos dois problemas pela mesma
equipe, considerando que esses poderiam ser problemas que vinham atrapalhando
em demasia o desempenho da empresa e, principalmente, atingindo a qualidade do
serviço oferecido pela empresa.
O primeiro problema a ser tratado é em relação ao design do produto da
empresa, que se apresentava demasiadamente atrasado em relação aos seus
concorrentes, não apresentando um destaque e tampouco padronização de
embalagens, o que dificultava ao cliente relacionar os produtos à marca.
Visando aumento na demanda pela reformulação visual da marca, o segundo
problema a ser tratado é o design de produto. Com o aumento do mercado onde está
inserido a empresa e tendo em vista o aumento da demanda, é necessário atacar
esse problema, pois, devido ao aumento concomitante na concorrência, a empresa
44
deve ter um melhor plano estratégico, tendo como compromisso atender às
necessidades de seus clientes, incluindo a disponibilidade do produto.
45
Gráfico 2. Gráfico de Pareto para atributos positivos da embalagem
Para auxiliar esta fase, foi utilizada uma folha de verificação na coleta das
causas do não atendimento à demanda. A folha de verificação foi elaborada conforme
a Figura 11 e preenchida conforme a Figura 12, em um período de 15 dias.
46
Figura 13. Folha de verificação preenchida
48
Gráfico 3. Gráfico de Pareto para causas do não atendimento à demanda
49
Semana 27/10 a 01/11/14 Semana 03/11 a 08/11/14 Semana 10/11 a 14/11/14
Girassol; Coentro; Canjica Branca; Canjica Milho de Pipoca Premium;
Canjiquinha; Polvilho Amarela; Orégano; Canjica Branca; Canjica
Doce; Polvilho Azedo; Açafrão; Painço Colorido; Amarela; Canela com
Sagu; Lentilha; Guaraná Manjericão; Soja em Açúcar; Alecrim; Louro;
em Pó; Colorífico grãos; Tapioca; Tempero Ervas Finas; Pimenta em
(Quirera). Baiano; Confeito prateado grão; Painço.
N1; Confeito Prateado
N2; Canela com Açúcar;
Grão de Bico; Cravo da
Índia.
Conforme sugere o gráfico, podem ser consideradas causas vitais para o não
atendimento à demanda a falta de matéria-prima e falta de embalagem.
50
Figura 14. Diagrama de causa e efeito para os atributos negativos da marca
51
Figura 15. Diagrama de Causa e Efeito para o não atendimento da demanda
52
Por quê? Como? Quanto?
Adaptar a marca à linguagem do Procurar símbolos que pudessem ser R$ 450,00
setor, onde todos os concorrentes associados a marca, transparecendo
apresentam mascote, com a um personagem da marca.
intenção de trazer o cliente para
mais perto da marca, podendo
familiarizar-se, além da logomarca,
à mascote da marca.
3 O quê? Quem? Quando? Onde?
Redesign e padronização de Terceirizado Maio/15 Setor de
embalagens Marketing
Por quê? Como? Quanto?
Trazer um redesign da embalagem As embalagens serão criadas de forma R$
para que quando o cliente olhe para padronizada, de forma que serão 850/grupo.
o produto, este esteja concorrendo divididas em 4 categorias (condimentos,
igualmente com as outras marcas chás, confeitos e grãos e farináceos),
pela atenção do consumidor; para utilizando cores mais fortes e mais
que seja uma embalagem chamativas.
chamativa e sedutora aos olhos dos
clientes. Além disso, tornar as
embalagens padronizadas, pois
todas eram muito diferentes, não
podendo associar um design de
embalagem à marca.
53
Quadro 3. Plano de ação para o não atendimento da Demanda
Item O quê? Quem? Quando? Onde?
1 Mudança de software de Responsável Janeiro/2015 Administração
gestão de Dados setor
administrativo
Por quê? Como? Quanto?
Melhor Gestão de Estoques; Substituir o software R$ 6000,00
Acompanhamento de compras; antigo por um novo,
com melhores
relatórios
2 O quê? Quem? Quando? Onde?
Sistema Kanban Responsável Fevereiro/2015 Produção
pelo estoque
Por quê? Como? Quanto?
Gestão e controle da Criar um quadro Kanban de gestão visual, R$ 94,00
quantidade de matéria-prima calculando os estoques de segurança em
em estoque, pois a falta de nível de atenção e crítica para avisar o
matéria-prima era o principal setor de compras a falta de produtos.
motivo de não atender à
demanda.
3 O quê? Quem? Quando? Onde?
Criar curva ABC para definir Auxiliar Janeiro/2014 Administração
quais produtos devem ser administrativo
priorizadas, apontando quais
itens não podem faltar em
estoque, por serem vitais.
Por quê? Como? Quanto?
20% dos produtos geralmente Utilizou-se o método de Pareto de Sem custos
representam 80% do definição de curva ABC com base na adicionais.
faturamento da empresa. média de venda dos últimos 24 meses.
Dessa forma, utilizou-se a Este item trabalha como auxiliar ao item
curva ABC para determinar 1.
quais seriam esses 20% de
produtos, de forma a dar
atenção à compra desses
produtos, para que não faltem.
54
14.5 EXECUÇÃO
55
as logomarcas são simples, com uma forma simples e poucos traços. Na logomarca
da empresa, as cores predominantes eram o preto e a amarela, com traços cheios e
complexos.
56
Figura 17. Ilustração do redesign da logomarca da empresa
57
Em relação à mascote, foram analisados os principais concorrentes, estratégia
interessante para estar posicionado diretamente com os concorrentes e para ser
utilizada como apoio para o redesign das embalagens.
A escolha foi feita juntamente com a equipe administrativa da empresa, que
optou por trabalhar em cima de uma "vovó" cozinheira. Isso se deu pelo fato da maioria
dos consumidores serem do sexo feminino e pela senhora de idade associar-se à
tradição de lembrar de “comida de avó”. Abaixo é mostrada a Figura 19 com o
rascunho e a versão finalizada da mascote.
58
grãos, farináceos e alimentos para pássaros; temperos e condimentos; chás;
confeitos.
As embalagens padronizadas para cada grupo seguem nas Figuras abaixo.
59
Figura 22. Exemplo de embalagem para grupo de chás
60
Figura 24. Display de gestão financeira do software antigo
61
Figura 26. Display novo software
Software Antigo
SIGE GESTÃO FINANCEIRO
Cadastro: Clientes; Fornecedores; Bancos; Centro de Custo; Vendedores; Formas
de Pagamento; Prazos de pagamento; Cheques devolvidos; Tabelas auxiliares;
Plano de Contas; Cartas de Cobrança; Controle de Contatos com clientes;
Funcionários.
Movimento: Contas a receber; Contas a pagar; Caixa; Pedidos de clientes; Pedidos
para fornecedores; Lançamento de crédito; Cobrança bancária; Folha de
Pagamento Funcionários.
Relatórios: Produtos; Compras; Cadastros; Comissões; Análise do Estoque;
Análise de Vendas; Vendas Físicas; Vendas Financeiras; Fiscais.
Ferramentas: Usuários; Configurações do Sistema; Pesquisa Contas a Receber;
Pesquisa contas a pagar; Pesquisa controle bancários; Indexação de arquivos;
Central Mensagem; Agenda de Compromissos; Auditoria do Sistema; Backup dos
dados; Sobre o Software.
SIGE GESTÃO ESTOQUE
Movimento: Entradas; Saídas; Devolução/Estorno; Acerto; Transferência entre
produtos; Cancelamento entradas; Compras; Orçamento/Vendas de balcão;
Controle de entrega; Ordem de serviços (OS); Lançamento de balanço;
Faturamento.
Cadastros: Produtos; Grupos; Fabricantes/Fornecedores; Marcas; Linhas;
Atendente/Vendedor; Técnico/Mecânico; Reajuste de preços; Tabelas auxiliares;
Metas de vendas; Parceiros de vendas.
Relatórios: Produtos; Compras; Cadastros; Comissões; Análise do Estoque;
Análise de vendas; Vendas Físicas; Vendas financeiras; Fiscais.
Ferramentas: Usuários; Configurações do sistema; Indexação de arquivos; Central
de mensagem; Rotinas auxiliares; Agendas de compromissos; Backup dos dados;
Sobre o Software.
63
Quadro 5. Funções do software novo
Software Novo
Sistema EcoCentauro
Portal do Cliente Eco
Caixa: Cadastros (caixa, histórico); digitações (lançamento, depósito bancário,
fechamento diário, alterar data do caixa, mudar de caixa, transferência entre
contas); pesquisas (saldo atual, lançamento analítico, lançamento sintético, fluxo
caixa, cheques disponíveis no caixa); relatórios (livro de caixa diário, lançamentos
analíticos, lançamentos sintéticos, relação de histórico de caixa, caixa em PDF).
Banco: Cadastros (operações, bancos, agências, contas; digitações (movimentos,
alterar data do banco, conferência diária, conciliação do movimento, controle de
talão de cheque, cancelamento de cheque, transferência entre contas); Pesquisas
(saldos, analítica de movimentos, sintéticas de movimentos, analítica de cheques,
sintética de cheques para fornecedores, operações); Relatórios (extrato, cheques,
movimentos, banco em PDF).
Contas e receber: Cadastros (Clientes, documentos, documentos com crédito,
tipos de documentos, portadores, atividades, meios publicitários, regiões, motivos
de bloqueio, tipos de clientes); Digitações; Pesquisas; Relatórios (Cobrança,
documentos, clientes, auditoria de contas a receber, clientes bloqueados, limite de
crédito, clientes cadastrados, resumo de clientes, aniversariantes, ficha cadastral,
etiquetas, compra convênio, aviso de vencimento, reemissão de autenticidade,
documentos e formas de pagamento, relatórios de controle de clientes, relatório de
títulos, relatório de clientes não cadastrados, relatórios em PDF).
Cheques
Contas a pagar: Cadastro (Fornecedores, impostos, documentos, atividades,
tributos, despesas administrativas); Digitações; Pesquisas; Relatórios
(Documentos, auditoria de contas a pagar, resumo de fornecedores, ficha cadastral,
etiquetas, aviso de vencimento, documentos e formas de pagamento, relatório de
controle de pagamentos, relatórios em PDF).
Estoques: Cadastros; Digitações; Pesquisas; Relatórios (Grupos e subgrupos,
produtos, etiquetas, notas de entrada, lote para inventário, conferência de estoque,
lista de preços, reemissão de transferências, reemissão de nota fiscal, transferência,
inventário físico e financeiro, curva ABC, movimentação por grupos, saída de
produtos, posição de estoque, movimentação no estoque, movimentação no
64
estoque, margem bruta por produto, cotação de preços, produtos cadastrados,
relatórios de devolução, relatórios em PDF).
Vendas: Cadastros (vendedores, naturezas de operações, transportadoras,
condições de pagamento, caixa registradora, cadastro de metas para o mês,
cadastro de motoristas, cadastro de rotas, cadastro de motivo de devolução);
Digitações; Registradora (abertura, fechamento, cancelamento de fechamento,
suprimento, cancelamento de suprimento, registradora, selecionar registradora,
leitura X, redução Z); EcoMobile; PDA; Pesquisas; Relatórios.
Controle de Produção: Cadastros (fórmulas); Digitações (ordem de produção,
formulação, cancelamento de formulação, atualização de preços); Pesquisas
(formulação, simulador de produção, pesquisa de lotes por produção); Relatórios
(relação de formulação de produção, reemissão de ordem de produção, relação de
fórmulas).
Fluxo financeiro: Cadastros (plano de contas de fluxo financeiro, agrupamento de
contas, cadastro de contas); Digitações; Pesquisas (Fluxo financeiro sintético, fluxo
financeiro analítico); Relatórios (Cadastro plano de contas, fluxo financeiro analítico,
agrupamento de contas, relatório de centro de custo, Fluxo financeiro em PDF);
Específicos: Cadastros, Digitações, Pesquisas, relatórios.
Acessórios
Geral
65
Contudo, a metodologia do kanban permanece a mesma. São calculados três
estoques para os produtos, o aceitável, o estoque de atenção e o estoque crítico.
Quando o cartão se encontra no quadro verde, aceitamos que o nível de estoque está
controlado. Cada cartão apresenta o valor de estoque de atenção e de estoque crítico.
Se a quantidade de estoque no produto ainda não chegou àquela apresentada como
estoque de atenção, o estoque pode permanecer no quadro verde, como controlado.
Para cada produto foi calculado o tempo necessário para que chegue até a
empresa, envolvendo, nesse cálculo, o tempo desde a cotação de valores até que a
matéria-prima seja descarregada na sede da empresa. Assim, chamamos de estoque
crítico a quantidade de mercadoria necessária para atender a empresa nesse tempo.
Para determinar a quantidade de mercadoria, utilizou-se uma média de vendas desse
período em torno de 24 meses.
Em uma análise com o setor de vendas, determinou-se que o tempo necessário
para a compra de matéria-prima é de 15 dias. Assim, para calcular o estoque crítico
necessário de cada produto, utilizou-se a seguinte fórmula:
∑ 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 24 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
48
66
As figuras 27, 28 e 29 abaixo mostram como foram implementados estes
quadros, e um exemplo dos cartões utilizados (Figura 30).
67
Figura 29. Cartões posicionados em estoque controlado
70
Figura 33. Produtos de classificação C na curva ABC
71
A comparação entre custos e itens da curva estão dispostos na Tabela 2
14.6 VERIFICAÇÃO
72
R$245.865,33
R$300.000,00
R$231.097,84
R$225.242,09
R$221.774,52
R$209.536,35
R$207.585,07
R$205.504,69
R$204.593,15
R$200.460,48
R$198.965,22
R$198.681,84
R$198.608,63
R$197.033,94
R$192.792,13
R$186.462,71
R$186.327,37
R$250.000,00
R$200.000,00
FATURAMENTO EM R$
R$150.000,00
R$100.000,00
R$50.000,00
R$- JUL/14
AGO/14
NOV/13
NOV/14
FEV/14
FEV/15
JAN/14
ABR/14
JUN/14
JAN/15
SET/14
OUT/14
MAR/14
ANTES
MAI/14
DEPOIS
DEZ/13
DEZ/14
Gráfico 4. Análise de faturamento da empresa antes e depois dos planos de ação
73
250
218
200
200 188 193
181 179
173
150 150 152
144
150
110 111
100
74
50
0
antes
antes
antes
antes
antes
antes
depois
depois
depois
depois
depois
depois
depois
depois
Jan/14 Fev/14 Mar/14 Abr/14 Mai/14 Jun/14 Jul/14 Ago/14 Set/14 Out/14 Nov/14 Dez/14 Jan/15 Fev/15
300
255 256
247 246
250
229
219
201
200 193
182 179 182
171
163
150 131
100
50
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
74
200
180 175
165
158
160
139
140
126
120 120
120
102 103
97
100
78 79
80
57
60 49
40
20
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
600
506
486 491
500
431 442
426
412
389 377 384
400 366 362 360
300
235
200
100
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
1200 1144
1018 1001
1000 958
877
827
800 741
644 648
604 611
600 563
457
400
200
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
200
184
180 168
157
160
147
141
136
140
123 125 122
113 115 117
120
102
96
100
80
60
40
20
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
76
800
700 667
620
588 596 604
600 582
512 505
500 463 461 471
455
422
400 365
300
200
100
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
100
92
88
90 86
80
74
70
62
60
50 46
38
40 34
29 28 29
30 25
18
20
13
10
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
77
120
100 97
89
83 81
79
80
66
58
60 55 53 53 55
50 52
49
40
20
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
180
168
164
160 149
140 143
140
120
120
105
100
100 89 92 89
84
77
80
60
40 34
20
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
78
900
812
800
681
700
600
523 540
520
484 489
500
427
388 400 386
400 356
200
100
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
4000
3574
3500 3364
3163 3167 3198
3079 3013
2992
3000 2880 2883
2744
2621 2587
2500
2112
2000
1500
1000
500
0
Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Antes Depois Depois Depois Depois Depois Depois
jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15
Gráfico 16. Relação de vendas de Milho de Pipoca Premium antes e depois da troca
de embalagens
79
Para complementar os gráficos de histórico de vendas antes e depois da
execução do plano de ação, fez-se novamente uma pesquisa de mercado, agora
abordando os clientes sobre o que acharam das novas embalagens. A seguir, o gráfico
de Pareto (Gráfico 17) apresenta as respostas mais frequentes ouvidas pelos clientes.
80
Na primeira semana, ao instalar o sistema, foram registradas a falta dos
produtos: Açafrão, alpiste, bicarbonato de amônia, bicarbonato de sódio, canela com
açúcar, canela para moer, canela em rama, chocolate brigadeiro, chocolate granulado,
confeito granulado, confeito prateado nº 1, confeito prateado nº 2, cravo da Índia,
curry, cuscuz, farinha de rosca, flocão, grão de bico, manjericão, miçanga, noz
moscada, orégano, painço, painço colorido, pimenta com cominho, polvilho azedo,
polvilho doce, soja em grão, tapioca, tempero baiano e trigo para kibe.
O total de quantidade de matéria-prima é de 57 itens, totalizando uma parcela
de 56% de itens faltando no início da implantação.
Durante o primeiro mês da implantação do Kanban, os funcionários foram
treinados a atualizar o quadro. Após o treinamento, as cartas de controle foram
registradas, a fim de verificar a eficiência do plano de ação. O Quadro 6 apresenta os
registros.
14.7 PADRONIZAÇÃO
82
Quadro 7. Procedimento padrão para desenvolvimento de embalagens
PADRÃO DE PROCESSO
Área: Setor de Marketing
Processo: Criação de Embalagem para produtos
Procedimento Operacional
Aprovação:
83
Quadro 8. Procedimento padrão para aquisição de Matéria-prima
PADRÃO DE PROCESSO
Área: Setor de Compras
Processo: Aquisição de matéria-prima
Procedimento Operacional
Aprovação:
84
85
15 CONCLUSÃO
86
Padronizando também a criação das embalagens, o processo será menos
demorado, visto que para cada grupo já há uma embalagem pré-existente e deve-se
apenas adequar o nome e as características do produto na embalagem.
Com relação ao problema de não atendimento da demanda relacionado ao
setor de compras, o plano de ação implementado também apresentou bons
resultados. O kanban proporcionou um apelo visual ao setor de compras, fazendo com
que a aquisição de matéria-prima fosse um problema a ser tratado como prioridade.
O novo software e a curva ABC também complementaram o plano de ação, fazendo
com que não faltassem os produtos com maior giro dentro da indústria.
Em resultados financeiros, a aplicação do ciclo PDCA representou um aumento
de 12% no faturamento da empresa no período de 8 meses analisado, onde o
investimento total representou 5,8% do total do aumento obtido. Assim, além de obter
um novo plano estratégico para se firmar no mercado, a empresa conseguiu garantir
ainda um retorno financeiro satisfatório.
A gestão da qualidade é um aspecto de grande importância que deve estar
presente em todas as empresas que desejam manter a competitividade do negócio e
desenvolver novas oportunidade. Nesse caso, padronizar os processos e continuar
rodando o ciclo PDCA pode trazer diversos benefícios para e empresa, a fim de
consolidar a mesma em seu mercado com uma boa estratégia competitiva.
Utilizando o ciclo PDCA, a empresa está investindo em conhecer seus
problemas, suas necessidades e as boas práticas que fortalecem a imagem da
empresa, dando à mesma credibilidade e confiança perante os seus clientes, além de
tornar a equipe mais preparada e motivada.
Esse ciclo apresenta um caminho para as empresas solidificarem seu
crescimento, garantir sua sobrevivência no mercado e acompanhar a competitividade
no mercado.
Para efetivar melhorias, o ponto inicial é reconhecer as necessidades e isso só
é possível pelo reconhecimento do problema. Implementar pequenas melhorias pode
parecer algo simplório, porém aumenta a eficiência das operações e cria a cultura
necessária para garantir o processo contínuo das melhorias e a buscar novas
oportunidades de melhoria para os processos.
87
Padronizar essas operações garante ainda que a empresa torne esses
processos parte de sua cultura interna, garantindo que sempre procurarão novas
formas de tornas seus processos mais qualificáveis.
88
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORGES, F.Q., Layout, Lato e Sensu, Belém, v2., n.4, p.5., Dezembro de 2011.
89
CONSALTER, L.A., Fatores e procedimentos determinantes da qualidade do projeto
de produtos visando a competitividade, Gestão da Produção, v. 3, n. 1, São Carlos,
1996. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X1996000100004>, Acesso em: 04 de Julho de 2015.
COX, J.F., SCHLEIER, J.G., Handbook da Teoria das Restrições, 1ª Ed., Porto
Alegre: Bookman Editora, 2013.
FARINA, M., PEREZ, C., BASTOS, D., Psicodinâmica das cores em comunicação,
5ª Ed., São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
FERREIRA, C.V. et al., Projeto do Produto, Rio de Janeiro: Elsevier ABEPRO, 2011.
LENZI, F.C., KIESEL, M.D., ZUCCO, F.D. (org), Ação empreendedora: como
desenvolver e administrar o seu negócio com excelência, São Paulo: Editora
gente, 2010.
LOOSE, M.F.F., Vendas e Marketing, 1ª Ed., São Paulo: Editora Manole, 1999.
92